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Legislação FARMACÊUTICA - AULA 3

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LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA E Resoluções cff
Disciplina: Legislação Farmacêutica
Professora: Lizandra Seixas
DECRETO Nº20.377, DE 8 DE SETEMBRO DE 1931
Aprova a regulamentação do exercício da profissão farmacêutica no Brasil
 O exercício da profissão farmacêutica compreende:
a) a manipulação e o comercio dos medicamentos ou remédios magistrais;
b) a manipulação e o fabrico dos medicamentos galênicos (ALOPÁTICOS) e das especialidades farmacêuticas;
c) o comercio direto com o consumidor de todos os medicamentos oficinais, especialidades farmacêuticas, produtos químicos, galênicos, biológicos, etc., e plantas de aplicações terapêuticas;
d) o fabrico dos produtos biológicos e químicos oficinais;
e) as analises reclamadas pela clinica medica;
f) função de quimico bromatologista, biologista e legista.
§ 1º As atribuições das alíneas c,d,e,f não são privativas do farmacêutico. 
§ 2º O fabrico de produtos biológicos a que se refere a alínea d só será permitido ao médico que não exerça a clínica. 
Art. 3º As atribuições estabelecidas no artigo precedente não podem ser exercidas por mandato nem representação.
LEI Nº3.820, DE 11 DE NOVEMBRO DE 1960
Cria o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Farmácia, e dá outras Providências
Os Conselhos foram criados com a função de zelar pela fiel observância dos princípios da ética e da disciplina da classe dos que exercem atividades profissionais farmacêuticas no País. Ainda segundo essa mesma lei, lhe foi dada a incumbência de zelar pela saúde pública, promovendo a assistência farmacêutica.
Para viabilizar a execução destas atividades precípuas, foram criadas algumas obrigações para os que exercem atividades farmacêuticas:
Necessidade de inscrição no CRF para exercer regularmente a profissão;
Registro das empresas que executam atividades relacionadas à Farmácia;
Registro dos profissionais responsáveis técnicos por estas empresas e contratação de eventuais substitutos para os casos de ausências ou impedimentos.
RESOLUÇÃO Nº160 DE 23 DE ABRIL DE 1982
QUEM PODE EXERCER A PROFISSÃO?
Art. 1º - O título de farmacêutico, em qualquer de suas modalidades, para todos os efeitos de direito, é exclusivo do profissional de nível superior, graduado em estabelecimento de ensino de ciências farmacêuticas. 
Art. 2º - O exercício de atividades farmacêuticas só será autorizado mediante prova de habilitação legal, a ser feita pela carteira de identidade profissional. 
Art. 3º - Deverá constar da carteira de identidade expedida a modalidade em que é titulado o seu detentor, para definir o limite de sua competência profissional. 
Art. 4º - Nenhum profissional poderá exercer atribuições diferentes daquelas para as quais se capacitou. 
Art. 5º - Fica assegurado aos inscritos nos CRFs o direito ao exercício das atribuições resultantes de sua formação curricular, respeitadas as modalidades profissionais existentes à época da diplomação. 
Art. 6º - A responsabilidade técnicas assumida é indelegável e obriga o profissional à participação efetiva nos trabalhos a seu cargo.
RESOLUÇÃO Nº261 DE 16 DE SETEMBRO DE 1994 
O PAPEL E A RESPONSABILIDADE DE UM FARMACÊUTICO RT
Art. 1º - Toda a farmácia ou drogaria contará obrigatoriamente com um farmacêutico responsável que efetiva e permanentemente assuma e exerça a sua direção técnica. 
Art. 2º - Nos requerimentos para registro de empresas e de seus estabelecimentos de dispensação deverá ser indicado, pelo representante legal, o horário de funcionamento do estabelecimento.
Art. 3º - Será afixado em lugar visível ao público, dentro da farmácia ou drogaria o Certificado de Regularidade Técnica, emitido pelo respectivo Conselho Regional, indicando o nome e o horário de assistência de cada farmacêutico e do diretor técnico. 
Art. 4º - O Farmacêutico que exerce a direção técnica é o principal responsável pelo funcionamento do estabelecimento farmacêutico e terá obrigatoriamente sob sua responsabilidade a supervisão e coordenação de todos os serviços técnicos do estabelecimento que a ele ficam subordinados hierarquicamente.
Art. 6º - O farmacêutico que tiver necessidade de afastar-se por período superior a cinco dias da farmácia ou drogaria só poderá fazê-lo após a comunicação por escrito ao Conselho Regional respectivo. 
Art. 7º - Qualquer alteração quanto à direção técnica e/ou responsabilidade profissional e assistência técnica dos estabelecimentos, implicará a caducidade do Certificado de Regularidade.
RESOLUÇÃO Nº308 DE 2 DE MAIO DE 1997 
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA EM FARMÁCIAS E DROGARIAS
Art. 1º - compreende-se por assistência farmacêutica, para fins desta resolução, o conjunto de ações e serviços com vistas a assegurar a assistência terapêutica integral...
 Art. 2º - cabe ao farmacêutico responsável técnico, responsabilizar-se pelos princípios de gestão e administração da farmácia.
§ 1º - Manter nas farmácias aspectos exterior e interior característico e profissional a uma unidade de saúde pública. 
§ 2º - Destinar áreas especificas para atendimento reservado/confidencial, permitindo o diálogo privado com o paciente, bem como a Prestação de outros serviços na área de saúde, em conformidade com a legislação vigente. 
§ 3º - Manter local apropriado para armazenar produtos que requeiram condições especiais de conservação. 
§ 4º - Elaborar manuais de procedimentos, buscando normatizar e operacionalizar o funcionamento do estabelecimento, criando padrões técnicos e sanitários de acordo com a legislação. 
§ 5º - Estar capacitado para gerir racionalmente recursos materiais e humanos, de forma a dar garantia de qualidade aos serviços prestados pela farmácia
RESOLUÇÃO Nº357 DE 20 DE ABRIL DE 2001
APROVA O REGULAMENTO TÉCNICO DAS BOAS PRÁTICAS DE FARMÁCIA
É considerada a mais completa regulamentação sobre atividade do farmacêutico, nas farmácias e drogarias.
O farmacêutico é o profissional responsável por promover a automedicação responsável no processo saúde-doença, bem como as ações de informação e educação sanitária dirigidas ao consumidor ou doente, de modo que aos medicamentos possa-se fazer uma opção e não um abuso.
Nesse sentido, o farmacêutico tem um papel fundamental para a manutenção da saúde da população, prestando orientação farmacêutica com vistas a esclarecer ao paciente a relação benefício e risco envolvidos no uso de medicamentos; a conservação e a utilização de fármacos e medicamentos, bem como as suas interações medicamentosas e a importância do seu correto manuseio.
RESOLUÇÃO Nº437 DE 28 DE JULHO DE 2005 
REGULAMENTA A ATIVIDADE PROFISSIONAL DO FARMACÊUTICO NO FRACIONAMENTO DE MEDICAMENTOS
Art. 1º - É atribuição privativa do Farmacêutico os procedimentos para fracionar os medicamentos em farmácia.
Parágrafo único. Esta função é indelegável, sendo vedada sua execução por outros profissionais e auxiliares. 
Art. 2º - O fracionamento de medicamentos somente é permitido em farmácia, inscrita na junta comercial de seu Estado com esta denominação, registrada e em situação regular no Conselho Regional de Farmácia da jurisdição e com a licença e autorização do Órgão sanitário competente para esta atividade. 
Art. 3º - Os farmacêuticos descumpridores desta norma serão apenados, nos termos da lei, pelo Conselho Regional de Farmácia. 
RESOLUÇÃO Nº461 DE 2 DE MAIO DE 2007 
Sanções éticas e disciplinares aplicáveis aos farmacêuticos
Deixar de comunicar às autoridades farmacêuticas, com discrição e fundamento, fatos de seu conhecimento que caracterizem infração ao Código de Ética da Profissão Farmacêutica e às normas que regulam as atividades farmacêuticas;
Exercer a profissão farmacêutica sem condições dignas de trabalho e remuneração;
Exercer atividade farmacêutica com fundamento em procedimento não reconhecido pelo Conselho Federal de Farmácia;
Fornecer meio, instrumento, substância e conhecimento para induzir e/ ou participar da prática de aborto, eutanásia, tortura, toxicomania ou outras formas de procedimento degradante, desumano ou cruel para com o ser humano;
Exercer atividade farmacêutica em interação com outros profissionais,com propósito econômico e inobservando o direito do usuário de escolher o serviço e o profissional;
Deixar-se explorar por terceiros, com finalidade política ou religiosa;
RESOLUÇÃO nº499 DE 17 DE DEZEMBRO DE 2008
Estabelece que somente o farmacêutico inscrito no Conselho Regional de Farmácia de sua jurisdição, poderá prestar serviços farmacêuticos, em farmácias e drogarias. 
I - Elaboração do perfil farmacoterapêutico, avaliação e acompanhamento da terapêutica farmacológica de usuários de medicamentos; 
II - Determinação quantitativa do teor sanguíneo de glicose, colesterol total e triglicérides, mediante coleta de amostras de sangue por punção capilar, utilizando-se de medidor portátil; 
III - Verificação de pressão arterial; 
IV - Verificação de temperatura corporal; 
V - Aplicação de medicamentos injetáveis; 
VI - Execução de procedimentos de inalação e nebulização; 
VII - Realização de curativos de pequeno porte; 
VIII - Colocação de brincos; 
IX- Participação em campanhas de saúde; 
X- Prestação de assistência farmacêutica domiciliar. 
Os técnicos auxiliares poderão realizar todas as atividades nas farmácias e drogarias?
Não. Os técnicos auxiliares somente poderão prestar atividades que não sejam privativas do farmacêutico e desde que, previstas no procedimento operacional padrão (POP) e sob supervisão do farmacêutico responsável ou do farmacêutico substituto.
RESOLUÇÃO Nº542, DE 19 DE JANEIRO DE 2011 
Dispõe sobre as atribuições do farmacêutico na dispensação e no controle de antimicrobianos. 
O farmacêutico, no ato da dispensação de qualquer antimicrobiano, deve considerar que a educação/orientação ao paciente/usuário é fundamental não somente para a adesão ao tratamento, como também para a minimização de ocorrência de resistência bacteriana.
O farmacêutico deve fornecer toda a informação necessária para o uso correto, seguro e eficaz dos antimicrobianos, de acordo com as necessidades individuais do paciente/usuário.
É facultada a administração de antimicrobianos injetáveis de venda sob prescrição, pelo farmacêutico ou sob sua supervisão, nas farmácias e drogarias, desde que haja prévia autorização da autoridade sanitária competente. 
RESOLUÇÃO Nº585 DE 29 DE AGOSTO DE 2013
Esta resolução regulamenta as atribuições clínicas do farmacêutico que, por definição, constituem os direitos e responsabilidades desse profissional no que concerne a sua área de atuação.
Os diferentes serviços clínicos farmacêuticos, por exemplo, o acompanhamento farmacoterapêutico, a conciliação terapêutica ou a revisão da farmacoterapia caracterizam-se por um conjunto de atividades específicas de natureza técnica. A realização dessas atividades encontra embasamento legal na definição de atribuições clínicas do farmacêutico. Assim, uma lista de atribuições não corresponde, por definição, a uma lista de serviços.
A expansão das atividades clínicas do farmacêutico ocorreu, em parte, como resposta ao fenômeno da transição demográfica e epidemiológica observado na sociedade. A crescente morbimortalidade relativa às doenças e agravos não transmissíveis e à farmacoterapia repercutiu nos sistemas de saúde e exigiu um novo perfil do farmacêutico.
Nesse contexto, o farmacêutico contemporâneo atua no cuidado direto ao paciente, promove o uso racional de medicamentos e de outras tecnologias em saúde, redefinindo sua prática a partir das necessidades dos pacientes, família, cuidadores e sociedade.
As distintas realidades e as necessidades singulares de saúde da população brasileira exigem bastante trabalho e união de todos.
O êxito das atribuições descritas nesta resolução deverá ser medido pela efetividade das ações propostas e pelo reconhecimento por parte da sociedade do papel do farmacêutico no contexto da saúde.
Por fim, é preciso reconhecer que a prática clínica do farmacêutico em nosso país avançou nas últimas décadas. Isso se deve ao esforço visionário daqueles que criaram os primeiros serviços de Farmácia Clínica no Brasil, assim como às ações lideradas por entidades profissionais, instituições acadêmicas, organismos internacionais e iniciativas governamentais.
RESOLUÇÃO Nº586 DE 29 DE AGOSTO DE 2013
Regulamenta a prescrição farmacêutica, definindo esta como o ato pelo qual o farmacêutico seleciona e documenta terapias farmacológicas e não farmacológicas, e outras intervenções relativas ao cuidado à saúde do paciente, visando à promoção, proteção e recuperação da saúde e à prevenção de doenças.
De acordo com a citada Resolução, o farmacêutico poderá realizar a prescrição de medicamentos e produtos com finalidade terapêutica cuja dispensação não exija prescrição médica (MIPs), incluindo medicamentos industrializados e formulações magistrais (alopáticos ou dinamizados), plantas medicinais, drogas vegetais e outras categorias ou relações de medicamentos que venham a ser aprovadas pelo órgão sanitário federal para prescrição do farmacêutico.
MIPs
Medicamentos Sintéticos, Específicos e Biológicos
263 MEDICAMENTOS
Fitoterápicos
52 MEDICAMENTOS
RESOLUÇÃO Nº596 DE 21 DE FEVEREIRO DE 2014
Dispõe sobre o Código de Ética Farmacêutica, o Código de Processo Ético e estabelece as infrações e as regras de aplicação das sanções disciplinares.
O FARMACÊUTICO É UM PROFISSIONAL DA SAÚDE, CUMPRINDO-LHE EXECUTAR TODAS AS ATIVIDADES INERENTES AO ÂMBITO PROFISSIONAL FARMACÊUTICO, DE MODO A CONTRIBUIR PARA A SALVAGUARDA DA SAÚDE E, AINDA, TODAS AS AÇÕES DE EDUCAÇÃO DIRIGIDAS À COLETIVIDADE NA PROMOÇÃO DA SAÚDE.
O novo Código de Ética veio trazer impactos diretos ao dia a dia do farmacêutico. Os novos direitos, deveres e proibições foram criados para proteger a profissão, os profissionais e a população.
exercícios
No DECRETO Nº20.377 no inciso 1º tem a seguinte frase: As atribuições das alíneas c,d,e, f não são privativas do farmacêutico. O que isso quer dizer?
Qual a função da criação dos Conselhos (CFF e CRF)?
Segundo a Resolução Nº261: Toda a farmácia ou drogaria contará obrigatoriamente com um farmacêutico responsável que efetiva e permanentemente assuma e exerça a sua direção técnica. Logo, se o farmacêutico que tiver necessidade de afastar-se por período superior a cinco dias, deverá comunicar a quem?
Quem é o profissional responsável pelos princípios de gestão e administração da farmácia ou drogaria?
Qual é a resolução considerada a mais completa regulamentação sobre atividade do farmacêutico, nas farmácias e drogarias?
É permitido outros profissionais realizarem o procedimento de fracionamento de medicamentos?
Os técnicos auxiliares poderão realizar todas as atividades nas farmácias e drogarias?
Sobre o CÓDIGO DE ÉTICA FARMACÊUTICO, foi criado para qual finalidade?
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