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Direito Civil - Pessoa Jurídica

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DIREITO CIVIL
Pessoa Jurídica e Bens
Livro Eletrônico
Presidente: Gabriel Granjeiro
Vice-Presidente: Rodrigo Calado
Diretor Pedagógico: Erico Teixeira
Diretora de Produção Educacional: Vivian Higashi
Gerência de Produção de Conteúdo: Magno Coimbra
Coordenadora Pedagógica: Élica Lopes
Todo o material desta apostila (incluídos textos e imagens) está protegido por direitos autorais 
do Gran. Será proibida toda forma de plágio, cópia, reprodução ou qualquer outra forma de 
uso, não autorizada expressamente, seja ela onerosa ou não, sujeitando-se o transgressor às 
penalidades previstas civil e criminalmente.
CÓDIGO:
231123489353
ANTÔNIO ALEX
Doutorando em Direito pelo UniCEUB; mestre pela UnB; bacharel em Direito e 
Engenharia Elétrica pela UnB. Possui licenciatura em Física; pós-graduação em 
Direito Notarial e Registral, Direito Processual Civil e Gestão Pública. Atua como 
advogado voluntário no Núcleo Cível de Tribunais Superiores da Defensoria Pública 
do DF. Servidor público federal aprovado em vários concursos públicos.
 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Marcelly - 70093803680, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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Direito Civil
Pessoa Jurídica e Bens
Antônio Alex
SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Pessoa Jurídica e Bens . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1. Conceito de Pessoa Jurídica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2. Constituição da Pessoa Jurídica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
3. Tipos de Pessoa Jurídica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
4. Domicílio da Pessoa Jurídica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
5. Associações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
6. Fundações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
7. Organizações Religiosas e Partidos Políticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
8. Sociedades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
9. EIRELI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
10. Desconsideração da Personalidade Jurídica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
11. Extinção da Pessoa Jurídica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
12. Direitos de Personalidade da Pessoa Jurídica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
13. Conceito de Bem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
14. Classificação dos Bens . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
15. Bens Considerados em Si Mesmos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
15.1. Bens Imóveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
15.2. Bens Móveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
15.3. Bens Fungíveis e Consumíveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
15.4. Bens Divisíveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
15.5. Bens Singulares e Coletivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
16. Bens Reciprocamente Considerados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64
16.1. Bens Principais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64
16.2. Bens Acessórios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
17. Titularidade de Domínio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
17.1. Bens Particulares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
17.2. Bens Públicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
resumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79
Mapas Mentais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88
 
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Questões de Concurso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95
Gabarito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 108
Gabarito Comentado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 109
referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 153
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Pessoa Jurídica e Bens
Antônio Alex
APreSeNtAÇÃoAPreSeNtAÇÃo
Olá, querido(a) aluno(a), tudo bem?
Sou o professor Antônio Alex Pinheiro.
Inicialmente, gostaria de lhe dizer que foi com grande satisfação que aceitei o desafio 
de elaborar aulas para sua preparação para o exame da OAB (Exame da Ordem). A minha 
aprovação nesse exame corresponde a uma das maiores alegrias da minha vida, sendo 
que tenho certeza de que brevemente você vivenciará essa experiência incrível e que vai 
transformar sua vida.
Vou me apresentar rapidamente, principalmente para que você entenda a lógica de 
organização do curso. Sou graduado em Engenharia Elétrica e Direito pela UnB, com Mestrado 
também pela UnB, cursando atualmente o Doutorado em Direito pelo UniCeub. Possuo 
pós-graduação em Direito Processual Civil e em Direito Notarial. Também finalizei o curso 
de licenciatura em Física.
Minha experiência com concursos públicos começou no ano de 2003 e continua até então. 
Nessa trajetória fui aprovado nos concursos públicos da Caixa Econômica Federal, Polícia 
Rodoviária Federal, Polícia Federal, Curso de Oficial daPMDF, professor da Secretaria de 
Educação do Distrito Federal, professor do Instituto Federal de Brasília e Anatel. Atualmente, 
ocupo o cargo de Especialista em Regulação na Anatel. Recentemente, logrei êxito na 
aprovação para o cargo de Notário e Registrador dos Tribunais de Justiça do Ceará, do 
Amazonas, do Paraná e de Santa Catarina, quando aprofundei meus estudos em relação ao 
Direito Civil. No concurso para o cargo de Notário ou Registrador, o conteúdo de Direito Civil 
tem um peso extremamente importante nas três fases: prova objetiva, prova discursiva e 
prova oral.
Desde o ano de 2015, exerço também a advocacia voluntária pela Defensoria Pública 
do DF na área de Direito Civil. Atualmente, estou lotado no Núcleo de Defensoria Pública 
do DF junto aos Tribunais Superiores, atividade que me trouxe grande aprendizado na área 
de Direito Civil.
Como fruto de minhas pesquisas, recentemente publiquei livros na área de Direito Civil. 
Inclusive, nos anos de 2021 e 2022, recebi uma premiação da Confederação Nacional dos 
Notários e Registradores como um autor de obras jurídicas de referência para a preparação 
desses profissionais.
O nosso curso de Direito Civil foi elaborado sabendo que, diante da vida corrida, o aluno 
não dispõe de muito tempo disponível para seu estudo. Assim, cada aula foi estrategicamente 
pensada e elaborada com os principais conceitos relacionados ao respectivo assunto para 
facilitar o entendimento e a fixação do conteúdo. Além do mais, tendo em vista a forte 
cobrança de lei seca em questões de Direito Civil, para economizar seu tempo, sempre farei 
menção aos artigos correspondentes ao conteúdo estudado, então não pule a leitura da lei 
 
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seca. Dessa forma, além de você entender o conceito estudado, vai saber como o assunto 
é disposto na respectiva redação da lei, para não errar.
Procurei esgotar questões que já caíram em provas anteriores do exame da ordem da 
OAB, complementando com questões de concursos quando necessário. Assim, ao final 
da aula, apresento uma lista de exercícios dos últimos anos que permitem a fixação do 
conteúdo estudado. Por fim, os esquemas e resumos trazem os principais pontos estudados 
em cada aula, os quais recomendo que sejam estudados entre os intervalos das aulas para 
facilitar a fixação do conteúdo e na última semana antes da prova. Minha intenção é fazer 
com que você seja aprovado no exame da OAB, bem como possa exercer com segurança a 
advocacia na área Cível.
Espero que você goste do que vamos estudar e do material a seguir. O seu feedback da 
aula é muito importante para que eu possa melhorar o material, não se esqueça de avaliar 
ou me enviar uma mensagem pelas redes sociais. 
Por favor: material obrigatório! Então, fica ligado no curso GRAN. Estou esperando as 
dúvidas no Fórum do aluno!
Muito bem-vindo ao nosso curso, vamos ao trabalho e à sua aprovação!
“Nenhum obstáculo é tão grande se sua vontade de vencer for maior.”
Forte abraço e bons estudos!
Antônio Alex Pinheiro
@prof._antonio_alex
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PPESSOA JURÍDICA E BENSESSOA JURÍDICA E BENS
1 . CoNCeito De PeSSoA JUrÍDiCA1 . CoNCeito De PeSSoA JUrÍDiCA
Pessoa Jurídica é o grupamento humano, com personalidade jurídica própria, criado 
na forma da lei, para consecução de fins comuns. A pessoa jurídica é uma decorrência da 
capacidade de viver em sociedade dos seres humanos, que procuram se agrupar para atingir 
de forma mais eficiente seus objetivos.
Além das pessoas físicas ou naturais, as pessoas jurídicas, que são entidades abstratas 
criadas pelo homem por meio de ferramentas jurídicas, passaram a ser reconhecidas como 
sujeito de direito e de obrigações, com personalidade jurídica própria.
Um ponto importante que deve ser esclarecido é que o simples fato de uma entidade 
possuir o Cadastro Nacional das Pessoas Jurídicas (CNPJ) na Secretaria da Receita Federal 
do Brasil não significa que a entidade necessariamente será uma pessoa jurídica.
Quem vai dizer necessariamente quem são as pessoas jurídicas é a lei, mais precisamente 
o Código Civil. Diante do exposto, uma entidade pode possuir CNPJ simplesmente para 
fins tributários, não constituindo uma pessoa jurídica.
A natureza jurídica das pessoas jurídicas é explicada por diferentes teorias, destacando-
se inicialmente as Correntes Negativista e Afirmativista.
Segundo a Corrente Negativista, a pessoa jurídica é simplesmente um agrupamento 
de pessoas, não existindo uma vontade autônoma da pessoa jurídica. Entretanto, a 
referida corrente não prevaleceu. Já a Corrente Afirmativista prevalece, aceitando a 
existência autônoma da pessoa jurídica. Esta corrente pode ser subdividida em 3 (três) 
outras teorias:
Teoria da Ficção Teoria da Realidade Objetiva Teoria da Realidade Técnica
A pessoa jurídica seria uma 
criação da pura técnica do 
direito, tendo uma existência 
meramente ideal ou abstrata. 
As críticas à referida teoria é que 
ela enxerga a pessoa jurídica no 
plano das ideias, desprezando as 
relações sociais.
A pessoa jurídica seria um 
organismo social vivo, não 
sendo explicada pela técnica 
do direito, mas pela sociologia. 
A crítica a esta teoria é que 
ela limitou o estudo da pessoa 
jurídica no campo da sociologia, 
desprezando a técnica do direito 
na constituição da pessoa 
jurídica.
A pessoa jurídica seria uma 
criação do direito, mas que 
também participa de relações 
sociais. A Teoria da Realidade 
Técnica da pessoa jurídica é 
a adotada pelo Código Civil 
de 2002.
Vamos ver como esse assunto cai em prova:
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Direito Civil
Pessoa Jurídica e Bens
Antônio Alex
001. 001. (QUADRIX/CAU-SC/ADVOGADO/2022) As pessoas jurídicas podem ser conceituadas 
como sendo conjuntos de
a) pessoas, que não adquirem personalidade própria, mas podem assumir obrigações e ser 
titulares de direitos.
b) bens arrecadados, que adquirem personalidade própria por uma ficção legal, mas são 
incapazes de assumir obrigações.
c) pessoas ou de bens arrecadados, sem personalidade própria.
d) pessoas ou de bens arrecadados, que adquirem personalidade própria por uma ficção 
legal.
e) pessoas ou de bens arrecadados, que adquirem personalidade própria, com capacidade 
para assumir obrigações, mas não podem ser titulares de direitos.
a) Errada. A pessoa jurídica adquire personalidade própria, que não se confunde com as 
pessoas que a constituem, conforme prevê o art. 49-A do CC:
Art. 49-A. A pessoa jurídica não se confunde com os seus sócios, associados, instituidores ou 
administradores.
Parágrafo único. A autonomia patrimonial das pessoas jurídicas é um instrumento lícito de alocação 
e segregação de riscos, estabelecido pela lei com a finalidade de estimular empreendimentos, 
para a geração de empregos, tributo, renda e inovação em benefício de todos.
b) Errada. A pessoa jurídica tem personalidade e capacidade para adquirir obrigações.
c) Errada. A pessoa jurídica adquire personalidade própria, distinta daqueles que aconstituem.
d) Certa. De fato, a pessoa jurídica é o ente abstrato, criado por ficção legal e formado 
pelo conjunto de bens ou pessoas, que tem identidade própria (e, portanto, existência e 
responsabilidade jurídicas), podendo ser de direito público ou privado, conforme dispõe o 
art. 40 do CC:
Art. 40. As pessoas jurídicas são de direito público, interno ou externo, e de direito privado.
Vale lembrar que há três teorias explicativas da pessoa jurídica: 1) Teoria da ficção legal: 
entende que a pessoa jurídica não tem existência real, sendo apenas uma abstração criada 
por lei. Capitaneada por Savigny, tal teoria sustenta que só a pessoa natural tem vontade 
e, assim, existência real. 2) Teoria da realidade objetiva ou orgânica: sustenta que a pessoa 
jurídica não é uma ficção legal, mas uma realidade sociológica, dotada de existência e 
vontade próprias, distintas das de seus membros, que nascem por imposição de forças 
sociais. Capitaneada por de Gierke e Zitelman, é criticada, ao argumento de que a volitividade 
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é característica apenas da pessoa humana. 3)Teoria da realidade técnica (ou teoria das 
instituições jurídicas, de Hauriou): entende que a personalidade jurídica é atribuída pela 
ordem jurídica estatal, ou seja, é conferida pelo direito, sendo um expediente técnico. As 
pessoas jurídicas são uma realidade jurídica, com atuação social reconhecida. É, segundo 
a doutrina, a que melhor define a pessoa jurídica.
e) Errada. A pessoa jurídica tem personalidade e capacidade para adquirir obrigações, bem 
como para ser titular de direitos.
Letra d.
2 . CoNStitUiÇÃo DA PeSSoA JUrÍDiCA2 . CoNStitUiÇÃo DA PeSSoA JUrÍDiCA
Inicialmente, cabe esclarecer que conforme o Código Civil, existem pessoas jurídicas de 
direito privado e de direito público interno ou externo. Para a constituição das pessoas jurídicas 
de direito privado, alguns requisitos são exigidos para a criação de uma pessoa jurídica:
a) Vontade humana: vontade de criar uma entidade distinta de seus membros;
b) Elaboração do ato constitutivo: elaboração do estatuto ou contrato. O estatuto 
social é utilizado pelas sociedades em ações, cooperativas e entidades sem fins lucrativos. 
O contrato social é utilizado pelas demais sociedades;
c) Registro do ato constitutivo: no Registro Civil de Pessoas Jurídicas ou Junta Comercial, 
a depender na natureza da pessoa jurídica;
d) Objetivos Lícitos: objetivos ilícitos podem impedir o registro ou extinguir a pessoa jurídica.
Além do mais, conforme art. 45 do Código Civil, há um requisito que é exigido apenas 
para algumas pessoas jurídicas, tendo em vista o interesse estratégico de seus fins, por 
exemplo, empresas estrangeiras, agências de seguros, bancos e outras:
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e) Autorização do Poder Executivo.
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do 
ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou 
aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar 
o ato constitutivo.
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de 
direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação de sua inscrição 
no registro.
002. 002. (CEBRASPE-CESPE/MPE-AC/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2022) O prazo para anular a 
constituição das pessoas jurídicas de direito privado conta-se do(a)
a) conhecimento da irregularidade.
b) assinatura do ato constitutivo.
c) publicação da inscrição no registro.
d) início das atividades.
e) primeira reunião deliberativa.
As pessoas jurídicas de direito privado têm sua constituição iniciada com o registro do ato 
constitutivo (estatuto ou contrato social). No entanto, o direito à anulação, por defeito 
do respectivo ato, está sujeito a prazo decadencial e se opera em três anos, contados da 
publicação do registro (inscrição do ato constitutivo no respectivo registro), conforme 
prevê o art. 45, p.u., do CC. Veja:
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato 
constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do 
Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de 
direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação de sua inscrição 
no registro.
Letra c.
A pessoa natural adquire personalidade jurídica a partir do nascimento com a vida. E 
para a pessoa jurídica, como funciona?
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https://www.tecconcursos.com.br/concursos/promotor-de-justica-mpe-ac-2022
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Ainda conforme o art. 45 do CC, a existência legal das pessoas jurídicas de direito 
privado começa com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, 
quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo.
Assim, a personalidade da pessoa jurídica de direito privado é adquirida com o registro 
do seu respectivo ato constitutivo.
E aí vem o próximo questionamento: o registro se trata de um ato de natureza declaratória 
ou constitutiva?
O registro dos atos de criação das pessoas jurídicas tem efeito constitutivo, enquanto 
o registro da pessoa natural tem efeito declaratório. O registro da pessoa jurídica possui 
efeitos ex-nunc.
REGISTRO DE PESSOA JURÍDICA EFEITO CONSTITUTIVO
REGISTRO DE PESSOA FÍSICA EFEITO DECLARATÓRIO
003. 003. (CEBRASPE-CESPE/TCE-SC/AUDITOR FISCAL DE CONTROLE EXTERNO- DIREITO/2022) 
Julgue o item a seguir, acerca do Direito Civil.
A existência legal das pessoas jurídicas de direito privado começa com a publicação do seu 
registro no diário oficial do órgão de registro competente.
Por expressa previsão do Código Civil, a existência legal das pessoas jurídicas de direito 
privado se dá com a INSCRIÇÃO DO ATO CONSTITUTIVO NO RESPECTIVO REGISTRO. Vejamos:
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato 
constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do 
Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.
Errado.
Além do mais, conforme o parágrafo único do art. 45 do CC, o prazo para anular o ato 
constitutivo de constituição das pessoas jurídicas por algum defeito é decadencial de 03 
(três) anos.
O registro, que inclusive pode ser anulado, precisa seguir alguns requisitos legais, veja:
Art. 46. O registro declarará:
I – a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo social, quando houver;
II – o nomee a individualização dos fundadores ou instituidores, e dos diretores;
III – o modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente;
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IV – se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que modo;
V – se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais;
VI – as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu patrimônio, nesse caso.
Vamos treinar?
004. 004. (FCC/MPE-PE/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2022) Com base no disposto no ordenamento 
jurídico a respeito das pessoas jurídicas de direito privado, considere as assertivas abaixo:
I – A existência legal e a personalidade da pessoa jurídica se iniciam com a inscrição do ato 
constitutivo no respectivo registro.
II – O registro do ato constitutivo deverá, dentre outros elementos, indicar a forma da 
administração e quem a representa, judicial ou extrajudicialmente.
III – A falta de menção no registro, se o ato constitutivo é ou não reformável, não constitui 
vício ou irregularidade, tampouco inviabiliza o funcionamento da pessoa jurídica.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I.
b) II.
c) I e II.
d) II e III.
e) I e III.
I – Certa. É a disposição do art. 45, caput, CC:
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato 
constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do 
Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo. 
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de 
direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação de sua inscrição 
no registro.
II – Certa. Cuida-se de elemento ou dado obrigatório do registro elencado no art. 46, III, CC:
Art. 46. O registro declarará:
I – a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo social, quando houver;
II – o nome e a individualização dos fundadores ou instituidores, e dos diretores;
III – o modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, judicial e 
extrajudicialmente;
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IV – se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que modo;
V – se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais;
VI – as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu patrimônio, nesse caso.
III – Errada. Cuida-se de elemento ou dado obrigatório do registro elencado no art. 46, IV, CC:
Art. 46. O registro declarará:
[...]
IV – se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que modo;
Letra c.
Constituída a pessoa jurídica, conforme art. 47 do CC, obrigam a pessoa jurídica os atos dos 
administradores, exercidos NOS LIMITES de seus poderes definidos no ato constitutivo. Veja:
Art. 47. Obrigam a pessoa jurídica os atos dos administradores, exercidos nos limites de seus 
poderes definidos no ato constitutivo.
Quanto à administração da pessoa jurídica, se vier a faltar, o juiz, a requerimento de 
qualquer interessado, nomeará um administrador provisório.
Art. 49. Se a administração da pessoa jurídica vier a faltar, o juiz, a requerimento de qualquer 
interessado, nomear-lhe-á administrador provisório.
Também deve ser ressaltada, diante da autonomia privada, a separação entre a pessoa 
jurídica e seus instituidores ou administradores, reforçada pela disposição normativa do 
art. 49-A do CC. Veja:
Art. 49-A. A pessoa jurídica não se confunde com os seus sócios, associados, instituidores ou 
administradores. (Incluído pela Lei n. 13.874, de 2019)
Parágrafo único. A autonomia patrimonial das pessoas jurídicas é um instrumento lícito de alocação 
e segregação de riscos, estabelecido pela lei com a finalidade de estimular empreendimentos, 
para a geração de empregos, tributo, renda e inovação em benefício de todos
O assunto já foi cobrado em prova, observe:
005. 005. (INSTITUTO ACCESS/TJ-PB/JUIZ LEIGO/2022-ADAPTADA) Quanto à autonomia 
patrimonial das pessoas jurídicas, julgue o item.
É um instrumento lícito de alocação e segregação de riscos, estabelecido pela lei com a 
finalidade de estimular empreendimentos, para a geração de empregos, tributo, renda e 
inovação em benefício de todos.
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É a redação do p. único do art. 49-A do Código Civil, dispositivo que fora incluído pela Lei 
n. 13.874/2019 (Lei de Liberdade Econômica). Confira:
Art. 49-A. A pessoa jurídica não se confunde com os seus sócios, associados, instituidores ou 
administradores.
Parágrafo único. A autonomia patrimonial das pessoas jurídicas é um instrumento lícito de alocação 
e segregação de riscos, estabelecido pela lei com a finalidade de estimular empreendimentos, 
para a geração de empregos, tributo, renda e inovação em benefício de todos.
Certo.
Considerando que o registro das pessoas jurídicas tem natureza constitutiva, no caso de 
entes sem registro, estes são considerados entes despersonificados, ou então conhecidos 
como sociedade de fato ou sociedade irregular. Neste caso, a responsabilidade dos sócios 
ou administradores é solidária e ilimitada pelas obrigações sociais, conforme as disposições 
dos artigos. 986 a 990 do CC.
Também é importante ressaltar a existência dos chamados entes despersonificados com 
capacidade processual, como, por exemplo, o espólio, a massa falida, a herança jacente, a 
herança vacante e o condomínio. Os referidos entes não são pessoas jurídicas conforme 
o Código Civil vigente, entretanto, possuem capacidade processual para postular perante 
o Poder Judiciário na defesa de seus interesses.
Quanto às pessoas jurídicas de Direito Público, suas regras de criação não estão 
previstas no Código Civil, concentrando seu campo de estudo no Direito Constitucional 
e no Direito Administrativo. A título de exemplo, podemos destacar a previsão do Inciso 
XIX do art. 37 da Constituição de 1.988, que prevê a necessidade de lei específica para 
criação de autarquias: 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, 
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
[...]
XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de 
empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, 
neste último caso, definir as áreas de sua atuação;
Recentemente foi introduzida no ordenamentojurídico a possibilidade de as pessoas 
jurídicas de direito privado realizarem assembleias gerais por meio eletrônico, veja:
Art. 48-A. As pessoas jurídicas de direito privado, sem prejuízo do previsto em legislação especial 
e em seus atos constitutivos, poderão realizar suas assembleias gerais por meio eletrônico, 
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inclusive para os fins do disposto no art. 59 deste Código, respeitados os direitos previstos de 
participação e de manifestação.
Art. 59. Compete privativamente à assembleia geral: (Redação dada pela Lei n. 11.127, de 2005)
I – destituir os administradores; (Redação dada pela Lei n. 11.127, de 2005)
II – alterar o estatuto. (Redação dada pela Lei n. 11.127, de 2005)
Parágrafo único. Para as deliberações a que se referem os incisos I e II deste artigo é exigido 
deliberação da assembleia especialmente convocada para esse fim, cujo quórum será o estabelecido 
no estatuto, bem como os critérios de eleição dos administradores. (Redação dada pela Lei n. 
11.127, de 2005)
006. 006. (FGV/OAB-EXAME NACIONAL UNIFICADO XXXVII/2023) A Associação Atlética de uma 
renomada instituição de ensino jurídico brasileira, que possui mais de seiscentos associados, 
publica edital em seu site, e também nas redes sociais, de convocação para uma Assembleia 
Geral, a ser realizada por meio eletrônico, trinta dias após a publicação, tendo como pauta 
a aprovação das contas dos diretores relativas ao exercício financeiro anterior e a alteração 
do estatuto.
Diante da situação narrada, assinale a afirmativa correta.
a) A convocação de Assembleia Geral feita pela Associação Atlética apresenta um vício formal 
que conduz à nulidade absoluta, haja vista a impossibilidade da realização de Assembleia 
Geral por meio eletrônico.
b) A realização de Assembleia Geral por meio eletrônico é possível juridicamente, desde que 
respeitada a participação e a manifestação dos associados, salvo para alteração estatutária, 
que deverá ser feita por reunião presencial, de modo que o edital da Associação Atlética é 
nulo, admitindo-se a conversão.
c) A realização de Assembleia Geral por meio eletrônico é válida, desde que garantida a 
participação e a manifestação dos associados, além do respeito às normas estatutárias, 
inclusive, para a finalidade de alteração dos estatutos.
d) A realização de Assembleia Geral por meio eletrônico é anulável, por falta de previsão 
legal, admitindo-se, por conseguinte, a convalidação.
A realização de Assembleia Geral por meio eletrônico é válida, desde que garantida a 
participação e a manifestação dos associados, além do respeito às normas estatutárias, 
inclusive, para a finalidade de alteração dos estatutos, conforme estabelece o art. 48-A 
do Código Civil, acrescentado pela Lei n. 14.832, de 27 de junho de 2022, que consolidou 
medida de sucesso adotada de forma provisória durante a pandemia da Covid 19.
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Art. 48-A. As pessoas jurídicas de direito privado, sem prejuízo do previsto em legislação especial 
e em seus atos constitutivos, poderão realizar suas assembleias gerais por meio eletrônico, 
inclusive para os fins do disposto no art. 59 deste Código, respeitados os direitos previstos de 
participação e de manifestação.
Art. 59. Compete privativamente à assembleia geral: (Redação dada pela Lei n. 11.127, de 2005)
I – destituir os administradores; (Redação dada pela Lei n. 11.127, de 2005)
II – alterar o estatuto. (Redação dada pela Lei n. 11.127, de 2005)
Parágrafo único. Para as deliberações a que se referem os incisos I e II deste artigo é exigido 
deliberação da assembleia especialmente convocada para esse fim, cujo quórum será o estabelecido 
no estatuto, bem como os critérios de eleição dos administradores. (Redação dada pela Lei n. 
11.127, de 2005)
Letra c.
3 . tiPoS De PeSSoA JUrÍDiCA3 . tiPoS De PeSSoA JUrÍDiCA
Inicialmente, o artigo 40 do Código Civil divide as pessoas jurídicas entre direito público 
e direito privado. Observe:
Art. 40. As pessoas jurídicas são de direito público, interno ou externo, e de direito privado.
As pessoas jurídicas de direito público podem ser subdivididas em Direito Público Externo 
e Direito Público Interno. As pessoas jurídicas de Direito Público Externo são reguladas pelo 
chamado Direito Internacional, envolvendo outros países, organizações internacionais (ONU, 
OIT, OTAN etc.), o Vaticano e Blocos Comerciais, como a União Europeia, Mercosul, Nafta, 
conforme previsto no art. 42 do CC:
Art. 42. São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros e todas as 
pessoas que forem regidas pelo direito internacional público.
Já as pessoas jurídicas de Direito Público estão previstas no art. 41 do CC:
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:
I – a União;
II – os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
III – os Municípios;
IV – as autarquias, inclusive as associações públicas;
V – as demais entidades de caráter público criadas por lei.
Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, as pessoas jurídicas de direito público, a que se 
tenha dado estrutura de direito privado, regem-se, no que couber, quanto ao seu funcionamento, 
pelas normas deste Código.
Vejamos um pequeno esquema das pessoas jurídicas:
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Vamos fixar o assunto?Vamos fixar o assunto?
007. 007. (FCC/SEFAZ-PE/AUDITOR FISCAL DO TESOURO ESTADUAL/2022) De acordo com o 
Código Civil, são pessoas jurídicas de direito público interno
a) as fundações, os partidos políticos e as associações públicas.
b) a União, os Estados, os Municípios, o Distrito Federal e os Estados estrangeiros.
c) os partidos políticos e as sociedades controladas pela União.
d) as autarquias, inclusive as associações públicas.
e) as fundações e as autarquias, com exceção das associações públicas.
a) Errada. As fundações e os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito privado (art. 
44, III e V, CC).
b) Errada. Os Estados estrangeiros, assim como as pessoas regidas pelo direito internacional 
público, são pessoas jurídicas de direito público externo (art. 42, CC).
c) Errada. Tanto os partidos políticos quanto as sociedades controladas pela União são 
pessoas jurídicas de direito privado (art. 44, II e V, CC).
d) Certa. É a previsão do art. 41, IV, CC:
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:
I – a União;
II – os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
III – os Municípios;
IV – as autarquias, inclusive as associações públicas;
V – as demais entidades de caráter público criadas por lei.
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Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, as pessoas jurídicas de direito público, a que se 
tenha dado estrutura de direito privado, regem-se, no que couber, quanto ao seu funcionamento, 
pelas normas deste Código.
e) Errada. Como já visto, as autarquias e as associações públicas são pessoas jurídicas de 
direito público interno (art. 41, IV, CC). Ademais, as fundações, de acordo com o Código 
Civil, são pessoas jurídicas de direito privado (art. 44, III, CC).
Letra d.
Não podemos nos esquecer dos territórios federais, já que são descentralizações 
administrativas da União, ou seja, verdadeiras autarquias. Vejamos um exercício que 
os abrange:
008. 008. (IDIB/CREMERJ/ADVOGADO/2019) Com base nas disposições do Código Civil sobre as 
pessoas jurídicas, assinale a alternativa correta:
a) São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros e todas as 
pessoas que forem regidas pelo direito internacional público.
b) São pessoas jurídicas de direito privado, dentre outras, as associações públicas.
c) As organizações religiosas são pessoas jurídicas de direito público interno.
d) Os Territórios não são pessoas jurídicas de direito público interno.
a) Certa. Conforme o artigo 42 do CC, são pessoas jurídicas de direito público externo os 
Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelo direito internacional público.
b) Errada. Nos termos do art. 41 do CC, as associações públicas são pessoas jurídicas de 
direito público.
c) Errada. Nos termos do art. 44 do CC, as associações são pessoas jurídicas de direito privado.
d) Errada. Os Territórios Federais integram a União, constituindo-se em descentralizações 
administrativas desse Ente Federativo, ou seja, verdadeiras autarquias. Conforme art. 41 
do CC, as autarquias são pessoas jurídicas de direito público interno.
Letra a.
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Quanto ao parágrafo único do art. 41 do CC, o Enunciado n. 141 da III JDC prevê:
JURISPRUDÊNCIA
A remissão do art. 41, parágrafo único, do Código Civil às pessoas jurídicas de direito 
público, a que se tenha dado estrutura de direito privado, diz respeito às fundações 
públicas e aos entes de fiscalização do exercício profissional.
009. 009. (FAUEL/CM COLOMBO/ADVOGADO/2019) Assinale a alternativa CORRETA, a respeito 
das pessoas jurídicas, conforme o Código Civil de 2002.
a) Salvo disposição em contrário, as pessoas jurídicas de direito público, a que se tenha dado 
estrutura de direito privado, a exemplo das autarquias, regem-se, no que couber, quanto 
ao seu funcionamento, pelas normas do Código Civil.
b) Decai em cinco anos o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de direito 
privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação de sua inscrição no 
registro.
c) Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do 
ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou 
aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar 
o ato constitutivo.
d) São pessoas jurídicas de direito público interno os Estados estrangeiros e todas as pessoas 
que forem regidas pelo direito internacional público.
a) Errada. Em que pese o enunciado do parágrafo único do art. 41 do CC, o Enunciado 141 
da III JDC restringe essas disposições, veja:
JURISPRUDÊNCIA
A remissão do art. 41, parágrafo único, do Código Civil às pessoas jurídicas de direito 
público, a que se tenha dado estrutura de direito privado, diz respeito às fundações 
públicas e aos entes de fiscalização do exercício profissional.
Desta forma, as autarquias são regidas por regras de direito público.
b) Errada. Nos termos do art. 45 do CC, parágrafo único, decai em três anos o direito de 
anular a constituição das pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, 
contado o prazo da publicação de sua inscrição no registro.
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c) Certa. Nos termos do art. 45 do CC, começa a existência legal das pessoas jurídicas de 
direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando 
necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro 
todas as alterações por que passar o ato constitutivo.
d) Errada. Nos termos do art. 42 do CC, são pessoas jurídicas de direito público externo os 
Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelo direito internacional público.
Letra c.
Para memorizar as pessoas jurídicas de Direito Público, muito cobradas em provas, lembre-
se da regrinha: MEUDA.
M = Municípios;
E = Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
U = União;
D = Demais entidades de caráter público criadas por lei;
A = Autarquias;
As pessoas jurídicas de Direito Público interno envolvem os entes da administração 
direta: União, Estados, Distrito Federal, Territórios e Municípios. Incluem também os entes da 
administração indireta, órgãos descentralizados criados por lei para execução de atividades 
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de interesse público, englobando autarquias, fundações públicas e demais entidades de 
caráter público criadas por lei.
O Consórcio Público é uma pessoa jurídica criada por lei com a finalidade de executar a 
gestão associada de serviços públicos, onde os entes consorciados, que podem ser a União, 
os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no todo em parte, destinarão pessoal e bens 
essenciais à execução dos serviços transferidos. Os Consórcios Públicos se enquadram no 
inciso IV do art. 41 do CC, as associações públicas.
A redação do inciso V do art. 41 do CC trata das demais entidades de caráter público 
criadas por lei, dentre as quais a doutrina dominante enquadra as fundações públicas e 
agências reguladoras.
010. 010. (CONSULPAM/PREF. PAULO AFONSO/PROCURADOR-CÍVEL, ADMINISTRATIVO E 
TRABALHISTA-JUDICIAL ADMINISTRATIVO/2020) Sobre as pessoas jurídicas, de acordo com 
o Código Civil, assinale a alternativa CORRETA:
a) As pessoas jurídicas são de direito privado, interno ou externo, e de direito público.
b) As autarquias são pessoas jurídicas de direito público interno.
c) São pessoas jurídicas de direito público interno os Estados estrangeiros e todas as pessoas 
que forem regidas pelo direito internacional público.
d) Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito público com a inscrição do 
ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou 
aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar 
o ato constitutivo.
Conforme o artigo 41 do CC:
Art. 41. São pessoas jurídicasde direito público interno:
I – a União;
II – os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
III – os Municípios;
IV – as autarquias, inclusive as associações públicas;
V – as demais entidades de caráter público criadas por lei.
Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, as pessoas jurídicas de direito público, a que se 
tenha dado estrutura de direito privado, regem-se, no que couber, quanto ao seu funcionamento, 
pelas normas deste Código.
Letra b.
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Além do mais, o art. 43 do CC traz a responsabilidade civil das pessoas jurídicas de 
direito público interno perante terceiros. Conforme tal disposição, a responsabilidade civil 
das pessoas jurídicas de direito público interno é objetiva, ou seja, independe de dolo ou 
culpa. Veja:
Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos 
seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra 
os causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo.
011. 011. (FCC/PROCURADOR DO MUNICÍPIO DE TERESINA/2022) Quanto às pessoas jurídicas:
a) São livres a criação, organização, estrutura interna e funcionamento das organizações 
religiosas, podendo, porém, o Poder Público negar-lhes reconhecimento ou registro dos 
atos constitutivos se contrários à moral, aos bons costumes e ao consenso social.
b) São de direito privado, entre outras, as associações, as sociedades, as fundações e as 
autarquias, excluídas as associações públicas.
c) As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos 
seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito regressivo 
contra os causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo.
d) Começa a existência legal daquelas de direito privado com o início efetivo de suas 
atividades associativas ou empresariais, independentemente de inscrição formal de seus 
atos constitutivos.
e) Se tiverem a administração coletiva, as decisões se tomarão pela unanimidade de votos 
dos presentes, salvo estipulação diversa nos atos constitutivos.
a) Errada. A assertiva tomou por base a literalidade do art. 44, § 1º, do Código Civil, que 
assim dispõe:
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:
[...]
§ 1º São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento das organizações 
religiosas, sendo vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos 
constitutivos e necessários ao seu funcionamento.
b) Errada. As autarquias são pessoas jurídicas de direito público (art. 41, IV, CC e art. 5º, I, 
DL n. 200/1967).
c) Certa. É a disposição do art. 43 do CC, que repisa, em parte, o art. 37, § 6º, da CRFB/1988. 
Confira:
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Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos 
seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra 
os causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo.
d) Errada. As pessoas jurídicas de direito privado têm o início de sua existência legal com 
o registro dos atos constitutivos no órgão competente, nos termos do art. 45, caput, CC:
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato 
constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do 
Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo. 
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de 
direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação de sua inscrição 
no registro.
e) Errada. Se tiverem a administração coletiva, as decisões da pessoa jurídica se tomarão 
pela maioria de votos dos presentes, salvo estipulação diversa nos atos constitutivos, 
consoante art. 48, caput, CC:
Art. 48. Se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões se tomarão pela maioria 
de votos dos presentes, salvo se o ato constitutivo dispuser de modo diverso.
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular as decisões a que se refere este artigo, 
quando violarem a lei ou estatuto, ou forem eivadas de erro, dolo, simulação ou fraude.
Letra c.
Entretanto, caso a pessoa jurídica de direito público seja condenada a indenizar o 
particular, ela tem direito de ação regressiva contra o agente público, caso este tenha agido 
com dolo ou culpa.
Já em relação às pessoas jurídicas de Direito Privado, o rol está previsto no art. 44 
do CC, veja:
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:
I – as associações;
II – as sociedades;
III – as fundações.
IV – as organizações religiosas;
V – os partidos políticos;
Para decorar, lembre-se daquele sapo que não lava o pé, mas não é qualquer um, é o sapo 
que não lava o pé religioso:
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S. A. P. O. F (sapo com “F”)
Sociedades;
Associações;
Partidos Políticos;
Organizações Religiosas;
Fundações.
Cabe ressaltar que doutrina afirma que o rol previsto no art. 44 do CC é exemplificativo, 
podendo ser reconhecidas outras pessoas jurídicas de direito privado.
JURISPRUDÊNCIA
Enunciado 144 da Jornada de Direito Civil:
A relação das pessoas jurídicas de direito privado, estabelecida no art. 44, incisos I a 
V, do Código Civil, não é exaustiva.
As organizações religiosas e os partidos políticos não faziam parte da redação original 
do Código Civil de 2002. Desta forma, foi realizada uma alteração legislativa do art. 44 do 
CC, concedendo às organizações religiosas e aos partidos políticos a natureza jurídica de 
pessoas jurídicas autônomas.
Já em relação aos sindicatos, percebe-se que eles não constam do rol do art. 44 do CC, 
assim, não constituem pessoa jurídica autônoma – os sindicatos são associações.
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Também deve ser ressaltada a inclusão, no ano de 2011, de um novo tipo de pessoa 
jurídica no rol do art. 44 do CC: a Empresa Individual de Responsabilidade Limitada, que á 
uma modalidade de empresa constituída por uma única pessoa como sócia.
Em relação àsfundações, o inciso III do art. 44 se restringe às entidades de natureza 
privada, isto porque podem existir as chamadas fundações públicas, que são classificadas 
como pessoas jurídicas de direito público interno.
Resumindo:
Pessoa Jurídica de Direito Público Pessoa Jurídica de Direito Privado
MEUDA:
M = Município;
E = Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
U = União;
D = Demais entidades de caráter público criadas por lei;
A = Autarquias.
SAPOF:
Sociedades;
Associações;
Partidos Políticos;
Organizações Religiosas;
Fundações.
012. 012. (FCC/DPE-AM/ANALISTA JURÍDICO DE DEFENSORIA-CIÊNCIAS JURÍDICAS/2022) De 
acordo com o artigo 44 do Código Civil, são pessoas jurídicas de direito privado as
a) sociedades, as autarquias e as fundações.
b) associações, as organizações religiosas e os partidos políticos.
c) fundações, as sociedades e as agências reguladoras.
d) empresas individuais com responsabilidade limitada, a União e os partidos políticos.
e) organizações religiosas, os Municípios e as associações.
As pessoas jurídicas de direito privado vêm dispostas, como consta do enunciado, no art. 
44 do Código Civil, cuja redação é a seguinte:
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:
I – as associações;
II – as sociedades;
III – as fundações.
IV – as organizações religiosas;
V – os partidos políticos.
VI – (Revogado pela Lei n. 14.382, de 2022)
§ 1º São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento das organizações 
religiosas, sendo vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos 
constitutivos e necessários ao seu funcionamento.
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§ 2º As disposições concernentes às associações aplicam-se subsidiariamente às sociedades que 
são objeto do Livro II da Parte Especial deste Código.
§ 3º Os partidos políticos serão organizados e funcionarão conforme o disposto em lei específica.
Merece menção que as empresas individuais de responsabilidade limitada (Eirelis), que 
foram extintas pela MP n. 1.085/2021, posteriormente convertida na Lei n. 14.382/2022, 
já não constam mais do art. 44 do CC.
Letra b.
4 . DoMiCÍlio DA PeSSoA JUrÍDiCA4 . DoMiCÍlio DA PeSSoA JUrÍDiCA
A regra geral para as pessoas jurídicas de direito privado é que não têm residência, mas 
sede ou estabelecimento em determinado lugar. Trata-se de domicílio especial, que pode 
ser onde funcionarem as respectivas diretorias ou administrações, ou então livremente 
escolhido no seu estatuto ou atos constitutivos. Já as pessoas jurídicas de direito público 
interno têm por seu domicílio a sede de seu governo.
As disposições relativas ao domicílio das pessoas jurídicas de direito privado estão no 
art. 75 do CC:
Art. 75. Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é:
I – da União, o Distrito Federal;
II – dos Estados e Territórios, as respectivas capitais;
III – do Município, o lugar onde funcione a administração municipal;
IV – das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e 
administrações, ou onde elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos constitutivos.
§ 1º Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares diferentes, cada um deles 
será considerado domicílio para os atos nele praticados.
§ 2º Se a administração, ou diretoria, tiver a sede no estrangeiro, haver-se-á por domicílio da 
pessoa jurídica, no tocante às obrigações contraídas por cada uma das suas agências, o lugar 
do estabelecimento, sito no Brasil, a que ela corresponder.
013. 013. (QUADRIX/CRO-AC/ASSISTENTE-JURÍDICO/2019) A respeito das pessoas naturais e 
jurídicas, da personalidade, da capacidade, dos direitos de personalidade e do domicílio, 
julgue o item.
Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares diferentes, cada um desses 
será considerado como domicílio para os atos nele praticados, independentemente de seus 
estatutos ou atos constitutivos.
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Conforme o artigo 75 do CC:
Art. 75. Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é:
I – da União, o Distrito Federal;
II – dos Estados e Territórios, as respectivas capitais;
III – do Município, o lugar onde funcione a administração municipal;
IV – das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e 
administrações, ou onde elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos constitutivos.
§ 1º. Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares diferentes, cada um deles 
será considerado domicílio para os atos nele praticados.
Certo.
Resumidamente, o domicílio das pessoas jurídicas é o seguinte:
DOMICÍLIO DAS PESSOAS JURÍDICAS
União Distrito Federal
Estados e Territórios Respectivas Capitais
Município Sede da administração (prefeitura)
Demais pessoas jurídicas 
de direito privado
Local de funcionamento das respectivas diretorias e administrações
OU
Onde elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos constitutivos
Cabe ressaltar também a possibilidade de pluralidade de domicílios da pessoa jurídica 
de direito privado no caso de diversos estabelecimentos instalados em lugares diferentes, 
sendo que cada um deles será considerado domicílio para os atos neles praticados.
E se a pessoa jurídica de direito privado possuir sede de sua administração ou diretoria 
no estrangeiro, será considerado domicílio o lugar de cada estabelecimento situado no 
Brasil a que corresponder à obrigação contraída.
014. 014. (CEBRASPE-CESPE/PROCURADOR DO ESTADO DE RONDÔNIA/2022) Uma sociedade 
empresária que estava sediada em território nacional no endereço X mudou sua sede e 
administração para o endereço Y, promovendo as devidas atualizações no registro civil. Três 
meses depois, mudou-se novamente, para o endereço Z, mas, neste último caso, deixou de 
registrar a nova alteração de endereço no serviço notarial competente.
Com referência a essa situação hipotética, sabendo-se que todos os endereços permaneceram 
na mesma unidade federativa, é correto afirmar que
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a) apenas o endereço Y será considerado domicílio da pessoa jurídica.
b) tanto o endereço X quanto o endereço Y serão considerados domicílios da pessoa jurídica.
c) apenas o endereço Z será considerado domicílio da pessoa jurídica.
d) apenas o endereço X será considerado domicílio da pessoa jurídica.
e) tanto o endereço Y quanto o endereço Z serão considerados domicílios da pessoa jurídica.
A questão deve ser resolvida conforme o art. 75 do CC, veja:
Art. 75. Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é:
I – da União, o Distrito Federal;
II – dos Estados e Territórios,as respectivas capitais;
III – do Município, o lugar onde funcione a administração municipal;
IV – das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e 
administrações, ou onde elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos constitutivos.
§ 1º Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares diferentes, cada um deles 
será considerado domicílio para os atos nele praticados.
§ 2º Se a administração, ou diretoria, tiver a sede no estrangeiro, haver-se-á por domicílio da 
pessoa jurídica, no tocante às obrigações contraídas por cada uma das suas agências, o lugar 
do estabelecimento, sito no Brasil, a que ela corresponder
Assim, o domicílio da pessoa jurídica corresponde ao lugar onde funcionarem as respectivas 
diretorias e administrações, ou onde elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos 
constitutivos. A empresa em questão elegeu como seu domicílio Y, entretanto, suas diretorias 
e administrações funcionam no município Z. Portanto, os municípios Y e Z representam 
domicílio dessa pessoa jurídica.
Letra b.
5 . ASSoCiAÇÕeS5 . ASSoCiAÇÕeS
Nos termos do art. 53 do CC, as Associações são pessoas jurídicas de direito privado 
formada pela união de pessoas para persecução de objetivos não econômicos:
Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não 
econômicos.
Parágrafo único. Não há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos.
015. 015. (QUADRIX/SEE-DF/PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA-DIREITO/2022) Julgue o item a 
seguir, referente ao Direito Civil.
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As associações são constituídas pela união de pessoas que se organizam para fins não 
econômicos, o que gera direitos e obrigações recíprocas entre os associados.
Na realidade, as associações, apesar de serem constituídas pela união de pessoas que se 
organizam para fins não econômicos, não geram direitos e obrigações recíprocas entre os 
associados. Vejamos:
Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não 
econômicos.
Parágrafo único. Não há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos.
Errado.
Cabe esclarecer que as associações podem desenvolver atividades econômicas, conforme 
Enunciado 534 do CJF.
JURISPRUDÊNCIA
Enunciado 534/CJF:
As associações podem desenvolver atividade econômica, desde que não haja finalidade 
lucrativa.
O prazo para anulação de constituição de uma associação em virtude de algum defeito em 
seu ato constitutivo é o mesmo previsto no parágrafo único do art. 45 do CC, ou seja, 3 anos.
Na associação, verifica-se que não há entre os associados direitos e obrigações recíprocos, 
além do mais, como não existem fins econômicos, não há divisão de lucros entre os associados. 
Entretanto, a associação pode gerar receitas para se manter, o que não pode existir é a 
partilha ou divisão de lucros entre os associados. São exemplos de associações: associação 
de moradores, associação de servidores, associação de proteção ao meio ambiente etc.
A diferença fundamental entre sociedades e associações está no fato de que as associações 
não visam ao lucro. Entretanto, não pode ser esquecida a disposição do parágrafo 2º do 
art. 44 do CC, que estabelece que as disposições concernentes às associações se aplicam 
subsidiariamente às sociedades.
O ato constitutivo da associação é o estatuto, que deve ser registrado no Registro Civil 
de Pessoas Jurídicas (RCPJ) seguindo os requisitos do art. 54 do CC. Confira:
Art. 54. Sob pena de nulidade, o estatuto das associações conterá:
I – a denominação, os fins e a sede da associação;
II – os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados;
III – os direitos e deveres dos associados;
IV – as fontes de recursos para sua manutenção;
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V – o modo de constituição e funcionamento dos órgãos deliberativos e administrativos;
V – o modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos;
VI – as condições para a alteração das disposições estatutárias e para a dissolução.
VII – a forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas.
As associações correspondem à união de pessoas, para fins não econômicos, sendo 
instituídas por meio de um estatuto, devidamente registrado no Cartório de Registro Civil 
de Pessoas Jurídicas (RCPJ):
O art. 55 do CC estabelece que, em regra, os associados devem ter direitos iguais, 
entretanto, não há impedimento para que algumas categorias de associados possuam 
vantagens especiais.
Art. 55. Os associados devem ter iguais direitos, mas o estatuto poderá instituir categorias com 
vantagens especiais.
O Código Civil também determina que, em regra, a qualidade de associado é intransmissível, 
exceto se o estatuto trouxer previsão contrária. Assim, existindo previsão expressa, a 
qualidade de associado pode ser transmitida por ato intervivos ou causa mortis. Além 
do mais, a simples transferência de quota ou fração ideal do patrimônio da associação a 
herdeiro não importará na direta atribuição da qualidade de associado ao herdeiro, sendo 
necessária a existência de previsão expressa no estatuto da associação.
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Art. 56. A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser o contrário.
Parágrafo único. Se o associado for titular de quota ou fração ideal do patrimônio da associação, 
a transferência daquela não importará, de per si, na atribuição da qualidade de associado ao 
adquirente ou ao herdeiro, salvo disposição diversa do estatuto.
016. 016. (CEBRASPE-CESPE/SEFAZ-CE/AUDITOR FISCAL JURÍDICO DA RECEITA ESTADUAL/2021) 
A respeito da vigência de lei, dos direitos da personalidade, das associações, da mediação 
e da responsabilidade do fornecedor de serviços, julgue o item seguinte.
Uma das formas legais de transmissão de associado ao herdeiro consiste em aquele ser 
titular de quota do patrimônio da associação.
Conforme o artigo 56 do CC:
Art. 56. A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser o contrário.
Parágrafo único. Se o associado for titular de quota ou fração ideal do patrimônio da associação, 
a transferência daquela não importará, de per si, na atribuição da qualidade de associado ao 
adquirente ou ao herdeiro, salvo disposição diversa do estatuto.
Errado.
Em relação aos órgãos que compõem uma associação, conforme o inciso V do art. 54, o 
estatuto deve trazer o modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos. 
O Código Civil traz a previsão expressa da existência da chamada assembleia geral, que é o 
órgão máximo, com as seguintes competências privativas:
Art. 59. Compete privativamente à assembleia geral:
I – destituir os administradores;
II – alterar o estatuto.
Parágrafo único. Para as deliberaçõesa que se referem os incisos I e II deste artigo é exigido 
deliberação da assembleia especialmente convocada para esse fim, cujo quórum será o estabelecido 
no estatuto, bem como os critérios de eleição dos administradores.
Além do mais, o art. 60 do Código Civil garante à minoria o poder de convocar a reunião 
dos órgãos deliberativos, entretanto, cabe ressaltar que é apenas a convocação para reunião, 
sendo que o quórum para decisão será o estabelecido no estatuto.
Art. 60. A convocação dos órgãos deliberativos far-se-á na forma do estatuto, garantido a 1/5 
(um quinto) dos associados o direito de promovê-la.
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Também há previsão de exclusão do associado, entretanto, conforme previsão no art. 
57 do CC, somente ocorrerá em caso de justa causa, que deverá ser apurada em processo 
instruído com a possibilidade de ampla defesa e contraditório. A justa causa pode ser a 
quebra da affectio societatis, por meio de desvirtuamento dos fins da associação, justificando 
a exclusão do associado.
Art. 57. A exclusão do associado só é admissível havendo justa causa, assim reconhecida em 
procedimento que assegure direito de defesa e de recurso, nos termos previstos no estatuto.
017. 017. (VUNESP/TJ-AL/NOTÁRIO E REGISTRADOR-REMOÇÃO/2019) Determinada organização 
religiosa estabelece, em seu estatuto, a exclusão de modo automático de associado que se 
declarar agnóstico, sem necessidade de qualquer notificação ou procedimento. Diante disso,
a) a previsão estatuária é nula por não prever um procedimento que assegure direito de 
defesa e recurso.
b) a previsão estatuária é válida ante à ciência do associado ao ingressar no quadro associativo.
c) a previsão estatuária terá validade desde que estivesse grafada em letras maiores e em 
destaque no estatuto.
d) a previsão é inválida por não ser admissível, em nenhuma hipótese, a exclusão de associado 
de organização religiosa.
Conforme o artigo 57 do CC, a exclusão do associado só é admissível havendo justa causa, 
assim reconhecida em procedimento que assegure direito de defesa e de recurso, nos 
termos previstos no estatuto.
Letra a.
Além do exposto, segundo o inciso XX do art. 5º da Constituição Federal, o associado 
possui o direito de se retirar da associação a qualquer tempo. Assim, o associado não poderá 
ser obrigado a permanecer filiado à entidade. Veja:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos 
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, 
à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
[...]
XX – ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;
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Por fim, em caso de dissolução da sociedade, o Código Civil trouxe previsão de destinação 
dos bens da associação dissolvida. Desta forma, os bens remanescentes devem ser destinados 
à entidade de fins não econômicos designada no estatuto, ou então, em caso de omissão, 
por deliberação dos associados, à instituição municipal, estadual ou federal, de fins idênticos 
ou semelhantes.
Art. 61. Dissolvida a associação, o remanescente do seu patrimônio líquido, depois de deduzidas, 
se for o caso, as quotas ou frações ideais referidas no parágrafo único do art. 56, será destinado 
à entidade de fins não econômicos designada no estatuto, ou, omisso este, por deliberação dos 
associados, à instituição municipal, estadual ou federal, de fins idênticos ou semelhantes.
018. 018. (FGV/OAB-EXAME UNIFICADO NACIONAL XXXVI/2022) João Paulo, Thiago, Ana e Tereza, 
amigos de infância, consultam um advogado sobre a melhor forma de, conjuntamente, 
desenvolverem atividade com o propósito de auxiliar na educação formal de jovens de uma 
comunidade da cidade ABC.
Os amigos questionam se deveriam constituir uma pessoa jurídica para tal fim e informam ao 
advogado que gostariam de participar ativamente da administração e do desenvolvimento 
das atividades de educação. Além disso, os amigos concordam que a referida pessoa jurídica 
a ser constituída não deve ter finalidade lucrativa.
Diante do cenário hipotético narrado, o advogado(a) deverá indicar
a) a necessidade de constituição de uma associação e alertar aos amigos que o custeio da 
referida associação deverá ser arcado por eles, tendo em vista a ausência de finalidade 
lucrativa.
b) a necessidade de constituição de uma associação que poderá desenvolver atividade 
econômica, desde que a totalidade dos valores auferidos seja revertida para a própria 
associação.
c) a constituição de uma fundação, porque é a modalidade mais adequada para que os 
amigos possam participar ativamente da administração e das atividades de educação.
d) a constituição de uma fundação e alertar aos amigos que o custeio da referida fundação 
deverá ser arcado por eles, tendo em vista a ausência de finalidade lucrativa e a impossibilidade 
de aportes financeiros por outras pessoas que não pertencem à fundação.
a) Errada. Embora as associações não possuam fins econômicos, podem elas desenvolver 
atividade econômica, conforme entendimento da doutrina (Enunciado 534, CJF/STJ). Dessa 
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forma, ao contrário do que consta da assertiva, não necessariamente os interessados em 
constituir referida pessoa jurídica deverão arcar com o seu custeio, podendo os recursos 
virem de uma atividade desenvolvida pela associação.
b) Certa. É o entendimento que prevalece na doutrina, consoante Enunciado 534 do CJF/STJ:
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Enunciado 534/CJF-STJ
As associações podem desenvolver atividade econômica, desde que não haja finalidade 
lucrativa.
Dessa forma, como não poderá haver finalidade lucrativa, os recursos provenientes da 
atividade econômica desenvolvida deverão ser revertidos integralmente para a própria 
associação. Sobre o tema, leciona Carlos Roberto Gonçalves (Direito civil brasileiro, volume 
1: parte geral. 15. ed. [livro eletrônico]. São Paulo: Saraiva, 2017):
A circunstância de uma associação eventualmente realizar negócios para manter ou aumentar o 
seu patrimônio, sem, todavia, proporcionar ganhos aos associados não a desnatura, sendo comum 
a existência de entidades recreativas que mantêm serviço de venda de refeições aos associados, 
de cooperativas que fornecem gêneros alimentícios e conveniências a seus integrantes, bem como 
agremiações esportivas que vendem uniformes, bolas etc. aos seus componentes. A redação do 
retrotranscrito art. 53, ao referir-se a “fins não econômicos”, é imprópria, pois toda

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