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DIREITO CIVIL - DAS PESSOAS JURIDICAS

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SISTEMA DE ENSINO
DIREITO CIVIL
Das Pessoas Jurídicas
Livro Eletrônico
FABIANA BORGES
Graduada e pós-graduada pela Universidade 
de Franca. Advogada. Professora de cursinhos. 
Professora do curso de Direito e supervisora de 
Atividade Complementar do Centro Universi-
tário do Planalto. Professora do curso de Direito 
do UniCEUB.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Enoque Junior - 11419986708, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
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DIREITO CIVIL
Das Pessoas Jurídicas
Prof. Fabiana Borges
Das Pessoas Jurídicas ..................................................................................4
1. Conceito ................................................................................................4
2. Requisitos ou Elementos Caracterizadores da Pessoa Jurídica ........................5
3. Características da Pessoa Jurídica .............................................................5
4. Natureza Jurídica ....................................................................................6
4.1. Teorias Negativistas..............................................................................6
4.2. Teorias Afirmativistas ...........................................................................7
5. Quanto às Funções Exercidas pelas Pessoas Jurídicas ...................................8
5.1. Da Responsabilidade Civil das Pessoas Jurídicas de Direito Público Interno .13
5.2. Domicílio da Pessoa Jurídica ................................................................28
Questões de Concurso ...............................................................................29
Gabarito ..................................................................................................39
Gabarito Comentado .................................................................................40
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Das Pessoas Jurídicas
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DAS PESSOAS JURÍDICAS
Aos agrupamentos humanos que se reúnem para determinadas finalidades é 
necessário que a legislação conceda personalidade, para que tenham autonomia e 
independência, com estrutura e personalidade diferentes das pessoas que a insti-
tuíram. Tais pessoas, em razão da personificação tornam-se capazes para titulari-
zarem relações jurídicas e praticar os atos da vida civil.
1. Conceito
Diversos autores civis conceituam pessoa jurídica de várias maneiras, to-
davia, como se trata de material sintetizado, escolhi noção conceitual simples, 
que esclarece o pretendido. Para Maria Helena Diniz1, autora escolhida, a pes-
soa jurídica é verdadeira “unidade de pessoas naturais ou patrimônios, que visa 
consecução de certos fins, reconhecida essa unidade como sujeito de direitos e 
obrigações”.
Na intenção de clarear ainda mais o conceito de pessoa jurídica, insere o con-
ceito citado por Pablo Stolze2:
“Pessoa jurídica é grupo humano, criado na forma da lei, e dotado de personalidade 
jurídica própria, para a realização de fins comuns”
[...]
Enquanto sujeito de direito, poderá a pessoa jurídica, por seus órgãos e representantes 
legais, atuar no comércio e sociedade, praticando atos e negócios jurídicos em geral.
1 FARIAS. Cristiano Chaves. ROSENVALD, Nelson. Curso de Direito Civil: Parte Geral e LINDB. Ed. Juspo-
dium.2018. 16ª. Ed. Salvador.
2 GAGLIANO. Pablo Stolze. FILHO, Rodolfo Pamplona. Novo Curso de Direito Civil: Parte Geral 1. Ed. Saraiva. 
2015. Ed. 17ª. São Paulo.
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2. Requisitos ou Elementos Caracterizadores da Pessoa 
Jurídica
Segundo Cristiano Chaves e Nelson Rosenvald3, para instituição de uma pessoa 
jurídica, devem ser observados os seguintes requisitos:
•	 Vontade Humana;
•	 Organização de pessoas ou destinação de patrimônio afetado a um fim espe-
cífico;
•	 Licitude de seus propósitos;
•	 Capacidade Jurídica reconhecida pela norma jurídica.
•	 Atendimento das formalidades legais (Art. 45,C - segundo o ilustríssimo Caio 
Mário).
3. Características da Pessoa Jurídica
Para se traçar características que definem a pessoa jurídica, novamente utilizo-
-me dos conhecimentos de Cristiano Chaves e Nelson Rosenvald4 que preconizam:
•	 Personalidade jurídica DISTINTA de seus instituidores;
•	 Patrimônio DISTINTO de seus membros;
•	 Existência jurídica diversa de seus integrantes;
•	 Não podem exercer atos que sejam privativos de pessoas naturais; em razão 
de sua falta de estrutura biopsicológica;
•	 Podem ser sujeito passivo ou ativo em atos civis e criminais.
3 FARIAS. Cristiano Chaves. ROSENVALD, Nelson. Curso de Direito Civil: Parte Geral e LINDB. Ed. Juspo-
dium.2018. 16ª. Ed. Salvador.
4 FARIAS. Cristiano Chaves. ROSENVALD, Nelson. Curso de Direito Civil: Parte Geral e LINDB. Ed. Juspo-
dium.2018. 16ª. Ed. Salvador.
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No ordenamento jurídico incide a regra da separação patrimonial, ou seja, o pa-
trimônio da pessoa jurídica não se confunde com seus membros. A responsabilida-
de dos sócios é limitada e subsidiária.
4. Natureza Jurídica
Abordar-se-ão, de forma bastante sucinta teorias referentes à natureza jurídica 
da pessoa jurídica: as teorias negativistas e as afirmativistas.
4.1. Teorias Negativistas
Para se falar das teorias negativistas, utilizou-se do livro Novo Curso de Direito 
Civil, de Pablo Stolze Gagliano e de Rodolfo Pamplona Filho.
Segundo os autores BRINZ e BEKKER5 a pessoa jurídica é mero patrimônio des-
tinado a um fim, sem conferir-lhe personalidade jurídica.
Outra teoria negativista a pessoa jurídica como forma de condomínio ou pro-
priedade coletiva, não reconhece a pessoa jurídica como sujeito de direito, mas 
simples massa de bens objeto de propriedade comum. Tal teoria é sustentada por 
Planiol6.
Ihering7 por sua vez, defende a tese no sentido de que a associação formada por 
um grupo de indivíduos não possui personalidade jurídica própria, pois os próprios 
associados seriam considerados em conjunto, denominada teoria da mera aparên-
cia, portanto nega autonomia existencial à pessoa jurídica, e que os verdadeiros 
5 GAGLIANO. Pablo Stolze. FILHO, Rodolfo Pamplona. Novo Curso de Direito Civil: Parte Geral 1. Ed. Saraiva. 
2015. Ed. 17ª. São Paulo.
6 Ibidem.
7 Ibidem.
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sujeitos de direito seriam os indivíduos que compõem a pessoa jurídica,de maneira 
que esta serviria com simples forma especial de manifestação exterior da vontade 
dos seus membros.
E por fim, DUGUIT8, apresentou a teoria negadora de toda personalidade jurídica.
Todavia, as teorias negativistas não prosperaram.
4.2. Teorias Afirmativistas
Sobre as teorias afirmativistas, surgiram as seguintes vertentes: teoria da fic-
ção, teoria da realidade objetiva (organicista) e teoria da realidade técnica.
A teoria da realidade técnica não reconhece existência real à pessoa jurídica, 
é imaginada como teoria da ficção abstração, mera criação da lei, pessoas como 
ficção legal, vez que somente os sujeitos dotados de vontade poderiam, por si mes-
mos, titularizar direitos subjetivos. Tal teoria é defendida por SAVIGNY9.
A teoria da realidade objetiva afirma que a pessoa jurídica não é mera abstração 
e tem existência própria, real, social, como os indivíduos. Tal tese é defendida por 
juristas como GIERKE10 e GIORGI. Entre os juristas brasileiros, Clóvis Bevilácqua 
defendia tal pensamento.
Já a teoria da realidade técnica, defendida por FERRARA11, dentre outros, 
afirma que a pessoa jurídica teria existência real, não obstante, a sua personali-
dade ser conferida pelo direito. O Estado, as associações, as sociedades, existem 
8 Ibidem.
9 GAGLIANO. Pablo Stolze. FILHO, Rodolfo Pamplona. Novo Curso de Direito Civil: Parte Geral 1. Ed. Saraiva. 
2015. Ed. 17ª. São Paulo.
10 Ibidem.
11 Ibidem.
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como grupos constituídos para a realização de determinados fins. A personificação 
desses grupos, todavia, é construção da técnica jurídica.
A teoria da realidade técnica é a mais admitida, inclusive, está de acordo com o 
artigo 45 do Código Civil:
Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do 
ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou 
aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que 
passar o ato constitutivo.
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas ju-
rídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação 
de sua inscrição no registro.
5. Quanto às Funções Exercidas pelas Pessoas Jurídicas
Quanto às funções exercidas pela pessoa jurídica, o Código Civil, em seu artigo 
40 apresenta a seguinte divisão: “As pessoas jurídicas são de direito público, in-
terno ou externo, e de direito privado”.
As pessoas jurídicas de direito público interno estão previstas no artigo 41 do 
Código Civil:
•	 União
•	 Estados, Distrito Federal e Territórios;
•	 Municípios;
•	 Autarquias, inclusive associações públicas;
•	 Demais entidades de caráter público criadas por lei.
Vale ficar de olho no esquema abaixo:
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As pessoas jurídicas de direito público são regidas por leis próprias (direito ad-
ministrativo), em razão do interesse público, todavia o parágrafo único do artigo 
41 estabelece:
“Salvo disposição em contrário, às pessoas jurídicas de direito público, a que se 
tenha dado estrutura de direito privado, regem-se, no que couber, quanto ao 
seu funcionamento, pelas normas deste Código”.
Há as pessoas jurídicas de direito público externo, como a OIT (Organização 
Internacional do Trabalho), ONU (Organização das Nações Unidas), dentre outras. 
Estas pessoas jurídicas são regidas pelo Direito Internacional Público.
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Sobre as pessoas jurídicas de direito privado, que evidentemente são regidas 
pelo Código Civil, o artigo 44 estabelece quais são:
•	 Associações;
•	 Sociedades;
•	 Fundações;
•	 Organizações Religiosas;
•	 Partidos Políticos;
•	 Empresas individuais de Responsabilidade Limitada.
Importante registrar que segundo o Enunciado 144, da III Jornada de Direito Civil, 
o rol do artigo 44 do Código Civil é exemplificativa, veja: “A relação das pessoas jurídicas 
de direito privado constante do art. 44, incs. I a V, do Código Civil NÃO É EXAUSTIVA”.
As pessoas jurídicas de direito privado serão estudadas, de forma pormenorizada, 
na sequência, todavia, existem regras gerais, que devem ser vistas previamente.
A existência legal das pessoas jurídicas começa como DEVIDO REGISTRO, 
veja o artigo 45 do Código Civil:
“Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado COM A INSCRIÇÃO 
DO ATO CONSTITUTIVO NO RESPECTIVO REGISTRO, precedida, quando necessá-
rio, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as 
alterações por que passar o ato constitutivo”.
O ato constitutivo estabelece regras de funcionamento da pessoa jurídica de 
direito privado, todavia, quando silente este, aplicar-se-á as regras dispostas no 
Código Civil.
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De forma geral, o artigo 46 do Código Civil estabelece quais informações devem 
constar do registro da pessoa jurídica;
I – a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo social, quando houver;
II – o nome e a individualização dos fundadores ou instituidores, e dos diretores;
III – o modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, judicial e extra-
judicialmente;
IV – se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que modo;
V – se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais;
VI – as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu patrimônio, nes-
se caso.
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Vale registrar que os atos e contratos de pessoas jurídicas, SOB PENA DE NU-
LIDADE, SÓ PODEM SER ADMITIDOS A REGISTRO, NOS ÓRGÃOS COMPE-
TENTES, QUANDO VISADOS POR ADVOGADOS, assim prevê a Lei 8906/94 em 
seu artigo 1º., §2º.
No que tange a administração da pessoa jurídica, importa registrar o artigo 48, 
do Código Civil:
“Se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões se tomarão pela maioria 
de votos dos presentes, salvo se o ato constitutivo dispuser de modo diverso”.
E o parágrafo único do mesmo artigo estabelece prazo para anular decisões,veja:
“Decai em três anos o direito de anular as decisões a que se refere este artigo, 
quando violarem a lei ou estatuto, ou forem eivadas de erro, dolo, simulação ou fraude”.
Questão 1 (2015/DAE-BAURU/PROCURADOR JURÍDICO)
Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscri-
ção do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de 
autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as 
alterações por que passar o ato constitutivo. O direito de anular a constituição das 
pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo 
da publicação de sua inscrição no registro
a) decai em três anos.
b) prescreve em três anos.
c) decai em dois anos.
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d) prescreve em quatro anos.
e) decai em cinco anos.
Letra a.
Diante do artigo 48, do Código Civil:
“Se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões se tomarão pela maioria 
de votos dos presentes, salvo se o ato constitutivo dispuser de modo diverso”.
E o parágrafo único do mesmo artigo
“DECAI EM TRÊS ANOS o direito de anular as decisões a que se refere este artigo, 
quando violarem a lei ou estatuto, ou forem eivadas de erro, dolo, simulação ou 
fraude”, somente a ASSERTIVA A está correta, refutando as demais.
E por fim, se a administração da pessoa jurídica faltar, O JUIZ, a requerimento 
de qualquer interessado nomear-lhe-á administrador provisório, conforme artigo 
49, do Código Civil.
5.1. Da Responsabilidade Civil das Pessoas Jurídicas de Direito 
Público Interno
Sobre a responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito público interno, 
preconiza o artigo 43 do Código Civil:
“As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos 
seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito regres-
sivo contra os causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo”.
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Tal artigo está em consonância com o determinado pela Constituição Federal 
de 1988:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
[...]
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de ser-
viços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, cau-
sarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de 
dolo ou culpa.
De modo, que bem sucintamente, pode-se afirmar que a responsabilidade civil 
do Estado é objetiva, ou seja, se causar o dano há o dever de indenizar.
Contudo, quando se discutir a responsabilidade dos servidores públicos, em 
eventual ação regressiva, a responsabilidade será subjetiva, ou seja, deverá ser 
comprovado dolo ou culpa, através de negligência, imperícia ou imprudência.
Vejamos agora, as pessoas jurídicas de direto privado de forma individualizada:
Partidos Políticos:
As regras sobre partidos políticos estão previstas na Lei 9096/95, todavia, a própria lei 
estabelece que a forma de aquisição de personalidade se dá conforme lei civil, ou seja, 
registro. Neste caso, o registro será No Cartório de Registro Civil de Pessoa Jurídica, 
e quanto à aquisição de direitos eleitorais o registro deve se dar do Tribunal Superior 
Eleitoral, conforme comando do artigo 17,§ 2º., da Constituição Federal: “Os partidos 
políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil, regis-
trarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral”. Vale frisar que os partidos 
políticos tem natureza associativa.
Das organizações religiosas:
Sobre as organizações religiosas o Código Civil prevê em seu artigo 44,§1º:
“São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento das or-
ganizações religiosas, sendo vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento ou 
registro dos atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento”.
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Todavia, sobre a liberdade de funcionamento das organizações religiosas, 
o Enunciado 143 do CJF estabelece:
“A liberdade de funcionamento das organizações religiosas não afasta o con-
trole de legalidade e legitimidade constitucional de seu registro, nem a possi-
bilidade de reexame, pelo Judiciário, da compatibilidade de seus atos com a lei 
e com seus estatutos”.
Também vale registrar que sua natureza é também associativa.
Das associações:
As associações são a união de pessoas que se organizam para fins não-econô-
micos, não há entre os associados direitos e obrigações recíprocas. As associações 
também são denominadas universitas personarum,
O ato constitutivo da associação é o estatuto e deve ser registrado no Cartório 
de Registro de pessoa Jurídica, sob pena de NULIDADE, a teor do artigo 54 do 
Código Civil, devem constar no ato constitutivo:
•	 A denominação, os fins e a sede da associação;
•	 Os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados;
•	 Os direitos e deveres dos associados;
•	 As fontes de recursos para sua manutenção;
•	 O modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos;
•	 As condições para a alteração das disposições estatutárias e para a dissolução.
•	 A forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas.
O ato constitutivo criará regras de funcionamento das associações, todavia, 
o Código Civil, quanto aos associados estabelece as seguintes regras:
•	 Os associados devem ter iguais direitos, mas o estatuto poderá instituir cate-
gorias com vantagens especiais;
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•	 A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser o 
contrário;
•	 A exclusão do associado só é admissível havendo justa causa, assim reconhe-
cida em procedimento que assegure direito de defesa e de recurso, nos 
termos previstos no estatuto;
•	 Se o associado for titular de quota ou fração ideal do patrimônio da associação, 
a transferência daquela não importará, de per si, na atribuição da qualidade de 
associado ao adquirente ou ao herdeiro, salvo disposição diversa do estatuto.
No que tange a assembleia geral, o Código Civil estabelece competências pri-
vativas, como:
•	 Destituição dos administradores;
•	 Alteração do Estatuto;
•	 Todavia, nesses casos, é exigido deliberaçãoda assembleia especialmente 
convocada para esse fim, cujo quórum será o estabelecido no estatuto, bem 
como os critérios de eleição dos administradores.
•	 Prevê o artigo 60 do Código Civil, que a convocação dos órgãos deliberativos 
far-se-á na forma do estatuto, garantido a 1/5 (um quinto) dos associa-
dos o direito de promovê-la.
Da dissolução da sociedade:
Como a associação não tem fim lucrativo, se houver sua dissolução a forma de 
destinação patrimonial segue critérios previstos no Código Civil, a saber, no artigo 61:
“Dissolvida a associação, o remanescente do seu patrimônio líquido, depois de deduzi-
das, se for o caso, as quotas ou frações ideais referidas no parágrafo único do 
art. 56, será destinado à entidade de fins não econômicos designada no esta-
tuto, ou, omisso este, por deliberação dos associados, à instituição municipal, 
estadual ou federal, de fins idênticos ou semelhantes”.
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Portanto, na hipótese de dissolução da sociedade, se houver patrimônio rema-
nescente:
Ainda sobre a destinação patrimonial da associação, o parágrafo primeiro esta-
belece:
“Por cláusula do estatuto ou, no seu silêncio, por deliberação dos associados, podem 
estes, antes da destinação do remanescente referida neste artigo, receber em resti-
tuição, atualizado o respectivo valor, as contribuições que tiverem prestado ao 
patrimônio da associação”.
E ainda sobre este tema, o parágrafo segundo prevê:
“Não existindo no Município, no Estado, no Distrito Federal ou no Território, em que a as-
sociação tiver sede, instituição nas condições indicadas neste artigo, o que remanescer 
do seu patrimônio se devolverá à Fazenda do Estado, do Distrito Federal ou da União”.
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Das fundações:
Inicialmente importante frisar que as fundações, que aqui serão tratadas, são 
as de direito público privado, portanto, aquelas que têm regência do Código Civil.
As fundações também são denominadas universitas bonorum, ou seja, se constitui 
a partir de uma afetação patrimonial, conforme previsto no artigo 62 do Código Civil:
“Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou testamento, 
dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, 
se quiser a maneira de administrá-la”.
Diante de tal artigo se entende que a fundação poderá ser criada por escritura 
pública (Ato inter vivos) ou por testamento (causa mortis). Conforme artigo 62, pa-
rágrafo único do Código Civil, a fundação somente poderá se constituir para fins de:
•	 Assistência social;
•	 Cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico;
•	 Educação;
•	 Saúde;
•	 Segurança alimentar e nutricional;
•	 Defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desen-
volvimento sustentável;
•	 Pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias alternativas, moderniza-
ção de sistemas de gestão, produção e divulgação de informações e conheci-
mentos técnicos e científicos;
•	 Promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos;
•	 Atividades religiosas;
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O estatuto, ato constitutivo da fundação, para que seja alterada, a luz do artigo 
67 do Código Civil é necessário:
•	 Seja deliberada por dois terços dos competentes para gerir e repre-
sentar a fundação;
•	 Não contrarie ou desvirtue o fim desta;
•	 Seja aprovada pelo órgão do Ministério Público no prazo máximo de 45 (qua-
renta e cinco) dias, findo o qual ou no caso de o Ministério Público a denegar, 
poderá o juiz supri-la, a requerimento do interessado;
•	 Quando a alteração não houver sido aprovada por votação unânime, os ad-
ministradores da fundação, ao submeterem o estatuto ao órgão do Ministério 
Público, requererão que se dê ciência à minoria vencida para impugná-la, se 
quiser, em dez dias.
Todavia, como a fundação é formada por patrimônio, há maior rigor em sua 
constituição e fiscalização, de modo que, se a fundação for constituída por negócio 
jurídico entre vivos, o instituidor é obrigado a transferir-lhe a propriedade, ou outro 
direito real, sobre os bens dotados, e, se não o fizer, serão registrados, em nome 
dela, por mandado judicial.
E ainda, quando o patrimônio for insuficiente para constituição da fundação os 
bens a ela destinados serão, se de outro modo não dispuser o instituidor, incorpo-
rados em outra fundação que se proponha a fim igual ou semelhante.
Quanto à constituição das fundações há atuação direta do Ministério Público, 
tanto que se a Fundação não tiver o estatuto elaborado, no prazo assinado pelo 
instituidor a incumbência será do Ministério Público, a teor do artigo 65, parágrafo 
único do Código Civil.
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Da veladura sobre as fundações:
Sobre as fundações existe fiscalização do Ministério Público, de modo que o Có-
digo Civil prevê em seu artigo 66:
Velará pelas fundações o Ministério Público do Estado onde situadas.
§ 1º Se funcionarem no Distrito Federal ou em Território, caberá o encargo ao Ministério 
Público do Distrito Federal e Territórios.
§ 2º Se estenderem a atividade por mais de um Estado, caberá o encargo, em cada um 
deles, ao respectivo Ministério Público.
Assim,
Da extinção da fundação:
Como dito alhures, a fundação não tem fim lucrativo para o fundador e no caso 
de extinção da fundação, o artigo 69 do Código Civil determina:
“Tornando-se ilícita, impossível ou inútil à finalidade a que visa à fundação, ou vencido 
o prazo de sua existência, o órgão do Ministério Público, ou qualquer interessado, lhe 
promoverá a extinção, incorporando-se o seu patrimônio, salvo disposição em contrário 
no ato constitutivo, ou no estatuto, em outra fundação, designada pelo juiz, que se pro-
ponha a fim igual ou semelhante”.
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Da EIRELI
A EIRELI, empresa individual de responsabilidade limitada, tem suas especi-
ficações na parte do direito empresarial, e será visto oportunamente com maior 
profundidade. O artigo 980-A do Código Civil conceitua a EIRELI:“A empresa individual de responsabilidade limitada será constituída por uma única pes-
soa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não será infe-
rior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País”.
Sobre a EIRELI, o Conselho de Justiça Federal12 editou em junho de 2019 dois 
enunciados, divisor de águas sobre a forma de criação desta pessoa jurídica. O pri-
meiro é o 92:
“A Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI) poderá ser constituída 
por pessoa natural ou por pessoa jurídica, nacional ou estrangeira, sendo a 
limitação para figurar em uma única EIRELI apenas para pessoa natural”.
E o segundo Enunciado é o 93, que estabelece:
“O cônjuge ou companheiro de titular de EIRELI é legitimado para ajuizar ação de 
apuração de haveres, para fins de partilha de bens, na forma do art. 600, pará-
grafo único, do Código de Processo Civil”.
Da desconsideração da pessoa Jurídica
Para iniciar o estudo sobre desconsideração da pessoa jurídica, vale breve intro-
dução sobre o tema feita pelos doutrinadores Cristiano Chaves e Nelson Rosenvald13:
O ordenamento jurídico confere personalidade jurídica às empresas, permitindo que 
formem uma esfera jurídica e patrimonial autônoma e independente, apartada do pa-
trimônio individual de cada um de seus sócios. É estabelecida, assim, uma espécie de 
12 Disponível em: <https://www.conjur.com.br/2019-jun-11/cjf-aprova-34-novos-enunciados-direito-comer-
cial> Acesso em 04 Dez 2019.
13 FARIAS. Cristiano Chaves. ROSENVALD, Nelson. Curso de Direito Civil: Parte Geral e LINDB. Ed. Juspo-
dium.2018. 16ª. Ed. Salvador.
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blindagem patrimonial, através da qual a pessoa jurídica responde pelas suas dívidas e 
obrigações com o seu próprio patrimônio.
Todavia, com os crescentes abusos praticados por sócios sem escrúpulos, que utiliza-
vam a estrutura autônoma e independente da pessoa jurídica para a prática de negócios 
fraudulentos e desvinculados da finalidade desta, afastando-se da responsabilidade, 
a jurisprudência e a doutrina começaram a perceber a necessidade de buscar mecanis-
mos ágeis de atingir o patrimônio do sócio, em favor dos prejudicados de boa-fé, inibin-
do a utilização da pessoa jurídica como escudo para a prática de atos ilícitos ou abusos.
É que como percebe Francisco Amaral, a independência patrimonial “pode levar a prá-
ticas abusivas ou ilícitas, à medida que os membros da pessoa jurídica possam apro-
veitar-se do hermetismo, do isolamento de vida interna da entidade para prejudicar 
terceiros com ela relacionados”.
Com essa ideia surgiu a disregard theory (ou disregard of legal entity), moderna teoria 
pela qual se excepciona a regra da vinculação da responsabilidade patrimonial aos bens 
do ente coletivo, em favor de terceiros de boa-fé, evidenciando forte conteúdo de mo-
ralidade e ética nas relações privadas e garantindo a utilização de pessoa jurídica nos 
limites de sua função social.
Este tema enfrentou alterações em setembro de 2019, através da Lei 13.874, 
de modo que inseriu o artigo 49-A no Código Civil, com a seguinte redação:
A pessoa jurídica não se confunde com os seus sócios, associados, instituidores ou ad-
ministradores.
Parágrafo único. A autonomia patrimonial das pessoas jurídicas é um instrumento lícito 
de alocação e segregação de riscos, estabelecido pela lei com a finalidade de estimular 
empreendimentos, para a geração de empregos, tributo, renda e inovação em benefício 
de todos.
O caput do artigo acima se refere à regra da separação patrimonial estudada 
anteriormente.
A desconsideração da pessoa jurídica está previsto no Código Civil:
Art. 50: Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de 
finalidade ou pela confusão patrimonial, pode o juiz, a requerimento da parte, ou do 
Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, desconsiderá-la para que os 
efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens 
particulares de administradores ou de sócios da pessoa jurídica beneficiados direta ou 
indiretamente pelo abuso.
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Inicialmente é preciso registrar algumas informações de suma importância do 
caput do artigo 50:
•	 Para se pleitear a desconsideração de pessoa jurídica se faz necessário iden-
tificar abuso da personalidade jurídica caracterizado pelo desvio de finalidade 
ou confusão patrimonial; (Vide parágrafos do artigo 50,CC);
•	 O requerimento de desconsideração deve ser feito pelo Ministério Público, 
quando couber intervir no processo ou por requerimento da parte;
•	 As obrigações poderão ser estendidas aos bens particulares de administra-
dores ou de sócios da pessoa jurídica beneficiados direta ou indiretamente; 
(Art. 790, VII, CPC + §3º,artigo 50, CC)
A Lei 13.874/2019 inseriu parágrafos e incisos ao artigo 50 do Código Civil, 
estabelecendo em que consiste o desvio de finalidade e a confusão patrimonial, 
conforme descrito abaixo:
§ 1º Para os fins do disposto neste artigo, desvio de finalidade é a utilização da pessoa 
jurídica com o propósito de lesar credores e para a prática de atos ilícitos de qualquer 
natureza.
§ 2º Entende-se por confusão patrimonial a ausência de separação de fato entre os pa-
trimônios, caracterizada por:
I – cumprimento repetitivo pela sociedade de obrigações do sócio ou do administrador 
ou vice-versa;
II – transferência de ativos ou de passivos sem efetivas contraprestações, exceto os de 
valor proporcionalmente insignificante; e
III – outros atos de descumprimento da autonomia patrimonial.
§ 3º O disposto no caput e nos §§ 1º e 2º deste artigo também se aplica à extensão das 
obrigações de sócios ou de administradores à pessoa jurídica.
§ 4º A mera existência de grupo econômico sem a presença dos requisitos de que trata o 
caput deste artigo não autoriza a desconsideração da personalidade da pessoa jurídica.
§ 5º Não constitui desvio de finalidade a mera expansão ou a alteração da finalidade 
original da atividade econômica específica da pessoa jurídica.
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Sobre o abuso da personalidade Jurídica o Conselho de Justiça Federal (CJF)14, 
editou o enunciado 282: “O encerramento irregular das atividades da pessoa 
jurídica, POR SI SÓ, NÃO BASTA PARA CARACTERIZAR ABUSO DA PERSO-
NALIDADE JURÍDICA”.
Ainda que sejam pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos, é pos-
sível que haja desconsideração da pessoa jurídica, conforme Enunciado 284 do 
CJF15: “As pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos ou de fins 
não-econômicos estão abrangidas no conceito de abuso da personalidade 
jurídica”.
Dosentes despersonalizados:
Os entes despersonalizados não são considerados pessoas jurídicas porque lhes 
faltam os requisitos necessários para sua subjetivação, como exemplo o registro no 
órgão competente. O ente despersonalizado se forma de uma situação fática, como 
por exemplo, a massa falida, herança vacante ou jacente, o espólio e o condomínio 
edilício.
Tais entes existem, podem ser sujeitos de direitos, capacidade, processual, 
a teor do artigo 75, IX e XI do Código de Processo Civil e capacidade jurídica, toda-
via não podem praticar relações existenciais, de modo que não podem sofrer dano 
moral, decorrente de violação a direito da personalidade.
14 Disponível em: < https://www.cjf.jus.br/enunciados/enunciado/245> Acesso em 04 de Dez 2019.
15 Disponível em: < https://www.cjf.jus.br/enunciados/enunciado/252> Acesso em 04 de Dez 2019.
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Do domicílio:
Segundo Cristiano Chaves e Nelson Rosenvald16, domicílio é o local, onde pre-
sumivelmente, as pessoas serão encontradas, corresponde, à sede jurídica da pes-
soa, ao local onde ela se presume presente, praticando atos da vida civil.
O domicílio preserva a vida da pessoa humana, garante dignidade, inclusive a 
Constituição Federal em seu Art. 5º., XI estabelece: “a casa é asilo inviolável do 
indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo 
em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, 
por determinação judicial”.
Por sua vez, o Código Civil, em seu artigo 70 define domicílio: “O domicílio da 
pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência com ânimo definitivo”.
A primeira parte do artigo 70: “[...]domicílio da pessoa natural é o lugar onde 
ela estabelece a sua residência [...]” refere-se ao critério objetivo. E a segunda 
parte por sua vez: “[...] com ânimo definitivo”, refere-se ao critério subjetivo.
A codificação civil reconhece a pluralidade de domicílios, conforme previsto 
no artigo 71: “Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde, alter-
nadamente, viva, considerar-se-á domicílio seu qualquer delas”.
É possível também, a teor do Código Civil, o reconhecimento do domicílio pro-
fissional, de modo estabelecido pelo artigo 72: “É também domicílio da pessoa na-
tural, quanto às relações concernentes à profissão, o lugar onde esta é exercida”.
E ainda, pluralidade de DOMICÍLIO PROFISSIONAL, segundo parágrafo úni-
co do artigo 72 do Código Civil: “Se a pessoa exercitar profissão em lugares 
diversos, cada um deles constituirá domicílio para as relações que lhe corres-
ponderem”.
16 FARIAS. Cristiano Chaves. ROSENVALD, Nelson. Curso de Direito Civil: Parte Geral e LINDB. Ed. Juspo-
dium.2018. 16ª. Ed. Salvador.
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O Código Civil prevê ainda, uma situação peculiar, cuja situação é denominada 
pela doutrina como domicílio ocasional ou domicílio aparente, cuja previsão está no 
artigo: “Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não tenha residência habitu-
al, o lugar onde for encontrada”.
O artigo 74 do Código Civil estabelece a possibilidade de mudança de domicí-
lio, veja:
Muda-se o domicílio, transferindo a residência, com a intenção manifesta de o 
mudar.
Parágrafo único. A prova da intenção resultará do que declarar a pessoa às municipa-
lidades dos lugares, que deixa, e para onde vai, ou, se tais declarações não fizer, da 
própria mudança, com as circunstâncias que a acompanharem.
Quanto ao domicílio do diplomata, o Código Civil prevê em seu artigo 77:
“O agente diplomático do Brasil, que, citado no estrangeiro, alegar extraterrito-
rialidade sem designar onde tem, no país, o seu domicílio, poderá ser demandado 
no Distrito Federal ou no último ponto do território brasileiro onde o teve”.
Quanto a classificação de domicílio, tem-se o domicílio legal, o voluntário e 
o especial.
a) Domicílio legal, conforme a nomenclatura já indica, decorre de lei, em ra-
zão de determinadas pessoas, cuja previsão está no artigo 76 do Código Civil:
Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e 
o preso.
Parágrafo único. O domicílio do incapaz é o do seu representante ou assistente; 
o do servidor público, o lugar em que exercer permanentemente suas funções; o do 
militar, onde servir, e, sendo da Marinha ou da Aeronáutica, a sede do comando a 
que se encontrar imediatamente subordinado; o do marítimo, onde o navio estiver 
matriculado; e o do preso, o lugar em que cumprir a sentença.
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Assim,
b) Domicílio Voluntário:
Nesta hipótese de domicílio há liberdade de escolha pela pessoa, conforme pre-
visto no artigo 70 do Código Civil.
c) Domicílio especial:
O domicílio especial, ou também denominado domicílio de eleição está previs-
to no artigo 78 do Código Civil: “Nos contratos escritos, poderão os contratantes 
especificar domicílio onde se exercitem e cumpram os direitos e obrigações deles 
resultantes”.
Neste caso, os contraentes se fundam no princípio da autonomia da vontade e 
podem eleger um domicílio para dirimir eventual conflito.
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5.2. Domicílio da Pessoa Jurídica
Domicílio da pessoa jurídica, segundo Cristiano Chaves de Farias e Nelson Ro-
senvald17 é sua sede jurídica, ou seja, o local em que exerce suas atividades habi-
tuais, em que tem o seu governo, a sua administração e a direção ou ainda, o local 
que estiver indicado nos seus atos constitutivos.
O Código Civil por sua vez, quanto ao domicílio de pessoa jurídica estabelece:
Art. 75. Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é:
I – da União, o Distrito Federal;
II – dos Estados e Territórios, as respectivas capitais;
III – do Município, o lugar onde funcione a administração municipal;
IV – das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e 
administrações, ou onde elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos constitutivos.
§ 1º Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares diferentes, cada um 
deles será considerado domicílio para os atos nele praticados.
§ 2º Se a administração, ou diretoria, tiver a sede no estrangeiro, haver-se-á por do-
micílio da pessoa jurídica, no tocante às obrigações contraídas por cada uma das suas 
agências, o lugar do estabelecimento, sito no Brasil, a que elacorresponder.
Ainda sobre o domicílio das pessoas jurídicas vale registrar o Enunciado 55 da I 
Jornada de Direito Civil18:
O domicílio da pessoa jurídica empresarial regular é o estatutário ou o contratual em 
que indicada a sede da empresa, na forma dos arts. 968, IV, e 969, combinado com o 
art. 1.150, todos do Código Civil.
E ainda, sobre a pluralidade de domicílios da pessoa jurídica, a Súmula 363 do 
Supremo Tribunal Federal:19
A pessoa jurídica de direito privado pode ser demandada no domicílio da agência, ou 
estabelecimento, em que se praticou o ato.
17 FARIAS. Cristiano Chaves. ROSENVALD, Nelson. Curso de Direito Civil: Parte Geral e LINDB. Ed. Juspo-
dium.2018. 16ª. Ed. Salvador.
18 Disponível em: < https://www.cjf.jus.br/enunciados/enunciado/757> Acesso em 01 Dez 2019.
19 Disponível em: <http://www.stf.jus.br/portal/cms/verTexto.asp?servico=jurisprudenciaSumula&pagina=-
sumula_301_400> Acesso em 01 Dez 2019
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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (CESPE/ 2010 - TRE-BA - ANALISTA JUDICIÁRIO – TAQUIGRAFIA)
As associações não têm por escopo a divisão de lucros e resultados, porquanto o 
seu patrimônio é destinado à obtenção de fins não econômicos definidos em seu 
ato constitutivo.
Questão 2 (CESPE/ 2010 - TRE-BA - ANALISTA JUDICIÁRIO – TAQUIGRAFIA)
As fundações de direito privado consubstanciam universalidade de bens personaliza-
dos pela ordem jurídica, voltada à consecução de um fim estipulado pelo instituidor.
Questão 3 (2010/MPU – ANALISTAPROCESSUAL)
Para que a ocorrência de fato natural não resulte em extinção de uma pessoa jurídica, 
pode-se prever, no ato constitutivo da entidade, a manutenção de suas atividades.
Questão 4 (CESPE/ 2008/TJ-DFT - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA - 
EXECUÇÃO DE MANDADOS)
Não se aplica às pessoas jurídicas a proteção dos direitos da personalidade.
Questão 5 (CESPE/ 2010 - AGU - AGENTE ADMINISTRATIVO)
Os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito público interno.
Questão 6 (CESPE/ 2009 - TRT - 17ª REGIÃO (ES) - ANALISTA JUDICIÁRIO - 
ÁREA JUDICIÁRIA)
Nas associações, não há direitos e obrigações recíprocos entre os associados.
Questão 7 (CESPE/ 2012 - TJ-AC - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA)
A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) admite a desconsideração da 
personalidade jurídica inversa.
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Questão 8 (CESPE/ 2013 - MC - ATIVIDADE TÉCNICA DE SUPORTE – DIREITO)
Se, após constituída, uma associação vier a realizar negócios para aumentar seu 
patrimônio, estará caracterizado desvio de finalidade, que acarretará o cancela-
mento do registro no órgão competente.
Questão 9 (CESPE/ 2011 - TJ-ES - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA)
Nos autos de um processo judicial, restou devidamente comprovado o abuso da 
personalidade jurídica. Nessa situação, poderá o juiz, independentemente de re-
querimento da parte, decidir pela aplicação do instituto da desconsideração da 
personalidade jurídica.
Questão 10 (CESPE/ 2014 - TJ-SE - ANALISTA JUDICIÁRIO – DIREITO)
Associação é uma pessoa jurídica de caráter pessoal, e sua estrutura está funda-
mentada em patrimônio dedicado à realização de fins não econômicos.
Questão 11 (CESPE/ 2012 - TRE-RJ - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA)
As associações, PJ de direito privado, exercem atividades não econômicas, ou seja, 
ela não tem interesse em repartir o lucro, porém, não está impedida de gerar renda 
com o objetivo de manter suas atividades.
Questão 12 (CESPE/ 2015/TJ-DFT - ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA)
Julgue o item seguinte, relativos a obrigações, desconsideração da personalidade 
jurídica e propriedade.
Ao acolher requerimento de desconsideração da personalidade jurídica feita com 
fulcro no Código Civil, o juiz deve determinar a substituição da pessoa jurídica por 
seus sócios: com a dissolução da pessoa jurídica decorrente da desconsideração, 
os sócios passam a ser os responsáveis pela obrigação da sociedade.
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Questão 13 (CESPE/ 2016 - TCE-SC - AUDITOR FISCAL DE CONTROLE EXTERNO 
– DIREITO)
Com relação à vigência das leis, às pessoas naturais, às pessoas jurídicas e aos 
bens, julgue o item subsequente.
A transferência de quota de associação de um associado para seu filho não impor-
tará na atribuição da qualidade de associado ao filho, salvo se houver disposição 
estatutária nesse sentido.
Questão 14 (CESPE/ 2017 - PREFEITURA DE FORTALEZA - CE - PROCURADOR DO 
MUNICÍPIO)
A respeito da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, das pessoas natu-
rais e jurídicas e dos bens, julgue o item a seguir.
O registro do ato constitutivo da sociedade de fato produzirá efeitos ex tunc se pre-
sentes, desde o início, os requisitos legais para a constituição da pessoa jurídica.
Questão 15 (CESPE/ 2008 - MPE-RR - OFICIAL DE PROMOTORIA)
O domicílio civil pode ser definido pela própria pessoa.
Questão 16 (CESPE/ 2010 - TRE-BA - ANALISTA JUDICIÁRIO – TAQUIGRAFIA)
Constitui domicílio necessário o especificado pelos contratantes em contratos escri-
tos, referente ao lugar onde se exercitem e cumpram os direitos e obrigações deles 
resultantes.
Questão 17 (CESPE/ 2010 - SERPRO - ANALISTA – ADVOCACIA)
Acerca do domicílio, julgue o item a seguir.
O servidor público tem domicílio no lugar em que exercer permanentemente as 
suas funções. Já o marítimo tem domicílio onde estiver matriculado o navio. Tais 
situações tratam, respectivamente, de hipóteses de domicílios necessário e volun-
tário especial.
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Questão 18 (CESPE/ 2018 - STJ - TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA)
Julgue o seguinte item, relativo ao domicílio.
Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e o 
preso.
Questão 19 (CESPE/ 2004 - STJ - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA)
A criação de uma fundação pode ser feita por ato causa mortis, por meio de tes-
tamento de qualquer modalidade — público, cerrado, particular —, o qual produz 
efeito apenas somente após a morte do testador, com a abertura da sucessão. 
A fundação também poderá surgir por ato inter vivos, e a declaração devontade 
pode revestir-se de forma pública ou particular.
Questão 20 (CESPE/ 2017 - SEDF - ANALISTA DE GESTÃO EDUCACIONAL - DI-
REITO E LEGISLAÇÃO)
Julgue o seguinte item, que trata de vigência das leis, direitos da personalidade e 
pessoas jurídicas.
A União é considerada pessoa jurídica de direito público interno, ao passo que as 
autarquias são consideradas pessoas jurídicas de direito privado.
Questão 21 (CESPE/ 2017 - TRF - 1ª REGIÃO - ANALISTA JUDICIÁRIO - OFICIAL 
DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL)
Acerca das associações, das sociedades e das fundações, julgue o item seguinte, 
com base no Código Civil.
Existem direitos e obrigações recíprocas entre associados.
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Questão 22 (CESPE/ 2007 - AGU - PROCURADOR FEDERAL - PROVA 1)
Se uma fundação estender suas atividades por mais de um estado, independente-
mente de ser federal ou estadual, sua veladura caberá ao Ministério Público Federal.
Questão 23 (CESPE/ 2004 - POLÍCIA FEDERAL - DELEGADO DE POLÍCIA – REGIONAL)
A empresa Lambda é uma pessoa jurídica de direito privado, com domicílio na capi-
tal do estado da Federação onde funciona a sua administração e pode sofrer danos 
decorrentes de lesão a direitos da personalidade, como, por exemplo, de ofensa à 
sua honra.
Questão 24 (CESPE/ 2012 - TC-DF - AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO)
O Código Civil inclui os profissionais liberais na categoria de pessoas jurídicas de 
direito privado.
Questão 25 (CESPE/ 2013 - TRT - 10ª REGIÃO (DF e TO) - Analista Judiciário - 
Execução de Mandados)
O partido político é pessoa jurídica de direito público constituída sob a forma de 
associação.
Questão 26 (CESPE/ 2018 - ABIN - OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA - ÁREA 2)
Julgue o item a seguir, acerca de pessoa jurídica e desconsideração de sua persona-
lidade, direitos da personalidade e prova do fato jurídico, de acordo com o disposto 
no Código Civil.
É exclusiva a legitimidade do Ministério Público para promover a extinção de fun-
dação cuja finalidade, designada pelo instituidor, tiver se tornado ilícita, impossível 
ou inútil.
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Questão 27 (CESPE/ 2010 - TRT - 21ª REGIÃO (RN) - ANALISTA JUDICIÁRIO - 
ÁREA JUDICIÁRIA)
Texto associado
A partir de uma interpretação teleológica do artigo 50 do Código Civil de 2002, 
a jurisprudência tem entendido ser possível a desconsideração inversa da persona-
lidade jurídica, de modo a atingir bens da sociedade em razão de dívidas contraídas 
pelo seu sócio controlador.
Questão 28 (CESPE/ 2012 - TRE-RJ - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA)
No que se refere à desconsideração da personalidade jurídica, o Código Civil adota 
a teoria maior e o Código de Defesa do Consumidor, a teoria menor.
Questão 29 (CESPE/ 2013 - SERPRO - ANALISTA – ADVOCACIA)
Nas associações, os associados terão iguais direitos e deveres, sendo vedado ins-
tituir categorias de associados com vantagens especiais, mas a qualidade de asso-
ciado será sempre transmissível por ato volitivo, salvo disposição em contrário do 
estatuto.
Questão 30 (CESPE/ 2014 - CÂMARA DOS DEPUTADOS - ANALISTA LEGISLATIVO 
- CONSULTOR LEGISLATIVO ÁREA I)
O direito de requerer a anulação do registro de partidos políticos por defeito do referido 
ato decai em três anos, contados a partir da publicação de sua inscrição no registro.
Questão 31 (CESPE/ 2017 - TRF - 1ª REGIÃO - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA 
JUDICIÁRIA)
[...] muitas vezes os sócios ou administradores, agindo contrariamente às finalida-
des estatutárias ou abusando da personalidade jurídica da pessoa jurídica, acarretam 
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prejuízos a terceiros [...] A fim de pôr cobro a esses desvios, formou-se a doutrina 
conhecida como disregard of legal entity, para vincular o patrimônio dos sócios.
Nestor Duarte. Código civil comentado. São Paulo: Ed. Manole, 2007, p. 432 (com 
adaptações).
Considerando o texto precedente e aspectos a ele inerentes, julgue o item a seguir, 
com base no Código Civil.
O texto trata da teoria da desconsideração da personalidade jurídica.
Questão 32 (CESPE/ 2017 - TRF - 1ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA AD-
MINISTRATIVA)
No que se refere às pessoas jurídicas, julgue o item que se segue.
As empresas individuais de responsabilidade limitada são exemplo de pessoa jurí-
dica de direito privado.
Questão 33 (CESPE/ 2017 - TRF - 1ª REGIÃO - ANALISTA JUDICIÁRIO - OFICIAL 
DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL)
Acerca das associações, das sociedades e das fundações, julgue o item seguinte, 
com base no Código Civil.
As fundações podem ser criadas independentemente da dotação especial de bens 
livres pelo instituidor.
Questão 34 (CESPE/ 2018 - MPU - ANALISTA DO MPU – DIREITO)
Com a dissolução da pessoa jurídica, a personalidade desse ente não desaparece, 
mas subsiste até que a liquidação seja concluída.
Questão 35 (CESPE/ 2010 - TRT - 21ª REGIÃO (RN) - ANALISTA JUDICIÁRIO - 
EXECUÇÃO DE MANDADOS)
Embora a pessoa jurídica fixe no estatuto o seu domicílio, este não é imutável.
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Questão 36 (2017 /JUCESC/TÉCNICO EM ATIVIDADES ADMINISTRATIVAS)
Assinale a alternativa que contém apenas pessoas jurídicas de direito privado.
a) Associações, Partidos Políticos e Sociedades.
b) Associações, Territórios e Autarquias.
c) Estado Estrangeiro, Territórios e Autarquias.
d) Fundações, Autarquias e Empresas Públicas.
e) Municípios, Estados e União.
Questão 37 (CESPE/ 2010/CAIXA - TÉCNICO BANCÁRIO – ADMINISTRATIVO)
O domicílio da pessoa natural será:
a) o lugar onde ela estabelecer a sua residência com ânimo definitivo.
b) o seu lugar de nascimento, caso ela tenha diversas residências
c) o lugar onde ela exerça suas relações concernentes aos estudos, quando dife-
rente do lugar onde estabeleça a sua residência.
d) penas um dos diversos lugares onde ela exerça profissão, se a pessoa exercitar 
profissão em lugares diversos, independentemente das relações profissionais que 
ela exerça.
e) o lugar onde ela for encontrada, mesmo quando tiver residência habitual em 
outro lugar.
Questão 38 (CESPE/ 2017 - MPE-RR - PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO)
Para a instituição de uma fundação, que é um tipo de pessoa jurídica, é necessário 
que o instituidor, por meio de escritura pública ou por testamento, faça a dotação 
especial de bens livres bem como especifique o fim a que a fundação se destina. 
Nesse sentido, de acordo comas delimitações insertas no Código Civil, uma funda-
ção poderá constituir-se para:
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I – fins de assistência social, para a promoção de cultura, para a defesa e a con-
servação do patrimônio histórico e artístico, bem como para a realização de 
atividades religiosas.
II – a promoção de educação, de saúde, de segurança alimentar e nutricional, 
para a realização de pesquisa científica, para o desenvolvimento de tecnolo-
gias alternativas, para a modernização de sistemas de gestão, para a produ-
ção e a divulgação de informações e para o desenvolvimento de conhecimen-
tos técnicos e científicos.
III – fins de defesa, de preservação e de conservação do meio ambiente, para a 
promoção do desenvolvimento sustentável bem como para a promoção da 
ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos.
Assinale a opção correta.
a) Apenas os itens I e II estão certos.
b) Apenas os itens I e III estão certos.
c) Apenas os itens II e III estão certos.
d) Todos os itens estão certos.
Questão 39 (CESPE/ 2012 - TJ-AL - AUXILIAR JUDICIÁRIO)
A respeito das associações e das fundações, assinale a opção correta.
a) Constituída a fundação por qualquer modalidade de negócio jurídico, ao instituidor 
é facultado transferir-lhe a propriedade sobre os bens dotados, e, se não o fizer, esses 
bens serão registrados, em nome da fundação, por ato unilateral dos fundadores.
b) Para que se possa alterar o estatuto da fundação é necessário que a reforma 
seja deliberada por dois terços dos competentes para gerir e representar a funda-
ção, independentemente de manifestação do Ministério Público (MP).
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c) Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins 
econômicos, havendo entre os associados direitos e obrigações recíprocos.
d) A exclusão do associado só é admissível havendo justa causa, assim reconhe-
cida em procedimento que assegure direito de defesa e de recurso, nos termos 
previstos no estatuto da associação.
e) Para criar uma fundação, entidade de fins exclusivamente religiosos ou cultu-
rais, o seu instituidor fará dotação especial de bens livres, especificando o fim a que 
se destinam, e declarando, obrigatoriamente, a maneira de administrá-los.
Questão 40 (CESPE/ 2019 - TJ-DFT - TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE RE-
GISTROS – PROVIMENTO)
Para a criação de uma associação, o ato constitutivo da pessoa jurídica foi inscrito 
no adequado cartório de registro. Entretanto, constatou-se defeito no referido ato 
constitutivo.
Com referência a essa situação hipotética, assinale a opção correta, nos termos do 
Código Civil.
a) Permanece válida a constituição da pessoa jurídica, uma vez que o ato consti-
tutivo já foi registrado.
b) Decai em três anos o direito de anular a constituição da pessoa jurídica, contado 
o prazo a partir da publicação da inscrição no registro.
c) O ato constitutivo da pessoa jurídica pode ser emendado a qualquer tempo.
d) O ato constitutivo da pessoa jurídica pode ser anulado somente de ofício pelo 
próprio oficial do registro.
e) Decai em dez anos o direito de anular a constituição da pessoa jurídica, contado 
o prazo a partir da data da inscrição no registro.
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GABARITO
1. C
2. C
3. C
4. E
5. E
6. C
7. C
8. E
9. E
10. E
11. C
12. E
13. C
14. E
15. C
16. E
17. E
18. C
19. E
20. E
21. E
22. E
23. C
24. E
25. E
26. E
27. E
28. C
29. E
30. C
31. C
32. C
33. E
34. C
35. C
36. a
37. a
38. d
39. d
40. b
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GABARITO COMENTADO
Questão 1 (CESPE/ 2010 - TRE-BA - ANALISTA JUDICIÁRIO – TAQUIGRAFIA)
As associações não têm por escopo a divisão de lucros e resultados, porquanto o 
seu patrimônio é destinado à obtenção de fins não econômicos definidos em seu 
ato constitutivo.
Certo.
A assertiva está correta, vez que as associações não têm por objetivo divisão de 
lucros e resultados entre os associados, conforme previsão legal do artigo 53 do 
Código Civil:
Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins 
não econômicos.
Parágrafo único. Não há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos.
Questão 2 (CESPE/ 2010 - TRE-BA - ANALISTA JUDICIÁRIO – TAQUIGRAFIA)
As fundações de direito privado consubstanciam universalidade de bens personaliza-
dos pela ordem jurídica, voltada à consecução de um fim estipulado pelo instituidor.
Certo.
O artigo 62 do Código Civil prevê: “Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, 
por escritura pública ou testamento, dotação especial de bens livres, especifi-
cando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de admi-
nistrá-la”, quanto aos fins o Código Civil, em seu artigo 62, parágrafo único prevê:
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Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para fins de:
I – assistência social;
II – cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico;
III – educação;
IV – saúde;
V – segurança alimentar e nutricional;
VI – defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvi-
mento sustentável;
VII – pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias alternativas, modernização de 
sistemas de gestão, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e 
científicos;
VIII – promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos;
IX – atividades religiosas;
Questão 3 (2010/MPU – ANALISTAPROCESSUAL)
Para que a ocorrência de fato natural não resulte em extinção de uma pessoa 
jurídica, pode-se prever, no ato constitutivo da entidade, a manutenção de suas 
atividades.
Certo.
O ato constitutivo pode prever dentre outras coisas, a manutenção das atividades 
da fundação, inclusive amparo do Código Civil em seu artigo 69:
“Tornando-se ilícita, impossível ou inútil a finalidade a que visa a fundação, ou vencido 
o prazo de sua existência, o órgão do Ministério Público, ou qualquer interessado, lhe 
promoverá a extinção, incorporando-se o seu patrimônio,SALVO DISPOSIÇÃO EM 
CONTRÁRIO NO ATO CONSTITUTIVO, OU NO ESTATUTO, EM OUTRA FUNDA-
ÇÃO, designada pelo juiz, que se proponha a fim igual ou semelhante”.
Questão 4 (CESPE/ 2008/TJ-DFT - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA - 
EXECUÇÃO DE MANDADOS)
Não se aplica às pessoas jurídicas a proteção dos direitos da personalidade.
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Errado.
A pessoa jurídica goza da proteção dos direitos da personalidade no que for possí-
vel, o Código Civil prevê:
Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da per-
sonalidade.
Questão 5 (CESPE/ 2010 - AGU - AGENTE ADMINISTRATIVO)
Os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito público interno.
Errado.
Os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito privado, conforme previsto no 
artigo 44, V, do Código Civil:
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:
[...]
V – os partidos políticos
Questão 6 (CESPE/ 2009 - TRT - 17ª REGIÃO (ES) - ANALISTA JUDICIÁRIO - 
ÁREA JUDICIÁRIA)
Nas associações, não há direitos e obrigações recíprocos entre os associados.
Certo.
A assertiva se funda na literalidade da lei, de modo que o artigo 53, parágrafo único 
do Código Civil prevê: “Não há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos”.
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Questão 7 (CESPE/ 2012 - TJ-AC - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA)
A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) admite a desconsideração da 
personalidade jurídica inversa.
Certo.
A assertiva está CORRETA. A desconsideração da personalidade jurídica inversa é 
construção jurisprudencial e doutrinária, de modo que o enunciado 283, da IV Jor-
nada de Direito Civil20 estabelece:
“É cabível a desconsideração da personalidade jurídica denominada “inversa” para al-
cançar bens de sócio que se valeu da pessoa jurídica para ocultar ou desviar bens pes-
soais, com prejuízo a terceiros”.
Questão 8 (CESPE/ 2013 - MC - ATIVIDADE TÉCNICA DE SUPORTE – DIREITO)
Se, após constituída, uma associação vier a realizar negócios para aumentar seu 
patrimônio, estará caracterizado desvio de finalidade, que acarretará o cancela-
mento do registro no órgão competente.
Errado.
A associação pode realizar negócios jurídicos para aumentar seu patrimônio, toda 
destinação patrimonial dela, é em sua função, assim preconiza o Enunciado 534, 
da VI Jornada de Direito Civil: “As associações podem desenvolver atividade 
econômica, desde que não haja finalidade lucrativa”.
20 Disponível em: https://www.cjf.jus.br/enunciados/enunciado/249
> Acesso em 30 Nov 2019
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Questão 9 (CESPE/ 2011 - TJ-ES - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA)
Nos autos de um processo judicial, restou devidamente comprovado o abuso da 
personalidade jurídica. Nessa situação, poderá o juiz, independentemente de re-
querimento da parte, decidir pela aplicação do instituto da desconsideração da 
personalidade jurídica.
Errado.
A assertiva está errada porque afirma que quando for comprovado o abuso da per-
sonalidade jurídica, poderá o juiz, INDEPENDENTEMENTE DE REQUERIMENTO DA 
PARTE, decidir pela aplicação da desconsideração da personalidade jurídica, todavia 
o artigo 50 do Código Civil afirma:
“Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade 
ou pela confusão patrimonial, ou do Ministério Público quando PODE O JUIZ, A RE-
QUERIMENTO DA PARTE lhe couber intervir no processo, desconsiderá-la para que 
os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens 
particulares de administradores ou de sócios da pessoa jurídica beneficiados direta ou 
indiretamente pelo abuso”.
Assim, o juiz não agirá de ofício, e sim quando houver requerimento da parte.
Questão 10 (CESPE/ 2014 - TJ-SE - ANALISTA JUDICIÁRIO – DIREITO)
Associação é uma pessoa jurídica de caráter pessoal, e sua estrutura está funda-
mentada em patrimônio dedicado à realização de fins não econômicos.
Errado.
A assertiva está errada, porque afirma que a estrutura da associação está funda-
mentada em patrimônio, todavia, a associação é constituída pela união de pessoas 
que se organizam para fins não econômicos, conforme previsto no artigo 53 do 
Código Civil.
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Questão 11 (CESPE/ 2012 - TRE-RJ - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA)
As associações, PJ de direito privado, exercem atividades não econômicas, ou seja, 
ela não tem interesse em repartir o lucro, porém, não está impedida de gerar renda 
com o objetivo de manter suas atividades.
Certo.
A associação é pessoa jurídica de direito privado, e em que pese ela seja reunião 
de pessoas em fins lucrativos, ela poderá ter lucro para reversão em proveito dela.
O artigo 53, do Código Civil estabelece:
Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins 
não econômicos.
Parágrafo único. Não há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos.
De forma clara, Pablo Stolze21 explica:
“Note-se que, pelo fato de não perseguir escopo lucrativo, a associação não está 
impedida de gerar renda que sirva para a mantença de suas atividades e pagamen-
to do seu quadro funcional. Pelo contrário, o que se deve observar é que, em uma 
associação, os seus membros não pretendem partilhar lucros ou dividen-
dos, como ocorre entre os sócios nas sociedades civis e mercantis. A receita 
gerada deve ser revertida em benefício da própria associação visando à melhoria 
de sua atividade”.
21 GAGLIANO. Pablo Stolze. FILHO. Rodolfo Pamplona. Novo Curso de Direito Civil: Parte Geral 1. 17ª. Ed. São 
Paulo: Saraiva, 2015, p.255
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Questão 12 (CESPE/ 2015/TJ-DFT - ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA)
Julgue o item seguinte, relativos a obrigações, desconsideração da personalidade 
jurídica e propriedade.
Ao acolher requerimento de desconsideração da personalidade jurídica feita com 
fulcro no Código Civil, o juiz deve determinar a substituição da pessoa jurídica

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