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Simples Nacional - Exclusão - Roteiro de Procedimentos
Neste Roteiro são demonstrados os procedimentos a serem observados na exclusão do Simples Nacional. Também são analisadas as implicações decorrentes da exclusão do regime, que poderá ser feita de ofício pela autoridade fiscal ou por comunicação do próprio contribuinte. O texto encontra-se atualizado à Resolução CGSN nº 121/2015 que alterou a Resolução CGSN nº 94/2011, que dispõe sobre o Simples Nacional. 
	
Simples Nacional - Exclusão - Roteiro de Procedimentos
Roteiro - Federal - 2015
Sumário
Introdução
I -Exclusão por comunicação
I.1 -Hipóteses, prazos e efeitos
I.2 -Falta de formalização
I.3 -Tabela Prática
II -Exclusão de ofício
II.1 -Hipóteses e efeitos
II.2 -Competência
II.3 -Formalização da exclusão
III -Tributação a partir do início dos efeitos da exclusão
Introdução
O Simples Nacional é um regime tributário diferenciado, aplicável às microempresas - ME e empresas de pequeno porte - EPP que não incorram em nenhuma das hipóteses de vedação previstas na legislação. Da mesma forma que são previstas formalidades para opção a esse regime unificado, também são previstas regras a serem observadas em sua exclusão.
Neste Roteiro, com base naResolução CGSN nº 94/2011, trataremos especificamente da exclusão ao Simples Nacional, analisando, inclusive, as implicações decorrentes da exclusão do regime, que poderá ser feita de ofício pela autoridade fiscal ou por comunicação do próprio contribuinte.
I - Exclusão por comunicação
Além da exclusão de ofício, realizada pela autoridade fiscal, a exclusão do Simples Nacional também pode ser levada a efeito pelo próprio contribuinte. Neste caso, temos a exclusão por comunicação.
I.1 - Hipóteses, prazos e efeitos
A exclusão do Simples Nacional, mediante comunicação da ME ou da EPP à RFB, em aplicativo disponibilizado no Portal do Simples Nacional, dar-se-á:
a) por opção, a qualquer tempo, produzindo efeitos:
a.1) a partir de 1º de janeiro do ano calendário, se comunicada no próprio mês de janeiro;
a.2) a partir de 1º de janeiro do ano calendário subsequente, se comunicada nos demais meses;
b) obrigatoriamente, quando:
b.1) a receita bruta acumulada ultrapassar um dos limites, quais sejam, R$ 3.600.000,00 de receita bruta auferida no mercado interno, ou R$ 3.600.000,00 de receita bruta decorrente de exportação, hipótese em que a exclusão deverá ser comunicada:
b.1.1) até o último dia útil do mês subsequente à ultrapassagem em mais de 20% (vinte por cento) de um dos limites, produzindo efeitos a partir do mês subsequente ao do excesso;
b.1.2) até o último dia útil do mês de janeiro do ano calendário subsequente, na hipótese de não ter ultrapassado em mais de 20% (vinte por cento) um dos limites, produzindo efeitos a partir do ano calendário subsequente ao do excesso;
b.2) a receita bruta acumulada, no ano calendário de início de atividade, ultrapassar R$ 300.000,00 multiplicados pelo número de meses compreendidos entre o início de atividade e o final do respectivo ano calendário, considerando dois limites distintos (um para receita do mercado interno e outro para receita de exportação) hipótese em que a exclusão deverá ser comunicada:
b.2.1) até o último dia útil do mês subsequente à ultrapassagem em mais de 20% (vinte por cento) de um dos limites, produzindo efeitos retroativamente ao início de atividades;
b.2.2) até o último dia útil do mês de janeiro do ano calendário subsequente, na hipótese de não ter ultrapassado em mais de 20% (vinte por cento) um dos limites, produzindo efeitos a partir de 1º de janeiro do ano calendário subsequente;
b.3) incorrer nas hipóteses de vedação previstas nos incisos II a XIV e XVI a XXVII doart. 15, hipótese em que a exclusão:
b.3.1) deverá ser comunicada até o último dia útil do mês subseqüente ao da ocorrência da situação de vedação;
b.3.2) produzirá efeitos a partir do primeiro dia do mês seguinte ao da ocorrência da situação de vedação;
b.4) possuir débito com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), ou com as Fazendas Públicas Federal, Estadual ou Municipal, cuja exigibilidade não esteja suspensa, hipótese em que a exclusão:
b.4.1) deverá ser comunicada até o último dia útil do mês subseqüente ao da situação de vedação;
b.4.2) produzirá efeitos a partir do ano-calendário subseqüente ao da comunicação.
	
	 
Na hipótese prevista na letra b.3, deverão ser consideradas as disposições específicas relativas ao MEI, quando se tratar de ausência de inscrição ou de irregularidade em cadastro fiscal federal, municipal ou estadual, quando exigível.
A alteração de dados no CNPJ, informada pela ME ou EPP à RFB, equivalerá à comunicação obrigatória de exclusão do Simples Nacional nas seguintes hipóteses:
a) alteração de natureza jurídica para Sociedade Anônima, Sociedade Empresária em Comandita por Ações, Sociedade em Conta de Participação ou Estabelecimento, no Brasil, de Sociedade Estrangeira;
b) inclusão de atividade econômica vedada à opção pelo Simples Nacional;
c) inclusão de sócio pessoa jurídica;
d) inclusão de sócio domiciliado no exterior;
e) cisão parcial; ou
f) extinção da empresa.
	
	 
A exclusão decorrente da alteração de dados no CNPJ produzirá efeitos a partir:
a) do primeiro dia do mês seguinte ao da ocorrência da situação de vedação, nas hipóteses previstas nas letras "a" até "e" ;
b) da data da extinção da empresa, na hipótese prevista na letra "f".
Fundamentação:art. 73eart. 74 da Resolução CGSN nº 94/2011, alterada pelaResolução GCSN nº 117/2014.
I.2 - Falta de formalização
A falta de comunicação, quando obrigatória, da exclusão da ME ou EPP do Simples Nacional sujeitará a multa correspondente a 10% (dez por cento) do total dos tributos devidos de conformidade com o Simples Nacional no mês que anteceder o início dos efeitos da exclusão, não inferior a R$ 200,00 (duzentos reais), insusceptível de redução.
	
	 
Até 31.12.2011 a multa mínima nesse caso era de R$ 500,00, conforme § 3º do art. 3º da Resolução CGSN nº 15/2007, revogada pelaResolução CGSN 94/2011.
Para exemplificarmos o cálculo da multa, considere os seguintes dados:
a) efeitos da exclusão: setembro/2012;
b) valor do Simples Nacional em agosto/2012: R$ 1.000,00
Tendo em vista que os efeitos da exclusão se processaram a partir de setembro de 2012, é necessário verificar o montante devido a título do Simples Nacional no mês anterior, que no caso corresponde a R$ 1.000,00. Assim sendo, sobre este valor deverá ser aplicado o percentual de 10%, totalizando R$ 100,00 (R$ 1.000,00 x 10%). A multa neste caso, no entanto, será R$ 200,00, uma vez que este é o valor mínimo, insusceptível de redução.
Fundamentação:art. 90 da Resolução CGSN nº 94/2011.
I.3 - Tabela Prática
		Exclusão por comunicação
	
	
	Motivo
	Prazo para comunicação
	Efeitos
	Por opção
	A qualquer tempo.
	A partir de 1º de janeiro do ano-calendário subsequente, ou a partir de 1ºde janeiro do mesmo ano da exclusão no caso de comunicação feita até o último dia útil de janeiro.
	Obrigatoriamente quando a receita bruta acumulada ultrapassar um dos limites, quais sejam, R$ 3.600.000,00 de receita bruta auferida no mercado interno, ou R$ 3.600.000,00 de receita bruta decorrente de exportação - excesso maior que 20% de um dos limites
	Até o último dia útil do mês subsequente à ultrapassagem em mais de 20% (vinte por cento) de um dos limites
	A partir do mês subsequente ao do excesso.
	Obrigatoriamente quando a receita bruta acumulada ultrapassar um dos limites, quais sejam, R$ 3.600.000,00 de receita bruta auferida no mercado interno, ou R$ 3.600.000,00 de receita bruta decorrente de exportação - excesso menor ou igual a 20% de um dos limites
	Até o último dia útil do mês de janeiro do ano calendário subsequente
	A partir do ano calendário subsequente ao do excesso.
	Obrigatoriamente quando a receita bruta acumulada, no ano calendário de início de atividade, ultrapassar R$ 300.000,00 multiplicados pelo número de meses compreendidos entre o início de atividade e o final do respectivo ano calendário, considerando dois limites distintos(um para receita do mercado interno e outro para receita de exportação) - excesso maior que 20% de um dos limites.
	Até o último dia útil do mês subsequente à ultrapassagem em mais de 20% (vinte por cento) de um dos limites
	Retroativamente ao início de atividades.
	Obrigatoriamente quando a receita bruta acumulada, no ano calendário de início de atividade, ultrapassar R$ 300.000,00 multiplicados pelo número de meses compreendidos entre o início de atividade e o final do respectivo ano calendário, considerando dois limites distintos (um para receita do mercado interno e outro para receita de exportação) - excesso igual ou menor a 20% de um dos limites.
	Até o último dia útil do mês de janeiro do ano calendário subsequente.
	A partir de 1º de janeiro do ano calendário subsequente.
	Obrigatoriamente quando incorrer nas hipóteses de vedação previstas nos incisos II a XIV e XVI a XXVI doart. 15 da Resolução CGSN nº 94/2011.
	Até o último dia útil do mês subseqüente ao da ocorrência da situação de vedação.
	A partir do primeiro dia do mês seguinte ao da ocorrência da situação de vedação.
	Obrigatoriamente quando possuir débito com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), ou com as Fazendas Públicas Federal, Estadual ou Municipal, cuja exigibilidade não esteja suspensa.
	Até o último dia útil do mês subseqüente ao da situação de vedação.
	A partir do ano-calendário subseqüente ao da comunicação.
	Obrigatoriamente quando não possuir inscrição ou houver irregularidade em cadastro fiscal federal, municipal ou estadual, quando exigível.
	Até o último dia útil do mês subseqüente ao da situação de vedação.
	A partir do primeiro dia do mês seguinte ao da ocorrência.
II - Exclusão de ofício
A exclusão de ofício é aquela realizada pela própria autoridade fiscal, quando constata que o contribuinte incorreu em alguma situação que veda a permanência ao regime unificado.
II.1 - Hipóteses e efeitos
A exclusão de ofício da ME ou da EPP do Simples Nacional ocorrerá nas seguintes hipóteses e produzirá efeitos:
a) quando verificada a falta de comunicação de exclusão obrigatória, a partir das datas de efeitos previstas na tabela acima;
	
	 
Na hipótese das vedações de que tratam os incisos II a XIV, XVI a XXV e XXVII doart. 15 da Resolução CGSN nº 94/2011, uma vez que o motivo da exclusão deixe de existir, havendo a exclusão retroativa de ofício, o efeito desta dar-se-á a partir do mês seguinte ao da ocorrência da situação impeditiva, limitado, porém, ao último dia do ano-calendário em que a referida situação deixou de existir. (Resolução CGSN nº 115/2014)
b) a partir do mês subsequente ao do descumprimento das obrigações relativas a atendimento gratuito, fornecimento de resultados de pesquisas e eventos de orientação fiscal, quando se tratar de escritórios de serviços contábeis;
c) a partir da data dos efeitos da opção pelo Simples Nacional, nas hipóteses em que:
c.1) for constatado que, quando do ingresso no Simples Nacional, a ME ou EPP incorria em alguma das hipóteses de vedação ao Simples Nacional;
c.2) for constatada declaração inverídica quanto à ausência de impedimentos à tributação pelo Simples Nacional;
d) a partir do próprio mês em que incorridas, impedindo nova opção pelo Simples Nacional pelos 3 (três) anos-calendário subsequentes, nas seguintes hipóteses:
d.1) for oferecido embaraço à fiscalização, caracterizado pela negativa não justificada de exibição de livros e documentos a que estiverem obrigadas, bem como pelo não fornecimento de informações sobre bens, movimentação financeira, negócio ou atividade que estiverem intimadas a apresentar, e nas demais hipóteses que autorizam a requisição de auxílio da força pública;
d.2) for oferecida resistência à fiscalização, caracterizada pela negativa de acesso ao estabelecimento, ao domicílio fiscal ou a qualquer outro local onde desenvolvam suas atividades ou se encontrem bens de sua propriedade;
d.3) a sua constituição ocorrer por interpostas pessoas;
d.4) tiver sido constatada prática reiterada de infração ao disposto naLei Complementar nº 123/2006;
d.5) a ME ou EPP for declarada inapta, na forma daLei nº 9.430/1996, e alterações posteriores;
	
	 
Dispõe os art. 81e 82 da Lei nº 9.430/1996 (com as alterações promovidas pelaLei nº 11.941/2009):
"Art. 81. Poderá ser declarada inapta, nos termos e condições definidos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, a inscrição no CNPJ da pessoa jurídica que, estando obrigada, deixar de apresentar declarações e demonstrativos em 2 (dois) exercícios consecutivos. § 1º Será também declarada inapta a inscrição da pessoa jurídica que não comprove a origem, a disponibilidade e a efetiva transferência, se for o caso, dos recursos empregados em operações de comércio exterior. § 2º Para fins do disposto no § 1º, a comprovação da origem de recursos provenientes do exterior dar-se-á mediante, cumulativamente: I - prova do regular fechamento da operação de câmbio, inclusive com a identificação da instituição financeira no exterior encarregada da remessa dos recursos para o País; 
II - identificação do remetente dos recursos, assim entendido como a pessoa física ou jurídica titular dos recursos remetidos. 
§ 3º No caso de o remetente referido no inciso II do § 2º ser pessoa jurídica deverão ser também identificados os integrantes de seus quadros societário e gerencial. § 4º O disposto nos §§ 2º e 3º aplica-se, também, na hipótese de que trata o § 2º do art. 23 do Decreto-Lei nº 1.455/1976. § 5º Poderá também ser declarada inapta a inscrição no CNPJ da pessoa jurídica que não for localizada no endereço informado ao CNPJ, nos termos e condições definidos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil.
Art. 82. Além das demais hipóteses de inidoneidade de documentos previstos na legislação, não produzirá efeitos tributários em favor de terceiros interessados, o documento emitido por essa pessoa jurídica cuja inscrição no Cadastro Geral de Contribuintes tenha sido considerada ou declarada inapta. 
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica aos casos em que o adquirente de bens, direitos e mercadorias ou o tomador de serviços comprovarem a efetivação do pagamento do preço respectivo e o recebimento dos bens, direitos e mercadorias ou utilização dos serviços."
d.6) comercializar mercadorias objeto de contrabando ou descaminho;
d.7) houver falta de escrituração do livro-caixa ou não permitir a identificação da movimentação financeira, inclusive bancária;
d.8) for constatado que durante o ano calendário o valor das despesas pagas supera em 20% (vinte por cento) o valor de ingressos de recursos no mesmo período, excluído o ano de início de atividade;
d.9) for constatado que durante o ano-calendário o valor das aquisições de mercadorias para comercialização ou industrialização, ressalvadas hipóteses justificadas de aumento de estoque, foi superior a 80% (oitenta por cento) dos ingressos de recursos no mesmo período, excluído o ano de início de atividade;
d.10) não emitir documento fiscal de venda ou prestação de serviço, de forma reiterada, ressalvadas as prerrogativas do MEI, nos termos da alínea "a" do inciso II doart. 97 da Resolução CGSN nº 94/2011;
d.11) omitir da folha de pagamento da empresa ou de documento de informações previsto pela legislação previdenciária, trabalhista ou tributária, segurado empregado, trabalhador avulso ou contribuinte individual que lhe preste serviço, de forma reiterada;
	
	 
1. O prazo de 3 anos será elevado para 10 anos caso seja constatada a utilização de artifício, ardil ou qualquer outro meio fraudulento que induza ou mantenha a fiscalização em erro, com o fim de suprimir ou reduzir o pagamento de tributo apurável na forma do Simples Nacional. 
2. Considera-se prática reiterada, para fins do disposto nas alíneas "d.4", "d.10" e "d.11": 
a) a ocorrência, em dois ou mais períodos de apuração, consecutivos ou alternados, de idênticas infrações, inclusive de natureza acessória, verificada em relação aos últimos cinco anos-calendário, formalizadas por intermédio de auto de infraçãoou notificação de lançamento, em um ou mais procedimentos fiscais;
b) a segunda ocorrência de idênticas infrações, caso seja constatada a utilização de artifício, ardil ou qualquer outro meio fraudulento que induza ou mantenha a fiscalização em erro, com o fim de suprimir ou reduzir o pagamento de tributo. 
3. Para fins do disposto no item "d", consideram-se despesas pagas as decorrentes de desembolsos financeiros relativos ao curso das atividades da empresa, e inclui custos, salários e demais despesas operacionais e não operacionais.
e) a partir do primeiro dia do mês seguinte ao da ocorrência, na hipótese de ausência ou irregularidade no cadastro fiscal federal, municipal ou, quando exigível, estadual;
f) a partir do ano-calendário subsequente ao da ciência do termo de exclusão, na hipótese de possuir débito com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), ou com as Fazendas Públicas Federal, Estadual ou Municipal, cuja exigibilidade não esteja suspensa.
	
	 
Na hipótese das letras "e" e "f", a comprovação da regularização do débito ou da inscrição municipal ou, quando exigível, da estadual, no prazo de até 30 (trinta) dias contados a partir da ciência da exclusão de ofício, possibilitará a permanência da ME e da EPP como optantes pelo Simples Nacional.
Fundamentação:art. 76 da Resolução CGSN nº 94/2011.
II.2 - Competência
A competência para excluir de ofício a ME ou EPP do Simples Nacional é:
a) da RFB;
b) das Secretarias de Fazenda, de Tributação ou de Finanças do Estado ou do Distrito Federal, segundo a localização do estabelecimento; e
c) dos Municípios, tratando-se de prestação de serviços incluídos na sua competência tributária.
Fundamentação:art. 75, "caput" da Resolução CGSN nº 94/2011.
II.3 - Formalização da exclusão
Será expedido termo de exclusão do Simples Nacional pelo ente federado que iniciar o processo de exclusão de ofício.
Será dada ciência do termo de exclusão à ME ou à EPP pelo ente federado que tenha iniciado o processo de exclusão, segundo a sua respectiva legislação, observado o disposto noart. 110 da Resolução CGSN nº 94/2011, que trata sobre intimação eletrônica.
Na hipótese de a ME ou EPP, dentro do prazo estabelecido pela legislação do ente federado que iniciou o processo, impugnar o termo de exclusão, este se tornará efetivo quando a decisão definitiva for desfavorável ao contribuinte, observando-se, quanto aos efeitos da exclusão, o disposto notópico II.1- Hipóteses e efeitos.
Não havendo, dentro do prazo estabelecido pela legislação do ente federado que iniciou o processo, impugnação do termo de exclusão, este se tornará efetivo depois de vencido o respectivo prazo, observando-se, quanto aos efeitos da exclusão, o disposto notópico II.1- Hipóteses e efeitos.
A exclusão de ofício será registrada no Portal do Simples Nacional na internet, pelo ente federado que a promoveu, após vencido o prazo de impugnação estabelecido pela legislação do ente federado que iniciou ao processo, sem sua interposição tempestiva, ou, caso interposto tempestivamente, após a decisão administrativa definitiva desfavorável à empresa, ficando os efeitos dessa exclusão, observando-se, quanto aos efeitos da exclusão, o disposto notópico II.1- Hipóteses e efeitos, condicionados a esse registro.
	
	 
Fica dispensado o registro no Portal para a exclusão retroativa de ofício efetuada após a baixa no CNPJ, ficando os efeitos dessa exclusão condicionados à efetividade do termo de exclusão.
Ainda que a ME ou EPP exerça exclusivamente atividade não incluída na competência tributária municipal, se possuir débitos tributários junto à Fazenda Pública Municipal, o Município poderá proceder à sua exclusão do Simples Nacional, observado o início dos efeitos a partir do ano-calendário subsequente ao da ciência do termo de exclusão, na hipótese de possuir débito com o INSS, ou com as Fazendas Públicas Federal, Estadual ou Municipal, cuja exigibilidade não esteja suspensa, e ainda, que a comprovação da regularização do débito ou da inscrição municipal ou, quando exigível, da estadual, no prazo de até 30 dias contados a partir da ciência da exclusão de ofício, possibilitará a permanência da ME e da EPP como optantes pelo Simples Nacional.
Fundamentação: § 1º a § 7º doart. 75 da Resolução CGSN nº 94/2011, alterada pelaResolução CGSN nº 121/2015.
III - Tributação a partir do início dos efeitos da exclusão
A ME ou EPP excluída do Simples Nacional sujeitar-se-á, a partir do período em que se processarem os efeitos da exclusão, às normas de tributação aplicáveis às demais pessoas jurídicas.
	
	 
O sujeito passivo poderá, assim, optar pelo recolhimento do imposto de renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido na forma do lucro presumido, lucro real trimestral ou anual.
Nesse caso, nas hipóteses de excesso de receita bruta no ano de início de atividade, a ME ou EPP excluída do Simples Nacional ficará sujeita ao pagamento da totalidade ou diferença dos respectivos tributos, devidos de conformidade com as normas gerais de incidência, acrescidos, tão-somente, de juros de mora, quando efetuado antes do início de procedimento de ofício, ressalvada a hipótese do desenquadramento retroativo.
Fundamentação: § 3º e § 4º doart. 76 da Resolução CGSN nº 94/2011.
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