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www.econettreinamento.com.br 1 CURSO – SIMPLES NACIONAL – Com as alterações da LC 155 de 2016 Marineusa Andreico Rodrigues Marineusa Andreico Rodrigues www.econettreinamento.com.br 2 Sumário Simples Nacional ......................................................................................................................... 5 2.1. Opção pelo Simples Nacional ............................................................................................. 5 2.1.1. Empresa em Início de Atividade .............................................................................5 2.1.2.Empresas já Constituídas ........................................................................................6 2.1.3.Indeferimento da Opção ..........................................................................................6 2.2. Não Poderão Optar pelo Simples Nacional ....................................................................... 6 2.3. Limite de Faturamento ......................................................................................................... 7 2.3.1.Limite de Exportação ...............................................................................................8 2.3.2.Exportação de serviços ...........................................................................................9 2.4. Atividades Permitida e Vedadas ......................................................................................... 9 2.5. Exclusão do Simples Nacional ......................................................................................... 14 2.5.1.Exclusão Opcional ................................................................................................. 14 2.5.2.Exclusão Obrigatória ............................................................................................. 15 2.5.3.ADE – Ato de Exclusão do Simples Nacional ....................................................... 19 2.5.4. Exclusão de Ofício ................................................................................................ 19 2.5.5.Falta de Comunicação ........................................................................................... 21 2.6.Dos Sublimites .................................................................................................................... 21 2.7. Base de Cálculo .................................................................................................................. 21 2.8.Tributos Abrangidos pelo Recolhimento Unificado ........................................................ 22 2.8.1.Tributos da Competência Federal ......................................................................... 22 2.8.2.Tributo da Competência Estadual ......................................................................... 23 2.8.3.Tributo da Competência Municipal ....................................................................... 23 2.9.Tributos Não abrangidos pelo Simples Nacional ............................................................ 23 2.10.Atividades e os seus Anexos ........................................................................................... 24 2.11. Alíquotas e Cálculos ........................................................................................................ 29 2.11.1.Alíquotas para 2018 e cálculo ............................................................................. 29 2.11.2.Aplicação dos anexos - Inicio de Atividade ....................................................... 30 2.11.3. Aplicação dos anexos - Inicio de Atividade – A partir de Janeiro de 2018 ...... 32 2.11.4. Exemplo de cálculo do Anexo I – 2018 .............................................................. 32 2.11.5. Exemplo de cálculo do Anexo II– 2018 .............................................................. 33 2.11.6. Exemplo de cálculo do Anexo III – 2018 ............................................................ 34 2.11.7. Exemplo de cálculo do Anexo IV – 2018 ............................................................ 35 2.11.8. Exemplo de cálculo do Anexo V – Até Dezembro de 2017 ............................... 36 2.11.9. Anexo V – A partir de 2018 ................................................................................. 36 2.11.10.Cálculo do Anexo VI ........................................................................................... 37 2.11.11.Cálculo do Anexo VI – A partir de 2018 ............................................................ 37 2.12.Pessoas Jurídicas com mais de uma atividade ............................................................. 37 2.13. Rendimentos de Aplicações Financeiras ...................................................................... 38 2.14. Ganho de Capital na Venda de Bens e Direitos ............................................................ 38 2.15. Retenções de Impostos Federais ................................................................................... 39 2.16.Do Recolhimento do DAS ................................................................................................. 39 www.econettreinamento.com.br 3 2.17.DAS Avulso ........................................................................................................................ 40 2.18.Compensação do DAS ...................................................................................................... 40 2.19. Parcelamento no Simples Nacional ............................................................................... 43 2.20. Incentivos Fiscais no Simples Nacional ........................................................................ 44 2.21.Substituição Tributária ..................................................................................................... 44 2.22. Incidência Monofásica ..................................................................................................... 45 2.23.Regime de Caixa x Regime de Competência.................................................................. 48 2.24. Obrigações Acessórias ................................................................................................... 50 2.24.1.Livros Contábeis .................................................................................................. 50 2.24.2.Livro caixa ............................................................................................................ 50 2.24.3.PGDAS-D .............................................................................................................. 50 2.24.4.DEFIS .................................................................................................................... 51 2.24.5.DCTF ..................................................................................................................... 52 2.25.Particularidades do Simples Nacional ............................................................................ 55 2.25.1.Farmácia de Manipulação: ................................................................................... 55 2.25.2.Imobiliárias: .......................................................................................................... 55 2.25.3.Serviços auxiliares de Construção Civil: ........................................................... 55 2.25.4.Industrialização por Encomenda ......................................................................... 55 2.25.5.Padarias ................................................................................................................ 56 2.25.6.Cesta Básica ......................................................................................................... 56 2.25.7.Participação em SCP ........................................................................................... 56 2.25.8.Franquias ou FRANCHISING ...............................................................................56 2.25.9.Gorjetas Compulsórias ........................................................................................ 57 2.25.10.Agências Viagens: ............................................................................................. 57 2.25.11.Publicidade e Propaganda ................................................................................. 57 2.25.12.Serviços de Portaria........................................................................................... 57 2.25.13.Imunidade ........................................................................................................... 58 2.25.14.Importação: ........................................................................................................ 58 2.25.5.Recarga de celular: .............................................................................................. 58 2.25.6.Atividade de Locação de imóveis próprios: ....................................................... 58 2.25.7.Setores de Transportes: ...................................................................................... 58 2.25.8.Escolas: ................................................................................................................ 59 2.25.9.Veículos Usados: ................................................................................................. 59 2.25.10.Sociedade Unipessoal de Advogados .............................................................. 59 2.25.11.Distribuição de Lucros no Simples Nacional ................................................... 60 2.26.Micro Empresa (ME) e Empresa de Pequeno Porte (EPP) – Regras Aplicáveis ......... 61 2.26.1.Definição de Microempresa e Empresa de Pequeno Porte ................................ 61 2.26.2.Tratamento Jurídico x Tratamento Tributário .................................................... 61 2.26.3.Inscrição e Baixa como ME e EPP ...................................................................... 61 2.26.4.Enquadramento de ME ou EPP pela Junta Comercial ....................................... 62 2.26.5.Declaração de Enquadramento de ME ou EPP ................................................... 62 2.26.6.Declaração de Reenquadramento de ME para EPP ou de EPP para ME ........... 62 2.26.7.Declaração de Desenquadramento de ME ou EPP ............................................. 62 2.26.8.Desenquadramento do Regime Jurídico ............................................................ 63 2.26.9.Comprovação de Condição de ME E EPP ........................................................... 64 2.26.10.Inscrição e Baixa Simplificada .......................................................................... 64 2.27.MEI – Micro Empreendedor Individual ............................................................................ 64 www.econettreinamento.com.br 4 2.27.1.Pessoas autorizadas a optar pelo MEI ................................................................ 64 2.27.2.Atividades Permitidas ao Microempreendedor Individual - MEI ....................... 65 2.27.3.Impedimentos ....................................................................................................... 65 2.27.4.Formalização ........................................................................................................ 67 2.27.5.Recolhimento Fixo Simei ..................................................................................... 67 2.27.6.Alterações e Baixa do MEI ................................................................................... 68 2.27.7.Opção pelo SIMEI para o ano calendário ............................................................ 68 2.27.8.Situações de Desenquadramento do MEI ........................................................... 68 2.27.9 Situações Após Desenquadramento ................................................................... 69 2.27.10.Comunicação Obrigatória .................................................................................. 69 2.27.11.Falta de Comunicação ....................................................................................... 70 2.27.12.Distribuição de Lucros no MEI .......................................................................... 70 2.27.13.Obrigações Acessórias do MEI ......................................................................... 72 2.27.14.Particularidades do MEI ..................................................................................... 73 2.27.15.Certificado Digital do MEI .................................................................................. 74 2.27.16.Parcelamento do MEI ......................................................................................... 74 2.28.Outras Alterações no Simples Nacional para 2018 ....................................................... 77 2.28.1.Salão Parceiro ...................................................................................................... 77 2.28.2.Investidor Anjo ..................................................................................................... 79 www.econettreinamento.com.br 5 Simples Nacional O Simples Nacional veio com a intenção de ser um sistema menos complexo de tributação. Contudo, ao longo dos anos vem se mostrando um sistema muito complexo, cheio de entrelinhas, com atividades impedidas, anexos com alíquotas elevadíssimas o que muitas vezes faz com a opção por este regime fique mais oneroso do que em outro regime, entre outras situações com bastante complexidades. Vamos analisar este regime como um todo, trazendo os pontos mais específicos e controversos da Lei Complementar nº 123 de 14 de Dezembro de 2006 e a Resolução CGSN nº 094 de 29 de Novembro de 2011, que geram muitas dúvidas nos contribuintes. 2.1. Opção pelo Simples Nacional Para a opção por este regime é necessário analisar vários requisitos. Primeiramente deve-se analisar a atividade se é permitida. Após a publicação da Lei Complementar 147 de 2014 várias atividades que antes eram impedidas de entrar no Simples Nacional passaram a serem permitidas, como: medicina, medicina veterinária, psicologia entre outras atividades de prestação de serviço de natureza intelectual. Porém estas atividades tiveram a sua inclusão no Anexo VI, o anexo com as alíquotas mais elevadas deste regime. Muitos contribuintes ficaram felizes com a notícia da inclusão no Simples da sua atividade, porém quando ficaram frente ao primeiro DAS para recolhimento não tiveram como esconder a sua decepção e foi uma chuva de contribuintes querendo sair do regime já no primeiro mês de adesão. Outro fator importante para opção no Simples Nacional é a questão do faturamento. O artigo 3º da Lei Complementar 123 de 2006 traz que o faturamento a ser observado para enquadramento no Simples Nacional é de R$ 3.600.000,00 até 31 de Dezembro de 2017 e de R$ 4.800.000,00 anuais a partir de 01 de Janeiro de 2018. Porém devemos analisar que se a empresa está no início de atividade este limite será proporcional ao seu tempo de constituição. Temos também que analisar as condições constantes do §4º artigo 3º e o artigo 17 da Lei Complementar 123 de 2006, que trazem várias questões que poderão impedir uma pessoa jurídica de fazer a opção pelo Simples Nacional. Vamos iniciar os estudos analisando estas questões todas minuciosamente. 2.1.1. Empresa em Início de Atividade Após efetuar a inscrição no CNPJ, bem como obter as suas inscrições Estadual e Municipal, caso exigíveis, a partir de 01/01/2009, a ME ou a EPP terá o prazo de até 30 dias, contado do último deferimento de inscrição (seja a estadual ou a municipal), para efetuar a opção pelo Simples Nacional, desde que não tenham decorridos 180 dias da inscrição no CNPJ. Após esse prazo, a opção somente será possível no mês de janeiro do ano-calendário seguinte. art. 2º, IV, art. 6º, §5º, I, §7º da ResoluçãoCGSN nº 94, de 2011. Depois de decorridos 180 dias da data de abertura da constante do CNPJ, a empresa não será considerada empresa em início de atividades e, portanto, não poderá efetuar a opção pelo SIMPLES NACIONAL naquele mesmo ano. Resolução CGSN 23/2007. www.econettreinamento.com.br 6 2.1.2.Empresas já Constituídas A opção pelo Simples Nacional somente poderá ser realizada no mês de janeiro, até o seu último dia útil, produzindo efeitos a partir do primeiro dia do ano-calendário da opção. art. 16, §2º, da Lei Complementar nº 123, de 2006. No entanto, é possível o contribuinte se antecipar a esse prazo e fazer o agendamento da opção. O agendamento da opção pelo Simples Nacional é a possibilidade de o contribuinte manifestar o interesse pela opção pelo Simples Nacional para o ano subsequente, antecipando as verificações de pendências impeditivas ao ingresso no Regime. O agendamento não é obrigatório para ingresso ao Simples Nacional, ele é apenas uma antecipação das verificações das pendências da pessoa jurídica. Este poderá ser efetuado acessando o Portal do Simples Nacional, menu "Simples - Serviços", na sequência clicar em "Opção", nos serviços disponíveis selecionar "Agendamento de Opção pelo Simples Nacional". O agendamento está disponível no Portal do Simples Nacional entre o primeiro dia útil de novembro e o penúltimo dia útil de dezembro do ano anterior ao da opção. 2.1.3.Indeferimento da Opção Se a opção for indeferida, será expedido termo de indeferimento pela autoridade fiscal integrante da estrutura administrativa do respectivo ente federado que decidiu pelo indeferimento, inclusive na hipótese de existência de débitos tributários. O contribuinte poderá recorrer através de processo administrativo, na forma da legislação vigente no respectivo ente federado. Se, após o recurso, houver decisão favorável ao contribuinte, com opção retroativa, os tributos e contribuições devidos pelo SIMPLES NACIONAL poderão ser recolhidos sem cobrança de multa de mora, mas com incidência dos juros de mora. Esta é uma questão um pouco complicada para o contribuinte, pois neste caso, precisa aguardar a decisão da Receita Federal, o que muitas vezes pode demorar um pouco. Contudo caso a decisão da Receita seja favorável ao contribuinte esta decisão será retroativa a primeiro de janeiro e durante este período este contribuinte fica sem saber o que fazer. Portanto, aconselha-se que o contribuinte deverá através da análise dos motivos do impedimento à opção já ter uma noção se sua opção será ou não deferida, o que facilitará a sua decisão. 2.2. Não Poderão Optar pelo Simples Nacional Conforme previsto no art. 17 da Lei Complementar nº 123 de 2006, não poderão recolher os impostos e contribuições na forma do Simples Nacional a microempresa ou a empresa de pequeno porte: a) Que explore atividade de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, gerenciamento de ativos (asset management), compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring); b) Que tenha sócio domiciliado no exterior; c) de cujo capital participe entidade da administração pública, direta ou indireta, federal, estadual ou municipal; d) Que possua débito com o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, ou com as Fazendas Públicas Federal, estadual ou Municipal, cuja exigibilidade não esteja suspensa; e) Que preste serviço de transporte intermunicipal e interestadual de passageiros, exceto quando na modalidade fluvial ou quando possuir características de transporte urbano ou metropolitano ou realizar-se sob fretamento contínuo em área metropolitana para o transporte de estudantes ou trabalhadores; www.econettreinamento.com.br 7 f) Que seja geradora, transmissora, distribuidora ou comercializadora de energia elétrica; g) Que exerça atividade de importação ou fabricação de automóveis e motocicletas; h) Que exerça atividade de importação de combustíveis; i) Que exerça atividade de produção ou venda no atacado de: a) cigarros, cigarrilhas, charutos, filtros para cigarros, armas de fogo, munições e pólvoras, explosivos e detonantes; b) bebidas a seguir descritas: b.1) Alcoólicas; b.2) Cervejas sem álcool; j) Que realize cessão ou locação de mão-de-obra; k) que se dedique ao loteamento e à incorporação de imóveis; l) Que realize atividade de locação de imóveis próprios, exceto quando se referir a prestação de serviços tributados pelo ISS; m) Com ausência de inscrição ou com irregularidade em cadastro fiscal federal, municipal ou estadual, quando exigível. O que muda a partir de Janeiro de 2018? A partir de 01.01.2018, a vedação em relação a venda e produção no atacado das bebidas alcoólicas e cervejas sem álcool, continuam vedadas, exceto se produzidas ou vendidas por: a) micro e pequenas cervejarias; b) micro e pequenas vinícolas; c) produtores de licores; e d) micro e pequenas destilarias Contudo para isto, estas Micro Empresa e Empresas de Pequeno Porte, optantes pelo Simples Nacional deverão obrigatoriamente ser registradas no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e obedecerão também à regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e da Secretaria da Receita Federal do Brasil quanto à produção e à comercialização de bebidas alcoólicas. Artigo 17, § 5, da LC nº 123 de 2006. Desta forma, observa-se que em relação a estes requisitos para adesão ao regime do Simples Nacional, apenas houve a alteração acima mencionada, os demais requisitos não foram alterados. 2.3. Limite de Faturamento O limite do faturamento para que uma pessoa jurídica possa continuar como Simples Nacional ou optar pelo Simples Nacional, continua sendo até 31 de dezembro de 2017, de até R$ 3.600.000,00. A partir de Janeiro de 2018, este limite se altera da seguinte forma: A partir de janeiro de 2018 para que uma empresa fique enquadrada no Simples Nacional ela poderá faturar no ano calendário até R$ 4.800.000,00. Podemos dizer que este limite também é válido para a opção pelo Simples Nacional, portanto a partir de janeiro de 2018, a pessoa jurídica que faturar no ano calendário até R$ 4.800.000,00 poderá continuar inscrita como Simples Nacional. Devemos recordar que este limite é para as pessoas jurídicas que não estão em início de atividade, pois sendo este o caso, este limite é proporcionalizado. Por exemplo: Uma pessoa jurídica que tenha sido constituída em agosto de determinado ano terá o seguinte limite: www.econettreinamento.com.br 8 R$ 4.800.000,00 / 12 = R$ 400.000,00 R$ 400.000,00 x 5 (cinco meses: agosto a dezembro) = R$ 2.000.000,00 Desta forma, neste exemplo esta pessoa jurídica não terá um limite de R$ 4.800.000,00 para faturar no ano sua constituição e sim o limite de R$ 2.000.000,00. 2.3.1.Limite de Exportação O Governo Federal concede um incentivo para que as empresas optantes pelo Simples Nacional exportem mercadorias e serviços. Para tal ele concede alguns benefícios em relação à alguns tributos incidentes na exportação. Devermos considerar que quando tratamos de receitas de exportação também são abrangidas as vendas realizadas por meio de Comercial Exportadora ou de Sociedade de Propósito Específico As receitas de venda de mercadorias fabricadas e de revenda de mercadorias exportadas, inclusive através de comercial exportadora, no Simples Nacional não sofrerem tributação do IPI, ICMS, COFINS e PIS. Contudo, o contribuinte deverá segregar as receitas decorrentes da exportação para o exterior, inclusive as realizadas através de comercial exportadora ou da sociedade de propósito específico, para que possa ter o benefício da exclusão dos tributos citados. Efetuando essa segregação no PGDAS-D, os percentuais relativos ao IPI, ICMS, ISS, PIS e COFINS serão desconsiderados no cálculodo DAS. Inciso IV do § 4° do art. 18 da Lei Complementar n° 123/2006 A partir do ano-calendário de 2015, as empresas optantes pelo Simples Nacional que façam exportação de bens e serviços poderão auferir receita bruta anual de até R$ 7,2 milhões, sendo R$ 3,6 milhões no mercado interno e R$ 3,6 milhões no mercado externo. (Lei Complementar nº 123/2006, art. 3º, § 14) Considerando que a partir de 2018 o limite para a adesão ao regime estará sendo aumentado, o limite de exportação passará também para o valor de R$ 4.800.000,00. Desta forma, a partir de janeiro de 2018, a pessoa jurídica que faça exportação poderá auferir no ano calendário receita bruta total de até R$ 9.600.000,00, sendo R$ 4.800.000, no mercado interno e R$ 4.800.000,00 no mercado externo, que não ficará desenquadrado do regime. A partir de 01/01/2016 deverão ser consideradas separadamente as receitas de exportação das receitas no mercado interno para fins de cálculo do DAS, também. LC nº 123 de 2006, art. 3º, §15. (...) § 15. Na hipótese do § 14, para fins de determinação da alíquota de que trata o § 1° do art. 18, da base de cálculo prevista em seu § 3° e das majorações de alíquotas previstas em seus §§ 16, 16-A, 17 e 17-A, serão consideradas separadamente as receitas brutas auferidas no mercado interno e aquelas decorrentes da exportação. Desta forma, quando a pessoa jurídica obtém receitas no mercado interno e externo, ela poderá ficar em faixas diferentes do referido anexo para cada uma. Exemplificando: Uma empresa que tributa pelo Anexo I em um determinado mês possui: a) Receitas de Exportação dos últimos doze meses: R$ 960.000,00 b) Receitas no mercado interno dos últimos doze meses: R$ 1.200.000,00 www.econettreinamento.com.br 9 c) Receitas no mês no mercado interno: R$ 130.000,00 d) Receitas no mês no mercado externo: R$ 200.000,00 Vejamos o que acontece: Receita Bruta em 12 meses (em R$) ALÍQUOTA IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP CPP ICMS Até 180.000,00 4,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2,75% 1,25% De 180.000,01 a 360.000,00 5,47% 0,00% 0,00% 0,86% 0,00% 2,75% 1,86% De 360.000,01 a 540.000,00 6,84% 0,27% 0,31% 0,95% 0,23% 2,75% 2,33% De 540.000,01 a 720.000,00 7,54% 0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 2,56% De 720.000,01 a 900.000,00 7,60% 0,35% 0,35% 1,05% 0,25% 3,02% 2,58% De 900.000,01 a 1.080.000,00 8,28% 0,38% 0,38% 1,15% 0,27% 3,28% 2,82% De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 8,36% 0,39% 0,39% 1,16% 0,28% 3,30% 2,84% Desta forma, as receitas de exportação terão a alíquota de 8,28% (6º faixa) e as receitas no mercado interno a alíquota de 8,36% (7º faixa), aplicando as devidas alíquotas: Receita no mercado interno: R$ 130.000,00 x 8,36% = R$ 10.868,00 Receitas no mercado externo: R$ 200.000,00 x 8,28% = R$ 16.560,00 Total do DAS a ser recolhido: R$ 27.428,00 A partir de Janeiro de 2018, a redução no valor do DAS referente aos valores das receitas de exportação será tão somente às alíquotas efetivas da COFINS, do PIS, do IPI, do ICMS e do ISS, apuradas na forma dos ANEXOS I a V. Artigo 18, § 14 As ME e EPP optantes pelo Simples Nacional são isentas do pagamento de preços, taxas, emolumentos ou remunerações para fins de obtenção de anuências de exportação. Artigo 49- B. 2.3.2.Exportação de serviços As receitas decorrentes de exportação de serviços para o exterior, não sofrem tributação do COFINS, PIS e ISS. § 14 do art. 18 da Lei Complementar n° 123/2006 Para considerar exportação de serviços para o exterior, o serviço deverá ser prestado para pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no exterior, cujo pagamento represente ingresso de divisas, exceto quanto aos serviços desenvolvidos no Brasil cujo resultado aqui se verifique, ou seja, para ser considerado serviço de exportação a empresa deverá prestar o serviço para pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no exterior, o pagamento deverá representar ingresso de divisas, o serviço deverá ser desenvolvido no exterior e o resultar deverá se verificar também no exterior. Art. 25-A, § 4° da Resolução CGSN n° 94/2011 2.4. Atividades Permitida e Vedadas A lista de atividades não permitidas ao Simples Nacional diminuiu bastante nos últimos anos, porém ainda observamos que as atividades abaixo continuam vedadas, conforme nos traz a disposição o Anexo VI da Resolução CGSN nº 094 de 2011: www.econettreinamento.com.br 10 FABRICAÇÃO DE AGUARDENTE DE CANA-DE-AÇÚCAR FABRICAÇÃO DE OUTRAS AGUARDENTES E BEBIDAS DESTILADAS FABRICAÇÃO DE MALTE, INCLUSIVE MALTE UÍSQUE FABRICAÇÃO DE VINHO FABRICAÇÃO DE CERVEJAS E CHOPES FABRICAÇÃO DE CIGARROS FABRICAÇÃO DE CIGARRILHAS E CHARUTOS FABRICAÇÃO DE FILTROS PARA CIGARROS FABRICAÇÃO DE PÓLVORAS, EXPLOSIVOS E DETONANTES FABRICAÇÃO DE EQUIPAMENTO BÉLICO PESADO, EXCETO VEÍCULOS MILITARES DE COMBATE FABRICAÇÃO DE ARMAS DE FOGO, OUTRAS ARMAS E MUNIÇÕES FABRICAÇÃO DE AUTOMÓVEIS, CAMIONETAS E UTILITÁRIOS FABRICAÇÃO DE MOTOCICLETAS GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA ATIVIDADES DE COORDENAÇÃO E CONTROLE DA OPERAÇÃO DA GERAÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA COMÉRCIO ATACADISTA DE ENERGIA ELÉTRICA DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA INCORPORAÇÃO DE EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS COMÉRCIO ATACADISTA DE BEBIDAS NÃO ESPECIFICADAS ANTERIORMENTE COMÉRCIO ATACADISTA DE CIGARROS, CIGARRILHAS E CHARUTOS TRANSPORTE FERROVIÁRIO DE PASSAGEIROS INTERMUNICIPAL E INTERESTADUAL TRANSPORTE RODOVIÁRIO COLETIVO DE PASSAGEIROS, COM ITINERÁRIO FIXO, INTERMUNICIPAL, EXCETO EM REGIÃO METROPOLITANA TRANSPORTE RODOVIÁRIO COLETIVO DE PASSAGEIROS, COM ITINERÁRIO FIXO, INTERESTADUAL BANCO CENTRAL BANCOS COMERCIAIS BANCOS MÚLTIPLOS, COM CARTEIRA COMERCIAL CAIXAS ECONÔMICAS BANCOS COOPERATIVOS COOPERATIVAS CENTRAIS DE CRÉDITO COOPERATIVAS DE CRÉDITO MÚTUO COOPERATIVAS DE CRÉDITO RURAL BANCOS MÚLTIPLOS, SEM CARTEIRA COMERCIAL BANCOS DE INVESTIMENTO BANCOS DE DESENVOLVIMENTO AGÊNCIAS DE FOMENTO SOCIEDADES DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO ASSOCIAÇÕES DE POUPANÇA E EMPRÉSTIMO COMPANHIAS HIPOTECÁRIAS SOCIEDADES DE CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO - FINANCEIRAS SOCIEDADES DE CRÉDITO AO MICROEMPREENDEDOR BANCOS DE CÂMBIO OUTRAS INSTITUIÇÕES DE INTERMEDIAÇÃO NÃO MONETÁRIA NÃO ESPECIFICADAS ANTERIORMENTE ARRENDAMENTO MERCANTIL SOCIEDADES DE CAPITALIZAÇÃO www.econettreinamento.com.br 11 HOLDINGS DE INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS HOLDINGS DE INSTITUIÇÕES NÃO FINANCEIRAS OUTRAS SOCIEDADES DE PARTICIPAÇÃO, EXCETO HOLDINGS FUNDOS DE INVESTIMENTO, EXCETO PREVIDENCIÁRIOS E IMOBILIÁRIOS FUNDOS DE INVESTIMENTO PREVIDENCIÁRIOS FUNDOS DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIOS SOCIEDADES DE FOMENTO MERCANTIL - FACTORING SECURITIZAÇÃO DE CRÉDITOS CLUBES DE INVESTIMENTO SOCIEDADES DE INVESTIMENTO FUNDO GARANTIDOR DE CRÉDITO CAIXAS DE FINANCIAMENTO DE CORPORAÇÕES CONCESSÃO DE CRÉDITO PELAS OSCIP OUTRAS ATIVIDADES DE SERVIÇOS FINANCEIROS NÃO ESPECIFICADAS ANTERIORMENTE SOCIEDADE SEGURADORA DE SEGUROS VIDA PLANOS DE AUXÍLIO-FUNERAL SOCIEDADE SEGURADORA DE SEGUROS NÃO-VIDA SOCIEDADE SEGURADORA DE SEGUROS SAÚDE RESSEGUROS PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR FECHADA PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR ABERTA BOLSA DE VALORES BOLSA DE MERCADORIAS BOLSA DE MERCADORIAS E FUTUROS ADMINISTRAÇÃO DE MERCADOS DE BALCÃO ORGANIZADOS CORRETORAS DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS DISTRIBUIDORAS DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS CORRETORAS DE CÂMBIO CORRETORAS DE CONTRATOS DE MERCADORIAS AGENTES DE INVESTIMENTOS EM APLICAÇÕES FINANCEIRAS SERVIÇOS DE LIQUIDAÇÃO E CUSTÓDIA REPRESENTAÇÕES DE BANCOS ESTRANGEIROS CAIXAS ELETRÔNICOS ALUGUEL DE IMÓVEIS PRÓPRIOS LOTEAMENTO DE IMÓVEIS PRÓPRIOS ATIVIDADES AUXILIARES DA JUSTIÇA CARTÓRIOS LOCAÇÃO DE MÃO-DE-OBRA TEMPORÁRIA FORNECIMENTO E GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS PARA TERCEIROS CONDOMÍNIOS PREDIAIS ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM GERAL REGULAÇÃO DAS ATIVIDADES DE SAÚDE, EDUCAÇÃO, SERVIÇOS CULTURAISE OUTROS SERVIÇOS SOCIAIS REGULAÇÃO DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS RELAÇÕES EXTERIORES DEFESA JUSTIÇA SEGURANÇA E ORDEM PÚBLICA DEFESA CIVIL SEGURIDADE SOCIAL OBRIGATÓRIA ADMINISTRAÇÃO DE CAIXAS ESCOLARES ATIVIDADES DE ORGANIZAÇÕES ASSOCIATIVAS PATRONAIS E EMPRESARIAIS www.econettreinamento.com.br 12 ATIVIDADES DE FISCALIZAÇÃO PROFISSIONAL OUTRAS ATIVIDADES ASSOCIATIVAS PROFISSIONAIS ATIVIDADES DE ORGANIZAÇÕES SINDICAIS ATIVIDADES DE ASSOCIAÇÕES DE DEFESA DE DIREITOS SOCIAIS ATIVIDADES DE ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS OU FILOSÓFICAS ATIVIDADES DE ORGANIZAÇÕES POLÍTICAS ATIVIDADES DE ORGANIZAÇÕES ASSOCIATIVAS LIGADAS À CULTURA E À ARTE ATIVIDADES ASSOCIATIVAS NÃO ESPECIFICADAS ANTERIORMENTE ORGANISMOS INTERNACIONAIS E OUTRAS INSTITUIÇÕES EXTRATERRITORIAIS LEILOEIROS INDEPENDENTES Observemos contudo que a Legislação ainda nos traz uma Anexo VII destas mesma legislação a qual as atividades nela constantes são chamadas de lista de atividades concomitantes. Estas atividades chamam-se concomitantes porque possuem características tanto de permitida como de vedadas. Vejamos: FABRICAÇÃO DE CERVEJAS E CHOPES Acrescentado pela Resolução CGSN n° 135/2017 (DOU de 28.08.2017), efeitos a partir de 01.01.2018 COMÉRCIO ATACADISTA DE CERVEJA, CHOPE E REFRIGERANTE COMÉRCIO ATACADISTA DE BEBIDAS COM ATIVIDADE DE FRACIONAMENTO E ACONDICIONAMENTO ASSOCIADA COMÉRCIO ATACADISTA DE OUTROS PRODUTOS QUÍMICOS E PETROQUÍMICOS NÃO ESPECIFICADOS ANTERIORMENTE TRANSPORTE ESCOLAR TRANSPORTE RODOVIÁRIO COLETIVO DE PASSAGEIROS, SOB REGIME DE FRETAMENTO, INTERMUNICIPAL, INTERESTADUAL E INTERNACIONAL ORGANIZAÇÃO DE EXCURSÕES EM VEÍCULOS RODOVIÁRIOS PRÓPRIOS, INTERMUNICIPAL, INTERESTADUAL E INTERNACIONAL Acrescentado pela Resolução CGSN n° 119/2014 (DOU de 24.12.2014) efeitos a partir de 01.01.2015 OUTROS TRANSPORTES RODOVIÁRIOS DE PASSAGEIROS NÃO ESPECIFICADOS ANTERIORMENTE Acrescentado pela Resolução CGSN n° 119/2014 (DOU de 24.12.2014) efeitos a partir de 01.01.2015 TRENS TURÍSTICOS, TELEFÉRICOS E SIMILARES TRANSPORTE MARÍTIMO DE CABOTAGEM - PASSAGEIROS Acrescentado pela Resolução CGSN n° 119/2014 (DOU de 24.12.2014) efeitos a partir de 01.01.2015 TRANSPORTE POR NAVEGAÇÃO DE TRAVESSIA, INTERMUNICIPAL, INTERESTADUAL E INTERNACIONAL TRANSPORTE AQUAVIÁRIO PARA PASSEIOS TURÍSTICOS OUTROS TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS NÃO ESPECIFICADOS ANTERIORMENTE TRANSPORTE AÉREO DE PASSAGEIROS REGULAR SERVIÇO DE TÁXI AÉREO E LOCAÇÃO DE AERONAVES COM TRIPULAÇÃO OUTROS SERVIÇOS DE TRANSPORTE AÉREO DE PASSAGEIROS NÃO-REGULAR SERVIÇOS DE APOIO AO TRANSPORTE POR TÁXI, INCLUSIVE CENTRAIS DE CHAMADA OUTRAS ATIVIDADES AUXILIARES DOS TRANSPORTES TERRESTRES NÃO ESPECIFICADAS ANTERIORMENTE DESENVOLVIMENTO DE PROGRAMAS DE COMPUTADOR SOB ENCOMENDA http://www.econeteditora.com.br/bdi/res/rs17/res_cgsn_135_2017.php http://www.econeteditora.com.br/bdi/res/rs17/res_cgsn_135_2017.php http://www.econeteditora.com.br/bdi/res/rs14/resolucao119_cgsn_2014.php http://www.econeteditora.com.br/bdi/res/rs14/resolucao119_cgsn_2014.php http://www.econeteditora.com.br/bdi/res/rs14/resolucao119_cgsn_2014.php http://www.econeteditora.com.br/bdi/res/rs14/resolucao119_cgsn_2014.php http://www.econeteditora.com.br/bdi/res/rs14/resolucao119_cgsn_2014.php http://www.econeteditora.com.br/bdi/res/rs14/resolucao119_cgsn_2014.php www.econettreinamento.com.br 13 DESENVOLVIMENTO E LICENCIAMENTO DE PROGRAMAS DE COMPUTADOR CUSTOMIZÁVEIS DESENVOLVIMENTO E LICENCIAMENTO DE PROGRAMAS DE COMPUTADOR NÃO-CUSTOMIZÁVEIS CORRESPONDENTES DE INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS OUTRAS ATIVIDADES AUXILIARES DOS SERVIÇOS FINANCEIROS NÃO ESPECIFICADAS ANTERIORMENTE Acrescentado pela Resolução CGSN n° 119/2014 (DOU de 24.12.2014) efeitos a partir de 01.01.2015 OUTRAS ATIVIDADES DE SERVIÇOS PRESTADOS PRINCIPALMENTE ÀS EMPRESAS NÃO ESPECIFICADAS ANTERIORMENTE Pergunta: Como podemos então identificar quando estamos realizando uma atividade permitida ou vedada em relação as atividades acima? Vamos analisar algumas atividades como exemplo, para que possamos entender melhor: a) Atividade de fabricação de cervejas e chopes e venda no atacado de cervejas e chopes: Conforme vimos nos itens anteriores, a partir de 2018 a atividade de fabricação e venda no atacado de cervejas, chopes e cervejas sem álcool estão permitidas, contudo apenas se os requisitos citados forem atendidos, caso contrário ela continua vedada. Vamos lembrar qual é este requisito: A partir de 01.01.2018, a vedação em relação a venda e produção no atacado das bebidas alcoólicas e cervejas sem álcool, continuam vedadas, exceto se produzidas ou vendidas por: a) micro e pequenas cervejarias; b) micro e pequenas vinícolas; c) produtores de licores; e d) micro e pequenas destilarias Contudo para isto, estas Micro Empresa e Empresas de Pequeno Porte, optantes pelo Simples Nacional deverão obrigatoriamente ser registradas no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e obedecerão também à regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e da Secretaria da Receita Federal do Brasil quanto à produção e à comercialização de bebidas alcoólicas. Artigo 17, § 5, da LC nº 123 de 2006. Observem então que esta atividade não poderia realmente constar nem na lista de impedidas e nem na lista das permitidas, pois dependerá do atendimento ou não desta condição. b) Transporte Rodoviário Coletivo de Passageiros, sob o regime de fretamento, intermunicipal, interestadual e internacional: Esta atividade, ela será permitida apenas se o transporte se realizar sob o regime de fretamento para transportar estudantes e trabalhadores de um município para o outro ou de um estado para o outro. Em qualquer outro tipo de transporte será vedada; http://www.econeteditora.com.br/bdi/res/rs14/resolucao119_cgsn_2014.php http://www.econeteditora.com.br/bdi/res/rs14/resolucao119_cgsn_2014.php www.econettreinamento.com.br 14 c) Desenvolvimento de programas de computadores sob encomenda customizáveis ou não. Para este tipo de atividade podemos dizer, por exemplo, que apenas é permitida quando o desenvolvimento do programa se der no estabelecimento do prestador do serviço. Quando ocorrer do serviço ser prestado nos estabelecimentos do contratante, será vedado ao Simples Nacional. 2.5. Exclusão do Simples Nacional A exclusão do Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - Simples Nacional, de maneira obrigatória ou por opção do contribuinte, deverá ser efetuada através de comunicação diretamente no portal do Simples Nacional. Contudo, a exclusão do Simples não é assim tão fácil, pois dependerá de muitos fatores, como: se a exclusão é por opção ou por obrigatoriedade. Se a exclusão por obrigatoriedade é por excesso de limite ou por outro motivo e também se este excesso está acima ou abaixo de 20% do limite disposto na legislação. Observamos porque o regime do Simples Nacional não é tão Simples assim, como o próprio nome traz. Devido a todos estes detalhes que é necessário ser observado, tanto na inclusão como na exclusão, acompanhamento do faturamento, entre outros. 2.5.1.Exclusão Opcional A pessoa jurídica tributada na forma do Simples Nacional que não tenha mais interesse em permanecer no Regime Especial Unificado poderá retirar-se do regime mediante comunicação de exclusão por opção à RFB - Secretaria da Receita Federal do Brasil, em aplicativo disponibilizado no Portal do Simples Nacional e a partir dos efeitos da exclusão passar a tributar suas receitas no Lucro Real ou Presumido. Quando o pedido de exclusão for solicitado durante o mês de janeiro produzirá efeitos desde o início do mesmo ano-calendário da solicitação. Quando o pedido de exclusão for solicitado após o mês de janeiro produzirá efeitos a partir de 1° de janeiro do ano-calendário subsequente. Quadro ilustrativo:Pedido Efeitos Base Legal Comunicada no mês de janeiro A partir de 1° de janeiro do ano-calendário da solicitação. Resolução CGSN n° 94/2011, artigo 73, inciso I, alínea “a”. Comunicada nos demais meses A partir de 1° de janeiro do ano-calendário subsequente. Resolução CGSN n° 94/2011, artigo 73, inciso I, alínea “b”. Esta exclusão, deverá ser comunicada à Receita Federal diretamente no portal do Simples Nacional. Através das indicações acima, observamos que é sempre necessário fazer um bom planejamento sobre a opção ao Simples Nacional, pois a exclusão por opção somente surtirá efeitos a partir do próximo ano calendário, o que poderá causar transtornos para a pessoa jurídica. www.econettreinamento.com.br 15 2.5.2.Exclusão Obrigatória A exclusão obrigatória mediante comunicação ocorrerá quando a ME ou EPP incorrer nas hipóteses de vedação previstas nos artigos 73 e 74 da Resolução CGSN n° 94/2011, conforme abaixo: a) Excesso de receita em até 20% A pessoa jurídica será excluída do Simples Nacional por excesso de receita quando a receita bruta do ano-calendário ultrapassar o limite estipulado na legislação no mercado interno, ou ultrapassar a receita bruta decorrentes de exportação de mercadorias ou serviços. Se a receita bruta, do mercado interno ou da exportação, não ultrapassar a 20% do limite estipulado na legislação no ano-calendário a exclusão produzirá efeitos a partir de 1° de janeiro do ano-calendário subsequente ao que tiver ocorrido o excesso. O comunicado a RFB deverá ser efetuado, até o último dia útil do mês de janeiro do ano- calendário subsequente àquele em que se deu o excesso de receita bruta, na hipótese de não ter ultrapassado em mais de 20% do limite. b) Excesso de receita acima de 20% Caso a receita bruta, do mercado interno ou da exportação, ultrapassar 20% do limite, a exclusão estipulado na legislação, produzirá efeitos a partir do mês subsequente ao que tiver ocorrido o excesso. O comunicado a RFB deverá ser efetuado, até o último dia útil do mês subsequente àquele em que se deu o excesso de receita bruta, na hipótese de exceder a receita bruta em mais de 20% do limite. c) Excesso de receita no ano de início de atividade em até 20% Considerando que a pessoa jurídica esteja no início de atividade e não exceda o limite proporcional acima de 20%, o desenquadramento será a partir do ano calendário subsequente. O comunicado a RFB deverá ser feito, até o último dia útil do mês de janeiro do ano-calendário subsequente àquele em que se deu o excesso de receita bruta, na hipótese de não ter ultrapassado em mais de 20% do limite. d) Excesso de receita no ano de início de atividade acima de 20% Quando a pessoa jurídica está no início de atividade e ultrapassa em mais de 20% o limite proporcional desenquadra retroativamente ao mês de constituição. Como ficará portanto a Migração para este limite no ano de 2017/218 A EPP que em 31.12.2017 tiver receita bruta anual (2017) superior a R$ 3.600.000,00 até R$ 4.800.000,00 será considerada optante pelo Simples Nacional em 01.01.2018. A receita auferida que for superior a R$ 3.600.000,00 estará sujeita as regras atuais, ou seja, majoração da alíquota máxima em 20%. Caso a EPP não queira ser optante pelo Simples Nacional deverá comunicar a exclusão, por opção, até o final de janeiro de 2018. Artigo 79-E; Desta forma, a pessoa jurídica que auferir valor superior a R$ 3.600.000,00 no ano de 2017, porém considerando que a ultrapassagem não seja for superior em mais de 20%,ela permanecerá no Simples Nacional até Dezembro, podendo continuar neste regime ainda em www.econettreinamento.com.br 16 2018, automaticamente, ou seja, não precisará solicitar novamente a inclusão em janeiro do ano seguinte. Porém caso ela ultrapasse em mais de 20% o limite de R$ 3.600.000,00 em 2017, ela deverá comunicar o seu desenquadramento neste ano de 2017, desenquadrando conforme colocado acima, já no mês seguinte. Contudo, caso não ultrapasse o valor de R$ 4.800.000,00, poderá solicitar novamente a sua inclusão no Simples Nacional até o dia 31 de janeiro do ano seguinte. Exemplo 1: Uma pessoa jurídica até o mês de novembro do ano de 2017 auferiu receita bruta total de R$ 3.700.000,00. Portanto esta PJ continuará no Simples Nacional pois não auferiu receita superior a R$ 4.320.000,00 (20% de R$ 3.600.000,00) e também ficará automaticamente no Simples Nacional no ano de 2018, não sendo necessário solicitar a sua inclusão novamente. Exemplo 2): Uma pessoa jurídica que até o mês de novembro de 2017 tenha auferido uma receita bruta total no valor de R$ 4.500.000,00, fica desenquadrada do Simples Nacional no ano de 2017, devendo fazer o comunicado de desenquadramento para a Receita Federal até o último dia útil do mês seguinte àquele em que ocorreu o excesso e passando a tributar em outro regime a partir do Mês seguinte ao que ocorreu o excesso. Porém neste caso, não tendo a Pessoa jurídica ultrapassado o valor de R$ 4.800.000,00 no ano, poderá solicitar novamente a inclusão no Simples Nacional até o dia 31 de janeiro do ano de 2018 e continuar tributando como Simples Nacional no próximo ano. Majoração do Simples Nacional Hoje, quando uma pessoa jurídica do Simples Nacional ultrapassa o limite, porém não ultrapassa em mais de 20% ela permanece no Simples Nacional até o mês de dezembro daquele ano, porém a alíquota será majorada em mais 20% sobre o valor que ultrapassar o limite de R$ 3.600.000,00 Para fins de majoração da alíquota devemos considerar o limite da receita bruta auferida no ano-calendário, conforme estabelece o inciso II e o § 1º do artigo 3º da Lei complementar nº 123/2006. Considerando uma empresa que não adote sublimite e que não aufira receita decorrente de exportações e ultrapasse o limite de receita no ano-calendário em curso, a parcela excedente de receita auferida estará sujeita à alíquota máxima do anexo pelo qual tributa majorada em 20% Exemplo: Empresa Gama Ltda, indústria, portanto tributada pelo Anexo II, de janeiro à agosto de 2014 auferiu receita bruta de R$ 3.400.000,00, no mês de setembro auferiu receita bruta de R$ 350.000,00 o qual terá sua alíquota majorada, vejamos: www.econettreinamento.com.br 17 Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Indústria - Anexo II Receita Bruta em 12 meses (em R$) Alíquota IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP CPP ICMS IPI De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 12,01% 0,53% 0,53% 1,60% 0,38% 4,56% 3,91% 0,50% De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 12,11% 0,54% 0,54% 1,60% 0,38% 4,60% 3,95% 0,50% Com a receita bruta acumulada da empresa Gama podemos observar que ela já esta sujeita à tributação máxima do anexo II, ou seja, 12,11%, para tanto temos: a) A receita bruta até completar R$ 3.600.000,00, ou seja, R$ 3.400.000,00 (acumulado) somado a R$ 200.000,00 (/receita do mês), será oferecido tributação pela alíquota de 12,11% sobre a receita proporcional do mês Onde temos: R$ 200.000,00 X 12,11% = R$ 24.220,00 b) A parcela restante da receita bruta mensal que excedeu o limite estará sujeita a alíquota máxima majorada em 20% Alíquota máxima do anexo II 12,11% + 20% = 14,53% Valor excedente R$ 150.000,00 X 14,53% = R$ 21.795,00 Total do DAS do período de apuração de Setembro = R$ 24.220,00 + R$ 21.795,00 = R$ 46.015,00 A Majoração a partir de 2018 A partir de 2018, não teremos mais a majoração da alíquota. A partir de 01.01.2018, a EPP optante pelo Simples Nacional que tiver valor de receita bruta superior, mas não superior a 20% do limite estipulado, proporcional ao número de meses nos casos de início de atividade estará sujeita às alíquotas máximas dos ANEXOS I a V, proporcionalmente. Artigo 18, § 16 Com isto, não ocorrerá a majoração em 20% das alíquotas máximas dos ANEXOS I a V, quando estas forem ultrapassadas. e) Atividade impeditiva Quando a pessoajurídica passar a exercer as atividades impedidas constantes no artigo 15 da Resolução CGSN n° 94/2011, seu desenquadramento é obrigatório, e produzirá efeitos a partir do mês seguinte ao do exercício da atividade vedada. O comunicado a RFB deverá ser realizado até o último dia útil do mês subsequente ao da referida ocorrência. http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/06/lei123_complementar_2006.asp#anexo1 http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/06/lei123_complementar_2006.asp#anexo5 http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/06/lei123_complementar_2006.asp#art18 http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/06/lei123_complementar_2006.asp#art18_p16 http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/06/lei123_complementar_2006.asp#anexo1 http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/06/lei123_complementar_2006.asp#anexo5 www.econettreinamento.com.br 18 f) Participação Societária A exclusão por participação societária ocorrerá nas seguintes situações (Resolução CGSN n° 94/2011, artigo 15): a) ter como participante no capital da ME ou EPP outra pessoa jurídica; b) ser filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa jurídica com sede no exterior; c) ter como participante no seu capital social uma pessoa física que seja inscrita como empresário, ou seja, sócia de outra empresa do Simples Nacional, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite estipulado pela legislação no ano-calendário no mercado interno ou ultrapasse o mesmo limite em exportações; d) ter como participante sócio com mais de 10% do capital de outra empresa não beneficiada pela Lei Complementar n° 123, de 14 de dezembro de 2006, ou seja, não enquadrada como ME ou EPP, desde que, a receita bruta global ultrapasse no ano-calendário o limite estipulado pela legislação no mercado interno ou ultrapasse o mesmo limite em exportações; e) ter sócio ou titular que seja administrador ou equiparado de outra pessoa jurídica com fins lucrativos, desde que a receita bruta global ultrapasse no ano-calendário o limite estipulado pela legislação no mercado interno ou ultrapasse o mesmo limite em exportações; f) participar do capital de outra pessoa jurídica; g) ter sócio domiciliado no exterior. Esta questão é algo que gera bastante dúvidas nos contribuinte, principalmente no que diz respeito ao fato de uma pessoa física ser sócio ao mesmo tempo de uma outra pessoa jurídica. Analisemos que em termos de participação societária o que é impeditivo é a pessoa jurídica participar do capital social de outra pessoa jurídica ou outra pessoa jurídica participar do capital social dela. Contudo em relação à pessoa física constar como sócio do capital social de uma pessoa jurídica ME ou EPP, optante pelo Simples Nacional e de outra pessoa jurídica, podendo ser esta também uma ME ou EPP ou não, não há nenhum impedimento. Porém neste último caso o contabilista deverá tomar bastante cuidado com o faturamento de todas as empresas que este sócio pessoa física possui em seu nome. O sócio pessoa física que participar do capital social de uma empresa optante pelo Simples Nacional, e que participe também do capital social de uma outra pessoa jurídica, deverá observar a seguinte regra para fins de desenquadramento: a) Considerando que a pessoa física sócio ou titular de uma empresa optante pelo Simples Nacional, seja também sócio ou titular de uma ME ou EPP (observem que neste caso, não precisa necessariamente ser optante pelo Simples Nacional, considerando que o seu faturamento esteja dentro do limite estipulado pela Lei Complementar ela será uma ME ou EPP, independentemente do seu regime tributário) seja esta optante ou não pelo Simples Nacional, independente do percentual de participação societária a receita destas irão somar-se para fins de desenquadramento. b) Considerando que a pessoa física, sócio ou titular de uma empresa optante pelo Simples Nacional, seja também sócio de uma pessoa jurídica que não seja ME ou EPP, apenas irão somar-se as receitas, para fins de desenquadramento, caso a participação societária nesta empresa seja acima de 10% www.econettreinamento.com.br 19 c) Considerando que o sócio ou titular da pessoa jurídica optante pelo Simples Nacional seja administrador, contratado por outra pessoa jurídica, também somam-se as receitas. g) Débitos com o INSS e Fazendas Públicas Estará sujeita a exclusão do Simples Nacional a ME e EPP que possuir débitos com o INSS ou com as Fazendas Públicas Federal, Estadual ou Municipal, que não estejam com a exigibilidade suspensa. Resolução CGSN n° 94/2011, art. 15, inciso XV O comunicado a RFB deverá ser feito obrigatoriamente até o último dia útil do mês subsequente. Resolução CGSN n° 94/2011, art. 73, inciso II, letra “d” O desenquadramento produzirá efeitos a partir do ano-calendário subsequente ao da comunicação. Se ocorrer o comunicado de exclusão de oficio por débitos poderá se manter no Simples Nacional a ME ou EPP que comprove a regularização dos débitos em até 30 dias contado a partir da ciência da exclusão. Resolução CGSN n° 94/2011, art. 76, § 1° 2.5.3.ADE – Ato de Exclusão do Simples Nacional A Receita Federal começa a emitir os ADEs e excluir do Simples Nacional as pessoas jurídicas que estão com débitos de impostos. A partir do momento da ciência do ADE o contribuinte possui um prazo de 30 dias para efetuar a regularização do débito, caso não o faça ficará excluído do Simples Nacional a partir de Janeiro do próximo ano calendário. Não efetuando a regularização dentro do prazo, poderá o contribuinte regularizar até o último dia útil do mês de Janeiro do ano seguinte e solicitar novamente a inclusão no Simples Nacional. Não tendo nenhuma outra condição de impedimento a opção será deferida pela Receita Federal, com data a partir de 01 de janeiro daquele mesmo ano. Contudo as microempresas e empresas de pequeno porte devem ter atenção para não serem excluídas de ofício do regime tributário simplificado e diferenciado favorecido pelo Simples Nacional por motivo de inadimplência. 2.5.4. Exclusão de Ofício Poderá a ME ou EPP ser excluída de ofício quando não comunicar a exclusão obrigatória ou quando praticar atos contrários às normas para permanência ou ingresso no Simples Nacional. A referida exclusão será realizada pela Receita Federal do Brasil e das Secretarias de Fazenda ou de Finanças do Estado ou do Distrito Federal. Caso a exclusão ocorra por parte do ente federativo, este expedirá o termo de exclusão mediante registro no Portal do Simples Nacional na internet, ficando os efeitos dessa exclusão condicionados a esse registro. Relativamente a exclusão de ofício, o contencioso administrativo será de competência do ente federativo que efetuar a exclusão, observados os dispositivos legais pertencentes aos processos administrativos fiscais desse ente. www.econettreinamento.com.br 20 Poderá o Município transferir a atribuição de julgamento exclusivamente ao respectivo Estado em que se localiza, mediante a constituição de convênio. (Resolução CGSN n° 94/2011, artigo 109) A comunicação de exclusão ocorrerá pelo ente federativo que a promover, segundo a sua respectiva legislação. São motivos para exclusão de oficio (Resolução CGSN n° 94/2011, artigo 76): a) quando verificada a falta de comunicação de exclusão obrigatória; b) a partir do mês subsequente ao do descumprimento das obrigações de que trata o § 8° do artigo 6°, quando se tratar de escritórios de serviços contábeis; c) a partir da data dos efeitos da opção pelo Simples Nacional, nas hipóteses em que: 1. for constatado que, quando do ingresso no Simples Nacional, a ME ou EPP incorria em alguma das hipóteses de vedação; 2. for constatada declaração inverídica; d) a partir do próprio mês em que incorridas, impedindo nova opção pelo Simples Nacional pelos 3 anos-calendário subsequentes, nas seguintes hipóteses: 1. for oferecidoembaraço à fiscalização, caracterizado pela negativa não justificada de exibição de livros e documentos a que estiverem obrigadas, bem como pelo não fornecimento de informações sobre bens, movimentação financeira, negócio ou atividade que estiverem intimadas a apresentar, e nas demais hipóteses que autorizam a requisição de auxílio da força pública; 2. for oferecida resistência à fiscalização, caracterizada pela negativa de acesso ao estabelecimento, ao domicílio fiscal ou a qualquer outro local onde desenvolvam suas atividades ou se encontrem bens de sua propriedade; 3. constituição ocorrer por interpostas pessoas; 4. tiver sido constatada prática reiterada de infração ao disposto na Lei Complementar n° 123/2006; 5. a ME ou EPP for declarada inapta; 6. comercializar mercadorias objeto de contrabando ou descaminho; 7. falta de escrituração do livro-caixa ou não permitir a identificação da movimentação financeira, inclusive bancária; 8. for constatado que durante o ano-calendário o valor das despesas pagas supera em 20% o valor de ingressos de recursos no mesmo período, excluído o ano de início de atividade; 9. for constatado que durante o ano-calendário o valor das aquisições de mercadorias para comercialização ou industrialização, ressalvadas hipóteses justificadas de aumento de estoque, foi superior a 80% dos ingressos de recursos no mesmo período, excluído o ano de início de atividade; 10. não emitir documento fiscal de venda ou prestação de serviço, de forma reiterada, observado o disposto nos artigos 57 a 59 e ressalvadas as prerrogativas do MEI nos termos da alínea "a" do inciso II do artigo 97; 11. omitir da folha de pagamento da empresa ou de documento de informações previsto pela legislação previdenciária, trabalhista ou tributária, segurado empregado, trabalhador avulso ou contribuinte individual que lhe preste serviço, de forma reiterada; 12. a partir do primeiro dia do mês seguinte ao da ocorrência, na hipótese de estadual; 13. a partir do ano-calendário subsequente ao da ciência do termo de exclusão, na hipótese de possuir débito com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), ou com as Fazendas Públicas Federal, Estadual ou Municipal, cuja exigibilidade não esteja suspensa. www.econettreinamento.com.br 21 O prazo será elevado para 10 anos se constatado a utilização de artifício, ardil ou qualquer outro meio fraudulento que direcione a fiscalização a erro, com o fim de suprimir ou reduzir o pagamento de tributos 2.5.5.Falta de Comunicação Fica sujeito à multa correspondente a 10% do total dos tributos devidos na forma do Simples Nacional no mês que anteceder o início dos efeitos da exclusão, não inferior a R$ 200,00 (sem possibilidade de redução) quando constatada a falta de comunicação na condição de obrigatória, nos prazos determinados no artigo 73. Resolução CGSN n° 94/2011, art. 90 2.6.Dos Sublimites Nos casos em que os estabelecimentos situados em estados e seus municípios que adotem sublimites serão aplicadas as alíquotas máximas majoradas quando a EPP ultrapassar os sublimites, fixados, conforme a região definida na Resolução do Comitê Gestor do Simples Nacional que determina os sublimites para o referido ano-calendário. Resolução CGSN nº 94/2011, artigo 23. Estados Sublimites da Receita Bruta Anual para o Ano- Calendário de 2017 Acre, Amapá, Rondônia e Roraima R$ 1.800.000,00 (um milhão e oitocentos mil reais) Maranhão, Pará e Tocantins R$ 2.520.000,00 (dois milhões quinhentos e vinte mil reais) No caso da PJ exceder somente o sublimite, porém o valor acumulado não ultrapassar o limite do Simples Nacional de R$ 3.600.000,00, a majoração da alíquota deverá ser aplicada somente em relação ao ICMS e/ou ISS. Os demais tributos serão calculados normalmente dentro do anexo de atividade. Resolução CGSN nº 94/2011, artigo 24. Caso ultrapasse o limite de R$ 3.600.000,00 a majoração será da alíquota do ICMS e/ou ISS para a faixa do sublimite e das alíquotas da faixa de R$ 3.600.000,00. A majoração das alíquotas também poderá ocorrer, no caso de início de atividades, quando for ultrapassado os sublimites de R$ 105.000,00, R$ 150.000,00 ou R$ 210.000.00, conforme o caso, multiplicados pelo número de meses compreendido entre o início da atividade e o final do respectivo ano-calendário. Resolução CGSN nº 94/2011, artigo 23, § 2º. Como ficará para 2018: Sem prejuízo da possibilidade de adoção de todas as faixas de receita previstas nos Anexos I a V da Lei Complementar, os Estados cuja participação no Produto Interno Bruto brasileiro seja de até 1% (um por cento) poderão optar pela aplicação de sublimite para efeito de recolhimento do ICMS na forma do Simples Nacional nos respectivos territórios, para empresas com receita bruta anual de até R$ 1.800.000,00 (um milhão e oitocentos mil reais). Para os Estados que não tenham adotado sublimite na forma do caput e para aqueles cuja participação no Produto Interno Bruto brasileiro seja superior a 1% (um por cento), para efeito de recolhimento do ICMS e do ISS, observar-se-á obrigatoriamente o sublimite no valor de R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais). 2.7. Base de Cálculo O SIMPLES NACIONAL incide sobre a receita bruta mensal. Por receita bruta, entende-se o resultado das atividades constantes dos objetivos sociais da empresa. A receita bruta abrange, portanto, o produto da venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos. www.econettreinamento.com.br 22 Não devem ser consideradas no cálculo dos tributos integrantes do SIMPLES NACIONAL, as demais receitas auferidas pela empresa, não originárias de seus objetivos sociais, como é o caso das receitas de aplicações financeiras, ganhos obtidos em bolsa de valores, no mercado de balcão ou de mercadorias, juros recebidos, descontos auferidos, etc. Porém a Resolução CGSN 129 de 15 de Setembro de 2016, trouxe algumas alterações em relação a receita bruta, vejamos: Compõem também a receita bruta do Simples Nacional: I - o custo do financiamento nas vendas a prazo, contido no valor dos bens ou serviços ou destacado no documento fiscal; II - as gorjetas, sejam elas compulsórias ou não; III - os royalties, aluguéis e demais receitas decorrentes de cessão de direito de uso ou gozo; e IV - as verbas de patrocínio. Não compõem a receita bruta do Simples Nacional: I - a venda de bens do ativo imobilizado; II - os juros moratórios, as multas e quaisquer outros encargos auferidos em decorrência do atraso no pagamento de operações ou prestações; III - a remessa de mercadorias a título de bonificação, doação ou brinde, desde que seja incondicional e não haja contraprestação por parte do destinatário; IV - a remessa de amostra grátis; V - os valores recebidos a título de multa ou indenização por rescisão contratual, desde que não corresponda à parte executada do contrato Na hipótese de devolução de mercadoria vendida por ME ou EPP optante pelo Simples Nacional, em período de apuração posterior ao da venda, deverá ser observado o seguinte: I - o valor da mercadoria devolvida deve ser deduzido da receita bruta total, no período de apuração do mês da devolução, segregada pelas regras vigentes no Simples Nacional nesse mês; II - caso o valor da mercadoria devolvida seja superior ao da receita bruta total ou das receitas segregadas relativas ao mês da devolução, o saldo remanescente deverá ser deduzido nos meses subsequentes, até ser integralmente deduzido. Na hipótese de cancelamento de documento fiscal em período de apuração posterior ao da operação ou prestação, o valor do documento cancelado deve ser deduzido da receita bruta total no período de apuração da operação ou prestação originária 2.8.Tributos Abrangidos pelo Recolhimento Unificado O SimplesNacional abrange os impostos federais, estaduais e municipais 2.8.1.Tributos da Competência Federal - Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica – IRPJ; - Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI; - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL; - Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS; - Contribuição para o PIS; www.econettreinamento.com.br 23 - Contribuição para a Seguridade Social - INSS, a cargo da pessoa jurídica (empresas sujeitas ao anexo IV recolherão à parte). 2.8.2.Tributo da Competência Estadual - Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS 135 2.8.3.Tributo da Competência Municipal - Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS 2.9.Tributos Não abrangidos pelo Simples Nacional O recolhimento na forma do DAS, não exclui a incidência dos seguintes impostos ou contribuições, devidos na qualidade de contribuinte ou responsável, em relação aos quais será observada a legislação aplicável às demais pessoas jurídicas: §1º do art. 13 da LC 123/2006. I - Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou Relativas a Títulos ou Valores Mobiliários - IOF; II - Imposto sobre a Importação de Produtos Estrangeiros - II; III - Imposto sobre a Exportação, para o Exterior, de Produtos Nacionais ou Nacionalizados - IE; IV - Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR; V - Imposto de Renda, relativo aos rendimentos ou ganhos líquidos auferidos em aplicações de renda fixa ou variável; VI - Imposto de Renda relativo aos ganhos de capital auferidos na alienação de bens do ativo permanente; VII - Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira - CPMF; VIII - Contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS; IX - Contribuição para manutenção da Seguridade Social, relativa ao trabalhador; X - Contribuição para a Seguridade Social, relativa à pessoa do empresário, na qualidade de contribuinte individual; XI - Imposto de Renda relativo aos pagamentos ou créditos efetuados pela pessoa jurídica a pessoas físicas; XII - Contribuição para o PIS/PASEP, COFINS e IPI incidentes na importação de bens e serviços; XIII - ICMS devido: Desta forma, por exemplo, quando uma pessoa jurídica do Simples Nacional faz uma importação de serviços, fica sujeita ao recolhimento do pis e cofins importação que deverá ser recolhido separadamente do DAS. Também caso efetue a venda de um bem do ativo imobilizado, deverá apurar o ganho de capital e recolher o IRRF sobre o ganho em darf separadamente. www.econettreinamento.com.br 24 Portanto, conclui-se que algumas operações não serão tributadas dentro do DAS, porém não significa dizer que não serão tributadas. 2.10.Atividades e os seus Anexos Vamos analisar as atividades que cada Anexo comporta hoje e as atividades que passarão a comporta a partir de 2018; Anexo I: Até 31 de Dezembro de 2017 A partir de 01 de Janeiro de 2018 Revenda de Mercadorias Revenda de Mercadorias Comercialização de medicamentos e produtos magistrais produzidos por manipulação de fórmulas, quando não for sob encomenda para entrega posterior ao adquirente, em caráter pessoal, mediante prescrições de profissionais habilitados ou indicação pelo farmacêutico, produzidos no próprio estabelecimento após o atendimento inicial. Artigo 18, § 4°, inciso VII, letra “b” Comercialização de medicamentos e produtos magistrais produzidos por manipulação de fórmulas, quando não for sob encomenda para entrega posterior ao adquirente, em caráter pessoal, mediante prescrições de profissionais habilitados ou indicação pelo farmacêutico, produzidos no próprio estabelecimento após o atendimento inicial. Artigo 18, § 4°, inciso VII, letra “b” Micro e pequenas cervejarias; Micro e pequenas vinícolas; Produtores de licores; Micro e pequenas destilarias. Anexo II: Até 31 de Dezembro de 2017 A partir de 01 de Janeiro de 2018 A atividade de venda de mercadorias industrializadas pelo contribuinte; Artigo 18, § 4°, inciso II A atividade de venda de mercadorias industrializadas pelo contribuinte; Artigo 18, § 4°, inciso II A atividade com incidência simultânea de IPI e de ISS, deduzida a parcela correspondente ao ICMS e acrescida a parcela correspondente ao ISS prevista no ANEXO III. Artigo 18, § 4°, inciso VI. A atividade com incidência simultânea de IPI e de ISS, deduzida a parcela correspondente ao ICMS e acrescida a parcela correspondente ao ISS prevista no ANEXO III. Artigo 18, § 4°, inciso VI. Micro e pequenas cervejarias; Micro e pequenas vinícolas; Produtores de licores; Micro e pequenas destilarias. www.econettreinamento.com.br 25 Anexo III: Até 31 de Dezembro de 2017 A partir de 01 de Janeiro de 2018 I - creche, pré-escola e estabelecimento de ensino fundamental, escolas técnicas, profissionais e de ensino médio, de línguas estrangeiras, de artes, cursos técnicos de pilotagem, preparatórios para concursos, gerenciais e escolas livres; I - creche, pré-escola e estabelecimento de ensino fundamental, escolas técnicas, profissionais e de ensino médio, de línguas estrangeiras, de artes, cursos técnicos de pilotagem, preparatórios para concursos, gerenciais e escolas livres; II - agência terceirizada de correios; II - agência terceirizada de correios; III - agência de viagem e turismo; III - agência de viagem e turismo; IV - centro de formação de condutores de veículos automotores de transporte terrestre de passageiros e de carga; IV - centro de formação de condutores de veículos automotores de transporte terrestre de passageiros e de carga; V - agência lotérica; V - agência lotérica; VI - serviços de instalação, de reparos e de manutenção em geral, bem como de usinagem, solda, tratamento e revestimento em metais; VI - serviços de instalação, de reparos e de manutenção em geral, bem como de usinagem, solda, tratamento e revestimento em metais; VII - transporte municipal de passageiros; VIII - escritórios de serviços contábeis IX - produções cinematográficas, audiovisuais, artísticas e culturais, sua exibição ou apresentação, inclusive no caso de música, literatura, artes cênicas, artes visuais, cinematográficas e audiovisuais. IX - produções cinematográficas, audiovisuais, artísticas e culturais, sua exibição ou apresentação, inclusive no caso de música, literatura, artes cênicas, artes visuais, cinematográficas e audiovisuais. X – fisioterapia X – fisioterapia XI - corretagem de seguros XI - corretagem de seguros XII - arquitetura e urbanismo; XIII - medicina, inclusive laboratorial, e enfermagem XIV - odontologia e prótese dentária; XV - psicologia, psicanálise, terapia ocupacional, acupuntura, podologia, fonoaudiologia, clínicas de nutrição e de vacinação e bancos de leite www.econettreinamento.com.br 26 OBS: As atividades de prestação de serviços de comunicação e de transportes interestadual e intermunicipal de cargas, e de transportes autorizadas, inclusive na modalidade fluvial, serão tributadas na forma do Anexo III, deduzida a parcela correspondente ao ISS e acrescida a parcela correspondente ao ICMS prevista no Anexo I. Anexo IV Até 31 de Dezembro de 2017 A partir de 01 de Janeiro de 2018 I - construção de imóveis e obras de engenharia em geral, inclusive sob a forma de subempreitada, execução de projetos e serviços de paisagismo, bem como decoração de interiores; I - construção de imóveis e obras de engenharia em geral, inclusive sob a forma de subempreitada, execução de projetos e serviços de paisagismo, bem como decoração de interiores; II- serviço de vigilância, limpeza ou conservação.II - serviço de vigilância, limpeza ou conservação. III- serviços advocatícios III - serviços advocatícios OBS: A vedação quanto a cessão de mão de obra, não se aplica as atividades do Anexo IV. Anexo V Até 31 de Dezembro de 2017 A partir de 01 de Janeiro de 2018 I - Administração e locação de imóveis de terceiros; I - Administração e locação de imóveis de terceiros; II - Academias de dança, de capoeira, de ioga e de artes marciais II - Academias de dança, de capoeira, de ioga e de artes marciais III - Academias de atividades físicas, desportivas, de natação e escolas de esportes III - Academias de atividades físicas, desportivas, de natação e escolas de esportes IV - Elaboração de programas de computadores, inclusive jogos eletrônicos, desde que desenvolvidos em estabelecimento do optante; IV - Elaboração de programas de computadores, inclusive jogos eletrônicos, desde que desenvolvidos em estabelecimento do optante; V - Licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação; V - Licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação; VI - Planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas eletrônicas, desde que realizados em estabelecimento do optante; VI - Planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas eletrônicas, desde que realizados em estabelecimento do optante; VI - Empresas montadoras de estandes para VI - Empresas montadoras de estandes para www.econettreinamento.com.br 27 feiras; feiras; VII - Laboratórios de análises clínicas ou de patologia clínica; VII - Laboratórios de análises clínicas ou de patologia clínica; VIII - Serviços de tomografia, diagnósticos médicos por imagem, registros gráficos e métodos óticos, bem como ressonância magnética; VIII - Serviços de tomografia, diagnósticos médicos por imagem, registros gráficos e métodos óticos, bem como ressonância magnética; IX - Serviços de prótese em geral. IX - Serviços de prótese em geral. X - Medicina, inclusive laboratorial e enfermagem; XI - Medicina veterinária XII - Odontologia XIII - Psicologia, psicanálise, terapia ocupacional, acupuntura, podologia, fonoaudiologia, clínicas de nutrição e de vacinação e bancos de leite; XIV - Serviços de comissaria, de despachantes, de tradução e de interpretação; XV - arquitetura, engenharia, medição, cartografia, topografia, geologia, geodésia, testes, suporte e análises técnicas e tecnológicas, pesquisa, design, desenho e agronomia; XVI - representação comercial e demais atividades de intermediação de negócios e serviços de terceiros; XVII- perícia, leilão e avaliação; XVII - auditoria, economia, consultoria, gestão, organização, controle e administração; XVIII - jornalismo e publicidade; IX - agenciamento, exceto de mão de obra; XX- outras atividades do setor de serviços que tenham por finalidade a prestação de serviços decorrentes do exercício de atividade intelectual, de natureza técnica, científica, desportiva, artística ou cultural, que constitua profissão regulamentada ou não, desde que não sujeitas à tributação na forma dos Anexos III, IV ou V desta Lei Complementar. www.econettreinamento.com.br 28 Observe que algumas atividades constam tanto no anexo III quanto no anexo V. Qual a diferença então. Quando serão tributadas no Anexo III ou V? A partir de 01.01.2018, quando a relação entre a folha de salários e a receita bruta da pessoa jurídica for inferior a 28% serão tributadas na forma do ANEXO V. Porém quando a relação entre a folha de salários e a receita bruta da pessoa jurídica for superior a 28%, serão tributadas no Anexo III. Conclusão: Quanto maior for a folha de pagamento, a pessoa jurídica irá tributar no Anexo III. Anexo VI Até 31 de Dezembro de 2017 A partir de 01 de Janeiro de 2018 I- Medicina, inclusive laboratorial e enfermagem; II- Medicina veterinária; III - Odontologia; IV - Psicologia, psicanálise, terapia ocupacional, acupuntura, podologia, fonoaudiologia e de clínicas de nutrição, de vacinação e bancos de leite; V - Serviços de comissaria, de despachantes, de tradução e de interpretação; VI - Arquitetura, engenharia, medição, cartografia, topografia, geologia, geodésia, testes, suporte e análises técnicas e tecnológicas, pesquisa, design, desenho e agronomia; VII - Representação comercial e demais atividades de intermediação de negócios e serviços de terceiros; VIII - Perícia, leilão e avaliação; IX - Auditoria, economia, consultoria, gestão, organização, controle e administração; X - Jornalismo e publicidade; XI - Agenciamento, exceto de mão-de-obra; www.econettreinamento.com.br 29 XII - Outras atividades do setor de serviços que tenham por finalidade a prestação de serviços decorrentes do exercício de atividade intelectual, de natureza técnica, científica, desportiva, artística ou cultural, que constitua profissão regulamentada ou não, desde que não sujeitas à tributação na forma dos anexos III, IV ou V da LC nº 123/2006. 2.11. Alíquotas e Cálculos As alíquotas das tabelas do SIMPLES NACIONAL devem ser aplicadas sobre a base de cálculo mensal. No entanto, para identificar a alíquota correspondente, o contribuinte deve acumular o total das receitas auferidas nos 12 meses anteriores ao mês da tributação. Uma vez obtido o montante, deve compará-lo com as faixas de receita bruta da respectiva tabela de incidência, a fim de identificar a alíquota a ser aplicada sobre a receita bruta daquele mês. As pessoas jurídicas que possuem mais de uma atividade, as quais sejam tributadas em anexos diferentes, deverão segrega-las para fins de apurar cada receita em seu anexo correspondente. Atualmente para a tributação nos Anexos I, II, III, IV e VI, as alíquotas serão identificadas através do faturamento dos últimos doze meses da pessoa jurídica, considerando que essas já tenham mais de doze meses de atividade. Para o Anexo V, deverá ser apurado o “Fator R”, que é a relação encontrada do custo com a folha de salários que a empresa possui e o faturamento em um mesmo período de apuração. Folha de salários, nos 12 meses anteriores ao período de apuração FATOR R = ----------------------------------------------------------------------------------------- Receita bruta total acumulada nos 12 meses anteriores ao período de apuração 2.11.1.Alíquotas para 2018 e cálculo Empresa tem custo de folha de salário de R$ 10.000,00 e receita auferida de R$ 100.000,00: a razão entre estes valores é de 10% [ (10.000,00 / 100.000,00) x 100 ] Para que esta empresa tribute a receita no ANEXO III, os valores seriam de custo de folha de salário de R$ 10.000,00 e receita auferida de R$ 35.000,00: a razão entre estes valores é de 29% [ (10.000,00 / 35.000,00) x 100 ] Com a diminuição do faturamento, a razão entre os dois valores aumenta e com isto a receita passa a ser tributada no ANEXO III. Para efeito de determinação da alíquota nominal, o sujeito passivo utilizará a receita bruta acumulada nos doze meses anteriores ao do período de apuração. A alíquota efetiva é o resultado de: RBT12 x Aliq - PD RBT12 http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/06/lei123_complementar_2006.asp#anexo3 http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/06/lei123_complementar_2006.asp#anexo4 http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/06/lei123_complementar_2006.asp#anexo5 http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/06/lei123_complementar_2006.asp http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/06/lei123_complementar_2006.asp www.econettreinamento.com.br 30 Em que: I - RBT12: receita bruta acumulada nos doze meses anteriores ao período de apuração; II - Aliq: alíquota nominal constante dos Anexos I a V desta Lei Complementar; III - PD: parcela a deduzir constante
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