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Caderno de Jurisprudência (7)

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CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA 
JULGADOS RELEVANTES 
 
 
RETA FINAL – DELEGADO PARANÁ 
 
TURMA 3 - SEMANA 01 
 
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CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA 
SEMANA 04 
 
 
 
 
 
 
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PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL 
DELEGADO RIO GRANDE DO SUL – TURMA 5 
CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA 
SEMANA 04/21 
 
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COMO UTILIZAR O MATERIAL 
 
O presente material de apoio deve ser lido semanalmente aos sábados. A ideia é que, por 
meio da leitura recorrente, o aluno fixe os principais entendimentos do STF e STJ. Em caso de 
dúvida sobre o teor do julgado, recomendamos que o aluno recorra ao site Dizer o Direito e 
estude o informativo na íntegra. 
 
Sumário 
Sumário ......................................................................................................................................... 3 
SEMANA 04 ................................................................................................................................... 4 
22. CRIMES HEDIONDOS (LEI Nº 8.072/90) ................................................................................... 4 
23. CRIMES CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA (LEI Nº 8.137/90) .................................................... 4 
24. CRIMES NA LEI DE LICITAÇÕES E CONTRATOS (LEI Nº 8.666/93) ............................................ 6 
25. CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO (LEI Nº 9.503/97) ............................................................ 7 
26. LEI DE CRIMES AMBIENTAIS (LEI Nº 9.605/98) ....................................................................... 8 
27. ESTATUTO DO DESARMAMENTO (LEI Nº 10.826/2003) ......................................................... 9 
28. LEI MARIA DA PENHA (LEI Nº 11.340/2006) ......................................................................... 11 
29. LEI DE DROGAS (LEI Nº 11.343/2006) ................................................................................... 17 
 
 
 
 
 
PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL 
DELEGADO RIO GRANDE DO SUL – TURMA 5 
CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA 
SEMANA 04/21 
 
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SEMANA 04 
 
22. CRIMES HEDIONDOS (LEI Nº 8.072/90) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A semi-imputabilidade, por si só, não afasta o tráfico de drogas e o seu caráter hediondo, tal como a forma 
privilegiada. 
STJ. 6ª Turma. AgRg no HC 716.210-DF, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 10/05/2022, DJe 13/05/2022. 
(Info 737) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Com a revogação do art. 224 do CP pela Lei 12.015/2009, há de ser redimensionada a pena aplicada ao 
condenado, subtraindo-lhe o acréscimo sofrido em razão do aumento da pena previsto no art. 9º da Lei nº 
8.072/90, que foi tacitamente revogado. 
STF. Plenário. HC 100181/RS, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 15/8/2019. (Info 947) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Não é obrigatório que o condenado por crime de tortura inicie o cumprimento da pena no regime prisional 
fechado. 
Nota: 
Obs.: existe um julgado da 1ª Turma do STF afirmando que o regime inicial no caso de tortura deveria ser 
obrigatoriamente o fechado: HC 123316/SE, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 9/6/2015. 
STJ. 5ª Turma. HC 383090/SP, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 21/03/2017. STJ. 6ª Turma. RHC 76642/RN, Rel. Min. Maria Thereza de Assis 
Moura, julgado em 11/10/2016. 
 
 
23. CRIMES CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA (LEI Nº 8.137/90) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
O fato de a referida dívida ativa estar garantida por contrato de seguro no bojo de execução fiscal movida 
contra o contribuinte não descaracteriza a materialidade dos crimes fiscais. 
STJ. Processo em segredo de justiça, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 14/2/2023. (Info 764) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
O dolo de não recolher o tributo, de maneira genérica, não é suficiente para preencher o tipo subjetivo do 
crime de sonegação fiscal (art. 2º, II, da Lei n. 8.137/1990). 
STJ. HC 569.856-SC, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 11/10/2022, DJe 14/10/2022. (Info 753). 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Para fins do disposto no art. 2º, II, da Lei n. 8.137/1990, a menção a inúmeros inadimplementos (inscritos 
em dívida ativa) gera a presunção relativa da ausência de tentativa de regularização. 
STJ. 6a Turma. AgRg no HC 728.271-SC, Rel. Min. Antonio Saldanha Palheiro, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 21/06/2022, DJe 
24/06/2022. (Info 742) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A representação fiscal para fins penais relativa aos crimes de apropriação indébita previdenciária e de 
sonegação de contribuição previdenciária será encaminhada ao Ministério Público depois de proferida a 
decisão final, na esfera administrativa, sobre a exigência fiscal do crédito tributário correspondente. 
Nota: É constitucional o art. 83 da Lei nº 9.430/96. 
STF. Plenário. ADI 4980/DF, Rel. Min. Nunes Marques, julgado em 10/3/2022 (Info 1047). 
 
 
 
 
 
https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/c6969ae30d99f73951cb976b88a457af?categoria=11&subcategoria=116
https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/c6969ae30d99f73951cb976b88a457af?categoria=11&subcategoria=116
https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/c6969ae30d99f73951cb976b88a457af?categoria=11&subcategoria=116
https://processo.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%28%28AGRHC.clas.+ou+%22AgRg+no+HC%22.clap.%29+e+%40num%3D%22728271%22%29+ou+%28%28AGRHC+ou+%22AgRg+no+HC%22%29+adj+%22728271%22%29.suce.
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No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Para a configuração do delito previsto no art. 2º, II, da Lei nº 8.137/90, deve ser comprovado o DOLO 
ESPECÍFICO. 
Nota: A orientação do STJ era no sentido de que para o delito previsto no inciso II do art. 2º da Lei nº 8.137/90, 
não havia exigência de dolo específico, mas apenas de dolo genérico. Agora, e entendimento que segue a 
posição do STF que exige dolo de apropriação: O contribuinte que deixa de recolher, de forma contumaz e 
com dolo de apropriação, o ICMS cobrado do adquirente da mercadoria ou serviço incide no tipo penal do 
art. 2º, II, da Lei nº 8.137/90 (STF. Plenário. RHC 163334, Rel. Roberto Barroso, julgado em 18/12/2019). 
STJ. 6ª Turma. HC 675.289-SC, Rel. Min. Olindo Menezes (Desembargador Convocado do TRF 1ª Região), julgado em 16/11/2021. (Info 718) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A jurisprudência desta Corte Superior é firme no sentido de que se admite a mitigação da Súmula 
Vinculante n. 24/STF nos casos em que houver embaraço à fiscalização tributária ou diante de indícios da 
prática de outras infrações de natureza não tributária. 
Nota: Os crimes contra a ordem tributária pressupõem a prévia constituição definitiva do crédito na via 
administrativa para fins de tipificação da conduta. Existe um enunciado que trata sobre o assunto: Súmula 
Vinculante 24: “Não se tipifica crime material contra a ordem tributária, previsto no artigo 1º, incisos I a IV, 
da Lei nº 8.137/90, antes do lançamento definitivo do tributo”. 
STJ. 6ª Turma. AgRg no HC 551422/PI, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 09/06/2020. 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A configuração do crime de apropriação indébita tributária não pressupõe a clandestinidade. 
Nota: Para a configuração da apropriação indébita tributária, o fato de o agente registrar, apurar e declarar 
em guia própria ou em livros fiscais o imposto devido não tem o condão de elidir (fazer desaparecer) ou 
exercer nenhuma influência na prática do delito, visto que este não pressupõe a clandestinidade (não se 
exige que seja feito às escondidas). Ademais, o crime previsto no art. 2º, II, da Lei 8.137/90 não exige para 
sua configuraçãoa existência de ardil, fraude ou falsidade. 
STJ. 5ª Turma. AgRg no HC 609.039/SC, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 17/11/2020. 
Mesmo sentido: STJ. 6ª Turma. AgRg no HC 476.704/SC, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 06/09/2019. 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
O contribuinte que, de forma contumaz e com dolo de apropriação, deixa de recolher o ICMS cobrado do 
adquirente da mercadoria ou serviço, incide no tipo penal do art. 2º, II, da Lei 8.137/90. 
STF. Plenário. RHC 163334/SC, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 18/12/2019. (Info 964) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A Súmula Vinculante 24 tem aplicação aos fatos ocorridos anteriormente à sua edição. Como a SV 24 
representa a mera consolidação da interpretação judicial que já era adotada pelo STF e pelo STJ mesmo 
antes da sua edição, entende-se que é possível a aplicação do enunciado para fatos ocorridos 
anteriormente à sua publicação. 
STF. 1ª Turma. RHC 122774/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 19/5/2015 (Info 786). STJ. 3ª Seção. EREsp 1318662-PR, Rel. Min. Felix Fischer, 
julgado em 28/11/2018. (Info 639) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Nos crimes contra a ordem tributária, quando o agente ingressa no regime de parcelamento dos débitos 
tributários, fica suspensa a pretensão punitiva penal do Estado (o processo criminal fica suspenso). 
Nota: 
Durante o parcelamento o que ocorre com o prazo prescricional? 
Também fica suspenso. O prazo prescricional não corre enquanto estiverem sendo cumpridas as condições 
do parcelamento do débito fiscal. É o que prevê o art. 9º, § 1º da Lei nº 10.684/2003. Se, ao final, o réu pagar 
integralmente os débitos, haverá a extinção da punibilidade. 
 
 
 
 
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STF. 2ª Turma. ARE 1037087 AgR/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 14/08/2018. (Info 911) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Para o início da ação penal, basta a prova da constituição definitiva do crédito tributário (Súmula 
Vinculante 24), sendo desnecessária a juntada integral do Procedimento Administrativo Fiscal 
correspondente. 
STJ. 5ª Turma. RHC 94.288-RJ, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 22/05/2018. (Info 627) 
 
 
24. CRIMES NA LEI DE LICITAÇÕES E CONTRATOS (LEI Nº 8.666/93) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Se o delito previsto no art. 96, inciso II, da Lei n. 8.666/1993 (revogado pela Lei n. 14.133/2021, atual art. 
337-L, inciso II, do CP) prevê que configura crime o ato de fraudar, em prejuízo da Administração Pública, 
licitação ou contrato dela decorrente, mediante fornecimento, como verdadeira, de mercadoria 
falsificada, e, se, ao final da instrução penal, se constata não ter havido o prejuízo, em razão de 
circunstâncias alheias à vontade do agente, tem-se como caracterizada a tentativa. 
STJ. AgRg no REsp 1.935.671-RS, Rel. Ministro Messod Azulay Neto, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 27/6/2023, DJe 3/7/2023 (Ed. 
Extra n. 13). 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Os crimes de formação de cartel e de fraude a licitação constituem infrações penais de natureza formal, 
bastando para se consumar a demonstração de que a competição foi frustrada, independentemente de 
demonstração de recebimento de vantagem indevida pelo agente e comprovação de dano ao erário. 
STJ. AgRg no REsp 1.774.165-PR, Rel. Min. Jesuíno Rissato (Desembargador convocado do TJDFT), Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 
19/04/2022, DJe 10/05/2022. 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A consumação do crime descrito no art. 89 da Lei nº 8.666/93, agora disposto no art. 337-E do CP (Lei nº 
14.133/2021), exige a demonstração do DOLO ESPECÍFICO de causar dano ao erário, bem como efetivo 
prejuízo aos cofres públicos. 
Nota: O crime previsto no art. 89 da Lei nº 8.666/93 é norma penal em branco, cujo preceito primário 
depende da complementação e integração das normas que dispõem sobre hipóteses de dispensa e 
inexigibilidade de licitações, agora previstas na nova Lei de Licitações (Lei nº 14.133/2021). Dado o princípio 
da tipicidade estrita, se o objeto a ser contratado estiver entre as hipóteses de dispensa ou de inexigibilidade 
de licitação, não há falar em crime, por atipicidade da conduta. Conforme disposto no art. 74, III, da Lei n. 
14.133/2021 e no art. 3º-A do Estatuto da Advocacia, o requisito da singularidade do serviço advocatício foi 
suprimido pelo legislador, devendo ser demonstrada a notória especialização do agente contratado e a 
natureza intelectual do trabalho a ser prestado. A mera existência de corpo jurídico próprio, por si só, não 
inviabiliza a contratação de advogado externo para a prestação de serviço específico para o ente público. Se 
estão ausentes o dolo específico e o efetivo prejuízo aos cofres públicos, impõe-se a absolvição do réu da 
prática prevista no art. 89 da Lei nº 8.666/93. 
STJ. 5ª Turma. AgRg no HC 669.347-SP, Rel. Min. Jesuíno Rissato (Desembargador Convocado do TJDFT), Rel. Acd. Min. João Otávio de Noronha, 
julgado em 13/12/2021. (Info 723) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
As sucessivas revisões dos quantitativos máximos de receita bruta para enquadramento como ME ou EPP, 
da LC 123/2006, para fazer frente à inflação, não descaracterizam crimes de inserção de informação falsa 
em documento público, para fins de participação em procedimento licitatório, cometidos anteriormente. 
STJ. 5ª Turma. AREsp 1526095-RJ, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 08/06/2021. (Info 700) 
 
 
 
 
 
https://processo.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%28%28AGRESP.clas.+ou+%22AgRg+no+REsp%22.clap.%29+e+%40num%3D%221774165%22%29+ou+%28%28AGRESP+ou+%22AgRg+no+REsp%22%29+adj+%221774165%22%29.suce.
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No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
O crime de fraude à licitação é formal e sua consumação prescinde da comprovação do prejuízo ou da 
obtenção de vantagem. 
STJ. 3ª Seção. Aprovada em 10/02/2021. Súmula 645 STJ 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
No processo licitatório, não compete à assessoria jurídica averiguar se está presente a causa de 
emergencialidade, mas apenas se há, nos autos, decreto que a reconheça. 
Nota: sua função é zelar pela lisura sob aspecto formal do processo. 
STF. 2ª Turma. HC 171576/RS, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 17/9/2019. (Info 952) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Para a configuração da tipicidade subjetiva do crime previsto no art. 89 da Lei 8.666/93, exige-se o especial 
fim de agir, consistente na intenção específica de lesar o erário ou obter vantagem indevida. 
Nota: O tipo penal previsto no art. 89 não criminaliza o mero fato de o administrador público ter descumprido 
formalidades. Para que haja o crime, é necessário que, além do descumprimento das formalidades, também 
se verifique que ocorreu, no caso concreto, a violação de princípios cardeais (fundamentais) da 
Administração Pública. Se houve apenas irregularidades pontuais relacionadas com a burocracia estatal, isso 
não deve, por si só, gerar a criminalização da conduta. 
Assim, para que ocorra o crime, é necessária uma ofensa ao bem jurídico tutelado, que é o procedimento 
licitatório. Sem isso, não há tipicidade material. 
Não haverá crime se a decisão do administrador de deixar de instaurar licitação para a contratação de 
determinado serviço foi amparada por argumentos previstos em pareceres (técnicos e jurídicos) que 
atenderam aos requisitos legais, fornecendo justificativas plausíveis sobre a escolha do executante e do 
preço cobrado e não houver indícios de conluio entre o gestor e os pareceristas com o objetivo de fraudar o 
procedimento de contratação direta. 
ATUALIZAÇÃO: O art. 89 da Lei nº 8.666/93 foi revogado pela nova Lei de Licitações (Lei 14.133/2021), que 
previu umnovo crime para essa mesma conduta, no entanto, com diferente redação. Confira: Art. 337-E. 
Admitir, possibilitar ou dar causa à contratação direta fora das hipóteses previstas em lei: Pena – reclusão, 
de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. 
STF. 1ª Turma. Inq 3962/DF, Rel. Min Rosa Weber, julgado em 20/02/2018. (Info 891) 
 
 
25. CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO (LEI Nº 9.503/97) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Não há incompatibilidade entre a agravante do art. 298, inciso I, do CTB e os delitos de trânsito culposos. 
S STJ. AgRg no AREsp 2.391.112-SP, Rel. Ministro Ribeiro Dantas, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 12/9/2023, DJe 19/9/2023. (Info 
788). 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Para a observância da causa de aumento da pena prevista no artigo 302, § 1º, inciso III, da Lei nº 
9.503/1997, revela-se desinfluente a circunstância de a morte haver sido instantânea, não cabendo ao 
agente presumir o estado de saúde da vítima e avaliar a conveniência de socorrê-la. 
STF. 1ª turma. HC 195.497/SP AgR, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 23/03/2021. 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
É constitucional o tipo penal que prevê o crime de fuga do local do acidente (art. 305 do CTB). 
 
 
 
 
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Nota: A regra que prevê o crime do art. 305 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) é constitucional, posto 
não infirmar o princípio da não incriminação, garantido o direito ao silêncio e ressalvadas as hipóteses de 
exclusão da tipicidade e da antijuridicidade. 
Art. 305 do CTB: “Afastar-se o condutor do veículo do local do acidente, para fugir à responsabilidade penal ou civil que lhe possa ser atribuída:” 
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa. 
STF. Plenário. ADC 35/DF, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Edson Fachin, julgado em 9/10/2020. (Info 994) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A causa de aumento prevista no art. 302, § 1º, II, do Código de Trânsito Brasileiro não exige que o agente 
esteja trafegando na calçada, sendo suficiente que o ilícito ocorra nesse local. 
Nota: ex. quando o agente estiver conduzindo o seu veículo pela via pública e perder o controle vindo a 
adentrar na calçada e atingir a vítima. 
STJ. AgRg nos EDcl no REsp 1.499.912-SP, Rel. Min. Ribeiro Dantas, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 05/03/2020, DJe 23/03/2020. 
(Info 668) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
É constitucional a imposição da pena de suspensão de habilitação para dirigir veículo automotor ao 
motorista profissional condenado por homicídio culposo no trânsito. 
Nota: não viola o direito ao exercício da atividade profissional, pois este não é absoluto. 
STF. Plenário. RE 607107/MG, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 12/2/2020. (repercussão geral – Tema 486) (Info 966) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
É atípica a conduta contida no art. 307 do CTB quando a suspensão ou a proibição de se obter a permissão 
ou a habilitação para dirigir veículo automotor advém de restrição administrativa. 
Nota: A conduta de violar decisão administrativa que suspendeu a habilitação para dirigir veículo automotor 
não configura o crime do art. 307, caput, do CTB, embora possa constituir outra espécie de infração 
administrativa, a depender do caso concreto. 
STJ. 6ª Turma. HC 427.472-SP, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 23/08/2018. (Info 641) 
 
 
26. LEI DE CRIMES AMBIENTAIS (LEI Nº 9.605/98) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
O princípio da intranscendência da pena também se aplica para pessoas jurídicas; assim, se uma empresa 
que está respondendo processo por crime ambiental for incorporada, sem nenhum indício de fraude, 
haverá extinção da punibilidade. 
STJ. 3ª Seção. REsp 1977172-PR, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 24/08/2022. (Info 746) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Construir uma casa em uma unidade de conservação configura o crime do art. 64 da Lei 9.605/98 e absorve 
os delitos dos arts. 40 e 48 da mesma lei. 
STJ. 5ª Turma. REsp 1.925.717-SC, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 25/05/2021. (Info 698) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
É possível o concurso formal entre o crime do art. 2º da Lei nº 8.176/91 (que tutela o patrimônio da União, 
proibindo a usurpação de suas matérias-primas), e o crime do art. 55 da Lei nº 9.605/98 (que protege o 
meio ambiente, proibindo a extração de recursos minerais), não havendo conflito aparente de normas já 
que protegem bens jurídicos distintos. 
STJ. 6ª Turma. AgRg no REsp 1856109/RS, Rel. Min. Rogerio Schietti, julgado em 16/06/2020. 
Mesmo sentido: STJ. 5ª Turma. AgRg no REsp 1678419/SE, Rel. Min. Felix Fischer, julgado em 20/09/2018. 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
 
 
 
 
http://www.stj.jus.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?origemPesquisa=informativo&origemPesquisa=informativo&tipo=num_pro&valor=REsp1499912
https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/3bc412ad4910c19f6710515540190792?categoria=11&subcategoria=120
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As condutas delituosas previstas nos artigos 54, § 1º, I, II, III e IV e § 3º e 56, § 1º, I e II, c/c 58, I, da Lei n. 
9.605/1998, que se resumem na ação de causar poluição ambiental que provoque danos à população e ao 
próprio ambiente, em desacordo com as exigências estabelecidas na legislação de proteção, e na omissão 
em adotar medidas de precaução nos casos de risco de dano grave ou irreversível ao ecossistema, são de 
natureza permanente, para fins de aferição da prescrição. 
STJ. AgRg no REsp 1.847.097-PA, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 05/03/2020, DJe 13/03/2020. (Info 
667) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
O delito previsto na primeira parte do art. 54 da Lei nº 9.605/98 possui natureza formal, sendo suficiente 
a potencialidade de dano à saúde humana para configuração da conduta delitiva, não se exigindo, 
portanto, a realização de perícia. 
STJ. 3ª Seção. EREsp 1.417.279-SC, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 11/04/2018. (Info 624) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A assinatura do termo de ajustamento de conduta com órgão ambiental não impede a instauração de ação 
penal. 
STJ. Corte Especial. APn 888-DF, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 02/05/2018. (Info 625) 
 
27. ESTATUTO DO DESARMAMENTO (LEI Nº 10.826/2003) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Reconhecida a prática do delito de porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, afasta-se qualquer 
pretensão em ver a conduta desclassificada para o delito previsto no art. 14, caput, do Estatuto do 
Desarmamento, observando-se que a rastreabilidade da arma de fogo é irrelevante para materialidade do 
delito do art. 16, parágrafo único, IV, da Lei n. 10.826/2003. 
STJ. gRg no AREsp 2.165.381-SP, Rel. Ministro Antonio Saldanha Palheiro, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 21/3/2023, DJe 27/3/2023. 
(Ed. Extra n. 13) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Encontram-se presentes os requisitos para a concessão da medida cautelar, pois (i) há plausibilidade 
jurídica quanto à alegação de constitucionalidade e legalidade do Decreto 11.366/2023; e (ii) há perigo da 
demora na prestação jurisdicional decorrente daconstatação de controvérsia constitucional relevante e 
da existência de decisões judiciais conflitantes acerca do tema. 
Nota: Com base nesses entendimentos, o Plenário, por maioria, referendou a medida cautelar concedida 
para determinar: (i) a suspensão do julgamento de todos os processos em curso cujo objeto ou a causa de 
pedir digam com a constitucionalidade, legalidade ou eficácia do Decreto 11.366/2023 do Presidente da 
República; e (ii) a suspensão da eficácia de quaisquer decisões judiciais que eventualmente tenham, de forma 
expressa ou tácita, afastado a aplicação do aludido ato normativo. 
STF. ADC 85 MC-Ref/DF, relator Ministro Gilmar Mendes, julgamento virtual finalizado em 10.3.2023. 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A flexibilização, via decreto presidencial, dos critérios e requisitos para a aquisição de armas de fogo 
prejudica a fiscalização do Poder Público, além de violar a competência legislativa em sentido estrito para 
a normatização das hipóteses legais quanto à sua efetiva necessidade. 
STF. ADI 6119 MC-Ref/DF, relator Min. Edson Fachin, julgamento virtual finalizado em 20.9.2022/ADI 6139 MC-Ref/DF, relator Min. Edson Fachin, 
julgamento virtual finalizado em 20.9.2022/ADI 6466 MC-Ref/DF, relator Min. Edson Fachin, julgamento virtual finalizado em 20.9.2022. (Info 
1069) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
 
 
 
 
http://www.stj.jus.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?origemPesquisa=informativo&origemPesquisa=informativo&tipo=num_pro&valor=REsp1847097
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DELEGADO RIO GRANDE DO SUL – TURMA 5 
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É atípica a conduta de colecionador, com registro para a prática desportiva e guia de tráfego, que se dirigia 
ao clube de tiros sem portar consigo a guia de trânsito da arma de fogo. 
STJ. AgRg no AgRg no RHC 148.516-SC, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 09/08/2022, DJe 15/08/2022. 
(Info 753) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A apreensão de munições em quantidade não considerada insignificante, aliada a condenação 
concomitante pelo delito de tráfico de entorpecentes, impõe o afastamento da aplicação do princípio da 
insignificância. 
STJ. REsp 1.978.284-GO, Rel. Min. João Otávio de Noronha, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 14/06/2022, DJe 17/06/2022. 
Mesmo sentido: STJ. 3ª Seção. EREsp 1856980-SC, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 22/09/2021 (Info 710)/ STF. 1ª Turma. HC 206977 AgR, 
Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 18/12/2021. 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
O crime de porte de arma de fogo, na modalidade transportar, admite participação. 
Nota: No caso, o Tribunal de Justiça entendeu não ser possível a condenação pela prática do delito previsto 
no art. 16, caput, da Lei nº 10.826/2003, pois o réu não foi flagrado realizando o transporte direto do 
armamento. Contudo, deve-se destacar que o crime de porte de arma de fogo, seja de uso permitido ou 
restrito, na modalidade transportar, admite participação, de modo que praticam os referidos delitos não 
apenas aqueles que realizam diretamente o núcleo penal transportar, mas todos aqueles que concorreram 
material ou intelectualmente para esse transporte. Aplica-se, portanto, o disposto no art. 29 do Código Penal, 
expressamente invocado na inicial acusatória, segundo o qual: Art. 29. Quem, de qualquer modo, concorre 
para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. 
STJ. 6ª Turma. REsp 1.887.992-PR, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 07/12/2021. (Info 721) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Todos os integrantes das guardas municipais possuem direito a porte de arma de fogo, em serviço ou 
mesmo fora de serviço, independentemente do número de habitantes do Município. 
Nota: O art. 6º, III e IV, da Lei nº 10.826/2003 (Estatuto do Desarmamento) somente previa porte de arma 
de fogo para os guardas municipais das capitais e dos Municípios com maior número de habitantes. Assim, 
os integrantes das guardas municipais dos pequenos Municípios (em termos populacionais) não tinham 
direito ao porte de arma de fogo. O STF considerou que esse critério escolhido pela lei é inconstitucional 
porque os índices de criminalidade não estão necessariamente relacionados com o número de habitantes. 
STF. Plenário. ADC 38/DF, ADI 5538/DF e ADI 5948/DF, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgados em 27/2/2021. (Info 1007) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A Lei nº 13.497/2017 equiparou a hediondo apenas o crime do caput do art. 16 da Lei nº 10.826/2003, não 
abrangendo as condutas equiparadas previstas no seu parágrafo único. 
Nota: Assim, o crime de posse ou porte de arma de fogo de uso permitido com numeração, marca ou 
qualquer outro sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado não integra o rol dos crimes 
hediondos. 
Resumo (dizer o direito): 
• Antes da Lei 13.497/2017: o art. 16 do Estatuto do Desarmamento não era equiparado a hediondo. 
• Depois da Lei 13.497/2017: divergência. 5ª Turma do STJ: tanto o caput como o parágrafo único do art. 16 
são equiparados a hediondo. 6ª Turma do STJ: somente o caput do art. 16 é equiparado a hediondo. 
⚠ ATENÇÃO! Depois da Lei 13.964/2019: somente é equiparado a hediondo o crime de posse ou porte ilegal 
de arma de fogo de uso PROIBIDO, previsto no § 2º do art. 16. Não abrange mais os crimes posse ou porte 
de arma de fogo de uso restrito. 
STJ. 6ª Turma. HC 525.249-RS, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 15/12/2020. (Info 684) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
 
 
 
 
https://processo.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%28%28AAGRHC.clas.+ou+%22AgRg+no+AgRg+no+RHC%22.clap.%29+e+%40num%3D%22148516%22%29+ou+%28%28AAGRHC+ou+%22AgRg+no+AgRg+no+RHC%22%29+adj+%22148516%22%29.suce.
https://scon.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%27202100805379%27.REG.
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DELEGADO RIO GRANDE DO SUL – TURMA 5 
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Caracteriza ilícito penal o porte ilegal de arma de fogo (art. 14 da Lei n. 10.826/2003) ou de arma de fogo 
de uso restrito (art. 16 da Lei n. 10. 826/2003) com registro de cautela vencido. 
Nota: o entendimento na Apn n. 686/AP, CE, DJe de 29/05/2015, no sentido que o vencimento da autorização 
não caracteriza ilícito penal, mas mera irregularidade administrativa é para POSSE ilegal de arma de fogo de 
uso permitido E NÃO PORTE. 
STJ. AgRg no AREsp 885.281-ES, Rel. Min. Antonio Saldanha Palheiro, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 28/04/2020, DJe 08/05/2020. 
(Info 671) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Inexiste ilegalidade em portaria editada pelo Juiz Diretor do Foro da Comarca de Sete Quedas que 
restringiu o ingresso de pessoas portando arma de fogo nas dependências do Fórum. 
STJ. RMS 38.090-MS, Rel. Min. Gurgel de Faria, Primeira Turma, por unanimidade, julgado em 10/03/2020, DJe 16/03/2020. (Info 667) 
 
28. LEI MARIA DA PENHA (LEI Nº 11.340/2006) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
O dano moral sofrido pela vítima é inerente aos crimes praticados contra a mulher no âmbito doméstico e 
familiar, de modo que a fixação do respectivo valor mínimo indenizatório (CPP/1941, art. 387, IV) 
pressupõe o respeito aos princípios do contraditório e da ampla defesa, viabilizados pela oportunidade de 
manifestação do réu durante o curso da ação penal. 
STF. ARE 1.369.282 AgR/SE, relator Ministro Ricardo Lewandowski, redator do acordão Ministro Edson Fachin, julgamento finalizado em 19.9.2023 
(Info 1109). 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A natureza jurídica das medidas protetivas de urgência previstas na Lei Maria da Penha é de tutela 
inibitória e não cautelar, inexistindo prazo geral para que ocorra a reavalição de tais medidas, sendo 
necessário que, para sua eventual revogação ou modificação, o Juízo se certifique, mediante contraditório, 
de que houve alteração do contexto fático e jurídico.Nota: Não há, na Lei n. 11.340/2006, nenhuma indicação expressa de que as medidas protetivas de urgência 
teriam natureza cautelar, e que, desse modo, deveriam estar atreladas a algum processo principal ou a 
eventual inquérito policial. Assim, deve prevalecer a orientação de que "as medidas protetivas impostas na 
hipótese de prática de violência doméstica e familiar contra a mulher possuem natureza satisfativa, motivo 
pelo qual podem ser pleiteadas de forma autônoma, independentemente da existência de outras ações 
judiciais" (AgRg no REsp 1.783.398/MG, relator Ministro Reynaldo Soares da Fonseca, Quinta Turma, DJe de 
16/4/2019). Portanto, vê-se que as medidas protetivas de urgência possuem natureza inibitória, pois têm 
como finalidade prevenir que a violência contra a mulher ocorra ou se perpetue. 
STJ. REsp 2.036.072-MG, Rel. Ministra Laurita Vaz, Sexta Turma, julgado em 22/8/2023, DJe 30/8/2023. (Info 789) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
O Ministério Público possui legitimidade para requerer, em ação civil pública, medida protetiva de urgência 
em favor de mulher vítima de violência doméstica. 
Nota: A medida protetiva de urgência requerida para resguardar interesse individual de mulher vítima de 
violência doméstica tem natureza indisponível, e, pela razoabilidade, não se pode entender pela 
disponibilidade do direito, haja vista que a Lei 11.340/2006 surgiu no ordenamento jurídico brasileiro como 
 
 
 
 
https://ww2.stj.jus.br/processo/revista/inteiroteor/?num_registro=201600923230&dt_publicacao=08/05/2020
http://www.stj.jus.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?origemPesquisa=informativo&origemPesquisa=informativo&tipo=num_pro&valor=RMS38090
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6348844
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DELEGADO RIO GRANDE DO SUL – TURMA 5 
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um dos instrumentos que resguardam os tratados internacionais de direitos humanos, dos quais o Brasil é 
parte, e assumiu o compromisso de resguardar a dignidade humana da mulher, dentre eles, a Convenção 
sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres. Portanto, conclui-se que, no 
âmbito do combate à violência doméstica e familiar contra a mulher, por se tratar de direito individual 
indisponível, o MP possui legitimidade para atuar tanto na esfera jurídica penal, quanto na cível, nos termos 
do art. 1º da Lei n. 8.625/1993 e art. 25 da Lei n. 11.340/2006. 
STJ. REsp 1.828.546-S,P Rel. Ministro Jesuíno Rissato (Desembargador convocado do TJDFT), Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 
12/9/2023, DJe 15/9/2023. (Info 788) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A alteração promovida pela Lei n. 14.550/2023 não provocou qualquer modificação quanto à natureza 
cautelar penal das medidas protetivas previstas no art. 22, incisos I, II e III, da Lei n. 11.340/2006, apenas 
previu uma fase pré-cautelar na disciplina das medidas protetivas de urgência. 
Nota: Nesse cenário, as medidas protetivas deferidas nos termos do § 5º do art. 19 da Lei n. 11.340/2006 
devem ser consideradas como pré-cautelares, pois precedem a uma cautelar propriamente dita, e tem como 
objetivo a paralisação imediata do ato lesivo praticado ou em vias de ser praticado pelo agressor. Enquanto 
pré-cautelares, as medidas protetivas podem ser concedidas em caráter de urgência, de forma autônoma e 
independente de qualquer procedimento, podendo até mesmo ser deferidas pelo próprio delegado ou pelo 
policial, na hipótese do art. 12-C da Lei n. 11.340/2006. 
As medidas protetivas de urgência não perdem a natureza cautelar*, mesmo depois da Lei n. 14.450/2023, 
mas apenas ganham uma fase pré-cautelar, à luz do art. 19, § 5º, da Lei n. 11.340/2006. Após o momento 
inicial de cessação do risco imediato, as medidas seguem o procedimento cautelar tal como antes. 
STJ. Processo em segredo de justiça, Rel. Ministro Joel Ilan Paciornik, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 5/9/2023. (Info 786) 
⚠ ATENÇÃO: Vide decisão mais recente no Info 789 no sentido de que A NATUREZA JURÍDICA DAS MEDIDAS 
PROTETIVAS DE URGÊNCIA PREVISTAS NA LEI MARIA DA PENHA É DE TUTELA INIBITÓRIA E NÃO CAUTELAR. 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A decisão que homologa o arquivamento do inquérito que apura violência doméstica e familiar contra a 
mulher deve observar a devida diligência na investigação e a observância de aspectos básicos do Protocolo 
para Julgamento com Perspectiva de Gênero do Conselho Nacional de Justiça, em especial quanto à 
valoração da palavra da vítima, corroborada por outros indícios probatórios, que assume inquestionável 
importância. 
STJ. RMS 70.338-SP, Rel. Ministra Laurita Vaz, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 22/8/2023. (Info 785) 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A aproximação do réu com o consentimento da vítima torna ATÍPICA a conduta de descumprir medida 
protetiva de urgência. 
STJ. AgRg no AREsp 2.330.912-DF, Rel. Ministro Ribeiro Dantas, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 22/8/2023, DJe 28/8/2023. (Info 785) 
 
 
 
 
PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL 
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No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A interpretação no sentido da obrigatoriedade da audiência prevista no artigo 16 da Lei Maria da Penha 
(Lei 11.340/2006), sem que haja pedido de sua realização pela ofendida, viola o texto constitucional e as 
disposições internacionais que o Brasil se obrigou a cumprir, na medida em que discrimina injustamente a 
própria vítima de violência. 
STF.ADI 7.267/DF, relator Ministro Edson Fachin, julgamento virtual finalizado em 21.8.2023. (Info 1104) 
No mesmo sentido: A realização da audiência prevista no art. 16 da Lei n. 11.340/2006 somente se faz necessária 
se a vítima houver manifestado, de alguma forma, em momento anterior ao recebimento da denúncia, 
ânimo de desistir da representação. 
Nota: A audiência prevista no art. 16 da Lei n. 11.340/2006 tem por objetivo confirmar a retratação, não a 
representação, e não pode ser designada de ofício pelo juiz. Sua realização somente é necessária caso haja 
manifestação do desejo da vítima de se retratar trazida aos autos antes do recebimento da denúncia. 
STJ. 5ª turma. AgRg no REsp 1.946.824-SP, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 14/06/2022, DJe 17/06/2022. 
(Info 743) e REsp 1.977.547-MG, Rel. Ministro Reynaldo Soares da Fonseca, Terceira Seção, por unanimidade, julgado em 8/3/2023. (Info 766 e 
Tema 1167) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A vedação constante do art. 17 da Lei n. 11.340/2006 (Lei Maria da Penha) obsta a imposição, nos casos 
de violência doméstica e familiar contra a mulher, de pena de multa isoladamente, ainda que prevista de 
forma autônoma no preceito secundário do tipo penal imputado. 
Nota: A intenção do legislador ao impedir a aplicação exclusiva da pena de multa foi a de ampliar a função 
de prevenção geral das penas impostas nos casos de crimes cometidos nesse contexto. Dessa forma, 
pretende-se demonstrar à sociedade que a prática de agressão contra a mulher acarreta consequências 
graves para o autor, que vão além do aspecto financeiro. 
STJ. REsp 2.049.327-RJ, Rel. Ministro Sebastião Reis Júnior, Terceira Seção, por unanimidade, julgado em 14/6/2023 (Tema 1189). (Info 779) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
O exame de corpo de delito poderá, em determinadas situações, ser dispensado para a configuração de 
lesão corporal ocorrida em âmbito doméstico, na hipótese de subsistirem outras provas idôneas da 
materialidade do crime. 
Nota: A jurisprudência deste Tribunal possui entendimento consolidado de que a palavra da vítima detém 
especial importância nos crimes praticados no âmbito de violência doméstica, devido ao contexto de 
clandestinidade em que normalmente ocorrem. Todavia, a tese não deve ser vulgarizada a ponto de esvaziar 
o conteúdo normativodo art. 158 do Código de Processo Penal. O exame de corpo de delito deixou de ser 
realizado e os elementos de prova restantes - fotografia não periciada, depoimento da vítima e relato de 
informante que não presenciou os fatos - se mostraram insuficientes para a manutenção da condenação. 
STJ. AgRg no AREsp 2.078.054-DF, Rel. Ministro Messod Azulay Neto, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 23/5/2023, DJe 30/5/2023. (Info 
777) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Independentemente da extinção de punibilidade do autor, a vítima de violência doméstica deve ser ouvida 
para que se verifique a necessidade de prorrogação/concessão das medidas protetivas. 
Nota: nos termos do Parecer Jurídico emanado pelo Consórcio Lei Maria da Penha, "a revogação de medidas 
protetivas de urgência exige a prévia oitiva da vítima para avaliação da cessação efetiva da situação de risco 
à sua integridade física, moral, psicológica, sexual e patrimonial. Tanto mais que assinala o Protocolo para o 
Julgamento com Perspectiva de Gênero, 'as peculiares características das dinâmicas violentas, que, em regra, 
ocorrem no seio do lar ou na clandestinidade, determinam a concessão de especial valor à palavra da vítima' 
(CNJ, 2021, p. 85). [...], enquanto existir risco ao direito da mulher de viver sem violência, as restrições à 
liberdade de locomoção do apontado agente são justificadas e legítimas. O direito de alguém de não sofrer 
 
 
 
 
https://processo.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%28%28AGRESP.clas.+ou+%22AgRg+no+REsp%22.clap.%29+e+%40num%3D%221946824%22%29+ou+%28%28AGRESP+ou+%22AgRg+no+REsp%22%29+adj+%221946824%22%29.suce.
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violência não é menos valioso do que o direito de alguém de ter liberdade de contato ou aproximação. Na 
ponderação dos valores não pode ser aniquilado o direito à segurança e à proteção da vítima". 
Assim, antes do encerramento da cautelar protetiva, a defesa deve ser ouvida, notadamente para que a 
situação fática seja devidamente apresentada ao Juízo competente, que, diante da relevância da palavra da 
vítima, verifique a necessidade de prorrogação/concessão das medidas, independentemente da extinção de 
punibilidade do autor. 
STJ. REsp 1.775.341-SP, Rel. Ministro Sebastião Reis Júnior, Terceira Seção, por unanimidade, julgado em 12/4/2023, DJe 14/04/2023. (Info 770) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
O juízo do domicílio da vítima em situação de violência doméstica é competente para processar e julgar o 
pedido de medidas protetivas de urgência, independentemente de as supostas condutas criminosas que 
motivaram o pedido terem ocorrido enquanto o autor e a vítima encontravam-se em viagem fora do 
domicílio desta. 
Nota: a competência do juízo do domicílio da vítima para conhecer e julgar o pedido de medidas protetivas 
de caráter urgente não altera ou modifica a competência do juízo natural para o processamento e julgamento 
de eventual ação penal, que deve ser definida conforme as regras gerais do Código de Processo Penal. 
STJ. CC 190.666-MG, Rel. Ministra Laurita Vaz, Terceira Seção, por unanimidade, julgado em 8/2/2023, DJe 14/2/2023. (Info 764) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
É ilegal a fixação ad eternum de medida protetiva, devendo o magistrado avaliar periodicamente a 
pertinência da manutenção da cautela imposta. 
Nota: O Superior Tribunal de Justiça possui o entendimento segundo o qual "as medidas de urgência, 
protetivas da mulher, do patrimônio e da relação familiar, somente podem ser entendidas por seu caráter 
de cautelaridade - vigentes de imediato, mas apenas enquanto necessárias ao processo e a seus fins" (AgRg no 
REsp 1.769.759/SP, relator Ministro Nefi Cordeiro, Sexta Turma, DJe de 14/05/2019). 
De acordo com a doutrina, "como desdobramento de sua natureza provisória, a manutenção de toda e 
qualquer medida protetiva de urgência depende da persistência dos motivos que evidenciaram a urgência 
da medida necessária à tutela do processo. São as medidas cautelares situacionais, pois tutelam uma situação 
fática de perigo. Desaparecido o suporte fático legitimador da medida, consubstanciado pelo fumus comissi 
delicti e pelo periculum libertatis, deve o magistrado revogar a constrição". 
STJ. HC 605.113-SC, Rel. Min. Antonio Saldanha Palheiro, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 08/11/2022. (Info 756) 
⚠ ATENÇÃO: Vide decisão mais recente no Info 789 no sentido de que A NATUREZA JURÍDICA DAS MEDIDAS 
PROTETIVAS DE URGÊNCIA PREVISTAS NA LEI MARIA DA PENHA É DE TUTELA INIBITÓRIA E NÃO CAUTELAR, bem 
como que a única conclusão admissível é a de que as medidas protetivas eventualmente impostas têm 
validade enquanto perdurar a situação de perigo. Perde sentido, dessa forma, a discussão acerca da 
necessidade de fixação de um prazo de vigência, pois é impossível saber, a priori, quando haverá a cessação 
daquele cenário de insegurança. 
⚠ ATENÇÃO: No informativo 770, o STJ, em fundamento, ressaltou o Parecer Jurídico emanado pelo Consórcio Lei 
Maria da Penha, "a revogação de medidas protetivas de urgência exige a prévia oitiva da vítima para avaliação da 
cessação efetiva da situação de risco à sua integridade física, moral, psicológica, sexual e patrimonial. Tanto mais que 
assinala o Protocolo para o Julgamento com Perspectiva de Gênero, 'as peculiares características das dinâmicas 
violentas, que, em regra, ocorrem no seio do lar ou na clandestinidade, determinam a concessão de especial valor à 
palavra da vítima' (CNJ, 2021, p. 85). [...], enquanto existir risco ao direito da mulher de viver sem violência, as restrições 
à liberdade de locomoção do apontado agente são justificadas e legítimas. O direito de alguém de não sofrer violência 
não é menos valioso do que o direito de alguém de ter liberdade de contato ou aproximação. Na ponderação dos valores 
não pode ser aniquilado o direito à segurança e à proteção da vítima". 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
 
 
 
 
https://scon.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%27202002032372%27.REG.
PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL 
DELEGADO RIO GRANDE DO SUL – TURMA 5 
CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA 
SEMANA 04/21 
 
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As medidas protetivas de urgência previstas nos incisos I, II e III do art. 22 da Lei Maria da Penha têm 
natureza de cautelares penais, não cabendo falar em citação do requerido para apresentar contestação, 
tampouco a possibilidade de decretação da revelia, nos moldes da lei processual civil. 
Nota: Quanto à distinção entre a natureza cível e a natureza criminal das medidas protetivas, a jurisprudência 
desta Corte Superior, há muito, posiciona-se no sentido de que aquelas previstas no art. 22, incisos I, II e III, 
da Lei n. 11.340/2006 são de natureza criminal, enquanto as dispostas nos demais incisos desse dispositivo 
têm natureza cível. 
STJ. REsp 2.009.402-GO, Rel. Min. Ribeiro Dantas, Rel. Acd. Min. Joel Ilan Paciornik, Quinta Turma, por maioria, julgado em 08/11/2022. (Info 756) 
⚠ ATENÇÃO: Vide decisão mais recente no Info 789 no sentido de que A NATUREZA JURÍDICA DAS MEDIDAS 
PROTETIVAS DE URGÊNCIA PREVISTAS NA LEI MARIA DA PENHA É DE TUTELA INIBITÓRIA E NÃO CAUTELAR. 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
É indevida a manutenção de medidas protetivas na hipótese de conclusão do inquérito policial sem 
indiciamento do acusado. 
STJ. Processo sob segredo de justiça, Rel. Min. Antonio Saldanha Palheiro, Sexta Turma, por maioria, julgado em 20/09/2022. (Info 750) 
⚠ ATENÇÃO: Vide decisão mais recente no Info 789 no sentido de que A NATUREZA JURÍDICA DAS MEDIDAS 
PROTETIVAS DE URGÊNCIA PREVISTAS NA LEI MARIA DA PENHA É DE TUTELA INIBITÓRIA E NÃO CAUTELAR, bem 
como que a única conclusão admissível é a de que as medidas protetivas eventualmente impostas têm 
validade enquanto perdurar a situação de perigo. Perde sentido, dessa forma, a discussão acerca da 
necessidade de fixação de um prazo devigência, pois é impossível saber, a priori, quando haverá a cessação 
daquele cenário de insegurança. 
⚠ ATENÇÃO: No informativo 770, o STJ, em fundamento, ressaltou o Parecer Jurídico emanado pelo Consórcio Lei 
Maria da Penha, "a revogação de medidas protetivas de urgência exige a prévia oitiva da vítima para avaliação da 
cessação efetiva da situação de risco à sua integridade física, moral, psicológica, sexual e patrimonial. Tanto mais que 
assinala o Protocolo para o Julgamento com Perspectiva de Gênero, 'as peculiares características das dinâmicas 
violentas, que, em regra, ocorrem no seio do lar ou na clandestinidade, determinam a concessão de especial valor à 
palavra da vítima' (CNJ, 2021, p. 85). [...], enquanto existir risco ao direito da mulher de viver sem violência, as restrições 
à liberdade de locomoção do apontado agente são justificadas e legítimas. O direito de alguém de não sofrer violência 
não é menos valioso do que o direito de alguém de ter liberdade de contato ou aproximação. Na ponderação dos valores 
não pode ser aniquilado o direito à segurança e à proteção da vítima". 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A Lei n. 11.340/2006 (Maria da Penha) é aplicável às mulheres trans em situação de violência doméstica. 
Nota: aplicação da Lei Maria da Penha não reclama considerações sobre a motivação da conduta do agressor, 
mas tão somente que a vítima seja mulher e que a violência seja cometida em ambiente doméstico, familiar 
ou em relação de intimidade ou afeto entre agressor e agredida. 
Importa enfatizar que o conceito de gênero não pode ser empregado sem que se saiba exatamente o seu 
significado e de tal modo que acabe por desproteger justamente quem a Lei Maria da Penha deve proteger: 
mulheres, crianças, jovens, adultas ou idosas e, no caso, também as trans. 
Estabelecido entendimento de mulher trans como mulher, para fins de aplicação da Lei n. 11.340/2006, vale 
lembrar que a violência de gênero é resultante da organização social de gênero, a qual atribui posição de 
superioridade ao homem. A violência contra a mulher nasce da relação de dominação/subordinação, de 
modo que ela sofre as agressões pelo fato de ser mulher. 
STJ. 6ª turma. Processo sob segredo judicial, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 05/04/2022. (Info 732) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
É válida a atuação supletiva e excepcional de delegados de polícia e de policiais a fim de afastar o agressor 
do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida, quando constatado risco atual ou iminente à vida 
ou à integridade da mulher em situação de violência doméstica e familiar, ou de seus dependentes, 
conforme o art. 12-C inserido na Lei 11.340/2006 (Lei Maria da Penha). 
 
 
 
 
https://processo.stj.jus.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?tipo=num_pro&valor=REsp2009402
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STF.ADI 6138/DF, relator Min. Alexandre de Moraes, julgamento em 23.3.2022. (Info 748) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Não cabe o arbitramento de aluguel em desfavor da coproprietária vítima de violência doméstica, que, em 
razão de medida protetiva de urgência decretada judicialmente, detém o uso e gozo exclusivo do imóvel 
de cotitularidade do agressor. 
STJ. 3ª Turma. REsp 1.966.556-SP, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 08/02/2022. (Info 724) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A idade da vítima é irrelevante para afastar a competência da vara especializada em violência doméstica 
e familiar contra a mulher e as normas protetivas da Lei Maria da Penha. 
Nota: ⚠ ATENÇÃO: Posição da 5ª Turma do STJ: Se o fato de a vítima ser do sexo feminino não foi 
determinante para a caracterização do crime de estupro de vulnerável, mas sim a tenra idade da ofendida, 
que residia sobre o mesmo teto do réu, que com ela manteve relações sexuais, não há que se falar em 
competência do Juizado Especial de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. STJ. 5ª Turma. AgRg no AREsp 
1020280/DF, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 23/08/2018. 
STJ. 6ª Turma. RHC 121813-RJ, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 20/10/2020. (Info 682) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Constatada situação de vulnerabilidade, aplica-se a Lei Maria da Penha no caso de violência do neto 
praticada contra a avó. 
STJ. AgRg no AREsp 1.626.825-GO, Rel. Min. Felix Fischer, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 05/05/2020, DJe 13/05/2020. (Info 671) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
É irrelevante o lapso temporal da dissolução do vínculo conjugal para se firmar a competência do Juizados 
Especiais de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher nos casos em que a conduta imputada como 
criminosa está vinculada à relação íntima de afeto que tiveram as partes. 
STJ. 5ª Turma. HC 542.828/AP, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 18/02/2020. 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A reconciliação entre a vítima e o agressor, no âmbito da violência doméstica e familiar contra a mulher, 
não é fundamento suficiente para afastar a necessidade de fixação do valor mínimo para reparação dos 
danos causados pela infração pena. 
STJ. 6ª Turma. REsp 1.819.504-MS, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 10/09/2019. (Info 657) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Se a mulher vítima de crime de ação pública condicionada comparece ao cartório da vara e manifesta 
interesse em se retratar da representação, ainda assim o juiz deverá designar audiência para que ela 
confirme essa intenção e seja ouvido o MP, nos termos do art. 16 da LMP. 
STJ. 5ª Turma. HC 138.143-MG, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 03/09/2019. (Info 656) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A medida de afastamento do local de trabalho, prevista no art. 9º, § 2º, da Lei é de competência do Juiz da 
Vara de Violência Doméstica, sendo caso de interrupção do contrato de trabalho, devendo a empresa arcar 
com os 15 primeiros dias e o INSS com o restante. 
Nota: afastamento do local de trabalho por até 6 meses. O afastamento não advém da relação de trabalho, 
mas sim da situação emergencial que visa garantir a integridade física, psicológica e patrimonial da mulher. 
STJ. 6ª Turma. REsp 1.757.775-SP, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 20/08/2019. (Info 655) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
 
 
 
 
http://www.stj.jus.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?origemPesquisa=informativo&origemPesquisa=informativo&tipo=num_pro&valor=AREsp1626825
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A decisão proferida em processo penal que fixa alimentos provisórios ou provisionais em favor da 
companheira e da filha, em razão da prática de violência doméstica, constitui título hábil para imediata 
cobrança e, em caso de inadimplemento, passível de decretação de prisão civil. 
STJ. 3ª Turma. RHC 100.446-MG, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 27/11/2018. (Info 640) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A prática de contravenção penal, no âmbito de violência doméstica, não é motivo idôneo para justificar a 
prisão preventiva do réu. 
STJ. 6ª Turma. HC 437.535-SP, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, Rel. Acd. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 26/06/2018. (Info 632) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Nos casos de violência contra a mulher praticados no âmbito doméstico e familiar, é possível a fixação de 
valor mínimo indenizatório a título de dano moral, desde que haja pedido expresso da acusação ou da 
parte ofendida, ainda que não especificada a quantia, e independentemente de instrução probatória. 
STJ. 3ª Seção. REsp 1.643.051-MS, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 28/02/2018. (recurso repetitivo) (Info 621) 
 
 
29. LEI DE DROGAS (LEI Nº 11.343/2006) 
 
No Concurso SeráCobrado Da Seguinte Forma: 
A simples falta de assinatura do perito encarregado pela lavratura do laudo toxicológico definitivo constitui 
mera irregularidade e não tem o condão de anular a prova pericial na hipótese de existirem outros 
elementos que comprovem a sua autenticidade, notadamente quando o expert estiver devidamente 
identificado e for constatada a existência de substância ilícita. 
STJ. REsp 2.048.422-MG, Rel. Ministro Sebastião Reis Júnior, Terceira Seção, por unanimidade, julgado em 22/11/2023 (Tema 1206). REsp 
2.048.645-MG, Rel. Ministro Sebastião Reis Júnior, Terceira Seção, por unanimidade, julgado em 22/11/2023 (Tema 1206). REsp 2.048.440-MG, 
Rel. Ministro Sebastião Reis Júnior, Terceira Seção, por unanimidade, julgado em 22/11/2023 (Tema 1206). (Info 796) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
É impositiva a fixação do regime aberto e a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de 
direitos quando reconhecida a figura do tráfico privilegiado (art. 33, § 4º, da Lei 11.343/2006) e ausentes 
vetores negativos na primeira fase da dosimetria (art. 59 do CP), observados os requisitos do art. 33, § 2º, 
‘c’, e do art. 44, ambos do Código Penal. 
STF. PSV 139/DF, relator Ministro Presidente, julgamento finalizado em 19.10.2023. (Info. 1113) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Reconhecida a aplicação da minorante do tráfico privilegiado, com patamares abstratos de pena dentro 
do limite de 4 anos para a pena mínima, o acusado tem direito à possibilidade do acordo de não persecução 
penal, mesmo se o Parquet tiver descrito os fatos na denúncia de maneira imperfeita, pois o excesso de 
acusação (overcharging) não deve prejudicar o acusado. 
STJ. HC 822.947-GO, Rel. Ministro Ribeiro Dantas, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 27/6/2023, DJe 30/6/2023. (Ed. Extra n. 13) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A apreensão de pequenas quantidades de droga junto com o ácido bórico não implica, necessariamente, 
a conduta tipificada no art. 33 da Lei n. 11.343/2006. 
Nota: A posse de ácido bórico, por si só, é um indiferente penal, haja vista que é largamente utilizado para 
fins lícitos, como tratamentos de saúde, desinsetização, adubamento ou retardação de chamas, podendo ser 
adquirido com relativa facilidade em farmácias ou lojas de insumos para agricultura, em preparações que 
vão de 50 g até 1 kg. 
STJ. AgRg no AREsp 2.271.420-MG, Rel. Ministro Messod Azulay Neto, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 27/6/2023, DJe 3/7/2023. (Ed. 
Extra n. 13) 
 
 
 
 
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No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A mera solicitação do preso, sem a efetiva entrega do entorpecente ao destinatário no estabelecimento 
prisional, configura ato preparatório, o que impede a sua condenação por tráfico de drogas. 
Nota: Ambas as Turmas de Direito Penal do STJ têm decidido que a mera solicitação, sem a efetiva entrega 
do entorpecente ao destinatário no estabelecimento prisional, configura, no máximo, ato preparatório e, 
sendo assim, impunível. Logo, é de rigor a absolvição do acusado, em razão da atipicidade de sua conduta, 
notadamente porque não comprovada a propriedade da droga. 
STJ. AgRg no REsp 1.999.604-MG, Rel. Ministro Ribeiro Dantas, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 20/3/2023, DJe 24/3/2023. (Info 770) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
As condutas de plantar maconha para fins medicinais e importar sementes para o plantio não preenchem 
a tipicidade material, motivo pelo qual se faz possível a expedição de salvo-conduto, desde que 
comprovada a necessidade médica do tratamento. 
STJ. Processo sob segredo judicial, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 22/11/2022. (Info 758) 
No mesmo sentido e mais recente: O plantio e a aquisição das sementes da “Cannabis sativa”, para fins medicinais, não configuram conduta 
criminosa, independente da regulamentação da ANVISA. (STJ, 794) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
As alterações providas pelo Pacote Anticrime (Lei n. 13.964/2019) apenas afastaram o caráter hediondo 
ou equiparado do tráfico privilegiado, previsto no art. 33, § 4º, da Lei n. 11.343/2006, nada dispondo sobre 
os demais dispositivos da Lei de Drogas. 
Nota: a equiparação a hediondo do delito de tráfico de drogas decorre de previsão constitucional constante 
no art. 5º, XLIII, da Carta Magna, que trata com mais rigor os crimes de maior reprovabilidade. Assim dispõe 
o art. 112, § 5º, da Lei n. 7.210/1984, incluído pela Lei n. 13.964/2019: "Art. 112. A pena privativa de liberdade será 
executada em forma progressiva com a transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao 
menos: [...] § 5º Não se considera hediondo ou equiparado, para os fins deste artigo, o crime de tráfico de drogas previsto no § 4º do art. 33 da Lei n. 
11.343, de 23 de agosto de 2006". 
STJ. AgRg no HC 748.033-SC, Rel. Min. Jorge Mussi, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 27/09/2022, DJe 30/09/2022. (Info 754) 
Mesmo sentido: AgRg no HC 754.913-MG, Rel. Ministro Jorge Mussi, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 6/12/2022. (Info 760) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
O fato de o flagrante do delito de tráfico de drogas ter ocorrido em comunidade apontada como local 
dominado por facção criminosa, por si só, não permite presumir que os réus eram associados (de forma 
estável e permanente) à referida facção, sob pena de se validar a adoção de uma seleção criminalizante 
norteada pelo critério espacial e de se inverter o ônus probatório, atribuindo prova diabólica de fato 
negativo à defesa. 
STJ. HC 739.951-RJ, Rel. Min. Laurita Vaz, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 09/08/2022, DJe 18/08/2022. (Info 753) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A apreensão de petrechos para a traficância, a depender das circunstâncias do caso concreto, pode afastar 
a causa de diminuição de pena do art. 33, § 4º, da Lei n. 11.343/2006. 
STJ. AgRg no HC 773.113-SP, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 04/10/2022, DJe 10/10/2022. 
(Info 752) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
As guardas municipais não possuem competência para patrulhar supostos pontos de tráfico de drogas, 
realizar abordagens e revistas em indivíduos suspeitos da prática de tal crime ou ainda investigar denúncias 
anônimas relacionadas ao tráfico e outros delitos cuja prática não atinja de maneira clara, direta e imediata 
os bens, serviços e instalações municipais. 
Nota: Ainda que eventualmente se considerasse provável que a sacola ocultada pelo réu contivesse objetos 
ilícitos, não estavam os guardas municipais autorizados, naquela situação, a avaliar a presença da fundada 
suspeita e efetuar a busca pessoal no acusado. Caberia aos agentes municipais, apenas, naquele contexto 
 
 
 
 
https://scon.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%27202201311899%27.REG.
https://processo.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%28%28AGRHC.clas.+ou+%22AgRg+no+HC%22.clap.%29+e+%40num%3D%22773113%22%29+ou+%28%28AGRHC+ou+%22AgRg+no+HC%22%29+adj+%22773113%22%29.suce.
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totalmente alheio às suas atribuições, acionar os órgãos policiais para que realizassem a abordagem e revista 
do suspeito, o que, por não haver sido feito, macula a validade da diligência por violação do art. 244 do CPP 
e, por conseguinte, das provas colhidas em decorrência dela, nos termos do art. 157 do CPP, também 
contrariado na hipótese. 
MAS ATENÇÃO! As guardas municipais são reconhecidamente órgãos de segurança pública e aquelas 
devidamente criadas e instituídas integram o Sistema Único de Segurança Pública (SUSP). Com base nesse 
entendimento, o Plenário, por maioria, converteuo julgamento da medida cautelar em julgamento definitivo 
de mérito e julgou procedente a arguição para, nos termos do artigo 144, § 8º, da CF/1988, conceder 
interpretação conforme a Constituição ao artigo 4º da Lei 13.022/2014 (2) e ao artigo 9º da Lei 13.675/2018, 
de modo a declarar inconstitucionais todas as interpretações judiciais que excluem as guardas municipais, 
devidamente criadas e instituídas, como integrantes do Sistema de Segurança Pública. STF. ADPF 995/DF, relator 
Ministro Alexandre de Moraes, julgamento virtual finalizado em 25.8.2023. (Info 1105) 
STJ. REsp 1.977.119-SP, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 16/08/2022. (Info 746) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A utilização da quantidade e a natureza das drogas apreendidas tanto para exasperar a pena-base quanto 
para afastar a aplicação da minorante do tráfico de drogas dito privilegiado, sendo o único fundamento 
apontado pela Corte de origem para rechaçar a redutora legal, configura indevido bis in idem. 
STJ. Processo sob segredo judicial, Rel. Min. Antonio Saldanha Palheiro, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 21/06/2022, DJe 24/06/2022. 
(Info 731) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Nos delitos de tráfico de entorpecentes interestadual ocorrido em aeronave, e uma vez apreendida a droga 
em solo, a competência para o julgamento da ação penal será da JUSTIÇA ESTADUAL. 
STJ. AgRg no HC 691.423-SP, Rel. Min. Ribeiro Dantas, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 07/06/2022, DJe 14/06/2022. (Edição 
Extraordinária n. 7) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Não é possível a utilização de ações penais em curso para se afastar a causa especial de diminuição de pena 
inserta no § 4º do art. 33 da Lei n. 11.343/2006. 
Nota: A jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal é no sentido de que a existência de inquéritos ou 
ações penais em andamento não é, por si só, fundamento idôneo para afastamento da minorante do art. 33, 
§ 4º, da Lei 11.343/2006. 
STJ. REsp 1.977.027-PR, Rel. Min. Laurita Vaz, Terceira Seção, por unanimidade, julgado em 10/08/2022 (Tema 1139) – Info 745. 
Mesmo sentido: STJ. AgRg no REsp 1.982.403-MT, Rel. Min. Jesuíno Rissato (Desembargador convocado do TJDFT), Quinta Turma, por 
unanimidade, julgado em 10/05/2022, DJe 19/05/2022. STF. 1ª Turma. RHC 205080 AgR, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 04/10/2021. E STF. 2ª 
Turma. HC 206143 AgR, Relator p/ Acórdão Min. Gilmar Mendes, julgado em 14/12/2021. 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
O plantio e a aquisição das sementes da “Cannabis sativa”, para fins medicinais, não configuram conduta 
criminosa, independente da regulamentação da ANVISA. 
AgRg no HC 783.717-PR, Rel. Ministro Messod Azulay Neto, Rel. para acórdão Ministro Jesuíno Rissato (Desembargador convocado do TJDFT), 
Terceira Seção, por maioria, julgado em 13/9/2023, DJe 3/10/2023. (Info. 794, STJ) 
 
É cabível a concessão de salvo-conduto para o plantio e o transporte de Cannabis Sativa para fins 
exclusivamente terapêuticos, com base em receituário e laudo subscrito por profissional médico 
especializado, e chancelado pela Anvisa. 
STJ. 6ª Turma. Processo sob segredo judicial, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 14/06/2022. (Info 742) E 
STJ. 6ª Turma. RHC 147169, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 14/06/2022. 
 
 
 
 
 
https://scon.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%27202103914460%27.REG.
https://processo.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%28%28AGRHC.clas.+ou+%22AgRg+no+HC%22.clap.%29+e+%40num%3D%22691423%22%29+ou+%28%28AGRHC+ou+%22AgRg+no+HC%22%29+adj+%22691423%22%29.suce.
https://scon.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%27202103866757%27.REG.
http://www.stj.jus.br/repetitivos/temas_repetitivos/pesquisa.jsp?novaConsulta=true&tipo_pesquisa=T&cod_tema_inicial=1139&cod_tema_final=1139
https://processo.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%28%28AGRESP.clas.+ou+%22AgRg+no+REsp%22.clap.%29+e+%40num%3D%221982403%22%29+ou+%28%28AGRESP+ou+%22AgRg+no+REsp%22%29+adj+%221982403%22%29.suce.
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⚠ ATENÇÃO: É incabível salvo-conduto para o cultivo da cannabis visando a extração do óleo medicinal, 
ainda que na quantidade necessária para o controle da epilepsia, posto que a autorização fica a cargo da 
análise do caso concreto pela ANVISA. 
STJ. 5ª Turma. RHC 123402-RS, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 23/03/2021 (Info 690). E STJ. 5ª Turma. AgRg no RHC 155610-
CE, Rel. Min. João Otávio de Noronha, julgado em 10/05/2022. (Info 736) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
No delito de tráfico de drogas praticado nas proximidades ou nas imediações de estabelecimento de 
ensino, pode-se, excepcionalmente, em razão das peculiaridades do caso concreto, afastar a incidência da 
majorante prevista no art. 40, inciso III, da Lei n. 11.343/2006. 
Nota: No caso, o tráfico foi cometido 28/04/2020, momento em que as escolas de ensino do DF estavam 
fechadas por conta das medidas restritivas de combate à COVID-19, situação que perdurou entre março de 
2020 e agosto de 2021, quando as aulas presenciais foram retomadas. 
Veja-se, portanto, que a proximidade do comércio ilícito de drogas com os estabelecimentos de ensino e 
esporte foi, na verdade, um elemento meramente acidental, sem nenhuma relação real e efetiva com a 
traficância. 
STJ. 6ª Turma. AgRg no HC 728.750-DF, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, Sexta Turma, por unanimidade, Julgado em 17/05/2022, DJe de 19/05/2022. 
(Info 738) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
É possível a valoração da quantidade e natureza da droga apreendida, tanto para a fixação da pena-base 
quanto para a modulação da causa de diminuição prevista no art. 33, § 4º, da Lei n. 11.343/2006, neste 
último caso ainda que sejam os únicos elementos aferidos, desde que não tenham sidos considerados na 
primeira fase do cálculo da pena. 
STJ. 3ª Seção. HC 725.534-SP, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 27/04/2022. (Info 734) 
⚠ ATENÇÃO: 
• Entendimento anterior (Info 731): 
Configura constrangimento ilegal o afastamento do tráfico privilegiado e da redução da fração de 
diminuição de pena por presunção de que o agente se dedica a atividades criminosas, derivada unicamente 
da análise da natureza ou da quantidade de drogas apreendidas. 
Nota: A natureza e a quantidade da droga devem ser valoradas na primeira etapa da dosimetria da pena. Isso 
porque o art. 42 da Lei nº 11.343/2006 afirma que esses dois vetores preponderam sobre as circunstâncias 
judiciais do art. 59 do CP (que são analisados na primeira fase da dosimetria). 
Não há margem, na redação do art. 42 da Lei nº 11.343/2006, para utilização de suposta discricionariedade 
judicial que redunde na transferência da análise dos vetores “natureza e quantidade de drogas apreendidas” 
para etapas posteriores, já que erigidos ao status de circunstâncias judiciais preponderantes, sem natureza 
residual. 
STJ. 5ª Turma. REsp 1985297-SP, Rel. Min. João Otávio de Noronha, julgado em 29/03/2022. (Info 731) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Viola o princípio da proporcionalidade a consideração de condenação anterior pelo delito do art. 28 da Lei nº 
11.343/2006, “porte de droga para consumo pessoal”, para fins de reincidência. 
STF. 2ª Turma. RHC 178512 AgR/SP, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 22/3/2022. (Info 1048) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Demonstradas pela instância de origem a estabilidade e permanência do crime de associação para o tráfico 
de drogas, inviável o revolvimento probatório em sede de habeas corpus visando a modificação do 
julgado. 
Nota: Sabe-se que, no crime de associação para o tráfico de drogas, há um vínculo associativo duradouro e 
estável entre seus integrantes, com o objetivo de fomentar especificamente o tráfico de drogas, por meio dehttps://processo.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%28%28AGRHC.clas.+ou+%22AgRg+no+HC%22.clap.%29+e+%40num%3D%22728750%22%29+ou+%28%28AGRHC+ou+%22AgRg+no+HC%22%29+adj+%22728750%22%29.suce.
PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL 
DELEGADO RIO GRANDE DO SUL – TURMA 5 
CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA 
SEMANA 04/21 
 
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uma estrutura organizada e divisão de tarefas para a aquisição e venda de entorpecentes, além da divisão 
de seus lucros. 
A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça firmou-se no sentido de que: Para a configuração do delito 
de associação para o tráfico de drogas, é necessário o dolo de se associar com estabilidade e permanência, 
sendo que a reunião de duas ou mais pessoas sem o animus associativo não se subsume ao tipo do art. 35 
da Lei n. 11.343/2006. Trata-se, portanto, de delito de concurso necessário (HC n. 434.972/RJ, Relator Ministro Ribeiro 
Dantas, Quinta Turma, julgado em 26/6/2018, DJe de 1º/8/2018). 
STJ. HC 721.055-SC, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 22/03/2022, DJe 25/03/2022. (Info 730) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
O histórico de ato infracional pode ser considerado para afastar a minorante do art. 33, § 4.º, da Lei nº 
11.343/2006, por meio de fundamentação idônea que aponte a existência de circunstâncias excepcionais, 
nas quais se verifique a gravidade de atos pretéritos, devidamente documentados nos autos, bem como a 
razoável proximidade temporal com o crime em apuração. 
STJ. 3ª Turma. EREsp 1.916.596-SP, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, Rel. Acd. Min. Laurita Vaz, julgado em 08/09/2021. (Info 712) 
Em sentido contrário: STF. 2ª Turma. HC 202574 AgR, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 17/08/2021. 
⚠ DIVERGÊNCIA: Explicação via DoD 
O STF possui a mesma posição? Para o STF, a existência de atos infracionais pode servir para afastar o 
benefício do § 4º do art. 33 da LD? 
1ª Turma do STF: SIM. RHC 190434 AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 23/08/2021. 
Embora atos infracionais praticados na adolescência não constituam crime na acepção normativa do termo, 
não há como se olvidar que eles são fatos contrários ao Direito e implicam, sim, consequências jurídicas, 
inclusive a possibilidade de internação do menor. 
2ª Turma do STF: NÃO. STF. 2ª Turma. HC 202574 AgR, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 17/08/2021. 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Não é possível que o agente responda pela prática do crime do art. 34 da Lei 11.343/2006 quando a posse 
dos instrumentos configura ato preparatório destinado ao consumo pessoal de entorpecente. 
Nota: "No Direito Penal brasileiro os atos preparatórios, em regra, não são puníveis, sequer na forma tentada. 
De fato, o art. 14, II, do Código Penal vincula a tentativa à prática de ao menos um ato de execução. Em casos 
excepcionais, entretanto, é possível a punição de atos preparatórios nas hipóteses em que a lei opta por 
incriminá-los de forma autônoma, como acontece com os chamados crimes-obstáculo ou tipos de realização 
imperfeita. (...) Por meio desse crime hediondo por equiparação e subsidiário em relação ao tráfico de drogas 
propriamente dito (quando as ações forem praticadas no mesmo contexto fático), o legislador almejou 
alcançar situações que constituiriam mera preparação do delito contido no art. 33, caput, da Lei de Drogas. 
(...) Nesse cenário, o art. 34 da Lei de Drogas, funcionando como autêntico soldado de reserva, visa punir 
justamente ações preparatórias do narcotráfico, como a aquisição de maquinário, aparelho, instrumento ou 
qualquer objeto destinado à fabricação, preparação, produção ou transformação de drogas, sem autorização 
ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar." (Lei de drogas: aspectos penais e processuais/ 
Cleber Masson, Vinicius Marçal - 2.ª ed. - Rio de Janeiro: Forense; MÉTODO, 2021, pp. 135-136). 
STJ. 6ª Turma. RHC 135.617-PR, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 14/09/2021. (Info 709) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Compete ao JUÍZO FEDERAL do endereço do destinatário da droga, importada via Correio, processar e 
julgar o crime de tráfico internacional. 
⚠ ATENÇÃO! 
MUDANÇA DE ENTENDIMENTO: Na hipótese de importação da droga via correio cumulada com o 
conhecimento do destinatário por meio do endereço aposto na correspondência, a Súmula 528/STJ deve ser 
flexibilizada para se fixar a competência no Juízo do local de destino da droga, em favor da facilitação da 
fase investigativa, da busca da verdade e da duração razoável do processo. 
 
 
 
 
https://processo.stj.jus.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?tipo=num_pro&valor=HC721055
PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL 
DELEGADO RIO GRANDE DO SUL – TURMA 5 
CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA 
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• Entendimento anterior do STJ: local de apreensão da droga. Essa posição estava manifestada na Súmula 
528 do STJ, aprovada em 13/05/2015: Súmula 528-STJ: Compete ao juiz federal do local da apreensão da 
droga remetida do exterior pela via postal processar e julgar o crime de tráfico internacional. 
• Entendimento ATUAL do STJ: LOCAL DE DESTINO DA DROGA: Na hipótese de importação da droga via 
correio cumulada com o conhecimento do destinatário por meio do endereço aposto na correspondência, 
a Súmula 528/STJ deve ser flexibilizada para se fixar a competência no Juízo do local de destino da droga, 
em favor da facilitação da fase investigativa, da busca da verdade e da duração razoável do processo. 
STJ. 3ª Seção. CC 177.882-PR, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 26/05/2021. (Info 698) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Nos termos do art. 28, § 2º, da Lei n. 11.343/2006, não é apenas a quantidade de drogas que constitui fator 
determinante para a conclusão de que a substância se destinava a consumo pessoal, mas também o local 
e as condições em que se desenvolveu a ação, as circunstâncias sociais e pessoais, bem como a conduta e 
os antecedentes do agente. 
STJ. 6ª Turma. AgRg no AREsp 1740201/AM, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 17/11/2020. 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
É atípica a conduta de importar pequena quantidade de sementes de maconha. 
STJ. 3ª Seção. EREsp 1.624.564-SP, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 14/10/2020. (Info 683) 
Mesmo sentido: STF. 2ª Turma. HC 144161/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 11/9/2018. (Info 915) 
No mesmo sentido e mais recente: O plantio e a aquisição das sementes da “Cannabis sativa”, para fins medicinais, não configuram conduta 
criminosa, independente da regulamentação da ANVISA. (STJ, 794) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
O STF, interpretando os §§ 2º e 3º do art. 48 da Lei nº 11.343/2006, afirmou que o autor do crime previsto 
no art. 28 da Lei nº 11.343/2006 deve ser encaminhado imediatamente ao juiz e o próprio magistrado irá 
lavrar o termo circunstanciado e requisitar os exames e perícias necessários. 
Nota: normas dos §§ 2º e 3º do art. 48 da Lei nº 11.343/2006 foram editadas em benefício do usuário de 
drogas, visando afastá-lo do ambiente policial, quando possível, e evitar que seja indevidamente detido pela 
autoridade policial. 
STF. Plenário. RE 662405, Rel. Luiz Fux, julgado em 29/06/2020. (Repercussão Geral – Tema 512) (Info 986) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A conduta de transportar folhas de coca melhor se amolda, em tese e para a definição de competência, ao 
tipo descrito no § 1º, I, do art. 33 da Lei n. 11.343/2006, que criminaliza o transporte de matéria-prima 
destinada à preparação de drogas. 
Nota: A folha de coca não é considerada droga; porém pode ser classificada como matéria-prima ou insumo 
para sua fabricação. 
STJ.CC 172.464-MS, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, Terceira Seção, por unanimidade, julgado em 10/06/2020, DJe 16/06/2020. (Info 673) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Não incide a causa de aumento de pena prevista no inciso III do art. 40 da Lei n. 11.343/2006 em caso de 
tráfico de drogas cometido nas dependências ou nas

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