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Bonecas Abayomi: Herança Africana

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Leia o trecho de uma reportagem sobre uma manifestação cultural de origem africana: a boneca abayomi e responda às questões.
Com tecidos descartados por confecções, mulher produz bonecas de herança africana: ‘Valorização da cultura’
Segundo artesã de Tietê (SP), que também ministra oficinas, as bonecas abayomi eram produzidas dentro dos navios negreiros, pelas mães
escravizadas, para “possibilitar que as crianças saíssem um pouco daquele cenário de horror”.
Por Júlia Nunes, g1 Itapetininga e Região – 20/11/2021
A arte-educadora Aniete Abreu, de Tietê (SP), encontrou nas bonecas abayomi um artesanato que une a preocupação ambiental com a
possibilidade de resgatar a herança africana e disseminar a cultura negra no interior de São Paulo.
[...]
“Tenho uma amiga jornalista que me apresentou essas bonecas um dia na minha casa, aí tive curiosidade. Quando eu soube da história,
fiquei impressionada. E o que me deu ainda mais vontade de conhecer foi ver que, do lixo, é possível contar uma história tão bonita”, relata
Aniete.
De acordo com a moradora, as bonecas abayomi eram produzidas dentro dos navios negreiros, pelas mães negras escravizadas. Ela contou
que as mulheres rasgavam um pedaço de tecido das roupas e confeccionavam as bonecas, através de nós.
“Era para possibilitar que as crianças saíssem um pouco daquele cenário de horror. É como se fosse um amuleto, um acalanto. Eu fico
imaginando como essas mulheres podiam ter um olhar fraterno, materno, acolhedor, naquelas condições”, afirma a artesã.
Se para fazer as bonecas é necessário apenas um pouco de tecido, o município de Tietê não poderia ser mais adequado para a produção. A
cidade tem várias confecções de roupas e Aniete contou que utiliza os resíduos das fábricas [n]o artesanato.
“É um artesanato sustentável. A boneca é melhor feita com malha e tem uma confecção na cidade que já conhece meu trabalho, então eu
vou até lá e retiro o material. É a sobra, tudo gratuito. Nem todas as confecções têm um descarte para isso, então elas até agradecem que
eu faça a retirada”, afirma.
[...]
Aniete também contou que faz acessórios, brincos, tiaras e materiais escolares com bonecas abayomi para vender. Ela disse que o
artesanato é uma forma das crianças negras se sentirem representadas.
“Eu quero espalhar essa história para as pessoas. Eu sou uma ativista e acredito que, como mulher negra, apesar de não ser tão retinta, é
necessário você se enxergar, ter a autoestima trabalhada. O preconceito existe, então a gente tem que buscar maneiras de se unir,
conhecer nossa ancestralidade e repassar para os demais”, finaliza a artesã.
1
NUNES, Júlia. Com tecidos descartados por confecções, mulher produz bonecas de herança africana: ‘Valorização da cultura’. G1 Itapetininga e região, [Tietê], 20
nov. 2021.
Disponível em: https://g1.globo.com/sp/itapetininga-regiao/noticia
1. O que despertou o interesse da artesã em confeccionar essas bonecas?
2. De acordo com a arte-educadora, as bonecas abayomi contribuem com a preservação do meio ambiente. Você concorda com essa
afirmação? Comente como se daria essa contribuição.
3. A reportagem foi publicada em 20 de novembro, data em que se comemora o Dia da Consciência Negra. Com que finalidade,
provavelmente, foi escolhido esse dia para a publicação da reportagem?
4. Ao se referir à origem das bonecas, que perspectiva a reportagem deseja evidenciar sobre as mulheres negras?
5. Releia um trecho da fala de Aniete e responda às questões:
“Eu quero espalhar essa história para as pessoas. Eu sou uma ativista e acredito que, como mulher negra, apesar de não ser tão retinta,
é necessário você se enxergar, ter a autoestima trabalhada. [...]”, finaliza a artesã.
a) Ao trazer essa fala para o seu texto, o que a jornalista que escreveu a reportagem provavelmente deseja destacar?
b) Nas duas primeiras orações, Aniete usa o pronome pessoal eu: “Eu quero espalhar” e “Eu sou”. Na oração “é necessário você se
enxergar”, ela usa o pronome de tratamento você. Em sua opinião, considerando o contexto, que efeito de sentido pode ser atribuído a essa
troca de pronomes?
6. Leia o título de uma notícia sobre esse mesmo fato, publicada em outro veículo, e compare-a com o da reportagem que você leu.
Com tecidos descartados, artesã de Tietê produz bonecas de herança africana
COM TECIDOS descartados, artesã de Tietê produz bonecas de herança africana. GNTC. [S. l.], 22 nov. 2021.
Disponível em: www.gntc.com.br/post?i=com-tecidos-descartados--artesa-de-tiete-produz-bonecas-deheranca-africana--3816.
a) Com base na leitura dos títulos, é possível afirmar que há diferentes abordagens em relação ao fato ou não? Justifique sua resposta.
b) No título da notícia, o trecho inicial é “Com tecidos descartados”. Comparando esse título com o da reportagem, qual deles é mais
enfático? Por quê?
c) O título da reportagem usa o termo mulher enquanto o da notícia usa artesã. Em sua opinião, há diferença de sentidos entre essas duas
palavras? Explique.
d) Com base nessa análise, qual dos títulos pode estar mais relacionado ao ativismo do movimento negro?
2
https://www.blogger.com/blog/post/edit/1917710249473432634/4308089451049271503#
http://www.gntc.com.br/post?i=com-tecidos-descartados--artesa-de-tiete-produz-bonecas-deheranca-africana--3816

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