Buscar

Escraavidão: Origens e Leilões

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE RORAIMA 
COORDENAÇÃO DO CURSO GRADUAÇÃO EM LETRAS 
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE BOA VISTA 
LICENCIATURA PLENA EM LETRAS-LITERATURA 
LITERATURA PORTUGUESA II 
 
 
 
 
ELOISA GOMES ROCHA 
 
 
ESQUEMA DO LIVRO: ESCRAVIDÃO – VOLUME 1 
Do primeiro leilão de cativos em Portugal à morte de Zumbi dos Palmares 
 Laurentino Gomes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BOA VISTA – RR 
2024 
 
 
 
 
 
 
 
 
ELOISA GOMES ROCHA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESQUEMA DO LIVRO: ESCRAVIDÃO – VOLUME 1 
 Do primeiro leilão de cativos em Portugal à morte de Zumbi dos Palmares 
Laurentino Gomes 
 
 
Esquema de leitura acadêmica 
apresentada ao professor Paulino Batista 
da Universidade Estadual de Roraima, 
como parte das exigências para a 
obtenção de nota do quinto semestre. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BOA VISTA - RR 
2024 
 
 
 
ESCRAVIDÃO – VOLUME 1 
Do primeiro leilão de cativos em Portugal à morte de Zumbi dos Palmares 
Laurentino Gomes – Capítulo 1 – Páginas 26 a 30 
 
• A GRANDE AGONIA 
 
“A Grande onde escravagista, repleta de dor e sofrimento, cenário de morte e ruínas;” 
 
“Entre1520 e 1570, a busca desenfreada por escravos chegou à região de Cassanje;” 
 
“Por volta de 1830, cerca de 80% de todos os escravos que chegavam ao Brasil ainda 
tinham como origem regiões costeiras de Angola;” 
 
“Segundo o historiador Luiz Felipe de Alencastro:” 
 
“A destruição constante de Angola se apresenta como a contrapartida da construção 
contínua do Brasil”; 
 
“No século XVIII, quase um terço da área territorial brasileira, onde hoje se situam 
Angola e os dois Congos, estava dominada pela guerra e pelo medo;” 
 
“O Atlântico, foi um grande cemitério de escravos, durante mais de três séculos e 
meio;” 
 
“Os navios que faziam a rota África – Brasil eram chamados de “tumbeiros”;” 
 
“Relatos de como eram descartados os escravos que faleciam durante a viagem, 
segundo Alexander Falconbridge, John Atkins e Hugh Crow.” 
 
“Em números inacreditável, devorando rapidamente os negros que eram 
arremessados da amarrada” (Falcon bridge) 
 
“Diversas vezes eu vi os tubarões se apoderarem de um cadáver, assim que era 
jogado ao mar, despedaçando-o e devorando-o com tal voracidade que não dava 
tempo sequer para que começasse a afundar nas águas” (Atkins)” 
 
“Eles estão sempre ao redor do navio, à espera de que de algum corpo seja jogado 
nas águas; (Crow)” 
 
 
Capítulo 2 – Páginas 31 a 36 
 
• O LEILÃO 
 
“Em 1444, ocorreu o primeiro leilão de africanos escravos em Portugal;” 
 
“Dos seus porões começou a sair uma carga inusitada de 235 homens, mulheres e 
 
crianças, todos escravos que ali seriam arrematados em leilão;” 
 
“O primeiro lote, de 46 escravos, ficou reservado para o infante dom Henrique;” 
 
“Gomes Exames de Azurara, descreve como ocorreu o primeiro leilão.” 
 
“Uma coisa maravilhosa de se ver, porque entre eles havia alguns de razoada 
brancura, formosos [...]; outros menos brancos, como os pardos; outros tão negros 
como os etíopes, disformes nas feições, tanto nos rostos como nos corpos, como a 
representar imagens do hemisfério inferior” 
 
“O campo estava cheio de gente, tanto do lugar como das aldeias e comarcas dos 
arredores, a qual deixava naquele dia folgar suas mãos, em que estava a força de seu 
ganho, somente para ver aquela novidade” 
 
“O infante, por sua vez, estava “ali em cima de um poderoso cavalo, acompanhado de 
suas gentes, repartindo suas mercês, como homem que de sua parte queria fazer 
pequeno tesouro” 
 
“As regras do leilão estavam definidas nas leis portuguesas e previam que dom 
Henrique teria a prerrogativa de escolher em primeira mão 46 cativos que julgasse 
mais fortes e saudáveis. Era sua cota pessoal, o chamado “Quinto Real”, equivalente 
a 20% sobre o total das cargas dos navios que lhe cabiam na condição de financiador 
e organizador da expedição africana.” 
 
“Desse modo, a partir do leilão de 1444 em Lagos, o comércio de escravos ajudaria a 
financiar as chamadas viagens dos descobrimentos. O sangue, o suor e o sacrifício 
dos cativos permitiriam que os portugueses, no meio século seguinte, chegassem ao 
Brasil, que logo se firmaria como a maior e mais lucrativa colônia do Império 
Português, e também a mais dependente de mão de obra escrava.” 
 
 
Capítulo 3 – páginas 37 a 47 
• AS ORIGENS 
 
“O uso de mão de obra cativa foi o alicerce de todas as antigas civilizações, incluindo 
a egípcia, a grega e a romana. Era um dos principais negócios dos vikings. Na Idade 
Média, deu sustentação ao desenvolvimento da Inglaterra, da França, da Espanha, 
da Rússia, da China e do Japão. Floresceu entre os povos pré-colombianos da 
América como os incas, do Peru, e os astecas, do México. Assegurou a prosperidade 
de Veneza, Gênova e Florença no auge do Renascimento Italiano. A expansão do islã 
foi possível mediante a escravização de milhares e milhares de pessoas;” 
 
“Segundo Orlando Patterson: 
“A escravidão existiu desde o início da história da humanidade até o século XX, nas 
sociedades mais primitivas e também nas mais avançadas”;” 
 
“Não há uma única região do planeta que em algum momento não tenha abrigado 
essa instituição. Provavelmente não existe hoje nenhum grupo de pessoas cujos 
 
ancestrais nunca tenham sido em algum momento escravos ou donos de escravos” 
 
“Na verdade, ela aumentou justamente em épocas e culturas que a moderna 
civilização ocidental considera hoje como divisoras de águas na história do seu 
desenvolvimento”; 
 
“Entre 1580 e 1600, centenas de cativos gregos, eslavos, turcos, franceses e alemães 
ainda podiam ser vistos em Havana, capital de Cuba, Cartagena das Índias, na atual 
Colômbia, e na Ilha de Santo Domingo, hoje Haiti e República Dominicana, 
trabalhando em lavouras de açúcar ao lado de escravos africanos negros;” 
 
“Segundo David Brion Davis, o destino do escravo não lhe pertencia. Privado de 
qualquer possibilidade de escolha, estaria sempre à mercê da vontade e das 
necessidades do seu amo;” 
 
“Pela lei islâmica, uma escrava tomada como concubina não poderia mais ser vendida 
uma vez que desse à luz um filho do seu amo. Esse filho seria tecnicamente livre, 
tanto quanto a mãe também seria quando o seu dono falecesse;” 
 
“Segundo Orlando Patterson: 
“Não existe uma única sociedade escravista em que o chicote não tenha sido um 
instrumento indispensável”;” 
 
“Segundo Paul E. Lovejoy: 
“a escravidão era fundamentalmente uma maneira de negar ao forasteiro, ou 
estrangeiro, o outro, os direitos e privilégios de uma sociedade em particular, de 
modo que pudesse ser explorado com objetivos econômicos, políticos ou sociais”; 
 
“O que pensava Aristóteles sobre a escravidão: 
“A humanidade se divide em duas: os senhores e os escravos; aqueles que têm o 
direito de mando e os que nasceram para obedecer.”” 
 
“ambos nos emprestam os seus esforços físicos para satisfazer nossas 
necessidades”; 
 
“O mais famoso mercado de escravos do Império Romano, era capaz de fornecer 
escravos treinados de acordo com a demanda do freguês, como músicos, escribas, 
malabaristas, cozinheiros, carpinteiros, ferreiros e ourives;” 
 
“A história da escravidão na América se distingue das formas mais antigas de cativeiro 
por duas características principais. A primeira é o regime de trabalho, e a segunda é 
o nascimento de uma ideologia racista, que passou a associar a cor da pele à condição 
de escravo. As raízes da ideologia racista, eram muitas vezes, resultante de 
observações pretensamente científicas, que se referiam não apenas às diferenças 
relacionadas à cor da pele, mas também a alguns traços anatômicos peculiares dos 
negros, como o formato dos olhos, da cabeça e do nariz;” 
 
“A mais antiga e recorrente justificativa teológica para a escravização dos negros 
africanos é a chamada “maldição de Cam”, baseada em um trecho da Bíblia, que diz: 
 
“Maldito seja Canaã. Que se torne o último dos escravos de seus irmãos”;” 
 
“Umdos efeitos do pecado original de nossos primeiros pais, Adão e Eva, donde se 
originaram todos os nossos males” 
 
“O pecado foi o que abriu as portas por onde entrou o cativeiro” 
 
“É a mesma geração dos pretos que nos servem; e, aprovando Deus essa maldição, 
foi condenada à escravidão e cativeiro”; 
 
“Voltaire, faz uma afirmação de como seriam os negros.” 
 
“Os olhos redondos, o nariz achatado, os lábios sempre grossos, o formato diferente 
das orelhas, o cabelo encrespado na cabeça, e mesmo a sua capacidade mental 
estabelecem uma prodigiosa diferença entre eles e as outras espécies de seres 
humanos”; 
 
“O alemão Immanuel Kant escreveu em 1764, que a diferença entre as duas raças 
(negra e branca) é muito substancial. A distância no que diz respeito às faculdades 
mentais parece ser tão grande quanto a da cor (da pele);” 
 
“Para Georg W. Friedrich Hegel, a África não merecia atenção dos povos ocidentais 
por ser um continente, na sua visão, sem qualquer contribuição significativa à história 
do mundo.” 
 
“A falta de controle distingue o caráter dos negros” 
 
“Essa condição incapacita o desenvolvimento e a cultura” 
 
“A única essencial ligação que existiu e permaneceu entre negros e europeus é 
aquela da escravidão”; 
 
“Para o historiador Eric Williams: 
“A escravidão não nasceu do racismo; mas o racismo foi a consequência da 
escravidão”;” 
 
Capítulo 4 – Páginas 48 a 52 
• Em nome de Alá 
 
 
“Praticada por todas as civilizações desde os primórdios da história humana, o uso de 
mão de obra cativa ganhou fôlego renovado a partir do século VII, com a expansão 
do islã.” 
 
“A escravidão foi a base da expansão do islã. Em 1960, um relatório dizia que 
peregrinos muçulmanos da África vendiam escravos para pagar suas despesas de 
viagens ao chegar a Meca, na Arábia Saudita.” 
 
 
 
 
“Segundo o historiador Paul E. Lovejov: 
“A escravidão já era fundamental para a ordem social, econômica e política em toda 
a região norte da África, na Etiópia e na costa do Oceano Índico por muitos séculos 
antes da chegada dos europeus”.” 
 
“O cativeiro era uma atividade organizada, sancionada pela lei e pelos costumes” 
 
“Os reis providenciavam mulheres para que os escravos, todos eles homens, 
pudessem se reproduzir. As crianças ali nascidas eram rapidamente treinadas para o 
trabalho de mineração, que executariam durante o resto de suas vidas.” 
 
“Segundo Ibn Battuta, um cronista muçulmano, a maioria dos cativos que seguia por 
essas rotas através do deserto era composta de eunucos e mulheres.” 
 
“O explorador escocês Mungo Park, relatou como os 35 cativos dessa caravana eram 
transportados e vigiados ao longo da viagem: 
“ Eles seguem amarrados, a perna esquerda de um presa à perna direita do outro pelo 
mesmo par de argolas; essas argolas são ligadas em fileiras entre si por cordas, de 
modo que eles podem andar, embora muito lentamente. Além das argolas nos pés, 
cada grupo de quatro escravos é também atado por uma longa corda presa ao 
pescoço. À noite, mais um par de argolas é amarrado aos seus pulsos e, às vezes, 
também uma pequena corrente de ferro é passada pelo pescoço”.” 
 
“Os relatos de todos esses viajantes retratam duas facetas do tráfico muçulmano que 
até hoje causam curiosidade entre os leitores e estudiosos do assunto: as escravas 
destinadas ao harém e os eunucos, seus guardiões.” 
 
“Os eunucos, por sua vez, eram homens privados da virilidade mediante a castração 
dos órgãos genitais ainda na adolescência, assim, estavam impedidos de criar um 
novo grupo social pela formação de laços de parentesco de qualquer espécie.” 
 
“Entre a Idade Média e o início da expansão portuguesa no século XIV, o cativeiro e 
o tráfico de cativos afetavam indistintamente muçulmanos e cristãos. Uma história 
exemplar desse período é a do advogado, viajante e cronista muçulmano Al-Hasan 
ibn Mohammed al-Wazzan al-Zaaiyati. Que em 1519, no regresso de uma 
peregrinação a Meca, foi capturado como escravo por corsários cristãos no 
Mediterrâneo e enviado de presente ao papa Leão X. Morreu em Túnis, atual capital 
da Tunísia, reconvertido ao islã.” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capítulo 5 – Páginas 53 a 58 
• O Patrono 
 
 
“O infante dom Henrique é hoje uma figura nebulosa na história do Brasil e de 
Portugal, tanto quanto a misteriosa Fortaleza de Sagres. A ele o papel de artífice, 
incentivador e mecenas das grandes navegações, considerado um amante da 
literatura e das ciências, “Henrique, o Navegador”.’’ 
 
“Segundo o historiador Malyn Newitt: 
“Henrique não era versado em geografia nem em matemática, não tinha qualquer 
conhecimento de náutica, e a suposta existência de um grupo de cientistas ao redor 
dele nunca se comprovou”.” 
 
“O Bojador era uma espécie de barreira psicológica aos europeus. Os mistérios que 
envolviam o local também explicariam o trágico destino dos irmãos genoveses Ugolino 
e Vadino Vivaldi, que, em 1291, cruzaram o Bojador e nunca mais se teve notícias. A 
famosa barreira foi, finalmente, vencida em 1434 pelo português Gil Eanes, primeiro 
navegador a ultrapassar o Bojador e voltar para casa são e salvo.” 
 
“O rei dom Manuel se autodenominava na carta que enviou ao papa Alexandre VI, 
em agosto de 1499, anunciando o retorno de Vasco da Gama, ele era o dono do 
mundo: 
“rei de Portugal e dos Algarves, d’aquém e de d’além-mar em África, senhor da 
Guiné e da conquista da navegação e comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia”.” 
 
“Em um século, onze diferentes bulas papais concederam privilégios à Ordem de 
Cristo, incluindo monopólio nas navegações, posse de terras, isenção de taxas e 
impostos e autorização para capturar e vender escravos.” 
 
“Segundo Jorge Caldeira: 
“Em Tomar e em Lagos, os navegadores progrediam na hierarquia apenas depois 
que sua lealdade era comprovada, se possível em batalha”.” 
 
“Só então tinham acesso aos relatórios reservados de pilotos que já haviam 
explorados regiões desconhecidas e a preciosidades como as tábuas de declinação 
magnética.” 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
Gomes, Laurentino, 1956 Escravidão : do primeiro leilão de cativos em Portugal à morte de 
Zumbi dos Palmares, volume 1 / Laurentino Gomes. – 1. Ed. – Rio de Janeiro : Globo Livros, 
2019. (Uma história da escravidão no Brasil ; 1) recurso digital Inclui bibliografia e índice 
Formato: ebook Requisitos do sistema: Modo de acesso: world wide web ISBN 
9786580634033 (recurso eletrônico) 1. Escravidão – Brasil – História. I. Título. II. Série.

Continue navegando

Outros materiais