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Ensino de Geografia: BNCC e Prática

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100
Unidade III
Unidade III
7 ENSINO DE GEOGRAFIA: UNIDADES TEMÁTICAS E OBJETOS DE 
APRENDIZAGEM – PARTE 1
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) indica que estudar geografia é uma oportunidade para 
que o aluno compreenda o mundo em que vive. Portanto, esse componente curricular aborda as ações 
humanas construídas nas distintas sociedades existentes nas diversas regiões do planeta.
Além disso, o estudo da geografia contribui para a formação do conceito de identidade, que se 
expressa, por exemplo,
• na compreensão perceptiva da paisagem, que ganha significado à medida que, ao ser observada, 
revela a vivência dos indivíduos e da coletividade;
• nas relações com os lugares vividos;
• nos costumes que resgatam a nossa memória social;
• na identidade cultural;
• na consciência de que somos sujeitos da história, distintos uns dos outros e, por isso, convictos 
das nossas diferenças.
Nas unidades anteriores, apresentamos como o ensino de geografia passou por mudanças ao longo 
dos tempos. Medeiros et al. (2021) apontam como o conteúdo do ensino da disciplina sofreu influência 
de diferentes correntes de pensamento, de políticas educacionais e até de organismos internacionais.
No início, o ensino de geografia era feito sob uma perspectiva mais descritiva, sem relacionar os 
conteúdos com o cotidiano e a sociedade, desconsiderando os estudos referentes ao homem. Depois, 
ganhou uma perspectiva mais analítica, com propostas de ensino que focam na transformação social da 
realidade e com discussões sobre o âmbito social (Medeiros et al., 2021, p. 13).
Penteado (1994, p. 34) aponta que a aprendizagem ocorre principalmente quando a escola considera 
os fatores que fazem parte do cotidiano e da vida do aluno, com significado e importância para ele. Por 
isso é indicado que o processo de ensino‑aprendizagem tenha como ponto de partida o aluno enquanto 
ser concreto, isto é, o aluno com sua bagagem e experiência de vida, tudo isso combinado com recursos 
que possibilitem a interação com e o manuseio de materiais para a consolidação conceitual.
101
CONTEÚDOS DE ENSINO DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA
Para tanto, indica‑se que o ensino de geografia, principalmente nos anos iniciais do Ensino 
Fundamental, ofereça diversos materiais didáticos para além do livro e tente dar menos ênfase ao modelo 
tradicional de ensino, que tem como base o livro didático como recurso pedagógico. É importante usar 
materiais de apoio didático alternativos para tornar aulas mais dinâmicas e interessantes, dado que 
diversificar o uso dos recursos usados em sala pode levar o aluno a participar mais das aulas, absorvendo 
melhor e mais criticamente o conteúdo que é ensinado (Medeiros et al., 2021).
Os materiais alternativos podem ser vídeos, livros, artigos, jornais, revistas, mapas, maquetes, jogos 
pedagógicos, história em quadrinhos, músicas, podcasts, entre outros. No mundo contemporâneo, os 
recursos tecnológicos colaboram para a compreensão dos conceitos por estarem inseridos no cotidiano 
dos alunos em grande parte de suas atividades e por oferecerem diversas formas de trabalhar os 
conceitos necessários.
No ensino de geografia, o uso do Google Maps, do Google Earth e de infográficos digitais possibilitam 
a observação de espaços geográficos de forma bastante realista, além de praticar a leitura de linguagens 
que não a escrita para obter e interpretar dados e informações (Medeiros et al., 2021, p. 168).
Os alunos do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental terão como estudo as seguintes unidades temáticas:
• O sujeito e seu lugar no mundo: noções de pertencimento e identidade.
• Conexões e escalas: articulação de diferentes espaços e escalas de análises, relações existentes 
entre os níveis local e global.
• Mundo do trabalho: reflexão das funções socioeconômicas e o impacto das novas tecnologias.
• Formas de representação e pensamento espacial.
• Natureza, ambientes e qualidade de vida.
Medeiros et al. (2021, p. 22) indicam que a organização das componentes curriculares em unidades 
temáticas, objetos de conhecimento e habilidades (conforme proposto na BNCC) não ocorre de 
forma isolada, mas de forma relacional, avançando gradativamente nos anos de estudo do aluno e 
proporcionando situações educacionais que partem do conhecimento mais simples para o mais complexo 
ao longo do processo de escolarização.
102
Unidade III
7.1 Unidade temática: O sujeito e seu lugar no mundo (noções de 
pertencimento e identidade)
Esta unidade temática trabalha a percepção do próprio aluno como sujeito, ser de direitos e deveres, 
que interage com o mundo e tem sua identidade moldada por ele.
De acordo com a BNCC (2018, p. 362), devemos ampliar as experiências do aluno para com o espaço 
e o tempo vivenciados por ele desde a Educação Infantil (por meio de jogos e brincadeiras), para que, 
durante o Ensino Fundamental, ele aprofunde os conhecimentos sobre si e sobre sua comunidade.
É importante frisar que explorar a relação entre o sujeito e o mundo ao redor inclui considerar o 
ambiente físico, a sociedade e a cultura, além de compreender como o indivíduo se vê e é visto em 
contextos mais amplos, dependendo de sua capacidade de agir e influenciar o mundo.
Sugestões de atividade: 1º ano do Ensino Fundamental
Quadro 38
Unidade temática: O sujeito e seu lugar no mundo 
Objeto de conhecimento Habilidades
O modo de vida das crianças em diferentes lugares
(EF01GE01) Descrever características observadas de seus 
lugares de vivência (moradia, escola etc.) e identificar 
semelhanças e diferenças entre esses lugares
(EF01GE02) Identificar semelhanças e diferenças entre jogos e 
brincadeiras de diferentes épocas e lugares
Atividade:
• Contar a história dos três porquinhos e destacar, após a leitura, os diferentes tipos de casas 
existentes na história. Em seguida, propor aos alunos a representação das moradias dos três 
porquinhos com uso de diversos materiais (barbante, casca de lápis, palitos de sorvete etc.). Após a 
montagem das casas, os alunos podem fazer uma pesquisa de figuras e imagens que se relacionem 
com os diferentes tipos de moradias (ou de escolas, por exemplo), e montar um painel com os 
materiais da pesquisa para ajudar os alunos a visualizarem e compreenderem os diferentes modos 
de vida das pessoas.
• Apresentar imagens das obras do artista Ivan Cruz, que retrata nas telas o universo infantil e as 
antigas brincadeiras de criança. Após mostrar as imagens, o professor deve levantar os seguintes 
questionamentos: essas brincadeiras mostradas nas obras ainda são praticadas atualmente? 
Se fôssemos pintar novas obras de arte que retratassem as brincadeiras infantis atuais, como 
seriam essas imagens? Para finalizar, propor aos alunos pesquisar imagens que representem as 
brincadeiras atuais.
103
CONTEÚDOS DE ENSINO DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA
 Saiba mais
Par saber mais sobre o artista Ivan Cruz e conhecer suas obras de 
arte, acesse:
AIDAR, L. Ivan Cruz e suas obras retratando a infância. Cultura 
Genial, on‑line, 27 nov. 2020. Disponível em: http://tinyurl.com/3j2eebse. 
Acesso em: 27 fev. 2024.
Quadro 39
Unidade temática: O sujeito e seu lugar no mundo
Objeto de conhecimento Habilidades
Situações de convívio em diferentes lugares
(EF01GE03) Identificar e relatar semelhanças e diferenças de 
usos do espaço público (praças, parques) para o lazer e diferentes 
manifestações
(EF01GE04) Discutir e elaborar, coletivamente, regras de convívio 
em diferentes espaços (sala de aula, escola etc.)
Atividade:
• Levantar com os alunos quais são os espaços públicos de lazer utilizados (praças, parques, cinema, 
teatro e outros que os alunos destacarem). Após listar os nomes, o professor pode fazer um 
levantamento de como são utilizados os diferentes espaços públicos e destacar o comportamento 
e os tipos de roupa que usamos, além da finalidade social do espaço público.
• Elaborar um texto coletivo na lousa, listando as regras de convivência da sala de aula.
Sugestões de atividade: 2º ano do Ensino FundamentalQuadro 40
Unidade temática: O sujeito e seu lugar no mundo 
Objeto de conhecimento Habilidades
Convivência e interações entre pessoas na comunidade
(EF02GE01) Descrever a história das migrações no bairro 
ou comunidade em que vive
(EF02GE02) Comparar costumes e tradições de diferentes 
populações inseridas no bairro ou comunidade em 
que vive, reconhecendo a importância do respeito às 
diferenças
104
Unidade III
Atividade:
• Solicitar uma pesquisa sobre a história do bairro em que mora, identificando as diferentes etnias 
que compõem o bairro. Ao identificá‑las, elaborar um painel destacando tradições, costumes, 
tipos de roupas, comportamentos e alimentação que os diferentes grupos praticam, para que 
possam discutir e reconhecer a importância das diferenças nas relações sociais.
Quadro 41
Unidade temática: O sujeito e seu lugar no mundo
Objeto de conhecimento Habilidades
Riscos e cuidados nos meios de transporte e de 
comunicação
(EF02GE03) Comparar diferentes meios de transporte 
e de comunicação, indicando o seu papel na conexão 
entre lugares, e discutir os riscos para a vida e para o 
ambiente e seu uso responsável
Atividade:
• Organizar uma dramatização em que as crianças representem diferentes papéis, como 
passageiros, motoristas, pedestres e profissionais de comunicação. Essa atividade ajudará 
os alunos a vivenciarem situações do dia a dia, compreendendo melhor os comportamentos 
arriscados e os seguros.
• Criar um jogo de tabuleiro baseado em respostas corretas sobre segurança nos meios de transporte 
e comunicação. Isso torna a aprendizagem divertida e interativa.
• Realizar simulações práticas de como agir em situações de risco, como atravessar a rua com 
segurança, usar equipamentos de proteção ao andar de bicicleta ou skate, e como se comportar 
de maneira segura na internet.
Sugestão de atividade: 3º ano do Ensino Fundamental
Quadro 42
Unidade temática: O sujeito e seu lugar no mundo
Objeto de conhecimento Habilidades
A cidade e o campo: 
aproximações e diferenças
(EF03GE01) Identificar e comparar aspectos culturais dos grupos sociais de seus 
lugares de vivência, seja na cidade, seja no campo
(EF03GE02) Identificar, em seus lugares de vivência, marcas de contribuição 
cultural e econômica de grupos de diferentes origens
(EF03GE03) Reconhecer os diferentes modos de vida de povos e comunidades 
tradicionais em distintos lugares
105
CONTEÚDOS DE ENSINO DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA
Atividade:
• Realizar saídas de campo presenciais ou virtuais, para que os alunos testemunhem as caraterísticas 
da cidade e do campo e identifiquem as diferenças entre esses espaços, comparando os aspectos 
culturais, sociais e econômicos dos lugares estudados.
• Propor que os alunos entrevistem familiares ou conhecidos sobre suas experiências de vida no 
campo e na cidade, e compartilhem as histórias coletadas com a turma.
A) B) 
Figura 33
Disponível em: A) https://tinyurl.com/27my593b; B) https://tinyurl.com/2cxsrs6c. Acesso em: 6 mar. 2024.
Sugestões de atividade: 4º ano do Ensino Fundamental
Quadro 43
Unidade temática: O sujeito e seu lugar no mundo 
Objeto de conhecimento Habilidades
O sujeito e seu lugar no mundo: território e 
diversidade cultural
(EF04GE01) Selecionar, em seus lugares de vivência e em suas 
histórias familiares e/ou da comunidade, elementos de distintas 
culturas (indígenas, afro‑brasileiras, de outras regiões do país, 
latino‑americanas, europeias, asiáticas etc.), valorizando o que é 
próprio em cada uma delas e sua contribuição para a formação da 
cultura local, regional e brasileira
Atividade:
Para este conteúdo, é indicado que o professor proponha a elaboração de um projeto didático que 
possa enriquecer o conhecimento dos alunos sobre a diversidade cultural presente no Brasil e em suas 
próprias histórias, mas também promover valores de respeito, tolerância e apreciação das diferenças.
106
Unidade III
Exemplo de aplicação
PROJETO DIDÁTICO
Diversidade cultural
a) Questão norteadora: de que maneira podemos abordar a diversidade cultural da nossa realidade, 
de modo que se evidenciem os lugares de vivência, histórias familiares, a cultura, a identidade das 
diferentes etnias e culturas, para que valorizemos a diversidade e reconheçamos a contribuição 
dessas distintas culturas para a formação da nossa sociedade?
b) Objetivo geral: analisar e compreender as diferentes etnias e culturas da nossa comunidade.
c) Público‑alvo: 4º ano.
d) Duração: (a definir, de acordo com a organização das atividades propostas).
e) Cronograma das atividades: (a definir, de acordo com a realidade da turma e a disponibilidade dos 
espaços e recursos materiais, econômicos e humanos).
f) Desenvolvimento do projeto: organizar as atividades e seus objetivos.
Alguns exemplos de atividades:
Mural da diversidade
• Descrição: crie, com os alunos, um mural na sala de aula com imagens, objetos e símbolos 
que representem as diversas culturas presentes em sua comunidade e nas histórias familiares. 
Incentive‑os a trazer fotografias, receitas, artesanatos ou qualquer outro item que represente sua 
herança cultural.
• Objetivos: promover a valorização da diversidade cultural e estimular a partilha de histórias 
pessoais e familiares.
Mapa cultural
• Descrição: crie um mapa grande da comunidade, região ou do Brasil, e peça aos alunos para 
marcar no mapa a origem de diferentes elementos culturais de suas famílias, como comidas 
típicas, festas, músicas, danças etc.
• Objetivos: visualizar a diversidade cultural e compreender a distribuição geográfica das diferentes 
influências culturais.
107
CONTEÚDOS DE ENSINO DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA
Árvore genealógica cultural
• Descrição: desenvolva com os alunos uma árvore genealógica, destacando não só os nomes dos 
familiares, mas também aspectos culturais associados a cada geração, como origem étnica, línguas 
faladas, tradições etc.
• Objetivos: valorizar a história familiar de cada aluno e reconhecer a contribuição das diferentes 
culturas para sua identidade.
Culinária das culturas
• Descrição: promova um dia culinário na escola, onde os alunos (com a ajuda de familiares, 
se possível) preparem e compartilhem pratos típicos de suas culturas. É importante que eles 
apresentem o prato e expliquem sua origem e significado.
• Objetivos: experimentar diferentes sabores e aprender sobre a história e tradições por trás 
de cada prato.
Caixa de histórias
• Descrição: incentive os alunos a coletarem histórias e lendas de diferentes culturas presentes em 
suas famílias ou comunidades. Eles podem apresentar essas histórias de forma oral, escrita ou até 
mesmo encenada.
• Objetivos: valorizar a tradição oral e a arte de contar histórias como meio de preservação cultural.
Oficinas de arte e artesanato
• Descrição: organize oficinas onde os alunos possam aprender e praticar artes e artesanatos que 
façam parte das tradições culturais de suas famílias ou da comunidade local, como tecelagem, 
pintura, escultura, entre outros.
• Objetivos: desenvolver habilidades manuais e apreciar a diversidade artística e cultural.
g) Recursos (a definir, de acordo com as atividades a realizar).
h) Culminância do projeto: festival cultural
• Organizar um evento cultural para a escola, apresentando as pesquisas e atividades realizadas 
com culinária, painéis informativos, danças, músicas, painel de atividades, jogos e atividades 
interativas sobre as diferentes etnias e culturas que compõe a nossa comunidade.
i) Avaliação do projeto: organizar a turma de modo que elaborem uma análise do desenvolvimento 
e da finalização do projeto.
j) Referências (indicar todas as referências utilizadas no projeto, bibliográficas, digitais e vídeos). 
108
Unidade III
Quadro 44
Unidade temática: O sujeito e seu lugar no mundo
Objeto de conhecimento Habilidades
Processos migratórios no Brasil
(EF04GE02) Descrever processos migratórios e 
suas contribuições para a formação da sociedade 
brasileira
Atividade:
• Ler mapas de migraçãono Brasil. Elaborar uma análise e um texto sobre os processos migratórios 
no Brasil.
Saldo Migratório
Fluxos SM 
(1986/1991)
10.000 ‑ 30.000
30.001 ‑ 70.000
70.001 ‑ 190.055
‑282.477 ‑ ‑ 100.001
‑100.000 ‑ 0
1 ‑ 100.000
100.001 ‑ 744.798
Fluxos SM 
(2005/2010)
10.000 ‑ 30.000
30.001 ‑ 70.000
70.001 ‑ 134.542
‑237.134 ‑ ‑ 100.001
‑100.000 ‑ 0
1 ‑ 100.000
100.001 ‑ 255.796
Fluxos SM 
(1995/2000)
10.000 ‑ 30.000
30.001 ‑ 70.000
70.001 ‑ 171.615
‑267.466 ‑ ‑ 100.001
‑100.000 ‑ 0
1 ‑ 100.000
100.001 ‑ 339.925
Km
0 250 500 1.000 1.500
N
LO
S
 Fonte: IBGE, Censos Demográficos 1991, 2000, 2010
Figura 34 – Exemplo de mapa de fluxos migratórios brasileiros através das décadas
Adaptada de: Baptista, Campos e Rigotti (2017, p. 10).
109
CONTEÚDOS DE ENSINO DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA
 Saiba mais
Para mais informações sobre o processo de migração no Brasil, leia:
BAPTISTA, E. A.; CAMPOS, J.; RIGOTTI, J. I. R. Migração de retorno 
no Brasil. Mercator, Fortaleza, v. 16, p. 1‑18, 2017. Disponível em: 
https://tinyurl.com/mr39d73s. Acesso em: 6 mar. 2024.
Quadro 45
Unidade temática: O sujeito e seu lugar no mundo
Objeto de conhecimento Habilidades
Instâncias do poder público e canais de participação 
social
(EF04GE03) Distinguir funções e papéis dos órgãos do 
poder público municipal e canais de participação social na 
gestão do Município, incluindo a Câmara de Vereadores e 
Conselhos Municipais
Atividade:
• Pesquisar sobre a Câmara de Vereadores do próprio município e identificar os cargos e funções, 
período de gestão e como estes funcionários foram eleitos.
Sugestões de atividade: 5º ano do Ensino Fundamental
Quadro 46
Unidade temática: O sujeito e seu lugar no mundo 
Objeto de conhecimento Habilidades
Dinâmica populacional 
(EF05GE01) Descrever e analisar dinâmicas 
populacionais na Unidade da Federação em que vive, 
estabelecendo relações entre migrações e condições de 
infraestrutura
Atividade:
• Apresentar o conceito de dinâmica populacional como o estudo da evolução das populações 
de seres vivos em um determinado espaço geográfico. Essa área de conhecimento é muito 
importante para entender as mudanças que ocorrem na natureza e o impacto que o ser humano 
tem sobre o meio ambiente.
• Disponibilizar várias situações aos alunos, em que ocorrem o crescimento e a diminuição da 
população, como uma catástrofe natural, migração e imigração. Pode‑se organizar a turma em 
grupos e cada grupo ficar com um assunto, para que os alunos pensem na dinâmica populacional 
de uma cidade ou município e depois socializar com a turma toda os resultados do estudo.
110
Unidade III
• Montar com os alunos verbetes sobre o tema e trazer as palavras‑chave para que possam 
compreender um texto sobre o assunto e discutir cada vocabulário – dinâmica populacional; 
crescimento populacional; taxa de natalidade, imigração, emigração, morte, nascimento.
• Trazer dados reais de índice de população, por meio de gráficos para que os alunos possam 
observar e analisar os aumentos ou diminuições na população. Crie cartazes informativos com os 
dados e os motivos sobre o crescimento e a diminuição populacional.
• Ler mapas que apresentam a densidade demográfica – aquele que exibe o número de habitantes 
por quilômetro quadrado –, e, ao analisar o mapa, é possível levar os alunos a perceberem em 
quais regiões e cidades existe um maior ou menor número de habitantes. Como no mapa a seguir.
Habitantes por km2
Menos de 1,0
1,1 a 10,0
10,1 a 25,0
25,1 a 100,0
Mais de 100
Projeção Policônica
Meridiano de Referência: ‑54º W. Gr
Paralelo de Referência: 0 º
150 0 300 km
Fonte: IBGE, Censo Demográfico 1940/2000; e Sinopse do Censo Demográfico 2010. In: IBGE. Sidra: sistema IBGE de recuperação automática. 
Rio de Janeiro, 2011.
Disponível em: <http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/listabl.asp?z=cd&o=3&i=P&c=1298>. Acesso em: mar. 2012.
Figura 35 – Densidade populacional
Adaptada de: https://tinyurl.com/bdca3jh8. Acesso em: 6 mar. 2024.
111
CONTEÚDOS DE ENSINO DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA
Quadro 47
Unidade temática: O sujeito e seu lugar no mundo
Objeto de conhecimento Habilidades
Diferenças étnico‑raciais e étnico‑culturais e 
desigualdades sociais
(EF05GE02) Identificar diferenças étnico‑raciais e 
étnico‑culturais e desigualdades sociais entre grupos 
em diferentes territórios
Atividade:
• Trabalhar os conceitos étnico‑raciais (etnia) e étnico‑culturais (valores e crenças) com os 
alunos e abordar as diferenças entre eles, apontando que o reconhecimento e a valorização 
das diferenças étnico‑raciais são passos essenciais no combate ao racismo e na promoção da 
igualdade e a compreensão e o respeito pelas diferenças étnico‑culturais são fundamentais 
para a convivência pacífica entre as sociedades e ponto principal na construção de identidades 
coletivas e individuais.
Figura 36
Disponível em: https://tinyurl.com/3uvruy36. Acesso em: 6 mar. 2024.
112
Unidade III
7.1.1 As experiências com o espaço e o tempo para conhecer a si mesmos e a comunidade
A BNCC (Brasil, 2018) destaca a importância de formar um aluno que privilegie experiências com o 
espaço e o tempo para conhecer a si mesmo e a sua comunidade. Este enfoque se alinha aos objetivos 
que visam promover as noções de pertencimento e identidade para a compreensão do seu papel no 
mundo e do mundo.
Para o conhecimento de si mesmo, a base indica habilidades que envolvem interagir com o espaço 
e o tempo em que o estudante está inserido, como indicado nos objetos de conhecimento e habilidades 
para os alunos do 1º ano do Ensino Fundamental.
Em relação às experiências com o espaço, a BNCC propõe práticas pedagógicas que envolvam 
explorar o ambiente, tanto escolar quanto comunitário, incluindo visitas a locais históricos, parques 
e museus, provocando no aluno a sensação de reconhecimento em relação a seu entorno. Tais 
experiências ficam explicitas nas indicações para os alunos do 2º e 3º ano do Ensino Fundamental.
Nas experiências com o tempo, a BNCC propõe o trabalho com a história de vida dos alunos, 
envolvendo atividades de reflexão sobre suas origens, tradições e como o passado influencia o presente. 
A proposta de criar linhas do tempo, em que os alunos relacionem eventos pessoais, locais e globais 
também os ajuda a perceber a conexão entre tempo e espaço, além de desenvolver a noção de 
continuidade e mudança.
Penteado (1994, p. 42) propõe para o desenvolvimento de conceitos específicos o trabalho a partir 
das experiências que os alunos já têm ao chegar na escola, atentando para que os conceitos trabalhados 
sejam continuamente retomados e ampliados nos anos seguintes, o que garante experiências e vivências 
contínuas que assentam os conceitos aprendidos.
 Lembrete
O ensino de geografia não deve ocorrer de forma isolada. É ideal 
que seja um processo educativo interdisciplinar sempre integrado ao 
ensino de história, para que a compreensão dos conceitos seja ampla e 
contextualizada.
Sosa (2022) aponta como é primordial que nos anos iniciais o tempo e o espaço dialoguem com a 
história e a geografia. A autora afirma que esse é o tempo da construção do sujeito‑cidadão, que os 
impulsiona a reconhecer‑se como ser histórico, que parte de um meio geográfico e estabelece relações 
sociais com os demais sujeitos.
113
CONTEÚDOS DE ENSINO DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA
7.1.2 As relações sociais e étnico‑raciais e sua identificação com a comunidade e o 
respeito aos diferentes contextos socioculturais
A BNCC (Brasil, 2018) propõe a compreensão das relações sociais e étnico‑raciais, fundamentais para 
a dinâmica das sociedades contemporâneas e no que diz respeito aos diferentes contextos socioculturais.
Essas relações são construídas historicamente e estão enraizadas nas relações de poder, o que resulta 
em situações de desigualdade, discriminação e exclusão.
A escola deve ser um espaço formativo de resistência, reconhecimento e valorização da diversidade, 
e por isso há a proposta de trabalhara identificação de cada aluno em sua comunidade, levando os 
estudantes a entenderem que esse é um processo multifacetado que envolve aspectos como cultura, 
etnia, língua, religião, tradições e experiências compartilhadas.
As atividades desenvolvidas com os alunos do 5º ano do Ensino Fundamental devem promover a 
valorização cultural e o fortalecimento dos laços sociais, além de combater o racismo e a exclusão social.
A BNCC (Brasil, 2018) indica um ensino que respeite os diferentes contextos socioculturais para 
conquistar uma convivência harmoniosa e justa com as diferentes comunidades. Trabalhar a consciência 
e o reconhecimento da diversidade é essencial para valorizar as culturas e os saberes das diferentes 
etnias, promovendo uma sociedade mais justa e equitativa.
 Saiba mais
Neste vídeo, Oswaldo de Oliveira Santos discute as questões étnico‑raciais 
e aborda como a escola pode trabalhar o racismo e o preconceito em sala 
de aula, além de falar sobre a educação das relações étnico‑raciais.
AULA PÚBLICA: a educação das relações étnico‑raciais. 2016. 1 vídeo 
(18min46). Publicado pelo canal Rede TVT. 
Disponível em: https://tinyurl.com/yjjh2p35. Acesso em: 6 mar. 2024.
7.1.3 Relações espaciais topológicas, projetivas e euclidianas
A BNCC (Brasil, 2018) propõe o ensino das relações espaciais como fundamentais para compreender 
a geometria e a organização do espaço em diversas áreas do conhecimento, inclusive a geografia. Elas 
são três: as topológicas, as projetivas e as euclidianas. Elas são diferentes em suas propriedades 
espaciais, mas se complementam e fornecem ao aluno conhecimento para que compreenda o espaço 
de forma total e integrada.
114
Unidade III
As relações espaciais topológicas focam nas propriedades do espaço que são preservadas mesmo 
após transformações contínuas. Isso significa que podemos trabalhá‑las de diversas maneiras, podendo 
interagir com o aluno em jogos e brincadeiras desde o princípio da sua escolarização.
Existem algumas estratégias lúdicas que favorecem a aprendizagem dos conceitos topológicos, tais 
como: jogos de tabuleiro, labirintos, jogos de encaixe (que ajudam o aluno a entender o conceito de 
adjacência conforme vê como as peças podem se conectar), brincadeiras de localização de objetos 
(incentivando os alunos a pensarem no espaço dentro e fora, acima e abaixo) e atividades ao ar livre, 
como caça ao tesouro, que ensina as crianças sobre as direções e a ideia de seguir um caminho para 
alcançar um objetivo.
Ao abordar as relações topológicas, é fundamental encorajar a exploração e a experimentação, pois 
explorar o ambiente e se envolver em atividades de manipulação de objetos facilita a compreensão 
desses conceitos abstratos.
As relações espaciais topológicas são fundamentais no ensino de geografia, pois permitem aos 
estudantes compreenderem como diferentes lugares, características e objetos estão situados e interligados 
no espaço. Essas relações não se limitam apenas à proximidade física, e também incluem conceitos 
como conectividade, continuidade, fronteira e adjacências, todos essenciais para entender a organização 
espacial em uma escala global ou local.
O ensino das relações espaciais projetivas na geografia para os alunos dos anos iniciais do ensino 
fundamental tem como proposta desenvolver o pensamento espacial e a capacidade de compreender 
e interagir com o mundo que está ao seu redor, investigando como os objetos se relacionam uns com 
os outros em termos de posição e orientação no espaço – “em cima de”, “embaixo de”, à frente de”, 
“atrás de” etc.
Ensinar as relações espaciais projetivas de maneira interativa envolve o aluno na atividade e contribui 
para que ele adquira habilidades geográficas importantes para compreender os vários conceitos 
geográficos, além de complexificar o entendimento do estudante a respeito do mundo ao redor.
As relações espaciais euclidianas introduzem os alunos a conceitos geométricos básicos relacionados 
ao espaço, como pontos, linhas, planos e figuras. Esses conceitos são importantes, pois ajudam o aluno 
a compreender melhor a representação do espaço em mapas e a relação entre os diferentes objetos e 
locais no mundo real.
As estratégias lúdicas e com materiais concretos são excelentes para que o aluno compreenda os 
conceitos de forma prática. Para isso, desenhar mapas da sala de aula, utilizar o Google Earth, fazer 
caças ao tesouro e medir espaços da escola são atividades indicadas.
Pontuschka, Paganelli e Cacete (2009) apontam que a teoria do espaço operatório, segundo 
Piaget, permite interpretar tipos de traçados que as crianças fazem (topológicos ou euclidianos), ou 
os rebatimentos das figuras frontais (ausência na coordenação dos pontos de vista) e as avaliações 
qualitativas das distâncias e da proporcionalidade.
115
CONTEÚDOS DE ENSINO DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA
De acordo com Piaget, as crianças constroem as relações espaciais de localização dos objetos no 
espaço desde o período sensório‑motor, para que, num momento posterior, ela possa operar mentalmente 
os três tipos de relações (topológicas, projetivas e euclidianas).
Os autores também indicam que as crianças constroem dois sistemas baseados nas relações 
topológicas (noções como junto, separado, de ordem, vizinhança, envolvimento e continuidade): um 
como referência móvel, considerando um ponto de vista, e outro como referência fixa, tendo como 
base a noção de distância associada à medida linear, de superfície, volume e grau.
7.1.4 Raciocínio geográfico e o processo de alfabetização cartográfica com as diversas 
linguagens (formas de representação e pensamento espacial)
A BNCC indica o ensino do raciocínio geográfico como um conteúdo inovador e relevante para o campo 
curricular, pois abrange princípios, conceitos e categorias da ciência geográfica (Cunha; Farias, 2022).
Seguindo essa lógica, o processo de alfabetização cartográfica é fundamental para desenvolver 
nos alunos a capacidade de entender e interpretar o mundo ao seu redor a partir e por meio das 
mais variadas linguagens que permeiam a ciência geográfica, como mapas, símbolos, imagens e outras 
formas de representação espacial.
O processo de alfabetização cartográfica ensina o aluno a interpretar, utilizar e criar representações 
do espaço geográfico, e, portanto, não se limita ao reconhecimento de mapas e envolve uma compreensão 
mais ampla do pensamento espacial.
É indicado que o professor trabalhe com o espaço vivido, que é o conjunto dos lugares de vida de 
um indivíduo. A casa, o lugar de trabalho, o itinerário de um a outro local formam os componentes 
principais do espaço vivido (Pontuschka, Paganelli; Cacete, 2009, p. 314).
Algumas estratégias envolvem o reconhecimento de lugares vistos de cima, como o uso de 
fotografias aéreas ou visões de satélites, permitindo que o aluno compreenda a relação entre a realidade 
tridimensional e as representações bidimensionais. A leitura de mapas simples, que podem representar 
a sala de aula, a escola ou o quarteirão, ajuda a introduzir conceitos básicos de escala, símbolos 
cartográficos e orientação espacial ao estudante.
 Lembrete
Escala é a relação proporcional entre as dimensões reais de um objeto 
ou lugar e suas dimensões em um mapa ou modelo.
Para o desenvolvimento do pensamento espacial, o professor pode utilizar jogos e brincadeiras que 
envolvam instruções de localização e movimento para desenvolver a noção de espaço e direção.
116
Unidade III
O uso de tecnologias digitais também auxilia na aquisição dos conceitos básicos do pensamento 
espacial, como o uso do Google Earth.
 Saiba mais
Explore lugares do mundo real usando o Google Earth e outros mapas 
interativos, discutindo sobre diferentes paisagens, culturas e geografias.
GOOGLE EARTH. [Homepage]. c2024. 
Disponível em: https://tinyurl.com/mpmbyz7w. Acesso em: 6 mar. 2024.
O professor pode utilizar ainda atividades práticas e sensoriais, com argila, areia ou massinha para 
modelar as formas de relevo, como montanhas evales. Um ambiente de aprendizagem interativo e 
dinâmico possibilita aos alunos enriquecerem suas experiências, e por isso passeios ou expedições de 
exploração ao redor da escola, que permitem observar as características geográficas do espaço , também 
os prepara para lidar com questões complexas de espaço, lugar e ambiente.
7.2 Unidade temática: Conexões e escalas (articulação de diferentes espaços, 
escalas de análises, e relações existentes entre os níveis local e global)
Nesta unidade temática, a atenção está na articulação de diferentes espaços e escalas de análise, 
ajudando os alunos a compreenderem as relações existentes entre fatos nos níveis local e global 
(Brasil, 2018, p. 363).
Essa compreensão envolve as interações multiescalares entre família, grupos sociais, os espaços de 
convivência e as interações espaciais mais complexas.
De acordo com a BNCC (Brasil, 2018), esta unidade entende a conexão como um princípio 
geográfico que estimula a compreensão do que ocorre entre os componentes da sociedade e do 
meio físico natural. Ela também analisa o que ocorre entre quaisquer elementos que constituem um 
conjunto na superfície terrestre e que explicam um lugar em sua totalidade. Portanto, conexões e 
escalas esclarecem, por exemplo, os arranjos das paisagens, a localização e a distribuição de diferentes 
fenômenos e objetos técnicos.
Isso significa que os alunos devem aprender a considerar as escalas de tempo e as periodizações 
históricas, importantes para compreender a produção do espaço geográfico em diferentes sociedades 
e épocas.
117
CONTEÚDOS DE ENSINO DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA
Sugestão de atividade: 1º ano do Ensino Fundamental
Quadro 48
Unidade temática: Conexões e escalas 
Objeto de conhecimento Habilidades
Ciclos naturais e a vida cotidiana
(EF01GE05) Observar e descrever ritmos naturais (dia e noite, 
variação de temperatura e umidade etc.) em diferentes escalas 
espaciais e temporais, comparando a sua realidade com outras
Atividade:
• Pedir que alunos observem o céu nos ciclos diurnos e noturnos, e que depois registrem em 
desenho as atividades que fazem pela manhã, à tarde e à noite. Então, organize uma discussão 
com o grupo de alunos para que destaquem como ficou o céu nos diferentes momentos do dia e 
como o ambiente muda ao seu redor.
• Organizar um painel em que os alunos sistematizem pesquisas sobre as estações do ano, para que 
compreendam as características das quatro estações anuais, a variação de temperatura ao longo 
dos meses e como elas influenciam a vida cotidiana, registrando as mudanças.
Quadro 49
Registre suas atividades
Manhã Tarde Noite
Sugestões de atividade: 2º ano do Ensino Fundamental
Quadro 50
Unidade temática: Conexões e escalas
Objeto de conhecimento Habilidades
Experiências da comunidade no tempo e no espaço
(EF02GE04) Reconhecer semelhanças e diferenças nos 
hábitos, nas relações com a natureza e no modo de viver de 
pessoas em diferentes lugares
Atividade:
• Entrevistar familiares para identificar o que faziam em outra época: exemplo de como eram as 
brincadeiras de antigamente, como era a escola na época dos pais e avós e como era a vida das 
famílias antigamente. Apresentar para a turma os dados coletados e montar um painel comparativo 
com o antes e depois nos hábitos, modo de viver e relações das pessoas com o mundo.
118
Unidade III
Quadro 51
Unidade temática: Conexões e escalas
Objeto de conhecimento Habilidades
Mudanças e permanências (EF02GE05) Analisar mudanças e permanências, comparando 
imagens de um mesmo lugar em diferentes tempos
Atividade:
• Aprender sobre as mudanças e as permanências, podendo analisar e comparar imagens de um 
mesmo lugar em diferentes tempos.
A)
B)
Figura 37 – Avenida Paulista, em São Paulo (SP), nos anos 1909 (A) e 2018 (B)
Disponível em: A) https://tinyurl.com/sf727v86; B) https://tinyurl.com/3vsnn46x. Acesso em: 6 mar. 2024.
119
CONTEÚDOS DE ENSINO DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA
Sugestão de atividade: 3º ano do Ensino Fundamental
Quadro 52
Unidade temática: Conexões e escalas
Objeto de conhecimento Habilidades
Paisagens naturais e antrópicas em transformação
(EF03GE04) Explicar como os processos naturais e históricos 
atuam na produção e na mudança das paisagens naturais e 
antrópicas nos seus lugares de vivência, comparando‑os a 
outros lugares
Atividade:
• Trabalhar o conceito e depois solicitar uma busca de imagens que representem as paisagens 
naturais e as paisagens antrópicas, lembrando que:
— Paisagem natural são as que não sofreram alteração antropológica.
— Paisagem antrópica ou paisagem artificial são as que foram modificadas pela ação humana 
e resultado da interação do homem com a natureza.
Figura 38 – Paisagem natural
Disponível em: https://tinyurl.com/yurvnfbz. Acesso em: 6 mar. 2024.
120
Unidade III
Figura 39 – Paisagem antrópica ou paisagem artificial
Disponível em: https://tinyurl.com/4yszysr9. Acesso em: 6 mar. 2024.
Sugestões de atividade: 4º ano do Ensino Fundamental
Quadro 53 
Unidade temática: Conexões e escalas
Objeto de conhecimento Habilidades
Relação campo e cidade
(EF04GE04) Reconhecer especificidades e analisar a 
interdependência do campo e da cidade, considerando fluxos 
econômicos, de informações, de ideias e de pessoas
Atividade:
• Organizar um projeto envolvendo outras áreas do conhecimento, como história, geografia e ciências, 
com a proposta de explorar a relação campo‑cidade. Na história, os alunos podem identificar 
as origens e a evolução das áreas rurais e urbanas; na geografia, identificar as características 
geográficas, demográficas e econômicas do campo e da cidade, e na área de ciências verificar 
os impactos ambientais da urbanização e da agricultura. Depois, o projeto pode ser finalizado 
com a apresentação de maquetes, diários de bordo e apresentações em uma feira aberta a toda a 
comunidade escolar.
121
CONTEÚDOS DE ENSINO DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA
Quadro 54
Unidade temática: Conexões e escalas
Objeto de conhecimento Habilidades
Unidades político‑administrativas do Brasil
(EF04GE05) Distinguir unidades político‑administrativas 
oficiais nacionais (Distrito, Município, Unidade da Federação 
e grande região), suas fronteiras e sua hierarquia, localizando 
seus lugares de vivência
Atividade:
• Apresentar o mapa do Brasil perante a sala para que os alunos identifiquem os estados e 
as capitais.
• Elaborar uma maquete com as regiões do Brasil destacando num painel as características geográficas 
e culturais das cinco regiões do Brasil, destacando sobre o relevo, a vegetação, a cultura e a economia.
Quadro 55
Unidade temática: Conexões e escalas
Objeto de conhecimento Habilidades
Territórios étnico‑culturais
(EF04GE06) Identificar e descrever territórios 
étnico‑culturais existentes no Brasil, tais como terras 
indígenas e de comunidades remanescentes de quilombos, 
reconhecendo a legitimidade da demarcação desses 
territórios
Atividade:
• Propor uma atividade com o uso do Google Earth numa viagem virtual pelas terras indígenas e 
comunidades quilombolas. Explore as áreas dos diferentes locais e identifique os territórios.
• Realizar pesquisa para identificar e reconhecer a legitimidade de remarcação dos territórios 
indígenas e nos quilombos.
Sugestão de atividade: 5º ano do Ensino Fundamental
Quadro 56 
Unidade temática: Conexões e escalas
Objeto de conhecimento Habilidades
Território, redes e urbanização
(EF05GE03) Identificar as formas e funções das cidades e analisar as 
mudanças sociais, econômicas e ambientais provocadas pelo seu crescimento
(EF05GE04) Reconhecer as características da cidade e analisar as interações 
entre a cidade e o campo e entre cidades na rede urbana
122
Unidade III
Atividade:
• Solicitar que elaborem um diário de observação durante uma semana, isto é, que registrem tudo 
que notarem sobre os seguintes pontos: redes – transporte, comunicação e energia e urbanização – 
o que existe no bairro que caracterize a urbanização do espaço.
• Levantar os seguintesquestionamentos: o que o crescimento das cidades pode provocar na região? 
Compare o antes e o depois de um processo de urbanização, e pesquise e analise os elementos 
rurais e os elementos urbanos.
7.2.1 Interações entre a sociedade e o meio físico natural
O ensino de geografia para os alunos dos anos iniciais do ensino fundamental ajuda os estudantes a 
reconhecer a ação cultural e social de diferentes lugares, as interações entre as sociedades e a dinâmica 
da natureza que ocorrem em diferentes momentos históricos (Castellar; Vilhena, 2022).
As interações entre a sociedade e o meio físico natural são enormes, pois estamos nos referindo a 
várias questões:
• Uso dos recursos naturais.
• Mudanças climáticas.
• Adaptação às mudanças no meio físico.
• Conscientização e educação ambiental.
• Desastres naturais.
A interação por meio dos recursos naturais se refere à dependência da sociedade para com a 
água, o solo, os alimentos, a madeira, os minerais etc. Todos esses recursos são fundamentais para 
a sobrevivência humana por serem essenciais nos processos de produção de energia, construção 
de habitação e fabricação de produtos. Por isso, é importante no ensino da geografia trabalhar o 
esgotamento de recursos e a degradação ambiental.
A interação com as mudanças climáticas são mais críticas e precisam ser discutidas para que os 
alunos percebam que as ações humanas provocam, por exemplo, a emissão de gases de efeito estufa, 
que afetam o meio ambiente, alteram o clima, aumentam o nível do mar e geram diversos outros 
impactos que podem ser irreversíveis.
 Observação
A emissão de CO2 por automóveis polui a cidade. O acúmulo da emissão 
de poluentes contribui para o aquecimento global, causando o efeito estufa.
123
CONTEÚDOS DE ENSINO DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA
Os desafios ambientais são inúmeros, e temos a necessidade de nos adaptar às mudanças do meio 
físico e minimizar os impactos negativos a partir de práticas de desenvolvimento sustentável. Por isso, 
no ensino a proposta é sempre encaminhar o aluno à resolução de um problema real e que pertence ao 
seu contexto.
A conscientização sobre a importância de preservar o meio natural e a proposta de trabalhar a 
educação ambiental são formas de promover um ensino que leve as gerações atuais e futuras a uma 
mudança no comportamento, passando a contribuir para a preservação dos ecossistemas e a redução 
dos impactos das atividades humanas no ambiente.
Sabemos que a sociedade também é afetada por eventos naturais como inundações, secas, terremotos 
e furacões, e por essa razão o ensino deve preparar os alunos para lidarem com essa realidade, sabendo 
elaborar como uma comunidade pode se recuperar desses eventos, promover ações de prevenção 
em alguns casos e minimizar os impactos humanos e materiais para conter o nível de destruição de 
cada ocorrência.
Propor atividades que ajudem o aluno a compreender as diversas relações que existem entre as 
sociedades e a dinâmica da natureza também permite que ele reconheça as características física dos 
lugares, compare a organização das diferentes sociedades e como estas foram ocupando o espaço 
físico em vários períodos históricos. Castellar e Vilhena (2022, p. 8) apontam que levar o aluno a 
compreender as semelhanças e as diferenças entre lugares e a razão delas ocorrerem garante o domínio 
de conhecimentos relativos ao tempo e ao clima, à geomorfologia, aos recursos hídricos, ao solo e à 
cobertura vegetal, à população, à comunicação e aos fluxos, e também às redes, às atividades econômicas 
e aos espaços rurais e urbanos.
Portanto, compreender como as interações são dinâmicas e estão em constante evolução colabora 
para o projeto global de sustentabilidade a longo prazo, tanto no que se refere às sociedades quanto ao 
meio ambiente.
7.2.2 Diferentes espaços e escalas de análise e as relações existentes entre os níveis 
local e global (vida familiar, grupos sociais, espaços de convivência e as interações 
espaciais)
A análise das relações entre sociedade e meio ambiente, assim como de outros fenômenos sociais, 
econômicos e políticos, pode ocorrer em diferentes espaços e escalas, variando do local para o global. É 
importante destacar que os eventos têm conexões e dificilmente ocorrem de forma isolada, e é normal 
que influenciem eventos de outro níveis escalares.
Mas o que é escala de análise?
Eis um conceito fundamental para a geografia, que se refere ao nível ou dimensão em que um 
fenômeno é observado ao ser analisado. A escala é o que determina a abrangência espacial, temporal ou 
conceitual para coletar os dados, que serão estudados e interpretados para chegar a conclusões sobre o 
efeito do fenômeno estudado naquele nível escalar.
124
Unidade III
As escalas de análise podem variar de muito pequena ou específica (microescala) a muito grande ou 
geral (macroescala).
A microescala permite entender comportamentos, percepções e interações em níveis locais e 
pessoais. A macroescala envolve áreas geográficas grandes, como países, continentes ou o mundo 
inteiro. Temos também a mesoescala, que permite uma análise intermediária, em comunidades, bairros, 
cidades ou até regiões menores.
— A escala espacial refere‑se à dimensão geográfica em que um estudo é realizado, podendo 
variar do nível escalar local ao global.
— A escala temporal refere‑se a um determinado período – dias para curto prazo, décadas ou 
séculos para longo prazo.
— A escala conceitual aborda a generalidade ou especificidade dos conceitos ou teorias 
empregados na análise.
Compreender essas escalas e suas interações é crucial para abordar efetivamente questões 
contemporâneas, desenvolver políticas apropriadas e promover um desenvolvimento sustentável que 
reconheça tanto as necessidades locais quanto os desafios globais.
Castellar e Vilhena (2022, p. 15) afirmam que o entendimento da dinâmica das relações sociais que 
acontecem no espaço vivido pode contribuir para o processo de construção de identidade individual 
e coletiva, e para a visão da organização do espaço geográfico não apenas como um lugar em que se 
encontram os objetos técnicos (transformados ou não), mas em que há, também, relações simbólicas 
e afetivas que revelam tradições e costumes daqueles que o organizam. Essa compreensão atravessa 
as relações entre o ser humano e a natureza e vai além, permitindo a avaliação e o julgamento das 
intervenções humanas no meio físico.
7.2.3 Elementos da superfície terrestre (paisagens, localização, distribuição de 
diferentes fenômenos e objetos)
O estudo da superfície terrestre é central para a geografia física, e tem como foco a análise das 
características naturais da Terra e dos processos que a moldaram. Esse estudo é de extrema importância 
para entender os fenômenos que sustentam a vida na Terra, gerenciar os recursos naturais, prever e 
mitigar desastres de caráter natural, e planejar o uso do solo e o desenvolvimento sustentável.
A BNCC (Brasil, 2018) propõe que o ensino articule os diferentes espaços e escalas para que os 
estudantes compreendam as relações existentes entre os fatos desde o nível local até o global, sendo 
capazes de relacionar os componentes da sociedade e do meio físico natural.
Esse ensino inclui estudar a morfologia da superfície terrestre e os processos que formaram e 
modificaram‑na. Isso inclui estudar montanhas, vales, planícies e outros aspectos do relevo terrestre, 
125
CONTEÚDOS DE ENSINO DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA
sempre de modo integrado, e o clima, as mudanças climáticas, a água, o solo, a agricultura e os demais 
fenômenos e processos que acometem o planeta.
As autoras Castellar e Vilhena (2022, p. 17) afirmam que ler e interpretar os fenômenos geográficos 
em diferentes escalas de análise contribui para que o aluno entenda a lógica natural de seu cotidiano e 
compre e relacione fatos e fenômenos, percebendo as diferenças e as semelhanças entre as paisagens 
de vários lugares do mundo.
7.3 Unidade temática: Mundo do trabalho (reflexão das funções 
socioeconômicase o impacto das novas tecnologias)
Nesta unidade, a BNCC (Brasil, 2018) indica que os alunos estudem os processos e as técnicas 
construtivas envolvidas no mundo do trabalho produtivo, abordando o uso de diferentes materiais produzidos 
pelas sociedades em diferentes épocas. É importante abordar as características das atividades produtivas 
e suas funções socioeconômicas nos setores da economia, além dos processos produtivos agroindustriais 
em que se desenvolvem, compondo distintas cadeias produtivas.
Sugestão de atividade: 1º ano do Ensino Fundamental
Quadro 57
Unidade temática: Mundo do trabalho
Objeto de conhecimento Habilidades
Diferentes tipos de trabalho existentes no seu 
dia a dia 
(EF01GE06) Descrever e comparar diferentes tipos de moradia 
ou objetos de uso cotidiano (brinquedos, roupas, mobiliários), 
considerando técnicas e materiais utilizados em sua produção
 (EF01GE07) Descrever atividades de trabalho relacionadas com o 
dia a dia da sua comunidade
Atividade:
• Criar painéis apresentando os diferentes tipos de moradias.
• Organizar continhos temáticos com objetos das diferentes profissões para que os alunos possam 
dramatizar as profissões, interagindo uns com os outros na representação de cada profissão.
• Realizar uma pesquisa sobre as diversas profissões que fazem parte do cotidiano do aluno, 
propondo entrevistar profissionais que sejam próximos ou familiares que expliquem as funções 
que têm, como é o mercado de trabalho e como aprenderam a fazer o que fazem.
• A escola pode organizar um “dia da profissão”, em que profissionais de diferentes áreas visitem 
os alunos e sejam entrevistados por todos ao vivo, falando da própria profissão e situando a 
importância dela para a comunidade em que vive.
126
Unidade III
Sugestão de atividade: 2º ano do Ensino Fundamental
Quadro 58
Unidade temática: Mundo do trabalho
Objeto de conhecimento Habilidades
Tipos de trabalho em lugares e tempos diferentes
(EF02GE06) Relacionar o dia e a noite a diferentes tipos de 
atividades sociais (horário escolar, comercial, sono etc.)
(EF02GE07) Descrever as atividades extrativas (minerais, 
agropecuárias e industriais) de diferentes lugares, identificando 
os impactos ambientais
Atividade:
• Apresentar a diversidade de trabalhos em diferentes partes do mundo usando um mapa‑múndi. 
Fale das características nos diferentes países usando figuras para ilustrar, por exemplo: produção 
de queijo na Holanda, fabricação de tapetes no Marrocos etc.
• Criar uma linha do tempo das profissões para trabalhar as transformações ocorridas ao longo 
do tempo.
• Organizar um “dia das profissões” na escola, convidando diferentes profissionais para dar 
depoimentos a respeito de seu trabalho.
• Montar um painel com profissões que atuam no período diurno e profissões que atuam no 
período noturno.
Sugestão de atividade: 3º ano do Ensino Fundamental
Quadro 59
Unidade temática: Mundo do trabalho
Objeto de conhecimento Habilidades
Matéria‑prima e indústria
(EF03GE05) Identificar alimentos, minerais e outros 
produtos cultivados e extraídos da natureza, comparando as 
atividades de trabalho em diferentes lugares
Atividade:
• Organizar uma discussão para mostrar o processo de cultivo dos alimentos de origens diversas 
(animal ou vegetal) e como chegam às nossas mesas. De onde vêm? Como são produzidos? Como 
chegam à mesa do consumidor?
• Apresentar imagens de diferentes tipos de alimentos (vídeos, figuras) e mostrar o processo de 
cultivo, preparo, aquisição e oferecimento do produto final. Então, solicitar aos alunos que 
desenhem o ciclo do alimento desde a origem até chegar à mesa do consumidor.
127
CONTEÚDOS DE ENSINO DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA
Sugestões de atividade: 4º ano do Ensino Fundamental
Quadro 60
Unidade temática: Mundo do trabalho
Objeto de conhecimento Habilidades
Trabalho no campo e na cidade (EF04GE07) Comparar as características do trabalho no 
campo e na cidade
Atividade:
• Organizar a turma em dois grupos: (1) trabalho no campo e (2) trabalho na cidade. Cada grupo 
realizará uma pesquisa sobre seu tema e, após as descobertas, apresentará o que aprendeu para a 
turma por meio de cartazes, painéis, slides ou dramatização.
• Propiciar uma visita virtual para oferecer uma visão realista do trabalho no campo e na cidade. 
Após a visita virtual, discutir com os alunos as diferenças do ambiente, do trabalho, das funções, 
das condições de trabalho e das tecnologias utilizadas.
Quadro 61
Unidade temática: Mundo do trabalho
Objeto de conhecimento Habilidades
Produção, circulação e consumo
(EF04GE08) Descrever e discutir o processo de produção 
(transformação de matérias primas), circulação e consumo de 
diferentes produtos
Atividade:
• A proposta de pesquisa, entrevista e estudo de campo é bastante indicada por promover a autonomia 
e a visão crítica da realidade no aluno. Uma sugestão de tema é: “Da matéria prima ao lápis”.
A) B)
Figura 40 
Disponível em: A) https://tinyurl.com/bd7b8h73; B) https://tinyurl.com/2bd2csu8. Acesso em: 6 mar. 2024.
128
Unidade III
Sugestão de atividade: 5º ano do Ensino Fundamental
Quadro 62 
Unidade temática: Mundo do trabalho
Objeto de conhecimento Habilidades
Trabalho e inovação tecnológica
(EF05GE05) Identificar e comparar as mudanças dos tipos de trabalho e 
desenvolvimento tecnológico na agropecuária, na indústria, no comércio e 
nos serviços
(EF05GE06) Identificar e comparar transformações dos meios de transporte e 
de comunicação
(EF05GE07) Identificar os diferentes tipos de energia utilizados na produção 
industrial, agrícola e extrativa e no cotidiano das populações
Atividade:
• Organizar um projeto didático para identificar o desenvolvimento tecnológico e os tipos de 
trabalho na indústria, no comércio, em serviços e na agropecuária. Pode organizar a turma em 
grupos, e cada grupo fica concentrado numa área de atuação. Depois, cada grupo apresentará o 
que pesquisou em forma de cartazes e painéis.
• Analisar nos diversos tipos de energia, seus impactos e contribuições.
• Propor aos alunos a identificação e comparação entre os meios de transporte e de comunicação, 
e suas transformações ao longo do tempo.
Figura 41 – Dois tipos de energia: eólica (gerada pela força dos ventos) e solar (gerada pelos raios solares)
Disponível em: https://tinyurl.com/vcs5z69y. Acesso em: 6 mar. 2024.
129
CONTEÚDOS DE ENSINO DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA
7.3.1 Processos e técnicas construtivas e o uso de diferentes materiais produzidos pelas 
sociedades em diversos tempos
Esta unidade oferece uma dimensão conceitual aos alunos que envolve os saberes científicos a 
respeito da natureza, do território e da territorialidade. Aborda‑se o conceito de ambiente pela perspectiva 
geográfica, que se fundamenta nas transformações da natureza por meio da intervenção e do trabalho 
humano (Brasil, 2018), e as técnicas usadas e os processos empregados pela sociedade para produzir 
diferentes materiais. O intuito é levar o aluno a entender o funcionamento dos setores econômicos, dos 
processos produtivos agroindustriais e da lógica de consumo.
Löbler e Francisco (2021) afirmam que a sociedade modifica e organiza o espaço de acordo com 
suas necessidades, construindo o espaço geográfico. Os autores entendem trabalho como uma ação 
humana intencional de transformação e adaptação da natureza, produzindo autonomia para o homem. 
Segundo os autores, o resultado do trabalho é a cultura, que pode ser compreendida como os valores, 
pensamentos e costumes que foram produzidos pela espécie humana.
Na época das sociedades primitivas, a natureza dispunha de poucos recursos alimentícios, os 
animais eram enormes e ferozes, e as condições climáticas adversas eram sempre uma ameaça dadas 
as poucas opções de abrigo. Era um ambiente bastante hostil para a espécie humana que, diante dessas 
adversidades, foi adaptando materiais e desenvolvendo técnicas distintas de sobrevivência conforme 
refletia sobre suas necessidades. Esse processo gerou alterações de valorese comportamentos que 
permitiram a evolução e complexificação da relação humana com os recursos naturais, que culminam 
no desenvolvimento técnico que hoje se desdobra em diversas áreas de prática e conhecimento.
Foi por meio do trabalho, essa ação intencional, que o homem produziu a técnica agrícola e 
inventou instrumentos de diversos tipos para atender a diversas necessidades de caça, plantio, moradia 
e reprodução. Essa ação transformadora consciente é chamada de práxis: como consequência do seu 
agir intencional, ele altera e molda a realidade (Cortella, 2011 apud Löbler; Francisco, 2021).
Quadro 63
Era Material Uso
Antiguidade
Pedra Material durável para construção
Madeira Amplamente usada
Idade Média
Tijolo Aprimora as técnicas de construção
Vidro Usado em janelas de igrejas
Renascimento até século XIX
Ferro e aço Material essencial da Revolução Industrial
Concreto Expansão da forma, do tamanho e da durabilidade 
de edificações e superfícies de trânsito
Século XX até hoje
Materiais compostos (ex.: fibra) Diversas aplicações
Diversos materiais Tecnologias sustentáveis
130
Unidade III
A evolução dos processos e das técnicas construtivas, juntamente com a diversidade crescente 
de materiais utilizados, demonstra a capacidade humana de inovar e adaptar‑se a novos desafios e 
contextos. Avanços tecnológicos e mudanças nas prioridades sociais, econômicas e ambientais perpassam a 
sucessão de períodos históricos e moldam a paisagem construída que conhecemos hoje.
7.3.2 Atividades econômicas: características e suas funções socioeconômicas
Nesta unidade o foco está nas ações humanas que transformam o espaço, desde a escala local 
até a global, e fazem parte do estudo da geografia humana. O professor deverá levar o aluno 
a pensar sobre as diferentes atividades econômicas, identificando suas características e funções 
socioeconômicas.
A geografia humana estuda as atividades econômicas, os modos de vida urbano e rural, e analisa 
a organização e distribuição das atividades econômicas pelo mundo. Também observa a ocupação do 
espaço urbano e as implicações dessa ocupação. Esses conteúdos devem ser abordados de modo didático 
e adequado à faixa etária dos alunos (Löbler; Francisco, 2021, p. 20).
A proposta é que o professor aborde os diferentes modos de vida no campo e na cidade, os tipos de 
moradias e as diferentes formas de atividades econômicas e de lazer.
Apesar de alocarmos esta unidade temática sob o guarda‑chuva teórico da “geografia humana”, 
deve‑se tentar superar a dicotomia entre as supostas geografias “física” e “humana”. O mundo é 
constituído pela natureza, e o homem faz parte dela e dela se aproveita. Os fenômenos de um influenciam 
e alteram a morfologia do outro, por isso devem ser estudados de maneira integrada.
Löbler e Francisco (2021) dão um exemplo de como deve ocorrer essa integração na prática 
pedagógica:
 
Pense em algumas cidades do nordeste brasileiro que são conhecidas 
pelo calor intenso e pela escassez da chuva, mas que, após as técnicas 
de irrigação, ganharam destaque na produção de frutas como a uva, a 
maçã e a pera, entre outras. Só é possível compreender plenamente essas 
mudanças se as relacionarmos às intervenções humanas produzidas no 
espaço natural. Nas séries iniciais do ensino fundamental I, o professor 
deve proporcionar às crianças a ideia de que o espaço é uno (físico e 
humano). Por exemplo, ao estudar o bairro como conteúdo da geografia 
escolar, o aluno vai, simultaneamente, reconhecendo que este possui 
localização, relevo específico, atividades comerciais, industriais, agrárias 
etc. Essa proposta já consolida a compreensão sobre a unicidade do espaço 
(Löbler; Francisco, 2021, p. 21).
131
CONTEÚDOS DE ENSINO DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA
8 ENSINO DE GEOGRAFIA: UNIDADES TEMÁTICAS E OBJETOS DE 
APRENDIZAGEM – PARTE 2
8.1 Unidade temática: Formas de representação e pensamento espacial
De acordo com a BNCC (Brasil, 2018), esta unidade temática tem como proposta ampliar de forma 
gradativa a concepção de mapas e de outras formas de representação gráfica, e envolve aprendizagens 
que trabalham o raciocínio geográfico.
Nesta unidade espera‑se que os alunos dominem tanto a leitura quanto a elaboração de mapas e 
gráficos, iniciando‑se na alfabetização cartográfica.
Barulho 2
Decoração 
das paredes 7
Acessibilidade4
Temperatura3
Luz1
Layout 5
Plantas6
Figura 42 – Exemplo de representação gráfica que envolve o raciocínio geográfico
Adaptada de: https://tinyurl.com/bdf8w638. Acesso em: 6 mar. 2024.
Para isso, o professor deve usar fotografias, mapas, gráficos, esquemas, desenhos, imagens de 
satélites, recursos audiovisuais e demais alternativas gráfico‑visuais em sala de aula.
Quanto mais diversificado for o trabalho com as diversas linguagens gráficas, maior será o repertório 
construído pelos alunos, ampliando a produção de sentidos na leitura de mundo.
É importante, na faixa etária associada a esta fase do Ensino Fundamental, desenvolver a capacidade 
de ler fotos, desenhos, plantas, maquetes e outras diversas representações, que aguçam a percepção e o 
domínio do espaço nos estudantes.
132
Unidade III
Figura 43
Disponível em: https://tinyurl.com/52brc8nx. Acesso em: 6 mar. 2024.
Sugestão de atividade: 1º ano do Ensino Fundamental
Quadro 64
Unidade temática: Formas de representação e pensamento espacial
Objeto de conhecimento Habilidades
Pontos de referência
(EF01GE08) Criar mapas mentais e desenhos com base em itinerários, contos 
literários, histórias inventadas e brincadeiras
(EF01GE09) Elaborar e utilizar mapas simples para localizar elementos do local 
de vivência, considerando referenciais espaciais (frente e atrás, esquerda e 
direita, em cima e embaixo, dentro e fora) e tendo o corpo como referência
Atividade:
• Criar mapas mentais e desenhos com base em itinerários, contos literários, histórias inventadas e 
brincadeiras.
• Elaborar e utilizar mapas simples para localizar elementos do local de vivência, considerando 
referenciais espaciais (frente e atrás, esquerda e direita, em cima e embaixo, dentro e fora) e tendo 
o corpo como referência.
133
CONTEÚDOS DE ENSINO DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA
Figura 44 – Exemplo de atividade
Sugestão de atividade: 2º ano do Ensino Fundamental
Quadro 65
Unidade temática: Formas de representação e pensamento espacial
Objeto de conhecimento Habilidades
Localização, orientação e 
representação espacial
(EF02GE08) Identificar e elaborar diferentes formas de representação (desenhos, 
mapas mentais, maquetes) para representar componentes da paisagem dos 
lugares de vivência
(EF02GE09) Identificar objetos e lugares de vivência (escola e moradia) em 
imagens aéreas e mapas (visão vertical) e fotografias (visão oblíqua)
(EF02GE10) Aplicar princípios de localização e posição de objetos (referenciais 
espaciais, como frente e atrás, esquerda e direita, em cima e embaixo, dentro e 
fora) por meio de representações espaciais da sala de aula e da escola
Atividade:
• Atividades que os alunos possam identificar e elaborar diferentes formas de representação 
(desenhos, mapas mentais, maquetes) para representar componentes da paisagem dos lugares de 
vivência, inclusive de objetos e lugares de vivência (escola e moradia) em imagens aéreas e mapas 
(visão vertical) e fotografias (visão oblíqua).
 Observação
Visão vertical: observar a paisagem de cima para baixo.
Visão oblíqua: observar a paisagem de um lado para o outro.
• Analisar a figura e perceber a posição dos objetos a partir de diferentes pontos de vista.
134
Unidade III
A) 
B) 
Figura 45 – Pontos de vista: A) visão vertical – de cima para baixo; B) visão oblíqua – de cima e de lado.
Disponível em: A) https://tinyurl.com/2p9emhz; B) https://tinyurl.com/tu69rzna. Acesso em: 6 mar. 2024.
• Organizar atividades para aplicar princípios de localização e posição de objetos por meio de 
representações espaciais da sala de aula ou da escola, trabalhando os seguintes referenciais 
espaciais: frente e trás,esquerda e direita, em cima e embaixo, dentro e fora.
135
CONTEÚDOS DE ENSINO DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA
Figura 46
Disponível em: https://tinyurl.com/3j5rsnkk. Acesso em: 6 mar. 2024.
 Saiba mais
O livro Zoom, do autor e ilustrador István Banyai, é um livro só com 
imagens que pode ser lido do começo para o fim ou do fim para o começo. 
Ele mostra os objetos pela perspectiva das partes para o todo (ou do todo 
para as partes).
BANYAI, I. Zoom. São Paulo: Brinque‑Book, 2002.
Sugestão de atividade: 3º ano do Ensino Fundamental
Quadro 66
Unidade temática: Formas de representação e pensamento espacial
Objeto de conhecimento Habilidades
Representações cartográficas
(EF03GE06) Identificar e interpretar imagens bidimensionais e 
tridimensionais em diferentes tipos de representação cartográfica
(EF03GE07) Reconhecer e elaborar legendas com símbolos de 
diversos tipos de representações em diferentes escalas cartográficas
136
Unidade III
Atividade:
• Apresentar aos alunos imagens e objetos que deverão identificar e interpretar. Os objetos e 
imagens devem ser tanto bidimensionais como tridimensionais, representados de diversas 
formas cartográficas.
 Observação
Imagens bidimensionais: têm apenas duas dimensões (altura e largura) e 
são representadas em superfícies planas, como telas, papéis e fotografias.
Imagens tridimensionais: têm três dimensões (altura, largura e 
profundidade) e transmitem a sensação de volume no espaço.
Callai (2005) afirma que a alfabetização cartográfica ocorre quando a criança caminha, corre 
e  brinca, pois ela está interagindo com um espaço social, e, portanto, está ampliando o seu mundo e 
reconhecendo a complexidade dele. O aprendizado de cartografia pode vir de onde o aluno menos 
imagina, como ao brincar de amarelinha ou esconde‑esconde, por exemplo.
Figura 47
Disponível em: https://tinyurl.com/2xb7dxc9. Acesso em: 6 mar. 2024.
137
CONTEÚDOS DE ENSINO DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA
Sugestões de atividade: 4º ano do Ensino Fundamental
Quadro 67
Unidade temática: Formas de representação e pensamento espacial
Objeto de conhecimento Habilidades
Sistema de orientação
(EF04GE09) Utilizar as direções cardeais na 
localização de componentes físicos e humanos nas 
paisagens rurais e urbanas
Atividade:
• Utilizar as direções cardeais na localização de componentes físicos e humanos, em paisagens 
tanto rurais quanto urbanas.
Oeste Leste
Sul
Norte
Observador olhando para o norte
Figura 48 – Pontos cardeais
Quadro 68
Unidade temática: Formas de representação e pensamento espacial
Objeto de conhecimento Habilidades
Elementos constitutivos dos mapas (EF04GE10) Comparar tipos variados de mapas, identificando suas 
características, elaboradores, finalidades, diferenças e semelhanças
Atividade:
• Solicitar aos alunos que comparem tipos variados de mapas, identificando suas características, 
elaboradores, finalidades, semelhanças e diferenças. É possível fazer essa atividade com os mapas 
físico e climático do Brasil, por exemplo.
138
Unidade III
Equatorial
Úmido com 1 a 3 meses secos
Úmido com 1 a 3 meses secos
Úmido com 1 a 3 meses secos
Úmido com 1 a 3 meses secos
Superúmido sem seca/subseca
Superúmido sem seca/subseca
Superúmido sem seca/subseca
Semi‑úmido com 4 e 5 meses secos
Semi‑úmido com 4 e 5 meses secos
Semi‑úmido com 4 e 5 meses secos
Semi‑úmido com 6 a 8 meses secos
Semi‑úmido com 9 a 11 meses secos
Tropical Zona Equatorial
Tropical Brasil Central
Temperado
0800 721 8181
Fonte: Mapa de clima do Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 2002. 1 mapa. Escala 1:5 000 000. Disponível em: 
<http://mapas.ibge.gov.br/tematicos.html>. Acesso em: abr. 2016.
Climas zonais
Quente (média > 18oC em todos os meses do ano)
Mesotérmico Brando (média entre 10oC e 15oC)
Mesotérmico Mediano (média < 10oC)
Subquente (média entre > 15oC e 18oC em pelo menos 1 mês)
Tropical Nordeste Oriental
Projeção Policônica
Meridiano de Referência: ‑54º W. Gr
Paralelo de Referência: 0 º
120 0 240 km
Projeção Policônica
Meridiano de Referência: ‑54º W. Gr
Paralelo de Referência: 0 º
120 0 240 km
Clima
Figura 49 – Mapa climático do território brasileiro
Adaptada de: https://tinyurl.com/mrxaffhn. Acesso em: 6 mar. 2024.
139
CONTEÚDOS DE ENSINO DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA
Físico
Fonte: IBGE,Diretoria de Geociência, Coordenação de Cartografia. 0800 721 8181www.ibge.gov.br
Projeção Policônica
Meridiano de Referência: ‑54º W. Gr
Paralelo de Referência: 0 º
120 0 240 km
Altitudes
1 800 m
1 200 m
800 m
500 m
200 m
100 m
0 m
picos
terreno sujeito 
a inundação
rios permanentes
rios temporários
N
Figura 50 – Mapa morfológico do território brasileiro
Adaptada de: https://tinyurl.com/34m9pbj4. Acesso em: 6 mar. 2024.
140
Unidade III
Sugestões de atividade: 1º ano do Ensino Fundamental
Quadro 69
Unidade temática: Formas de representação e pensamento espacial
Objeto de conhecimento Habilidades
Mapas e imagens de satélite
(EF05GE08) Analisar transformações de paisagens nas cidades, 
comparando sequência de fotografias, fotografias aéreas e 
imagens de satélite de épocas diferentes
Atividade:
• Utilizar diversas sequências de fotografias de um mesmo local e de épocas diferentes e oferecer 
aos alunos materiais diversos de fotografias aéreas e imagens de satélite. Esses materiais podem 
ajudar o aluno a identificar as mudanças ocorridas na paisagem urbana.
• Identificar a construção de novos edifícios, a expansão de áreas verdes, a instalação de novas vias 
de transporte, entre outras transformações.
Quadro 70
Unidade temática: Formas de representação e pensamento espacial
Objeto de conhecimento Habilidades
Representação das cidades e do espaço urbano (EF05GE09) Estabelecer conexões e hierarquias entre diferentes 
cidades, utilizando mapas temáticos e representações gráficas
Atividade:
• Oferecer mapas temáticos aos alunos. Eles são representações gráficas da superfície terrestre 
ilustrada de acordo com o critério estabelecido, como a representação populacional, as atividades 
econômicas ou o clima. A partir dele, o aluno poderá classificar as imagens como uma metrópole, 
cidade ou vila, dependendo da hierarquia entre as diferentes cidades e poderá registrar as conexões 
que seu município tem com outros ao redor.
8.1.1 Localização geográfica
A proposta para os alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental tem como foco principal a 
aquisição de conceitos básicos de geografia e a inclusão da localização geográfica como uma estratégia 
e visa desenvolver o senso de orientação espacial nos alunos para que eles compreendam o mundo 
em que vivem.
A indicação é que em cada etapa de ensino as atividades sejam adaptadas para que o ensino seja 
cada vez mais interessante e acessível ao aluno.
141
CONTEÚDOS DE ENSINO DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA
Para o ensino da noção de localização geográfica, propõe‑se fazer uso de:
• Mapas: excelentes recursos para iniciar os alunos na compreensão da localização geográfica.
• Brincadeiras: podem desenvolver habilidades de orientação e compreensão espacial.
• Histórias: podem envolver viagens e explorações e introdução a conceitos geográficos.
• Aplicativos educativos e jogos: permitem uma exploração virtual realista de diferentes partes 
do mundo, oferecendo uma perspectiva global.
• Aulas de campo: por meio de visitas guiadas, que auxiliam compreender o espaço geográfico e 
a relação entre o ambiente e as ações humanas.
Ensinar localização geográfica nos anos iniciais é crucial para desenvolver não apenas o conhecimento 
geográfico, mas também habilidades de pensamento crítico, consciência espacial e curiosidade sobre as 
diversas culturas e ambientes do nosso planeta. Ao incorporar esses ensinamentos de maneira interativa 
e envolvente no plano didático, os educadores estimulam o interesse dos alunos pelo mundo ao seu 
redor e pela sua localização nele.
8.1.2 Pensamento espacial
A BNCC (Brasil, 2018) indica o desenvolvimento do pensamento espacial desde o início da escolarização 
dos alunos, isto é, quepensem espacialmente já nos anos iniciais do ensino fundamental, por meio 
do raciocínio geográfico. O pensamento espacial desenvolve a capacidade de compreender, analisar 
e interpretar o espaço ao nosso redor, e por isso permite que as crianças entendam melhor o mundo 
em que vivem.
Medeiros et al. (2021) afirma que o pensamento espacial desenvolve e mobiliza o raciocínio 
geográfico, inserindo conceitos estruturantes na análise do espaço e em sua dinâmica, tais como: a 
escala, a extensão, a localização, a relação entre unidades de medidas, as diferentes formas de calcular 
distâncias e os sistemas de coordenadas.
Para o ensino do pensamento espacial, é possível desenvolver diversas atividades a partir de:
• Uso de objetos: atividades que envolvem a manipulação de objetos, como bloco de construção, 
quebra‑cabeças e jogos de encaixe, para ajudar a desenvolver a noção de forma, tamanho, espaço 
e distância.
• Mapas e maquetes: atividades que introduzam as crianças à leitura de mapas simples e a criar 
modelos de maquetes de espaços conhecidos, por exemplo: a sala de aula.
142
Unidade III
• Brincadeiras e jogos: atividades que envolvem a orientação espacial, como caça ao tesouro, 
corridas de orientação, esconde‑esconde, são brincadeiras que exploram o pensamento espacial, 
pois trabalham a localização, a direção e as distâncias no ambiente físico.
• Aplicativos educativos: atividades que exploram jogos de simulação e a realidade aumentada.
• Desenho, pintura e escultura: atividades que permitem que as crianças experimentem formas, 
proporções e perspectivas.
• Organização de objetos: atividades de classificação por tamanho, forma ou cor estimulam o 
reconhecimento de padrões e a organização espacial.
8.1.3 Princípios metodológicos do raciocínio geográfico: localização, extensão, 
correlação, diferenciação e analogia espacial
Medeiros et al. (2021) aponta que desenvolvimento do raciocínio geográfico deve seguir alguns 
princípios: analogia, conexão, diferenciação, distribuição, extensão, localização e ordem.
Os princípios são como um recurso a ser utilizado para entender a localização e a distribuição dos 
fatos e fenômenos que ocorrem na superfície terrestre, as conexões entre tais componentes, as ações 
antrópicas, o ordenamento territorial e os aspectos fundamentais da realidade (Brasil, 2018).
Dessa forma, podemos afirmar que o raciocínio geográfico é fundamental para a compreensão das 
relações entre a sociedade e o meio físico, pois é ele que permite ao aluno analisar de forma crítica a 
organização do espaço geográfico.
De acordo com a BNCC (Brasil, 2018), podemos dizer que:
Quadro 71
Princípio Características 
Localização Posição de um objeto ou lugar no espaço. Estabelece onde o objeto ou lugar 
se encontra
Extensão Refere‑se ao tamanho e à área que um fenômeno ocupa no espaço
Correlação Entende as relações a interações entre os diferentes fenômenos geográficos
Diferenciação Identificar e entender as diferenças espaciais que existem entre lugares. 
Fundamental para análise comparativa entre diferentes regiões ou locais
Analogia espacial Comparação entre diferentes áreas ou fenômenos para identificar 
semelhanças em seus padrões ou processos
Adaptado de: Brasil (2018, p. 23).
Podemos afirmar que os princípios metodológicos do raciocínio geográfico são essenciais para a 
análise e a compreensão do espaço geográfico, pois oferecem estrutura para investigar e interpretar 
a realidade e desenvolver um pensamento crítico sobre as dinâmicas do mundo contemporâneo.
143
CONTEÚDOS DE ENSINO DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA
8.1.4 Alfabetização cartográfica: domínio da leitura e elaboração de mapas e gráficos
A BNCC (Brasil, 2018) indica que os alunos dos anos iniciais do ensino fundamental devem aprender 
a alfabetização cartográfica. Mas, afinal, o que significa esse termo?
Maria Assunção Francisco (2021, p. 86) aponta a cartografia como a área de conhecimento que 
estuda, analisa e produz qualquer tipo ou forma de representação da superfície terrestre – mapas, 
cartas, maquetes etc. Para desenvolver tal habilidade, devemos trabalhar com os alunos as noções de 
lateralidade, orientação, localização e referências espaciais.
Ao longo desta unidade temática, oferecemos uma série de atividades em que o aluno se envolve 
com mapas e representações gráficas para além da mera leitura, mas produzindo suas próprias 
representações do espaço (Francisco, 2021).
Com isso, pretende‑se ensinar aos alunos, desde o início do processo de escolarização, os conceitos 
da cartografia, que é um conjunto de códigos utilizados na elaboração de mapas, croquis e maquetes, 
tais como escala, projeção cartográfica e legenda. Ao processo de aprendizagem e domínio dessa 
linguagem cartográfica damos o nome de alfabetização cartográfica, cujo processo se inicia já nas 
primeiras relações topológicas que o indivíduo tem com o espaço.
Ao ingressar nos anos iniciais do Ensino Fundamental, o aluno aprofundará o conhecimento sobre tais 
relações e desenvolverá as relações espaciais projetivas e euclidianas, que citamos em outro momento 
desta unidade.
É no processo de alfabetização cartográfica que o professor trabalha a aquisição das noções de 
localização e de perspectiva, como “estou defronte à mesa”, “estou ao lado da cadeira”, “o gato está 
atrás da mesa”, e assim por diante. Para tanto, é preciso que ele desenvolva um conjunto de habilidades e 
conhecimentos nos alunos que os permitam entender, usar, interpretar e criar mapas que representem 
um espaço ou objeto.
Essa competência é fundamental para diversas áreas do conhecimento, e os mapas são ferramentas 
essenciais para representar informações geográficas de maneira visual e sintetizada.
8.1.5 Diversas linguagens: fotografias, desenho e imagens de satélites
Pontuschka, Paganelli e Cacete (2009, p. 215) afirmam que as diversas formas de linguagem são 
recursos didáticos que precisam ser utilizados em sala de aula por favorecerem a aprendizagem de 
diferentes conteúdos. Cada linguagem tem características específicas que precisam ser conhecidas 
pelos professores para que saibam ensiná‑las de acordo com os objetivos propostos, e consigam passar 
corretamente os conceitos e conteúdos a serem trabalhados ao explicar as características de cada uma 
aos alunos e encaminhar o trabalho desenvolvido em sala de aula.
Os autores afirmam que a linguagem do cinema é cada vez mais utilizada como recurso pedagógico, 
e que essa forma de linguagem explora os diferentes espaços geográficos e apresenta cenários que 
possibilitam análises mais realistas e criteriosas por parte dos alunos.
144
Unidade III
Temos também o uso de fotografias, desenho e imagens, que em outros momentos eram meras 
ilustrações. Atualmente, a proposta é indicar a análise da imagem como forma de refletir sobre as 
relações do homem com o ambiente.
De acordo com Castellar e Vilhena (2022, p. 81), usar uma imagem deve ser o ponto de partida para 
analisar um fenômeno. Esse recurso estimulará o aluno a fazer observações e a levantar hipótese sobre 
o tema abordado. Podem ser usadas imagens de satélite computadorizado para analisar a dinâmica 
atmosférica, como a chegada de uma frente fria ou o fenômeno El Niño, por exemplo.
A diversidade de linguagens para o ensino de geografia nos leva a crer que não cabe mais à escola 
trabalhar como antigamente, fazendo uso apenas de lousa, giz e livro didático. Ela deve se atualizar 
perante as novas tecnologias disponíveis e compreender que o aluno precisa contextualizar o conteúdo 
aprendido e que o meio interativo auxilia esse processo, que também será ensinado a partir de diversas 
formas de linguagem que contribuem significativamente para a compreensão de conceitos complexos 
no ensino de geografia.
8.2 Unidade temática: Natureza, ambientes e qualidade de vida
De acordo com a BNCC (2018), a proposta é que nesta unidade temática, a ênfase fique nas 
noções relativas à percepção do meio físico natural e de seus recursos. Os alunos devem,

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