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aula6 liderança como estrategia de gestao de pessoas

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Administração de Recursos Humanos II
GESTÃO ESTRATÉGICA DE RECURSOS 
HUMANOS: LIDERANÇA COMO 
ESTRATÉGIA DE GESTÃO DE PESSOAS
Objetivos de aprendizagem
Ao término desta aula, vocês serão capazes de:
•	 despertar a necessidade da liderança na condução das pessoas;
•	 levar o aluno a repensar as suas características e a adotar posturas proativas frente à direção de pessoas.
A aula de gestão estratégica de recursos humanos tem sua 
importância por tratar e conceituar fundamentos e características 
da liderança, tal como seu atuante. Nesta aula será explorado o 
termo liderança a fundo, tal como os fundamentos que ela tem e 
suas características. E para auxiliar essa fundamentação tratarei 
também o modo como o líder tem de se portar, tal como suas 
características e fontes de poder natas ou adquiridas dentro e 
fora da empresa. Vamos lá!!
Bons estudos!
6º Aula
47
1 − Fundamentos e conceitos de liderança
2 − Características e estilo do líder
3 − Fontes de poder de liderança
Perguntas de partida para estudo
•	 O gestor de pessoas precisa da liderança no exercício 
de sua profissão?
•	 A liderança contribui para a melhoria dos resultados 
organizacionais?
•	 Qual a característica de um líder? 
1 - Fundamentos e conceitos de 
liderança
Fundamento e conceito de liderança: introdução ao 
assunto
Em outras aulas você estudou sobre a origem e o 
conceito de organização. Aprendeu que a organização 
empresarial é o ambiente onde acontecem as relações 
empregatícias, sociais e políticas. As pessoas constituem 
a organização empresarial em busca de realizações 
provenientes de sonhos ou de planejamento. Na organização 
os empreendedores ou os acionistas procuram maximizar 
os recursos aplicados, denominados de investimentos, para 
obter a maior rentabilidade possível (retorno) de seu dinheiro 
investido. De outro lado, encontram-se pessoas (empregados 
ou colaboradores) que estão nessa organização em busca 
também de realizações sociais, financeiras ou políticas. Essas 
pessoas oferecem as suas competências, compartilham os 
seus valores, as suas crenças e expressam as suas necessidades 
e suas expectativas. De certo modo, compartilham a sua 
vida uns com os outros. Porém, o que interessa mesmo 
à organização é a sua competência, sua habilidade e a sua 
capacidade de fazer sempre mais e melhor para a organização. 
O que essas pessoas pensam, sentem e fazem, caracteriza o 
seu comportamento dentro da organização, o que na visão 
de vários autores, afeta o desempenho organizacional. Essas 
atitudes são avaliadas mediante o estudo do comportamento 
organizacional.
Em tempos de competitividade, toda organização precisa 
se adequar à realidade do ambiente externo e das exigências 
do mercado consumidor que anda cada vez mais competitivo 
e senhor (ciente) de seus direitos. Qualidade no atendimento 
não é mais sinônimo de preço alto ou garantia de mercado, 
mas uma questão de necessidade. Portanto, ter e fazer as coisas 
com qualidade torna-se uma estratégia de sobrevivência. Para 
fazer com qualidade é preciso ter competências, isto é, ter 
pessoas comprometidas, preparadas, motivadas. É preciso ter 
eficaz comunicação e eficaz liderança. 
As pessoas consideradas recursos, empregados ou 
colaboradores, estão dispostas a fazer e a dar retorno à 
organização e as suas estratégias de qualidade total. Porém, essas 
pessoas desejam, em contrapartida, um adequado ambiente de 
Seções de estudo
trabalho (condições de trabalho). Nessas condições de trabalho 
está inserida também uma liderança eficaz. Todo trabalhador 
tem as suas necessidades, sua motivação, sua característica de 
personalidade, o que o torna distinto dos outros. Portanto, é 
preciso tratá-lo de forma distinta como se ele fosse único na 
organização. Esse tratamento não se dá por estratégias da 
empresa, mas por questões de respeito à individualidade de 
cada pessoa. É claro que essa atitude nem sempre se realiza 
na organização por uma série de fatores internos (recursos, 
liderança, ambiente, modelo gestão e cultura organizacional). 
Na impossibilidade de tratar as pessoas como indivíduos e de 
dar-lhes um atendimento único, a organização corre o risco 
de padronizar o comportamento do funcionário e igualá-lo a 
outros empregados. Na realidade, é isso mesmo que acontece 
no dia a dia, no ambiente da organização.
O administrador é um profissional preparado para lidar 
com os eventos sociais, políticos, financeiros e culturais da 
organização. Deve desempenhar esses papéis com zelo e 
eficácia. Dentre as suas funções administrativas, a direção 
é a atividade que requer liderança e o desenvolvimento de 
habilidades humanas. O exercício da direção requer certas 
habilidades que são natas e outras adquiridas. Dentre essas 
habilidades, destacam-se a capacidade de lidar com pessoas, 
a capacidade de planejar o comportamento das pessoas, 
a capacidade de comunicar e assim por diante. Não basta 
apenas o administrador ter a capacidade de conceituar a 
liderança, é preciso saber exercê-la e fazer isso com eficácia 
(veja logo abaixo o que significa liderança eficaz). É claro que 
o exercício da liderança requer alguns conhecimentos básicos 
sobre a Psicologia, a Sociologia e Antropologia, para que o 
profissional, isto é, o gestor de pessoas, possa compreender os 
fenômenos que ocorrem entre os grupos ou o comportamento 
do homem em seu habitat, nesse caso, a organização. 
Muitas questões são levantadas a respeito da liderança, 
principalmente no que tange à falta de preparo das pessoas que 
a exercem ou julgam que a exercem. Muitos empregados não 
reconhecem as suas lideranças no ambiente organizacional, 
atitude essa, que pode levar ao insucesso nas mudanças 
organizacionais ou na realização dos resultados, isto é, no 
desempenho financeiro da empresa. O exercício da liderança 
requer competência e habilidade, além de certas características 
do administrador ou do gerente, tais como: ser motivado, ser 
preparado, ser capacitado, ser atencioso, ser ético e assim por 
diante. Essas características você verá no transcorrer da aula.
A questão que se faz é: todo administrador por 
excelência é um líder? Todo administrador está pronto para 
exercer a liderança? Quais os desafios do administrador de 
pessoas (recursos humanos) diante do exercício da liderança. 
A liderança deve ser vista e tratada como uma estratégia 
organizacional ou como uma competência pessoal? Espero 
que você encontre respostas para esses questionamentos e se 
prepare para exercer uma administração de recursos humanos 
com competência e com muita liderança.
Espera-se que após a leitura da aula você possa saber 
o que caracteriza a liderança eficaz, as características de um 
administrador líder e os tipos de liderança predominantes e 
desejados na organização. Portanto, não se limite apenas ao 
conteúdo desta aula, resgate os seus conhecimentos adquiridos 
em Teorias da Administração e em Psicologia e Sociologia.
48Administração de Recursos Humanos II
Conceituando a liderança e estabelecendo as 
características de um líder
Falar de liderança é tão 
polêmico como falar de política, 
religião e futebol. Saber se a 
liderança é adquirida ou nata 
muitas vezes provoca grandes 
discussões e não se chega ao 
consenso. O estudo da Liderança 
requer um profundo mergulhar 
nas teorias situacionais e de 
traços de personalidade. Porém, o que importa mesmo é o 
administrador conhecer as características do líder, aperfeiçoá-
la e conduzir as pessoas com respeito, ética e espírito de 
equipe, considerando as suas limitações, os seus desejos e 
a sua motivação. Acadêmicos, gerentes e empreendedores 
sentem-se atraídos e estimulados com a Liderança. A questão 
é: como pensam a liderança e como exercem a liderança. 
O que significa ser um líder? Como entender e utilizar a 
liderança. Qual o comportamento de um líder? Batemam e 
Snell (1998, p. 54) afirmam que a liderança pode ser ensinada 
e aprendida. De acordo com fontes citadas pelos autores “a 
liderança parece ser a convocaçãode habilidades possuídas 
por uma maioria de pessoas, mas utilizada por uma minoria. 
É, porém, algo que pode ser aprendido por qualquer pessoa, 
ensinado a todos, não devendo ser negado a ninguém”. 
Vamos então começar a responder algumas questões 
importantes para o estudo. Afinal, o que é liderança? Bateman 
e Snell (1998) dizem que um líder é alguém que influencia os 
outros a atingir metas. Quanto maior o número de seguidores, 
tanto maior a influência. E, quanto mais bem sucedida 
a realização de metas importantes, tanto mais evidente a 
liderança. Para os autores, liderança é uma característica 
pessoal que os gerentes, administradores, gestores ou qualquer 
profissional que lida com pessoas possui para realizar as 
coisas (resultados e objetivos) por meio de outras pessoas. 
Pela afirmação dos autores, inicialmente podemos acreditar 
que a liderança é uma característica de pessoas com traços 
próprios de liderança. Seria um dom, uma habilidade, uma 
competência que o torna capaz de dirigir pessoas. 
Para Schermerhorn (1999, p. 87), a liderança não pode 
ser confundida com poder, pois “a liderança é o processo de 
inspirar pessoas, ou seja, inspirar o trabalho de outras pessoas, 
para que trabalhem duro e alcancem resultados”. Para o 
autor, a liderança é uma função administrativa, preconizada 
por Fayol no modelo clássico de administração. Para Fayol é 
preciso planejar, organizar, liderar e controlar. Essa visão de 
Schermerhorn remonta bem a escola clássica. Com certeza 
suas ideias não seriam muito aceitas pelos cientistas sociais 
ou pela escola humanista. É claro que nesta aula não temos 
a pretensão de trabalhar a psicologia organizacional ou o 
comportamento organizacional, mas mostrar, construir 
um conceito que seja claro e adequado à formação do 
administrador, para que ele possa assimilá-lo e assim exercer a 
liderança com eficácia. 
Segundo Schermerhorn (1999, p.114), “grandes 
líderes conseguem que as coisas extraordinárias sejam 
feitas nas organizações inspirando e motivando os outros 
na direção de um propósito comum. Para dar certo como 
http://www.msarh.com.br/blog/
category/comportamento. Acesso em 
18 jun. 2012, 13h20.
um líder, portanto, um gerente precisa ser bom ao lidar 
com pessoas”. Para Robbins (2000, p. 54) “um líder 
é uma pessoa que por suas ações, facilita o movimento 
de um grupo de pessoas rumo a uma meta comum ou 
compartilhada.” Nessa definição, Robbins sugere que 
a liderança é um processo de influência. Bem, acredito 
que essas três definições já nos auxiliam a responder 
inicialmente o que vem a ser liderança e o que vem a 
ser líder. A diferença entre o líder e a liderança é que a 
liderança é a atividade ou a influência que uma pessoa 
ou um profissional exerce sobre um grupo para alcançar 
resultados. O líder é o indivíduo, a pessoa que exerce 
a liderança. Robbins (2000) pergunta: todos os líderes 
exercem a liderança? Para responder a questão, temos que 
contextualizar a situação e a realidade do papel de cada 
gerente ou de cada líder. Se o líder é apenas aquele gerente 
ou aquele indivíduo que tem o poder de mandar, porque 
o seu cargo ou sua posição lhe permitem e, mediante o 
exercício da força, alcança resultados, com certeza não. 
Mas, se o líder é aquele profissional que ocupa uma 
posição de mando, porém exerce a liderança através da 
influência, do respeito à vida e às individualidades, com 
certeza esse é o líder e exerce a liderança. Comenta-se na 
rádio peão que nem todo gerente é um líder e que todo 
líder pode ser um gerente. A questão gera polêmicas. 
Na realidade, é possível afirmar com base nos estudos 
já realizados, que a liderança é uma característica pessoal, 
ou seja, um traço de personalidade. É uma habilidade para 
inspirar pessoas através da confiança, do carisma, do respeito 
e da motivação. Grace Murray Hopper, citado por Robbins 
(s/d, p.94), diz que “você gerencia coisas, mas lidera pessoas”. 
Dessa forma, até aqui, aprendemos que os líderes são pessoas 
com características de liderança, com habilidades de liderar, de 
conduzir, de entusiasmar pessoas para alcançar resultados por 
meio delas e com elas.
A eficácia da liderança depende de aspectos como: 
fatores situacionais, qualidades do líder, característica do 
liderado e estilo de liderança. A Eficácia da liderança é 
utilizada para saber se um líder está adotando corretamente 
a liderança. Os líderes não podem ser líderes sem liderados 
(pessoas). Portanto, a característica do liderado influenciará 
na liderança exercida, bem como a qualidade e o estilo de 
liderança também resultará na eficácia da liderança. Preste 
bem atenção: embora a liderança seja uma habilidade ou a 
capacidade de liderar pessoas, isso depende de certos traços 
e certas características. Afirmamos aqui que até o ambiente 
onde o líder atua ou exerce a sua liderança influencia a eficácia 
da liderança. De antemão, adiantamos que a liderança é 
situacional (depende do local e do momento). Sugiro aqui a 
leitura da obra de ROBBINS, Stephens Paul. Administração. 
São Paulo: Saraiva, 2000, para um maior aproveitamento e 
entendimento da questão da eficácia da liderança. O autor 
descreve as etapas e as medidas que devem ser consideradas 
na avaliação da eficácia da liderança. 
Liderança é o papel do líder ou do Administrador de influenciar 
positivamente pessoas para realizar resultados esperados pela 
organização. A liderança deve ser exercida com respeito à diversidade, 
aos valores, aos desejos e à motivação das pessoas.
49
2- Características e estilo do líder
Características e Estilo do Líder
Se aprofundarmos os estudos científicos sobre a 
liderança, vamos descobrir que esses estudos revelam vários 
estilos e características de liderança ou do líder. Na realidade, 
as características do líder podem ser: física, emocional, de 
personalidade, de confiança, de determinação, de decisão e 
de probidade. As características de um líder é que o diferem 
de outros líderes e determinam também a sua eficácia 
de liderança. Para Robbins, essas características têm um 
potencial relativamente alto para explicar a percepção de 
liderança do gerente por parte dos indivíduos. Por outro 
lado, as características não garantem nenhuma eficácia, pois 
depende de como o gerente ou o líder a utiliza e exerce sobre 
seu liderado. Na realidade, as características do líder podem 
ser mais bem compreendidas na teoria e na abordagem dos 
traços de liderança que, segundo Bateman e Snell (1998, p. 
20), “focalizam comportamentos, enfocam traços e focalizam 
situações”. 
A abordagem de traços é a perspectiva mais tradicional 
da liderança e foi dominante por várias décadas, segundo Snell 
(1998). Para o autor, essa abordagem parece lógica para o 
estudo da liderança: ela focaliza os líderes individualmente e 
tenta determinar as características de cada um. 
De 1904 a 1948, foram realizados mais de 100 
estudos sobre traços de liderança. No final 
desse período, estudiosos da administração 
concluíram que não é necessário nenhum 
conjunto particular de características para 
que uma pessoa se torne um líder de sucesso. 
O entusiasmo pela abordagem de traços 
diminuiu, mas algumas pesquisas vertentes 
prosseguiram. Em meados da década de 70, 
surgiu uma visão mais equilibrada: embora 
nenhum traço garanta o sucesso da liderança, 
certas características são potencialmente úteis. 
A perspectiva dos anos 90 foi de que algumas 
características de personalidade - muitas 
das quais não precisam ser inatas, podendo 
as pessoas lutar para adquiri-las. De fato as 
características de liderança diferem os líderes 
(BATEMAN e SNELL, 1998, p. 22).
Vamos aqui listar algumas características e traços de 
liderança, que na visão do professor e dos autores referenciados 
nessa aula, caracterizam o líder:
• empenho: é o conjunto de características que reflete 
o alto nível de esforço para a realização de uma tarefa e 
para influenciar pessoas. O empenho inclui a necessidade 
de realização. Requer persistência,dedicação, motivação, 
iniciativa, energia e tenacidade para resolver as coisas.
• motivação de liderança: é o desejo de liderar. É o 
querer. É a necessidade de realizar-se como líder e de exercer 
a liderança. O grau de motivação depende de cada gerente. 
• integridade: é a correspondência entre o que se faz 
e o que se fala ou promete. Está vinculada a honestidade e 
credibilidade percebida pelos liderados. A credibilidade é 
importante para o líder se posicionar diante de seus liderados.
• autoconfiança: permite ao líder superar os obstáculos. 
Ter confiança no que faz e certeza de que conseguirá o 
que deseja. A autoconfiança é muito importante e também 
necessária ao líder, pois o papel do líder é desafiador e as 
contrariedades e os problemas diante dos liderados são 
inevitáveis. É necessário que o líder persista.
• conhecimento do negócio: líderes eficazes e de alto nível 
conhecem o negócio. São especialistas e também generalistas. 
São inteligentes e capazes. Se assim não for, perderá a 
credibilidade. Tempos atrás se respeitava o gerente pela sua 
capacidade técnica e não pelas suas características pessoais.
• ética: a ética é o conjunto de valores. É uma norma de 
conduta moral (grifo do autor), necessária a qualquer gerente-
líder ou a qualquer profissional à frente de seu negócio ou 
de suas funções. A ética possibilita a isenção e a equidade no 
lidar e no trato com as pessoas e também com os liderados. 
O líder ético respeita a natureza das pessoas, as limitações, a 
diversidade e os valores pessoas.
• responsabilidade social: os grandes líderes e 
empreendedores no século XXI estão sendo avaliados e 
respeitadas pela capacidade de respeitar as pessoas e também 
o ambiente. Criar estratégias e alternativas para preservar a 
natureza, ou seja, o ambiente onde os liderados vivem com as 
suas famílias tornou-se um aspecto necessário ao líder.
• respeito às limitações e à diversidade: o respeito é uma 
atitude que o líder exerce sobre o seu liderado de maneira que 
não ultrapasse os direitos do próximo. A diversidade quanto 
ao trabalho da mulher, do negro, do menor, do estrangeiro 
e das minorias no ambiente organizacional não podem ser 
fatores de preconceito ou discriminação. O líder nota 10 é 
aquele que consegue lidar com as diferenças. 
• honestidade: honestidade é uma atitude e depende de 
traços de personalidade, do meio e da formação de valores de 
cada pessoa. Caracteriza-se pelas atitudes de respeito e ética, 
e em manter e realizar o que foi combinado com o liderado.
Estamos chegando ao final de nossa aula e você pode 
perceber o quanto é complexo falar e estabelecer parâmetros 
para a liderança. Acredito que neste estágio da aula você já 
tenha condições de se autoavaliar e responder se possui 
características de liderança. Quanto a questão se a liderança é 
inata ou adquirida, acredito que seja irrelevante para o nosso 
estudo, pois não temos como objetivo provar ou estudar a 
origem da liderança, mas mostrar a importância da liderança 
no contexto organizacional. Antes das considerações sobre o 
estudo vamos falar um pouco sobre as fontes de liderança e o 
comportamento de liderança.
Embora certos traços de liderança auxiliem os líderes 
a realizar ações eficazes ou desenvolver ações e habilidades 
úteis, conforme já relatado nesta aula, possuir apenas traços 
de liderança não é garantia de sucesso como líder. Segundo 
Schermerhorn (1999), é preciso mais do que isso: a liderança 
de sucesso depende fundamentalmente de ações tomadas e 
de resultados obtidos. Na realidade, o autor quer nos dizer 
que a liderança, além dos traços essenciais, requer também 
certas atitudes (comportamentos). Por isso, de acordo com 
Schermerhorn (1999, p. 56) “um segundo ramo da pesquisa 
50Administração de Recursos Humanos II
sobre liderança focaliza o comportamento dos líderes diante 
de seus seguidores”. Para o autor, o comportamento do líder 
é essencial para explicar e para entender o estilo de liderança. 
Como comportamento entende-se as atitudes do líder 
decorrentes de suas crenças e seus valores em relação a 
determinados objetos e situações. Para Schermerhorn (1999), 
a pesquisa de comportamento do líder examina estilos 
de liderança alternativos, com o objetivo de determinar 
quais deles funcionam melhor. Vamos listar abaixo alguns 
comportamentos desejados dos líderes. Conforme Batemam 
e Snell (1998, p.34) “o comportamento do líder ou a forma 
de como o líder se comporta influencia as atitudes e o 
desempenho dos liderados (pessoas)”. O comportamento do 
líder se classifica em três categorias:
1. comportamento orientado para tarefas;
2. comportamento orientado para o desempenho do 
grupo;
3. comportamento orientado para a participação dos 
liderados na tomada de decisão.
Comportamento orientado para tarefas: exige fazer 
com que as tarefas sejam desempenhadas pelas pessoas. É o 
esforço do líder para garantir que a unidade de trabalho ou a 
organização atinjam seus esforços.
Comportamento orientado para a manutenção do 
grupo: os líderes agem para garantir a satisfação do grupo a 
fim de desenvolver e manter relações harmoniosas de trabalho 
e preservar a estabilidade social de seus membros.
Comportamento orientado para a participação de 
liderados (pessoas) nas decisões: é toda atitude e todo 
esforço para envolver as pessoas nas decisões tomadas pelo 
líder. Esse esforço pode se dar mediante ações de emporwerment 
(repartir o poder dentro da empresa).
3- Fontes de poder de liderança
Fontes de Poder de Liderança
Poder de recompensa: é a capacidade de influenciar 
pessoas ou conseguir com que as coisas ou as tarefas sejam 
realizadas mediante a promessa de recompensa que atenda às 
expectativas e às necessidades das pessoas. A atração é dada 
pelo poder da recompensa financeira.
Poder coercitivo: é a capacidade de influenciar através 
da punição, da ameaça, das normas e regulamentos. 
Poder legítimo: é a capacidade de influenciar pessoas 
e conseguir resultados através da autoridade concedida pelo 
cargo ocupado na organização. 
Fontes de Poder Pessoal
Poder de especialidade: segundo Schermerhorn (1999, p. 
44), o poder de especialidade:
(...) é a habilidade para influenciar através de 
conhecimentos especiais. É a capacidade de alguém influenciar 
o comportamento de outras pessoas com base no seu 
conhecimento, compreensão e habilidades. A especialidade 
deriva da posse de conhecimento, ou informação técnica 
pertinente à questão em discussão. Ele é desenvolvido com a 
obtenção de habilidades ou competências relevantes ou pela 
obtenção de uma posição central nas redes de informação 
relevantes.
Poder de referência: segundo Schermerhorn (1999, p. 
45), o poder de referência:
(...) é a habilidade de influenciar através da identificação. 
É a capacidade que uma pessoa tem de influenciar o 
comportamento de outras pessoas porque elas a admiram 
e querem se identificar positivamente com ela. O respeito é 
um poder derivado do carisma ou da atração interpessoal. É 
desenvolvido e mantido através de boas relações interpessoais 
que estimulam a admiração e o respeito dos outros. 
Resumo e considerações da aula
Esta aula teve como objetivos fundamentar e conceituar 
a Liderança e a sua importância para a gestão de pessoas 
(recursos humanos). Não se pretendeu aprofundar ou discutir 
teorias ou correntes sobre o estudo da liderança. O objetivo 
maior da aula foi o de levá-lo(a) a compreender a importância 
da liderança para a obtenção de resultados mediante uma 
liderança estratégica. Isto é, onde o administrador possa 
tomar conhecimento das características do líder e desenvolver 
atitudes (comportamentos) éticas e eficazes para que as 
pessoas sob sua liderança possam percebê-lo como um líder 
eficaz, respeitado, comprometido, honesto, perseverante, etc.
• Em relação às perguntas de partida para o estudo: o 
administrador precisa da liderança no exercício de sua profissão? 
É possível concluir, diante dos conceitos trabalhados nestaaula, que todo profissional que gerencia pessoas, inclusive o 
administrador, necessita exercer a liderança. 
• A liderança contribui para a melhoria dos resultados 
organizacionais? Com certeza. Uma liderança bem exercida, 
percebida e aprovada pelos liderados promove resultados 
satisfatórios de desempenho. Uma vez satisfeitas e motivadas, 
as pessoas desenvolvem e direcionam comportamentos 
positivos para a melhoria da produtividade.
• Qual a característica de um líder? As características 
do líder conforme enumeradas nesta aula são várias e 
constituem o estilo de liderança. Destacamos: a honestidade, 
a perseverança, a capacidade de atuar em equipe, a equidade, 
a autoconfiança, etc.
Espero que todos tenham assimilado todas as 
informações expostas até o momento. Qualquer 
problema estou à disposição.
Retomando a aula
1 − Fundamentos e conceitos de liderança
Na primeira seção da Aula 06 você teve a oportunidade 
de conhecer os fundamentos e conceitos de liderança. Você 
estudou e compreendeu que para o cargo de liderança tem 
de haver habilidades natas e outras desenvolvidas como, por 
51
exemplo, a capacidade de lidar com pessoas, a capacidade 
de planejar o comportamento das pessoas, a capacidade de 
comunicar e assim por diante, não bastando apenas ter a 
capacidade de conceituar a liderança.
2 − Características e estilo do líder
Na segunda seção da Aula 06 você teve a oportunidade 
de conhecer os fundamentos e conceitos de liderança. Foi 
estudado que na realidade, as características do líder podem 
ser: física, emocional, de personalidade, de confiança, de 
determinação, de decisão e de probidade, podendo também 
haver diferenças entre outros líderes que façam com que o 
líder em questão seja diferenciado, se destacando dos demais.
3 − Fontes de poder de liderança
Na terceira seção da Aula 06 você teve a oportunidade 
de conhecer os fundamentos e conceitos de liderança. Foram 
estudadas as diferentes formas de poder na liderança, tal 
como, o poder de recompensa, o coercitivo, o legítimo, entre 
outros.
BOOG, G. G. Manual de treinamento e 
desenvolvimento. São Paulo: Makron Books, 1999.
Vale a pena ler
Vale a pena
http://www2.cfa.org.br.
Vale a pena acessar
Liderança – Gladiador.
Vale a pena assistir
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