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PES - VERSÃO COM FONTES

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE CIÊNCIAS MÉDICAS
FACULDADE DE MEDICINA
ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE III
MARCOS EDUARDO FERREIRA DOS SANTOS
MARIA EDUARDA NUNES AVELAR DO CARMO
QUÉREN-HAPUQUE ALBUQUERQUE DE OLIVEIRA
RAÍSSA VIEIRA DE SOUZA
THIAGO SOUZA LUZ
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SITUACIONAL: A permanência da Hanseníase em Belém, no ano de 2017 a 2022, com destaque para o Conjunto Radional II.
BELÉM-PA
1
2023
MARCOS EDUARDO FERREIRA DOS SANTOS 202209740051
MARIA EDUARDA NUNES AVELAR DO CARMO 202209740119
QUÉREN-HAPUQUE ALBUQUERQUE DE OLIVEIRA 202209740171
RAÍSSA VIEIRA DE SOUZA 202209740111
THIAGO SOUZA LUZ 202209740069
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SITUACIONAL: A permanência da Hanseníase em Belém, no ano de 2017 a 2022, com destaque para o Conjunto Radional II.
Planejamento Estratégico Situacional apresentado à Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Pará – Campus Belém, sob orientação da Prof.ª Dr.ª Maria do Socorro Marques Azevedo, como requisito de obtenção de conceito parcial no módulo de Atenção Integral à Saúde III.
BELÉM-PA
2023
SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO	3
2.	REVISÃO BIBLIOGRÁFICA	4
3.	METODOLOGIA	10
3.1	Momento Explicativo:	11
3.2	Momento Normativo	13
a)	Organizativo	14
b)	Político	15
c)	Financeiro	16
REFERÊNCIAS	17
APÊNDICES	20
1. INTRODUÇÃO
A hanseníase é uma enfermidade infecciosa e contagiosa de curso crônico, causada pela bactéria Mycobacterium leprae. Ela afeta principalmente a pele como membranas mucosas e os nervos periféricos dos membros, como braços e pernas, podendo resultar em danos neurais permanentes e até mesmo levar à exclusão social se o diagnóstico for tardio ou o tratamento ineficaz. A hanseníase é uma infecção que pode atingir indivíduos de ambos os sexos e de todas as idades, porém, requer um longo período de exposição à bactéria, e apenas uma pequena parcela das pessoas infectadas desenvolve a doença. As lesões neurais associadas a essa condição são a principal causa de incapacitação, contribuindo significativamente para o estigma e a discriminação enfrentada pelas pessoas que sofrem com a enfermidade. (Ministério da Saúde, 2023)
A doença persiste ao longo dos anos, sendo considerada uma enfermidade secular e por muito tempo conhecida vulgarmente como “Lepra”, cujo aqueles que a possuíam eram estigmatizados como “Leproso” e excluídos do convívio social. Assim, a segregação e o confinamento que se cristalizaram em tomo dos doentes, apareceram, por muito tempo, no tratamento que a sociedade ocidental dispensou aos seus párias; além disso, a própria medicina ocidental os incorporou como base da ação terapêutica, em que o isolamento dos doentes passou a ser uma via obrigatória para a cura (Pinto, 1995). Na contemporaneidade, busca-se o combate ao preconceito, a estigmatização do paciente e o tratamento adequado com base nas evidências científicas visto que é uma das doenças consideradas negligenciadas no Brasil e no mundo.
A busca ativa é uma das atividades da Estratégia de Saúde da Família. Ela é uma ação que pode ser realizada por todos os membros da equipe em seu território de referência, tendo o Agente Comunitário de Saúde protagonismo nessa atividade por seu vínculo com esse território. A busca ativa está diretamente ligada a integralidade, um dos atributos da Atenção Primária à Saúde (APS), pois aproxima as ações e intervenções de saúde à necessidade da população adstrita, da comunidade e do território. Ela tem importância tanto na vigilância epidemiológica quanto na identificação das necessidades de saúde e socioeconômicas da população.( e-Sus,2023)
As várias perspectivas complementares de educação em saúde no âmbito da atenção básica representam uma oportunidade significativa para alcançar uma abordagem educativa completa no cuidado em saúde. As estratégias de educação em saúde destacam a importância de envolver todos os participantes em todas as fases do processo educativo. Elas se baseiam em diretrizes que promovem a participação ativa da população e fortalecem sua autonomia, garantindo que a eficácia dos processos educacionais requer engajamento, compartilhamento de responsabilidades e autonomia. (Fittipaldi, et al. 2021)
Nesse sentido, a hanseníase apresenta-se como uma doença invisibilizada e negligenciada, sobretudo, no que tange às taxas de subnotificação encontradas principalmente no ambiente da estratégia de saúde da família (ESF).
2. OBJETIVOS
Portanto, é essencial uma estratégia planejada com o objetivo de mitigar a carência de educação em saúde com enfoque na doença supracitada para a população do Conjunto Radional, atrelado a uma ação intervencionista que instigue os profissionais, principalmente, os profissionais de saúde da equipe da ESF, mediante um incentivo à busca ativa, considerando as necessidades, características e particularidades da (ESF) do Conjunto Radional e da sua população.
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
As informações sobre a hanseníase, dispostas abaixo, foram retiradas de trabalhos encontrados na PubMed, BVS e Periódicos Capes.
A hanseníase é uma doença infectocontagiosa, granulomatosa e crônica, causada pelo bacilo Mycobacterium leprae, agente etiológico intracitoplasmático que afeta macrófagos e células de Schwann (Kundakei, 2019). Os seres humanos são considerados a principal fonte de infecção e a doença tem um período médio de incubação de 2 a 7 anos, que pode se estender por até duas décadas (Penna, 2011; Secretaria de vigilância em saúde, 2016). 
De maneira predominante, o infectado pode apresentar manifestações cutâneas, nos nervos periféricos, na mucosa do trato respiratório superior, podendo resultar em neuropatia e consequências associadas a longo prazo. A transmissão ocorre quando uma pessoa com hanseníase, na forma infectante da doença, sem tratamento, elimina o bacilo para o meio exterior, infectando outras pessoas suscetíveis, ou seja, com maior probabilidade de adoecer (Ministério da saúde, 2017). 
A fisiopatologia da hanseníase é multifatorial, com aspectos genéticos, imunológicos e ambientais determinando a suscetibilidade do indivíduo ao bacilo (Junior, 2022). Já a forma de eliminação do bacilo pelo doente é por intermédio das vias aéreas superiores (por meio do espirro, tosse ou fala), e não pelos objetos utilizados pelo paciente. Também é necessário um contato próximo e prolongado. São classificados, a depender do número de lesões na pele, como paucibacilares (PB) ou multibacilares (MB) - classificação operacional utilizada no território nacional (Ministério da Saúde, 2017). Os doentes com poucos bacilos – paucibacilares (PB) – não são considerados importantes fontes de transmissão da doença, devido à baixa carga bacilar, já as pessoas com muitos bacilos – multibacilares (MB) – constituem o grupo contagiante, mantendo-se como fonte de infecção enquanto o tratamento específico não for iniciado (Ministério da Saúde, 2017). 
Por conseguinte, esta enfermidade pode ser classificada de forma clínica e operacional, no qual a clínica é caracterizada por indeterminada que é a forma inicial da doença, ou seja, tuberculóidea evoluindo espontaneamente para a cura na maioria dos casos e para as outras formas da doença em cerca de 25% dos casos. A Hanseníase tuberculóide é a forma mais benigna e localizada, ocorre em pessoas com alta resistência ao bacilo. As lesões são poucas (ou única), de limites bem definidos e um pouco elevados e com ausência de sensibilidade (dormência). A Hanseníase dimorfa é a forma intermediária que é resultado de uma imunidade também intermediária O número de lesões é maior, formando manchas que podem atingir grandes áreas da pele, envolvendo partes da pele sadia. Na Hanseníase virchowiana a imunidade é nula e o bacilo se multiplica muito, levando a um quadro mais grave, com anestesia dos pés e mãos que favorecem os traumatismos e feridas que podem causar deformidades, atrofia muscular, inchaço das pernas e surgimento de lesões elevadas na pele (nódulos) (Andreazzi, 2007). 
O aspecto diagnóstico da Hanseníase é feitopor meio do exame clínico a fim de realizar uma avaliação dermatológica e neurológica sendo concluído por meio da realização do exame laboratorial, através da baciloscopia, onde são feitas raspagens intradérmicas diretamente nas lesões hansênicas e de outros locais, a fim de observar a presença do Mycobacterium leprae (Batista, 2011). Os casos com suspeita de comprometimento neural, sem lesão cutânea (suspeita de hanseníase neural primária), e aqueles que apresentam área com alteração sensitiva e/ou autonômica duvidosa e sem lesão cutânea evidente, deverão ser encaminhados para unidades de saúde de maior complexidade para confirmação diagnóstica (Ministério da saúde, 2023). 
Recomenda-se que, nessas unidades, tais pacientes sejam submetidos novamente aos exames dermatológico e neurológico criteriosos, à coleta de material para exames laboratoriais (baciloscopia, histopatologia cutânea ou de nervo periférico sensitivo) e a exames eletrofisiológicos e/ou outros mais complexos, para identificar comprometimento cutâneo ou neural discreto e realizar diagnóstico diferencial com outras neuropatias periféricas. Em crianças, o diagnóstico da hanseníase exige avaliação ainda mais criteriosa, diante da dificuldade de aplicação e interpretação dos testes de sensibilidade. É importante destacar que casos de hanseníase em crianças podem sinalizar transmissão ativa da doença, especialmente entre os familiares; por esse motivo, deve-se intensificar a investigação dos contatos. 
O diagnóstico de hanseníase deve ser recebido de modo semelhante ao de outras doenças curáveis. Entretanto, se vier a causar sofrimento psíquico, tanto a quem adoeceu quanto aos familiares ou pessoas de sua rede social, essa situação requererá uma abordagem apropriada pela equipe de saúde, para tomadas de decisão que incidam para uma melhor adesão ao tratamento e enfrentamento aos problemas psicossociais (Ministério da Saúde, 2023). 
Além disso, é importante analisar que a incapacidade física acomete aproximadamente 23,0% dos pacientes com hanseníase após a alta (Gonçalves, 2009). Por esse motivo, a avaliação e o monitoramento do estado em que se encontram os pacientes são essenciais para a preservação da estrutura e função do nervo periférico, contribuindo para a identificação precoce de complicações neurais e incapacidades (Goulart, 2002). Essas incapacidades na hanseníase podem ser divididas em graus 0, 1 e 2, onde no grau 0 o paciente não apresenta alteração com os olhos, mãos e pés. No grau 1 apresenta diminuição ou perda da sensibilidade nos olhos, nas mãos e/ ou pés. No grau 2 quando o indivíduo apresenta lesões mais graves em olhos, mãos e pés (Ribeiro, 2015). Dessa maneira, a detecção precoce e o tratamento são essenciais frente à doença discutida. 
Conforme o Ministério da Saúde, o tratamento da Hanseníase pode ser observado na tabela abaixo, tendo diferentes formas de ser implementado, dependendo da apresentação clínica do paciente:
Figura 1 - Plano de tratamento medicamentoso contra a Hanseníase.
Fonte: Diretrizes para vigilância, atenção e eliminação da hanseníase como problema de saúde pública.
Sendo assim, a poliquimioterapia emprega esquemas baseados na classificação operacional. Para paucibacilares, são 6 doses, incluindo 1 dose de rifampicina 600 mg/mês e dapsona 100 mg/dia. Para multibacilares, são 12 doses, adicionando clofazimina, 1 dose de 300 mg/mês e 50 mg/dia (Ministério da Saúde, 2010). Quando se relaciona com paciente pediátrico as doses se alteram de acordo com o quadro apresentado. 
No entanto, apesar do acesso ao tratamento, o estigma e o preconceito, ainda permeiam a vida das pessoas afetadas pela hanseníase (Cavalcante,2020; Silva, 2020), e a trajetória e o imaginário construído pela sociedade em relação à doença favorecem o diagnóstico tardio e o abandono do tratamento (Lana, 2022). Sendo assim, o enfrentamento dessas duas problemáticas constitui os desafios dos serviços de Atenção Primária em Saúde (APS), cuja estratégia prioritária é a Saúde da Família. Faz-se, portanto, oportuno salientar a necessidade das ações de controle da hanseníase estarem alicerçadas nos atributos da APS, para que a assistência deixe de ser centrada na doença. Assim, a Atenção Primária em Saúde deve ser a porta de entrada preferencial do Sistema de Saúde para realizar o acompanhamento longitudinal e integral da pessoa, da família e da comunidade (Ministério da Saúde, 2019; Organização Mundial da Saúde, 2021). A detecção precoce, a melhoria da aceitação do diagnóstico e a adesão ao tratamento e às práticas de autocuidado podem ser alcançadas com a redução do preconceito na comunidade (Organização Mundial da Saúde, 2021). 
Nesse sentido, o Agente Comunitário de Saúde é de fundamental importância no enfrentamento da Hanseníase, ele integra a equipe da Estratégia Saúde da Família e tem como atribuição o exercício de atividades de prevenção de doenças e promoção da saúde (Brasil, 2018). Este profissional, no contexto da hanseníase, desenvolve atividades que incluem: orientar sobre o autocuidado, identificar sinais e sintomas e realizar encaminhamento dos casos suspeitos à Unidade Básica de Saúde (UBS), orientar quanto à necessidade da conclusão do tratamento, realizar busca ativa, encaminhar contatos para avaliação na UBS, realizar atividades de educação em saúde para a população e preencher ficha de cadastro de famílias (Brasil, 2018). 
Contudo, apesar das atribuições dos ACS, tem sido observado que as capacitações sobre hanseníase são tímidas, havendo a necessidade de ofertas de cursos sobre a temática, pautadas em uma metodologia crítica reflexiva para uma mudança significativa do cenário epidemiológico da hanseníase (Alencar, 2012). 
Outrossim, o Brasil ocupa a 2ª posição do mundo entre os países que registram casos novos de Hanseníase. Em razão de sua elevada carga, a doença permanece como um importante problema de saúde pública no país, sendo de notificação compulsória e investigação obrigatória (Organização Mundial da Saúde, 2023). O país é responsável por 93% dos casos de hanseníase no continente americano. 
No Pará, foram registrados 3.432 casos de hanseníase no ano de 2014, e em 2013, na cidade de Belém, 181 novos casos (Ferreira, 2020). Segundo dados coletados no DATASUS a respeito da frequência de notificação de hanseníase, no município de Belém, considerando escolaridade no decorrer do período de 2017- 2022 (Tabela 1) foram encontrados 72,2% se concentrando em pessoas que não possuem o ensino superior completo (DATASUS, 2022), evidenciando que a escolaridade faz parte de uma das determinantes sociais da doença, em concomitância com a renda e condições de moradia, o que indica a necessidade de políticas públicas e sociais efetivas para o seu controle (Monteiro, 2017).
Tabela 1 - Frequência por Escolaridade e Ano Diagnóstico Município de Belém, de 2017 a 2022.
	ESCOLARIDADE
	2016
	2017
	2018
	2019
	2020
	2021
	2022
	Total
	Ign/Branco
	4
	69
	74
	52
	28
	24
	25
	276
	Analfabeto
	-
	13
	7
	5
	4
	6
	1
	36
	1ª a 4ª série incompleta do EF
	-
	31
	31
	39
	15
	27
	13
	156
	4ª série completa do EF
	-
	10
	7
	8
	6
	7
	6
	44
	5ª a 8ª série incompleta do EF
	-
	42
	35
	38
	28
	25
	18
	186
	Ensino fundamental completo
	1
	17
	14
	7
	12
	7
	5
	63
	Ensino médio incompleto
	-
	29
	25
	24
	18
	12
	10
	118
	Ensino médio completo
	2
	47
	63
	51
	29
	30
	17
	239
	Educação superior incompleta
	-
	6
	5
	2
	5
	5
	3
	26
	Educação superior completa
	-
	17
	6
	12
	5
	9
	4
	53
	Não se aplica
	-
	1
	-
	-
	1
	-
	2
	4
	TOTAL
	7
	282
	267
	238
	151
	152
	104
	1201
Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan Net.
No município paraense de Belém, como em toda a Região Amazônica, a hanseníase é mais incidente em locais com baixa qualidade de vida. Assim, a doença tem apresentado um padrão de endemicidade alto, evidenciando a necessidade de intensificação de ações de vigilância epidemiológica (Ministério da Saúde, 2011; Lanza, 2011). 
Sendo assim, as atividades para o controle da doença compreendema investigação epidemiológica do caso (vigilância dos contatos intradomiciliar do paciente) e demais atividades de vigilância epidemiológica da hanseníase; tratamento integral ao portador de da doença compreendendo a prescrição do esquema de tratamento poliquimioterapia (PQT), adequado ao caso, o acompanhamento do caso de hanseníase, durante e após o tratamento PQT, a consulta mensal do paciente com avaliação clínica geral, avaliação dermatoneurológica e a administração da dose supervisionada dos medicamentos, a identificação e tratamento de pessoas com efeitos colaterais de medicamentos ou com as demais intercorrências que podem ocorrer durante e após o tratamento PQT (Brasil, 2010). 
Aos profissionais da saúde cabe ainda a prescrição e/ou execução de técnicas simples de prevenção de incapacidades orientação ao doente para a realização dos auto cuidados adequados ao seu caso, quando necessário, o encaminhamento do paciente para ações de maior complexidade, quando necessário; a prescrição de alta por cura pessoas que tiverem completado o número de doses dos medicamentos do esquema de tratamento PQT adotado, a realização de atividades educativas, juntos pessoas em tratamento e seus familiares; identificação e busca de pacientes faltosos de pacientes em abandono (Souza, 2013). 
Aos profissionais de saúde cabe ainda realizar não somente atividades de controle da hanseníase, como também desenvolver atividades educativas junto aos portadores e seus familiares, visando a adesão e a regularidade deste ao tratamento integral da hanseníase. Esses portadores, bem como suas famílias, devem ser informados sobre a importância do tratamento e criar oportunidades para que eles discutam seus problemas em relação à hanseníase e ao seu tratamento. A interação da equipe de saúde com a pessoa deve ser estabelecida através de um diálogo respeitosa e da troca de experiências entre pessoas que têm conhecimentos diferentes O profissional deve compreender seus valores, opiniões, conhecimentos, seus medos preconceitos, como ele entende a sua doença e o que faz sentido para ele (BRASIL, 2008). 
Por fim, o profissional da saúde não deve deixar de considerar as determinantes sociais que influenciam na epidemiologia da doença, tendo, assim, o objetivo concreto de aumentar a adesão ao tratamento, reduzir a subnotificação e desconstruir o estigma associado à doença hanseníase nos Estados e Municípios brasileiros.
4. METODOLOGIA
O Planejamento Estratégico Situacional (PES) em saúde é uma metodologia que tem o objetivo de melhorar a gestão e a qualidade dos serviços de saúde, ao levar em conta as características e os problemas de cada situação. O PES permite a análise de um problema a partir da perspectiva da análise do autor que o reporta, da identificação das causas identificadas e da exploração de diferentes maneiras para propor as situações. Desse modo, serão abordados, nessa metodologia, os 4 momentos do PES: explicativo, normativo, estratégico e tático-operacional.  
No momento explicativo, o problema é analisado e suas causas são identificadas. Primeiramente, esse momento é divido em 3 etapas, sendo elas a definição dos descritores e a fonte de verificação, a definição das causas imediata, intermediária e de fundo, e o estabelecimento do nó crítico e os atores que o controlam, respectivamente. Na primeira etapa, o problema é estabelecido por meio ou de indicadores, ou de descritores que o permite ser compreendido com facilidade. Esses descritores quantitativos ou qualitativos devem ser precisos o bastante para descrever o problema de forma adequada, ao evitar confusão com outros problemas e com suas causas e efeitos, além de ter uma fonte de verificação do problema. Na segunda etapa do momento explicativo, são selecionadas as causas imediatas, que são os fatores mais próximos e diretamente relacionados ao problema de saúde; as causas intermediárias estão relacionadas a determinantes sociais, econômicos, culturais ou comportamentais que influenciam as causas imediatas; e de fundo que são as causas mais profundas e amplas que estão na raiz dos problemas de saúde e que relacionam a questões estruturais, como a políticas de saúde e social. Na terceira e última etapa, são definidos os nós críticos como pontos de intervenção que têm impacto significativo na situação de saúde; e os atores que o controlam que são pessoas, grupos, instituições ou poderes que têm influência direta sobre esses nós críticos.  
O momento normativo é utilizado para definir a situação objetivo - a qual é definida como situação a ser atingida, ou seja, com os problemas resolvidos – que tem como referência os nós críticos escolhidos e será atingida a partir do Plano por Operações. Outro ponto importante nesse momento é a participação de vetores de descrição, que são classificados em VDR (vetor de descrição do resultado) e VDP (vetor de descrição do problema).  As operações no momento normativo representam papel interventivo que necessitam de recursos de várias esferas (política, cognitiva, econômica etc.) e que visam gerar resultados positivos. Além disso, para cada nó-crítico deve ser elaborada uma operação (ou mais de uma) que atuem como proposta de intervenção para o problema selecionado. Para uma operação acontecer, ela deve ter seus produtos e resultados já determinados além dos responsáveis pelas ações, dos recursos predominantes empregados e do tempo de realização definidos, o que pode ser feito já considerando-se cenário do plano (os cenários possíveis são todas as conformações que envolvem o contexto no qual o plano está inserido). 
No momento estratégico há a seleção de estratégias e de intervenções mais apropriadas para lidar com os problemas de saúde identificados. É considerado a dinâmica do tempo, uma vez que é incluído o momento mais oportuno para agir e quais são as ações prioritárias para alcançar os objetivos em questão. As estratégias são planejadas em detalhes e, em seguida, implementadas, nessa fase, a alocação dos recursos, a definição dos prazos e a coordenação de esforços serão necessárias para a eficiência das ações. 
O momento tático-operacional é aquele responsável pela ação, por implementar o plano. Neste caso, o plano não pode ser tido como o desenho no papel, mas sim como ações que têm por objetivo uma mudança nos problemas selecionados como resultado. Para tanto, são necessárias medidas de gerenciamento e monitoramento; o “triângulo de ferro” consiste, justamente, na Teoria das Macroorganizações, que é fundamental para nível local. Nele, tem-se três pontos importantes a serem obedecidos para a execução das ações, são elas: a Agenda do Dirigente, o Sistema de Petição de Prestação de Contas e o Sistema de Gerência por Operações; aliado à eles, está o Sistema de Monitoramento e Avaliação do Plano. É importante ressaltar, ainda, que a informação é importante em todos os momentos do planejamento. 
Ao analisar a permanência da hanseníase como um problema de saúde pública, pôde-se definir o Planejamento Estratégico Situacional, com suas devidas divisões nos momentos explicativo, normativo, estratégico e tático-operacional, ao levar em consideração as singularidades existentes no cenário em que foi trabalhado. Assim, para melhor visualização do planejamento, foram desenvolvidas tabelas que serão explanadas a diante.
4.1 Momento Explicativo:
Este é o momento da seleção e análise dos problemas considerados relevantes para o ator social e sobre os quais este pretende intervir. Selecionando os descritores, ou seja, definindo com clareza os problemas, além de adicionar a fonte de verificação, as causas, sejam elas imediatas, intermediárias e de fundo, são fundamentais nessa etapa do projeto. Além disso, a definição do nó crítico nesta fase é crucial, já que esses serão os pontos de enfrentamento sobre os quais serão elaboradas as propostas de ação, etapa a qual não deve deixar de considerar os próprios atores que controlam essas problemáticas. Por conseguinte, é possível analisar esses pontos nas tabelas a seguir:
Tabela 2 – Descritoresutilizados e fonte de verificação.
	Problema: A permanência da Hanseníase em Belém, no ano de 2017 a 2022, com destaque para o Conjunto Radional II: Uma Questão Sanitária
	DESCRITORES
	FONTE DE VERIFICAÇÃO
	72,2% dos casos de hanseníase diagnosticados em Belém, no ano de 2017 a 2022, concentram-se em pessoas que não possuem ensino superior completo.
	DataSUS - Frequência por faixa etária, segundo ano diagnóstico de 2017 a 2022.
	Existe subnotificação na ESF Radional?
	Coordenação da ESF Radional.
Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan Net; Autores, 2023.
Tabela 3 – Causas atreladas aos descritores de escolha.
	A permanência da Hanseníase em Belém, no ano de 2017 a 2022, com destaque para o Conjunto Radional II: Uma Questão Sanitária
	CAUSA DE FUNDO
	CAUSA INTERMEDIÁRIA
	CAUSA IMEDIATA
	DESCRITORES
	Desigualdade social
	Baixa escolaridade
	Habitações superlotadas
	72,2% dos casos de Hanseníase diagnosticados em Belém, no ano de 2017 a 2022, concentram-se em pessoas que não adentraram o ensino superior.
	Falta de Programas intervencionais por parte do Ministério da Saúde e Educação, nas Escolas, para capacitação adequada e engajamento dos profissionais da educação.
	Falta de informação a respeito da doença Hanseníase.
	Moradias precárias.
	
	Carência de programas de capacitação e incentivo ao engajamento dos profissionais da saúde, por parte da Secretaria de Saúde de Belém.
	Falta de capacitação da equipe da ESF e profissionais da educação.
	Más condições de higiene.
	Existe subnotificação na ESF Radional?
	
	Falta de engajamento dos profissionais da saúde e Educação.
	Más condições de saneamento básico.
	
 Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan Net; Autores, 2023.
Tabela 4 - Nós críticos de escolha e os atores que os controlam.
	NÓ CRÍTICO
	ATORES QUE O CONTROLAM
	Falta de informações a respeito da doença.
	Escolas/ESF/Discentes e Docentes do Curso de Medicina/Secretaria da Saúde/Coordenação da ESF Radional.
	
	
	Falta de engajamento dos profissionais da Saúde e Educação.
	
Fonte: Autores, 2023.
4.2 Momento Normativo
O momento normativo é de fundamental importância para realização de um desenho do plano de ação que será traçado no decorrer do projeto. Por isso, deve-se delinear a situação futura a qual se almeja chegar. Esse fato pode ser observado na situação objetivo abaixo: 
Tabela 5 - Situação objetivo.
	SITUAÇÃO OBJETIVO
	VDP
	VDR
	D1 - 72,2% dos casos de hanseníase diagnosticados em Belém, no ano de 2017 a 2022, concentram-se em pessoas que não possuem ensino superior completo.
	R1 - Reduzir em 5% os diagnósticos nessa faixa de escolaridade.
	D2 - Existe subnotificação na ESF Radional?
	R2 - Aumentar o incentivo à busca ativa.
Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan Net; Autores, 2023.
VDP: Vetor de descrição do problema 
VDR: Vetor de Descrição dos resultados 
D: Descritor 
R: Resultado 
	NÓ CRÍTICO
	PROJETO
	PRODUTOS
	RESULTADOS ESPERADOS
	RECURSOS NECESSÁRIOS
	Falta de informação a respeito da doença Hanseníase.
	Unidos contra a Hanseníase.
	Questionário de certo ou errado para a população.
	População alvo informada a respeito da hanseníase
	Organizativo
	
	
	Questionário sobre conhecimento a respeito da Hanseníase para os ACS's.
	
	Político
	Falta de engajamento dos profissionais da saúde e educação.
	
	Panfleto para a população leiga e ACS's.
	Subnotificação reduzida na ESF Radional.
	Econômico
	
	
	Caneta com a arte do projeto.
	
	Cognitivo
Fonte: Autores, 2023.
Fazendo parte do momento estratégico mais especificamente dos recursos necessários, se observa o aspecto organizativo, político e econômico. Etapas que podem ser analisadas nas tabelas abaixo:
a) Organizativo
	Está atrelado ao processo de selecionar as prioridades, distribuir as responsabilidades entre os integrantes e realizar o escalonamento das atividades que deverão ser feitas na ação pretendida no território. Por conseguinte, para o projeto “Unidos contra a Hanseníase” a seguinte divisão será realizada:
	PRIMEIRA ETAPA
	Distribuição dos integrantes: 
- Raíssa na ESF; 
- Maria Eduarda: atuação na Usina;
- Quéren-Hapuque: atuação na Usina; 
- Marcos Eduardo: atuação na rua;
- Thiago Luz: atuação na rua.
	COMO FUNCIONARÁ?
	Cada aluno estará munido de 8 questionários impressos;
	O questionário consta com 5 perguntas de caráter “certo” ou “errado” (Apêndice A);
	Abordagem de pessoal:
- Na ESF, os pacientes presentes serão o alvo da ação, visando não atrapalhar o atendimento e seu bem estar;
- Os estudantes que estarão atuando na rua irão realizar perguntas para os comerciantes e pessoas circulantes;
- Aqueles que se destinarem à usina irão questionar a população que frequenta;
	- Cada pessoa que aceitar responder o questionário será orientada quanto aos erros e dúvidas que surgirem a partir da resolução do questionário, visando mitigar a desinformação acerca da Hanseníase.
- Será entregue um brinde para todos os participantes entrevistados.
	OBJETIVO
	Avaliar o nível de informação da população sobre a hanseníase, ao mesmo tempo em que realizaremos o processo de educação em saúde, corrigindo as respostas erradas e ampliando o conhecimento sobre as certas.
	SEGUNDA ETAPA
	Distribuição dos integrantes:
- Todos os integrantes devem estar na ESF, cada um será responsável pela avaliação, separadamente, dos ACS's, priorizando não atrapalhar o fluxo de suas atividades.
	Ocorrerá em uma segunda ida à ESF. Podendo ser realizada por todos os integrantes do grupo, cada um abordando um ACS diferente.
	COMO FUNCIONARÁ?
	Conversaremos com os profissionais da ESF, principalmente os ACS's, e os abordaremos com as perguntas de caráter “verdadeiro” ou “falso”, contidas no Apêndice B, as quais serão realizadas oralmente.
	TEOR DAS PERGUNTAS
	2 Perguntas sobre aspectos gerais da hanseníase; 1 sobre diagnóstico; 1 sobre diagnóstico; 1 sobre transmissão; 1 sobre tratamento; 1 sobre busca ativa.
	OBJETIVOS
	Avaliar o nível de informação dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) sobre a hanseníase e os aspectos como diagnóstico, cura, tratamento e transmissão.
b) Político
	Essa etapa está correlacionada com a ajuda ou autorização de um ator social que não faz parte do trabalho delimitado, sendo assim:
	O QUE DEVE SER FEITO?
	Conversar com a coordenação da ESF Radional com o objetivo de obter o acesso para a realização das atividades propostas.
c) Financeiro
Nesse momento, é fundamental considerar o recurso financeiro necessário para os produtos utilizados desde a confecção dos artefatos do projeto até os gastos com transporte dos integrantes no dia da ação. Tudo deve ser incluído em uma planilha de gastos.
	PRODUTOS/SERVIÇOS
	VALOR
	Canetas
	50,00
	Arte das canetas
	40,00
	50 Impressões - Panfletos
	20,00
	Transporte
	40,00
d) Cognitivo
Para a realização do planejamento estratégico, foi necessário que todos os autores, por meio de pesquisas na literatura, obtivessem conhecimento sobre os aspectos gerais da hanseníase, diagnóstico, transmissão, tratamento, estigmas associados a doença e as formas esperadas de realização da busca ativa, principalmente partindo dos ACS’s.
REFERÊNCIAS
1. Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Vigilância em Saúde. Sistema nacional de vigilância em saúde: relatório de situação: Pará [Internet]. 5. ed. Brasília: Ministério da Saúde; 2011 [citado 2017 mar 21]. (Série C. Projetos, programas e relatórios). Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/sistema_nacional_vigilancia_saude_pa_5ed.pdf. 
2. Lanza FM, Lana FCF. Descentralização das ações de controle da hanseníase na microrregião de Almenara, Minas Gerais. Rev Latino-Am Enfermagem. 2011 jan-fev;19(1):187-94. 
3. Batista ES, Campos RX, Queiroz RCG, Siqueira SL, Pereira SM, Pacheco TJ, et al. Perfil sócio - demográfico e clínico – epidemiológico dos pacientes diagnosticados com hanseníase em Campos dos Goytacazes, RJ. RevistaBrasileira de Clínica Médica, São Paulo, 2011 mar-abr;9(2):101-6. 
4. Moura LMA, Pereia MA, Veloso LC. Estratégias utilizadas pelos serviços de saúde na detecção Precoce da hanseníase: uma revisão integrativa. Rev. Saúde em Foco, Teresina, vol. 2, n. 1, p. 130 – 150, jan./jul., 2015. 
5. Souza HSL. Avaliação operacional do programa de controle da hanseníase nas unidades de saúde do distrito dagua no município Belém/Pa. 2013. 83f. Dissertação (Mestrado em Doenças Tropicais) – Núcleo de Medicina Tropical, Universidade Federal do Pará, Belém, 2013. 
6. Cassol AM, Campos Junior AB, Moraes JS, Machado MS, Ramos ML. Perfil epidemiológico e incapacidades físicas em pacientes com hanseníase no centro de saúde de barra do garças-mt. Interdisciplinar: Revista Eletrônica da UNIVAR, 2015, n. 13, vol. 1, p.64 – 68. 
7. Silva WCS, Costa NL, Argentino S, Oliveira NP, Rodrigues DS. A estigmatização da hanseníase: vivências dos pacientes tratados em uma unidade básica de saúde. 
8. Braz J Develop. 2020;6(3):15824-33. doi: https://doi.org/10.34117/bjdv6n3-453 
9. Cavalcante MDMA, Larocca LM, Chaves MMN. Multiple dimensions of healthcare management of leprosy and challenges to its elimination. Rev Esc Enferm USP. 2020;54:e03649. doi: https://doi.org/10.1590/S1980-220X2019010703649 
10. Lana FCF, Lanza FM, Carvalho APM, Tavares APN. O estigma em hanseníase e sua relação com as ações de controle. Rev Enferm UFSM. 2014 [citado 2022 out];4(3):556-65. Disponível em: https://periodicos.ufsm.br/index.php/reufsm/ article/view/12550/pdf. 
11. Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Guia prático sobre a hanseníase [Internet]. 
12. Brasília: Ministério da Saúde; 2017 [citado 2022 out 16]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_pratico_hanseniase.pdf 
13. Organização Mundial da Saúde (OMS). Estratégia Global de Hanseníase 2021–2030 – “Rumo à zero hanseníase [Internet]. Nova Delhi: OMS, Escritório Regional para Sudeste Asiático; 2021 [citado 2022 out 16]. Disponível em: https://www.who.int/pt/publications/i/item/9789290228509 
14. Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Estratégia nacional para enfrentamento da hanseníase 2019-2022. Brasília, DF: Ministério da Saúde; 2019 [citado 2022 out 16]. Disponível em: https://www.gov.br/aids/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/2020/estrategia-nacional-para-enfrentamento-da-hanseniase-2019-2022/view 
15. Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias. Diário Oficial União. 2018 jan 8 [citado 2022 out 16];155(5 Seção 1):1-2. Disponível em: https://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?data=08/01/2018&jornal=515&pagina=1&totalArquivos=92 
16. Alencar OM, Heukelbach J, Pereira TM, Barbosa JC. Trabalho do agente comunitário de saúde no controle da hanseníase. Rev Rene. 2012;13(1):103-13. doi: https://doi.org/10.15253/2175-6783.20120001000013 
17. Monteiro LD, Mota RMS, Martins-Melo FR, et al. Determinantes sociais da hanseníase em um estado hiperendêmico da região Norte do Brasil. Rev. Saúde Pública. 2017; (51):70. 
18. FROES JUNIOR, L. A. R.; SOTTO, M. N.; TRINDADE, M. A. B. Hanseníase: características clínicas e imunopatológicas. Anais Brasileiros de Dermatologia (Portuguese), v. 97, n. 3, p. 338–347, 2022. 
19. HILMA, S. L. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE NÚCLEO DE MEDICINA TROPICAL. Disponível em: <https://repositorio.ufpa.br/bitstream/2011/6812/1/Dissertacao_AvaliacaoOperacionalPrograma.pdf>. Acesso em: 23 out. 2023. 
20. KLEBA, MÉ; KRAUSER, IM; VENDRUSCOLO, C. O planejamento estratégico situacional no ensino da gestão em saúde da família. Texto & contexto enfermagem, v. 1, pág. 184–193, 2011.
APÊNDICES
APÊNDICE A - Questionário de “certo” ou “errado” aplicado na primeira etapa do momento explicativo.
	Primeira Etapa: Questionário de certo ou errado para a população residente do Conjunto Radional II
	PERGUNTAS
	Você sabe o que é Hanseníase? e "Lepra"?
	A Hanseníase não pode ser tratada? Errado
	A hanseníase é transmitida ao tocar em locais ou objetos que uma pessoa doente tenha tocado ou onde tenha se sentado? Errado
	A Hanseníase pode causar deformidades e incapacidades físicas? Certo
	A aglomeração de pessoas facilita a transmissão da Hanseníase? Certo
	É necessário deixar a pessoa com Hanseníase isolada? Errado
APÊNDICE B - Questionário de “verdadeiro” ou “falso” que será aplicado oralmente na segunda etapa do momento explicativo.
	Primeira Etapa: Questionário de verdadeiro ou falso para os ACS’s da ESF Radional
	PERGUNTAS
	Aspectos Gerais: A hanseníase é uma doença infectocontagiosa causada por um vírus. Falso
	Aspectos gerais: A hanseníase é uma doença controlada, sendo assim não é preciso realizar uma busca ativa. Falso
	Diagnóstico: A presença de manchas (esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas) na pele com alteração da sensibilidade térmica (ao calor e frio) e/ou dolorosa (à dor) e/ou tátil (ao tato); Áreas com diminuição dos pelos e do suor; Sensação de formigamento e/ou fisgadas, principalmente em mãos e pés; são sinais e sintomas da hanseníase. Verdadeiro
	Transmissão: A hanseníase é transmitida por contato casual, como aperto de mãos. Falso
	Tratamento: Após o início do tratamento, o paciente com hanseníase já deixa de transmitir a doença. Verdadeiro
	Busca ativa: O ACS é o principal responsável pela realização da busca ativa. Verdadeiro
	AÇÃO 1 - QUESTIONÁRIO DIRECIONADO À POPULAÇÃO RESIDENTE DO CONJUNTO RADIONAL II
	NOME
	MOTIVAÇÃO
	Marcos Eduardo Ferreira
	 
	Maria Eduarda Nunes
	 
	Quéren-Hapuque
	 
	Raíssa Vieira
	 
	Thiago Souza
	 
	AÇÃO 2 - QUESTIONÁRIO DIRECIONADO AOS ACS's DA ESF RADIONAL
	NOME
	MOTIVAÇÃO
	Marcos Eduardo Ferreira
	 
	Maria Eduarda Nunes
	 
	Quéren-Hapuque
	 
	Raíssa Vieira
	 
	Thiago Souza
	 
No decorrer do planejamento da ação, houve discordância de ideias entre os autores, que foi resolvida por intermédio da persuasão.
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