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Aula 9 (Poder Executivo) (5)

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CONSELHO DE DEFESA NACIONAL:
Também é convocado e presidido pelo Presidente da República (art. 84, XVIII).
É órgão de consulta nos assuntos relacionados com a soberania nacional e a defesa do Estado Democrático.
Art. 91. O Conselho de Defesa Nacional é órgão de consulta do Presidente da República nos assuntos relacionados com a soberania nacional e a defesa do Estado democrático, e dele participam como membros natos:
I - o Vice-Presidente da República;
II - o Presidente da Câmara dos Deputados;
III - o Presidente do Senado Federal;
IV - o Ministro da Justiça;
V - o Ministro de Estado da Defesa; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999)
VI - o Ministro das Relações Exteriores;
VII - o Ministro do Planejamento.
VIII - os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999)
§ 1º - Compete ao Conselho de Defesa Nacional:
I - opinar nas hipóteses de declaração de guerra e de celebração da paz, nos termos desta Constituição;
II - opinar sobre a decretação do estado de defesa, do estado de sítio e da intervenção federal;
III - propor os critérios e condições de utilização de áreas indispensáveis à segurança do território nacional e opinar sobre seu efetivo uso, especialmente na faixa de fronteira e nas relacionadas com a preservação e a exploração dos recursos naturais de qualquer tipo;
IV - estudar, propor e acompanhar o desenvolvimento de iniciativas necessárias a garantir a independência nacional e a defesa do Estado democrático.
§ 2º - A lei regulará a organização e o funcionamento do Conselho de Defesa Nacional
A Lei n. 8.183/91 regula a organização e o funcionamento do Conselho de Defesa Nacional, competindo-lhe, nos termos da Constituição:
a) opinar nas hipóteses de declaração de guerra e de celebração da paz, bem como sobre a decretação do estado de defesa, do estado de sítio e da intervenção federal;
b) propor os critérios e as condições de utilização de áreas indispensáveis à segurança do território nacional e opinar sobre seu efetivo uso, especialmente na faixa de fronteira e nas relacionadas com a preservação e a exploração dos recursos naturais de qualquer tipo;
c) estudar, propor e acompanhar o desenvolvimento de iniciativas necessárias a garantir a independência nacional e a defesa do Estado democrático.
CRIMES DE RESPONSABILIDADE
Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra:
I - a existência da União;
II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação;
III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
IV - a segurança interna do País;
V - a probidade na administração;
VI - a lei orçamentária;
VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.
Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de processo e julgamento.
Os detentores de altos cargos públicos poderão praticar, além dos crimes comuns, os crimes de responsabilidade, ou seja, infrações político-administrativas (crimes de natureza política), podendo sofrer ao processo de impeachment.
Os crimes de responsabilidade foram previstos na Constituição de 1891. Resultado da influência do modelo norte-americano.
A CF/88 prescreve no seu art. 85 que os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal serão considerados crimes de responsabilidade.
O rol constante no art. 85 é exemplificativo.
O parágrafo único estabelece que os crimes de responsabilidade serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de processo e julgamento.
A lei deve ser necessariamente votada pelo Congresso Nacional, nos termos do art. 22, I (Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho;).
Nesse sentido, recepcionada, em grande parte, pela CF/88 (art. 85, parágrafo único), a LEI N. 1.079/50, estabelecendo normas de processo e julgamento, foi alterada pela Lei n. 10.028, de 19.10.2000, que ampliou o rol das infrações político-administrativas, notadamente em relação aos crimes contra a lei orçamentária. 
Assim, a Lei nº 1.079/50 (atualizada pela Lei nº 10.028/2000) define os crimes de responsabilidade e regula o respectivo processo de julgamento.
OBS: Além do Presidente da República (art. 52, I), também poderão ser responsabilizados politicamente e destituídos de seus cargos através do processo de impeachment: o Vice-Presidente da República (art. 52, I); os Ministros de Estado, nos crimes conexos com aqueles praticados pelo Presidente da República (art. 52, I); os Ministros do STF (art. 52, II); os membros do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público (art. 52, II, nos termos da EC n. 45/2004); o Procurador-Geral da República (art. 52, II) e o Advogado-Geral da União (art. 52, II), bem como Governadores e Prefeitos (art. 31 — Câmara dos Vereadores)
PROCEDIMENTO DE IMPEACHMENT:
É bifásico:
Há uma fase preambular (juízo de admissibilidade do processo) na Câmara dos Deputados - Tribunal de Pronúncia.
Há uma fase final (em que ocorre o processo propriamente dito e o julgamento) no Senado Federal - Tribunal de Julgamento.
CÂMARA DOS DEPUTADOS:
A acusação pode ser formalizada por qualquer cidadão no pleno gozo de seus direitos políticos.
A Casa Legislativa, pela maioria de 2/3, poderá autorizar a instauração do processo que correrão perante o Senado Federal (art. 86).
OBS: a jurisprudência do STF, no julgamento de impeachment do Presidente da República, antes da apreciação pelo Plenário da Câmara dos Deputados (art. 52, I, CF/88), nos termos do art. 19 da Lei n. 1.079/50, vem reconhecendo, ao Presidente da Câmara dos Deputados a competência para proceder a “... exame liminar da idoneidade da denúncia popular, ‘que não se reduz à verificação das formalidades extrínsecas e da legitimidade de denunciantes e denunciados, mas se pode estender (...) à rejeição imediata da acusação patentemente inepta ou despida de justa causa, sujeitando-se ao controle do Plenário da Casa, mediante recurso (...)’”. MS 20.941-DF, Sepúlveda Pertence, DJ de 31.08.1992). 
A Câmara dos Deputados profere juízo político, verificando, conforme anotou o STF, “... se a acusação é consistente, se tem ela base em alegações e fundamentos plausíveis, ou se a notícia do fato reprovável tem razoável procedência, não sendo a acusação simplesmente fruto de quizílias ou desavenças políticas” (MS 21.564, Rel. p/ o ac. Min. Carlos Velloso, j. 23.09.1992, Plenário, DJ de 27.08.1993).
SENADO FEDERAL:
Havendo a autorização da Câmara dos Deputados, o Senado Federal deverá instaurar o processo sob a Presidência do Presidente do STF, submetendo o Presidente da República a julgamento.
Instaurado o processo, o Presidente ficará suspenso de suas funções pelos prazo de 180 dias. Se o julgamento não estiver concluído nesse prazo, cessará o afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo (art. 86, §1º, II e §2º).
A eventual sentença condenatória no processo de impeachement é feita mediante Resolução do Senado Federal, que somente será proferida por voto de 2/3 dos membros 
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