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Questões Sobre Pericardiopatias 1 Questões Sobre Pericardiopatias 1. São causas de pericardite, exceto: a. Uremia. b. Endocardite. c. Radioterapia. d. Lúpus eritematoso sistêmico. e. Infecção viral. 2. Mulher de 46 anos portadora de lúpus eritematoso sistêmico em remissão, atualmente no processo de retirada de prednisona, tomando 10 mg em dias alternados, é atendida no pronto-socorro com queixa de dor precordial de natureza progressiva há cerca de 6 horas. O exame físico não mostra alterações significativas. O eletrocardiograma realizado na sala de emergência é mostrado abaixo: O diagnóstico mais provavelmente é de: a. pericardite aguda. b. infarto agudo do miocárdio em área inferior. c. infarto antigo do miocárdio em ventrículo direito. d. infarto agudo do miocárdio em parede lateral. e. distúrbio de condução no ramo direito. 3. Paciente de 20 anos foi encaminhado ao pronto atendimento devido a quadro de dor precordial do tipo ventilatório-dependente de forte intensidade e que melhorava quando o paciente fletia o tórax para a frente. Na ocasião, foi realizado o seguinte eletrocardiograma. O diagnóstico clínico-eletrocardiográfico é compatível com a. dissecção de aorta. b. tamponamento cardíaco. c. pericardite aguda. d. infarto agudo do miocárdio de parede ínfero-latero-dorsal. e. infarto agudo do miocárdio com acometimento de tronco de coronária esquerda. 4. Um paciente de 40 anos procurou a emergência com queixas de dor precordial há 12 horas, que piorava com a inspiração profunda. À admissão, realizou ECG que mostrou supradesnivelamento do segmento ST com concavidade para cima em quase todas as derivações, exceto V1 e aVR, onde estava infradesnivelado. As ondas T tinham aspecto normal, mas foi identificado infradesnivelamento do segmento PR em V5, V6 e periféricas. Que exame teria maior acurácia para o diagnóstico diferencial nesse caso? a. Troponina b. Ecocardiograma transtorácico c. Radiografia de tórax d. Angiografia coronariana e. VSH (velocidade de sedimentação das hemácias) 5. Homem, 42a, procurou o pronto atendimento com queixa de dor precordial há duas horas, ventilatório-dependente, piora quando se deita e melhora quando fica em pé. Refere também febre e mal-estar há quatro dias, com melhora após uso de paracetamol. Exame físico: = 38o C, PA= 112x86 mmHg; FC= 112 bpm, FR= 21 irpm; Coração: rangido de alta frequência, mais audível no final da expiração. Troponina= 123 ng/mL; ECG ao lado. O DIAGNÓSTICO É: a. Tromboembolismo pulmonar. b. Endocardite bacteriana aguda. c. Pericardite aguda. d. Infarto agudo do miocárdio. 6. Mulher jovem apresenta quadro de febre recorrente por acometimento de vias aéreas superiores, acompanhada de dor torácica, que varia com a respiração e com a posição do tórax, variando, também, de intensidade e de duração. Seu exame físico revela a presença de um atrito pericárdico. Das situações abaixo, qual NÃO indica a necessidade internação hospitalar? a. Elevação de enzimas de necrose miocárdica b. Febre acima de 38 ºC e leucocitose Questões Sobre Pericardiopatias 2 c. Derrames pericárdicos volumosos, com ou sem tamponamento cardíaco d. Acometimento em pacientes imunocomprometidos e. Presença de bloqueio de ramo esquerdo no eletrocardiograma 7. Um jovem previamente hígido de 22 anos dá entrada na emergência com dor em pontada no hemitórax esquerdo e febre após 3 dias de um quadro de gastroenterocolite aguda. Ao exame físico, apresentava com FC = 70bpm, PA 100x60mmHg e Temp. 37,80 . A dosagem laboratorial de troponina foi de 2.000ng/ml (VR < 0,04ng/ml) e o eletrocardiograma foi o seguinte: Nesse caso, o tratamento adequado é o da indicação de: a. aspirina e clopidogrel. b. anti-inflamatório não hormonal e colchicina. c. corticoesteroides e nitrato. d. heparina, aspirina e clopidogrel. 8. Um paciente de 55 anos de idade relata que, recentemente, teve um quadro de síndrome gripal e realizou dois testes para covid-19, com resultado negativo. Relata, também, não ter nenhuma comorbidade diagnosticada. Procurou uma UBS de referência, próxima à sua casa, pois, há alguns dias, está com dor torácica à esquerda, que piora em algumas posições, e relata que nunca tinha sentido algo parecido antes. Foi realizado um eletrocardiograma (imagem ao lado) no local e, em seguida, solicitada a sua transferência para um serviço de emergência. Com base nesse caso hipotético, é correto afirmar que, ao chegar no serviço de emergência, a melhor conduta é a. solicitar tomografia computadorizada, protocolo TEP. b. encaminhar o paciente para a realização de cateterismo cardíaco com urgência. c. internar o paciente, uma vez que a dor teve início há alguns dias, prescrever medidas para a síndrome coronariana aguda e realizar cateterismo após alguns exames, como, por exemplo, troponina e função renal. d. prescrever anti-inflamatórios ou corticoides e observar a evolução clínica do doente nos próximos dias. e. repetir eletrocardiograma, pois há uma troca de eletrodos que está atrapalhando a correta interpretação do exame. 9. Homem, 39 anos, é admitido no setor de emergência com queixa de dor torácica em aperto, variando com a respiração, com elevação de troponina. Eletrocardiograma (ECG) de repouso: supradesnivelamento difuso do segmento ST, de cerca de 0,5mm, e infradesnivelamento do segmento PR. Há relato de síndrome gripal, 2 semanas atrás. A hipótese diagnóstica mais provável é: a. infarto agudo do miocárdio b. embolia pulmonar c. miopericardite d. tamponamento cardíaco 10. O fármaco utilizado para pericardite aguda é a (o): a. ciclosporina. b. ibuprofeno. c. tacrolimo. d. ivermectina. e. diazepam. 11. Homem, 68 anos, com insuficiência renal terminal, apresenta dor torácica. Exame físico: atrito pericárdico. ECG: elevação difusa do segmento ST. O tratamento mais bem indicado, neste momento, é: a. Diálise. b. Anti-inflamatório não esteroide. c. Corticoide. d. Drenagem pericárdica. 12. Homem, 60 anos, apresenta infarto agudo do miocárdio anterior, com supradesnível de ST, submetido a reperfusão com sucesso. Seis semanas após, apresenta dor precordial tipo pleurítica, sem relação com esforço físico e episódios de febre (temperatura axilar máxima de 38º C). A hipótese diagnóstica mais provável é: a. síndrome de Dressler Questões Sobre Pericardiopatias 3 b. angina pós-infarto c. aneurisma de ventrículo esquerdo d. pericardite epistenocárdica 13. Paciente masculino, 63 anos, hipertenso e dislipidêmico, chega hoje ao pronto-socorro relatando que, há várias horas, iniciou quadro de dor torácica retroesternal com característica pleurítica e que piora em posição supina. Refere que há 4 semanas teve um quadro de IAM e que procurou atendimento médico, naquela ocasião, após mais de 12h de dor torácica. Refere ainda febre baixa desde ontem. Nega sintomas de IVAS nos últimos dias. Feito ECG que mostrou elevação difusa de ST com concavidade para cima, exceto em V1 e aVR (onde aparece depressão de ST), além de infra de PR em todas as derivações, exceto em aVR (supra de PR). Exames de entrada mostram: Cr = 2,3 mg/dl; Ur = 80 mg/dl; VHS = 50 mm/h. Enquanto aguarda o resultado das enzimas cardíacas, você conclui que a MAIS PROVÁVEL etiopatogenia do quadro atual é: a. Isquêmica. b. Autoimune. c. Viral. d. Urêmica. e. Bacteriana. 14. Pericardite por radiação é descrita como uma complicação relacionada ao tratamento, mas não pode ser considerado que: a. A pericardite induzida por radiação pode ocorrer até anos após o seu término. b. Os pacientes podem se apresentar oligossintomáticos ou com os sintomas mascarados pela doença neoplásica de base. c. O derrame pode ser hemorrágico ou seroso, podendo evoluir com aderências e constrição. d. A pericardite induzida por radiação nunca pode ocorrer agudamente durante o tratamento radioterápico.15. A causa mais comum de derrame pericárdico crônico é a: a. Uremia b. Anemia crônica grave c. Artrite reumatoide d. Granulomatose de Wegener e. Tuberculose 16. Homem, 62 anos, procura o serviço de emergência com quadro de dispneia e dor torácica, que se iniciaram há 2 meses e vêm evoluindo com piora progressiva. Ao exame clínico, o paciente apresentava diminuição do murmúrio vesicular bilateralmente e estase jugular a 45°. Exame radiológico apresentado: A punção pleural demonstrou líquido exsudativo com predomínio de outras células, provavelmente células neoplásicas. Durante atendimento, o paciente apresentou piora da dispneia e PA 80x40 mmHg. A ultrassonografia cardíaca à beira do leito apresentada. Qual é a conduta imediata? a. Trombólise. b. Drenagem torácica. c. Cineangiocoronariografia. d. Pericardiocentese. 17. Homem de 79 anos, com quadro progressivo de cansaço e malestar progressivos há algumas semanas, procura atendimento. Ao examiná- lo, a pressão arterial é 85/60 mmHg, a ausculta cardíaca apresenta bulhas hipofonéticas, há distensão das veias jugulares, e o Raio-X do tórax está apresentado pela Figura 1 ao lado. Os achados descritos são compatíveis com: a. Pneumonia Viral. b. Tamponamento cardíaco. c. Embolia Pulmonar. d. Infarto Agudo do Miocárdio 18. O tamponamento cardíaco é identificado pela presença da clássica tríade diagnóstica de Beck, composta de: a. Diminuição da pressão venosa, diminuição da pressão arterial e abafamento das bulhas cardíacas. Questões Sobre Pericardiopatias 4 b. Diminuição da pressão venosa, aumento da pressão arterial e abafamento das bulhas cardíacas. c. Elevação da pressão venosa, diminuição da pressão arterial e dor torácica. d. Elevação da pressão venosa, diminuição da pressão arterial e abafamento das bulhas cardíacas. 19. Pode-se afirmar que este ECG é compatível com um paciente que, ao exame físico, apresenta: a. Pulso em martelo d'água b. Ritmo cardíaco irregular c. Desdobramento fixo B2 d. Hipofonese de bulhas 20. Sobre paciente vítima de trauma com suspeita de tamponamento cardíaco, assinale a alternativa INCORRETA. a. O tamponamento cardíaco é identificado pela presença da clássica tríade diagnóstica de Beck, que consiste em elevação da pressão venosa, diminuição da pressão arterial e abafamento das bulhas cardíacas. b. O sinal de Kussmaul (aumento da pressão venosa na inspiração durante a respiração espontânea), reflete um comportamento paradoxal da pressão venosa efetivamente associado ao tamponamento. c. O tamponamento cardíaco resulta, mais comumente, de traumas contusos, devido a lesão de desaceleração, com rompimento de vasos no espaço pericárdico. d. A pericardiocentese pode ser tanto diagnóstica como terapêutica, mas não se constitui em tratamento definitivo para o tamponamento cardíaco. 21. NÃO é causa de pulso paradoxal o (a): a. Tamponamento cardíaco. b. Insuficiência tricúspide. c. Estado de mal asmático. d. Insuficiência cardíaca. e. Pericardite constritiva. 22. Mulher, 25 anos, sem comorbidades, relata dispneia progressiva, atualmente classe funcional III da NYHA, associada a palpitações taquicárdicas aos esforços. Exame físico: FC = 85 bpm, PA = 112 x 70 mmHg, FR = 18 irpm, elevação do pulso venoso jugular na inspiração, hepatomegalia com ascite moderada e edema 1+/4+ de membros inferiores. Radiografia de tórax (PA) e eletrocardiograma ao lado. Qual é a principal hipótese diagnóstica? a. Endomiocardiofibrose. b. Pericardite constritiva. c. Tamponamento cardíaco. d. Amiloidose cardíaca. 23. Paciente T.S.D., 47 anos, solteiro, com história de tuberculose recente, tratada de forma irregular, apresenta queda do estado geral, dispneia aos esforços e turgência jugular patológica a 45 graus (TJP), tendo sido feito o diagnóstico de pericardite constritiva tuberculosa. Assinale a opção que apresenta os achados compatíveis com tal diagnóstico: a. redução da TJP à inspiração / queda superior a 10 mmHg na pressão arterial sistólica à inspiração. b. aumento da TJP à expiração / queda superior a 10 mmHg na pressão arterial sistólica à expiração. c. aumento da TJP à inspiração / queda superior a 10 mmHg na pressão arterial sistólica à expiração. d. aumento da TJP à inspiração / queda superior a 10 mmHg na pressão arterial sistólica à inspiração. e. redução da TJP à expiração / queda superior a 10 mmHg na pressão arterial sistólica à expiração. 24. Homem, 58 anos, com anasarca e dispneia. Apresenta turgência jugular patológica, com sinal de Kussmaul e retração do ápice cardíaco na sístole (sinal de Broadbent). A radiografia de tórax é normal. ECG com baixa voltagem. O diagnóstico mais provável é: Questões Sobre Pericardiopatias 5 a. Tamponamento cardíaco. b. Cardiomiopatia restritiva. c. Infarto de VD. d. Pericardite constritiva. 25. Paciente de 64 anos com história prévia de radioterapia com irradiação do tórax apresenta-se com sintomas gradualmente progressivos de fadiga, ascite, edema de membros inferiores e elevação da pressão venosa jugular ao longo dos últimos 4 meses. A radiografia do paciente é mostrada abaixo. A respeito do provável diagnóstico é CORRETO afirmar: a. O paciente irá apresentar a onda Y do pulso venoso jugular atenuada. b. A tomografia de tórax é menos precisa que o ecocardiograma para demonstrar o diagnóstico. c. A tuberculose não é causa importante do diagnóstico nos países em desenvolvimento. d. Pode haver Knock pericárdico na diástole.