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Transformações de Fases: Desenvolvimento da Microestrutura e Alteração das Propriedades Mecânicas Disciplina: ciências dos Materiais Docente: Prof. Dr. DOUGLAS COSTA SANTOS Discentes: Ariane Cruz Ernando Suzarte Isis Carvalho Jade Luan Rebeca rozeno Rennan Gledson Transformações de Fases Transformações de fases ocorrem ao cruzar fronteiras no diagrama de fases. Influenciadas por variações de temperatura e/ou pressão POR QUE ESTUDAR Transformações de Fases? Controle de Processos Desenvolvimento de Novos Materiais Compreensão das Mudanças de Estado da Matéria Projeto de Equipamentos Economia de Energia Segurança e Conformidade Tipos de transformação de fase Transformações Simples (Não envolve mudanças na quantidade e composições das fases): Essas transformações são dependentes da difusão e não envolvem alterações na quantidade de fases ou em suas composições. Exemplos incluem: Solidificação de um metal puro, Transformações alotrópicas, Recristalização, Crescimento dos grãos. Transformações com Mudança nas Composições e no Número de Fases (Dependem da difusão): Nesse tipo de transformação, a difusão desempenha um papel importante, resultando em mudanças nas composições e, muitas vezes, no número de fases presentes. Um exemplo é uma ocorrência eutetóide, que leva à formação de duas fases distintas e será abordada em detalhes. Transformações sem Difusão (Geração de Fase Metastável): Nesse caso, as transformações ocorrem sem a difusão de átomos ou íons. Um exemplo notável é a transformação martensítica, que pode ser causada em alguns aços. Nesse processo, uma fase metaestável é gerada, resultando em mudanças significativas na microestrutura do material. A CINÉTICA DAS TRANSFORMAÇÕES DE FASES Nas transformações de fases, novas fases com características diferentes da fase original são formadas. Essas transformações não ocorrem imediatamente, mas sim em dois estágios: nucleação e crescimento. Nucleação: Neste estágio, pequenas partículas da nova fase (núcleos) surgem. Esses núcleos são muito pequenos, frequentemente consistindo em apenas algumas centenas de átomos. Pode ser dívida em nucleação homogenia e heterogênea. Crescimento: Durante o estágio de crescimento, esses núcleos aumentam em tamanho, levando à diminuição da fase original. O processo continua até que uma fração em equilíbrio seja alcançada. Nucleação homogênia Raio crítico modelagem Matemática Equação 1 Derivando a equção 1 para o encontrar raio crítico Equação 3 Equação 2 Substituindo a Equação 3 na equação 2 temos Equação 4 Substituindo a Equação 4 equação 3 na equação 1 temos : Taxa de nucleação Número de núcleos estáveis n* FREQUÊNCIA COM QUE OS ÁTAMOS DO LIQUIDO SE LIGAM AO NÚCLEO SOLIDO, VD TAXA DE NÚCLEAÇÃO N Nucleação Heterogênea Nucleação Heterogênea 1. Definição: - Nucleação heterogênea é um fenômeno comum em processos naturais e industriais. - Envolve a formação de novas fases ou partículas sólidas em um material. 2. Local de Início: - Nucleação ocorre preferencialmente em superfícies ou interfaces preexistentes do material. - Ao contrário da nucleação homogênea, que ocorre no interior do material. 3. Importância: - Fundamental para entender processos como transformação de fase, cristalização e crescimento de grãos em sólidos. Mecanismo da Nucleação Heterogênea 1. Superfícies de Nucleação: - Superfícies preexistentes, como impurezas, defeitos em cristais ou até mesmo a superfície de um recipiente, são fundamentais. - Elas servem como locais favoráveis para o início da formação de núcleos da nova fase. 2. Redução da Energia de Superfície (γ): - A presença dessas superfícies reduz a energia livre de superfície (y) na equação de nucleação. - Isso diminui a barreira de energia para a nucleação, facilitando o processo. 3. Facilitação da Nucleação: - Em termos simples, a existência dessas superfícies torna a nucleação mais provável e eficiente. usando um procedimento envolvido e semelhante àquele apresentado anteriormente para a nucleação homogênea é possível obter equações para r* e ΔG*, que são as seguintes: O termo S(θ) nessa última equação é uma função apenas de θ (isto é, da forma do núcleo) e terá valor numérico entre zero e a unidade. é evidente que a barreira da energia de ativação para a nucleação heterogênea é menor que a barreira para a nucleação homogênea por uma quantidade correspondente ao valor dessa função S(θ): Gráfico esquemático para a energia livre em função do raio do embrião/núcleo. São apresentadas curvas tanto para a nucleação homogênea quanto para a nucleação heterogênea. Taxa de nucleação em função da temperatura tanto para a nucleação homogênea quanto para a nucleação heterogênea. Também são mostrados os graus de super-resfriamento (ΔT) para cada curva. Nos casos de alta molhabilidade entre o substrato e o metal, um fator de carater cristalografico irá intervir positivamente no aumento da eficiencia, ou potencia, da nucleação heterogenea. Trata-se do índice de epitaxia. as = espaçamento da rede cristalina do substrato; am = espaçamento da rede cristalina do metal (núcleo); Considerações Cinéticas sobre as Transformações no Estado Sólido CINÉTICAS DE TRANSFORMAÇÕES DE ESTADO SÓLIDO Para transformações de estado sólido exibindo o comportamento cinético, a fração de transformação Y é uma função do tempo t da seguinte forma: Essa expressão costuma ser chamada de equação de Avrami A taxa de uma transformação é tomada como o recíproco do tempo necessário para que a transformação prossiga na metade do caminho para a conclusa. crescimento O crescimento das partículas ocorre por difusão atômica de longo alcance; A taxa de transformação e o tempo necessário para que a transformação prossiga até algum grau de conclusão são inversamente proporcionais um ao outro; O tamanho das partículas da fase do produto depende da temepratura de transformação; Gráfico esquemático mostrando as curvas para a taxa de nucleação (N), a taxa de crescimento (G) e a taxa de transformação global em função da temperatura. ESTADOS METASTÁVEIS X ESTADOS DE EQUILÍBRIO as transformações de fase podem ser realizadas mediante uma variação: na temperatura; na composição; na pressão externa sendo mais utilizadas as variações na temperatura, através dos tratamentos térmicos durante uma transformação de fase, uma liga tende a atingir um estado de equilíbrio (representado pelo diagrama de fases). a velocidade, ou a taxa, da transformação é um indicador importante na relação entre o tratamento térmico e o desenvolvimento da microestrutura. na prática, as transformações em geral não ocorrem em condições de equilíbrio e no intermédio entre a fase inicial e a fase de equilíbrio, se formam as microestruturas metaestáveis. basicamente, são formadas em cenários de super-resfriamento, ou seja, quando as transformações de fase são deslocadas para temperaturas mais baixas do que as indicadas no diagrama de fases. alterações microestruturais e das propriedades em ligas ferro-carbono as principais alterações ocorrem de forma isotérmica (onde a temperatura é mantida constante até que a transformação se complete) ou por resfriamento contínuo. durante a transformação isotérmica, a taxa de resfriamento desempenha um papel crítico a formação de microestruturas: taxa de resfriamento lenta: o material tem tempo suficiente para ajustar sua microestrutura, o que resulta numa estrutura mais homogênea. taxa de resfriamento rápida: não se tem tempo suficiente para atingir o equilíbrio e pode resultar na formação das estruturas metaestáveis exemplos de microestruturas metaestáveis a mais comum e é formada em taxas de resfriamento geralmente mais lentas é o produto do resfriamento da austenita que é transformada em ferrita (com baixo teor de carbono) e cementita (alto teor de carbono) possui boa resistência mecânica e é comumente utilizada em engrenagens e vigas perlita exemplos de microestruturasmetaestáveis perlita exemplos de microestruturas metaestáveis se forma em velocidades moderadas de resfriamento e oferece uma combinação de resistência e tenacidade bainita A bainita se forma como agulhas ou placas, dependendo da temperatura da transformação Apresenta 2 tipos de estrutura: a bainita superior de aspecto arborescente formada a 500 – 580°C, composta por uma matriz ferrítica contendo carbonetos bainita inferior, formada a 250 – 400 °C, tem um aspecto similar a martensita exemplos de microestruturas metaestáveis bainita exemplos de microestruturas metaestáveis se forma num resfriamento brusco e muito rápido, possui alta dureza e é usada em aços temperados. martensita é uma estrutura monofásica fora do equilíbrio que resulta de uma transformação da austenita em que não há difusão Uma vez que a transformação martensítica não envolve difusão, ela ocorre quase instantaneamente; a martensita nucleia e cresce a uma taxa muito rápida exemplos de microestruturas metaestáveis martensita a região branca é a austenita que não se transformou durante o resfriamento brusco. diagramas de transformações isotérmicas para condições fora do equilíbrio, foram desenvolvidos novos diagramas que além expressar graficamente a relação entre temperatura, tempo e as fases, auxiliam também: na determinação das taxas de resfriamento necessárias; no controle da microestrutura; na seleção de materiais. importante destacar que o ajuste da taxa de resfriamento possibilita controlar as propriedades dos materiais, adequando para aplicações específicas as transformações perlítica e bainítica são concorrentes entre si, e uma vez que uma dada porção de uma liga tenha se transformado em perlita ou bainita, a transformação no outro microconstituinte não será possível sem um reaquecimento para formar austenita. estrutura dureza resistência tenacidade perlita bainita martensita média boa média boa alta alta baixa altaboa DIAGRAMAS DE TRANSFORMAÇÕES POR RESFRIAMENTO CONTÍNUO DIAGRAMAS DE TRANSFORMAÇÕES POR RESFRIAMENTO CONTÍNUO Os tratamentos isotérmicos, que envolvem manter uma liga metálica a uma temperatura constante, não são práticos porque exigem um resfriamento rápido da liga a partir de uma temperatura alta (acima da temperatura eutetoide) e a manutenção dessa alta temperatura. Na maioria dos casos, os tratamentos térmicos em ligas metálicas, como aços, envolvem o resfriamento contínuo da amostra até a temperatura ambiente Diagramas de tratamentos isotérmicos tratamentos por resfriamento contínuo Superposição dos diagramas de transformação isotérmica e de resfriamento contí nuo para uma liga ferro-carbono com composição eutetoide a = austenita p = perlita B = bainita m = martensita De acordo com o comportamento da curva de resfriamento, existe a variação de resultados, por exemplo: A austenita com temperatura > 550ºC, sendo de um resfriamento contínuo, pode produzir perlita ou bainita a martensita só vai ser produzira diretamente da austenita, mesmo que a austenita já tenha produzido uma Fração de P ou b A P B m A Curvas de resfriamento moderadamente rápido e lento superpostas em um diagrama de transformação por resfriamento contínuo para uma liga ferro-carbono com composição eutetoide A transformação começa após um intervalo de tempo correspondente à interseção da curva de resfriamento com a curva de início da reação, e termina ao cruzar a curva para o término da transformação... Curvas de resfriamento moderadamente rápido e lento superpostas em um diagrama de transformação por resfriamento contínuo para uma liga ferro-carbono com composição eutetoide A transformação começa após um intervalo de tempo correspondente à interseção da curva de resfriamento com a curva de início da reação, e termina ao cruzar a curva para o término da transformação Curvas de resfriamento moderadamente rápido e lento superpostas em um diagrama de transformação por resfriamento contínuo para uma liga ferro-carbono com composição eutetoide A transformação começa após um intervalo de tempo correspondente à interseção da curva de resfriamento com a curva de início da reação, e termina ao cruzar a curva para o término da transformação Curvas de resfriamento moderadamente rápido e lento superpostas em um diagrama de transformação por resfriamento contínuo para uma liga ferro-carbono com composição eutetoide A transformação começa após um intervalo de tempo correspondente à interseção da curva de resfriamento com a curva de início da reação, e termina ao cruzar a curva para o término da transformação Os produtos microestruturais para as curvas equivalentes às taxas de resfriamento moderadamente rápido e lento na Figura são a perlita fina e a perlita grossa, respectivamente. Curvas de resfriamento moderadamente rápido e lento superpostas em um diagrama de transformação por resfriamento contínuo para uma liga ferro-carbono com composição eutetóide A transformação começa após um intervalo de tempo correspondente à interseção da curva de resfriamento com a curva de início da reação, e termina ao cruzar a curva para o término da transformação Os produtos microestruturais para as curvas equivalentes às taxas de resfriamento moderadamente rápido e lento na Figura são a perlita fina e a perlita grossa, respectivamente. Normalmente, a bainita não irá se formar quando uma liga com composição eutetóide ou, na prática, qualquer aço-carbono comum for resfriado continuamente até a temperatura ambiente. Por motivo que toda a austenita já terá se transformado em perlita quando transformação bainítica for possível. composição eutetóide Reação completa Curvas de resfriamento moderada mente rápido e lento superpostas em um diagrama de transformação por resfriamento contínuo para uma liga ferro-carbono com composição eutetóide A transformação começa após um intervalo de tempo correspondente à interseção da curva de resfriamento com a curva de início da reação, e termina ao cruzar a curva para o término da transformação Os produtos microestruturais para as curvas equivalentes às taxas de resfriamento moderadamente rápido e lento na Figura são a perlita fina e a perlita grossa, respectivamente. Normalmente, a bainita não irá se formar quando uma liga com composição eutetóide ou, na prática, qualquer aço-carbono comum for resfriado continuamente até a temperatura ambiente. Por motivo que toda a austenita já terá se transformado em perlita quando transformação bainítica for possível. composição eutetóide Reação completa mas E se a curva de resfriamento passasse nesta região?... Curvas de resfriamento moderada mente rápido e lento superpostas em um diagrama de transformação por resfriamento contínuo para uma liga ferro-carbono com composição eutetóide Em relação a bainita, quando o resfriamento é contínuo, não há formação da mesma por conta da lentidão do resfriamento, o que permite a difusão dos átomos e a completa estruturação da perlita. em relação à representação da transformação martensítica, as linhas M(início), M(50%) e M(90%) ocorrem em temperaturas idênticas tanto no diagrama de transformação isotérmica quanto no de transformação por resfriamento contínuo. Diagrama de transformação por resfriamento contínuo para uma liga ferro-carbono com composição eutetoide e superposição das curvas de resfriamento, demonstrando a dependência da microestrutura final em relação às transformações que ocorrem durante o resfriamento. O carbono e outros elementos de liga também deslocam o nariz da curva da perlita e da bainita para tempos mais longos, diminuindo, dessa forma, a taxa de resfriamento crítica. as Várias curvas de resfriamento superpostas, indicam a taxa de resfriamento crítica, e também como o comportamento da transformação e a microestrutura final são influenciados pela taxa de resfriamento. COMPORTAMENTO MECÂNICO DE LIGAS FERRO-CARBONO COMPORTAMENTO MECÂNICO DE LIGAS FERRO-CARBONO é válido agora examinaro comportamento mecânico das ligas ferro-carbono com as microestruturas discutidas até o momento: perlita fina e grossa esferoidita bainita martensita # Para todas as microestruturas, à exceção da martensita, duas fases estão presentes (ferrita e cementita); o que deixa a oportunidade para explorar as várias relações entre as propriedades mecânicas e as microestruturas que existem para essas ligas. A cementita é uma fase metálica muito mais dura, porém frágil, em comparação com a ferrita. Então um aumento na quantidade de cementita em um aço, mantendo constantes outros elementos microestruturais, vai resultar em um material mais duro e resistente. Isso é ilustrado na Figura “A” seguinte, onde os limites de resistência à tração, de escoamento e os números de dureza Brinell são plotados em relação à porcentagem de carbono em aços contendo perlita fina. Todos esses parâmetros aumentam com o aumento da concentração de carbono. Perlita devido à fragilidade da cementita, um aumento em sua quantidade também resultará em uma diminuição na ductilidade e na tenacidade do material (ou seja, sua capacidade de deformação e resistência ao impacto), como mostrado na Figura “B” seguinte para os mesmos aços com perlita fina. Além disso, a espessura da camada de cada fase, ferrita e cementita na microestrutura, também afeta o comportamento mecânico do material. Perlita fina, que possui camadas mais finas dessas fases, é mais dura e resistente do que perlita grossa, como demonstrado nas curvas superiores da Figura “a”, onde a dureza é plotada em relação à concentração de carbono Perlita a quantidade de cementita e a espessura das camadas das fases na microestrutura de uma liga metálica têm um impacto significativo nas propriedades mecânicas do material, influenciando sua dureza, resistência, ductilidade e tenacidade. Essas relações são fundamentais para projetar ligas com propriedades específicas para aplicações diversas Perlita - Resumo Outros elementos da microestrutura estão relacionados com a forma e a distribuição das fases. A fase cementita assume diferentes formas e arranjos nas microestruturas de perlita e esferoidita. Ligas com microestruturas perlíticas tendem a ter maior resistência e dureza em comparação com aquelas com esferoidita. o que é ilustrado na Figura a(2), que compara a dureza em relação à porcentagem de carbono em ligas com ambas as estruturas perlíticas. esferoidita Isso ocorre devido ao efeito da cementita em reforçar e restringir o movimento de discordâncias nas interfaces entre as fases. A esferoidita, com menos área de interface, permite maior deformação plástica, tornando-a mais dúctil. Portanto, a microestrutura desempenha um papel crítico nas propriedades mecânicas dos materiais, influenciando sua resistência, dureza, ductilidade e tenacidade. esferoidita O processo de formação da bainita em aços resulta em uma estrutura mais fina, com partículas menores de ferrita α e de cementita, em comparação com os aços perlíticos. Isso confere aos aços bainíticos uma maior resistência e dureza. No entanto, eles também mantêm uma combinação desejável de resistência e ductilidade. As Figuras a seguir ilustram como a temperatura de transformação afeta o limite de resistência à tração e a dureza em uma liga ferro-carbono com composição eutetoide. Bainita As faixas de temperatura nas quais a perlita e a bainita se formam, conforme indicado no diagrama de transformação isotérmica para essa liga estão destacadas nas figuras. Em resumo, a bainita é uma microestrutura que oferece uma boa combinação de resistência e ductilidade, com partículas mais finas do que a perlita, tornando-a uma escolha valiosa para aplicações em que essas propriedades são necessárias. Bainita A martensita é uma das microestruturas mais duras e resistentes em aços, mas também é extremamente frágil, com pouca ou nenhuma ductilidade. Sua dureza depende do teor de carbono na liga, até cerca de 0,6% em peso. Diferentemente dos aços perlíticos, a resistência e a dureza da martensita não estão ligadas à sua microestrutura, mas sim à capacidade do carbono intersticial de restringir o movimento das discordâncias e ao número limitado de sistemas de escorregamento em sua estrutura cristalina. martensita Durante a transformação da austenita em martensita (processo de têmpera), ocorre um aumento de volume, o que pode levar a trincas, especialmente em peças maiores e com teor de carbono superior a cerca de 0,5% em peso. Portanto, o controle preciso da formação de martensita é necessário para evitar problemas de trinca em peças grandes. martensita Martensita Revenida Características: Muito dura e frágil. Suscetibilidade a enfraquecimento quando tensionada. Revenimento: Aumento de ductilidade e tenacidade. Processo: Aquecimento a temperaturas de 250-650°C MARTENSITA Definição: Aquecimento do aço martensítico abaixo da temperatura eutetóide NORMALMENTE POR TEMERATURAS DE 250°C ATE 650ºC. Finalidade: Formação de martensita revenida com fases estáveis (ferrita e cementita). Processo de Revenimento MARTENSITA (TCC, MONOFÁSICA) --> MARTENSITA REVENIDA (FASES + Fe³c) COMPOSIÇÃO: CEMENTITA DISPERSA UNIFORMEMENTE MATRIZ DE FERRITA CONTINUA Comparação com Esferoidita: similar, mas partículas de cementita menores Propriedades: Dureza e resistência comparáveis à martensita. Melhoria na ductilidade. Características da Martensita Revenida Figura 10.33 Micrografia eletrônica da martensita revenida. O revenido foi realizado a 594°C (1100°F). As partículas pequenas são a fase cementita; a fase matriz é a ferrita α. Ampliação de 93003. (Copyright 1971 pela United States Steel Corporation.) Impacto da cementita no comportamento da martensita revenida: Tamanho da cementita: Relação com ductilidade e resistência. Depende do tratamento térmico. Fatores determinantes: Difusão de carbono. Temperatura e tempo de tratamento. Dureza versus Tempo. Influência da temperatura e tempo na estrutura. Influência da Cementita Figura 10.35 A dureza (a uma temperatura ambiente) em função do tempo de revenido para um aço-carbono comum (1080) com composição eutetoide que foi temperado em água. (Adaptada de Edgar C. Bain, Functions of the Alloying Elements in Steel, American Society for Metals, 1939, p. 233.) Figura 10.34 O limite de resistência à tração, o limite de escoamento e a ductilidade (%RA) (à temperatura ambiente) em função da temperatura de revenido para um aço-liga (tipo 4340) temperado em óleo. (Adaptada de Edgar C. Bain, Functions of the Alloying Elements in Steel, 1939. Reproduzida com permissão de ASM International, Materials Park, OH.) Revenido de Alguns Aços Risco de redução da tenacidade. Fragilização por revenido: Temperaturas e condições. Aços suscetíveis. Elementos de liga manganês, níquel ou cromo e impurezas antimônio, fósforo, arsênio e estanho em concentrações relativamente baixas. Controle da composição. Revenimento em temperaturas específicas. Recomendações para aumentar a tenacidade. Prevenção da Fragilização REVISÃO DAS TRANSFORMAÇÕES DE FASES E DAS PROPRIEDADES MECÂNICAS PARA LIGAS FERRO-CARBONO Figura 10.36 Transformações possíveis envolvendo a decomposição da austenita. As setas contínuas representam transformações que envolvem difusão; a seta tracejada representa uma transformação em que não há difusão Neste capítulo, exploramos as microestruturas formadas em ligas ferro-carbono mediante tratamentos térmicos. A Figura 10.36 mostra as transformações gerando estas microestruturas. Perlita, bainita e martensita surgem de resfriamento contínuo, mas a bainita se forma apenas em aços-liga, não em aços- carbono comuns. MATERIAIS DE IMPORTÂNCIA Definição Capacidade de retorno ao formato original Influência do tratamento térmico. Composição e Tipos Exemplos: Nitinol (níquel-titânio), ligas à base de cobre. Transformação entre fases: austenita (alta temperatura) e martensita (resfriamento). Figura 10.37 Diagrama ilustrandoo efeito da memória da forma. Os destaques são representações esquemáticas das estruturas cristalinas nos quatro estágios. Mi e Mf representam as temperaturas nas quais a transformação martensítica começa e termina, respectivamente. De maneira semelhante, para a transformação da austenita, Ai e Af representam as temperaturas de começo e término da transformação. Processo de "Memorização" Aquecimento acima da temperatura crítica Fixação da forma desejada. Aplicações Práticas Conexões ajustadas por contração em tubulações. Uso em aeronaves, submarinos, e navios. dontologia, medicina, moda, dispositivos domésticos. Exercícios Obrigado pela atenção de vocês!!
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