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Octávio Vivan F. Martins RA;11062913
FICHAMENTO DO ARTIGO:
 GEOMORFOLOGIA E PLANEJAMENTO AMBIENTAL – CONCEITOS E APLICAÇÕES
Antônio Jose Teixeira Guerra
O autor desenvolve o texto a partir de uma revisão bibliográfica sobre temas que abordam a importância de estudos Geomorfológicos para um planejamento ambiental adequado. Devido ao contexto de urbanização enfrentado por diversas cidades ao redor do planeta, com um crescimento desordenado tem levado à degradação do meio ambiente e torna-se necessário aplicar, de forma mais efetiva, os conhecimentos geomorfológicos para que possa haver compatibilidade entre o crescimento e o equilíbrio ambiental urbano. Dessa forma, os conceitos de planejamento ecológico e geomorfológico se tornam indispensáveis, para se atingir desenvolvimento sustentável das cidades 
Assim, o estudo busca levantar alguns trabalhos, conceitos e aplicações da geomorfologia no contexto atual de mudanças climáticas e alteração intensiva do uso da terra pela população humana no período do Antropoceno, de forma a auxiliar em políticas públicas e promover o bem-estar social. Essas ações refletem possibilidades de aplicações tanto nos ambientes rurais como nos urbanos e serão descritos a seguir. 
Os geomorfólogos são profissionais que estudam as interações das dinâmicas que controlam superfície terrestre. Atualmente possuem papel fundamental para à prevenção de desastres naturais, principalmente relacionado às modificações do homem no meio ambiente. A partir de estudos conseguem predizer quais impactos determinadas alterações antropogênicas realizadas no meio ambiente podem causar. Porém os geomorfólogos têm contribuído pouco nesse sesse sentido, pois competem com empresas de engenharia e agências governamentais que dominam o mercado. 
Nos últimos anos o homem vem alterando cada vez mais a superfície terrestre, interferindo no relevo, em canais de drenagem, no tipo de uso do solo e todas essas atividades colocam em risco a vida das populações mais vulneráveis. Todas essas alterações, seja na esfera rural ou urbana, devem ser analisadas e estudadas. Os problemas geomorfológicos podem ser examinados em termos de tipos específicos de áreas, como por exemplo aquelas reconhecidas pela legislação, sendo, portanto, protegidas por políticas públicas e legislação.
Em muitas partes do mundo, o rápido processo de urbanização tem causado diversos tipos de impactos às sociedades e ao meio ambiente. Para combater esses tipos de impactos, muitas cidades têm introduzido diferentes tipos de políticas públicas. No entanto, o uso da geomorfologia no planejamento ambiental não tem sido tarefa fácil para os administradores. 
Para facilitar essa tarefa, o autor do texto propõe um método de planejamento, que se baseia em cenários que produzem diferentes visões para o crescimento urbano, de maneira sustentável, ao incorporar diversas abordagens socioambientais. Dessa forma, esse artigo aborda conceitos relacionados à Geomorfologia aplicada ao planejamento ambiental, bem como estudos de caso, no Brasil e em outros países, de forma a aprofundar uma ciência que vem, cada vez mais, sendo utilizada para melhorar a qualidade de vida e a prevenção a impactos causados pela má utilização dos recursos naturais, tanto em áreas urbanas, como rurais 
CONCEITOS 
A geomorfologia ambiental surge a partir do reconhecimento do papel das ações dos homens nos processos geomorfológicos. Dessa forma, é fundamental o reconhecimento das formas de relevo, solos, rochas, recursos hídricos, etc. Isso pode levar ao melhor conhecimento da paisagem geomorfológica e, consequentemente, do aproveitamento racional dos recursos existentes, bem como torna possível evitar catástrofes, que quase sempre causam mortes e danos materiais.
O planejamento ambiental atua em diversos níveis estruturais, locais e regionais, legal e ilegal e por isso têm a necessidade de reconhecer e lidar com diferentes características geográficas e político-administrativas. Esse planejamento envolve a aceitação, ou negação de direitos de desenvolvimento, para uma determinada área, consequentemente, segundo o referido autor, possui uma componente política, na medida que se refere à redistribuição de poder e recursos. Nesse ponto o planejamento ambiental deve assegurar benefícios para a sociedade reconciliando as áreas verdes nos meios urbanos com retornos sociais e econômicos.
Nesse sentido, alguns autores vêm alertando para uma dificuldade em se manter áreas verdes em centros urbanos, e mesmo são possíveis não são distribuídos de forma adequada pela cidade, exemplo dado na Grécia.
Além disso as atividades humanas alteram as dinâmicas de conservação, interferindo diretamente na biodiversidade. Desta forma é substancial que haja um mapeamento de uso e ocupação da terra para auxiliar nas práticas de planejamento urbano e na gestão ambiental. 
Para o monitoramento de questões de riscos geológicos diversos parâmetros devem ser avaliados, porém nem todos os parâmetros críticos possuem registros históricos adequados.
APLICAÇÕES
Uma das aplicações recente é a incorporação de estudos geomorfológicos em estudos para avaliação de projetos, como EIA/RIMA para determinação de tipos de intervenções no meio ambiente.
Atualmente têm surgido novos paradigmas no planejamento ambiental urbano, com o objetivo de proteger a biodiversidade da urbanização, assim como planos que procuram proteger as cidades contra enchentes e deslizamentos, e, mais recentemente, contra tendências de aumento do nível do mar, que pode também estar relacionado às mudanças climáticas.
A geotecnia vem sendo utilizada também como ciência aplicada a engenharia, economia, política, geografia e estudos ambientais, com o objetivo de se avaliar os perigos naturais frente a susceptibilidade da população. No final da década de 1970, o conceito de vulnerabilidade foi implementado para pesquisa em energia, gestão de risco e avaliação de impacto climático. Modelos de colapso social e ecologia foram combinados sob o guarda-chuva da vulnerabilidade. As ciências aplicadas definem vulnerabilidade como o grau de perda, que pode ser expressado com uma taxa de dano (por exemplo de 0 a 1). Isso é baseado nas definições da Organização das Nações Unidas para Prevenção de Desastres. A análise de vulnerabilidade pode ser feita de forma qualitativa, semi-qualitativa e quantitativa. Na avaliação geral da avaliação do risco, as descrições qualitativas são geralmente usadas, como uma primeira abordagem, para identificar diferentes aspectos da vulnerabilidade, ou quando dados numéricos não estão disponíveis. 
Os riscos de deslizamento podem ser avaliados a partir da vulnerabilidade de pessoas, construções e vias de comunicação é expressa pela probabilidade de perda fatal, ou destruição, colocada numa escala de 0 a 1.
Uma aplicação importante da geomorfologia ao planejamento ambiental é sobre informações espaciais, baseada no uso de SIG de alta qualidade: 1. Identificação de áreas florestais, com fins à sua conservação; 2. Monitoramento da saúde ecológica de áreas úmidas, com invasão de espécies; 3. Planejamento para o desenvolvimento em um corredor de rio urbano; 4. Mapeamento de espécies raras e ameaçadas de extinção, numa determinada paisagem.
Outra aplicação importante é relacionada ao reconhecimento geomorfológico em relação aos sistemas físicos. Esse tipo de conhecimento além de evitar a ocorrência de impactos ambientais negativos sobre o ambiente, pode também auxiliar no desenvolvimento sustentável. Esse conhecimento pode influenciar setores importantes da sociedade como o turismo, exploração de recursos minerais aproveitamento de recursos hídricos, produção de energia hidrelétrica, saneamento básico, Unidades de Conservação, áreas costeiras, EIAs-RIMAs, diagnóstico de áreas degradadas, estudos de movimentos de massa e erosão dos solos, linhas de transmissão de energia elétrica, e recuperação de áreas degradadas.

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