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3. Normas gerais de direito financeiro
Diante das considerações precedentes, depara-se evidente que as normas de direito financeiro são aquelas imersas na definição do Direito Financeiro, algumas com a feição de princípios e outras com a fisionomia de simples normas, todas, relembrando, versando direta ou indiretamente sobre orçamento público.
3.1. Normas gerais
Sob o ponto de vista filosófico, as normas gerais têm por objeto uma classe de pessoas, enquanto as normas abstratas regulam uma classe de ação. Esse é o pensar de Norberto Bobbio ao versar o tema segundo a aresta da filosofia do direito.15 
No caso vertente, a expressão é empregada em seu sentido coloquial, como quer Thomás Cooley ao atremar que, no interpretar a Constituição, deve-se presumir que as palavras são utilizadas em sua significação natural e ordinária.16 O renomado Professor da Universidade de Michigan nos anos de 1880 enfatiza o seu entendimento acerca do assunto e, a propósito, reproduz as palavras igualmente abalizadas do magistrado John Marshall, assim averbadas: “[o] organizador da Constituição e o povo que adotou deve compreender-se tenham empregados as palavras na sua significação natural e tenham atendido ao que elas dizem”.17  
Nesse tema  a expressão normas geraisreveste a acepção da linguagem comum propugnada por Thomás Cooley e por John Marshall, razão pela qual merece compreendida com o sentido de normas de abrangência genérica, ou seja, aquela que estabelece regras e princípios em relação a um dado campo do normativo.

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