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O sistema Digestório word

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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIAL TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Hilgue Silva Ivanira Silva
Joiciane Santos Maria Pantoja
SISTEMA DIGESTÓRIO
MACAPÁ 2023
SISTEMA DIGESTÓRIO
Trabalho apresentado como requisito avaliativo para a disciplina do curso técnico em enfermagem do SENAC-Macapá, orientado pela professora Anne Oliveira.
MACAPÁ 2023
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	2
O SISTEMA DIGESTÓRIO	2
A Fisiologia do sistema digestório	2
A anatomia do sistema digestório	4
Tubo Digestório Alto	4
Tubo Digestório Médio	4
Tubo Digestório Baixo	6
AS DOENÇAS GASTROINTESTINAIS	6
CONCLUSÃO	8
REFERÊNCIAS	8
1. INTRODUÇÃO
Anatomia humana é o campo da biologia responsável pelo estudo da forma e estrutura do corpo humano e de suas partes. O nome anatomia vem da palavra grega ana, que significa “parte”, e tomnei, que significa cortar, ou seja, aquela parte da biologia preocupada em isolar estruturas e estudá-las.
A anatomia utiliza principalmente a chamada técnica de dissecção, que se baseia na realização de cortes que permitem uma melhor visualização da estrutura do organismo. Essa prática é muito comum em cursos de áreas médicas, como medicina, enfermagem, farmácia, biomedicina, odontologia e fisioterapia.
Pensa-se que a primeira dissecação de humanos tenha ocorrido no século II a.C., por Herófilo e Erasístrato, em Alexandria. Após este período, a área permaneceu em grande parte estagnada, principalmente devido às pressões da Igreja, que não aceita este tipo de estudo.
Os estudos nesta área continuaram com maior força no Renascimento, com destaque nessa época para as obras de Leonardo da Vinci e Andreas Vesalius. O primeiro a se destacar na área da anatomia graças aos espetaculares desenhos do corpo humano nos quais trabalhou durante 15 anos. Para alcançá-los, este importante artista realizou algumas pesquisas, especialmente engajadas em dissecações. O primeiro atlas anatômico, o De Humani Corporis Fabrica, publicado em 1543 por Vesalius, é hoje considerado o pai da anatomia moderna. Seu livro dissipa equívocos e contribui para uma compreensão mais profunda da região, marcando a era moderna da região.
2. O SISTEMA DIGESTÓRIO
O sistema digestivo também é conhecido como sistema digestivo ou trato digestivo. É composto por um conjunto de órgãos que funcionam no corpo humano, na qual são responsáveis por converter os alimentos ingeridos em nutrientes que o corpo pode absorver para fornecer energia e apoiar funções vitais. A atividade do sistema digestório é formada por uma série de órgãos que trabalham juntos para realizar a digestão, absorção e eliminação de resíduos. Em outras palavras, o sistema digestivo é um processo complexo e coordenado que envolve uma série de órgãos e enzimas para garantir a quebra e absorção eficiente de nutrientes essenciais para a saúde e o funcionamento do corpo.
2.1. A Fisiologia do sistema digestório
2
A digestão acontece por dois tipos de processos: os mecânicos e os químicos. Os processos mecânicos incluem triturar e reduzir os alimentos, transformando-os em partículas menores por meio do movimento. Exemplos incluem mastigação, deglutição e movimentos peristálticos. Processos químicos são aqueles em que ocorre a transformação das moléculas dos alimentos em moléculas mais simples por meio de reações químicas, realizadas principalmente por enzimas.
A digestão começa na boca com a mastigação - o movimento dos dentes e da língua. Esses movimentos trituram os alimentos em partículas menores e os umedecem, aumentando sua superfície de contato com a saliva e formando grumos de alimentos. Além desse processo, existe na saliva uma enzima chamada amilase salivar ou ptialina, que decompõe parte do amido, transformando-o em uma molécula mais simples e ativando assim diversos processos digestivos na boca.
O alimento sai da boca e continua pela faringe e esôfago, sendo engolido. Na entrada da laringe, estrutura mais comum do sistema respiratório, está uma válvula cartilaginosa chamada epiglote. Sua função é controlar a passagem dos alimentos para o esôfago e evitar que os alimentos entrem no sistema respiratório. Durante a passagem do bolo alimentar, a epiglote desce, fechando a entrada da laringe. Se o alimento entrar na laringe, causará asfixia. Além de a deglutição ser um movimento intencional, após a deglutição dos alimentos, os movimentos que levam à deglutição são involuntários e são conhecidos como movimentos peristálticos. Esses movimentos ocorrem no esôfago e, junto com o muco que ele secreta, empurram o alimento pelo trato digestivo até chegar ao estômago.
No estômago, o comprimido é misturado ao suco gástrico, produzido pelas glândulas da parede do estômago. Este suco é composto de água, ácido clorídrico (HCl), muco e enzimas digestivas. A principal enzima produzida no estômago é a pepsina, que ativa a digestão das proteínas. Após a ação do suco gástrico, o bolo alimentar é convertido em uma pasta chamada quimo, que é transportada para o intestino delgado.
No intestino delgado, a digestão ocorre principalmente no duodeno. Nesta fase da digestão, os órgãos acessórios (fígado e pâncreas) estarão ativos. A bile produzida pelo fígado facilita a ação das enzimas sobre os lipídios. O suco pancreático produzido pelo pâncreas contém enzimas que digerem amidos, gorduras, açúcares e proteínas.
O fluido intestinal produzido pelo revestimento interno do intestino delgado produz enzimas que digerem outras substâncias. Após esses processos, o quimo se transforma num
líquido viscoso chamado quilo. Nas vilosidades do intestino delgado ocorre a absorção dos nutrientes, que já transformados em moléculas mais simples, atravessam as paredes do intestino, passam para os capilares sanguíneos, entram na circulação e são distribuídos a todas as células do corpo.
No intestino grosso, a digestão é completada. Ocorre a absorção de água e os resíduos da digestão que sobram após essa absorção compactam-se e formam as fezes, que são eliminadas pelo organismo através do ânus.
2.2. A anatomia do sistema digestório
O Sistema Digestório divide-se em duas partes. Uma delas é o tubo digestório (propriamente dito), antes conhecido como tubo digestivo. Onde o mesmo se divide em três partes: alto, médio e baixo. A outra parte corresponde aos órgãos anexos.
2.2.1. Tubo Digestório Alto
A porção alta do tubo digestório é formada pela boca, faringe e esôfago.
A boca é a porta de entrada dos alimentos no trato digestivo. Corresponde a uma cavidade revestida por mucosas, onde o alimento é umedecido com a saliva produzida pelas glândulas salivares. A mastigação ocorre na boca, o que corresponde ao primeiro momento da digestão mecânica. Acontece com os dentes e a língua. Em segundo lugar, entra em ação a atividade enzimática da ptialina, ou amilase salivar. Atua sobre o amido presente na batata, na farinha e no arroz e o transforma em moléculas menores de maltose.
A faringe é um tubo muscular que se conecta à boca, através do istmo e na outra extremidade ao esôfago. Para chegar ao esôfago, o alimento depois de mastigado passará por toda a faringe, que é o canal comum entre o aparelho digestivo e o aparelho respiratório. Durante a deglutição, o palato mole se retrai para cima e a língua empurra o alimento para a faringe, a faringe se contrai voluntariamente e leva o alimento até o esôfago. A entrada de alimentos no trato respiratório é impedida pela ação da epiglote, que fecha a abertura de comunicação com a laringe.
O esôfago é um tubo muscular controlado pelo sistema nervoso autônomo. Graças a ondas de contrações, chamadas peristaltismo ou movimentos peristálticos, os dutos musculares comprimem o alimento e o levam até o estômago.
2.2.2. Tubo Digestório Médio
O tubo digestório médio é formado pelo estômago e intestino delgado (duodeno, jejuno
e íleo).
O estômago é uma grande bolsa localizada no abdômen, responsável pela digestão das proteínas. A entrada desse órgão é chamada de cárdia, por estar muito próxima do coração, separada dele apenas pelo diafragma. Possui uma pequenacurvatura superior e uma grande curvatura inferior. A parte mais dilatada é chamada de “zona basal”, enquanto a última parte, a área estreita, é chamada de “piloro”. O simples ato de mastigar os alimentos desencadeia a produção de ácido clorídrico no estômago. Porém, somente na presença de alimentos protéicos é que se inicia a produção de suco gástrico. Este suco é uma solução aquosa composta por água, sal, enzimas e ácido clorídrico. O revestimento do estômago é coberto por uma camada de muco que o protege do ataque do suco gástrico, pois é bastante corrosivo. Assim, quando há um desequilíbrio na capacidade de proteção, isso levará à inflamação do revestimento (gastrite) ou ao aparecimento de úlceras (úlceras estomacais). A pepsina é a enzima mais potente do suco gástrico e é regulada pela ação do hormônio gastrina. A gastrina é produzida no estômago quando as moléculas de proteína alimentar entram em contato com o revestimento do órgão. Assim, a pepsina decompõe grandes moléculas de proteínas e as transforma em moléculas menores. Estas são proteínas e peptonas. Finalmente, a digestão gástrica leva em média duas a quatro horas. Durante esse processo, o estômago sofre contrações que empurram o alimento para dentro do piloro, que abre e fecha, permitindo que, em pequenas porções, o quimo (massa branca e efervescente) chegue até o intestino jovem.
O intestino delgado é revestido por uma membrana mucosa enrugada com numerosas saliências. Está localizado entre o estômago e o intestino grosso e tem a função de secretar uma variedade de enzimas digestivas. Isto dá origem a pequenas moléculas solúveis: glicose, aminoácidos, glicerol, etc.
O duodeno é a primeira parte do intestino delgado a receber o quimo do estômago, que é muito ácido, causando irritação na mucosa duodenal. Em seguida, o quimo é banhado pela bile. A bile é secretada pelo fígado e armazenada na vesícula biliar, contendo bicarbonato de sódio e sais biliares, que emulsificam os lipídios, quebrando as gotículas biliares em milhares de gotículas microscópicas. Além disso, o quimo também recebe suco pancreático produzido pelo pâncreas. Contém enzimas, água e grande quantidade de bicarbonato de sódio, por isso promove a neutralização do quimo. Assim, em pouco tempo, o “mingau” alimentar do duodeno torna-se alcalino e cria as condições necessárias para a digestão no intestino.
O jejuno e o íleo são considerados a parte do intestino delgado por onde os alimentos são rapidamente transportados, sendo na maioria das vezes esvaziados durante a digestão. Finalmente, ao longo do intestino delgado, quando todos os nutrientes foram absorvidos, uma densa camada de resíduos permanece sem ser digerida e formam-se bactérias. Essa massa, que foi fermentada, irá para o intestino grosso.
2.2.3. Tubo Digestório Baixo
O tubo digestório baixo é formado pelo intestino grosso, que possui os seguintes componentes: ceco, cólon ascendente, transverso, descendente, a curva sigmoide e o reto.
O intestino grosso tem cerca de 1,5 m de comprimento e 6 cm de diâmetro. É o local de absorção de água (água ingerida e secreções digestivas), armazenamento e eliminação de resíduos digestivos. É dividido em três partes: o ceco, o cólon (que é dividido em curvas ascendente, transversal, descendente e sigmóide) e o reto. No ceco, a primeira parte do intestino grosso, os restos de comida, formou um “bolo de fezes”, que segue para o cólon ascendente, depois para o cólon transverso e depois para o cólon descendente. Nesta parte, a massa fecal permanece por várias horas, preenchendo partes das curvas sigmóide e retal. O reto é a última parte do intestino grosso, terminando no canal anal e no ânus, por onde as fezes são excretadas.
Para facilitar a passagem do bolo fecal, as glândulas da membrana do intestino grosso secretam muco para lubrificar o bolo fecal, facilitando seu transporte e eliminação. Ressalta-se que a fibra vegetal não é digerida e absorvida pelo aparelho digestivo, passa por todo o trato digestivo e constitui proporção significativa da massa das fezes. Portanto, é importante adicionar fibras à dieta para promover a formação de fezes.
O apêndice é uma pequena seção em forma de dedo que se projeta do intestino grosso, perto de onde se junta ao intestino delgado. O apêndice pode ter alguma função imunológica, mas não é um órgão essencial.
3. AS DOENÇAS GASTROINTESTINAIS
Diarréia: É uma condição em que o número de fezes aumenta a cada dia e as fezes perdem a consistência, tornando-se líquidas. Geralmente vem de uma infecção viral, como gastroenterite ou vírus intestinal. Também pode ser o resultado de uma reação adversa a certos medicamentos, intolerância a certos alimentos ou mesmo intoxicação alimentar. Se não for controlada, pode causar desnutrição no paciente.
Prisão de Ventre: Ao contrário da diarreia, a constipação é caracterizada pela presença de fezes duras, dificuldade de defecar e constipação de maior duração. Certos hábitos alimentares desempenham um papel decisivo na causa deste distúrbio: por exemplo, consumir menos fibras e líquidos pode desencadear episódios de prisão de ventre. Situações como estresse, sedentarismo, tabagismo e abuso de álcool também podem causar esse desconforto. Especialmente nas mulheres, os picos hormonais e a gravidez podem piorar o problema. Dor durante a evacuação, inchaço abdominal e alterações de humor são as principais consequências da constipação.
Infecções intestinais: Geralmente ocorre quando uma pessoa infectada ingere alimentos estragados, limpos inadequadamente ou contaminados com bactérias como Salmonella ou Escherichia coli. As alterações intestinais causadas por esse tipo de infecção provocam dores abdominais, febre, desidratação, diarreia e mal-estar. A gravidade da doença depende de vários fatores, embora em alguns casos apenas beber água seja suficiente, é sempre necessário consultar um médico pois as infecções intestinais podem levar à morte em casos graves.
Faringite: Uma infecção viral ou bacteriana na garganta pode causar uma série de alterações nesta área: garganta seca, dificuldade para engolir, rouquidão e desconforto nos músculos do pescoço.
Gastrite: É caracterizada por inflamação aguda ou crônica da membrana mucosa que reveste o estômago. Pode ser persistente e, dependendo dos hábitos de cada pessoa, pode piorar com o tempo. Consumo de álcool, tabagismo, dependência de drogas, estresse, refluxo, maus hábitos alimentares, uso de certos medicamentos e infecções bacterianas podem levar a casos de gastrite. Anorexia, distúrbios intestinais, náuseas, azia, queimação são alguns dos principais sintomas.
Apendicite: A apendicite ocorre quando um órgão fica inchado devido a fezes, tumor ou infecção viral. A ruptura é extremamente dolorosa e pode levar à morte se os órgãos não forem removidos rapidamente. Náuseas, calafrios, febre, dor no abdômen inferior direito e vômitos são alguns dos sinais de apendicite. Perda de apetite e prisão de ventre também são sinais de alerta desta doença.
Pancreatite: O inchaço do pâncreas pode causar perda de peso, náuseas, sudorese e pele amarelada, fria e úmida. Podem ser observadas dores abdominais e fezes gordurosas, indicando que a glândula está disfuncional. A inflamação pode variar de aguda a crônica, devido à
presença de um pseudocisto pancreático (um acúmulo de líquido semelhante a um cisto) ou de um abscesso pancreático.
Câncer: Uma das principais causas de morte, principalmente em homens, o câncer de estômago e cólon é caracterizado pela formação de tumores que afetam o sistema digestivo. Embora seja um dos cânceres mais comuns no mundo, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado aumentam as chances de recuperação. O grande perigo desta doença é que os estágios iniciais são assintomáticos e facilmente confundidos com outras doenças do trato gastrointestinal. Sintomas comuns a outras doenças, como diarréia ou resfriado, sangramento, fezes escuras e pastosas, dor anal, cólicas, distensão abdominal, fraqueza e fadiga são sintomas conhecidos. É por isso que quaisquer sintomasassociados a doenças gastrointestinais não devem ser ignorados, especialmente quando são frequentes.
4. CONCLUSÃO
O sistema digestório possui a vital importância de digerir os alimentos, e pegar todos os nutrientes de cada alimento, separando o que fica dentro do corpo, e o que sai dele.
As doenças gastrointestinais interferem muito na absorção de nutrientes essenciais, como vitaminas e minerais, levando a problemas como anemia, ossos fracos e desidratação. Além disso, algumas doenças podem afetar a ingestão normal de alimentos, limitando a dieta do paciente.
REFERÊNCIAS
Guyton, A. C.; Hall, J. E.; Tratado de Fisiologia Médica. 12ª edição, tradução Alcides Marinho Junior et.al. - Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.
Koeppen, B. M.; Stanton, B. A.; Berne & Levy: Fisiologia. 6ª edição, Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.
NETTER, F. H. Atlas de anatomia humana. 7ª edição, Rio de Janeiro: Elsevier, 2019.
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