Buscar

Aula 6 e 7 - Manejo de Leitões e Manejo de Dejetos

Prévia do material em texto

MANEJO DE LEITÕES DO PRÉ-PARTO AO DESMAME
Medicina Veterinária
Produção e Sanidade de Suínos
Mariana Guimarães Graciosa
mariana.graciosa@faa.edu.br
Objetivos de Aprendizagem do dia
Manejos do leitão e da matriz no puerpério.
Temperatura para a matriz e o filhote. 
Temperatura relacionada a nutrição dos animais.
2
MANEJO DE LEITÕES DO PRÉ-PARTO AO DESMAME. 
PROGRAMA DE MANEJO PARA MATRIZES E LEITEGADAS
Para a desmama de leitões com o peso médio de 6,4 Kg aos 21 dias de idade, deve-se ter um programa nutricional eficiente em período que corresponde a três fases:
 Pré- parto;
 Parto;
 Pós- parto.
MANEJO PRÉ-PARTO
Transferir a porca 5 a 7 dias antes do parto.
Limpar e desinfetar a baia ou gaiola de parição (água e sabão), e deixá-la sem uso por 1 semana (se não for possível quarentena).
 Lavar também a porca dando um cuidado especial nas tetas e ventre.
 Transferir a matriz de preferência nas horas mais frescas e com menos barulho, verificar bebedouros e comedouros e preparar o escamoteador. 
MANEJO PRÉ-PARTO
Fazer um controle sanitário endo e ectoparasitas (de acordo com o plantel).
Atentar para temperatura se está entre 16o a 22oC (28o a 32oC) e manejar bem as cortinas e janelas.
Fornecer 3 Kg de ração de lactação e somente água no dia do parto.
Quadro 1: Acontecimentos associados ao parto no suíno
	Acontecimento	Duração média 
(mínima – máxima) 	Observações 
	Duração do parto	3 horas
(25 minutos – 8 horas)	Para um número médio de 11,7 leitões
	Intervalo de expulsão dos leitões	15 mim (1 – 230 min)	Mais longo do 1° para o 2° e no último 
	Apresentação anterior	65% (55% - 75%)	
	Parto com cordão umbilical intacto	65% (60% - 75%)	Com o decorrer do parto diminui essa % 
	Rompimento do cordão umbilical	4 mim (1- 30 min)	
	Ressecamento do cordão umbilical 	12 horas 	
	Primeira mamada pós – parto	20 min (3 – 150 min)	
	Expulsão da placenta após o ultimo leitão 	4 horas (0 – 12 horas)	
FONTE: Adaptado de PLONAIT; BICKHADT, 1988, citado por SILVEIRA et al, 1998. 
MANEJO DO PARTO
Fase crítica para a porca devido a tranformação fisiológica (estado de gestação a lactação).
A Gestação dura 114 dias (3 meses, 3 semanas e 3 dias), e o momento têm a duração de 2 a 6 horas.
A intervenção ao parto é necessária quando o intervalo de expulsão for de 65 minutos ou apresentando contrações sem a expulsão de leitões. 
Aplicar a Oxitocina em doses pequenas e repetidas depois de um exame manual (dilacerações musculares e perfurações no útero).
Fase Puerperal
Da expulsão de placentas até o estabelecimento do estado normal do útero (± 5 dias),
fase crítica:
queda de imunidade, 
traumas físicos, tornam o útero vulnerável a ocorrência de infecções, afetam a saúde da porca.
MANEJO PÓS-PARTO
O acompanhamento do parto se faz necessário pois os leitões podem nascer afogados ou aparentemente mortos.
Retirar restos placentários dos leitões (focos de infecções das vias genitais).
Revisar as mamas para detectar o quanto antes a presença de inflamação e falta de leite.
Levantar as fêmeas e fornecer água limpa e a vontade para compensar a grande perda de líquidos. 
A redução do consumo de alimento nesta fase, pode adiar o retorno ao cio após desmame.
SECAGEM DOS LEITÕES 
Os leitões devem ser limpos a medida que vão nascendo, evitando o afogamento ou perda de calor.
Massagear o dorso e a região pulmonar ativando a circulação e estimulando a respiração.
Fazer a reanimação se necessário. 
CORTE E DESINFECÇÃO DO UMBIGO
O umbigo é o elo entre a mãe e leitão.
No umbigo existe uma alta incidência de infecções sendo porta de entrada para bactérias (artrite), causando uma alta taxa de refugos.
Hérnia umbilical (deslocamento de víceras através do anel umbilical) sendo necessário muita das vezes o abate de animais mais cedo, pois existe o risco de morte por torções intestinais, condenando a carcaça.
INGESTÃO DO LEITE COLOSTRAL
A importância da ingestão do colostro se deve ao fato do animal nascer praticamente sem proteção contra patógenos (anticorpos ou imunoglobulinas).
A partir da segunda semana de vida o leitão começa a produzir os anticorpos mas em quantidade insuficiente.
Garantir a ingestão nas primeiras 3 horas após o nascimento.
Dar atenção especial aos leitões com peso entre 700gr e 1200gr.
PRIMEIRA MAMADA
As glândulas mamárias da porca são distribuídas em duas fileiras. 
Dispostas em três grupos: peitorais, abdominais e inguinais.
As peitorais apresentam algumas vantagens a mais.
PRIMEIRA MAMADA
Leitões não alimentados pelo colostro:
Esgota sua reserva de energia nas primeiras 24 horas, que necessita para contração muscular;
Hipotermia (leva a diminuição na taxa de utilização de glicose);
Hipoglicemia (queda no teor de glicose do sangue);
Levando ao coma e a morte nas primeiras 72 horas de vida.
 
PRIMEIRA MAMADA
Para assegurar a ingestão de colostro existem os bancos de colostro, em alguns casos se faz necessário o uso de outros tipos de leite (vaca ou cabra) ou até mesmo óleo de coco (gordura altamente digestiva).
AMBIENTE NA MATERNIDADE
Os suínos possuem dificuldades de se adaptar ás flutuações térmicas ambientais.
Deve-se fornecer dois ambientes na maternidade:
Porca (16o a 22oC graus);
Leitegada (32o a 34oC graus).
A temperatura corporal do leitão cai de 1,7o a 6,7o C (em média 2,2o C) logo após o parto.
Tabela 1: Temperatura exigida pelos leitões nas diferentes idades.
	Idade / Semanas	Temperatura oC
	0 – 2	32 – 30
	3 – 4	28 – 25
	> 4	18 – 15 
Fonte: COMBERG, 1966 citado por MORES et al., 1998.
AMBIENTE NA MATERNIDADE
O consumo do colostro também garante um suficiente suprimento de energia para produção de calor.
Leitões mais pesados são mais resistentes ao frio.
Em alguns casos até depende do genótipo do animal, comparando o selvagem e o doméstico (bom isolamento da pelagem e boa utilização de gordura).
AMBIENTE NA MATERNIDADE
A solução é fornecer uma fonte de aquecimento.
São duas as soluções a CAMPÂNULA e o ESCAMOTEADOR, repesentados por uma lâmpada infravermelha ou comum.
A campânula: suspensa acima do piso, regulada de acordo com o comportamento dos leitões;
O escamoteador: abrigo cuja a tampa se adapta uma lâmpada como fonte de calor suplementar;
AMBIENTE NA MATERNIDADE
 FONTE: (SOSSUINOS, 2005). 
FIGURA 2: Escamoteador.
FIGURA 3: Escamoteador.
AMBIENTE NA MATERNIDADE
O mais indicado é o escamoteador por:
fornecer um microambiente adequado ao exigido pelos leitões;
o calor é distribuido uniformemente;
as correntes de ar e de convecções dentro do abrigo é relativamente estacionária;
só aquece o ambiente dos leitões;
maior economia; 
menor índice de mortalidade.
Podendo ser usado um termostato para regular a temperatura na faixa de conforto para os leitões (29o C).
Figura 4: Reação dos leitões em relação a altura da fonte de calor e condição higiênica do escamoteador.
 FONTE: MORES et al. 1998. 
CORTE OU DESBASTE DE DENTES
Os leitões nascem com 8 dentes bem desenvolvidos e cortantes.
O corte deve ser realizado de 24 a 48 horas após o nascimento garantindo a ingestão do colostro.
Em caso de demora do manejo os leitões podem lesionar as mamas da fêmea e os arredores da boca dos leitões.
Brigas entre leitões podem servir de porta de entrada a infecções secundárias e artrite (causada pela bactéria estreptococus coli) afetando o desempenho do animal sendo particularmente difícil de tratar.
CORTE OU DESBASTE DE DENTES
São duas as formas desse manejo
 FIGURA 5: Desbaste do dente. FIGURA 6: Corte do dente.
FONTE: PORKWORLD...2002.
CORTE DO ÚLTIMO TERÇO DA CAUDA
Como medida preventiva ao canibalismo corta-se o último terço da cauda dos leitões.
Realizado entre o 2o e 3o dia de idade.
As medidas de corte são:
Alicate desinfetado (o mesmo para os dentes);
Esmagamento por uma alicate sem corte;
Ferro soldador com a extremidade parecida com um pequeno machado.
TRANSFERÊNCIA CRUZADA DE LEITÕES
O tamanho da leitegada é muito variável. Para propiciar a cada um dos leitões umamelhor oportunidade de sobrevivência e um peso ao desmame uniforme, é feita a ADOÇÃO.
Transferir os leitões de uma porca para outra assegurando que estes tenham ingerido o colostro (100 ml) necessitando de pelo menos uma hora com a mãe. 
TRANSFERÊNCIA CRUZADA DE LEITÕES
É recomendado:
esfregar a placenta; 
colocar os leitões no escamoteador; 
separar os leitões da mãe cerca de 2 a 3 horas.
TRANSFERÊNCIA CRUZADA DE LEITÕES
Nunca transferir leitões doentes para uma leitegada sadia.
Na adoção dessa técnica deve-se preservar os leitões menores e mais fracos, certificando se o número de leitões não é maior que o número de tetas funcionais.
Esta técnica garante uma melhor escolha por parte dos leitões diminuindo brigas e previnindo a inanição.
ALEITAMENTO ARTIFICIAL DOS LEITÕES
Se uma porca adoece ou morre e não existindo a possibilidade de uma transferência deve-se iniciar imediatamente a alimentação artificial.
Deve garantir a ingestão de colostro, se isso não for possível utilizar:
Colostro de vaca;
Substitutos de leites disponíveis no mercado (que não contém anticorpos);
Adicionar ao leite de vaca 50 ml de nata, uma clara de ovo, uma colher de chá ou até de sopa de suco de limão e 15 mg de tetracilina por litro de leite. 
ALEITAMENTO ARTIFICIAL DOS LEITÕES
A dosagem depende da idade do leitão.
A temperatura do substituto do leite deve estar entre 37o a 40o C.
APLICAÇÃO DE FERRO DEXTRANO
O leitão nasce com uma reserva de 50 mg de ferro sendo que este precisa por dia de 6-7 mg, acabando seu suprimento por volta do 5o a 6o dia de idade.
A falta de ferro promove anemia. A taxa de mortalidade em leitões que recebem ferro apenas pelo leite materno é de 9% a 60%.
O leitão que passou por um período de anemia apresentou um menor ganho de peso do que seus irmãos da mesma leitegada. 
APLICAÇÃO DE FERRO DEXTRANO
É indicado aplicar 200 mg de ferro dextrano no 2o ou 3o dia de vida do leitão. Tomando cuidado na aplicação.
Sendo duas as maneiras de aplicação intramuscular e subcutânea.
APLICAÇÃO DE FERRO DEXTRANO
FIGURA 7: Aplicação de ferro intramuscular. 
FONTE: OLIVEIRA JUNIOR, 2002. 
CASTRAÇÃO
Os animais podem ser castrados em qualquer idade porém existem vantagens que favorecem a castração nas primeiras semanas de vida (7o a 10o dia pós-parto).
Vantagens:
rara hemorragia;
cicatrização rápida;
inexistência de risco de complicação;
menor chance de ocorrer infecções e perda por morte;
o choque para o leitão é menor;
CASTRAÇÃO
O suíno macho inteiro apresenta melhores rendimentos que os castrados, sendo de carcaça, conversão alimentar e ganho de peso.
Não castrar animais doentes, examinar os leitões quanto á apresentação de hérnia escrotal.
Realizar o manejo com muita higiêne evitando contaminação.
Aplicar cicatrizantes no local.
CASTRAÇÃO
São dois os métodos inguinal ou escrotal.
Inguinal (feita entre o último par de tetos);
Escrotal (corta-se cada testículo através da qual exteriorizou-se os mesmos).
A inguinal segundo trabalho realizado, apresentou recuperação mais rápida (cicatrização).
No dia da castração não realizar outras práticas de manejo.
FORNECIMENTO DE ÁGUA E RAÇÃO
O leite satisfaz as necessidades dos leitões nas primeiras três semanas de vida.
A razão de começar a oferecer a ração é estimular o desenvolvimento do sistema enzimático favorecendo um aproveitamento melhor da ração pelos leitões após desmame.
Deve ser fornecida a ração sólida a partir do 10o a 14o dia após o parto. Esses leitões devem ser estimulados a comer a ração.
FORNECIMENTO DE ÁGUA E RAÇÃO
A finalidade de fornecer a ração é favorecer o crescimento dos leitões mais fracos e acostumar os mesmos a comerem um alimento seco antes da desmama.
Os leitões convertem tais rações em tecidos corporais com mais eficiência que em qualquer outra fase da vida.
FORNECIMENTO DE ÁGUA E RAÇÃO
O consumo diário de água também é muito importante para o desempenho dos leitões.
Seu papel é decisivo:
na digestão e assimilação dos alimentos;
regulação da temperatura;
eliminação de substâncias tóxicas.
Ela é exigida em maior quantidade do que todos os nutrientes somados juntos.
FORNECIMENTO DE ÁGUA E RAÇÃO
80% peso corpóreo de um leitão é constituido de água;
Cada litro de água usada pelo suíno:
4% vem da alimentação;
19% é obtido pela oxidação dos alimentos durante o metabolismo;
77% é fornecido pela água consumida;
56% é eliminada pela urina;
30% gastos na respiração e troca de calor;
5% eliminado nas fezes;
9% é utilizado no crescimento ou manutenção do peso corporal.
FORNECIMENTO DE ÁGUA E RAÇÃO
Em 8 litros de leite de uma porca nas suas condições normais contém 80% de água.
Pode-se afirmar que sua administração correta pode ser a solução de muitos problemas.
DESMAMA
A desmama compreende na separação da porca e o leitão.
A idade ótima para desmame depende de vários fatores.
A adoção de períodos mais curtos visa a obtenção de maior número de leitão/matriz/ano.
O processo de desmame é difícil em qualquer idade.
A transferência dos leitões deve ser feita nas horas mais frescas do dia de preferência durante a noite (19 e 20 horas). 
Tabela 3:Principais métodos de desmame, idade dos leitões ao desmame e comentário sobre os métodos.
	Tipo de desmame	Idade	Comentários
	Natural	Entre 10 – 12 semanas, o mais tardar com 22 semanas.	Ocorre em criações extensivas, e caracteriza-se pelo fim da secreção Láctea e de desinteresse entre porca e leitegada. 
	Artificial
Convencional	7 a 8 semanas	Alguns poucos produtores ainda desmamam os leitões nesse período, principalmente devido à falta de orientação técnica. Entre as desvantagens desse método, pode-se citar a diminuição do número de leitões / porca / ano, aumento do intervalo desmama – cio e maior consumo de ração. 
	Artificial
Antecipada	35 a 49 dias	Esse método ainda é praticado por pequenos produtores que não possuem assistência técnica, mão-de-obra qualificada, instalações adequadas na fase de creche nem alimento próprio para os leitões. 
	Artificial
Precoce	Entre 21 e 35 dias	Através desse método é possível maximizar a utilização da porca, obtendo-se maior taxa de leitões/ porca/ ano. Granjas com mão-de-obra qualificada, instalações adequadas e alimento de boa qualidade têm obtido ótimos resultados com o desmame nessa idade. Atualmente, é o mais usado. 
	Precoce
Segregado	Entre 5 e 21 dias de vida 	O desmame nesta faixa etária visa à eliminação de determinadas doenças presentes no plantel de origem com o objetivo de formar um novo plantel ou de obter animais com alto nível sanitário e melhor desempenho. Existem muitas variações caracterizando diferentes sistemas de desmame precoce segregado. Suas indicações, vantagens e desvantagens serão detalhadas à frente. 
FONTES: ZINTZEN, 1975; ENGLISH et al., WEBSTER, 1981; INSTITUT TECHNIQUE DU PORC, 1982; HARRIS,1990, citado por MORES et al.,1998.
DESMAMA
As vantagêns da desmama artificial precoce é:
melhor aproveitamento das instalações;
aumento do número de leitões/porca/ano;
diminui os dias não produtivos da fêmea;
menor consumo de ração;
boa utilização do leite da porca.
Em compensação deixa os leitões vulneráveis pois a imunidade declina entre a segunda e a terceira semana.
Manejo de Dejetos de Suínos
Prof.ª Mariana Guimarães Graciosa
Introdução
Grande parte dos dejetos é lançada no solo sem critérios e em cursos de água sem tratamento prévio
Grande fonte de poluição ambiental
Contribuir para o aumento de produção de insetos nocivos, como por exemplo, o borrachudo.
Produção de dejetos líquidos
Ocasionado principalmente por:
vazamentos no sistema hidráulico, 
desperdício de água nos bebedouros,
sistema de limpeza inadequados (Ideal = ↓vazão e ↑pressão).
Soluções apresentadas:
Emprego como fertilizante orgânico,
Tratamento,
Uso de leito de cama como alternativa.
Uso de dejetos
Dependerá da quantidade de dejetos produzidos pelo sistema:
O volume de dejetos produzidos por uma criação e a concentração de nutrientes no efluente são os aspectos básicos para se definira melhor forma de utilização dos mesmos.
Quantidade de fezes e urina produzidos:
Fatores zootécnicos (tamanho, sexo, raça e atividade), 
Ambientais (temperatura e umidade),
Dietéticos (digestibilidade, conteúdo de fibra e proteína).
Produção de dejetos
Exemplo da EMATER:
Exemplo de cálculo para planejamento de instalações:
Base de cálculo de acordo Com sistemas de produção 
Fatores a considerar para utilização como fertilizantes:
Exige instalações, equipamentos e manejo adequado para torná-lo economicamente competitivo com o fertilizante mineral. 
considerar a concentração de nitrogênio, fósforo e potássio (NPK) nos dejetos 
custo de distribuição: distância depósito - lavoura, velocidade de deslocamento (depende da topografia e condições do terreno), volume anual aplicado e o custo horário do trator mais o do sistema de distribuição. 
Fatores a considerar para utilização como fertilizantes:
Aspectos ambientais tais como: 
disponibilidade de área, 
tipo de solo, 
distância de mananciais
dose de aplicação.
Excedente de produção:
Sistema de estocagem
Os dejetos líquidos de suínos podem ser armazenados em esterqueiras de alvenaria com estruturas de concreto ou em depósitos revestidos com manta plástica.
Tempo mín.: 120 dias
Capacidade para estocagem do total produzido pelo tempo de armazenamento.
Esquema de estocagem:
Decantador de fluxo ascendente
Separar a parte sólida da parte líquida.
Aumenta a eficiência dos processos subseqüentes e valoriza o material resultante para uso como adubo orgânico.
Remove aproximadamente 50% do material sólido dos dejetos, em torno de 15% do total dos dejetos líquidos produzidos.
Características
Características
Decantador
Caixa para homogeneização dos dejetos líquidos do dia
Deverá ser carregado todos os dias. 
O sobrenadante e o lodo deverão ser removidos diariamente (pá perfurada)
Para carregar o decantador, abre-se a(s) calha(s) da instalação e deixa-se os dejetos escoar, até completar o nível do decantador e da caixa de homogeneização.
Decantador
“De acordo com os dados obtidos na unidade experimental da EMBRAPA Suínos e Aves (1996), a maior eficiência do decantador na remoção dos sólidos totais, carga orgânica e nutrientes do efluente, ocorre quando o mesmo trabalha numa vazão de 15 a 20 litros / minutos (0,90 a 1,2 m3 / hora)”. 
Lagoas Anaeróbias
Função: reduzir a carga orgânica do efluente. 
Profundidade: ± 2,2 m (desenvolvimento das bactérias anaeróbias)
Relação de comprimento x largura de 2 a 3:1,
Em função da carga orgânica (DBO5) e tempo de retenção hidráulica. 
Tempo de retenção: 30 a 40 dias. 
Uso de Cama como alternativa
Baias composta de 2 partes: 
20% de piso compacto, onde são dispostos os comedouros e bebedouros, 
80% da área de chão batido, sobre o qual é colocada uma camada de cama
2 tipos de sistemas: 
Superficiais (com profundidade de cama entre 0,20 e 0,40 m)
Leito Profundo (com espessura de cama entre 0,50 e 1,00 m).
O sistema leito superficial é bem aceito pelos produtores porque facilita as reviras da cama.
Uso de Cama como alternativa
Vantagens:
redução de custos
dispensa os sistemas convencionais de estocagem dos dejetos,
facilita o transporte e distribuição
reduz o volume final dos dejetos
Reduz o impacto ambiental causado, sem comprometer o desempenho dos suínos.
Instalação do sistema de Cama
Pé direito de 3,30m,
Laterais e divisórias em ferro ou madeira
Área por animal de 1,30 m2
1,1 m2 de cama
0,20 m2 de piso
Utilização correta do beiral e arborizar o lado da instalação de maior exposição solar.
Cuidado: cama nova fermenta gerando calor!
60ºC nos primeiros 2 meses!
Manejo da cama
Até 4 lotes:
Reviras semanais
Freqüência ↔ T de estabilização
Destinação: lavoura
Composição média:
 Nitrogênio 1,5%,
Fósforo 1,1%,
Potássio 1,8%.
Bioesterqueiras
Bioesterqueira
Biodigestores
São reatores anaeróbios, alimentados com biomassa e água, e que têm como produtos o biofertilizante e o biogás.
ESTRUTURA:
Câmara de digestão – degradação da mat. org.
Gasômetro – retenção de biogás
Esquema de biodigestor
Composição do biogás
image2.jpg
image3.jpeg
image4.jpeg
image5.jpeg
image6.jpeg
image7.png
image8.jpeg
image9.jpeg
image10.jpeg
image11.jpg
image12.png
image13.png
image14.png
image15.png
image16.png
image17.png
image18.png
image19.png
image20.png
image21.png
image22.png
image23.gif
image24.png
image25.png
image26.jpeg
image1.jpg

Continue navegando