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REINO PLANTAE
TRAQUEÓFITAS
ESPERMATÓFITAS
BRIÓFITAS PTERIDÓFITAS GIMNOSPERMAS ANGIOSPERMAS
Flor e fruto
Semente
Embrião
ALGASALGAS
Vasos condutores
As plantas vasculares com sementes são chamadas de espermatófitas. 
Entre elas, há aquelas em que as sementes ficam expostas externamente 
no órgão reprodutivo, o que lhes valeu a denominação de gimnospermas 
(do grego gymnos, nu, e sperma, semente), e as que têm as sementes abri-
gadas no interior do fruto, sendo por isso chamadas de angiospermas (do 
grego angion, vaso, e sperma, semente). Os representantes mais conhecidos 
das gimnospermas são os pinheiros. No pinheiro­do­paraná, por exemplo, 
as sementes (pinhões) ficam agrupadas no órgão reprodutivo, formando 
a pinha. (Fig. 6.3)
Conteúdo digital Moderna PLUS http://www.modernaplus.com.br
Texto: O sistema de classificação de Eichler
Figura 6.3 A. Foto de pinhas do pinheiro­do­paraná; à direita, pinha intacta; 
à esquerda, pinha parcialmente desfeita pela liberação de algumas 
sementes. B. Frutos cortados de angiospermas mostrando as sementes 
em seu interior. C. Cladograma que mostra algumas das características 
compartilhadas pelos grupos de planta.
A
B C
Seção 6.2
Objetivo❱❱❱❱
Identificar os principais CCCCCCC
grupos de briófitas e 
descrever seu ciclo de 
vida, reconhecendo: 
a) a alternância entre 
gerações haploide e 
diploide; b) a relação 
de independência entre 
gametófito e esporófito; 
c) a predominância da 
fase gametofítica. 
Termos e conceitos❱❱❱❱
briófita•	
propágulo•	
anterídio•	
anterozoide•	
arquegônio•	
oosfera•	
esporângio•	
esporo•	
protonema•	
Plantas avasculares: briófitas
1 Diversidade das briófitas
No sistema de classificação que adotamos nesta obra, as plantas avas-
culares, conhecidas popularmente como briófitas, são distribuídas em três 
filos: Bryophyta (musgos), Hepatophyta (hepáticas) e Anthocerophyta 
(antóceros). É importante ressaltar que umas poucas espécies de musgo 
apresentam tecidos condutores de seiva, que são, no entanto, diferentes 
dos das plantas vasculares. (Tab. 6.2)
 Tabela 6.2 Número estimado de espécies de briófitas 
Filos Brasil Mundo 
Bryophyta (musgos) 1.964 8.000
Hepatophyta (hepáticas) 1.125 6.000
Anthocerophyta (antóceros) 36 80
TOTAL 3.125 14.080
Fonte: Sheperd, G. J., 2006.
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CONHECIMENTOS
O que é turfa?
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2 Características gerais das briófitas
Briófitas (do grego brion, musgos) são plantas pequenas e 
delicadas que vivem geralmente em ambientes úmidos e sombrea­
dos, como barrancos e troncos de árvores no interior das matas. 
A maioria das espécies não ultrapassa 5 centímetros de altura, 
apesar de haver, na Nova Zelândia, briófitas que chegam a atingir 
50 centímetros. As espécies mais conhecidas de briófita são os 
musgos, que podem formar densos tapetes verdes sobre pedras, 
troncos de árvores e barrancos. (Fig. 6.4)
Há musgos que vivem em locais relativamente secos, como a 
superfície de rochas ou barrancos expostos ao sol, sendo capazes 
de suportar temperaturas altas durante o dia. Há espécies de mus-
go capazes de tolerar temperaturas muito baixas, como ocorre em 
vastas áreas ao norte do Círculo Polar Ártico, onde musgos são as 
únicas plantas presentes. Há umas poucas hepáticas que vivem em 
água doce, mas não há nenhuma espécie marinha.
Figura 6.4 A. Foto de gametófitos 
folhosos de uma hepática. B. Foto de 
musgos. As estruturas filamentosas 
marrons são os esporófitos, que 
crescem sobre os gametófitos 
folhosos verdes.
A
B
Musgos do gênero Sphagnum formam as turfeiras, um tipo de vegetação 
de regiões úmidas que ocupa mais de 1% da superfície dos continentes, o que 
coloca essas plantas entre as mais abundantes no planeta.
A turfa é formada pelo acúmulo de musgos mortos em terrenos pantanosos e 
pobres em gás oxigênio; isso os protege da decomposição e, consequentemente, 
seus átomos de carbono não retornam ao ambiente na forma de gás carbônico 
(CO2). Calcula-se que o carbono retido nas turfeiras de todo o mundo chegue a 
400 bilhões de toneladas.
Nas regiões do norte da Europa e da Ásia, a turfa seca é queimada para fornecer 
energia. Em jardinagem, é uma prática costumeira misturar restos de musgos do 
gênero Sphagnum ao solo para aumentar sua capacidade de reter água e torná-lo 
mais ácido. A intensa exploração comercial da turfa pode trazer consequências am-
bientais indesejáveis, pois faz retornar rapidamente ao ambiente, na forma de CO2, 
o carbono retido por tanto tempo na matéria orgânica das turfeiras. (Fig. 6.5)
Figura 6.5 Plantas vivas de 
musgo do gênero Sphagnum 
(esfagno) (à esquerda). 
Os musgos secos (à 
direita) misturados ao solo 
aumentam a capacidade de 
retenção de água do solo e 
elevam seu grau de acidez.
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Como todas as plantas, as briófitas apresentam alternância de gerações em seu ciclo de vida; 
o gametófito haploide é a geração mais desenvolvida e persistente. O esporófito das briófitas é 
diploide, tem tamanho reduzido e sempre se desenvolve sobre o gametófito, nutrindo­se à custa 
deste até atingir a maturidade, quando produz esporos e morre.
3 Organização corporal das briófitas
O corpo das briófitas, denominado talo (do grego thallos, corpo vegetativo filamentoso ou 
laminar), é constituído por células pouco diferenciadas. Entre as células mais especializadas, 
destacam­se as que revestem a planta, constituindo a epiderme. As células epidérmicas têm 
cloroplastos pequenos e de forma discoidal. Nos antóceros e em células apicais de certos musgos 
e hepáticas, há apenas um cloroplasto grande no citoplasma, característica presente também 
em certas algas verdes e que é interpretada como uma evidência do parentesco evolutivo entre 
elas e as briófitas. 
As células epidérmicas das briófitas secretam, na superfície exposta ao ar, substâncias que 
formam uma película protetora e impermeabilizante. Na epiderme de gametófitos geralmente há 
poros simples, formados por espaços deixados entre as células, que permitem trocas gasosas 
com o ar atmosférico. Esporófitos de musgos e antóceros apresentam estômatos (do grego 
stoma, boca), estruturas formadas por pares de células especializadas, que deixam entre si um 
espaço pelo qual ocorre o intercâmbio de gases entre a planta e o ar. (Fig. 6.6)
Poro
Parênquima
Película
protetora
Epiderme
Gametófito
masculino
Escama
Rizoide
Epiderme
Figura 6.6 Representação 
esquemática da organização 
interna de gametófito de 
Marchantia sp., uma hepática. 
Os poros permitem as trocas 
gasosas entre os tecidos e o 
ambiente. (Imagem sem escala, 
cores­fantasia.)
Em antóceros, o gametófito é uma fina lâmina celular que cresce paralela ao solo e o esporó-
fito, uma estrutura bifurcada de pontas afiladas, que cresce ereto sobre o gametófito. Um fato 
curioso é que muitos antóceros têm cavidades internas onde vivem cianobactérias do gênero 
Nostoc. Estas têm capacidade de absorver nitrogênio diretamente do ar atmosférico, utilizando­o 
para produzir compostos nitrogenados, aproveitados também pela planta hospedeira. Esse tipo 
de relação, em que há troca de benefícios entre as espécies envolvidas (no caso, antócero e 
cianobactéria), é chamado de mutualismo. 
Hepáticas apresentam, assim como os antóceros, gametófitosde forma laminar que crescem 
paralelos ao solo e sobre troncos de árvores, em locais sombreados e úmidos. A forma de muitas 
hepáticas lembra os lobos do fígado humano, daí o nome do filo, Hepatophyta (do grego hepatos, 
fígado, e phytos, planta). Os esporófitos das hepáticas são pequenas bolsas esféricas presentes 
em estruturas especiais dos gametófitos, os gametóforos (do grego gamein, casamento, e phoros, 
portador). Estes lembram minúsculos guarda­chuvas, com bordas lisas nas plantas masculinas 
e bordas recortadas nas plantas femininas.

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