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ESPORÓFITO
ADULTO
Estróbilo 
(microstróbilo)
Megasporângio
Estróbilo 
(megastróbilo)
Óvulo
Megásporo
(n) MEGAGAMETÓFITO
Arquegônios
Oosferas (n)
Tubo polínico
Microgametófito
Microsporângio
Semente
alada
Microsporócitos
Grão de
pólen
ESPORÓFITO
JOVEM
Cotilédones
Caule
Raiz
Germinação
SEMENTE
Embriões
Suspensor
Megasporócito
MEIOSE
MEIOSE
FERTILIZAÇÃO
Figura 6.25
Representação 
esquemática do ciclo 
de vida de Pinus sp. 
(Imagens sem escala, 
cores­fantasia.)
Durante o desenvolvimento embrionário forma-
se um cordão de células, o suspensor, que empurra 
o embrião para o fundo do arquegônio. O embrião 
em desenvolvimento é nutrido pelas células do 
gametófito feminino que estão em seu redor.
O integumento do óvulo de Pinus sp. consiste em 
três camadas celulares, uma das quais endurece 
e origina a casca da semente. Quando a semente 
está madura e o embrião em seu interior já apre-
senta primórdios de raiz, de caule e das primeiras 
oito folhas, denominadas cotilédones (do grego 
kotyledon, cavidade em forma de taça), ela des-
prende-se do estróbilo feminino e cai no solo, onde 
germinará. A liberação das sementes de Pinus sp.
dos megastróbilos ocorre no outono do segundo 
ano após a polinização. As sementes da maioria das 
espécies apresentam expansões em forma de asa, 
que permitem a flutuação no ar e a dispersão por 
grandes distâncias.
A germinação (do latim germinare, brotar) nada 
mais é do que a retomada do desenvolvimento do em-
brião, que cresce e perfura a casca da semente, dando 
origem a um novo esporófito. Durante a germinação, 
o embrião nutre-se do gametófito feminino. Quando 
este esgota suas reservas, o jovem esporófito já apre-
senta raízes e folhas, sendo capaz de retirar nutrientes 
minerais do solo e de produzir substâncias orgânicas 
por meio da fotossíntese. (Fig. 6.25)
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Seção 6.5
Plantas vasculares com flores 
e frutos: angiospermas
1 Características gerais das angiospermas
As angiospermas são as plantas dominantes no planeta e constituem 
a maior parte da vegetação. Há desde espécies de grande porte, como 
certos eucaliptos da Austrália, cujos troncos atingem mais de 110 metros 
de altura e 20 metros de circunferência, até espécies com menos de 
1 milímetro de comprimento. Quanto à forma, as angiospermas podem ser 
árvores, arbustos, trepadeiras, capins etc. Elas vivem nos mais diversos 
ambientes: no solo, na água ou sobre outras plantas, em certos casos 
como parasitas e em outros apenas como “inquilinas”. As angiospermas 
diferem das gimnospermas por apresentar flores e frutos, além de certas 
características particulares no ciclo de vida.
Os mais antigos fósseis identificados claramente como angiospermas 
datam do início do período Cretáceo e têm cerca de 130 milhões de anos 
de idade. Entre 100 milhões e 65 milhões de anos atrás, as angiospermas 
diversificaram­se rapidamente e tornaram­se o grupo de plantas dominante 
em vários ambientes pelo mundo, exceto em regiões de clima muito frio. 
O filo que engloba as angiospermas é atualmente denominado Magno-
liophyta, embora o termo Anthophyta (do grego antho, flor) continue a ser 
utilizado. Os pesquisadores acreditam que, apesar da grande variedade, 
as angiospermas atuais são todas descendentes de um mesmo ancestral 
e compõem, portanto, um grupo monofilético (relembre no capítulo 1). 
Há mais de 250 mil espécies descritas no filo Magnoliophyta, das quais 
cerca de 55 mil ocorrem no Brasil. A classificação das angiospermas passa 
atualmente por grandes modificações, em virtude de novas informações 
obtidas pelos sistematas. Não há ainda consenso a respeito da quantidade 
de classes do filo Magnoliophyta; no entanto essas plantas podem ser 
divididas, de acordo com os princípios da sistemática moderna, em três 
categorias informais: monocotiledôneas, eudicotiledôneas e dicotiledône-
as basais. As eudicotiledôneas e as monocotiledôneas reúnem 97% das 
espécies do filo; os 3% restantes são dicotiledôneas basais. Estas últimas 
incluem desde representantes arbóreos, como a fruta­do­conde e as mag-
nólias, até plantas aquáticas, como a vitória­régia. (Figs. 6.26 e 6.27)
Objetivos❱❱❱❱
Identificar os principais CCCCCCC
grupos de angiospermas 
e descrever seu ciclo de 
vida.
Distinguir a fecundação CCCCCCC
simples, que ocorre em 
plantas gimnospermas, 
da fecundação dupla, 
que ocorre em plantas 
angiospermas.
Reconhecer a CCCCCCC
importância das 
sementes na adaptação 
das plantas ao ambiente 
de terra firme.
Identificar as partes CCCCCCC
básicas de uma flor: 
cálice, corola, androceu e 
gineceu.
Conceituar fruto, CCCCCCC
reconhecendo sua 
importância na proteção 
e na disseminação 
das sementes de 
angiospermas.
Termos e conceitos❱❱❱❱
angiosperma•	
flor•	
carpelo•	
estame•	
corola•	
cálice•	
verticilo floral•	
saco embrionário•	
polinização•	
endosperma•	
dupla fecundação•	
cotilédone•	
fruto•	
pseudofruto•	
A B
C
Figura 6.26 Representantes das 
eudicotiledôneas: (A) castanheira; 
(B) cactos; (C) uva.
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A B
C
D F
E G
Conteúdo digital Moderna PLUS http://www.modernaplus.com.br
Texto: Importância para a humanidade da reprodução assexuada das plantas
Figura 6.27 Representantes das monocotiledôneas: (A) coqueiros; (B) bananeira; (C) grama; (D) panículas do arroz; 
(E) cana­de­açúcar. Representantes das dicotiledôneas basais: (F) ninfeia; (G) magnólia.
2 Ciclo de vida e reprodução sexuada em angiospermas
O ciclo de vida das angiospermas assemelha­se ao das gimnospermas. Entretanto, enquanto 
os órgãos reprodutores das gimnospermas são os estróbilos, nas angiospermas eles são as 
flores. Enquanto as sementes das gimnospermas ficam expostas sobre o esporofilo (sementes 
nuas), nas angiospermas elas estão protegidas por uma estrutura denominada carpelo (do grego 
karpos, fruto), que dá origem ao fruto.
A flor
A flor, assim como o estróbilo das gimnospermas, é um ramo especializado em que há folhas 
férteis — esporofilos — que formam esporângios. O ramo que contém a flor é denominado pedicelo 
(do latim pediculus, pequeno pé). No pedicelo há o receptáculo floral, uma parte do ramo floral 
em que se encaixam diversos tipos de folhas especializadas, os elementos florais, algumas 
delas formadoras de esporângios.
Os elementos florais que produzem esporângios (esporofilos) são os carpelos, ou megas-
porofilos, que formam óvulos, e os estames, ou microsporofilos, que formam grãos de pólen. 
O conjunto de carpelos denomina­se gineceu (do grego gyne, mulher, e oikos, casa) e o conjunto 
de estames, androceu (do grego andros, homem, e oikos, casa).
Além de elementos férteis, a maioria das flores também possui elementos estéreis, tais como 
as pétalas, cujo conjunto forma a corola, e sépalas, cujo conjunto forma o cálice. Juntos, cálice 
e corola constituem o perianto (do grego peri, ao redor, e anthos, flor). Em geral, pétalas são 
estruturas delicadas e coloridas, enquanto sépalas são menores, mais espessas e de cor verde. 
Em certas espécies, porém, pétalas e sépalas assemelham­se na cor e na textura, sendo denominadas 
tépalas; o conjunto de tépalas é o perigônio (do grego peri, ao redor, e gónos, órgãos genitais).
Flores que têm sépalas e pétalas distintas são chamadas de heteroclamídeas(do grego 
heteros, diferente, e chlamos, túnica, cobertura). Flores com tépalas recebem a denominação de 
homoclamídeas (do grego homos, igual, e chlamos, túnica, cobertura). (Fig. 6.28)

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