Prévia do material em texto
R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt .1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 374 U n id a d e D • A d iv e rs id a d e d o s a n im a is Figura 12.4 A. Foto de um poliplacóforo, Acanthopleura sp. Note as oito placas da concha e o pé (comprimento q 3 cm). B. Representação esquemática de corte longitudinal de um poliplacóforo (Chiton sp.), mostrando suas principais partes internas. (Imagem sem escala, cores-fantasia.) Placas da concha Gônada Coração Metanefrídio ÂnusPéIntestinoFígadoEstômagoRádulaBoca Cinturão carnoso Anel nervoso B Pé Classe Polyplacophora Os poliplacóforos, cujos representantes mais conhecidos pertencem ao gênero Chiton, são moluscos de poucos centímetros de comprimento que vivem exclusivamente no ambiente mari- nho. O nome Polyplacophora (do grego polús, numerosos) refere-se ao fato de a concha desses moluscos ser formada por oito placas encaixadas sobre o dorso. O pé é desenvolvido e permite ao animal rastejar sobre rochas submersas nas regiões litorâneas. (Fig. 12.4) Classe Scaphopoda Os escafópodes são moluscos exclusivamente marinhos cuja concha lembra uma pequena presa de elefante, oca e aberta nas duas extremidades. Esses animais vivem enterrados na areia ou no lodo e têm um pé afilado, especializado em cavar. O nome da classe, Scaphopoda (do grego skaphos, quilha de barco, e podos, pé), refere-se exatamente à forma pontiaguda do pé cavador, presente na maioria dos representantes do grupo. Os escafópodes não têm brânquias e realizam as trocas gasosas pela superfície do manto (respiração cutânea). Um exemplo de escafópode é o dentálio (Dentallium americanum), relativamente comum em nossos litorais. (Fig. 12.5) Figura 12.5 A. Foto de conchas vazias de escafópodes, Dentalium sp. (ampliação 2). B. Representação esquemática de um escafópode em seu hábitat, semienterrado na areia. C. Representação esquemática de um corte longitudinal de um dentálio, mostrando suas principais partes internas. (Imagens sem escala, cores-fantasia.) Gônada Músculo retrator do pé Coração Boca Tentáculos Pé Manto Fígado Metanefrídio Ânus Gânglios nervosos ConchaPé Água Areia Concha B CA ConchaA Ânus Músculo que fecha a concha Metanefrídio CoraçãoMembrana pericárdica Estilete cristalino Concha Fígado Estômago Músculo que fecha a concha Boca Palpos labiais Pé Gânglio nervoso Gônada Intestino Brânquia Manto Sifão exalante Boca REGIÃO ANTERIOR Pé Palpos labiaisBrânquias Concha Músculo (cortado) Filamentos do bisso Borda do manto Saco visceral REGIÃO POSTERIOR Concha R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt .1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 375 C a p ít u lo 1 2 • M o lu sc o s e a n e líd e o s Classe Bivalvia Os bivalves vivem no mar e em água doce. Muitas espécies, como ostras e mexilhões, aderem a rochas e outros substratos submersos. Mariscos e berbigões, por sua vez, vivem enterrados na areia ou no lodo dos fundos aquáticos. Certos bivalves, como Teredo sp., escavam túneis em madeira e provocam estragos no casco de embarcações. Alguns bivalves, como Pecten sp. (po- pularmente conhecido como vieira), vivem sobre o fundo marinho e se deslocam impulsionados por jatos de água, criados pela rápida abertura e fechamento de suas conchas. O termo Bivalvia refere-se ao fato de a concha desses moluscos ser constituída por duas valvas articuladas em uma espécie de dobradiça elástica. Um outro nome da classe, atualmente em desuso, é Pelecypoda (do grego pelekys, machado), que se refere à forma afilada do pé de muitos desses animais, que lembra um machado. (Fig. 12.6) Figura 12.6 A. Esquema de bivalve cortado longitudinalmente para mostrar suas principais partes internas. B. Foto de mexilhão preso a uma rocha pelos filamentos do bisso (aumento q 1,5). C. Representação de um mexilhão aberto mostrando a cavidade do manto. D. Representação do mexilhão com uma das valvas removidas. (Em A, C e D, imagens sem escala, cores-fantasia.) B D A C Músculos Coração Músculos Hepatopâncreas Cavidade do manto Filamentos do bisso Sifão exalante Manto REGIÃO VENTRAL REGIÃO DORSAL Filamentos do bisso R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt .1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 376 U n id a d e D • A d iv e rs id a d e d o s a n im a is Classe Cephalopoda Os cefalópodes vivem exclusivamente no mar. Alguns têm concha interna, como as lulas e as sépias. Outros têm concha externa espiralada, dividida em várias câmaras, como os náutilos. Outros, ainda, como os polvos, não têm concha. O nome da classe, Cephalopoda (do grego kephalos, cabeça, e podos, pé), refere-se ao fato de esses moluscos apresentarem a cabeça diretamente ligada ao pé, que é muito desenvolvido e apresenta tentáculos fortes e musculosos, com ventosas adesivas utilizadas na locomoção e captura de presas. Muitos cefalópodes têm células epidérmicas denominadas cromatóforos, que permitem mudar de cor e camuflar-se no ambiente, tornando-se pouco visíveis a predadores e presas. Ainda como mecanismo de defesa, polvos, lulas e sépias são dotados de uma bolsa de tinta que contém um pigmento negro, eliminado em situações de perigo. A tinta forma uma “cortina” escura na água, que encobre a visão do predador. No passado, a tinta dos cefalópodes foi utilizada pelos chineses em escritas e pinturas. (Fig. 12.8) Classe Gastropoda A classe Gastropoda é a que apresenta maior número de espécies e maior diversidade de hábitats entre os moluscos, sendo a única com representantes em três tipos de ambiente: ma- rinho, de água doce e de terra firme. Os gastrópodes mais conhecidos são os caramujos, que vivem em água doce ou no mar, e os caracóis e as lesmas, que vivem em ambiente de terra firme. A maioria tem concha espiralada, mas há espécies com concha reduzida e interna ao corpo, e espécies desprovidas de concha, como as lesmas. O pé dos gastrópodes é bem desenvolvido e utilizado na locomoção. Uma glândula localizada em posição inferior à boca secreta um muco viscoso, sobre o qual o pé desliza graças às ondas de contração de sua musculatura. O nome da classe, Gastropoda (do grego gastros, estômago, e podos, pé), refere-se ao fato de o saco visceral, que contém o estômago, localizar-se diretamente sobre o grande pé musculoso. (Fig. 12.7) Poro genital hermafrodita Pênis Vagina Ânus Vasos sanguíneos do “pulmão” Intestino Manto Concha Ovoteste (glândula hermafrodita) Glândula albuminosa Receptáculo seminal Oviduto Fígado Metanefrídio Coração Pé PapoGlândula salivar Poro excretor Conduto espermático Gânglios nervosos Rádula Boca Tentáculos Olho Figura 12.7 A. Foto de caracol. B. Esquema de gastrópode cortado longitudinalmente para mostrar suas principais partes internas. (Imagem sem escala, cores-fantasia.) A B