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Biologia-03-Moderna-Plus-(com-respostas)-055-057


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GAMETAS
Óvulos
AY A AY A
GERAÇÃO P
Macho amarelo Fêmea amarela
AYA AYA
GERAÇÃO F1
A
Y
A A
Y
A AAA
Y
A
Y
Abortado Amarelo Amarelo Cinzento
Espermatozoides
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Figura 3.9 Representação esquemática de cruzamentos entre camundongos portadores do alelo AY. 
Indivíduos homozigóticos para esse alelo (AYAY) morrem no início do desenvolvimento embrionário. Assim, 
a descendência do cruzamento de camundongos amarelos heterozigóticos é constituída por 2 indivíduos 
amarelos (AYA) para 1 indivíduo cinzento (AA).
Figura 3.10 Quatro tipos de pelagem em 
coelhos: chinchila, à esquerda; himalaia, 
atrás; selvagem, à direita; albina, na frente.
4 Alelos múltiplos
Indivíduos diploides sempre têm dois 
alelos de cada gene, um proveniente de 
cada progenitor. Entretanto, muitos genes 
ocorrem em mais de duas formas alélicas, 
isto é, pode haver três ou mais alelos dife-
rentes na população. Fala-se, nesse caso, em 
alelos múltiplos.
Um exemplo bem conhecido de alelos 
múltiplos diz respeito a um gene envolvido na 
determinação da cor da pelagem de coelhos. 
Esse gene tem quatro formas alélicas: C, que 
determina pelagem castanho-acinzentada 
(selvagem ou aguti); cch, que determina pe-
lagem cinza (chinchila); ch, que determina 
pelagem branca com extremidades escuras 
(himalaia); c, que condiciona pelagem branca 
(albina). (Fig. 3.10)
O alelo C atua como dominante sobre os 
outros três. O alelo cch, embora recessivo em 
relação a C, é dominante sobre ch
 e sobre c.
O alelo ch, por sua vez, é recessivo em relação a 
C e a cch
 e dominante sobre c. Este, finalmente, 
é recessivo em relação aos outros três alelos. 
A relação de dominância entre os quatro alelos 
pode ser representada por: C  cch
  ch
  c.
Como os alelos ocorrem aos pares nos 
indivíduos, há dez tipos possíveis de genóti-
pos em coelhos quanto a esse gene e quatro 
tipos de fenótipos. (Tab. 3.2) (Fig. 3.11, na 
página seguinte)
 Tabela 3.2 Genótipos e fenótipos na cor
da pelagem em coelhos
Genótipos Fenótipos
CC, Ccch, Cch e Cc Selvagem
cchcch, cchch e cchc Chinchila
chch e chc Himalaia
cc Albino
CC cchcch
Ccch
Ccch
CC Ccch Ccch cchcch
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Figura 3.11 Representações esquemáticas de cruzamentos entre coelhos com diferentes tipos de pelagem. 
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Seção 3.3
Variação na expressão dos genes
1 Variação descontínua
Nos exemplos de herança que vimos até agora, os fenótipos produzidos 
pelos diferentes genótipos são bem distintos e as proporções fenotípicas 
obtidas nos cruzamentos seguem estritamente o esperado pela lei da se-
gregação. Relembre a herança da cor dos cotilédones da ervilha estudada 
por Mendel; os cotilédones são amarelos (em sementes homozigóticas 
dominantes e heterozigóticas) ou verdes (sementes homozigóticas reces-
sivas), sem fenótipos intermediários. Outro exemplo é a herança da forma 
da asa da drosófila, longa em homozigóticos dominantes e heterozigóticos 
e vestigial nos homozigóticos recessivos, sem fenótipos intermediários.
Mesmo na dominância incompleta, estudada na cor da flor da planta 
boca-de-leão e na cor da plumagem de galinhas andaluzas, não há confusão 
entre os diversos fenótipos. Na boca-de-leão, as flores são vermelhas, ro-
sas ou brancas, sem gradações intermediárias entre esses tipos. No caso 
das galinhas andaluzas, a plumagem é preta, cinza-azulada ou branca, sem 
gradações entre essas três cores.
Quando os diversos genótipos correspondem a fenótipos alternativos 
bem distintos, fala-se em variação descontínua.
2 Norma de reação gênica
Apesar de muito utilizados para exemplificar a herança genética, os casos 
de variação descontínua são relativamente pouco frequentes na natureza; 
apenas uma proporção pequena de genes apresenta esse tipo de comporta-
mento. O mais comum é que um mesmo genótipo produza uma gama variada 
de fenótipos, dentro de certos limites. A gama de variação fenotípica que 
um genótipo pode expressar é denominada norma de reação gênica.
Um exemplo de variação fenotípica entre indivíduos com mesmo ge-
nótipo é encontrado no feijão-carioca. Essa variedade é homozigótica 
quanto ao alelo dominante L de um gene que condiciona a presença de 
coloração variegada na casca da semente, com manchas irregulares claras 
e escuras. O alelo recessivo desse gene, l, condiciona semente totalmente 
pigmentada, sem variegação, e está presente na variedade conhecida como 
feijão-mulatinho (homozigótica ll).
Se você obtiver uma embalagem de feijão-
-carioca no comércio e analisar as sementes, 
verificará que a grande maioria dos grãos é 
variegada. Entretanto, cerca de 5% dos grãos 
são totalmente pigmentados, assemelhando-
-se ao feijão-mulatinho.
Assim, apesar de toda semente de feijão-
-carioca ser homozigótica LL, com dois alelos 
condicionantes da presença de coloração varie-
gada, cerca de 5% delas não exibem o fenótipo 
correspondente, isto é, têm coloração homogê-
nea. (Fig. 3.12)
Objetivo❱❱❱❱
Compreender CCCCCCC
variações no modo de 
expressão dos genes: 
variação descontínua, 
norma de reação 
gênica, penetrância 
gênica e expressividade 
gênica variável.
Termos e conceitos❱❱❱❱
variação descontínua•	
norma de reação gênica•	
penetrância gênica•	
expressividade •	
gênica variável
Figura 3.12 Norma de reação do gene que 
condiciona a presença de listras marrons na 
semente de feijão-carioca. Sementes com o 
mesmo genótipo (LL) podem apresentar diferentes 
fenótipos, inclusive ausência de listras.