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Treinamento e rendimento atlético Doutorando Jallysson Jader (Jajá) ▪ A estrutura fisiológica do ser humano é voltada para o movimento, ou seja, o homem é um ser feito para ser ativo. ▪ A evolução da humanidade, o fácil acesso ao alimento, o desenvolvimento dos meios de transporte e as diferentes tecnologias, tornando-o menos ativo. ▪ Diante de todas essas mudanças, a corrida acaba sendo uma prática esportiva muito desenvolvida em todo o mundo, talvez pela simplicidade de sua realização e facilidade para desenvolvimento prático. ▪ Qualquer pessoa saudável e disposta pode praticar a corrida. ▪ É necessário um conhecimento técnico das provas e treinamento para que o movimento, embora muito natural ao ser humano, seja lapidado e otimizado para que o maior rendimento esportivo ocorra. Treinamento Técnico, Físico e Tático ▪ Técnicas de saída de bloco são fundamentais para que o atleta tenha resultados expressivos. ▪ As provas muitas vezes são decididas em centésimos de segundo. ▪ O processo de iniciação ocorra desde as idades iniciais, utilizando estratégias lúdicas até o aprimoramento das técnicas das modalidades. Corrida de Velocidade Posição do atleta no bloco de partida: - Potencializar sua força explosiva na largada. - Adaptado ao tamanho do atleta e à sua técnica de saída. - Uma indicação inicial é colocar o bloco da frente (mais plano) e o bloco de trás (mais inclinado). - A perna de impulsão deve se posicionar sempre à frente, e a outra no bloco traseiro. Corrida de Velocidade Aceleração: -Nos primeiros 20 a 30 metros, a inclinação do tronco mantém-se no ângulo da posição de saída. -Elevando-se aos poucos e alcançando a posição habitual de corrida. Nesse momento, o olhar deve estar voltado para a linha de chegada. - Mantendo o tronco em posição ereta, aumentando gradativamente a frequência e a amplitude das passadas. Corrida de Velocidade Erros comuns: Distância dos blocos inadequada ao tamanho do atleta. Mãos muito próximas ou afastadas. Quadril demasiadamente baixo. Corrida de Velocidade Erros na Corrida: Pernas estendidas na posição de “prontos”: Largada queimada. Passadas demasiadamente longas. Amplitude excessiva das passadas. Posição do tronco erguido errado. Corrida de Velocidade As orientações técnicas e educativas são as seguintes Saída do bloco: a saída do bloco deve ser precisa e com muita explosão. Transição e corrida: É importante que o atleta inicie com o corpo inclinado para a frente. Movimentação dos braços: Equilíbrio ao corpo e auxiliar na velocidade. Pisada e passada: A pisada, deve ser com a ponta dos pés (sapatilhas de corrida). Posição do tronco e coordenação das pernas: Passada de forma coordenada com a movimentação correta dos braços, sem cruzar a linha imaginária do peito. Corrida de Velocidade - Ritmo constante durante a prova, sempre com passadas bastante amplas, sem grandes oscilações na velocidade. - Concentração para não tocar e nem ser tocado por outro atleta, o que pode ocasionar uma queda, que praticamente eliminaria as possibilidades de sucesso na prova. Corrida de meio-fundo Pista - Ritmo forte e regular durante as provas. - Controlar a intensidade da prova pelo tempo e distância percorridos. - Correr nas raias mais próximas ao centro, é necessário ter muita atenção para que não ocorram acidentes (toques em outros atletas). Corrida de Fundo Rua - Ritmo é muito importante nas corridas de rua. - O trabalho em equipe também é muito utilizado. - Algumas provas, são utilizados atletas chamados coelhos. - Passada ampla pode significar uma grande economia de energia no final. Corrida de Fundo Rua Definição de objetivos: É importante ter objetivos preestabelecidos, tanto para os treinos como para as provas. Treinamento da largada: Técnicas de postura do corpo para auxiliar no desempenho positivo. Frequência de treinamento: O desempenho esportivo está diretamente ligado à frequência de treinamento. Alongamento e aquecimento: Importantes para a preparação do atleta e para evitar lesões. Corrida de Fundo - Podem ser divididos em dois grupos, os saltos em altura e os saltos em distância. - Grande equilíbrio do atleta na preparação física e técnica. - Salto em distância e o salto triplo (saltos horizontais), o salto em altura e o salto com vara (saltos verticais). Os Saltos O salto em distância tem objetivo é obter o máximo de deslocamento do seu centro de massa em determinada direção horizontal. Corrida de abordagem: Se a velocidade final do atleta não puder ser controlada, será difícil conseguir um ângulo ótimo de saída do salto. Impulsão: segundo Albuquerque (2005), a fase de impulsão consiste na parte mais determinante do salto, na qual ocorre a transição da corrida de abordagem e o início do voo. Salto em Distância Fase aérea: Apresentam-se três técnicas básicas que são utilizadas na atualidade para os saltos durante o voo, são elas: Técnica de sail ou grupado: é a mais simples das técnicas. Pode ser considerada a mais primitiva e natural das técnicas, ideal para iniciantes por sua relativa simplicidade de execução. Técnica de hang ou arco: o atleta realiza um movimento similar a um arco, com extensão. • Técnica da corrida no ar/pedalada: é a técnica mais utilizada no alto rendimento esportivo, temos a impressão de que o atleta está andando no ar. • Aterrissagem: momento em que o atleta toca o solo, normalmente com os calcanhares. Em um salto perfeito, na aterrissagem, a última marca do corpo deixada na caixa de areia é feita pelos pés. Salto em Distância Como técnica de treino, os atletas costumam fazer a corrida no sentido inverso, da tábua de impulsão para o local de saída, e fazem uma marcação para a saída da sua corrida de aproximação. Corrida de aproximação: Entre os erros mais comuns, estão a corrida muito lenta ou, na parte final, a falta de sincronização e coordenação. 1º salto (hop): o primeiro salto é de grande extensão. A impulsão é feita com a perna mais forte. É o mais baixo dos três saltos. 2º salto (step): entre os três saltos, o step é considerado o mais curto. 3º salto (jump): é muito similar à movimentação do salto em extensão, na maioria das vezes, parecida com o estilo grupado. Queda: Estender as pernas para frente, inclinando o tronco também para frente e puxando os braços para trás, a marcação da distância do salto é feita pela parte anterior que toca a caixa de areia. Salto Triplo O atleta deve ter uma estratégia tática e técnica Para iniciantes: 1o salto — 35%; 2o salto — 30%; 3o salto — 35%. Para atletas: 1o salto — 37%; 2o salto — 28%; 3o salto — 35%. É possível conseguir o valor desses percentuais de forma muito aproximada, por meio da avaliação da distância total atingida pelo atleta e da distância alcançada em cada um dos três saltos. Salto Triplo Quanto à técnica de realização do salto em altura, existem diferentes estilos para a transposição do sarrafo (que demarca a altura). Os mais conhecidos são o salto frontal, o estilo tesoura, o rolo ventral e o fosbury flop, conforme vemos a seguir. Salto em Altura Técnica de salto frontal: Como esta técnica é ultrapassada, não faz sentido ensiná-la na iniciação esportiva. Técnica do salto tesoura: é considerada uma técnica simples e natural de salto. Técnica de rolamento de costas: nesta técnica, também chamada de rolamento californiano. Técnica de rolamento ventral/rolo ventral: esta é a única entre as técnicas apresentadas em que o atleta passa sobre o sarrafo na posição de decúbito ventral (de barriga para baixo). Técnica de fosbury flop: é o estilo atualmente utilizado por todos os atletas de alto nível. Salto em Altura Entre os saltos, com certeza salto com vara é o mais complexo para o aprendizado. Além da dificuldade de estrutura de materiais e equipamentosnecessários, exige que o profissional tenha um bom conhecimento técnico. A prova esportiva do salto com vara é composta por quatro fases: corrida de aproximação, impulsão, salto e queda. Salto com Vara Corrida de aproximação: corrida em uma pista de 45 metros, no mínimo. Esta é uma corrida muito técnica, exigindo uma empunhadura correta. Impulsão: fase final da corrida de aproximação. O atleta deve fazer o encaixe da vara no solo (no local específico). Salto propriamente dito ou voo: a flexão máxima da vara é alcançada nesta fase. Após a flexão, o atleta posiciona seu corpo de modo que seja jogado para cima. Queda: é feita de costas, com o movimento de continuidade após a técnica do voo. Salto com Vara - Desde a origem mais remota dos Jogos Gregos da Antiguidade, em 776 a.C.. - O símbolo da educação física, o Discóbolo de Mirón. - Embora, em um primeiro momento, os movimentos de lançamento e arremesso possam parecer muito parecidos, do ponto de vista físico, para que se atinja o alto rendimento, os atletas dessas modalidades precisam ter habilidades técnicas e físicas altamente especializadas. Arremesso e Lançamentos A técnica pode ser detalhada nas quatro etapas listadas a seguir: Empunhadura: o peso deve repousar sobre a junção dos dedos com a palma da mão. Posição inicial: O arremessador fica de costas, para o setor de arremesso, na parte posterior do círculo. Deslocamento: o início do deslocamento rasante acontece a partir de uma ligeira inclinação do tronco para frente. Arremesso propriamente dito: o ato do arremesso, conduzido pela perna direita, tem início com a extensão de ambas as pernas e uma rotação e elevação do tronco. Arremesso do Peso Corridas com elevação dos joelhos: coordenar a corrida segurando o dardo e pois tem dificuldade na execução do lançamento. Corrida com técnica de cruzada de perna: a técnica de corrida do lançamento de dardo é bastante específica e precisa ser treinada. Técnica de corrida com o dardo: fazer corrida normal, transportando o dardo acima da linha dos ombros. Simulação de lançamento: iniciar simulando o movimento de lançamento, com diversos materiais. Movimentação do quadril: com afastamento médio entre as pernas, deve-se fazer o movimento inicial do lançamento, com o braço dominante totalmente estendido atrás e o braço contrário semiflexionado à frente. Lançamento do Dardo Lançamento parado: realizar o movimento do dardo parado. Lançamento com corrida reduzida: realizar o movimento do dardo parado, porém fazendo uma corrida de cinco a seis passos. Treinamento coordenativo: a coordenação motora é importante para que o atleta consiga dominar a técnica de lançamento, potencializando sua força e vigor físico. Exercícios físicos/técnicos combinados: a combinação dos exercícios físicos com os técnicos auxilia na preparação do atleta, tornando as sessões de treinamento o mais funcionais possível. Exercícios técnicos específicos: em toda sessão de treinamento, utilizando o equipamento da prova (dardo) e realizando os movimentos específicos. Lançamento do Dardo - O biótipo comum dos atletas de disco tende a ter um perfil endomorfo mais pesado, com maior percentual de gordura aliado à força, ou mesomorfo. Técnicas para segurar o disco: o disco deve ser segurado com a ponta dos dedos, façam movimentos de balanço com o braço, de trás para frente. Lançamento do disco: o indicador deve ser o último dedo a sair do disco, fazendo o disco rolar no chão. Lançamento para o alto: sozinho, lançar o disco para o alto e pegar o disco. Lançamento do Disco O biotipo comum dos atletas de martelo são de característica endomorfa, ou seja, estrutura grande, aliando grande peso com massa muscular. O martelo é bastante pesado, tendo 7,26kg para os homens e 4kg para mulheres. O atleta precisa ter um total domínio da técnica para desenvolver o movimento de forma correta. Lançamento do Martelo São inúmeras as lesões comumente verificadas em atletas das diferentes provas do atletismo. As cargas de treino (volume e intensidade) devem ser organizadas de forma com que tenham uma evolução gradativa. O respeito à individualidade biológica, às características e limites fisiológicos de cada atleta e da especificidade, organizando o treinamento de acordo com as exigências físicas e técnicas da modalidade. Como meio de melhorar a performance e diminuir a incidência de lesões, muitas vezes, os atletas utilizam meios ilícitos, como o doping. Lesões em atletas Não existe um controle muito rigoroso na entrada e na comercialização de muitos tipos de drogas. Esse fato faz com que a cultura do caminho mais rápido para se chegar a um objetivo prevaleça, (aumentar massa, emagrecer, melhorar o rendimento esportivo etc.). Após uma conquista relevante, o nível de cobrança aumenta cada vez mais, tornando a missão esportiva cada vez mais desafiadora, talvez mais difícil, de se manter no topo. Resultados superiores, é necessário privação, treinamento e superação de desafios. Essas situações necessitam cada vez mais de preparação psicológica, para que possam ter motivação e força para superar todos os desafios que a profissão impõe. Doping no meio esportivo Atualmente, o fator psicológico é tão importante quanto aspectos físicos e técnicos do esporte. A pressão pela vitória, o desgaste dos treinamentos, as relações entre os atletas, as frustrações e outras situações comuns ao mundo esportivo fazem com que o atleta esteja constantemente sob pressão. Normalmente, quem enxerga o atleta não consegue analisar toda a trajetória necessária para ele chegar até o sucesso e as dificuldades que ocorrem nesse processo. O segredo de um atleta vencedor é o equilíbrio dos mais diversos fatores que possam interferir no rendimento esportivo. Fatores psicológicos que afetam o rendimento atlético OBRIGADO(A) Jallysson Jader (Jajá) Jallysson.araujo@sereducacional.comProfessor OBRIGADO(A) Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33