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ATIVIDADE EXTENSIONISTA I

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
BACHARELADO EM ENGENHARIA ELÉTRICA
ATIVIDADE EXTENSIONISTA I – FONTES DE ENERGIA
UELQUES DOS SANTOS DOS REIS - 1811069
MARCOS ANTÔNIO PEIXOTO FILHO - 3866221
ALEXANDRE KARALIS- 2024388
ATIVIDADE EXTENSIONISTA I
CANDEIAS - BA
2022
RESUMO
O Brasil é um dos países que mais produzem energia “limpa” do planeta, devido
a diversificação dos recursos naturais, garantindo mais da metade da sua matriz
elétrica de fonte renovaveis. Posto isto, este relatório visa apresentar algumas
pesquisas referente ao consumo e geração de energia elétrica que foram coletadas em
diversas empresas e residências, as quais retratam diferentes meios de consumo e
geração. Algumas entrevistas revelam que existem empresas que são
autossustentáveis, como também residências que optaram pelo método de geração
própria diminuindo os gastos elevados com a fatura de energia, restando pequenas
tarifas com serviço prestado pelas companhias de distribuição.
Palavras-chave: energia elétrica, consumo, pesquisa.
ABCTRACT
Brazil is one of the countries that most produce “clean” energy on the planet,
due to the diversification of natural resources, guaranteeing more than half of its
electricity matrix from renewable sources. That said, this report aims to present some
research related to the consumption and generation of electric energy that were
collected in several companies and residences, which portray different means of
consumption and generation. Some interviews reveal that there are companies that
are self-sustainable, as well as homes that have opted for their own generation
method, reducing the high expenses with the energy bill, leaving small tariffs with
services provided by the distribution companies.
Keywords: electric energy, consumption, research.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 4
PLANEJAMENTO INICIAL/METODOLOGIA 6
DENSENVOLVIMENTO 6
RESULTADOS 9
CONCLUSÃO 17
REFERENCIAS 18
1. INTRODUÇÃO
Referências literárias abordam que a geração de energia elétrica foi
implementada no Brasil em 1879, quando o país ainda era império sob o domínio de
Dom Pedro II, a iniciativa tinha intuito de iluminar as vias públicas, sendo que a fonte
usada para a produção energética provia de máquinas a vapor. Quatro anos depois foi
inaugurado a primeira central termelétrica do país, sua capacidade energética era,
exclusivamente, para abastecer as lâmpadas dos serviços públicos. Atualmente, o Brasil
tem mais de 60% da matriz elétrica produzida por hidrelétricas devido ao grande
potencial hídrico, todavia, outros recursos energéticos são utilizados para suprir toda
demanda do país.
As fontes de energia são categorizadas de acordo com a sua dimensão/volume
e efeito sobre o meio ambiente. Os recursos não renovaveis são esgotáveis, poluidores
e agressivos ao ecossistema, dentre os quais estão os combustíveis fosseis – petróleo,
gás natural, xisto e carvão mineral - e nucleares – urânio e tório. Sob outra perspectiva,
os recursos renovaveis são considerados inesgotáveis e mais aceitáveis
ecologicamente, devido ao seu menor potencial de agressão, são eles: a luz solar, a
água, os ventos, as marés, as ondas do mar, o calor terrestre e a biomassa, que resulta
nas energias: solar, hídrica, eólica, maremotriz, ondomotriz, geotérmica e bioenergia,
respectivamente.
Diferentemente do padrão mundial, o Brasil tem quase 50% da matriz de
energética advinda de recursos renovaveis mediante as condições climáticas, agrícolas
e hidrográficas. Hoje em dia, grande parcela da energia que chega até as companhias
elétricas são de usinas hidrelétricas, como a usina de Itaipu e de parques eólicos e
solares, principalmente da região nordeste, o país ainda dispõe do Sistema Interligado
Nacional – SIN, o qual transfere energia entre subsistemas por meio da malha de
transmissão, facilitando a atender a demanda nacional e em outros países.
Há ainda uma parte da população brasileira que tem seu próprio sistema de
geração de energia, denominada de Geração Distribuída – GD, por meio de micro e
minigeradores, que são capazes de abastecer residência e instituições ou conectados à
rede, usando principalmente a fonte de energia solar. Muitas empresas até mesmo
residências, tem buscado optar pelo próprio sistema de geração, já que existem alguns
incentivo fiscais para entidades jurídicas de grande e médio porte, como também
incentivos financeiros de grandes bancos que financiam sistema de geração para
pessoas físicas que também buscam em ter sua própria fonte de energia alternativa,
entretanto o alto custo é um obstáculo para efetuar a GD em domicílios.
Sabendo do grande potencial em recursos para a geração elétrica, o objetivo da
pesquisa visa entender quais são as principais entradas de energia nas residências e
empresas do município e circunvizinhanças.
2. PLANEJAMENTO INICIAL/METODOLOGIA
Para obter os resultados, sucedeu a realização de uma pesquisa descritiva e
exploratória, associando os dados encontrados com o tema analisado. A coleta de
dados aconteceu no período de abril a junho de 2022, por meio do encaminhamento
dos questionários de perguntas por e-mails e visitações dos autores da atividade á
usinas e residências para o levantamento de dados, além da exploração de pesquisas
bibliográficas públicas em artigos, livros, revistas cientificas e periódicos, bases de
dados como Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, Agencia Nacional de
Energia Elétrica - ANEEL, Governo Federal, Empresa de Pesquisa Energética – EPE e
Ministério de Minas e Energia – MME foram acessadas para correlacionar com
conjunto de informações identificados.
3. DENSENVOLVIMENTO
Para o desenvolvimento da atividade, fez-se necessário o planejamento das
etapas para alcançar o objetivo. A primeira tarefa realizada foi entender qual a
finalidade da atividade e a partir foi conversado com a equipe e elaborado um
cronograma.
Tabela 1 – Cronograma para a realização da atividade extensionista I.
MÊS
AÇÕES
ABRIL MAIO JUNHO
Visitas a residências O O O
Envio de e-mails para empresas O O O
Visitas a empresas X O O
Pesquisa e levantamento de dados
bibliográficos
X X O
Entrega da atividade extensionista I X X O
Legenda: ( X ) Planejado ( O ) Executado
Fonte: Autoria própria
No mesmo período de visitação aos moradores, foram enviados e-mails para
algumas empresas com as perguntas contidas no anexo I da atividade extensionista I.
Ao total foram enviadas 6 mensagens eletrônicas entre os meses de abril e maio, e
como resultado 4 empresas responderam ao questionário, sendo necessário seguir
para etapa de visitação das empresas.
Tabela 2 – Relação das empresas remitidas com as perguntas do anexo I da atividade
extensionista I.
Nome da empresa E-mail Data do envio
Cooperativa COAMO alexcosta@coamo.com.br 06/05/2022
USIAÇO Indústria e Comércio
Ltda
contato@usiaço.ind.br 07/05/2022
ATVOS Agroindustrial andre.sfigueiredo@atvos.com 07/05/2022
Brasquimica Ltda diego.santos@braquimica.com.b
r
29/04/2022
Depósito do Davi depositodedavi@outlook.com 30/04/2022
INFRAMERICA, BSB
Aeroporto Internacional
de Brasília
jhrocha@inframerica.aero.com
10/05/2022
Fonte: Autoria própria.
No mês de maio comparecemos a empresa Bazzar, localizada no munícipio de
Candeias/BA, na rua 2 de fevereiro, n° 279, fomos recebidos pelo proprietário do local
Sr. Anderson que cedeu todas as informações e permitiu o registro em fotos dos dois
inversores solar que convertem a energia elétrica gerada pelos painéis, de corrente
continua - CC para corrente alternada – CA.
Figura 1 – Inversores solar da empresa BAZZAR
.
Fonte: Autoria própria.
Figura 2 – Medidor Bidirecional da empresa BAZZAR.
Fonte: Autoria própria.
Figura 3 – Fachada da empresa BAZZAR.
Fonte: Autoria própria.
Ao atingir os números de residências e empresas solicitados pela atividade,
iniciou-se as pesquisas sobre os tipos geração de energia, as fontes alternativas e o
consumo médio de energia elétrica no Brasil.
4. RESULTADOSDe acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica – ABSOLAR,
o Brasil ultrapassou a marca de 1 milhão de unidades que geram sua própria energia
através sistema fotovoltaico, sendo que a maioria dessa produção procede de
residências, percentual que chega a 76,6% (ABSOLAR, 2022). Tal crescimento na
inserção da tecnologia, deve-se aos benefícios econômicos e sustentáveis, bem como a
regulamentação de leis para os consumidores e incentivos fiscais e financeiros.
Em 2012, a Agencia Nacional de Energia Elétrica – ANEEL publicou a Resolução
Normativa de n° 482, que estabeleceu as condições gerais para o acesso de micro e
minigeração distribuída aos sistemas de distribuição de energia elétrica e
regulamentação do sistema de compensação. Com o objetivo de estabelecer regras
sobre o consumo, definiu-se que: todo excedente de energia gerada seria injetado na
rede pública e sendo devolvida a central de distribuição quando houvesse necessidade
e caso a unidade de geração distribuída consumisse mais energia do que gerasse,
liquidaria a diferença na tarifa de energia do sistema público de distribuição (ANEEL,
2012). Entretanto, a resolução passou por várias alterações nos anos posteriores ao
decreto, adicionando o custo de disponibilidade da rede e taxa de iluminação pública
de acordo com o padrão de entrada, sendo que o crédito de energia gerado pode ser
transferido para outros locais que estejam cadastrados com o CPF ou CNPJ do produtor
de energia.
Recentemente, foi promulgado o marco legal da geração distribuída, instituída
pela Lei 14.300/2022. Dentre as disposições contidas no texto está a isenção da Taxa de
Uso do Sistema de Distribuição (TUSD) até dezembro de 2045 para os microgeradores
instalados até 6 de janeiro de 2023, e os demais sistemas implementados após essa
data pagarão um percentual da taxa de forma escalonada por seis anos até completar o
valor integral. (BRASIL, 2022)
A expansão da energia renovável avança a cada ano, não somente pela redução
das taxas tarifarias, mas por instituições engajadas no movimento sustentável e visam
reduzir os impactos ambientais. Além das hidrelétricas, a energia eólica e solar
ganharam destaques devido a geração distribuída, de acordo com a Associação
Brasileira de Geração Distribuída – ABGD, o Brasil chegou a 10GW de potência no
primeiro bimestre de 2022, sendo mais de 1 milhão de conexões das quais 41% são
instalações de minigeração e microgeração em indústrias e comércios (ABGD, 2022).
A crise hídrica, a qual elevou o valor do kWh bem como os recorrentes
aumentos das bandeiras tarifarias, fomentou a geração distribuída visando diminuir o
custo conta de energia, foi a decisão tomada pela empresa BAZZAR - Embalagens,
limpeza e utilidades, que optou pelo sistema fotovoltaico garantindo uma redução de
90% nos gastos com eletricidade, dissertando o grande benefício da implantação do
projeto.
Devido ao alto consumo e a grande demanda de serviços, a empresa USIAÇO
Indústria e Comércio Ltda, uma pequena indústria de usinagem, fabricação e
comercialização de peças, já tem um projeto de energia renovável com placas
fotovoltaicas em andamento de 1330/KW que será instalado nos próximos quatro
meses, que garantirá que esse percentual de consumo venha a ser zero.
Tabela 3 – Questionário respondido pelas empresas.
Nome da
empresa
ATVOS
Agroindustrial
Cooperativa
COAMO
USIAÇO
Indústria e
Comércio Ltda
BAZZAR
Embalagens,
limpeza e
utilidades
INFRAMERICA -
Aeroporto
Internacional de
Brasília
N° de
funcionários
400 funcionários
diretos
470 funcionários
diretos e
indiretos
8 funcionários 7 funcionários 450 funcionários
Local
Rodovia BR-267,
KM – 231 Fazenda
São Sebastião,
Nova Alvorada do
Sul – MS.
Rodovia Ivo
Anunciato
Cerzosimo,
22000 na cidade
de Dourados –
MS com sede
em Campo
Mourão – PR.
Álvaro Brandão
1045 Jardim
João Paulo II,
de Dourados –
MS.
Rua 2 de fevereiro
279, Centro,
Candeias - BA
Lago Sul, Brasília -
DF, 71608-900
Segmento
Usina elétrica e
produção/
comercialização de
açúcar VHP, etanol
de cana anidro e
etanol de cana
hidratado.
Produção de
óleo vegetal
(refinado), óleo
vegetal bruto e
farelo de soja
para nutrição
humana e
animal.
Indústria de
usinagem,
fabricação e
comercialização
de peças.
Vendas de
utilidades
domesticas,
embalagem e
produtos de
limpeza
Empresa privada
formada por um
consórcio entre a
ENGEVIX /
CORPORACIÓN
AMERICA S/A,
responsável pela
manutenção e
exploração do
aeroporto de
Brasília.
Consumo de
energia elétrica
mensal
25 MVA:
138 MVA em
período de entre
safra
Entre 4.000.000
KW/h a
4.500.000 KW/h
mensais
900KW/mês 100KW/mês
2.400.000
KWh/mês
Percentual de
energia – rede,
gerador próprio e
fonte renovável.
3 turbo geradores
movidos a vapor
de caldeiras, com
geração de: G1-
62,5 MVA, G2-
30,0 MVA e G3 –
50,0 MVA
totalizando 142,5
MVA.
100% da rede de
distribuição,
138KV através
do programa
CICE - Comissão
Interna de
Conservação de
Energia.
Todo
percentual
consumido
direto da rede.
Projeto em
andamento
para ativação
da geração
fotovoltaica.
16 (dezesseis)
placas
fotovoltaicas que
geram 610
kW/mês
Toda energia
consumida
provém de
energia renovável,
90% da energia é
produzida por
fonte hidrelétrica,
através do
Ambiente de
Contratação Livre
(ACL) e 10 % de
usina fotovoltaica,
construída
próximo as áreas
do aeroporto.
Fonte: Autoria própria.
Já outras optam por um sistema misto, parte do consumo advém da geração
própria e outra porcentagem das concessionárias ou geradoras, como é o caso da
administradora do Aeroporto Internacional de Brasília – BSB, a INFRAMERICA. No
aeroporto, toda energia consumida provém de energia renovável, a grande parte
através de hidroelétrica, mediante ao Ambiente de Contratação Livre – ACL. Além da
energia hídrica, foi realizada uma parceria com a startup japonesa Shizen Energy para a
criação de uma usina fotovoltaica construída próximo as áreas do aeroporto, sua
geração é em torno 175.000Khw por mês, por aproximadamente 3.360 placas
fotovoltaicas.
Figura 4 - Placas fotovoltaicas da usina geradora próximo ao Aeroporto de
Internacional de Brasília.
Fonte: Aeroporto de Brasília, 2022.
Figura 5 – Aeroporto Internacional de Brasília.
Fonte: Aeroporto de Brasília, 2022.
Figura 6 - Centro de Controle de Manutenção do Aeroporto Internacional de Brasília.
Fonte: Aeroporto de Brasília, 2022.
Outra empresa que trabalha com a energia renovável é ATVOS Agroindustrial,
uma usina elétrica que além de gerar energia elétrica, produz e comercializa açúcar
VHP, etanol de cana anidro e etanol de cana hidratado.
A empresa é divida em vários setores, administrativo, agrícola, produção
industrial, área técnica de manutenção e empresas terceirizadas. A planta instalada
tem um consumo de energia que somam no total 25 MVA em seu pleno
funcionamento exceto nos períodos chamado de entre safra, isso ocorre quando a
usina para por um período de 3 (três) podendo chegar até 4 (quatro) meses para que
seja feita as manutenções necessárias e assim iniciar seu trabalho novamente. Nesse
período a empresa torna consumidora de energia com uma demanda contratada de 4
MVA, não podendo de forma alguma exceder esse consumo.
No período chamado de safra, quando seu consumo aumenta, a empresa que
já possui uma rede exclusiva e única de 138KV ligada em paralelo com a concessionária
inicia então a sua geração de energia, tornando-se autossustentável em seu consumo
elétrico e o excedente gerado é transferido para a linha de distribuição.
A empresa trabalha atualmente com 3 turbo geradores movidos a vapor
procedente da caldeira que em plena capacidade gera: G1- 62,5 MVA, G2- 30,0 MVA e
G3 – 50,0 MVA totalizando 142,5 MVA. Não havendo interesse algum no momento em
migrar para algum outro tipo de geração de energia.
Figura 7 – Caldeira da usina Atvos Agroindustrial
Fonte: PSC Engenharia
A cooperativa COAMO é uma empresa que atua na produção de óleo vegetal
(refinado), óleo vegetal bruto e farelo de soja para nutriçãohumana e animal.
A indústria tem um consumo continuo médio de energia elétrica de 4.000.000
KW/h a 4.500.000 KW/h mensais sendo que 100% de todo esse consumo é fornecido
pela rede própria de distribuição 138KV através do programa CICE - Comissão Interna
de Conservação de Energia. (BRASIL, 2020)
Ainda não há projetos de fontes geradoras renováveis, pois a mesma trabalha
no controle de energia em suas unidades por meio da racionalização e economia,
contudo a unidade instalada se beneficia com a sazonalidade conforme a resolução da
ANELL 479/2012.(ANELL, 2012)
Figura 8 – Cooperativa COAMO
Fonte: COAMO, 2019.
A energia renovável está cada vez mais presente nas residências, é o que aponta
a pesquisa da Associação Brasileira de Energia Solar, onde 77% das instalações do país
em Geração Distribuída são em casas e em conjuntos habitacionais. Tal crescimento
pode estar associado aos benefícios sustentáveis e econômicos. (ABSOLAR, 2022)
Tabela 4 – Questionário respondido pelas residências.
Endereço
Rua São José, 127,
Centro na cidade
de Candeias/ BA
Rua Gaspar
Dutra, 11, Santo
Antônio, na
cidade de
Candeias/BA
Rua Colômbia
1870 na cidade
de Dourados –
MS
Rua Tatsuo
Suakame 370 casa 2
no Bairro Pq. Dos
Jequitibás em
Dourados – MS
Condomínio La
Font, bairro de
Paranoá-DF
N° familiares 2 familiares
(dois adultos)
1 morador
3 familiares
(dois adultos e
uma criança)
4 familiares (três
adultos e uma
criança)
3 familiares
(dois adultos e
uma criança)
m² da casa 120/m² 80/m² 115/m² 110/m²
Lote do local
são 800 m², casa
construída
250m²
Energia média
consumida
mensalmente
100 KW/mês.
30 KW/mês
(beneficiário de
programa social)
360 KW/mês. 400 KW/mês.
280 KW/mês
Percentual de
energia – rede,
gerador próprio e
fonte renovável.
100% da rede. 100 % da rede.
12 (doze) placas
solares que
geram em torno
de 550 KW/mês.
9 (nove) placas
solares que geram
450KW/mês
100% da rede.
Fonte: Autoria própria
Complementar aos benefícios já vistos da energia renovável, incentivos
financeiros vêm sendo implementado afim de estimular mais adesão a tecnologia.
A Caixa Econômica Federal possui um crédito pessoal para financiamento de
sistemas de geração em energia fotovoltaica com juros de 1,18% ao mês. Para adquirir
o crédito o cliente e fornecedor precisam ser correntista do banco, após a avaliação e
aprovação do crédito, as parcelas são debitadas na conta corrente do usuário com
prazos de até 60 meses para quitação do empréstimo. Os benefícios citados pela
instituição financeira estão: economia com a redução de até 95% de sua conta de
energia elétrica, valorização do Imóvel, financiamento de até 100% do projeto de
implementação de energia solar residencial e prazo de até 60 meses e carência de até
6 meses. (CAIXA, 2022)
Assim como a Caixa, há também bancos privados que possuem o credito
exclusivo para implantação do sistema elétrico solar, alterando somente os prazos e as
taxas de juros.
Visando reduzir os custos com a energia da rede elétrica, o proprietário de uma
residência localizada na Rua Colômbia 1870 na cidade de Dourados – MS, optou pela
instalação de placas fotovoltaicas. Foram instaladas 12 placas fotovoltaicas que geram
em torno de 550 KW/mês, toda energia consumida é abatida na quantidade de energia
gerada pelo sistema implantado, o excedente fica acumulado e não expira, taxas de
serviço de distribuição, transmissão e outros encargos ainda vem vendo pagos, o que
somam em média R$99,00/mês. Todo esse investimento custou em torno de
R$20.000,00 ao proprietário, recurso adquirido pelo financiamento no banco Sicredi
que hoje conta com uma linha específica para a aquisição desse projeto de energia
renovável.
Figura 9 – Residência situada na cidade de Dourados – MS com placas solares.
Fonte: Autoria própria.
Outro morador de Dourados/MS percebeu vantagens no sistema fotovoltaico e
há 3 anos tomou a iniciativa de construir seu próprio sistema de energia renovável,
adquiriu 1 inversor solar on grid e 2 placas solar. Achando negócio viável, adquiriu mais
seis painéis aumentando a sua quantidade de KW gerado.
Hoje seu sistema gera em torno de 450KW/mês, que o torna autossustentável,
gerando apenas custos com encargos e tributos cobrado pela companhia de energia
elétrica. O valor investido foi de R$11.000,00 reais, já que adquiriu os equipamentos
direto com os fornecedores.
Por mais vantagens que existam no sistema fotovoltaicos, há quem não veja
necessário ou acredite ser improprio devido ao alto custo e a falta de incentivos pelo
governo, como é o caso dos moradores do lote 19, na quadra G do Condomínio La Font
- DF, que consume em média 280KW/mês, os quais relataram nenhum interesse em
adquirir a engenharia, já o morador da Rua Gaspar Dutra, da cidade de Candeias – BA,
acha improprio o investimento já que é incluso em um programa social para pessoas de
baixa renda.
Figura 10 – Residência no Condomínio La Font no Distrito Federal.
Fonte: Autoria própria.
Já os domiciliados da Rua São José tem interesse em pôr os painéis solares logo
após a reforma na casa, para gerarem sua própria energia. Mesmo consumindo apenas
100KW por mês, evidenciaram a importância de contribuir para a sustentabilidade e o
progresso da energia limpa.
5. CONCLUSÃO
As fontes de energias renovaveis são uma alternativa sustentável, devido ao seu
menor impacto ambiental, além de ser uma opção para instituições ou residências que
desejam gerar sua própria energia. Após a pesquisa, observou-se que a principal
entrada de energia dos entrevistados procede das concessionárias, vista que é forma
mais comum de ter acesso a energia elétrica e adicional a isso, há aqueles que relatam
conhecimento e interesse pela geração distribuída, entretanto citam o alto custo como
obstáculo para obtenção da tecnologia.
Mediante a averiguação em campo, notou-se que todos indivíduos os quais
optaram pela inserção dos sistemas renovaveis, decorreu-se, principalmente, pelos
proveitos financeiros que são adquiridos a longo prazo e com o intuito de reduzir as
taxas de energia, dessa forma entende-se que é uma opção conveniente, porém não
acessível a toda população.
Percebe-se que a progressão da energia renovável é notória no setor comercial
e a adoção de sistemas fotovoltaicos em casas é crescente, por outro lado ainda são
poucos os incentivos fiscais do setor público para a inclusão do recurso elétrico.
REFERENCIAS
EPE – EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA. Fontes de Energia. Disponível em:
https://www.epe.gov.br/pt/abcdenergia/fontes-de-energia Acesso em: 20 mai. 2022.
ANEEL - AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA. RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 482,
DE 17 DE ABRIL DE 2012: Estabelece as condições gerais para o acesso de
microgeração e minigeração distribuída aos sistemas de distribuição de energia
elétrica, o sistema de compensação de energia elétrica, e dá outras providências.
Disponível em: http://www2.aneel.gov.br/cedoc/ren2012482.pdf Acesso em: 22 mai.
2022.
ABGD – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE GERAÇÃO DISTRÍBUIDA. Brasil atinge 10 GW de
potência instalada em sistemas de geração própria de energia. São Paulo, 2022.
Disponível em:<
https://abgd.com.br/portal/brasil-atinge-10-gw-de-potencia-instalada-em-sistemas-de-
geracao-propria-de-energia/> Acesso em: 26 mai. 2022.
Brasil bate recordes no setor de energia solar: 1 milhão de consumidores com geração
própria e 21,8 bilhões de investimentos em 2021. ABSOLAR - Associação Brasileira de
Energia Solar Fotovoltaica, São Paulo, 2022. Disponivel em:
https://www.absolar.org.br/noticia/brasil-bate-recordes-no-setor-de-energia-solar-1-m
ilhao-de-consumidores-com-geracao-propria-e-218-bilhoes-de-investimentos-em-2021
/ Acesso em: 27 mai. 2022.
BRASIL. SECRETARIA-GERAL. LEI Nº 14.300, DE 6 DE JANEIRO DE 2022: Institui o marco
legal da microgeração e minigeração distribuída, o Sistema de Compensação de Energia
Elétrica (SCEE) e o Programa de Energia Renovável Social (PERS); altera as Leis nºs
10.848, de 15 de março de 2004, e 9.427,de 26 de dezembro de 1996; e dá outras
providências. Disponível em:< L14300 (planalto.gov.br).> Acesso em: 26 mai. 2022.
ANEEL - AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA. RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 482,
DE 17 DE ABRIL DE 2012: Estabelece as condições gerais para o acesso de
microgeração e minigeração distribuída aos sistemas de distribuição de energia
elétrica, o sistema de compensação de energia elétrica, e dá outras providências.
Disponível em: http://www2.aneel.gov.br/cedoc/ren2012482.pdf Acesso em: 25 de
mai. 2022.
BRASIL. SECRETARIA-GERAL. DECRETO Nº 99.656, DE 26 DE OUTUBRO DE 1990: Dispõe
sobre a criação, nos órgãos e entidades da Administração Federal direta e indireta, da
Comissão Interna de Conservação de Energia (CICE), nos casos que menciona, e dá
outras providências. Disponível em: < D99656 (planalto.gov.br)> Acesso em: 25 mai.
2022.
https://www.epe.gov.br/pt/abcdenergia/fontes-de-energia
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BRASIL. SECRETARIA-GERAL. DECRETO Nº 10.473, DE 24 DE AGOSTO DE 2020: Declara
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