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IMUNOLOGIA 
AULA 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Stephanie Von Stein Cubas Warnavin 
 
 
2 
 
 
CONVERSA INICIAL 
 O sistema imunológico tem por principal função manter a homeostase do 
organismo, mediante a defesa contra qualquer patógeno que tente invadir o 
corpo. Essas defesas são mediadas por mecanismos celulares e químicos 
específicos, principalmente pelos linfócitos T e B, macrófagos, células 
dendríticas etc. Nesta aula, abordaremos os órgãos que produzem essas células 
e seus aspectos morfoanatômicos e funcionais. 
 O objetivo principal desta aula será entender e identificar os órgãos que 
compõem o sistema imune (medula óssea, timo, vasos linfáticos, linfonodos, 
baço e MALT) e suas funções. 
Os temas abordados são os seguintes: 
• Tema 1 – Introdução aos órgãos linfoides; 
• Tema 2 – Órgãos primários: medula óssea; 
• Tema 3 – Órgãos primários: timo; 
• Tema 4 – Órgãos secundários: vasos linfáticos e linfonodos; 
• Tema 5 – Órgãos secundários: baço e MALT. 
TEMA 1 – INTRODUÇÃO AOS ÓRGÃOS LINFOIDES 
Muitas das células constituintes do sistema imunológico são circulantes 
tanto pelo sangue ou linfa, num processo dinâmico, para que, em situações de 
infecção microbiana, as primeiras respostas imunológicas possam ser mais 
rápidas. Porém outras, como linfócitos e células apresentadoras de antígenos, 
localizam-se em órgãos específicos, que são centros de ação para onde 
antígenos serão levados. 
Os tecidos ou órgãos linfoides são tecidos específicos do sistema linfático 
que são encarregados da produção, diferenciação e ação dos linfócitos bem 
como das respostas a antígenos. Os tecidos, linfoide primários ou órgãos 
geradores são representados pela medula óssea e timo, onde os linfócitos B e 
T, respectivamente, amadurecem e seguem, via corrente sanguínea, para os 
tecidos linfoide periféricos ou secundários, composto pelo baço e gânglios 
linfáticos (células B e T), o sistema imune cutâneo e o sistema imune de mucosas 
(células T). 
3 
 
 
Quanto a função os órgãos linfoides primários são responsáveis por 
fornecer todos os fatores de crescimento e amadurecimento para a correta 
expressão fenotípica de seus receptores de antígenos e para a “apresentação 
de antígenos próprios para o reconhecimento e seleção dos linfócitos em fase 
de maturação” (Abbas, 2012). Os órgãos linfoides secundários possuem a 
função de serem centros de apresentação de antígenos e de ação de células T 
virgens (resposta adaptativa). 
TEMA 2 – ÓRGÃOS PRIMÁRIOS: MEDULA ÓSSEA 
 A medula óssea (Figura 1) compõe junto com o timo os órgãos linfoides 
primários. Configura-se como um dos principais órgãos do sistema imune por 
justamente gerar células sanguíneas (hematopoiese) que participam direta e 
indiretamente da imunidade inata e da imunidade adquirida. Depois das ilhotas 
sanguíneas e do fígado, a medula óssea assume de forma gradual a 
hematopoiese até que durante a puberdade torna-se o centro de produção de 
células sanguíneas, principalmente no interior do esterno, vértebras, ossos 
ilíacos e nas costelas. É formada pela medula amarela, composto de adipócitos 
e sem produção de células sanguíneas, e da medula vermelha, centro da 
produção de eritrócitos, plaquetas, basófilos, eosinófilos, monócitos, células 
dendrítica e neutrófilos, além das células B e T. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
Figura 1 – Estrutura interna da medula óssea 
 
 
 
Créditos: Designua/Shutterstock. 
 
 Toda essa diversidade de células advém da diversificação, em primeira 
instância, das pluripotentes células-tronco-hematopoiéticas (HSC) da medula 
vermelha. São células com grande poder de diferenciação (Figura 2) que, sob 
mediação de citocinas específicas (citocinas hematopoiéticas) dão origem a dois 
tipos de células multipotentes: o progenitor linfoide comum e o progenitor 
mieloide comum. Este último passa por diversificação, também medido por 
citocinas, para formar as células sanguíneas, enquanto o primeiro será 
diferenciado nas células T e B. A maturação das células B ocorrerá parte na 
medula óssea e parte, principalmente, no baço, e as células T amadurecerão no 
timo (para isso, é necessário que progenitores linfoides saiam da medula e 
consigam se dirigir até o timo). As citocinas hematopoiéticas são produzidas por 
células do estroma e macrófagos que ficam na medula óssea ou por linfócitos T 
e macrófagos ativados por citocinas, para repor leucócitos perdidos em possíveis 
respostas imunológicas a ataques de microrganismos. Plasmócitos e linfócitos T 
de memória, gerados por respostas imunes, podem migrar para a medula óssea 
e lá sobreviver por anos 
5 
 
 
Figura 2 – Diferenciação de células a partir de uma células-tronco-
hematopoiéticas 
 
Créditos: Designua/Shutterstock 
TEMA 3 – ÓRGÃOS PRIMÁRIOS: TIMO 
 Outro órgão linfoide primário, o timo (Figura 3) é responsável pela 
maturação dos linfócitos T. Segundo Abbas (2012), é um órgão bilobado, com 
cada lobo dividido em múltiplos lóbulos por septos fibrosos, na qual cada lóbulo 
consiste em um córtex externo (concentração grande de linfócitos T) e uma 
medula interna (população mais dispersa de células T). Na medula também é 
possível encontrar uma grande quantidade de macrófagos e células dendríticas 
originárias da medula óssea, e as chamadas células epiteliais medulares tímicas 
(TMEC). As TMEC “desempenham um papel especial na apresentação de 
antígenos próprios para as células T em desenvolvimento e na deleção de 
células T autoreativas, um dos mecanismos que asseguram a autotolerância” 
(Abbas, 2012). 
6 
 
 
 A maturação dos linfócitos no timo (timócitos) inicia-se pelo local de sua 
chegada, no córtex, e segue até a medula onde são encontrados a maioria das 
células T maduras. Apenas as células maduras saem do timo em direção ao 
sangue para atuar nas respostas imunes. 
Figura 3 – Estrutura interna do timo 
 
Créditos: Timonina/Shutterstock 
 
TEMA 4 – ÓRGÃOS SECUNDÁRIOS: VASOS LINFÁTICOS E LINFONODOS 
 Os vasos linfáticos e linfonodos, também chamados de gânglios linfáticos, 
compõem o sistema linfático (Figura 4), cuja principal função é a de manter a 
homeostase dos líquidos intersticiais drenando o seu excesso. Além disso, 
auxilia o sistema imune sendo centro de respostas imunológicas e transporte de 
linfócitos T por meio da linfa. 
7 
 
 
Figura 4 – Sistema linfático: vasos e gânglios linfáticos 
 
Créditos: Vectormine/Shutterstock. 
 Os vasos linfáticos constituem-se como uma rede vascular semelhante 
aos vasos sanguíneos, porém sem um centro bombeador e estruturalmente 
distinto. Eles “são canais vasculares de fundo cego revestidos por células 
endoteliais sobrepostas, sem as junções intercelulares justapostas ou 
membrana basal” (Abbas, 2012) onde o arranjo das células endoteliais e válvulas 
unidirecionais (Figura 5) impedem o refluxo do líquido. São os vasos linfáticos 
os responsáveis pela drenagem do excesso do líquido intersticial capturado 
entram as células teciduais e seu encaminhamento até os vasos sanguíneos 
para a constituição do plasma. Esse líquido transportado pelos vasos linfáticos 
8 
 
 
constitui a linfa. Na linfa também podem estar presentes antígenos de 
microrganismos que são capturados pelo próprio vaso ou por células dendríticas 
presentes na epiderme ou nos tecidos do trato respiratório e gastrointestinal. 
Esses antígenos são levados até os gânglios, onde pode haver a deflagração da 
resposta imune específica. 
Figura 5 – Vasos linfáticos com detalhe para as válvulas unidirecionais 
 
Fonte: Sakurra/Shutterstock. 
 Em toda a sua extensão, os vasos linfáticos são interrompidos pelos 
linfonodos (Figura 6) ou gânglios linfáticos, órgãos linfoides secundários. Estão 
presentes em várias partes do corpo, aumentando e dando suporte a possíveis 
infecções, independentemente do local e se desenvolvem de ações 
coordenadas devárias citocinas, quimiocinas e células indutoras do sistema 
linfoide. Cada linfonodo é envolto por uma cápsula fibrosa e preenchido com 
linfa, macrófagos, células dendríticas etc. e sua comunicação com os vasos 
linfáticos se dá pelo vaso aferente (chegada da linfa) e pelo vaso eferente (saída 
da linfa). Os linfócitos que chegam nos linfonodos são alocados via sinalização 
química das quimiocinas o que garante que cada tipo esteja em intimo contato 
9 
 
 
com as células apresentadoras de antígenos apropriadas, céluas T com células 
dendríticas e células B com células dendríticas foliculares. 
Figura 6 – Estrutura interna de um linfonodo 
 
Créditos: Designua/Shutterstock. 
TEMA 5 – ÓRGÃOS SECUNDÁRIOS: BAÇO E MALT 
5.1 Baço 
 O baço (Figura 7) constitui um órgão secundário linfoide altamente 
vascularizado, onde o sangue que passa por ele é filtrado de fragmentos de 
microrganismos, antígenos ou células sanguíneas lesionadas. Logo, sua 
principal função é a de retirar da circulação células sanguíneas danificadas e 
opsonizadas (marcadas por anticorpos) e partículas, além de começar as 
10 
 
 
respostas imunes específicas aos antígenos capturados do sangue (Abbas, 
2012). 
 Esse órgão é dividido em polpa vermelha, rica em sinusoides vasculares 
preenchidos por sangue, e polpa branca, rica em linfócitos T e B. Na região da 
polpa vermelha, macrófagos removem células lesionadas e microrganismos, 
opsonizados ou não, que estão presentes no sangue dos vasos. Na polpa 
branca, a densa população de linfócitos será distribuída, mediante regulação por 
citocinas e quimiocinas, em áreas específicas com zonas de células T, nas 
bainhas linfoides periarteriolares, por onde passará a arteríola central, e zonas 
de células B, os folículos, por onde passará as arteríolas foliculares. A principal 
função da polpa branca é de dar respostas imunológicas adaptativas contra os 
antígenos que chegam pela artéria trabecular e se ramifica na arteríola central, 
rodeadas por linfócitos T, e nas arteríolas foliares, rodeadas por linfócitos B. 
Figura 7 – Estrutura interna de um linfonodo 
 
Créditos: Sakurra/Shutterstock. 
5.2 MALT (Tecido linfoide associado a mucosa) 
 Os tecidos epiteliais da pele e dos revestimentos internos dos tratos 
respiratório, gastrointestinal e genitourinários, caracterizados pela produção de 
mucosas, possuem particularidades em seu sistema imune mucoso em função 
11 
 
 
da grande exposição a patógenos microbianos. Por exemplo, o número de 
células T nesses tratos será significativamente maior em comparação ao 
sangue, visto que possuem uma área de superfície relativamente maior, estão 
sob constante contato e que devem estar protegidas dos microrganismos 
externos, no caso da pele, ou de comensais, como é o caso de bactérias que 
vivem no intestino. Segundo Abbas (2012), o conjunto de todos os componentes 
do sistema imune que servem a funções especializadas para uma dada 
localização anatômica é chamado de sistema imune regional. 
 Um ponto em comum entre os principais sistemas imunes regionais, como 
o cutâneo, respiratório, gastrointestinal e genitourinário, é sua configuração 
anatômica em uma barreira epitelial, um tecido conjuntivo adjacente e 
linfonodos. A barreira epitelial compreende a primeira proteção física contra 
invasões, seja com várias camadas de células (pele) ou poucas (intestinos). Nos 
tecidos conjuntivos está a grande maioria das células de defesa, com inúmeros 
linfócitos, células dendríticas, macrófagos e mastócitos preparados para atuarem 
em repostas inatas ou adaptativas. Tecidos linfoides secundários não 
encapsulados, localizados logo abaixo das barreiras epiteliais, contendo células 
T, células dendríticas e macrófagos, são locais de respostas imunes específicas 
para diferentes os diferentes tipos de mucosas. Esses tecidos são chamados de 
tecidos linfoides associados à mucosa (MALT). 
 As estruturas do MALT irão variar de acordo comas diferentes regiões de 
um mesmo órgão e entre órgãos mucosos, o que pode culminar na taxa de 
células especializadas do sistema imune, na variação dos tipos de células 
especializadas em cada tecido e consequente nas respostas imunes (Tabela 1). 
Os MALTs podem ser tanto sítios de ação contra antígenos que entrem em 
contato com as barreiras epiteliais (via ingestão ou inalação) e são capturados, 
quanto produtores de linfócitos efetores e de imunidade inata e adquirida. 
 
12 
 
 
Tabela 1 – Características da imunidade regional 
Região Desafios 
Anatomia 
particular 
Células/Moléculas especializadas e 
funções 
Trato gastrointestinal 
Tolerância a 
antígenos 
alimentares e a 
microbiota 
comensal, mas 
responsivo a 
patógenos raros. 
Enorme área de 
superfície 
 
Amígdalas; 
Placas de Peyer, 
folículos da lâmina 
própria 
Células epiteliais intestinais: secreção de 
mucosas 
Células M: amostras de antígenos 
luminais 
Células de Paneth: produção de 
defensina 
IgA, IgM secretoras: neutralização de 
microrganismos no lúmen 
Subpopulações de células dendríticas: 
amostragem antigênica luminal, indução 
de tolerância da célula T, ativação da 
célula T efetora etc. 
Sistema respiratório 
Exposição a uma 
mistura de 
patógenos, 
microrganismos 
inócuos e partículas 
provenientes do ar 
Adenoides 
Células epiteliais respiratórias ciliadas: 
muco e produção de defensina e 
movimentação do muco com os 
microrganismos e partículas capturados 
do exterior das vias aéreas; 
IgA, IgM, IgG secretoras: neutralização 
de microrganismos no exterior das 
barreiras epiteliais 
Sistema imune 
cutâneo 
Grande área de 
superfície 
Barreira epitelial 
escamosa, 
estratificada, 
queratinizada 
Queratinócito: produção de queratina, 
secreção de citocinas e defensinas; 
Células de Langerhans: amostragem 
antigênica epidérmica 
Subpopulações de células dendríticas: 
amostragem antigênica dérmica, indução 
de tolerância da célula T, ativação da 
célula T efetora e impressão do fenótipo 
de localização cutânea 
Fonte: Abbas, 2012. 
NA PRÁTICA 
A grande diversidade de microrganismos comensais vivendo no trato 
digestório é possibilitada pelas respostas imunes minimizadas e controladas por 
mecanismos de MALT específicas no sistema gastrointestinal. 
13 
 
 
Patologias como Doença de Crohn e colite ulcerativa são acometidas 
justamente em pessoas que possuem uma resposta imune anormal e não 
regulada para a microbiota normal, provocando quadros clínicos graves de 
inflação dos intestinos. A doença celíaca é outro exemplo em que há respostas 
humorais anormais, mediadas por células, ao glúten do trigo dietético. 
Indivíduos que possuem deficiência de células T podem ter a síndrome de 
DiGeorge. Pessoas com essa doença apresentam mutações em genes 
específicos que expressam o desenvolvimento normal do timo. 
Pneumococos e meningococos são bactérias que sofrem opsonização 
quando entram em contato com o sistema imune adquirido. Pessoas que 
perderam o baço são muito suscetíveis a infecções por esses seres, pois uma 
das funções do baço é remover do sangue células e microrganismos marcados 
por anticorpos. 
FINALIZANDO 
 Nesta aula, pudemos compreender e entender o funcionamento e 
características morfoanatômicas dos principais órgãos que compõe e auxiliam o 
sistema imunológico. 
Os tecidos ou órgãos linfoides são tecidos específicos do sistema linfático 
que são encarregados da produção, diferenciação e ação dos linfócitos bem 
como das respostas a antígenos. Os tecidos linfoides primários ou órgãos 
geradores são representados pela medula óssea e timo e os tecidos linfoide 
periféricos ou secundários, composto pelo baço e gânglios linfáticos, o sistema 
imune cutâneo e o sistema imune de mucosas (MALT). 
A medula óssea se configura como um dos principais órgãos do sistema 
imune por justamente gerar células sanguíneas (hematopoiese) que participam 
direta eindiretamente da imunidade inata e da imunidade adquirida, além dos 
linfócitos B e T. 
 O timo é responsável pela maturação dos linfócitos T, sendo um órgão 
bilobado, composto de um córtex externo (concentração grande de linfócitos T) 
e uma medula interna (população mais dispersa de células T). 
 Os vasos linfáticos constituem-se como uma rede vascular semelhante 
aos vasos sanguíneos, porém sem um centro bombeador e estruturalmente 
distinto, que transportarão a linfa. Os linfonodos são envoltos por uma cápsula 
fibrosa e preenchido com linfa, macrófagos, células dendríticas etc. e sua 
14 
 
 
comunicação com os vasos linfáticos se dá pelo vaso aferente (chegada da linfa) 
e pelo vaso eferente (saída da linfa). 
 O baço constitui-se como um órgão secundário linfoide altamente 
vascularizado, onde o sangue que passa por ele é filtrado de fragmentos de 
microrganismos, antígenos ou células sanguíneas lesionadas. 
 Tecidos linfoides associados a mucosa (MALT) são tecidos secundários 
não encapsulados, localizados logo abaixo das barreiras epiteliais, contendo 
células T, células dendríticas e macrófagos; são locais de respostas imunes 
específicas para diferentes os diferentes tipos de mucosas. 
 
 
 
 
15 
 
 
REFERÊNCIAS 
ABBAS, A. Imunologia celular e molecular. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 
2012. 
LEVINSON, W. Microbiologia médica e imunologia, 10. ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2010. 
REECE, J. B. et al. Biologia de Campbell. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015. 
ROCHA, A. Fundamentos da microbiologia. São Paulo: Rideel, 2016. 
TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia. 12. ed. Porto 
Alegre: Artmed, 2017.

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