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Tecidos e Orgaos Linfoides

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Tecidos e Órgãos Linfóides 
 
 
As células envolvidas na resposta imune encontram-se organizadas em tecidos 
e órgãos e isto permite que a resposta imune seja mais eficiente. Este conjunto 
estrutural, denominado sistema linfóide é composto por linfócitos, células acessórias 
(macrófagos e APCs) e, em alguns tecidos, células epiteliais. O tecido linfóide 
encontra-se distribuído pelo organismo e pode ser encontrado na forma de órgãos 
(discretamente encapsulados) ou difuso em outros tecidos (acúmulo de tecido 
linfóide). Os órgãos e tecidos linfóides são classificados em órgãos linfóides 
primários e órgãos ou tecidos linfóides secundários. 
 
 
 
Órgãos linfóides primários 
 
 
Os órgãos linfóides primários são o principal sítio de desenvolvimento de 
linfócitos. Neles os progenitores linfóides proliferam e amadurecem em células 
funcionais. Os linfócitos T amadurecem no timo e os linfócitos B na medula óssea ou 
no fígado “fetal”. Este amadurecimento em células funcionais são oriundos da 
geração de seus receptores antígeno-específicos (BCR em linfócitos B e TCR em 
linfócitos T) que irão atuar através dos linfócitos nos desafios antigênicos que o 
organismo irá se defrontar durante a vida. 
 
 
Timo 
 
 
O timo de mamíferos é um órgão bilobulado, localizado na cavidade torácica, 
próximo ao coração e aos grandes vasos sanguíneos. 
 
 
Cada lobo é organizado em lóbulos separados um dos outros por tecido 
conjuntivo travecular. No interior de cada lóbulo as células linfóides (timócitos) são 
arranjadas em um córtex externo e uma medula interna. 
© Immunapp © Bioidea Laboratório de Imunofisiopatologia ICB USP
Autor: MSc. Rafael Cardoso Trentin 
Orientação: Prof. Dr. Magnus Ake Gidlund
Pág. 1
 
 
O córtex denso contém a maioria dos timócitos relativamente imaturos em 
proliferação enquanto na medula encontram-se as células maduras. Assim temos um 
gradiente de diferenciação dos timócitos do córtex para a medula. Em todos os 
lóbulos existe uma rede de células epiteliais importantes no processo de 
amadurecimento dos linfócitos T. Entretanto, além das células epiteliais, podemos 
encontrar células dendríticas interdigitantes (IDCs) e macrófagos nos lóbulos 
tímicos. Estas três populações celulares expressam moléculas do MHC que é vital 
para o desenvolvimento e seleção de linfócitos T funcionais para o organismo. Este 
assunto será tratado em detalhes quando estudarmos Tolerância Central. 
 
 
 
Medula óssea 
 
Além da função hematopoética, a medula óssea compartimentaliza o 
amadurecimento de linfócitos B. Os linfócitos B amadurecem em íntima associação 
com as células reticulares do estroma. A maioria dos linfócitos B em fase de 
amadurecimento não chega a circulação pois sofrem um processo de morte 
programada (apoptose). O receptor antígeno-específico dos linfócitos B (BCR) é uma 
imunoglobulina de superfície. Os genes de codificação do BCR sofrem rearranjos 
para sua síntese e cada clone de linfócito B mantém esse e apenas esse BCR 
específico. Uma vez diferenciados, os linfócitos B penetram nos seios vasculares, 
atravessando o endotélio e caem na circulação, podendo ser distribuídos no 
organismo. 
Importante verificarmos que os linfócitos B após amadurecimento podem se 
tornar células secretoras de anticorpo no plasma e que as moléculas de 
imunoglobulina do linfócito B podem ser de superfície (BCR) ou podem ser 
secretadas (anticorpos). Entretanto, esse assunto será abordado de forma especifica 
nos estudos de ontogenia de linfócitos ou de mecanismo efetores humorais. 
 
 
 
© Immunapp © Bioidea Laboratório de Imunofisiopatologia ICB USP
Autor: MSc. Rafael Cardoso Trentin 
Orientação: Prof. Dr. Magnus Ake Gidlund
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1) Nas cavidades dos ossos esponjosos, entre as trabéculas ósseas, ocorre a 
linfopoese das células B e a sua maturação ocorre radialmente em direção ao centro, 
ou seja, do endósteo para o seio venoso central. 2) HM = medula hematopoética; T = 
trabécula óssea; ADC = célula adiposa 3) Hematócitos, entre eles os linfócitos B, 
alcançando o seio venoso central e entrando na circulação sanguínea. 
 
 
 
 
Tecidos e Órgãos Linfóides Secundários 
 
 
Após a geração dos linfócitos nos órgãos linfóides primários estes migram 
para os órgãos linfóides secundários. Os órgãos linfóides secundários podem ser 
órgãos encapsulados e bem estruturados, como os linfonodos e o baço, mas também 
podem ser formados por acúmulos não encapsulados de tecido linfóide associados às 
mucosas disperso pelo organismo e esse tecido linfóide é chamado de tecido linfóide 
associado às mucosas (MALT). 
 
 
 
Baço 
 
O baço defende os organismos contra os antígenos que tem disseminação 
hematogênica e aumentam a imunidade contra patógenos que alcançam a circulação 
sanguínea. A camada externa do baço consiste em uma capsula de fibras colagenosas 
que penetram no parênquima esplênico formando pequenas trabéculas. Estas 
juntamente com uma rede reticular sustentam uma variedade de células encontradas 
no interior do baço: a polpa vermelha e a polpa branca. 
 
Ao microscópio observa-se que na polpa branca encontra-se o tecido linfóide 
formando nódulos e envolvendo as arteríolas, ambos contendo grande concentração 
de linfócitos. Já na polpa vermelha encontram-se a rede reticular sustentando os seios 
© Immunapp © Bioidea Laboratório de Imunofisiopatologia ICB USP
Autor: MSc. Rafael Cardoso Trentin 
Orientação: Prof. Dr. Magnus Ake Gidlund
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venosos. A polpa vermelha é formada por sinusóides (capilares arteriais) e cordões 
celulares compostos por diversas células sanguíneas, entre elas macrófagos e células 
dendríticas, as quais captam os antígenos ou microrganismos que são carregados pela 
circulação aos sinusóides. Estas células estão em circulação no baço e podem alcançar 
a polpa branca e apresentar antígenos aos linfócitos nos tecidos linfóides. Os 
linfócitos ativados proliferam formando centros germinativos e aumentando 
quantitativamente o número de linfócitos ativados e específicos a resposta iniciada. 
 
 
 
 
Baço – A. Trabécula; B. Cordões esplênicos; C. Seios venosos da polpa vermelha; D. 
Polpa vermelha; E. Polpa branca; F. Artéria central. 
 
 
 
Linfonodos e sistema linfático 
 
 
Os linfonodos, também conhecidos como gânglios ou nódulos linfáticos, 
encontram-se distribuídos pela rede linfática filtrando antígenos presentes na linfa 
durante sua passagem da periferia em direção ao ducto torácico ou outros ductos 
coletores importantes com acesso a circulação sanguínea. 
A linfa é produzida pelo extravasamento do sangue dos vasos capilares. Os 
poros dos vasos capilares são pequenos e não permitem a passagem de eritrócitos, 
entretanto ocorre a passagem plasma sanguíneo, carregando macromoléculas e 
leucócitos. Devido a este efeito, o excesso de líquido que sai dos capilares sanguíneos 
ao espaço intersticial ou intercelular é recolhido pelos capilares linfáticos. O fluxo de 
circulação da linfa é sempre dos tecidos em direção aos linfonodos que drenam uma 
determinada região e destes em direção aos linfonodos sucessivos até desaguar no 
átrio direito do coração. 
 
 
© Immunapp © Bioidea Laboratório de Imunofisiopatologia ICB USP
Autor: MSc. Rafael Cardoso Trentin 
Orientação: Prof. Dr. Magnus Ake Gidlund
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Sistema linfático – A. Os linfonodos formam uma rede que drena e filtra os fluidos 
derivados do sangue nos espaços teciduais. B. O sistema linfático é controlado pela 
pressão sanguínea. 
 
 
Os linfonodos funcionam como centros de captação e reconhecimento de 
antígenos, favorecendo uma resposta imune específica. São esféricos ou reniformes e 
possuem uma endentação denominada hilo por onde os vasos sanguíneos entram e 
saem. A linfa chega ao linfonodo pelos vasos linfáticos aferentes e saem pelos vasos 
linfáticos eferentes no hilo. Os linfonodos consistem em uma área de células B 
(córtex), uma área de células T (paracórtex) e uma medula contendo cordões celulares 
(linf. T, B e muitos macrófagos).O paracórtex contém muitas APCs interdigitantes, que expressam altos 
níveis de MHC II. Estas APCs são células que migraram da pele ou mucosas e 
transportam antígenos processados para os linfonodos. No paracórtex também 
encontramos vasos pós capilares denominados vênulas do endotélio alto (HEV) que 
permitem o acesso dos linfócitos da circulação sanguínea para o linfonodo. Os 
linfócitos recém migrados da circulação sanguínea podem ficar retidos no linfonodo 
ou sair via vaso linfático eferente acessando outros linfonodos. Esta circulação 
linfocitária é importante para o encontro antigênico de um linfócito específico, 
Lembrando que os TCRs de um linfócito são monoespecíficos e existe apenas um 
número finito de linfócitos capazes de reconhecer uma conformação antigênica em 
particular. 
O córtex de um linfonodo contém linfócitos densamente agrupados formando 
um folículo linfóide e com predominância de linfócitos B. Quando ocorre ativação 
antigênica, os linfócitos são ativados, proliferam e formam centros germinativos. 
Para a maioria dos antígenos, a ativação de linfócitos B é dependente de linfócitos T 
ou timo dependente. 
 
 
 
© Immunapp © Bioidea Laboratório de Imunofisiopatologia ICB USP
Autor: MSc. Rafael Cardoso Trentin 
Orientação: Prof. Dr. Magnus Ake Gidlund
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Linfonodo – A. Ilustração didática. B. Corte histológico. 
 
 
 
 
Tecido linfóide associado à mucosa (MALT) 
 
 
Agregados de tecido linfóide não encapsulados são encontrados na mucosa 
dos tratos gastrointestinal, geniturinário e respiratório. Possuem células dendríticas 
para internalização, processamento e transporte (interdigitantes) de antígenos para os 
linfonodos drenantes. Uma característica importante no MALT e também em 
glândulas mamárias é a presença de grande número de linfócitos B secretores de IgA, 
que é um isotipo de anticorpo capaz de atravessar as membranas epiteliais e auxiliar 
na prevenção da penetração de microrganismos infecciosos. 
A atividade imune nas mucosas é protetiva e reguladora do ambiente de 
circulação onde há troca com o ambiente externo ao organismo. Assim, o estudo dos 
tecidos imunes associados às mucosas é utilizado para planejar vias de introdução de 
vacinas e também para compreendermos ou induzirmos estados de tolerância a 
alérgenos ou processos inflamatórios crônicos nos tratos respiratório e digestivo. 
© Immunapp © Bioidea Laboratório de Imunofisiopatologia ICB USP
Autor: MSc. Rafael Cardoso Trentin 
Orientação: Prof. Dr. Magnus Ake Gidlund
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