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ENGENHARIA ELÉTRICA – CIRCUITOS ELÉTRICOS ALEXSANDRO CARLOS DE OLIVEIRA – RA 23402020 PORTFÓLIO CIRCUITOS ELÉTRICOS ARIQUEMES 2024 ALEXSANDRO CARLOS DE OLIVEIRA PORTFÓLIO Trabalho apresentado ao Curso Engenharia Elétrica da Faculdade ENIAC para a disciplina de Circuitos Elétricos. Prof. Maria Cristina Tagliari Diniz ARIQUEMES 2024 INTRODUÇÃO Com o constante avanço da tecnologia e o aumento do poder aquisitivo das famílias, tem-se observado um crescimento expressivo no número de dispositivos eletrônicos nas residências. Essa expansão, embora traga comodidade e eficiência no cotidiano, também apresenta desafios significativos em relação ao consumo consciente de energia elétrica. A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) estabeleceu diretrizes que visam promover o uso responsável da eletricidade, incluindo a preocupação com o fator de potência (FP). Este parâmetro crucial indica a eficiência na utilização da energia contratada em relação à energia realmente consumida, sendo que um valor mínimo de FP de 0,92 é exigido para evitar desperdícios e otimizar a eficiência energética.Parte superior do formulário 1. ESTUDO DE CASO 1.1 CIRCUITOS ELÉTRICOS Com o aumento do poder de compra das pessoas, observa-se um aumento no número de dispositivos eletrônicos em suas residências, especialmente eletrodomésticos. No entanto, esse crescimento desorganizado e consumista pode resultar em um problema mais significativo, que é o uso inadequado da energia elétrica. A ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) estabeleceu uma resolução normativa (414/2010) que aborda a importância do uso consciente de energia elétrica, destacando um parâmetro crucial conhecido como fator de potência (FP). Este fator mede a relação entre a potência elétrica consumida e a potência elétrica contratada junto à concessionária de energia elétrica. Conforme a ANEEL, é estabelecido um valor mínimo para esse parâmetro, sendo necessário que o fator de potência (FP) seja igual ou superior a 0,92. Diante desse cenário, dispositivos chamados analisadores de redes elétricas são utilizados para emitir relatórios sobre o estado "saúde" de uma instalação elétrica, seja ela residencial, comercial ou industrial. Diversas técnicas de "correção" desse fator de potência são empregadas, sendo a mais comum o uso de capacitores para introduzir potência reativa capacitiva no sistema elétrico. Isso visa "corrigir" o fator de potência para valores próximos de 0,92. A figura a seguir ilustra a forma como o fator de potência é calculado. 2. ATIVIDADE PROPOSTA Com o uso da álgebra dos números complexos, demonstre matematicamente o efeito do fator de potência (FP) abaixo de 0,92 (valores de potência contratada (W) e consumida (VA)) e como a correção para 0,92 reduz o consumo da corrente elétrica do sistema. 3. RESOLUÇÃO A relação entre as potências de um sistema é estabelecida a partir do triângulo das potências, representado abaixo. Neste é representado o fator de potência (cos φ ), como a razão entre as potências ativa e a potência aparente. A natureza da carga pode ser indutiva ou capacitiva, onde a carga indutiva trabalha com um ângulo φ maior que 0, e a carga capacitiva trabalha em um ângulo φ menor que 0, conforme apresentado abaixo. A potência consumida pelo sistema é a potência aparente, medida em volt- ampere [VA], a potência efetiva ativa em uma carga é a potência ativa, medida em Watts [W], e a potência reativa é referente as perdas existentes nos sistemas, esta medida em volt-ampere-reativo [VAr]. Assim, quando temos um fator de potência muito baixo, as perdas no sistema são elevadas, gerando muitas por parte das concessionárias, para com os consumidores. Analisando um motor que trabalha com potência ativa de 100 kW, em uma linha com tensão eficaz de 220V | 0º, se o motor possuir um fator de potência de 0,85. Temos que a corrente eficaz [A] é de: Assim, a potência aparente eficaz [VA] é de: A partir do desenvolvimento da correção a partir de u m banco de capacitores em paralelo, com um novo fator de potência de 0,92, a corrente eficaz [A] é de: Assim, a potência aparente eficaz [VA] é de: Neste caso é possível verificar que com a correção para 0,92, o fator de potência mais elevado faz com que a concessionária não precise fornecer energia além do necessário admitido por normatização. As cargas capacitivas puramente são representadas como reatâncias capacitivas, que estão a -90º. As cargas indutivas puramente são representadas como reatâncias indutivas, que estão a 90º. Como a correção ocorre a partir da aplicação de uma carga capacitiva em paralelo, conforme o apresentado abaixo: Temos que a reatância equivalente é dada pela relação em paralelo das reatâncias capacitiva e indutiva, conforme apresentado abaixo: Visto que o ângulo da carga equivalente define a tendência do sistema, indutiva ou capacitiva, e representa a perspectiva da energia consumida e utilizada, conforme exemplificado graficamente abaixo: CONCLUSÃO Em face dos desafios relacionados ao uso sustentável da energia elétrica, a correção do fator de potência assume um papel essencial. A aplicação de técnicas como o uso de capacitores para compensação da potência reativa capacitiva contribui não apenas para atender às exigências regulatórias da ANEEL, mas também para promover uma maior eficiência energética e reduzir os custos associados ao consumo excessivo de eletricidade. Assim, o investimento em soluções que visam melhorar o fator de potência não só beneficia os consumidores em termos econômicos, mas também representa um passo importante na direção de um uso mais consciente e sustentável dos recursos energéticos disponíveis. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 14724: informação e documentação: trabalhos acadêmicos: apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2011. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 5410: Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Rio de Janeiro: ABNT, 2004. BRANDÃO JR., A. F.; DIAS, E. M.; CARDOSO, J. R. Eletrotécnica Básica. São Paulo: Ciência e Tecnologia, 1980. CAVALIN, G.; CEVERLIN, S. Instalações elétricas prediais: conforme norma NBR 5410:2004. 21. ed. São Paulo: Érica. 2011. CREDER, H. Instalações elétricas. 15. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2007. FERRARA, A. A. P.; DIAS, E. M.; CARDOSO, J. R. Circuitos Elétricos I. Rio de Janeiro: Guanabara Dois, 1984. GUSSOW, M. Eletricidade Básica. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2009. IRWIN, J. D.; NELMS, R. M. Análise básica de circuitos para engenharia. 10. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2013. JOHNSON, J. R. Fundamentos de análise de circuitos elétricos. 4. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2014.