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ILFC
INSTITUTO LUCENA DE
FORMAÇÃO CONTINUADA
WWW.ILFC.COM.BR
APOSTILA DE ESTUDOS
Módulo II
Auxiliar de Necrópsia
Tanatologia Forense 
Traumatologia
Tipos e Técnicas de Necrópsia
NOME:
Copyright © 2017. 
Instituto Lucena de Formação Continuada TODOS OS DIREITOS RESERVADOS.
A reprodução ou edição não autorizada desta publicação, parcial ou integral, por qualquer 
forma, processo ou meio, incluindo qualquer armazenamento permanente ou temporário em 
outros sites, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9610/1998).
INSTITUTO 
LUCENA
DE FORMAÇÃO 
CONTINUADA
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contato@ilfc.com.br
/institutolfc WWW.ILFC.COM.BR
INFORMAÇÕES E CONTATOS
INSTITUTO LUCENA | CIÊNCIAS MORTUÁRIAS
INSTITUTO LUCENA
SUMÁRIO
Virtópsia ................................................................................................................................... 14
Odontologia Forense ................................................................................................................ 15
Tanatologia ............................................................................................................................... 16
Tanatologia Forense .................................................................................................................. 16
Tipos de Morte .......................................................................................................................... 17
Traumatologia Forense ............................................................................................................ 18
Classificação das lesões corporais ............................................................................................ 18
Tipos de Arma Branca ............................................................................................................... 19
Características dos ferimentos ..................................................................................................20
Tipos de lesões sem vazamento de Sangue ............................................................................. 21
Tipos de lesões com vazamento de Sangue............................................................................ 22
Características dos Homicídios e Suicídios .............................................................................. 22
Características do local do ferimento ........................................................................................ 23
Cronotanatognose ..................................................................................................................... 25
Fenômenos Pós-Morte .............................................................................................................. 25
Fenômenos Abióticos - Destrutivos ............................................................................................ 26
Fenômenos Abióticos - Conservadores .................................................................................... 28
Referências Bibliográficas .......................................................................................................... 30
Origens e História da Necrópsia ............................................................................................... 1
Nomes de Importância .............................................................................................................. 3
História da Necrópsia no Brasil ................................................................................................. 3
Curiosidades: O Cemitério dos Pretos Novos ............................................................................4
A Necrópsia ............................................................................................................................... 5
Exame no Cadáver ................................................................................................................... 6
Coleta de Materiais ................................................................................................................... 6
Aos Familiares .......................................................................................................................... 7
Tipos de Necrópsia ................................................................................................................... 8
Ética na Necrópsia .................................................................................................................... 9
Biossegurança na Necrópsia .................................................................................................... 9
 Biossegurança na Necrópsia: Material Radioativo ............................................................ 10
 Biossegurança na Necrópsia: Portadores de Marca-passos ............................................. 11
Técnicas de Necrópsia .............................................................................................................. 11
Cortes mais Utilizados ............................................................................................................... 13
Procedimentos de Necrópsia em: 
Fetos, Recém-nascidos e Lactantes ......................................................................................... 14
ATENÇÃO
ESTE MATERIAL CONTÉM 
IMAGENS FORTES PARA 
ILUSTRAR MELHOR O 
ENTENDIMENTO DO 
CONTEÚDO, EVITE A EXIBIÇÃO
PARA TERCEIROS.
ATENÇÃO
1
ORIGENS E HISTÓRIA DA MEDICINA LEGAL
A medicina legal, como a conhecemos hoje, é uma especialidade nova, historicamente falando, 
mas seus traços originários podem ser detectados desde a Antiguidade. Naquele período, ainda 
que esporadicamente, médicos eram convocados para esclarecer questões pertinentes ao que 
poderíamos chamar de esboço dos princípios e lógica médico-legais. Não era ainda medicina 
legal, como a concebemos hoje, mas a semente já estava ali. Os antigos egípcios, por exemplo, 
já dispunham de uma forma de medicina que poderíamos chamar legal, que era exercida pelos 
sacerdotes, os praticantes da medicina da época, que eram, consequentemente, os encarregados 
das perícias. Havia já uma utilização legal dos conhecimentos médicos, e a lei egípcia, por 
exemplo, protegia as mulheres grávidas e punia os crimes sexuais. É só a partir da Idade Média 
que poderemos estabelecer uma abordagem cronológica da medicina legal, que podemos estender 
até os seus primeiros passos no Brasil:
 § 1209 - O papa Inocêncio III decreta que os médicos deveriam visitar os feridos que estivessem 
 à disposição dos tribunais; 
 § 1234 - O papa Gregório IX exigia que os médicos dessem seu parecer no diagnóstico de lesões 
 observadas que considerassem mortais. Declarava 8 Paulo Roberto Silveira nulos casamentos nos 
 quais, comprovadamente, não se consumara conjunção carnal, o que era atestado pelo fato da 
 mulher permanecer virgem;
§ 1521 - Morto sob suspeita de envenenamento, o papa Leão XIII teve o corpo submetido a uma 
necropsia; 
§ 1525 - Surge na Itália, o Editto della gran carta della Vicaria de Napoli, que exige o parecer dos 
peritos profissionais antes da decisão dos juízes; 
§ 1575 - Ambroise Paré escreve sua obra denominada Tratado dos Relatórios, que aborda temas 
da medicina legal, tais como asfixias, feridas, embalsamamentos, e virgindade, dentre outros; 
§ 1641- É publicada a obra Questões Médicas Legais, em 3 volumes, de autoria do médico e perito 
Paulo Zachias. O trabalho, considerado um marco da medicina legal, engloba sexologia, psiquiatria, 
morte, alegados milagres, etc; 9 Fundamentos da Medicina Legal.
§ 1814 - Vem a público Impugnação Analítica ao Exame Feito Pelos Clínicos Antônio Pedro de 
Souza e Manoel Quintão da Silva em Uma Rapariga que Julgaram Santa, do médico mineiro 
Antonio Gonçalves Gomide, primeira publicação, no Brasil, sobre medicina legal; 
§ 1832 - As faculdades de medicina do Rio de Janeiro e da Bahia instituem a cadeirade medicina 
legal; 
§ 1835 - É publicada, no Diário da Saúde, a autópsia do Senhor Regente Bráulio Muniz, pelo 
Dr. Hércules Octávio Muzzi, cirurgião da família imperial brasileira. Esta foi a primeira 
necrópsia médico-legal publicada no Brasil; 
§ 1928 - O Decreto n° 5,515, de 13 de agosto de 1928 devolve às autoridades policiais 
a competência para a instrução criminal dos processos; o Instituto Médico Legal 
passa, então, a integrar o Departamento Federal de Segurança Pública; 
2
Uma outra abordagem cronológica da medicina legal brasileira é a de Oscar Freire que a 
divide em 3 fases: 
| A primeira, chamada fase estrangeira, vai até 1877. Trata-se de um período em que a maioria 
dos trabalhos feitos no Brasil são de pequena importância, normalmente traduções de textos 
estrangeiros. A exceção aí é a toxicologia, de grande interesse médico-legal na época. Diversos
trabalhos de Francisco Ferreira de Abreu, Barão de Petrópolis, professor da Faculdade de 
Medicina do Rio de Janeiro entre 1855 e 1877, foram então publicados, com destaque para uma 
abordagem da redução da matéria orgânica, ainda hoje atual em seus fundamentos para a 
pesquisa dos venenos metálicos.
| A posse de Agostinho José de Souza Lima, na cátedra de medicina legal da Faculdade de 
Medicina do Rio de Janeiro, sucedendo Ferreira de Abreu, abre a segunda fase. Segundo Oscar 
Freire, essa etapa foi o marco para a formação da medicina legal brasileira, com alguns 
acontecimentos particularmente importantes, dentre os quais pode-se destacar: 
a) é criado o ensino prático de medicina legal, com desenvolvimento da prática de 
laboratório, até então restrita à toxicologia;
b) também o primeiro curso prático de tanatologia forense é criado no 11 Fundamentos 
da Medicina Legal Brasil, em 1881, no necrotério da polícia da capital federal, apenas 
três anos depois da criação de um curso dessa natureza em Paris, por Brouardel; 
c) são publicados vários trabalhos em revistas científicas;
d) publicação de diversos livros especializados, dentre os quais o Tratado de Toxicologia 
Clínica e Química Toxicológica, e Tratado de Medicina Legal;
| Enfim, a terceira fase tem início na Bahia, com Raimundo Nina Rodrigues. Tendo entendido não 
serem as condições dos meios físico, psicológico e social do Brasil iguais às européias, fazia-se 
necessário colher-se e estudar-se em nosso país os elementos de laboratório e de clínica, para 
a solução dos nossos próprios problemas médico-legais. Baseado nesse paradigma, ele escreve 
As raças Humanas e a Responsabilidade Penal do Brasil. Nomes como Afrânio Peixoto, Oscar 
Freire Diógenes Sampaio, Alcântara Machado, Estácio de Lima, Leonídio Ribeiro e Artur Ramos 
participam ativamente desse período tão importante.
( Autópsia 1890 - Enrique Simonet)
3
NOMES DE IMPORTÂNCIA NA MEDICINA LEGAL
 § França - Orfila, Devergie, Tardieu, Legrand du Saule, Foderé, Brouardel, Thoinot, Lacassagne, 
 Balthazard; 
 § Itália - Puccinotti, Lombroso, Zino, Dlippi, Severi, Tamassia, Carrara, Ottlenghi; 
 § Alemanha - Casper, Liman, Strassman;
 § Austrália - Hofimann, Haberda;
 § Romênia - Minovici;
 § Espanha - Lecha Marzo Mata, Maestre; 
 § Rússia - Bokarius;
HISTÓRIA DA NECRÓPSIA NO BRASIL
O primeiro Necrotério no Brasil foi criado em 1856 no estado do Rio de Janeiro no depósito de 
mortos de Gamboa, que era utilizado para guardar os cadáveres de escravos, indigentes e 
presidiários.
A história da medicina legal brasileira teve origem com a importância e necessidade da aplicação 
da medicina na justiça, auxiliando as ciências jurídicas, inclusive à elaboração de leis.
Na época colonial, a medicina legal no Brasil foi decisivamente influenciada pelos franceses e, 
em menor escala, pelos italianos e alemães, sendo mínima quase nula, a participação portuguesa.
Nos séculos XVII e XIX, os físicos e cirurgiões, convocados pela justiça ou pelo capitão general 
ou pelo presidente da província (subdivisão de um império), realizavam perícias médico-legais, 
exame de corpo de delito, redigiam laudos (atestavam), e acompanhavam os castigos de açoites 
(...) para verificar se o estado do condenado permitia continuar a vergastada (chibatadas).
Os primeiros registros médico-legais documentados no Brasil ocorreram no fim do período colonial 
no estado de Minas Gerais em 1814, quando consideravam “santa” uma mulher veio à óbito mas 
outros sabiam que se tratava de uma “rapariga”.
Porém, afirmativamente documentado e relatado publicamente, a primeira Necrópsia médico-legal 
realizada no Brasil e por um brasileiro, ocorreu em 1835 por Hércules Otávio Muzzi, cirurgião da 
família imperial brasileira, que publicou a Necropsia do Exmo. – (Excelentíssimo - altas da 
hierarquia sócial) Srº Regente João Braulio Moniz, feita em 21 de setembro, numa segunda-feira, 
22 horas depois de sua morte.
Em 1947 começam a aparecer as primeiras especializações dos médicos-legistas. O conselheiro 
José Martins da Cruz Jobim, do Rio de Janeiro, foi o primeiro professor de medicina legal. 
Porém, mesmo com a criação da cadeia de medicina legal nas faculdades de medicina, na 
ausência de peritos formados, as perícias eram realizadas por pessoas nomeadas segundo 
a preferência das autoridades.
4
CURIOSIDADES
O Cemitério dos
Pretos Novos
Na região do Valongo também havia um cemitério.
Ou, o que podemos chamar de «depósito de 
cadáveres», numa definição mais condizente com 
a realidade da época. O local utilizado como
despejo dos escravos que ali chegavam muito
doentes, quase mortos. O Cemitério dos
Pretos Novos funcionou de 1774 a 1830, quando
foi fechado após inúmeras reclamações dos
moradores.
Considerado o maior cemitério de escravos das 
Américas, estima-se que tenham sido enterrados 
de 20 a 30 mil pessoas, embora nos registros 
oficiais esses números sejam menores, 6.122 entre
1824 e 1830. Seus corpos foram jogados em valas 
e queimados. A área servia também como depósito 
de lixo, o que revela o tratamento indigno aos 
africanos escravizados. Além de ossos humanos, 
havia também pertences dos pretos novos, como 
restos de alimentos e objetos de uso cotidiano 
descartados pela população. A análise do sítio 
constatou que a maior parte dos ossos pertence a 
crianças e adolescentes. Hoje a casa funciona 
como centro cultural para o resgate da história da 
cultura africana e oferece cursos e oficinas, além 
de uma biblioteca sobre a temática negra.
5
A NECRÓPSIA
A Necrópsia tem a finalidade de esclarecer a causa morte tanto do ponto de vista médico quanto 
do ponto de vista jurídico.
A Necrópsia consiste no Exame Interno e Externo do Cadáver, realizado com o objetivo de definir 
a causa da morte em vários aspectos: jurídico, prestação de esclarecimentos à família, pública, 
social, clínica, científica, médica e patológica.
O médico legista, o patologista e o técnico ou auxiliar de necrópsia devem ser sempre muito 
cuidadosos para não mutilar o corpo, respeitando-o e considerando o trauma que a necrópsia 
representa para os familiares.
Finalidades da Necrópsias além da Médico-Legal: Necrópsias - 
SVO (Serviço de Verificação de Óbito)
§ Controle de qualidade do diagnóstico e do tratamento por parte da equipe que o atendeu 
quando paciente, visando identificar possíveis erros buscando sua correção, impedindo 
que ocorram novamente;
§ Material para ensino dos residentes, alunos e professores. Correlação clínico-patológica 
realizada durante todas as etapas da Necropsia, é um exercício, que traz um aperfeiçoamento 
crescente em todas as áreas da patologia;
§ Reconhecimento do efeito de tratamentos na evolução das doenças;
§ Esclarecimento de casos sem diagnósticos clínicos firmados;
§ Negligência médica e controle de qualidade do diagnóstico e do tratamento ao paciente;
§ Fonte de informação para a Secretaria da Saúde criando estatísticas sanitárias;
§ Fornecer peças anatômicas com a finalidade clínico-patológica;
§ Descoberta de novas doenças ou avanço de doenças existentes, porém não identificadas
em vida mesmocom todos os exames feitos corretamente;
§ Padrões de lesão;
6
IMPORTANTE:
EM UM RELATÓRIO NECROSCÓPICO DEVE CONTER:
▪ Informações Pessoais;
▪ Informações Físicas “Internas e Externas”;
 ▪ Informações Auxiliares (Patológicas);
 ▪ Discussão e Conclusão.
EXAMES NO CADÁVER:
▪ Exame Externo: Inspeção de todo o corpo em busca de sinais que contribuam na causa 
morte, como orifícios de projéteis, perfurações por arma branca ou outros objetos, 
escoriações, fraturas, equimose, etc. 
▪ Exame Interno: Técnicas de Necrópsia e exames médico-legal e patológico;
COLETA DE MATERIAIS PARA EXAME:
▪ Citológico;
▪ Histopatológico;
▪ Virológico;
▪ Bacteriológico;
VOCÊ
SABIA?
A história clínica do “cadáver” 
é grande contribuinte na 
descoberta da causa da morte.
7
AOS FAMILIARES:
Conhecimento quanto aos esclarecimentos a serem prestados.
Em casos de óbito na residência, hospital ou pronto socorro, sem que haja Assistência Médica 
que possa “atestar” o óbito, um parente de primeiro grau deverá se dirigir ao Distrito Policial mais 
próximo para registrar o Boletim de Ocorrência. Se não houver suspeita de morte violenta, o 
Delegado solicitará a viatura do serviço funerário para transporte do corpo ao Serviço de 
Verificação de Óbitos (SVO) para fins de esclarecimentos da causa morte. A Necrópsia SVO é 
realizada com a finalidade de esclarecer a causa da morte nos casos de moléstia mal definida 
ou sem assistência médica, portanto, sem indícios de crime.
O tempo médico para liberação do corpo é de aproximadamente 4 horas após a reclamação do 
corpo, devendo esta, ser realizada por um familiar de primeiro grau, e este deverá permanecer 
no local a fim de reconhecer o corpo quando liberado.
Em casos em que o corpo demora a ser reclamado, é importante que os familiares e ente queridos 
entendam que independente do tempo do óbito, todo e qualquer procedimento a ser realizado 
referente ao corpo, só será iniciado após a presença do familiar responsável.
Quando um corpo não é reclamado “reconhecido por um familiar 
de primeiro grau”, mesmo que terceiros como, testemunhas, 
amigos e/ou vizinhos o reconheçam, este reconhecimento 
não confere legalidade para fins de emissão da declaração 
de óbito. 
Sem a identificação civil do cadáver, inexiste a possibilidade de realizar o registro do óbito no 
Cartório de Registro Civil, ocorrendo portanto, a negativa da Certidão de Óbito para sepultamento 
e outros fins. Sendo assim, os corpos não reconhecidos ou reclamados dentro de 30 trinta dias, 
tornam-se de responsabilidade pública ficando disponibilizados para estudos e pesquisas 
científicas.
Importante ressaltar que o recolhimento e transporte dos corpos de residências, hospitais ou 
pronto socorros, caberão ao Serviço Funerário de Município do Estado e da Polícia Civil, 
porém, estes não possuem nenhum tipo de acordo “convênio” com Funerárias Municipais 
ou particulares, sendo então, de inteira responsabilidade dos familiares, parentes e 
amigos, todos os procedimentos de encargos, como a compra do caixão, ornamentação, 
funeral (velório) e sepultamento. 
8
TIPOS DE NECRÓPSIA
Anatomopatológica: Esta é aplicada com fins de descoberta de novas doenças ou evolução de 
uma doença já existente, como também estudar efeitos de medicamentos e tratamentos sob os 
quais foi submetido quando paciente. Esta tem como objetivo na causa morte, tanto a dar 
esclarecimentos aos familiares quanto esclarecimento médico (clínico e científico).
Clínica: Esta é aplicada com fins “educativos” e pesquisas clinicas. Esta é realizada em corpos 
doados pela família ou em corpos não reclamados, mediante autorização “legal” do Ministério da 
Justiça. 
Científica: Esta é aplicada exclusivamente para fins científicos de investigação patológica. 
Nestes casos, normalmente não haveria a necessidade de realizar a Necropsia, pois a morte já 
se dá por um determinado diagnóstico, mas, para estudarem melhor a doença, os médicos 
pedem a autorização da família para investigarem melhor sua causa e dar-lhes detalhes que 
exames não proporcionam.
Médico Legal: Esta é aplicada com fins “investigativos”, quando há qualquer indício de suspeita 
como suicídio, homicídio, entre outros, assim como também, o que ocorreu e quem a causou. 
Esta é Obrigatória.
LAUDO E AUTO
Laudo: Os laudos são relatórios escritos e elaborados com todos os elementos necessários para 
a elucidação médica do caso, confeccionados pelo médico-legista após a realização do exame 
pericial.
Auto: O Auto é definido por um tipo de relatório simples e imediato ditado pelo médico-legista ao 
escrivão.
Para locais onde não haja peritos oficiais, 
a lei prevê que o exame seja realizado 
por duas pessoas idôneas, porém, 
portadoras de diploma de curso 
superior, de preferência em áreas 
relacionadas e entre as que tiverem 
habilitação técnica.
NA AUSÊNCIA DO MÉDICO LEGISTA:
9
ÉTICA NA NECRÓPSIA
Orientações relacionadas a conduta dos profissionais:
▪ Evitar conclusões intuitivas e precipitadas;
▪ Falar só o necessário e com seriedade;
▪ Agir com modéstia e sem vaidade;
▪ Manter o sigilo exigido;
▪ Ser livre para agir com isenção;
▪ Não permitir a intromissão de terceiros;
▪ Atentar-se contra palpites controversos, chantagens e subornos;
▪ Ser honesto e boa conduta também na vida pessoal;
A finalidade da perícia da necropsia médico-legal assim como em qualquer outra perícia, é produzir 
PROVAS, que irá auxiliar na convicção do juiz quanto a decisão a ser tomada, obedecendo sempre 
aos conceitos éticos, morais e legais. Assim, a necrópsia tem a faculdade de contribuir para a 
revelação da existência ou não de um fato contraditório ao direito.
Seguindo os preceitos éticos e morais, com respaldo legal, todos esses profissionais certamente 
vão assegurar um bom trabalho e evitar problemas, visto que uma sociedade sem valores legais 
e éticos não conseguiria subsistir.
BIOSSEGURANÇA NA NECRÓPSIA
Deve-se sempre usar os EPI independente do diagnóstico ou estado aparente do cadáver. Tanto 
para a própria proteção de quem está manipulando o corpo quanto para proteger os demais 
setores. Estes devem ser retirados e transportados adequadamente para sua higienização ou 
descarte. Após isso, antes de deixar a sala, realizar a higienização correta das mãos (com água 
corrente e sabão ou detergente e sempre secá-las em papel toalha, nunca em tecidos).
Mesmo com a utilização correta dos EPI, todos devem ter muito cuidado na manipulação e 
descarte de materiais perfuro cortantes.
Em casos de acidentes, o profissional acidentado deve urgentemente lavar o local atingido 
com água corrente em abundância e sabão ou detergente, e em seguida fazer a utilização 
de álcool 70% para a desinfecção da pele.
10
BIOSSEGURANÇA EM NECRÓPSIAS DE 
CADÁVERES CONTAMINADOS POR 
MATERIAL RADIOATIVO
Além dos EPI e cuidados anteriormente mencionados, 
deve-se incluir os ERP (Equipamentos de Rádio Proteção), 
como por exemplo, o avental de chumbo, protetor de tireóide, 
entre outros.
No Brasil, a CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear) e a 
ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) são complementares 
na regulamentação das práticas relacionadas com o manuseio de substâncias 
marcadas com radioisótopos (átomos de elemento químico radioativo). Essas 
regras são fundamentadas nas recomendações de órgãos internacionais, como a Internacional 
Commission on Radioligical Protection e a Internacional Atomic Energy Agency.
Sendo assim, os cadáveres, vítimas de acidentes com material radioativo terão de ser primeiramente 
monitorados pela CNEN para que seja verificado e informado ao serviço de Necrópsia quanto ao risco 
(se há risco e em que grau) para serem tomadas as devidas precauções.
Portanto, nos necrotérios onde ocorre a manipulação de material radioativo, o uso de EPI e ERP 
é indispensável. É preciso seguir sempre as normas de Biossegurança, assim a prevenção é em 
pró a todos, tanto ao responsável pela manipulaçãodo corpo e equipamentos contaminados, 
quanto do ambiente e colegas de trabalho, e também da população.
As salas de exame Necroscópico para esse tipo de cadáver devem ser exclusivas, ter entrada 
independente, ser restritas somente aos envolvidos no serviço, e conter sinalização apropriada, 
como o símbolo internacional de radioatividade.
Após concluída a perícia, o local deverá ser descontaminado por pessoal especializado do CNEN, 
e todo o material utilizado deverá ser recolhido e encaminhado para a higienização ou descartado 
seguramente.
BIOSSEGURANÇA EM NECRÓPSIAS DE CADÁVARES SUBMETIDOS EM VIDA, 
À TRATAMENTO RADIOTERÁPICO
A Radioterapia é um tratamento realizado para tumores, cânceres e outras doenças 
malignas. Os tipos principais de Radioterapia são:
▪ Teleterapia ou Terapia à Distância: Utiliza uma fonte de radiação externa com 
isótopos radioativos (átomo de elemento químico). Nas necrópsias de 
cadáveres submetidos à Teleterapia, os procedimentos quanto a 
Biossegurança aplica-se ao uso dos EPI’s e ERP;
11
▪ Braquiterapia: Tratamento através de isótopos radioativos inseridos nos tecidos “alvo” 
(dentro do corpo do paciente), onde a radiação é administrada. Nas necrópsias de cadáveres 
submetidos à Braquiterapia, os procedimentos quanto a Biossegurança deverão ser os 
mesmos aplicados nas necrópsias de cadáveres contaminados com material radioativo;
BIOSSEGURANÇA EM NECRÓPSIAS DE CADÁVERES PORTADORES DE MARCA-PASSOS
Os Marca-Passos são próteses eletroeletrônicas, impulsionadas por energia proveniente de um 
acumulador eletrônico (bateria), com a finalidade de reestabelecer artificialmente a fisiologia 
cardíaca, instalados em geral, na cavidade torácica. Existem também Marca-Passos utilizados 
para reestabelecer os impulsos elétricos cerebrais, indicados na doença de Parkinson.
Nesses casos não há recomendações especiais além do descarte correto do equipamento, pois 
devido sua função possuem metais pesados, e por isso, possuem número de série específico 
para o controle de manutenção e de recolhimento, visando a proteção da população e meio 
ambiente.
TÉCNICAS DE NECRÓPSIA
Rudolf Virchow padronizou a técnica de necrópsia, cuja base é utilizada 
até os dias atuais. Esta consiste na abertura do tórax e abdomem é a 
padrão (biacrômio esterno pubiana) e a do crânio, também (bimastóidea 
vertical). Em sua técnica os órgãos são retirados um a um, são pesados 
e examinados separadamente, e após examinados são colocados 
novamente dentro do cadáver, normalmente na cavidade abdominal. 
Em sua trajetória realizou várias conquistas, entre elas, além de médico, 
foi antropologista (estudo aprofundado do ser humano), médico e político, 
e é considerado o “pai da patologia moderna e da medicina social”. 
Técnica de Virchow
Foi o primeiro a publicar um trabalho científico sobre leucemia, onde a relata como 
uma degeneração molecular e estrutural da célula. Liderou pessoalmente o primeiro 
hospital móvel para atender os soldados em Guerra. Também se envolveu em 
atividades sociais, como saneamento básico, arquitetura de construção 
hospitalar, e melhoramento de técnicas de inspeções e higiene. 
Rudolf Virchow
12
Sua técnica consiste na evisceração (retirada das vísceras do cadáver) 
através de um único bloco (monobloco). Era um médico especialista 
em patologia e também professor. Criou a primeira biblioteca de 
patologia para si e para colegas da área.
Técnica de Lettule
Maurice lettule
ANTON GHON
Técnica de Ghon
Primeiro Monobloco: é representado pelos órgãos torácicos e 
cervicais (pulmões, coração, laringe, traquéia, esôfago, grandes 
vasos e estruturas mediastinais). 
Mediastino: região torácica dividida em duas partes, limitada 
lateralmente pelos pulmões, à frente pelo esterno, embaixo pelo diafragma e atrás pela 
coluna vertebral.
Segundo Monobloco: é representado pelo (fígado, vesícula biliar, estômago, segmentos 
de esôfago, duodeno, baço e pâncreas);
Terceiro Monobloco: Composto pelo sistema uro-genital (rins, ureteres, bexiga, 
próstata e vesículas seminais / útero, trompas e ovários), reto e supra-renais;
Era médico patologista, professor e investigador de doenças bacterianas 
e de caráter infeccioso. Sua técnica consiste na evisceração de quatro 
monoblocos de órgãos anatomicamente e/ou funcionalmente 
relacionados:
13
Quarto Monobloco: é representado pelo (segmento terminal do duodeno, jejuno, íleo e 
cólon). Deve ser o primeiro monobloco a ser retirado e examinado após a abertura das 
cavidades abdominal e torácica, uma vez que o trato gastrointestinal autolisa muito 
rapidamente.
Técnica de Rokitansky
Carl estabeleceu as bases estruturais das doenças com sua técnica 
necroscópica com o estudo sistemático de cada órgão “in situ”, ou 
seja, dentro do corpo. Sua técnica consiste em examinar os órgãos 
um a um dentro do corpo, retirá-los também um a um, pesá-los e 
retorná-lo ao corpo. Jovem e professor, ele reconhecia que a anatomia 
patológica poderia ser de grande valia para o trabalho clínico no 
hospital, podendo oferecer novos diagnósticos terapêuticos e 
possibilidades para o laudo médico. Com isso, Rokitansky lançou uma 
verdadeira revolução científica, e mediante seu progresso, criou a 
mais moderna escola de medicina cientificamente orientada, em Viena - Austria. Desta forma, 
associada à especialização da medicina e com o desenvolvimento de novas disciplinas, sua 
escola foi reconhecida mundialmente. Devido suas descobertas, seu nome está associado a 
várias doenças.
Carl Rokitansky 
CORTES MAIS UTILIZADOS:
CORONAL
SAGITAL BIACROMIO 
PUBIANO
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PROCEDIMENTOS DE NECRÓPSIAS EM:
FETOS, RECÉM-NASCIDOS E LACTANTES
Embrião: é uma estrutura originária da fertilização de um óvulo por um espermatozóide. Durante 
a primeira e a segunda semana de gestação, o espermatozóide é denominado zigoto, e após 
esse período, já em estágio intra uterino, em função da divisão das células, é então denominado 
embrião. O estágio embrionário ocorre até a oitava semana de gestação.
Feto: é o estágio de desenvolvimento embrionário intra uterino que se inicia após a oitava semana 
de gestação, quando já se observam os braços, as pernas, os olhos, o nariz e a boca, e vai até o 
fim da gestação.
Recém-nascido: é a denominação clínica dada à criança desde o nascimento até o 28º dia de vida.
Lactante (Aleitamento): é a denominação clínica dada à criança à partir do 28º dia de vida até 
completar 2 anos de idade.
A técnica de necrópsia nestes casos é similar à empregada em 
indivíduos adultos, porém com algumas variações, como:
• Instrumentos apropriados: devido tecidos e órgãos minúsculos, 
são necessários, instrumentos compatíveis para uma análise precisa 
e meticulosa;
• Conhecimento especializado em Patologia Pediátrica: Aspecto 
macroscópico “normal” de estruturas anatômicas podem sem 
confundidos com distúrbios ou lesões.
VIRTÓPSIA
É a denominação usada para se referir à Necrópsia Virtual no qual não há necessidade de abrir 
o cadáver.
É uma técnica avançada de diagnóstico por imagem em substituição à técnica “tradicional”. 
Utiliza, sobretudo, a Tomografia Computadorizada e a Ressonância Magnética. 
A Virtópsia substitui ou completa a Necrópsia 
tradicional. Ainda é bastante discutida. 
Acredita-se que o seu método tenha função 
“auxiliar” e não “substituta”. No entanto, devido 
a falta de necessidade de violação do cadáver 
examinado, é uma grande aliada no que diz 
respeito à não aceitação dos familiares ou por 
motivos religiosos.
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ODONTOLOGIA FORENSE
A Odontologia Forense apresenta papel determinante no campo da identificação de cadáveres, 
pois nos deparamos com diversos casos em que a as digitais estão prejudicadas pela causa da 
morte ou pelo estágio de decomposição.
Até mesmo em corpos carbonizados, os dentes são poderosa arma no estabelecimento da 
identidade, pois resistem fortemente o calor não só devido a sua própria resistência, mas 
também por estarem protegidos pelos lábios,pela língua e principalmente pelos músculos 
da face.
Mesmo com o advento do exame de DNA, a identificação pelas arcadas permanece como 
importante método no estabelecimento da identidade, por se tratar de um exame preciso, rápido 
e menos oneroso. 
Para que o perito Odonto-Legista possa executar suas funções com qualidade e precisão, é 
necessário que se estabeleça um acesso favorável à cavidade bucal e estruturas.
Para o exame das arcadas no próprio corpo, o 
método de abertura bucal é realizado com a 
própria mão ou com o auxílio de uma alavanca 
caso esteja com muito rigor mortis (rigidez 
cadavérica). Feito isso, deve-se utilizar uma 
espécie de bloco entre as arcadas afim de 
mantê-las abertas e possibilitar o exame.
É importante ressaltar que raramente o exame odonto-legal será realizado no próprio corpo, pois 
desta maneira, o acesso à cavidade bucal entre outras estruturas é dificultoso.
Deste modo, para um exame minucioso e preciso, deve-se proceder à retirada dos arcos maxilar 
e mandibular obtendo assim acesso completo, possibilitando inclusive exames radiográficos 
caso necessário.
IMPORTANTE:
Para que a identificação por meio 
das arcadas possa ser realizada, 
é necessário que o perito tenha 
acesso ao prontuário odontológico 
da vítima contendo todos os 
registros orais do paciente.
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TANATOLOGIA
Definição: Morte, em definição simples, é a cessação da vida. É a cessação permanente das 
grandes funções, assim compreendidas as funções circulatória, respiratória e, modernamente, 
com o advento dos transplantes, a função cerebral. 
Tanatologia é o estudo da morte.
É o estudo Científico da morte. Investiga seu mecanismo e aspectos intrínsecos e extrínsecos, 
inclusive aspectos forenses. Sua função é desvendar a causa da morte e o que a motivou.
· Causa da Morte: natural, patológica, acidental, homicídio ou suicídio;
· O que a Motivou: fatalidade, negligência médica, vingança, ciúmes, depressão, latrocínio;
A tanatologia se divide em: 
 Tanatognose: que estuda o diagnóstico da realidade da morte; 
Cronotanatognose: que estuda a determinação da hora ou data da morte. A dificuldade e a 
complexidade de se diagnosticar a morte vem do fato de ela não ser um momento, um 
instante, mas sim um processo gradual e mais ou menos demorado, morrendo primeiro os 
tecidos mais diferenciados, que têm mais necessidade de oxigênio. Os avanços das técnicas 
de ressuscitação mostram, a cada dia, que a ausência de batimentos cardíacos, pressão 
sistólica e movimentos respiratórios espontâneos não indicam necessariamente a cessação 
da vida; 
TANATOLOGIA FORENSE
É o ramo das Ciências Forenses que partindo do exame do local, informações circunstanciais e 
exame necroscópico, procura estabelecer:
§ A Identificação do Cadáver;
§ O Mecanismo da Morte (como ocorreu);
§ A Motivação da Morte (o que a motivou);
§ A Causa da Morte (porque ocorreu);
§ Diagnóstico Ocasional (acidente, suicídio, homicídio, negligência médica, 
patológica ou causa natural).
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Apesar da experiência dos médicos legistas e auxiliares de necrópsia, 
nem sempre é possível determinar a causa da morte, sendo esta, 
diagnosticadas como morte por causa indeterminada. E em alguns 
casos, mesmo que seja determinada a causa da morte, nem 
sempre é possível diagnosticá-la entre (acidente, suicídio ou homicídio).
Infelizmente, isso acontece com uma certa frequência devido a falta de 
informação adequada, seja esta (policial, social, clínica ou necroscópica), como 
por exemplo, exame inadequado do local, circunstâncias em que ocorreu, 
situação clínica ou exame necroscópico.
TIPOS DE MORTE
Morte Natural: estado mórbido (doença) ou perturbação congênita (displasia – 
malformação, deformação);
Morte Encefálica: é quando os sinais vitais estão presentes (pulso, sangue, respiração), 
mas nenhuma atividade cerebral que se manifesta;
Morte Cortical: é quando o paciente segue respirando, porém sem consciência;
Morte Aparente: é a regressão dos sinais vitais;
Morte Anatômica: é a morte do organismo como um todo;
Morte Relativa: é parada das funções nervosas, respiratórias e circulatórias, mas, 
reversível por manobras específicas;
Morte Intermediária: é o reaparecimento de alguns sinais vitais após manobras de 
ressuscitação, podendo haver vida artificial por algum tempo;
Morte Real ou Absoluta: é a morte definitiva (ausência permanente de todas as 
atividades biológicas);
Morte do Lactante: é a morte de crianças de 1 a 24 meses de vida;
Morte Suspeita: morte súbita, agônica, violenta ou acidente;
Morte Súbita: é a morte de uma pessoa consideravelmente saudável, tornando-se, 
portanto, morte suspeita. A necrópsia é então realizada a fim de confirmar se foi 
criminosa ou não.
Morte Violenta: acidente, suicídio, homicídio, infanticídio e aborto;
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ORDEM DAS MORTES (QUANDO HÁ MAIS DE UMA VÍTIMA)
COMORIÊNCIA: Óbito Simultâneo (de duas ou mais pessoas) de partícipes no mesmo evento;
PRIMORIÊNCIA: É a constatação da ordem das mortes comorientes;
SOBREVIVÊNCIA: É o período decorrente entre a lesão ou trauma e a morte;
TRAUMATOLOGIA FORENSE
A Traumatologia Forense estuda os aspectos médico-jurídicos das lesões causadas por 
agentes lesivos.
Trauma é o resultado da ação de um agente lesivo junto à 
uma energia (mecânica, física, entre outras) capaz de 
produzir a lesão.
É o ramo da medicina legal que estuda as lesões corporais resultantes de traumatismos de ordem 
física ou psicológica e seus agentes causadores. Este reconhecimento é feito através do corpo 
de delito (exame pericial realizado na vítima e no local do crime).
Ao contrário do que muitos pensam, o exame de corpo de delito não é relacionado apenas à 
vítima, mas também em todo o local da ocorrência e instrumentos utilizados para a prática do 
delito, pois esses se tornam meios de prova no processo penal. Neste exame deve constar todas 
as informações de forma sucinta (curta e objetiva) – e deve ser requerido por autoridade 
legalmente competente e dirigido à um Médico Legista.
A Traumatologia Médico Legal estuda as lesões e estados patológicos (imediatos ou tardios). É 
um dos capítulos mais amplos da Medicina Legal e constitui em média 60% das perícias, sendo 
em maior parte, por causas penais e trabalhistas. Neste exame deve constar todas as informações 
de forma sucinta (curta e objetiva) – e deve ser requerido por autoridade legalmente competente 
e dirigido à um Médico Legista.
CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES CORPORAIS:
Leve ofensa à integridade corporal ou à saúde. É responsável por 80% das lesões 
corporais, caracterizadas por equimoses, escoriações e feridas contusas;
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Grave: lesões que levam à incapacidade para ocupações habituais por mais de 30 (trinta) 
dias, não necessariamente relacionadas ao trabalho, mas sim rotineiras (de qualquer 
espécie). A perícia deve ser realizada o quanto antes após a lesão, e repetida antes de 30 
(trinta) dias para a possível constatação da necessidade de um período maior. A vítima só é 
considerada novamente capaz de retornar sua rotina quando não há risco de agravamento 
da lesão;
Gravissímas: lesões que levam a vítima à incapacidade permanente ou que mesmo havendo 
cura, esta se dê à longo prazo;
TIPOS DE ARMA BRANCA
Arma Branca é qualquer instrumento lesivo manejado com a mão atuando sobre o corpo, 
podendo ser: faca, canivete, navalha, espada, punhal, tesoura, chaves de fenda, entre 
outras.
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CARACTERÍSTICAS DOS FERIMENTOS
§ Perfurantes: causam ferimentos com profundidade maior 
do que sua extensão superficial, somente o furo se estende 
(armas com a mesma espessura na ponta e no comprimento)
sem a capacidade de cortar;
§ Cortantes: causam ferimentos com extensão superficial 
igualmente à profundidade (armas com corte unilateral) 
atuam por pressão e deslizamento;
§ Perfurocortantes: causam ferimentos com extensão 
superficial maior do que sua profundidade (armas com 
a ponta mais fina que o comprimento);
§ Contundentes/ Contusas:causam edemas traumáticos, 
bossas sanguíneas, hematomas, equimoses, escoriações 
(arma de saliência não perfurante nem cortante e de 
superfície dura, que se choca com violência 
contra o corpo);
§ Perfurocontundentes/ Perfurocontusas: as características 
das lesões são relativas, dependendo dos tecidos 
atingido (arma sem extremidades perfurantes ou cortantes, 
como por exemplo, uma bala, uma barra de ferro, 
entre outros) atuam por meio de pressão, 
força, velocidade;
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TIPOS DE LESÕES EM QUE HÁ RUPTURA DE VASOS, PORÉM, SEM 
VASAMENTO DE SANGUE:
Edema Traumático: é o aumento de volume cutâneo (inchaço) no local 
lesionado devido ao extravasamento de líquido (plasma);
Bossa Sanguínea: é o extravasamento de sangue delimitado por estruturas 
impermeáveis, como por exemplo, o osso; sendo, portanto, comum no couro 
cabeludo e perna, formando o popular “galo” (saliência, protuberância);
Hematoma: é a extravasamento de sangue de vasos sanguíneos volumosos, 
de médio ou grosso calibre, que se acumula em um órgão ou tecido após 
uma hemorragia;
Equimose ou Sugilação: é o extravasamento de sangue dos capilares, 
que se infiltra e coagula no tecido subcutâneo. Nessa situação, ocorre 
uma degradação de cores na seguinte ordem: vermelha, roxa, verde e 
amarela;
Petéquias (Cabaça de Alfinete): são causadas por esforços severos, 
como por exemplo, acesso brusco de tosse, vômito, choro intenso, 
resultando em petéquias faciais, ou sinalizando trombocitopenia (baixa 
contagem de plaquetas), ocasionada por exemplo, pelo vírus Dengue. 
A baixa contagem de plaquetas pode ser também sinal de doenças, 
infecções, ou efeito colateral de medicações;
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TIPOS DE LESÕES EM QUE HÁ VASAMENTO DE SANGUE :
▪ ESGORJAMENTO: Lesão frontal ou lateral no 
pescoço (na região da garganta) de profundidade 
variável, onde a morte se dá por meio de 
hemorragia e asfixia;
▪ DEGOLAMENTO: Lesão na parte posterior do 
pescoço (nuca) produzida por instrumento 
cortante, onde a morte se dá por meio de 
Hemorragia devido ao fato de atingir vasos 
calibrosos, ou pela secção da medula;
▪ DECAPTAÇÃO: Cabeça separada do tronco;
CARACTERÍSTICAS DE SUICÍDIO OU HOMICÍDIO CAUSADOS POR ARMA BRANCA 
HOMICÍDIO:
▪ Golpes múltiplos e agressivos;
▪ Lesões de defesa;
▪ Roupas não afastadas do corpo.
SUICÍDIO:
▪ Lesões onde a vítima pode alcançar;
▪ Lesões de hesitação;
▪ Roupas afastadas do corpo.
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CARACTERÍSTICAS DO LOCAL DO FERIMENTO - EXAME
▪ Orifício: local atingido;
▪ Orla de Contusão: região da pele situada em torno do orifício (lesão);
▪ Zona de Limpeza ou Enxugo: zona onde se depositam os elementos da nuvem de resíduos 
 transportados pelo projétil ou objeto;
▪ Penetração: quais tipos de tecidos e estruturas foram rompidos ou destruídas na passagem do 
 projétil ou objeto;
▪ Cavidade Temporária: é a expansão da cavidade formada pela passagem do projétil ou objeto;
▪ Cavidade Permanente: é o de espaço que era ocupado por tecido, porém foi destruído pela 
 passagem do projétil ou objeto sem possibilidade de regeneração tornando-se permanece após 
 atingido;
▪ Área de Depósito de Fumo: vestígios de pólvora (relacionado somente a armas de fogo) são 
 coletados e examinados para descobrir, por exemplo, que tipo de arma foi utilizado, a distância 
 do disparo, ângulo do disparo);
▪ Fragmentação: pedaços de projétil, objetos ou fragmentos secundários de ossos que são 
 impelidos além da cavidade permanente e podem cortar tecido muscular, vasos, etc.
MORTAS POR ASFIXIA
São aquelas causadas devido à falta de oxigênio no organismo, sem o uso de arma branca 
ou agressões; 
SUBMERSÃO
É a interrupção do ar nos pulmões por meio de 
líquido;
ENFORCAMENTO
Se dá com a suspensão completa ou incompleta do corpo, cuja a força 
atuante é o próprio peso da vítima, por meio de um laço que constringe 
o pescoço;
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ESTRANGULAMENTO
Assim como o enforcamento, é causado por meio de 
um laço que constringe o pescoço, portanto, sem a 
suspensão do corpo, onde a força atuante é a de uma 
segunda pessoa;
ESGANADURA
É a asfixia por meio das mãos;
SUFOCAMENTO
É a asfixia sem constrição do pescoço, causada, por 
exemplo por:
· Oclusão da boca e fossas nasais por meio das mãos, fita adesiva, 
 saco plástico;
· Entrada de corpos estranhos nas vias aéreas, podendo ser o próprio 
 bolo alimentar ou objetos;
· Confinamento em local carente de oxigênio;
· Compressão torácico abdominal;
· Soterramento;
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CRONOTANATOGNOSE
Relativo ao tempo estimativo de morte.
A palavra Cronotanatognose tem origem Grega:
Crono
Tanato
Gnose
Tempo
Morte
Conhecimento
Compreende a observação 
das modificações internas 
e externas do cadáver.
FENÔMENOS PÓS-MORTE - Abióticos desprovidos de Vida
Abióticos Imediatos:
▪ Parada cardiorrespiratória;
▪ Imobilidade do cadáver;
▪ Abolição do tônus muscular;
▪ Ausência de circulação;
▪ Dilatação pupilar;
▪ Abertura das pálpebras e boca;
▪ Relaxamento esfincteriano (perda de fezes, urina e esperma);
▪ Perda da consciência e sensibilidade (tátil, térmica e dolorosa);
Abióticos Tardios:
▪ Desidratação contínua (perda de líquido constante e lenta);
▪ Palidez cadavérica – Pallor Mortis: (ocorre entre 15 e 25min após a morte); 
▪ Arrefecimento do corpo – Algor Mortis: (queda da temperatura - de 1.0 °C à 1.5 °C por hr, 
 atingindo a temperatura ambiente em até 24hs);
▪ Livores cadavéricos (hipóstase) – Livor Mortis: (surgem entre 20 e 45min após a morte, 
 tornando-se evidente entre a 2ª e 3ª hr, atingindo sua totalidade em até 12hs);
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▪ Rigidez cadavérica – Rigor Mortis: (inicia-se entre 2 e 4hs após a morte, atingindo sua 
 totalidade em até 12hs); 
▪ Flacidez Cadavérica: (inicia-se após 12hs e atinge seu total relaxamento em aproximadamente 
 36hs); 
▪ Alterações Oculares: midríase (dilatação pupilar), tela viscosa (albuminosa) da córnea, 
segmentação da coluna sanguínea dos vasos oculares, perda da turgência dos globos oculares;
FENÔMENOS ABIÓTICOS - DESTRUTIVOS
AUTOLISE: são fenômenos fermentativos anaeróbicos da célula gerados pelas enzimas 
celulares, (sem interferência bacteriana), com acidificação intracelular e extracelular 
(incompatível com a vida);
PUTREFAÇÃO: consiste na decomposição fermentativa da matéria pela ação de germes. 
O intestino geralmente é seu ponto de início, varia de acordo com fatores intrínsecos, como 
idade, causa da morte, entre outros, e fatores extrínsecos, como temperatura, umidade.
O primeiro sinal externo de Putrefação é o surgimento da cor esverdeada entre 12-24 horas, 
e o interno, é a coloração esverdeada no interior do fígado. A taxa exata de putrefação 
depende de fatores internos e externos como: situação de saúde pouco antes do óbito, 
causa da morte e clima;
PERÍODOS DA PUTREFAÇÃO: cromático ou coloração, enfisematoso ou gasoso, 
coliquativo ou liquefação, e esqueletização;
PERÍODO CROMÁTICO (COLORAÇÃO): Inicia-se por mancha verde abdominal, geralmente
localizada na fossa ilíaca direita. Difunde por todo o abdômen, tórax, cabeça e membros. 
Com o passar das horas, sua tonalidade se intensifica até chegar ao verde-enegrecido. 
Aparece entre 18 e 24 horas após a morte e recobre totalmente o cadáver entre 7 
e 12 dias; 
27
PERÍODO ENFISEMATOSO (GASOSO): é caracterizado por enfisema putrefativo (formação 
de bolhas na epiderme) causado pelo aumento da pressão interna devido o volume 
continuamente crescente de novas tensões de gás. À medida que as bactérias anaeróbias 
continuam a consumir, digerir e excretar as proteínas dos tecidos, a decomposição do 
organismo progride para a etapa de liquefação e esqueletização. Neste processo, o cadáver 
apresenta-se com aspecto gigantesco e odor intenso. Inicia-se na primeira semana após a 
morte e se estende por aproximadamente 30 dias;
PERÍODO COLIQUATIVO (LIQUEFAÇÃO): é caracterizado por dissolução pútrida do cadáver 
(liquefação dos tecidos). O corpo perde sua forma. A epiderme se desprende da dermee partes 
moles se reduzem de volume pela desintegração progressiva dos tecidos formando uma massa 
de putrilagem. Inicia-se na segunda semana e estende-se por meses.
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PERÍODO DE ESQUELETIZAÇÃO: é o processo do 
desaparecimento dessa massa de putrilagem sobre os 
ossos. Inicia-se entre a 3ª e 4ª semana e tem duração 
variável;
MACERAÇÃO (POR MEIO LÍQUIDO OU EXCESSO DE UMIDADE): consiste de um processo 
especial de transformação do cadáver que ocorre por líquido ou excesso de umidade. 
Caracteriza-se pelo destacamento de amplos retalhos de tegumento cutâneo, e por perda de 
aderência dos tecidos, onde estes se livram dos ossos como se estivessem soltos. (o tempo 
é mais relativo que os sinais anteriormente apresentados); 
FENÔMENOS ABIÓTICOS - CONSERVADORES
MUMIFICAÇÃO: ocorre em locais com ventilação 
excessiva ou regiões de clima quente e seco, em 
condições de desidratação rápida impossibilitando 
a ação microbiana e todas as etapas apresentadas 
anteriormente. Pode ser produzida por meio 
natural, artificial ou misto;
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SAPONIFICAÇÃO APARÊNCIA DE CERA OU SABÃO: 
ocorre em locais úmidos, dando ao corpo consistência 
untuosa (oleosa, adiposa, gordurosa), mole, quebradiça, 
e de tonalidade amarelo-escura, deixando-o com 
aparência de cera ou sabão. Este processo 
surge a partir de gorduras do cadáver em contato com 
elementos minerais do solo; 
CALCIFICAÇÃO - Frequentemente 
observado em fetos mortos e retidos na 
cavidade uterina nos dois primeiros 
meses de gestação): decorre da ruptura da 
gestação tubária, que passam por uma 
incrustação de sais de cálcio, adquirindo 
uma aparência pétrea;
COURIFICAÇÃO: caracteriza-se na coloração e o aspecto de 
couro curtido, observado em corpos enterrados em caixões 
metálicos, principalmente de zinco, preservando o corpo da 
decomposição. As vísceras e a musculatura permanecem 
conservadas, porém amolecidas. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
WWW.MUSEUDOAMANHA.ORG.BR/PORTODORIO
WWW.VISIT.RIO/MEMORIAL-DOS-PRETOS-NOVOS
FRANÇA, Genival Veloso de. Fundamentos da Medicina Legal - 2ª Ed. Rio de Janeiro. 2012
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MEIRA, C. Temas de ética médica e medicina legal.Belém, Cejup, 1989
SILVA, J.A.F. da. Direito funerário penal. Porto Alegre, Livraria do Advogado, 1992. ARTIGO COM 
ALGUMAS INFORMAÇÕES SOBRE OS PROCEDIMENTOS DE CONSERVAÇÃO / TRANSPORTE/
REMOÇÃO / OBRIGAÇÕES / DEVERES / LEIS SOBRE O RAMO NA QUAL TRABALHAMOS
FERREIRA, A.A. Da técnica médico-legal na investigação forense.São Paulo, Rev. Tribunais, 1962.
KUBLER-ROSS. Elizabeth. Sobre a morte e o morrer: o que os doentes terminais têm para ensinar 
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