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<p>Auxiliar de Necropsia</p><p>Introdução</p><p>Necropsia</p><p>Exame minucioso de um organismo pós-morte (cadáver),</p><p>realizado por um profissional capacitado buscando encontrar</p><p>vestígios que expliquem o motivo da morte do mesmo.</p><p>Auxiliar de Necropsia</p><p>Profissional responsável por exercer atividades relacionadas à</p><p>remoção, lavagem e asseio de cadáveres, limpeza e</p><p>conservação de necrotérios. E auxiliar o médico legista a</p><p>elaborar os documentos médico-legais.</p><p>Auxiliar de Necropsia</p><p>• Onde atua?</p><p>Hospitais, IML, faculdades, funerárias, necrotérios, ou polícia</p><p>técnico-científica (concurso).</p><p>Serviço de Verificação de Óbito</p><p>• Responsável por determinar a causa do óbito, nos casos de morte</p><p>natural, sem suspeita de violência, com ou sem assistência médica,</p><p>sem esclarecimento diagnóstico e, principalmente aqueles por efeito</p><p>de investigação epidemiológica, o que para a sociedade é de</p><p>grande importância, uma vez que pode colocar em evidência os</p><p>possíveis riscos à saúde que estão em emergência, tanto os já</p><p>conhecidos quanto os que não são comuns, ou ainda casos de uma</p><p>doença nova em um determinado local.</p><p>Serviço de Verificação de Óbito</p><p>Morte por moléstia e</p><p>causa da morte bem</p><p>definida</p><p>Morte por moléstia bem</p><p>definida e causa da morte</p><p>indeterminada</p><p>Morte por moléstia e</p><p>causa da morte violenta</p><p>Morte por moléstia e</p><p>causa da morte</p><p>indeterminada</p><p>Médico</p><p>Assistente</p><p>S.V.O</p><p>S.V.O</p><p>I.M.L</p><p>Serviço de Verificação de Óbito</p><p> a) Auxiliar Administrativo</p><p> b) Auxiliar de Serviços Gerais</p><p> c) Médico patologista</p><p> d) Técnico de necropsia</p><p> e) Histotécnico.</p><p> f) Auxiliar de necropsia só quando</p><p>a UF possui mais de 10.000.000</p><p>de habitantes.</p><p>Instituto Médico Legal</p><p> É um instituto brasileiro responsável pelas necropsias e laudos</p><p>cadavéricos para Polícias Científicas de um determinado Estado na</p><p>área de Medicina Legal. Somente em casos de morte violenta</p><p>(homicídio, acidentes, afogamentos, etc). É um órgão público</p><p>subordinado à Secretaria de Estado da Segurança Pública.</p><p>Questão de concurso</p><p>(PC-SP, 2018) De modo geral, nos casos de morte de causa desconhecida, o cadáver deve</p><p>ser encaminhado para o IML (Instituto Médico Legal) ou para o SVO (Serviço de</p><p>Verificação de Óbitos) respectivamente, quando a morte for decorrente de:</p><p>•A acidente de trânsito – suicídio.</p><p>•B causa natural sem assistência médica – acidente de trânsito.</p><p>•C homicídio – suicídio.</p><p>•D suicídio – morte natural ou suspeita sem assistência médica.</p><p>•E causa externa ou morte suspeita – morte natural sem assistência médica.</p><p>Questão de concurso</p><p>(PC-SP, 2018) De modo geral, nos casos de morte de causa desconhecida, o cadáver deve</p><p>ser encaminhado para o IML (Instituto Médico Legal) ou para o SVO (Serviço de</p><p>Verificação de Óbitos) respectivamente, quando a morte for decorrente de:</p><p>•A acidente de trânsito – suicídio.</p><p>•B causa natural sem assistência médica – acidente de trânsito.</p><p>•C homicídio – suicídio.</p><p>•D suicídio – morte natural ou suspeita sem assistência médica.</p><p>•E causa externa ou morte suspeita – morte natural sem assistência médica.</p><p>Auxiliar de Necropsia</p><p>Módulo 1 – Medicina Legal</p><p>História</p><p> Período antigo – código de Hamurabi – “Olho por olho, dente por dente”.</p><p> Hipócrates “Pai da medicina” no século VI a C. – “Arte de curar”</p><p> Após alguns anos surgiu o conceito de Higiene</p><p> 1521 – Foi realizada a necropsia do o cadáver do Papa Leão X por</p><p>suspeita de envenenamento</p><p> 1575 – surgiu a Medicina Legal “Arte de fazer relatórios em juízo”.</p><p>Ambrósio Paré – na França</p><p> Conceito: ´´A medicina a serviço das ciências jurídicas e</p><p>sociais``(Genival Veloso França, Medicina legal, 1998, p. 3)</p><p>Introdução</p><p>No Brasil</p><p> Na época colonial a Medicina legal era influenciada pelos</p><p>franceses. Focada na Toxicologia.</p><p> 1877 – começa o ensino da medicina legal</p><p> 20 de novembro de 1922 criação do Instituto Médico-Legal,</p><p>decreto nº 15.848, assinado pelo presidente Arthur Bernardes.</p><p>MEDICINA LEGAL FORENSE</p><p>MEDICINA FORENSE</p><p>MEDICINA JUDICIÁRIA</p><p>MEDICINA POLÍTICA</p><p>JURISPRUDÊNCIA MÉDICA</p><p>ANTROPOLOGIA FORENSE</p><p>Sinônimos de Medicina Legal</p><p> Prova: É o elemento demonstrativo</p><p>da autenticidade ou veracidade do</p><p>fato.</p><p> Objetivo da prova: formar a convicção</p><p>do juiz sobre os elementos</p><p>necessários para a decisão da causa.</p><p>Importância da Medicina Legal</p><p>Direito Civil – Lei 10.406/2002</p><p> PRIVADO = CIVIL.</p><p> É todo o ramo do direito privado não tratado pelo direito</p><p>empresarial, do trabalho e consumirista. Ex: nascimento, morte,</p><p>casamento, divórcio, família, etc.</p><p>Jus Publici</p><p>(império)</p><p>Jus Civilis</p><p>(cidadão)</p><p>Medicina Legal x Direito</p><p> 1850 – O código comercial tirou do direito civil os estudos</p><p>pertinentes a área comercial, surgindo então o direito</p><p>empresarial.</p><p> 1943 - A CLT especializou as regras que existiam no direito</p><p>civil que condiziam ao trabalho, surgiu então o direito do</p><p>trabalho.</p><p> 1990 – O Código de defesa do consumidor retirou as parte do</p><p>direito consumidor e a especializou.</p><p> Direito civil se divide em direito geral, das obrigações, dos</p><p>contratos, família, sucessões.</p><p> Direito público: é o ramo do direito onde o particular está</p><p>sujeito ao Estado, há obrigatoriedade e imposições. Ex: direito</p><p>tributário, penal, previdenciário, direito constitucional, etc.</p><p> Direito privado: É o ramo do direito onde o privado está em</p><p>igual poder, ode tudo é acordado, negociado, contratado de</p><p>forma mútua.</p><p> Direito penitenciário: é o conjunto de normas jurídicas que</p><p>disciplinam o tratamento dos sentenciados, é disciplina</p><p>normativa.</p><p> Direito penal: Ramo do direito público que define as infrações</p><p>penais estabelecendo as penas e as medidas de segurança</p><p>aplicadas as infratores. Relação Estado x indivíduo.</p><p> Serve para proteger bens jurídicos individuais e coletivos, a</p><p>vida e patrimônio, saúde pública e meio ambiente.</p><p>Vítima</p><p>Sanção</p><p>Antropologia forense</p><p> Estuda a identidade e identificação do homem, através de métodos</p><p>e técnicas de estudo define características: sexo, idade, raça, altura,</p><p>peso, identifica tatuagens, sinais que possam identificar cadáveres.</p><p>Traumatologia forense</p><p> Estuda as lesões corporais, que indiquem sob ponto de vista jurídico</p><p>e dos estados causadores de danos relação com óbito ou crime.</p><p>Sexologia forense</p><p> Estuda a sexualidade sob ponto de vista normal, anormal ou</p><p>criminoso.</p><p>Tanatologia forense</p><p> Estuda os aspectos médico-legais da morte, fenômenos</p><p>cadavéricos. (fenômenos abiótico – físicos e químicos)</p><p>Toxicologia forense</p><p> Estuda os envenenamentos, intoxicações médico-legais, abuso de</p><p>drogas, etc.</p><p> Notificações</p><p> Comunicação compulsória;</p><p> Necessidade</p><p>social/sanitária.(ex: HIV,</p><p>leptospirose, tuberculose)</p><p>Documentos Médico-legais</p><p> Atestado Médico</p><p> Afirmação de uma fato médico e suas consequências;</p><p> Classificação:</p><p>particular (empregados empresas privadas)</p><p>administrativa (funcionários públicos)</p><p>judiciário (solicitada pelo juiz)</p><p>Documentos Médico-legais</p><p> Atestado Médico</p><p>Conteúdo:</p><p>Idôneo: realizado por um médico e o fato é verdadeiro;</p><p>Gracioso: sem o ato da prática profissional, por amizade;</p><p>Imprudente: Quando o doc. não expõe a realidade;</p><p>Falso: quando falta com a verdade. Crime de falsidade ideológica.</p><p>Art. 302 – detenção de 1 mês a 1 ano.</p><p>Documentos Médico-legais</p><p> Relatório</p><p> Descrição minuciosa de um fato, feita por autor competente.</p><p>AUTO: realizado durante ou após um fato, redigido por escrivão</p><p>LAUDO: realizado após perícia: feito por perito.</p><p>o Preâmbulo: “cabeçalho”</p><p>o Quesito: Questionamento: pode ser feito pelo Minist. Público,</p><p>assistente, ofendido e acusado.</p><p>Documentos Médico-legais</p><p> Relatório</p><p>o Histórico: fatos mais significativos do caso.</p><p>o Descrição: descrição minuciosa, clara dos fatos apurados.</p><p>o Conclusão: fatos apresentados x discurssão</p><p>o Resposta aos quesitos: Resposta de forma concisa e precisa</p><p>o Data e assinatura;</p><p>Documentos Médico-legais</p><p> Parecer</p><p> Opinião técnica fundamentada, pode reforçar ou contradizer uma</p><p>informação imposta no laudo.</p><p>Partes: Preambulo, exposição,</p><p>discussão e conclusão.</p><p> Declaração de óbito</p><p> Comunica quebra de vinculo jurídico</p><p> Prontuário</p><p> Registro histórico do paciente – assistência médica.</p><p>Documentos Médico-legais</p><p> Atestado de Óbito</p><p> É um documento simples, fornecido por MÉDICO, que tem como</p><p>finalidade confirmar a morte, determinar a causa da morte e</p><p>satisfazer interesses civis, estatístico e político-sanitário.</p><p>1948 – Modelo Internacional de Atestado de Óbito.</p><p>Documentos Médico-legais</p><p> Atestado de Óbito</p><p> Efeitos:</p><p>Jurídico:</p><p>Cessa direitos civis;</p><p>Bens são transmitidos a herdeiros;</p><p>Se réu, extingue-se a punibilidade.</p><p>Documentos Médico-legais</p><p> Atestado de Óbito</p><p> Efeitos:</p><p>Médicos:</p><p>Envolve aspectos éticos em relação à doação de</p><p>órgãos;</p><p>Exige critérios técnicos rigoroso.</p><p>Documentos Médico-legais</p><p> Peças anatômicas</p><p> Ossadas ou partes de cadáver – IML</p><p> Atos cirúrgicos ou amputação de membros –</p><p>cremar ou incinerar no próprio hospital ou</p><p>estabelecimento responsável ou no IML para os</p><p>casos de violência.</p><p>Documentos Médico-legais</p><p> Precauções do médico</p><p> Não assinar atestado em branco;</p><p> Não deixar A.O previamente assinado;</p><p> Verificar antes de assinar a D.O todos os itens do</p><p>formulário;</p><p> Não assinar A.O de quem não prestou assistência;</p><p> Não assinar A.O a pedido de outro colega.</p><p>Documentos Médico-legais</p><p> Perícia: Análise minuciosa de determinada situação que é</p><p>apresentada ao perito. Compreende um conjunto de</p><p>procedimentos técnicos científicos pelos quais procura-se</p><p>elucidar, desvendar a existência ou não de certos</p><p>acontecimentos, ou diante da certeza dos mesmos, desvendar</p><p>como ocorreu e quem praticou.</p><p>Perícias (CPP Art.158 a 184)</p><p> Função: busca oferecer provas objetivas e técnicas para uma</p><p>investigação para auxiliar o juiz na aplicação da lei, através da</p><p>VERDADE REAL.</p><p> Sobre pessoas;</p><p> Sobre objetos;</p><p> Sobre fatos.</p><p>Obs: Art. 158 – Nos crimes que deixam vestígios a perícia é</p><p>indispensável.</p><p>Perícias (CPP Art.158 a 184)</p><p>Áreas de aplicação da perícia</p><p> Criminal: elucidação da cena de um crime, exame em cadáver,</p><p>lesões corporais, arma do crime.</p><p> Civil: paternidade, sanidade mental;</p><p> Trabalhista: Insalubridade, acidentes de trabalho;</p><p> Previdenciária: Benefícios previdenciários: auxilio doença,</p><p>auxílio acidente, aposentadoria por invalidez</p><p>Perícias (CPP Art.158 a 184)</p><p>Corpo de delito</p><p>No corpo de delito é analisada a cena do crime, o cadáver, a arma</p><p>do crime, para se obter vestígios que possam orientar o juiz na</p><p>aplicação da lei e até encontrar o causador da ação ilícita.</p><p>Obs: Todos os crimes que resultam materialidade tem que ser</p><p>realizado exame de corpo de delito.</p><p>Perícias (CPP Art.158 a 184)</p><p>Corpo de delito</p><p>Art 162. A necropsia será feita pelo menos SEIS horas depois do</p><p>óbito, salvo se os peritos, pela evidencia dos sinais da morte,</p><p>julgarem que pode ser feita antes daquele prazo.</p><p>Período de incerteza de Tourdes – Surgimento das evidências de</p><p>morte – fenômenos cadavéricos abióticos.</p><p>Perícias (CPP Art.158 a 184)</p><p>Obs: Cabe a juiz valorar se a perícia é relevante ou não ao</p><p>processo judicial. A decisão do juiz tem que ser motivada e</p><p>fundamentada.</p><p>Perícias (CPP Art.158 a 184)</p><p> Perito: É aquele profissional que possui conhecimentos técnico</p><p>específico sobre determinada área. Possui formação superior, e</p><p>é chamado pelo juiz ou autoridade policial para atuar em busca</p><p>de respostas para elucidar questões nas quais necessita de</p><p>conhecimento técnico.</p><p>Perito (CPP Art. 275 a 281)</p><p> Atuação do Perito</p><p>Sobre pessoas;</p><p> Sobre objetos;</p><p> Sobre fatos.</p><p>Perito (CPP Art. 275 a 281)</p><p> Tipos de perito</p><p> Peritos oficiais – médico-legista ou perito criminal concursado;</p><p> Peritos nomeados – “Ad Hoc” indicação do juiz.</p><p> Assistente técnico – são indicados pelas partes nos juízos civil e</p><p>trabalhista. Acompanha o perito indicado pelo juiz.</p><p>Perito (CPP Art. 275 a 281)</p><p> Momento de atuação do perito</p><p> Inquérito: fase que antecede o processo, pode ser solicitado pela</p><p>autoridade que preside o inquérito;</p><p> Processual: durante a instrução;</p><p> Após lavratura de sentença: em sede de execução, por exemplo</p><p>Perito (CPP Art. 275 a 281)</p><p>1) Conceitue Medicina Legal.</p><p>2) Julgue as afirmações a seguir como verdadeiras (V) ou falsas (F):</p><p>( ) A medicina legal é uma arte e ciência em que o médico deve ter</p><p>habilitação e conhecimentos específicos para determinar causas de</p><p>morte.</p><p>( ) A medicina legal não se aplica a casos judiciais previdenciários</p><p>para a obtenção de aposentadoria por invalidez.</p><p>Exercícios</p><p>( ) A perícia médico legal pode ser realizada por qualquer</p><p>profissional que possua diploma de formação superior na área da</p><p>saúde. Ex: odontologista, farmacêutico, fisioterapeuta.</p><p>( ) O juiz tem o poder de livre escolha se aceitará ou não o laudo</p><p>feito pelo perito, desde que seja bem motivado e fundamentado nas</p><p>leis.</p><p>( ) O perito, em seu laudo, deve julgar quem foi o culpado do crime</p><p>conforme as provas a que foi submetida sua análise.</p><p>Exercícios</p><p>3) (Funcab – Escrivão de Polícia – PC – PA/2016) Dentre as alternativas</p><p>a seguir, assinale a que representa, de acordo com a literatura sobre o</p><p>tema, uma espécie de documento médico-legal.</p><p>A) Denúncia.</p><p>B) Atestado.</p><p>C) Petição.</p><p>D) Agravo.</p><p>E) Sentença.</p><p>Exercícios</p><p>4)Conceitue perito.</p><p>5) Qual a diferença de perito oficial e perito não oficial?</p><p>6) Conceitue corpo de delito.</p><p>7) Com relação à necropsia, é CORRETO afirmar que</p><p>a) quando se trata de morte violenta, é realizada apenas quando os familiares a</p><p>solicitam.</p><p>b) a necropsia médica tem por finalidade determinar a causa da morte.</p><p>c) não tem como objetivo preservar as características físicas do cadáver.</p><p>d) a reconstituição do cadáver não é uma etapa da necropsia.</p><p>Exercícios</p><p>8) São indicações de encaminhamento do corpo para necropsia médico-</p><p>legal:</p><p>(A) homicídio, envenenamento e pneumonia.</p><p>(B) suicídio, infarto agudo do miocárdio e morte na sala de cirurgia.</p><p>(C) morte súbita de recém-nascido, homicídio e morte de paciente em</p><p>hospital psiquiátrico.</p><p>(D) suicídio, tromboembolismo e infarto agudo do miocárdio.</p><p>(E) homicídio, morte de prisioneiro, trombose</p><p>Exercícios</p><p>Atividades desenvolvidas pelas partes cujo o objetivo é convencer o</p><p>juiz de determinada ocorrência, de um fato, afirmação, etc.</p><p>Objeto da prova: Aquilo que se pretende provar para convencer o</p><p>julgador – fatos afirmados e alegações.</p><p>Contraditório Ampla defesa</p><p>Informação + Auto-defesa</p><p>Possibilidade de Reação Defesa técnica</p><p>Provas</p><p>Dispensam provas:</p><p> Fatos axiomáticos (evidentes): apresenta um alto grau de certeza.</p><p>Exemplos de fatos axiomáticos: o álcool tem efeito inebriante; um</p><p>corpo em estado de putrefação significa a morte; o crack causa</p><p>dependência; a gasolina causa combustão etc.</p><p> Fatos notórios: estão impregnados na cultura de determinada</p><p>região. Conhecimento geral.</p><p>Exemplo: Data histórica, aniversário da cidade, etc.</p><p>Provas</p><p>Dispensam provas:</p><p> Presunções legais: é a certeza que é imposta por lei. Absoluta de</p><p>veracidade.</p><p>Exemplo: Menor de 18 anos deve ser julgado como menor infrator.</p><p> Presunção comum: é aquela obtida pela experiência de vida.</p><p>Exemplo: Dívidas contraídas pelo cônjuge presume-se constituídos</p><p>em favor do seu núcleo familiar.</p><p>Provas</p><p>Provas inadmissíveis</p><p> Ilícitas: Contrariam as normas de</p><p>direito material.</p><p>Exemplo: Quando são feitas</p><p>simulações, roubo ou filmagens sem</p><p>consentimento do indivíduo.</p><p>Provas</p><p>Provas inadmissíveis</p><p> Ilegítimas: obtida contra as determinações processuais</p><p>Podem-se também incluir entre as condutas abusivas aquelas que</p><p>atentam contra a proteção da dignidade humana, da tutela da honra,</p><p>da imagem e da vida privada, inclusive quando se expõe</p><p>desnecessariamente o examinado a certos procedimentos, quando se</p><p>invade sua privacidade e aviltam-se a imagem e a honra alheias.</p><p>Provas</p><p>Sistemas de apreciação</p><p> Convicção íntima: permite ao magistrado valorar a prova de acordo</p><p>com as suas concepções, sem a necessidade de motivação.</p><p> Verdade Legal ou formal: Que resulta do processo,</p><p>embora possa</p><p>não encontrar exata correspondência com os fatos, como</p><p>aconteceram historicamente.</p><p>Provas</p><p>Sistemas de apreciação</p><p> Livre convencimento: Art. 155. O juiz formará sua convicção pela</p><p>livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não</p><p>podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos</p><p>informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas</p><p>cautelares, não repetíveis e antecipadas.</p><p>Provas</p><p>Princípios da prova</p><p> Audiência contraditória: reza que toda prova admite contraprova,</p><p>fazendo-se necessária, após a produção de determinada prova, a</p><p>oitiva da parte adversa.</p><p> Aquisição ou Comunhão: As provas são do processo, podem ser</p><p>utilizadas por todos os indivíduos relacionados.</p><p> Publicidade: Todo processo é público, ressalvo os processos que</p><p>exigem sigilo.</p><p>Provas</p><p>Espécies de prova</p><p> Material ou pericial: considerada como prova técnica, dependente de um</p><p>estudo de um profissional de notório saber técnico, na medida em que se</p><p>pretende certificar a existência de fatos, cuja certeza só poderia ser</p><p>atingida a partir de um conhecimento especifico.</p><p> Interrogatório do acusado: pode ser entendido como a fase da persecução</p><p>penal, ao qual o autor da infração deverá descrever a sua versão do</p><p>ocorrido, perante o juiz competente, acusação e defensoria.</p><p>Provas</p><p>Espécies de prova</p><p> Confissional: a admissão do próprio investigado de assumir sua</p><p>culpabilidade e tipicidade de sua conduta quanto a um tipo penal pode ser</p><p>feita a qualquer instante, inclusive dentro ou fora do interrogatório,</p><p>devendo ser contida nos autos, segundo o art. 199 do CPP, a qual</p><p>constitui uma prova de maior capacidade de convencimento do</p><p>magistrado.</p><p>Provas</p><p>Espécies de prova</p><p> Testemunhal: trata-se do depoimento do homem, é uma descrição</p><p>subjetiva de determinado fato, influenciada pela ideologia do próprio</p><p>depoente.</p><p> a) Testemunha presencial: é aquela que teve contato direto com o fato,</p><p>presenciando os acontecimentos.</p><p> b) Testemunha indireta: é aquela que nada presenciou, mas ouviu falar</p><p>do fado ou depõe sobre fatos acessórios.</p><p>Provas</p><p> c) Informantes: são aquelas pessoas que não prestam compromisso de</p><p>dizer a verdade e, portanto, não podem responder pelo delito de falso</p><p>testemunho</p><p> d) Abonatórias: as testemunhas abonatórias, são aquelas pessoas que</p><p>nap presenciaram o fato e, dele, nada sabem por contato direto. Servem</p><p>para abonar a conduta social do réu.</p><p> e) Testemunhas referidas: são aquelas pessoas que foram</p><p>mencionadas, referidas por outra (s) testemunha (s) que declararam no</p><p>seu depoimento a sua existência.</p><p>Provas</p><p> Impedimentos (Art. 206 CPP)</p><p>A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor. Poderão,</p><p>entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim em</p><p>linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o</p><p>filho adotivo do acusado, salvo quando não for possível, por outro modo,</p><p>obter-se ou integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias.</p><p>Provas</p><p> Proibição (Art. 207 CPP)</p><p>São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função, ministério, ofício ou</p><p>profissão, devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas pela parte interessada,</p><p>quiserem dar o seu testemunho.</p><p>Provas</p><p> Compromisso (Art. 203)</p><p>A testemunha fará, sob palavra de honra, a promessa de dizer a verdade</p><p>do que souber e Ihe for perguntado, devendo declarar seu nome, sua idade,</p><p>seu estado e sua residência, sua profissão, lugar onde exerce sua</p><p>atividade, se é parente, e em que grau, de alguma das partes, ou quais</p><p>suas relações com qualquer delas, e relatar o que souber, explicando</p><p>sempre as razões de sua ciência ou as circunstâncias pelas quais possa</p><p>avaliar-se de sua credibilidade.</p><p>Provas</p><p> Não compromissados (Art. 207)</p><p>São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função, ministério, ofício ou</p><p>profissão, devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas pela parte interessada,</p><p>quiserem dar o seu testemunho.</p><p>Provas</p><p>Reconhecimento de pessoas e coisas</p><p> Acareação: colocar cara a cara os acusados, tendo sido uma prática</p><p>comum pelos inquisidores.</p><p> Documentos: “toda classe de objetos que tenham uma função probatória,</p><p>contanto que esse, por sua índole, sejam suscetíveis de ser levados ante</p><p>a presença judicial.” (Código de Processo Penal)</p><p> Indícios: Circunstancia conhecida e provada que tendo relação com o fato</p><p>permite concluir a existência de outras circunstâncias. (Pode condenar)</p><p>Provas</p><p>ANTROPOLOGIA FORENSE</p><p>Introdução</p><p>Antropologia Forense: aplicação legal da ciência antropológica,</p><p>com o objetivo de ajudar a identificação de cadáveres e a</p><p>determinação da causa de morte.</p><p>Introdução</p><p> A antropologia, que na verdade representa o estudo do homem</p><p>nos seus aspectos morfológicos, funcionais e psicossociais,</p><p>busca até hoje, explicações que se deparam com variáveis</p><p>biotipológicas: alimentares, meteorológicas e sociais.</p><p>Introdução</p><p> A identificação humana não e tarefa difícil quando se trata do</p><p>individuo vivo ou de cadáver cronologicamente recente e</p><p>integro.</p><p> No entanto, quando não se dispõe do esqueleto completo, mas</p><p>de um grupo de ossos, de um osso isolado ou parte dele, o</p><p>processo identificatório torna-se progressivamente mais difícil.</p><p>Introdução</p><p> Prof. Virgílio Damásio, escolhido pela congregação da Faculdade</p><p>de Medicina da Bahia para formar a comissão de estudos na Europa</p><p>em 1883, foi quem promoveu a transformação cientifico cultural que</p><p>conduziu a escola Médico-legal da Bahia e proporcionou, uma</p><p>década depois, ao seu assistente, Raymundo Nina Rodrigues, a</p><p>criação da Antropologia Brasileira, com a publicação em 1894, do</p><p>livro: As raças humanas e a responsabilidade penal no Brasil.</p><p>Introdução</p><p> A formação acadêmica dos antropólogos forenses vai desde a</p><p>antropologia biológica, forense, biologia e medicina.</p><p> Os tipos de casos que requerem a perícia antropológica</p><p>forense incluem não só ossos e corpos esqueletizados, mas</p><p>também corpos em vários estados de preservação ou mesmo</p><p>cadáveres recentes onde os traços fisionómicos já não</p><p>permitem o reconhecimento ou com lesões traumáticas ósseas</p><p>Introdução</p><p>Caso típico de Antropologia forense: onde há diversos estágios</p><p>de preservação.</p><p>Introdução</p><p> Em regra, os casos são feitos nos Institutos Médico-Legais</p><p>(IMLs). Fora destes, os antropólogos forenses (AFs) trabalham</p><p>nas equipes internacionais de desastres de massa (DVI) e nas</p><p>equipes multidisciplinares que fazem perícias no âmbito de</p><p>crimes contra a humanidade.</p><p>Introdução</p><p> A principal preocupação de um antropólogo forense, ao</p><p>confrontar-se com um corpo, vestígios esqueléticos ou outro</p><p>qualquer material que se assemelhe a tecido ósseo, e</p><p>classifica-los como humanos, animais ou matéria inorgânica.</p><p>Identidade</p><p> Subjetiva: É a noção que cada indivíduo tem de si próprio, no</p><p>tempo e no espaço. É a sua maneira de ser, sua natureza, sua</p><p>essência.</p><p> Objetiva: É aquela fornecida pelos seguintes caracteres:</p><p>Físicos: Normais ou patológicos</p><p>Funcionais: Normais ou patológicos</p><p>Psicológicos: Nomais ou anormais.</p><p>Identificação</p><p>Processo pelo qual se determina a identidade de uma pessoa.</p><p>a) Objetivo:</p><p>Questões de fórum cível;</p><p>Questões de fórum criminal;</p><p>b) Material de estudo</p><p>No vivo</p><p>No morto</p><p>Em restos ou outros materiais</p><p>Identificação</p><p> Meios de identificação</p><p>Registros dos caracteres – verificação</p><p>Comparação – Arquivamento.</p><p> Requisitos técnicos</p><p> Umicidade Classificabilidade</p><p> Imutabilidade Perenidade</p><p> Praticabilidade</p><p>Identificação</p><p> Divisão</p><p>a) Médico Legal ou pericial</p><p>Antropológico</p><p>Identificação por critérios médico-legais e odonto-legais,</p><p>a) Policial ou judiciária</p><p>Datiloscópica, anotações das principais características dos</p><p>criminosos, retrato falado, Antropometria(sinais peculiares).</p><p>Identificação de cadáveres</p><p> Alguns critérios podem ser usados como a verificacao como a</p><p>morfologia dos ossos ou da avaliacao dos Canais de Havers.</p><p>Ao olhar do microscópio, podemos constatar que os ossos</p><p>humanos tem forma elíptica ou</p><p>circular, diâmetro superior a</p><p>3μm e densidade de 8 a 10 por mm2. Os ossos animais tem</p><p>forma circular, diâmetro inferior a 25μm e densidade superior a</p><p>mencionada.</p><p>Identificação de cadáveres</p><p>IDENTIFICAÇÃO ATRAVÉS DO FORMATO DO OSSO</p><p>Identificação de cadáveres</p><p>IDENTIFICAÇÃO ATRAVÉS DE TECIDO ÓSSEO</p><p>Identificação de cadáveres</p><p> Os fatores que serão analisados são: idade , sexo, estatura,</p><p>peso, filiação racial, patologias e historia medica do individuo.</p><p>Identificação de cadáveres</p><p> Como identificar o gênero?</p><p>Identificação de cadáveres</p><p> Como identificar o gênero?</p><p>Identificação de cadáveres</p><p> Como identificar o gênero?</p><p>Identificação de cadáveres</p><p> Como identificar a idade?</p><p>Identificação de cadáveres</p><p> Como identificar a idade?</p><p>Os ossos não se decompõem tão facilmente como os outros tecidos,</p><p>numa primeira fase de decomposição a pele e os tecidos moles são</p><p>putrificados. Quando um corpo se encontra parcialmente decomposto,</p><p>significa que ainda apresenta articulações e cartilagens. A</p><p>decomposição de um corpo depende de vários fatores, tais como: a</p><p>temperatura do solo e a sua acidez. Quando um corpo é deixado à</p><p>superfície a atividade dos insetos vai ocorrer imediatamente e, em</p><p>duas semanas, o corpo estará parcialmente decomposto e, ao fim de</p><p>oito meses, estará decomposto na sua totalidade.</p><p>DACTILOSCOPIA</p><p>É o processo de identificação humana por meio de impressões</p><p>digitais.</p><p>Dactiloscopia: O que é?</p><p>Identidade é o conjunto de caracteres físicos,</p><p>funcionais ou psíquicos, normais ou patológicos, que</p><p>individualizam determinada pessoa. (Prof. Ernani</p><p>Simas Alves, 1965)</p><p>Identidade é "o conjunto de caracteres próprios e</p><p>exclusivos de uma pessoa". ( Código Penal, art. 307)</p><p>Identidade</p><p>Propriedades das impressões digitais</p><p>Para que um processo de identificação (estabelecido como</p><p>identidade) possa ser considerado satisfatório é necessário que</p><p>obedeça a cinco condições fundamentais que são:</p><p>a) Biológicos</p><p>b) Técnicos</p><p>Perenidade: “Dura a vida inteira”.</p><p>Imutabilidade: propriedade que a característica possui de não se alterar em função do</p><p>tempo. Os desenhos formados pelas cristas papilares permanecem sempre idênticos, com</p><p>todas as suas particularidades, no transcorrer da vida da pessoa. A única possibilidade de</p><p>alteração do desenho é a causada por uma cicatriz.</p><p>Individualidade ou unicidade: propriedade de somente um único indivíduo apresentar</p><p>determinada característica. Não existem impressões idênticas, nem mesmo nos diversos</p><p>dedos de uma mesma pessoa.</p><p>Praticabilidade: qualidade que indica a facilidade de obtenção e registro da característica</p><p>analisada. Envolve custo, tempo, quantidade e complexidade dos instrumentos utilizados, etc.</p><p>Com apenas uma ficha de papel e tinta é possível obter impressões papilares.</p><p>Classificabilidade: qualidade que se refere à possibilidade de classificação para fins de</p><p>arquivamento e consulta. A classificação das impressões papilares, principalmente as digitais,</p><p>cria uma seqüência numérica, ou alfanumérica, que possibilita buscas em arquivos com</p><p>muitos milhões de fichas.</p><p>O sistema dactiloscópico pode ser utilizado como Elemento de</p><p>Prova, no Caso de Crimes - As impressões papilares são</p><p>comumente deixadas em locais de crime. Uma vez localizadas e</p><p>identificadas, estas impressões constituem-se em elementos de</p><p>maior convencimento da autoria de delitos, nos tribunais.</p><p> Ano 650 da era Cristã: Código de Yng-Hwui, durante a dinastia de Tang</p><p>na China, determinava-se que o marido desse um documento à</p><p>divorciada, autenticando com a sua impressão digital.</p><p> Ano 782 dC.: Foram retiradas de cidades soterradas na areia, no</p><p>Turquestão, placas de cerâmica lavradas com as seguintes palavras:</p><p>"Ambas as partes concordam com estes termos que são justos e claros</p><p>e afixam as impressões dos seus dedos, que são marcas</p><p>inconfundíveis."</p><p> Ano 800 dC.:Na Índia, as impressões digitais eram conhecidas com o</p><p>nome de Tipsahi, termo criado pelos tabeliões de Bengala, onde os</p><p>analfabetos legalizavam os seus papéis.</p><p> Ano 1300 :Os chineses empregavam a impressão digital não só nos</p><p>divórcios, como também nos casos de crimes.</p><p>História da Dactiloscopia</p><p> Ano 1658: Em muitos países empregaram-se o ferrete, a tatuagem e a</p><p>mutilação, para identificar escravos e criminosos. Na Pensilvânia, EUA,</p><p>os criminosos eram marcados com uma letra feita com ferro em brasa</p><p>sobre o dedo polegar esquerdo: A=adúltero, M=assassino, T=felonia. Na</p><p>França, os condenados às galés eram marcados com o sinal GAL. Ao</p><p>lado do ferrete, empregou-se a mutilação. Em Cuba, cortavam-se as</p><p>orelhas dos escravos e narinas dos criminosos. Nos EUA, se um homem</p><p>casado praticasse sodomia, seria castrado, também amputava-se as</p><p>orelhas dos criminosos condenados.</p><p>História da Dactiloscopia</p><p>Período Científico</p><p> Ano 1664: Marcelo Malpighi, médico italiano, publicou um trabalho</p><p>intitulado "Epístola sobre o órgão do tato", no qual estuda os desenhos</p><p>digitais e palmares.</p><p> Ano 1823: João Evangelista Purkinje, apresentou à Universidade de</p><p>Breslau, na Alemanha, uma tese na qual analisou os caracteres externos da</p><p>pele, estudou o sistema déltico e grupou os desenhos digitais em nove tipos</p><p>História da Dactiloscopia</p><p> Ano 1858: William James Herschel, coletor do governo inglês, em Bengala, Índia,</p><p>iniciou seus estudos sobre as impressões digitais: tomou as impressões digitais dos</p><p>nativos nos contratos em que firmavam com o governo. Essas impressões faziam as</p><p>vezes de assinatura.</p><p> Herschel, então, aplicou-as nos registros de falecimentos e usou este processo nas</p><p>prisões para reconhecimento dos evadidos. Henry Faulds, inglês, médico de hospital</p><p>em Tóquio, contribuiu para o estudo da dactiloscopia, examinando impressões digitais</p><p>em peças de cerâmica pré-histórica japonesa. Faulds previu a possibilidade de se</p><p>descobrir um criminoso pela identificação das linhas papilares e preconizou uma</p><p>técnica para a tomada de impressões digitais, utilizando-se de uma placa de estanho e</p><p>tinta de imprensa.</p><p>História da Dactiloscopia</p><p> Ano 1888: Francis Galton, nobre inglês, foi incumbido pelo</p><p>governo de analisar o material colhido por Herschel, quando</p><p>esteve na Índia, a fim de estabelecer um sistema de identificação</p><p>mais seguro que a antropometria. Foi então que lançou as bases</p><p>científicas da impressão digital.</p><p> O sistema de Galton foi, sem dúvida, rudimentar. Teve,</p><p>entretanto, um grande mérito: o de servir de ponto de partida</p><p>para os demais sistemas dactiloscópicos.</p><p>História da Dactiloscopia</p><p> Ano 1891: Juan Vucetich, encarregado da oficina de identificação de La</p><p>Plata, Argentina, logo se convenceu da superioridade do novo sistema de</p><p>identificação, iniciando, assim, seus estudos sobre as impressões digitais.</p><p>Em 1º de Setembro, Vucetich apresentou seu sistema de identificação, com</p><p>o nome de Icnofalangometria.</p><p>História da Dactiloscopia</p><p> Vucetich baseou sua classificação no sistema de Galton, procedeu a</p><p>tomada das impressões dos dez dedos, empregando os símbolos literais e</p><p>numerais na classificação das figuras: ARCO-A-1; PRESILHA INTERNA-I-2;</p><p>PRESILHA EXTERNA-E-3; VERTICILO-V-4. Os símbolos literais</p><p>representam os dedos polegares e nos demais dedos são empregados</p><p>símbolos numerais. Os dez dedos de uma pessoa são diferentes entre si,</p><p>assim como não existem duas pessoas que apresentam impressões digitais</p><p>exatamente coincidentes</p><p>História da Dactiloscopia</p><p>História da Dactiloscopia</p><p> 1902: José Alves Felix Pacheco iniciou, no Rio de Janeiro, a tomada</p><p>da impressão digital nas fichas Antropométricas.</p><p>Em 17 de Julho foi inaugurado em São Paulo o Gabinete de</p><p>Identificação Antropométrica, sendo a fotografia elemento auxiliar da</p><p>identificação. Foi promulgada a Lei Nº 947 em 29 de Dezembro,</p><p>criando a identificação dactiloscópica no Rio de Janeiro, capital do</p><p>Brasil.</p><p>História da Dactiloscopia</p><p>1904: Em 29 de Julho, é expedida a primeira carteira de identidade,</p><p>então denominada "Ficha Passaporte" ou "Cartão de Identidade", ainda</p><p>usando assinalamentos</p><p>antropométricos junto com a dactiloscopia.</p><p>1907: Pelo decreto Nº 1533-A de 30 de Novembro, foi adotado no Estado de</p><p>São Paulo, o sistema Dactiloscópico Vucetich, devido ao interesse do Dr.</p><p>Evaristo da Veiga, sendo presidente do Estado de São Paulo o Dr. Jorge</p><p>Tibiriça e, Secretário da Justiça e Segurança Pública, o Dr. Washington Luiz</p><p>Pereira de Souza.</p><p>História da Dactiloscopia</p><p> Ano 1935: Sob a direção do Dr. Ricardo Gumbleton Daunt, no Serviço de</p><p>Identificação de São Paulo, é criado o Arquivo Dactiloscópico Monodactilar</p><p>e o Laboratório de Locais do Crime.</p><p> Ano 1963: Em 21 de Setembro é inaugurado, em Brasília-DF, o Instituto</p><p>Nacional de Identificação, com o objetivo fundamental de centralizar a</p><p>identificação criminal no país.</p><p>História da Dactiloscopia</p><p>O Sistema decadactilar de Vucetich é o adotado no Brasil e foi lançado na</p><p>Argentina em 1891.</p><p>Compreende a identificação utilizando as impressões de todos os dedos de</p><p>ambas as mãos.</p><p>Uma impressão digital apresenta três sistemas de linhas:</p><p>a. Sistema Basal ou basilar</p><p>b. Sistema marginal</p><p>c. Sistema central ou nuclear</p><p>Sistema de Vucetich</p><p> Sistema Basal ou basilar - corresponde ao conjunto de linhas paralelas ao</p><p>sulco que separa a segunda e a terceira falanges. No polegar é o da primeira e</p><p>terceira falanges;</p><p> Sistema marginal - conjunto de linhas das bordas de impressão.</p><p> Sistema central ou nuclear - conjunto de linhas entre os dois anteriores.</p><p> Na existência de ponto(s) de confluência entre os três sistemas</p><p>cria-se uma figura típica denominada delta ou trirrádio.</p><p>Sendo assim, as impressões poderão ser classificadas em quatro</p><p>padrões diversos:</p><p>1- não ter delta (arco);</p><p>ter um delta, à direita do</p><p>observador</p><p>(presilha interna);</p><p>ter um delta, à esquerda</p><p>do observador</p><p>(presilha externa)</p><p>ter dois deltas, um de</p><p>cada lado (verticilo)</p><p>Para fins de classificação, essas quatro formas fundamentais se</p><p>designam pelas letras (A, E, I, V) quando se encontram no</p><p>polegar, e por números (de 1 a 4), quando se encontram em</p><p>qualquer um dos outros dedos:</p><p> Arco (A ou 1) - adéltico (sem deltas)</p><p> Presilha Interna (I ou 2) - 1 delta à direita)</p><p> Presilha Externa (E ou 3) - delta à esquerda</p><p> Verticilo (V ou 4) - 2 deltas</p><p>Algumas situações especiais, recebem</p><p>notações próprias:</p><p> Dedos amputados (0)</p><p> Dedos defeituosos ou com cicatriz que</p><p>impede a classificação (X)</p><p> Também denominada Individual Dactiloscópica é uma fórmula empregada</p><p>para arquivamento dos achados obtidos a partir da tomada e classificação</p><p>das impressões digitais de um indivíduo. Nessa fórmula, os dedos da mão</p><p>direita constituem a série, e os dedos da mão direita, a secção. O polegar</p><p>da série é denominado fundamental, e os demais dedos constituem a</p><p>divisão.</p><p>Fórmula Dactiloscópica</p><p>Fórmula Dactiloscópica</p><p>Letra Classificação Número</p><p>V Verticilo 4</p><p>E Presilha Esquerda 3</p><p>I Presilha Direira 2</p><p>A Arco 1</p><p>P I M A M - Série – Mão Direita</p><p>P I M A M – Seção – Mão Esquerda</p><p>Obs: X – Cicatriz</p><p>0 – Sem o dedo</p><p>Obs: Polegar sempre será</p><p>representado por letra!</p><p> 1. Colocar pequena quantidade de tinta em uma</p><p>prancheta. Espalhar com espátula e depois com rolo</p><p>para formar uma camada homogênea e delgada;</p><p> 2. Os dedos cujas impressões serão tomadas devem</p><p>ser lavados com água morna ou sabão (ou detergente)</p><p>para dissolver as gorduras. Imprimir, levemente, cada</p><p>dedo na prancheta para impregná-los de tinta.</p><p> 3. Com as fichas (ou planilhas dactiloscópicas), colher</p><p>as impressões, sobre a prancheta, com cinco</p><p>depressões acanaladas de tamanhos diferentes.</p><p>Técnica para coletar impressões digitais</p><p>1- Ponto: Como o próprio nome sugere, é como um ponto final de uma frase</p><p>escrita que se encontra entre duas linhas.</p><p>2- Ilha ou Ilhota: É pouco maior que um ponto e se caracteriza por ser o menor</p><p>pedaço de linha da impressão digital, medindo aproximadamente de dois à quatro</p><p>pontos de comprimento.</p><p>Pontos Característicos</p><p>3- Cortada: É um pedaço pequeno de linha de duas à quatro vezes maior que uma</p><p>"ilha“.</p><p>4- Lago ou Encerro: Esse ponto é formado por uma abertura da linha e seu</p><p>fechamento logo em seguida, formando com isso uma espécie de "bolha" na linha.</p><p>Pontos Característicos</p><p>5- Bifurcação: Quando se analisa uma impressão, faz-se observando-a</p><p>circularmente no sentido horário tomando-se como base do raio (ou ponteiro) a</p><p>parte mais central do desenho. Feito isso, conclui-se que, as linhas que se seguem</p><p>nesse sentido e abrem-se em duas outras formam uma Bifurcação.</p><p>Pontos Característicos</p><p>6- Haste: Dá-se o nome de Haste ou Arpão ao ponto quando um segmento de</p><p>linha forma um apêndice na linha, semelhante a uma haste ou uma "fisga de</p><p>arpão" de pesca podendo ser confundida com uma pequena confluência ou</p><p>bifurcação.</p><p>Pontos Característicos</p><p>7- Ponte ou Anastomose: Ocorre quando duas linhas são ligadas por um</p><p>seguimento curto formando entre elas uma ponte de ligação, semelhante a</p><p>anastomose das folhas das plantas.</p><p>Pontos Característicos</p><p> Nos suportes podem encontrar-se:</p><p> Impressões digitais positivas e visíveis (e.g. mãos sujas de graxa)</p><p> Impressões digitais positivas e latentes (e.g. impressões sobre vidro)</p><p> Impressões digitais negativas (e.g. impressões sobre massa de vidraceiro)</p><p> Substâncias reveladoras:</p><p> pulverulentas (ex. talco, alvaiade de chumbo, negro-de-fumo, tonner)</p><p> líquidas (excepcionalmente usadas)</p><p> gasosas (ex. vapores de iôdo).</p><p>Impressões nos locais</p><p> Qual a classificação de Vucetich para cada um dos padrões</p><p>representados pelas impressões a seguir</p><p>É sua vez!</p><p>Tanatologia Forense</p><p> Thanatus + Logia = Tanatologia</p><p>É o ramo da medicina legal que se ocupa do estudo da morte e dos</p><p>fenômenos com ela relacionados.</p><p>Conceito</p><p> Critérios para caracterização da parada total e irreversível das funções encefálicas em</p><p>pessoas com mais de dois anos.</p><p>Clínicos:</p><p> Coma aperceptivo com arreatividade inespecífica, dolorosa e vegetativa, de causa</p><p>definida;</p><p> Ausência de reflexos corneanos, oculoencefálico, oculovestibular e do vômito;</p><p> Teste de apnéia positiva.</p><p>Excluem-se dos critérios acima, os casos de intoxicações metabólicas, intoxicações por</p><p>drogas ou hipotermia.</p><p>Critérios</p><p>Complementares:</p><p> Ausência das atividades biolétricas ou metabólica cerebrais ou da perfusão</p><p>encefálica.</p><p> Observar o estado clínico por no mínimo 6 horas.</p><p> A parada total e irreversível das funções encefálicas será constatada através da</p><p>observação desses critérios registrados em protoloco.</p><p> Constatada a parada total e irreversível das funções encefálicas do paciente, o</p><p>médico deverá imediatamente informar aos seus representantes legais.</p><p>Critérios</p><p>A morte atualmente é definida por critérios estabelecidos pelo Conselho</p><p>Federal de Medicina (Resolução 1480/97) que a considera como sendo a parada</p><p>total e irreversível das atividades encefálicas. É o que se denomina morte</p><p>encefálica.</p><p> Aspectos médico legais</p><p> Importância médica</p><p> Importância jurídica</p><p>Morte</p><p>Jurídicas</p><p> Natural – é aquela que resulta de uma patologia, sem a intervenção de fatores</p><p>mecânicos em sua produção.</p><p> Violenta – é a que resulta de ato praticado por outra pessoa (homicídio), ou por</p><p>si mesma (suicídio), ou em razão de acidentes, sempre existindo</p><p>responsabilidade penal a ser apurada.</p><p> Presumida: é a morte que se verifica pela ausência ou desaparecimento da</p><p>pessoa, depois de transcorrido um prazo determinado por Lei. Código Civil: Lei</p><p>6.015/73, artigo 89</p><p>Tipos de Morte</p><p>Médicas ou clínicas</p><p> Fetal – Morte de um produto da concepção antes da expulsão ou extração</p><p>completa do corpo da mãe.</p><p> Materna – Morte de uma mulher durante a gestação ou dentro de um período de</p><p>42 dias após a gestação</p><p> Catastrófica: é toda morte violenta de origem natural ou de ação dolosa do</p><p>homem em que por um mesmo motivo, ocorre um grande número de vítimas</p><p>fatais.</p><p>Tipos de Morte</p><p> Morte histológica: decorre da parada as funções circulatórias e respiratória,</p><p>caracterizando-se pela cessação definitiva, porém gradual</p><p>e sucessiva das</p><p>atividades vitais dos diversos tecidos orgânicos.</p><p> Morte intermédia: cessação progressiva das atividades orgânicas sem que seja</p><p>possível a recuperação da vida.</p><p> Morte relativa: estado de parada cardíaca reversível.</p><p> Morte real: é a morte absoluta, cessa definitivamente todas as funções vitais.</p><p>Precisa ser constatada por meio de testes.</p><p>Modalidades de Morte</p><p> Morte Súbita: Morte imprevista, que ocorre instantaneamente e sem causa</p><p>manifesta atingindo pessoas em aparentemente estado de boa saúde.</p><p> Morte agônica: Morte lenta, implica sofrimento</p><p>Modalidades de Morte</p><p> Ver na apostila</p><p>Morte encefálica</p><p>Coma não</p><p>percepitível</p><p>Ausência de</p><p>reatividade</p><p>supraespinhal</p><p>Apneia</p><p>persistente</p><p>Presença de lesão encefálica de causa conhecida irreversível capaz de causar morte</p><p>encefálica</p><p>Ausência de fatores</p><p>tratáveis que possam</p><p>confundir o diagnóstico</p><p>Observação hospitalar de pelo</p><p>menos 6 horas, e se a causa</p><p>primária for ME for encefalopatia</p><p>hipóxico isquêmica, 24 horas</p><p>T = >35ºC</p><p> Ver na apostila</p><p>Morte encefálica</p><p> Tanatosemiologia (morte + sinal + estudo): parte da Tanatologia que estuda os</p><p>sinais de morte (fenômenos cadavéricos).</p><p> Tanatodiagnóstico (morte + diagnose): estuda o conjunto de sinais biológicos</p><p>iniciais que permitem afirmar o estado da morte real.</p><p> Cronotanatogênese (tempo + morte + conhecimento): estuda os meios de</p><p>determinação do tempo decorrido entre a morte e o exame cadavérico.</p><p> Tanatoscopia/Tanatopsia/Necropsia (morte + ver = observação) é o exame do</p><p>cadáver para verificação da realidade da causa da morte</p><p>Conteúdo</p><p> Tanatoconservação (morte + conservação) é o conjunto de técnicas</p><p>empregadas para a conservação do cadáver com suas características gerais.</p><p> Tanatolegislação (morte + legislação) é o conjunto de dispositivos legais</p><p>concementes à morte e ao cadáver.</p><p>Conteúdo</p><p>Parte da Tanatologia que estuda os sinais (fenômenos) cadavéricos.</p><p>Fenômenos cadavéricos: sinais que indicam a morte.</p><p>Classificação:</p><p>Abióticos: estão presente em todas as mortes;</p><p>Transformativos: presentes em alguns casos.</p><p>Tanatosemiologia</p><p>IMEDIATOS</p><p>CONSECUTIVOS</p><p>DESTRUTIVOS</p><p>CONSERVADORES</p><p>Inconsciência</p><p>Insensibilidade</p><p>Imobilidade</p><p>Parada da respiração espontânea</p><p>Parada da circulação</p><p>Imediatos</p><p>máscara da morte (fácies hipocrática)</p><p>inércia</p><p>relaxamento esfinctérico</p><p>midríase (dilatação pupilar)</p><p>Ausculta cardíaca</p><p>Radioscopia do coração</p><p>Eletrocardiografia com ou sem ativação</p><p>adrenalínica</p><p>Esvaziamento da artéria central da retina</p><p>Algidez</p><p>Rigidez</p><p>Hipóstase ou Livor</p><p>Consecutivos</p><p>Tendência ao equilíbrio com o meio ambiente, progressivo e não uniforme</p><p>esfriamento médio de 1,5º/h</p><p>Alterações na velocidade do resfriamento</p><p>Mais lento: obesos</p><p>envoltos em roupas ou cobertores</p><p>ambientes fechados ou sem circulação de ar</p><p>vítimas de insolacão, envenenamento e doenças infecciosas agudas</p><p>Mais rápido</p><p> crianças e idosos</p><p> doenças crônicas e grandes hemorragias</p><p>Algidez – Algor mortis</p><p> Mecanismo</p><p> após a morte: um relaxamento muscular generalizado</p><p> hipóxia celular</p><p> não formação de ATP</p><p> alteração da permeabilidade das membranas celulares</p><p> formação de actomiosina</p><p> ação da glicólise anaeróbica</p><p> acúmulo de ácido láctico</p><p> Ordem de aparecimento - Lei de Nysten – Sommer</p><p> face, mandíbula e pescoço</p><p> membros superiores e tronco</p><p> membros inferiores</p><p> desaparecimento na mesma ordem</p><p>Rigidez – Rigor mortis</p><p> Cronologia</p><p> aparecimento - 1 a 2 horas após a morte</p><p> grau máximo - 8 horas</p><p> desfazimento - 24 h</p><p> início da putrefação</p><p> coagulação das albuminas</p><p> acidificação</p><p>Rigidez – Rigor mortis</p><p> Espasmo cadavérico</p><p>Caracteriza-se pela rigidez abrupta, generalizada e violenta, SEM o relaxamento</p><p>muscular que precede a rigidez comum. É também chamada de rigidez</p><p>cadavérica cataléptica, estatuária ou plástica. Os cadáveres guardam a posição</p><p>com que foram surpreendidos pela morte em uma atitude especial fixada da vida</p><p>para a morte.</p><p>Rigidez – Rigor mortis</p><p> Modalidades</p><p> Manchas de hipóstase cutâneas</p><p> Livores viscerais</p><p> pulmões</p><p> fígado</p><p> rins</p><p> baço</p><p> intestinos</p><p> encéfalo</p><p> fenômenos constantes - exceção em grandes hemorragias</p><p> regiões inferiores do cadáver exceto regiões de pressão</p><p> forma de placas - exceção: púrpuras hipostáticas</p><p>Livor mortis</p><p> mecanismo</p><p> parada da circulação</p><p> ação da gravidade</p><p> acúmulo sanguíneo intravascular nas partes mais baixas do corpo - exceção:</p><p>regiões de pressão</p><p> coloração</p><p> regra: violácea</p><p> exceções</p><p> asfixia por monóxido de carbono - vermelho, róseas ou carminadas</p><p> envenenamento metahemoglobinizantes - marrom-escuro</p><p>Livor mortis</p><p> cronologia</p><p> aparecimento: 2 a 3 horas após a morte</p><p> fixação 8 a 12 horas</p><p> permanece na mesma posição caso se vire o cadáver</p><p> permite diagnóstico de alteração da cena do crime</p><p> pessoas de cor negra os livores podem não ser evidenciados</p><p> diagnóstico diferencial com equimose</p><p> incisar e perceber que o livor flui</p><p>Livor mortis</p><p> Autólise</p><p> Fenômenos putrefativos anaeróbicos</p><p>intracelulares</p><p> Mecanismo</p><p> Diminuição da oxigenação e nutrição</p><p>celular</p><p> Metabolismo anaeróbico</p><p> Acúmulo de ácido lático - Acidificação -</p><p>diminuição do Ph</p><p> Rompimento de organelas citoplasmáticas</p><p>- lisossomos</p><p> Liberação de enzimas proteolíticas</p><p> Processo sem participação bacteriana</p><p> Células mais afetadas - as que possuem</p><p>mais enzimas.</p><p>Transformativos - destrutivos</p><p> mucosa gástrica</p><p> mucosa intestinal</p><p> pâncreas</p><p> Fases</p><p> Latente - alterações</p><p>citoplasmáticas</p><p> Necrose - alterações nucleares</p><p> Asséptica</p><p>fetos mortos retidos, a partir do 5º mês de</p><p>gestação</p><p>fetos mais precoces podem ser reabsorvidos,</p><p>mumificados ou calcificados</p><p> Séptica</p><p>fetos intra-uterinos de cadáveres</p><p>alguns autores incluem a putrefação sob</p><p>imersão</p><p> Cronologia</p><p>poucas horas após a morte fetal</p><p>menor aderência epidérmica</p><p>3 a 5 dias</p><p>formação de bolhas epidérmicas com líquido</p><p>avermelhado</p><p> coalescência das bolhas</p><p> destacamento cutâneo</p><p> derme avermelhada exposta</p><p> destacamento do couro cabeludo</p><p> Evolução</p><p> diminuição da consistência corporal</p><p> achatamento ventral</p><p> descolamento dos ossos dos tecidos</p><p> grande possibilidade de contaminação</p><p>Maceração</p><p>Maceração</p><p>Mancha verde abdominal</p><p> Primeiro local da fase de coloração</p><p> Fossa ilíaca direita</p><p> o ceco é a parte mais dilatada e livre</p><p> maior acúmulo de gases</p><p> proximidade com a parede abdominal</p><p> concentração de bactérias</p><p> Cronologia do aparecimento</p><p> verão - 18 a 24hs</p><p> inverno - 36 a 48</p><p>Mecanismo e evolução</p><p> atividade bacteriana - Clostrídium</p><p>welchii</p><p> formação de metano, gás carbônico,</p><p>amônia e mercaptanos, gás sulfídrico</p><p> gás sulfídrico + hemoglobina =</p><p>sulfohemoglobina = verde</p><p> progressão por todo o corpo</p><p> escurecimento progressivo – verde</p><p>enegrecido a negro</p><p>Putrefação</p><p>Mancha verde abdominal</p><p>Putrefação</p><p>Fase Gasosa</p><p> Cronologia</p><p> perceptibilidade - 48 a 72 horas</p><p> grau máximo - 5 a 7 dias</p><p> Mecanismo</p><p> ação de bactérias saprófitas</p><p> Formação de gases da</p><p>putrefação - inflamáveis</p><p> decomposição protéica</p><p> liberação de compostos</p><p>nitrogenados - ptomaínas (odor</p><p>desagradabilíssimo)</p><p> Aumento da pressão abdominal</p><p> prolapso do útero - eventual</p><p>parto post-mortem</p><p> prolapso do reto</p><p> elevação do diafragma</p><p> compressão pulmonar - saída de</p><p>líquido avermelhado pela boca e</p><p>narinas</p><p> sangue proveniente do rompimento</p><p>alveolar</p><p> Superfície</p><p> destacamento total da epiderme</p><p> perda de fâneros</p><p> bolhas epidérmicas de conteúdo</p><p>líquido hemoglobínico - baixo teor</p><p>protéico</p><p>Putrefação</p><p> circulação póstuma de Brouardel</p><p> pressão sobre grandes vasos</p><p> escoamento passivo do sangue</p><p>periferia</p><p> destacamento da epiderme</p><p> coloração escura do sangue</p><p> 36 e 48 horas após a morte</p><p> Aspecto gigantesco</p><p> protusão ocular</p><p> protusão lingual</p><p> distensão dos órgãos genitais</p><p>masculinos</p><p> posição de lutador</p><p> Vísceras maciças</p><p> amolecimento</p><p> superfície de corte com numerosas</p><p>pequenas cavidades - queijo suíço</p><p> Coração</p><p> amolecido, pardo, com creptação</p><p> Pulmões</p><p> colabados - pardos escuros ou cinza</p><p>enegrecido</p><p> cavidades pleurais - até 200 ml. de</p><p>líquido pardo-escuro</p><p> Cérebro</p><p> perda da estrutura - "derretimento"</p><p> massa pegajosa cinza escura</p><p>Putrefação</p><p>Fase Gasosa</p><p>Putrefação</p><p>Fase Gasosa</p><p>Putrefação</p><p>circulação póstuma de Brouardel parto postmortem</p><p>Fase Coliquativa</p><p> Dissolução pútrida do cadáver -</p><p>deliqüescência cadavérica</p><p> Desintegração de partes moles</p><p> redução do volume</p><p> deformação</p><p> liberação dos gases</p><p> Inúmeras larvas</p><p> Cronologia</p><p> extremamente variável</p><p> início - 3 semanas após o óbito</p><p> término - vários meses</p><p>Putrefação</p><p>Fase Coliquativa</p><p>Putrefação</p><p> Fase de esqueletização</p><p> Fase que se mescla à coliquativa</p><p> Final do processo destrutivo cadavérico</p><p> Resultado final é o esqueleto livre de</p><p>partes moles</p><p> Cronologia muito variável</p><p> início - terceira a quarta semana</p><p> término - seis meses</p><p> fatores</p><p> clima</p><p> ambiente (+ fauna cadavérica)</p><p> ar livre</p><p> inumação</p><p> submersão</p><p>Putrefação</p><p> Adipocera ou saponificação.</p><p> Mumificação</p><p> Corificação</p><p> Calcificação</p><p>Transformadores - Conservadores</p><p> Fenômeno conservador transformativo raro</p><p> Aspecto de cera</p><p> consistência untuosa, mole e quebradiça</p><p> cheiro rançoso adocicado</p><p> coloração amarelado, róseo ou</p><p>acinzentado</p><p> Cronologia</p><p> pode surgir após a primeira semana</p><p> perceptível aos 3 meses</p><p> Aparece após estágio relativamente</p><p>avançado de putrefação</p><p> necessidade ação bacteriana</p><p>(principalmente do gênero Clostridium)</p><p> hidrólise de gorduras neutras (triglicerídio)</p><p>para a liberação de ácidos graxos</p><p> transformação do ácido oléico em</p><p>hidroxiesteárico e oxiesteárico</p><p> Geralmente limitado a algumas partes do</p><p>cadáver</p><p> Predisponentes</p><p> obesos</p><p> água estagnada e pouco corrente</p><p> solo argiloso e úmido</p><p> difícil acesso ao ar atmosférico</p><p> comum em valas comuns</p><p>Adipocera -saponificação</p><p> Meio quente, arejado e seco</p><p> inviabilidade bacteriana</p><p> desidratação</p><p> rápida</p><p> intensa</p><p> Mais comum</p><p> magros</p><p> crianças</p><p> Exame</p><p> peso e volume reduzidos</p><p> pele</p><p> ondulada</p><p> endurecida</p><p> aspecto de couro</p><p> coloração parda</p><p> soa como cartão ao toque</p><p> Às vezes parcial</p><p> segmentos, em geral os de</p><p>menor diâmetro: mãos e pés</p><p> Pode possibilitar</p><p> exame de lesões</p><p> identificação</p><p>Mumificação</p><p> Extremamente raro</p><p>Relatado por Della Volta em 1985</p><p> cadáveres recolhidos em ataúdes</p><p>metálicos herméticos, principalmente</p><p>de zinco</p><p> pele de cor e aspecto do couro</p><p>curtido recentemente</p><p> abdome achatado e deprimido</p><p> musculatura e tecido subcutâneo</p><p>preservados</p><p> líquido viscoso e turvo castanho-</p><p>amarelado na urna</p><p> órgãos amolecidos e conservados</p><p> possibilidade de exames</p><p>histopatológicos</p><p> possibilidade de exames</p><p>toxicológicos</p><p>Corificação</p><p> Fenômeno conservador muito raro</p><p> Petrificação ou calcificação corporal</p><p> Forma intra-uterina</p><p> forma mais comum</p><p> ocorre na morte fetal retida</p><p> litopédios - criança de pedra</p><p> Forma extra-uterina</p><p> raríssimo</p><p> mecanismo</p><p> putrefação muito rápida</p><p> assimilação de sais calcários</p><p>pelo esqueleto</p><p> resultado de aparência pétrea e</p><p>grande peso - (fóssil)</p><p>Calcificação</p>