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Síndrome de Pandora em Felinos

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SÍNDROME DE PANDORA 
 
Autor: Emanuelle Moreira Antunes; Orientador: Mariana de Oliveira Ribeiro 
 
Centro Universitário UNA Contagem/MG. Contato: emanuellemoreira.a@gmail.com 
 
Resumo: A Síndrome de Pandora é uma condição em gatos que causa sinais clínicos no trato 
urinário inferior, sem uma causa específica conhecida. Outros órgãos e sistemas, como o trato 
gastrointestinal, a pele, os pulmões, o sistema cardiovascular, nervoso central, endócrino e os 
sistemas imunológicos, podem ser afetados. Essa síndrome é uma desordem multifatorial e 
que pode ser causada por fatores genéticos e pelo estilo de vida moderno dos gatos 
domésticos, que predispõe estes à obesidade e ao estresse. Na Síndrome de Pandora os felinos 
podem manifestar hematúria, polaciúria, periúria, estranguria, cistite, bem como alterações em 
outros sistemas orgânicos. Os sinais clínicos são inespecíficos e recorrentes, ou seja, os 
animais voltam a apresentar os sinais clínicos em intervalos de tempo variáveis. Além disso, 
os gatos podem apresentar alteração comportamental, como micção inadequada, medo, 
letargia, diminuição da interação social, agressividade, hipodipsia, hiporexia e 
dermatilomania. Animais agressivos, ansiosos ou amedrontados, somados a fatores 
estressantes externos ou experiências adversas precoces, têm maior risco de desenvolver a 
patologia, visto que isso reduz a capacidade de adaptação e provoca mudanças duradouras na 
resposta ao estresse. O diagnóstico é realizado através do exame clínico, anamnese e exames 
complementares, como hemograma, bioquímico, exames de imagens, urinálise, cultura 
urinária, biópsia da vesícula urinária e cistoscopia. O manejo do estresse é crucial no 
tratamento, buscando reduzir a frequência e gravidade dos sintomas, realizado principalmente 
através do enriquecimento ambiental. A terapia medicamentosa é indicada apenas em casos 
graves ou recorrentes. Mudanças na alimentação devem ser realizadas, com o uso de 
alimentos úmidos e pastosos, visto que estes ajudam a aumentar a ingestão de água, reduzir a 
densidade da urina e diminuir a concentração de substâncias irritantes para a bexiga 
enfraquecida. A Síndrome de Pandora tem fisiopatologia complexa e pouco compreendida. 
Afeta o trato urinário inferior com sintomas inespecíficos que se refletem em vários órgãos. O 
estresse é o principal fator relacionado ao surgimento da doença. O diagnóstico é baseado na 
exclusão de outras causas de doenças urinárias, tornando a identificação mais difícil. Tendo 
em vista a não existência de cura, as terapias utilizadas têm um caráter paliativo, visando 
aliviar o estresse e controlar a dor. O enriquecimento ambiental é essencial na prevenção e 
tratamento dessa patologia. 
 
Palavras-chave: síndrome, pandora, felinos, cistite, urinário.

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