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AO DOUTO JUIZO DA ____ VARA DO TRABALHO DA CIDADE COLINAS/TO
 
   
 
ANTÔNIO SILVA, estado civil, vigilante, residente e domiciliado na xxxxx CEP nº. xxxxx, inscrito no CPF(MF) sob o nº. xxxxx, com CTPS nº. xxxxx, com endereço eletrônico xxxxxx, representado por seu advogado abaixo assinado com procuração infra a qual possui o endereço eletrônico e profissional , onde deve receber suas intimações com fulcro no art. art. 287, caput, do Código de Processo Civil, vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, sob o Rito Comum, e nos arts. 9º, 787 c/c 840, § 1º, da Consolidação as Leis do Trabalho, ajuizar a apresente
 
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
 
Em face de Bata LTDA, pessoa jurídica de direito privado, estabelecida na Rua xxxx, nº. xxx, xxxxx – CEP nº. xxxx, CNPJ nº. xxxx, endereço eletrônico xxxx, a partir das razões de fato e de direito a seguir expostas. 
DOS FATOS
O reclamante atuou como vigilante na empresa Beta Ltda. durante o intervalo de tempo compreendido entre 24/03/2018 e 16/05/2023. Durante esse período, ele percebeu uma remuneração mensal de R$ 1.300,00. 
Antônio alega, em resumo, que sua dispensa ocorreu sem justa causa, e embora tenha recebido as verbas rescisórias, o pagamento foi efetuado somente 20 dias após o término do contrato de trabalho. Durante seu tempo na empresa, ele seguia uma jornada de trabalho que compreendia os dias de segunda a sexta-feira, das 08h00 às 18h00, incluindo um intervalo de 40 minutos para refeição e descanso.
PRELIMINAR 
DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
	Inicialmente requer a concessão da gratuidade da justiça, com fulcro no § 4º, do art. 790, da CLT e art. 99, § 4º c/c 105 do NCPC, por está atualmente desempregado e não possuir meios de arcar com as custas do processo sem prejudicar seu próprio sustento e de sua família, enfrentando consideráveis dificuldades financeiras, que incluem a capacidade limitada de arcar com os custos associados ao processo judicial.
As dificuldades financeiras enfrentadas por Antônio são ainda mais acentuadas devido à sua condição de pai de dois filhos gêmeos com a idade de 4 anos. Ele está lutando para sustentar e cuidar de suas crianças em meio à falta de emprego e instabilidade financeira.
 
DO DIREITO
DA JORNADA DE TRABALHO – HORAS EXTRAS
	Conforme dispõe o inciso XIII do artigo 7º da Constituição Federal e artigo 58 da CLT,
Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite.
	
	Todavia, conforme extraído da descrição fática o reclamante trabalhava de “segunda a sexta-feira, das 08h00 às 18h00, com 40 minutos para refeição e descanso”
	Portanto, nos termos do artigo 59 parág. primeiro da CLT, requer que o réu pague horas extras pelos períodos trabalhados em excesso, além do reflexo do mesmo sobre férias, 13º salário, aviso prévio, DSR e FGTS.
DO INTERVALO INTRAJORNADA 
De acordo com o artigo 71 da CLT, o horário intrajornada é devido ao empregado, devendo, aos que trabalham 6 horas por dia, ser de no mínimo 1 hora e no máximo 2. 
A reforma trabalhista aprovadas em julho de 2017 especificou que o intervalo de tempo pode ser negociado desde que seja de no mínimo 30 minutos, especialmente em seu art. 611-A estabelecendo que convenções e acordos coletivos de trabalho têm precedência sobre a lei durante o resto do dia de trabalho. 
Assim, no caso em análise, é necessário o pagamento de 20 minutos do referido intervalo, com adicional de 50%, conforme ensina Art. 71, § 4º, da CLT. 
DA MULTA PELO ATRASO NO PAGAMENTO DO AVISO PRÉVIO
	
O reclamante foi dispensado sem justa causa, recebendo suas verbas rescisórias 20 dias após a extinção do vínculo empregatício. Portanto, considerando que é obrigação das empresas fornecerem ao ex-funcionário os documentos que evidenciam a notificação do término do contrato aos órgãos competente e que é necessário que as empresas efetuem o pagamento das compensações indicadas no Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho (TRTC) dentro de um prazo de 10 dias, a partir da data de encerramento do contrato de trabalho, obrigação essa, que está consagrada no artigo 477, parágrafo 6º, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o ora reclamante faz juz ao pagamento da multa pelo atraso no valor do seu último salário. 
DO DÉCIMO TERCEIRO
	
	Por ter sido demitido sem justa causa, o reclamante faz jus ao 13º salário pago integralmente de forma do art. 7º, inc. VIII daCF/88 c/c Lei nº 4.090/62, art. 3º, usando-se como base a comissão mais horas extras (Súmula 45, do TST), atualizadas (OJ nº 181 da SDI – I do TST e Súmula 376, inc. II, do TST) calculada de acordo com o disposto no decreto 57.155/65, art. 2º.
DAS FÉRIAS
	
	Ainda levando em consideração o reconhecimento do vínculo empregatício, o réu deverá ser condenado a pagar férias remuneradas, ligada ao aviso prévio (CLT, art. 149 do TST), acrescida do terço constitucional (CF, Art. 7º XVII; CLT, Art. 129 e seguintes; TST – súmula 328).
DO SEGURO DESEMPREGO
	Para a demissão sem justa causa, o réu deve fornecer as formas adequadas de encaminhamento e cobrança do seguro-desemprego. Assim, o pedido é para que o réu preste orientação sobre a habilitação do requerente ao seguro-desemprego forneça o prazo de elegibilidade de 120 dias, bem como contracheques do período de rescisão, FGTS e multas rescisórias, ou pague indenização.
DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
Honorários de sucumbência são devidos pela parte vencida ao advogado da parte vencedora em uma ação judicial. Assim, com base no art. 791-A da CLT requer a homologação dos referidos honorários bem como a condenação do reclamado ao seu pagamento. 
DOS PEDIDOS
	Ante o exposto, requer:
a) A citação da reclamada para, querendo, comparecer à audiência e oferecer resposta, sob pena de revelia na forma da lei;
b) A concessão da gratuidade da justiça, com fulcro no no § 4º, do art. 790, da CLT e art. 99, § 4º c/c 105 do NCPC;
c) A procedência dos pedidos para que a reclamada seja condenada a:
Ao pagamento da multa pelo atraso no aviso prévio;
Ao pagamento ao saldo de salário;
Ao pagamento décimo terceiro salário proporcional;
Ao pagamento das férias proporcionais;
A depositar o FGTS de todo o contrato de trabalho; 
Ao fornecimento das guias para habilitação do reclamante ao seguro desemprego, 
e) A condenação da reclamada ao pagamento de honorários advocatícios com fulcro no artigo 791-A da CLT. 
Protesta provar o alegado por todos os meios permitidos em direito e cabíveis a espécie, em especial documental, pela oitiva de testemunhas e pelo depoimento do representante da reclamada, sob pena de confissão.
Dá-se à causa ao valor de R$ XX.XXX,XX (valor por extenso).
Termos em que,
Pede deferimento.
Colinas/TO, (dia) de (mês) de (ano).
(advogado)
OAB/UF (informar)

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