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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA
CURSO DE DIREITO
Aluna: Rafaela Porto Costa da Silva.
Atividade Avaliativa Individual – ELABORAÇÃO DE 6 PEÇAS
Professor: RICARDO MOTTA.
Rio de Janeiro
2021.1
Estagiária: RAFAELA PORTO COSTA DA SILVA
Matrícula: 20171108711
1. Exercício de prática jurídica
MARCOS, auxiliar administrativo, residente no município de Niterói-RJ, foi contratado pela empresa BETA LTDA, para trabalhar na filial localizada no Município do Rio de Janeiro-RJ, em 4 de janeiro de 2018. A contratação ocorreu no município de MACAÉRJ, local onde está situada a matriz da empresa. Cumpria jornada de trabalho das 8 às 17h, de 2ª-feira a 6ª-feira, com 1 hora de intervalo para repouso e alimentação. Recebia o salário mensal de R$ 2.000,00 (dois mil reais). Foi imotivadamente dispensado, sem prévio aviso, no dia 26 de janeiro de 2020, ocasião em que nada lhe foi pago a título de verbas resilitórias. Informa que, encontra-se desempregado até o presente momento e que nunca usufruiu nem recebeu as férias. Você, na qualidade de advogado(a) de MARCUS, promova a medida processual cabível, observando o procedimento devido e o Juízo competente.
EXMO SENHOR. JUÍZ DO TRABALHO DA VARA XXX DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO/RJ, COMARCA DA CAPITAL.
	MARCOS, brasileiro, estado civil X, auxiliar administrativo, portador da carteira de identidade nº X, inscrito no CPF sob o nº X, portador da CTPS nº X, detentor do endereço eletrônico X, residente e domiciliado na rua X, nº X, CEP X, município de Niterói-RJ, vem, por intermédio de sua advogada infra-assinada RAFAELA PORTO COSTA DA SILVA, conforme procuração em anexo, propor a presente 
 			RECLAMAÇÃO TRABALHISTA 
em face de BETA LTDA, pessoa jurídica, inscrita no CNPJ sob o nº X, com sede na rua X, nº X, CEP X, Macaé-RJ, endereço eletrônico X, com base no art. 840 §1º da CLT, c/c art. 319, pelos fatos e fundamentos jurídicos que se passa a expor:
I. DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
	O Reclamante requer a concessão dos benefícios da gratuidade de justiça, uma vez que encontra-se atualmente desempregado, não possuindo condições financeiras de arcar com as custas processuais e com os honorários advocatícios sem o prejuízo do seu próprio sustento, conforme a declaração de hipossuficiência anexada a esta inicial (anexo 1), desta forma requer nos termos do artigo 789, CLT c/c Súmula 463 do C.TST c/c artigo 98 do CPC e seguintes, que lhe seja deferido os benefícios da justiça gratuita.
II. DA COMPETÊNCIA DO JUÍZO
	Este é o foro competente para a propositura do presente feito, tendo em vista que, embora a contratação tenha sido feita em Macaé-RJ, a prestação do serviço se deu na cidade do Rio de Janeiro/RJ, conforme é exposto nos autos e assim preleciona o artigo 651 da CLT, exposto a seguir:
Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro.
Comprova-se então a competência deste juízo para apreciação da presente ação.
III. DOS FATOS 
	Ocorre que o Reclamante, firmou contrato com a Reclamada, ora BETA LTDA, para exercer função de auxiliar administrativo na filial da empresa localizada no Município de MACAÉ – RJ. Tal contratação deu-se no dia 04 de Janeiro de 2018trabalhar na filial desta localizada no Município do Rio de Janeiro-RJ, em 4 de Janeiro de 2018, para desenvolver atividade como auxiliar administrativo.
	Marcos cumpria a jornada de trabalho das 08:00 às 17:00, de 2ª a 6ª feira, sendo 1 hora de intervalo para repouso e alimentação. Recebia o salário mensal de R$2.000,00 (dois mil reais).
	No dia 26 de Janeiro de 2020, o autor foi imotivadamente dispensado, sem prévio aviso, e nada lhe foi pago a título de verbas resilitórias, como também o mesmo nunca usufruiu nem recebeu as férias. Marcos atualmente encontra-se desempregado.
	Dessa forma, faz-se necessário o ajuizamento da presente ação. No termo de homologação do contrato de rescisão do contrato de trabalho do reclamante, estão ressalvados os seguintes direitos para se pleitear na Justiça especializada do Trabalho: aviso prévio indenizado, multa do artigo 477 da CLT, 13° salário, férias referentes ao aviso prévio, férias proporcionais e a multa de 40% do FGTS.
IV. DO DIREITO 
A. Férias não usufruídas.
	Como já mencionada, e comprovado através da documentação em anexo (anexo 2), o autor prestou serviços durante 2 anos e 22 dias, acumulando o total de dois meses de férias e as férias proporcionais em relação aos 22 dias. Baseando-se no art. 146 da CLT, Marcos tem o direito de receber as férias em dobro relativas ao período de 04 de Janeiro de 2018 até 03 de Janeiro de 2019. Deverá receber as férias vencidas integrais acrescidas do terço constitucional, como versa a Súmula 328 do TST.
B. Aviso prévio.
Obtendo como base a dispensa imotivada de Marcos, faz-se também possível o recebimento do aviso prévio, de acordo com o art. 1º da Lei 12.506/11, após um ano de trabalho terá 30 dias de aviso prévio, bem como o art. 7º da CF/88, que versa sobre a proporcionalidade do aviso prévio ao tempo de serviço, que será no mínimo de 30 dias de acordo com os arts. 487 a 491 da CLT. Ficar claro então, que o reclamante faz jus ao aviso prévio indenizado.
C. FGTS e indenização de 40%.
O reclamante não recebeu as verbas relativas ao FGTS corretamente. Baseando-se no art. 18 da lei 8.036/90, a empresa BETA LTDA deverá então ser condenada a pagar indenização monetária, juros e multa. Bem como, pagar as parcelas relativas ao FGTS sob as parcelas rescisórias e sob multa de 40% do FGTS, como versa o art. 20 da Lei 8.036/90, já que sua demissão foi sem justa causa e do verdadeiro período de serviço do reclamante, conforma o art. 7º, III da CF/88. Fazendo jus ao Seguro Desemprego.
D. 13º Salário.
Fará jus ainda ao décimo terceiro salário relativo ao tempo em que trabalhou para a Reclamada, considerando que, como versa o art. 7º, VIII da CF/88, fração igual ou superior a quinze dias de trabalho, deverá ser considerada mês integral.
Portando, o autor possui o direito de recebimento das verbas resilitórias não pagas de maneira correta anteriormente. Ficando provada ainda a severidade que isso obteve sobre a vida do Reclamante, e das normas que foram feridas pela contratante, mostrando-se clara a necessária aplicação da multa contida no art. 477, §8º da CLT.
V. DOS PEDIDOS. 
	Por todo o exposto, requer o autor, juntamente com a efetiva condenação da Reclamada, que o presente seja conhecido e provido, desde logo, com o devido respeito e acatamento, perante a vossa Excelência, o autor passar a requerer: 
I. Deferimento da Gratuidade de Justiça,				 II. Condenar a reclamada ao pagamento de honorários advocatícios em 15% do valor da condenação; 			 III. A notificação da Reclama da para comparecer à audiência a ser designada, para, querendo, apresentar defesa a presente reclamação e acompanhá-la em todos os seus termos, sob as penas da lei.	 
IV. O pagamento de todas as verbas trabalhistas a seguir: 	
a- Aviso prévio de R$ X.
b- Férias vencidas e proporcionais de R$ X.
c- Multa rescisória de R$ X.
d- FGTS com os 40% de R$ X.
e- Indenização pelos danos morais sofridos pelo autor, de R$ X.
Total de R$ X.
VI. PROVAS.
	O autor requer a produção de todas as provas de direito admitidas, incluindo a oitiva de testemunhas. 
VII. VALOR DA CAUSA.
Dar-se-á o valor da causa em R$ X. 
Nestes termos,
Pede deferimentos.
Rio de Janeiro, 24 de Fevereiro de 2021.
_____________________
Rafaela Porto Costa da Silva 
OAB nº xxx.xxx
2. Exercício da prática jurídica.
Marina Ribeiro, brasileira, casada, desempregada, filha de Laura Santos, portadora da identidade 855, CPF 909, residente e domiciliada na Rua Coronel Saturnino, casa 28 – São Paulo - SP – CEP 4444, trabalhou para a sociedade empresária Malharia Fina Ltda., localizada na capitalpaulista, como auxiliar de produção, de 20/09/2017 a 30/12/2020, quando foi dispensada sem justa causa, recebendo as verbas da ruptura contratual. 
Atualmente Marina está desempregada, mas, na época em que atuava na Malharia Fina, ganhava 1 salário-mínimo mensal. 
Marina é presidente do seu sindicato de classe, ao qual está filiada desde a admissão, tendo sido eleita e empossada no dia 20/06/2019 para um mandato de 2 anos, bem como cientificada a empregadora do fato por email, exibido ao advogado. Marina recebeu uniforme e EPI da empresa, jamais sofrendo descontos no seu salário em razão disso. Recebia, também, alimentação (almoço e lanche) gratuitamente e trabalhava de 2ª a 6ª feira das 13.30h às 22.30h, com intervalo de 1 hora, e aos sábados, das 8.00h às 12.00h, sem intervalo. Após o horário informado, gastava 20 minutos para tirar o uniforme, comer o lanche oferecido pela empresa e escovar os dentes. Marina recebeu a participação proporcional nos lucros de 2017 e integral em 2018, 2019 e 2020. 
Marina tem três filhos saudáveis, com idades de 12, 10 e 8 anos, conforme certidões de nascimento que apresentou. Ela, no ano de 2018, comprovadamente, doou sangue em duas ocasiões, faltou ao emprego em ambas e foi descontada a título de falta. Já em 2019, ela foi descontada em três dias, quando se ausentou para viajar para o Nordeste e comparecer ao enterro de um primo, que falecera em acidente de trânsito. 
Hugo, o superior imediato de Marina, era chefe do setor de produção. Duas vezes na semana, no mínimo, dizia que ela tinha um belo sorriso. Por educação, Marina agradecia o elogio. Em 2019, em razão de doença, Hugo ficou afastado do serviço por 90 dias e ela o substituiu até o seu retorno. 
Por ocasião do exame demissional, o setor médico da empresa informou que Marina estava apta para a dispensa. Nos seus contracheques, em todos os meses desde a admissão, havia o lançamento de crédito de um salário-mínimo e de duas cotas de salário-família, além de descontos de INSS, do vale-transporte, da contribuição assistencial e da confederativa. 
Marina ainda informou que tinha ajuizado uma ação anteriormente e que, como perdera a confiança no antigo advogado, não compareceu à audiência para a qual fora intimada. Essa ação havia sido distribuída à 250ª Vara do Trabalho de São Paulo e, em consulta pela Internet, foi verificado o seu arquivamento.
 
Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar respaldo à pretensão. A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não confere pontuação.
MM. JUÍZO DA ___ VARA DO TRABALHO DA COMARCA DA CAPITAL DO TRT DE SÃO PAULO
MARINA RIBEIRO, brasileira, casada, desempregada, portadora de carteira de identidade de nº 855, inscrita no CPF sob o nº 909, portador da CTPS n° X e série X, inscrito no PIS n° X, data de nascimento em X/X/X, filha de Laura Santos, endereço eletrônico X, residente e domiciliada na Rua Coronel Saturnino, casa 28 - São Paulo/SP - CEP 4444, por sua advogada infra-assinada Rafaela Porto Costa da Silva, procuração anexa (anexo 1), endereço eletrônico X, com escritório localizado no endereço X, vem respeitosamente a presença de Vossa Excelência, com fulcro nos artigos 286, II do CPC, 840, §1º c/c 659, X, da CLT, propor a presente
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA COM ANTECIPAÇÃO DE TUTELA DE URGÊNCIA
Em face de SOCIEDADE EMPRESÁRIA MALHARIA FINA LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ N° X, localizada no Município de São Paulo - SP, endereço comercial em X, na pessoa de seu representante legal, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos: 
I. DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA 
A Reclamante requer a concessão dos benefícios da gratuidade de justiça, uma vez que encontra-se atualmente desempregado, não possuindo condições financeiras de arcar com as custas processuais e com os honorários advocatícios sem o prejuízo do seu próprio sustento e de sua família, conforme a declaração de hipossuficiência anexada a esta inicial (anexo 1), desta forma requer nos termos do artigo 789, CLT c/c Súmula 463 do C.TST c/c artigo 98 do CPC e seguintes, além do art. 14, §1º da Lei 5.584/70, que lhe seja deferido os benefícios da justiça gratuita.
II. DA PREVENÇÃO
Requerer o autor a redistribuição da presente ação para a 250ª Vara da Comarca da Capital de São Paulo – SP, em razão do juízo encontra-se prevento, tendo em vista já existir reclamação trabalhista sob o nº X, arquivada no dia X, por ausência da reclamante de acordo com documentação em anexo (anexo 2), baseando todo o alegado nos arts. 59 e 286, II do CPC, valendo-se subsidiariamente dos arts. 769 CLT e 15 do CPC.
III. DA TUTELA ANTECIPADA DE URGÊNCIA
Requer a concessão de tutela antecipada, baseada no art. 659, X da CT, com imediata reintegração ao emprego, em razão da sua dispensa sem motivação. Haja vista que a autora é dirigente sindical, tendo sido eleita e empossada no dia 20 de Junho de 2019, para mandato de 2 anos, portanto não poderia ter sido demitida durante este período, como versa o art. 8º, VIII da CF e art. 543, §3º da CLT.
Faz-se então necessário a reintegração imediata da Reclamante à sua função na Reclamada, nos termos do art. 300 do CPC e art. 496 da CLT.
IV. DOS FATOS E FUNDAMENTOS
Cabe citar que a demandante trabalhou para a demandada no período de 20 de Setembro de 2017 até 30 de Dezembro de 2020, exercendo o cargo de auxiliar de produção, tendo sido dispensada sem justa causa.
Sua jornada de trabalho consistia no horário das 13:30 às 22:30 de segunda à sexta-feira, sendo 1 hora de intervalo; já aos sábados exercia sua função das 8:00 até 12:00, não possuindo intervalo. Valendo informar que usava aproximadamente 20 minutos para tirar o uniforme, comer o lanche dado pela empresa e escovar seus dentes.
Tornando-se mister ressaltar o fato de a autora ter sido eleita em 20 de Junho de 2019, para mandato de 2 anos, para o cargo de presidente do sindicato da classe, como consta na documentação anexada.
A reclamante recebeu o proporcional de participação de lucros referente ao ano de 2017, e dos anos 2018,2019 e 2020 recebeu integralmente.
Como comprovantes em anexo, a autora realizou doação de sangue por duas vezes no ano de 2018, dias em que faltou ao emprego e foi descontada a título de falta, mesmo tendo sido justificado.
Já no ano de 2019, descontou-se três dias, dias esses em que a reclamante ausentou-se para uma viagem ao Nordeste em decorrência da necessidade do comparecimento ao enterro de seu primo.
Neste mesmo ano, teve seu superior afastado pelo período de 90 dias, substituindo-o em suas funções.
Em relação aos descontos nos contracheques, todos os meses, foram lançados um salário-mínimo e duas costas de salário-família, descontos do INSS, do vale transporte, da contribuição assistencial e da confederativa, como demonstra documentação em anexo.
V. DO SALÁRIO
É indispensável mencionar que a empresa requerida fornecia certo valor à requerente para se alimentar por todo o tempo de duração do contrato de trabalho. Resta claro a parcela de natureza salarial, como versa o art. 457, §2º da CLT.
Requer então a integração da referida parcela à remuneração da empregada para os fins legais, com o pagamento dos seus reflexos no adicional noturno, horas extras, D.S.R, aviso prévio, trezenos, férias + 1/6, FGTS e indenização de 40%.
VI. DO INTERVALO DA JORNADA 
A reclamante cumpria suas funções no período se segunda a sexta feira, das 13:30 às 22:30, e aos sábados das 8:00 às 12:00. 
Com base na súmula 110 do TST e art. 66 da CLT, na jornada de trabalho deverá haver obrigatoriamente um período mínimo de 11 horas consecutivas de interjornada para descanso, como fundamenta o art. 66 da CLT. Em razão do seu não cumprimento, deverão ser pagas as horas em que a funcionária deixou de descansar, serão devidas como horas extraordinárias somadas ao adicional de 50%.
Requer então, que a reclamada seja condenada a pagar uma hora e meia, por semana, como hora extraordinária acrescida do adicional de 50%, conforme OJ 355 da SDI-1do TST. Sendo integrado à remuneração da reclamante para fins legais, com pagamento de seus reflexos no adicional noturno, D.S.R, aviso prévio, trezenos, férias +1/3, FGTS e indenização de 40%.
VII. DO ADICIONAL NOTURNO
Ao falar da jornada da autora, nota-se que mesmo trabalhando de segunda a sexta feira das 13:30 às 22:30, nunca foi lhe pago adicional noturno. E baseando-se no art. 73, §2º da CLT, este deverá ser pago sobre trabalho exercido entre 22:00 e 5:00. 
Resta claro que a autora fará jus ao pagamento de adicional noturno de 20% sobre a hora diurna. Requer portanto, que seja integrado à remuneração da reclamante para fins legais, com pagamento de seus reflexos no adicional noturno, D.S.R, aviso prévio, trezenos, férias +1/3, FGTS e indenização de 40%.
VIII. SALÁRIO FAMÍLIA
Ressalta-se que a autora é mãe de três filhos, nenhum deles sendo maior de 14 anos, portanto fará jus a mais uma cota do benefício do salário família, e não só dois como recebeu durante todo tempo em que trabalhou.
Requer, em razão da condição de baixa renda, sendo mãe de três filhos menores de 14 anos, encaixa-se perfeitamente nos requisitos do art. 7º, XII da CF/88, tendo direito a mais uma cota.
IX. DAS FALTAS AO EMPREGO
 
Os descontos feitos foram em razão de e duas ocasiões em que a reclamante foi doar sangue, tendo comunicado a empresa como consta em documentação em anexo justificados, e mesmo assim a empresa descontou os dias mesmo que comprovadamente justificados. 
Razão pela qual a reclamante requer a restituição de um dos dias em que comprovou ter doado sangue, com embasamento do art. 473, VI da CLT, que autoriza o funcionário a uma falta a cada 12 meses, no caso de doação de sangue, restando provado que o desconto dos dois dias como foi feito é ilegal.
X. DO SALÁRIO SUBSTITUIÇÃO 
Vale citar o período em que Marina teve que substituir seu superior hierárquico, chefe de seu setor, pelo período de 90 dias, que deverá ser paga a diferença salarial em relação ao tempo em que realizou tal função, conforme art. 5º e 450 da CLT, preenchendo os requisitos, visto que a substituição realizada não tem caráter eventual, tendo direito ao salário contratual daquele que foi substituído, como versa a Súmula 169, I do TST.
XI. DAS HORAS EXTRAORDINÁRIAS 
A reclamante requer as horas extras devidas com adicional de 50%, conforme art. 4º, §2º da CLT, devido ao tempo de 20 minutos para troca obrigatória do uniforme.
Esses vinte minutos são tempo à disposição da empresa, conforme consta na Súmula 366 do TST, art. 4º CLT e art. 58, §1º da CLT.
Requer portanto, que seja integrado à remuneração da reclamante para fins legais, com pagamento de seus reflexos no adicional noturno, D.S.R, aviso prévio, trezenos, férias +1/3, FGTS e indenização de 40%.
XII. DO PEDIDO 
Diante do exposto, requer a autora o reconhecimento dos fatos, bem como a condenação da ré em:
a) Concessão da gratuidade de justiça, em virtude de estar em situação de desemprego e não possuir condições de arcar com as custas do processo, sem comprometimento do seu sustento e de sua família, com base no art. 789 da CLT c/c Súmula 463 do C.TST c/c art. 98 e seguintes do CPC;
b) Citação da Reclamada, para que apresente em momento futuro sua defesa, sob pena de revelia e confissão dos fatos;
c) Declaração da nulidade da dispensa sem justa causa, com a concessão do pedido da liminar de urgência para a reintegração imediata da autora à sua função, sendo pela demissão indevida em razão de possuir estabilidade por ser dirigente do sindicato de sua classe trabalhadora ou indenização substitutiva;
d) Em razão da habitualidade e natureza salarial, que seja integrado o valor advindo a título de alimentação à remuneração da contratada para fins legais, com o consequente pagamento de seus reflexos no adicional noturno, horas extras, D.S.R, aviso prévio, trezenos, férias +1/3, FGTS e indenização de 40%, no valor de R$ X;
e) Requerer o pagamento dos 20 minutos como horas extraordinárias, incluindo o adicional de 50%, por todo período trabalhado, para troca de vestimenta na forma da fundamentação supra, em razão da habitualidade e natureza salarial, que sejam integrados à remuneração da contratada para fins legais, com o consequente pagamento de seus reflexos no adicional noturno, horas extras, D.S.R, aviso prévio, trezenos, férias +1/3, FGTS e indenização de 40%, no valor de R$ X;
f) Condenação da Reclamada ao pagamento de uma hora e meia, por semana, durante o período em que trabalhou (Intervalo intrajornada), como hora extraordinária, com adicional de 50% sobre a hora normal de trabalho, conforme OJ 355 da SDI-1 do TST, em razão da habitualidade e natureza salarial, requer que sejam integrados à remuneração da contratada para fins legais, com o consequente pagamento de seus reflexos no adicional noturno, horas extras, D.S.R, aviso prévio, trezenos, férias +1/3, FGTS e indenização de 40%, no valor de R$ X;
g) Condenação da Reclamada ao pagamento de adicional noturno de 20% sobre a hora diurna durante o período em que trabalhou, em razão da habitualidade e natureza salarial, requer que sejam integrados à remuneração da contratada para fins legais, com o consequente pagamento de seus reflexos no adicional noturno, horas extras, D.S.R, aviso prévio, trezenos, férias +1/3, FGTS e indenização de 40%, no valor de R$ X;
h) Da restituição do valor do desconto feito pela Reclamada de um dia de trabalho, mesmo justificado a Reclamante com documentação comprobatória de doação de sangue, no valor de R$ X;
i) Do pagamento de uma cota do salário família faltante referente a mais um filho da contratada, por todo o período em que esteve contratada, no valor de R$ X;
j) Do pagamento da diferença salarial condizente ao período de 90 dias em que substituiu superior hierárquico, no valor de R$ X;
k) Do pagamento de honorários advocatícios em 15% do valor a ser apurado em liquidação de sentença, conforme art. 791, a da CLT.
XIII. 	DAS PROVAS 
Requer a produção de todos os meios de provas admitidas em processo e em direito com fundamento no artigo 369 do CPC. 
XIV.	 DO VALOR DA CAUSA 
Dá-se à causa o valor de R$ X. 
Nesses termos,
pede deferimento.
São Paulo, X de X de X.
_____________________
Rafaela Porto Costa da Silva 
OAB nº xxx.xxx
3. Exercício de prática jurídica.
Após juntar durante alguns anos suas economias e auxiliado por seus familiares, Tito comprou uma motocicleta e começou a trabalhar em 15/12/2018 como motoboy na Pizzaria Gourmet Ltda., localizada no Município de Parauapebas, Estado do Pará, realizando a entrega em domicílio de pizzas e outros tipos de massas aos clientes do empregador.
A carteira de trabalho de Tito foi devidamente assinada, com o valor de 1 salário-mínimo mensal. 
Em razão da atividade desempenhada, Tito poderia escolher diariamente um item do cardápio para se alimentar no próprio estabelecimento, sem precisar pagar pelo produto.
Tito fazia em média 10 entregas em seu turno de trabalho, e normalmente recebia R$1,00 (um real) de bonificação espontânea de cada cliente, gerando uma média de R$ 260,00 (duzentos e sessenta reais) mensais. Tito exercia suas funções durante seis dias na semana, com folga na 2ª feira, sendo que, uma vez por mês, a folga era em um domingo. A jornada cumprida ia das 18h às 3h30, com intervalo de 40 minutos para refeição. 
No mês de agosto de 2019, Tito fez a entrega de uma pizza na casa de um cliente. Ocorre que o cozinheiro da pizzaria se confundiu no preparo e assou uma pizza de calabresa, sendo que o cliente era alérgico a esse produto (linguiça). Ao ver a pizza errada, o cliente foi tomado de fúria incontrolável, começou a xingar e a ameaçar Tito, e terminou por soltar seus cães de guarda, dando ordem para atacar o entregador. Tito correu desesperadamente, mas foi mordido e arranhado pelos animais, sendo lesionado gravemente. 
Em razão disso, ele precisou se afastar por 30 dias para recuperação, recebendo o benefício previdenciário pertinente do INSS. Tito gastou R$ 30,00 na compra de vacina antirrábica, que por recomendaçãomédica foi obrigado a tomar, porque não sabia se os cachorros eram vacinados. 
Em 20 de setembro de 2019, após obter alta do INSS, Tito retornou à empresa e foi dispensado, recebendo as verbas rescisórias.
Nos contracheques de Tito, constam, mensalmente, o pagamento do salário-mínimo nacional na coluna de créditos e o desconto de INSS na coluna de descontos, sendo que no mês de março de 2019 houve ainda dedução de R$ 31,80 (trinta e um reais e oitenta centavos) a título de contribuição sindical, sem que tivesse autorizado o desconto.
Tito foi à CEF e solicitou seu extrato analítico, onde consta depósito de FGTS durante todo o contrato de trabalho. 
Considerando que, em outubro de 2019, Tito procurou você, como advogado(a), para pleitear os direitos lesados, informando que continua desempregado, elabore a peça processual pertinente.
MM. JUÍZO DA ___ VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE PARAUAPEBAS/PA
TITO, nacionalidade X, estado civil X, motoboy, nascido em X, filho de X portador da carteira de identidade de nº X e inscrito no CPF sob o nº X, série X, PIS nº X, residente e domiciliado à Rua X, Parauapebas/PA, CEP X, endereço eletrônico X, vem, nos termos da procuração (anexa) e por meio de sua advogada Rafaela Porto Costa da Silva, que a subscreve, inscrita na OAB/RJ sob o nº X, com endereço eletrônico X, e endereço profissional sito à X, CEP X, onde receberá as intimações, com fulcro no Art. 840 § 1º da CLT c/c Art. 319 e 294 do CPC, propor a presente
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA
Em face de SOCIEDADE EMPRESÁRIA PIZZARIA GOURMET LTDA, pessoas jurídica de direito privado, devidamente inscrita no CPNJ sob o nº X, estabelecida na cidade de Parauapebas – PA, bairro X, no endereço X, Nº X, telefone X, neste ato representada por seu representante legal, pelos motivos de fato e de direito que passa a expor:
I.DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA 
O Reclamante requer a concessão dos benefícios da gratuidade de justiça, uma vez que encontra-se atualmente desempregado, não possuindo condições financeiras de arcar com as custas processuais e com os honorários advocatícios sem o prejuízo do seu próprio sustento e de sua família, conforme a declaração de hipossuficiência anexada a esta inicial (anexo 1), desta forma requer nos termos do artigo 789, CLT c/c Súmula 463 do C.TST c/c artigo 98 do CPC e seguintes, além do art. 14, §1º da Lei 5.584/70, que lhe seja deferido os benefícios da justiça gratuita.
II.DA TUTELA ANTECIPADA
Requer a concessão de tutela antecipada, com base no art. 118 da lei 8.213/91 e Súmula 378 do TST, para que haja a sua imediata reintegração ao exercício de suas funções, uma vez que sua dispensa demonstrou-se imotivada.
O autor era detentor de garantia provisória no emprego em razão de acidente de trabalho de 12 meses após o retorno do INSS, dado em 20/09/2019, tendo sido dispensado apenas 30 dias após afastamento, mesmo possuindo direito a estabilidade até 20/09/2020. Sendo assim, requisita a concessão de tutela antecipada, com base nos arts. 300 e seguintes do CPC, para obter a reintegração ao seu cargo ou a conversão em indenização, baseado no art. 496 da CLT.
III. DOS FATOS e FUNDAMENTOS
O Reclamante foi admitido empresa Ré, no dia 15 de Dezembro de 2018, ficando acordado que cumpriria a função de motoboy, no Município de Parauapebas/PA.
Além disso, no contrato ficou estabelecido que seu horário de trabalho seria das 18:00 às 3:30, durante 6 dias na semana, com 40 minutos para refeição e descansando ao domingo uma vez ao mês; bem como que receberia um salário mínimo mensal no valor de R$ X, acrescido de gorjetas espontâneas e habituais, que em média totalizavam R$ 260,00 mensais, média essa devendo ser integrada na remuneração do autor, para fins de férias acrescidas de 1/3 constitucional, 13º salário, depósitos fundiários e o recolhimento previdenciário de todo o período em trabalhou, com base no art. 457 da CLT e na Súmula 354 do TST.
No mês de Agosto de 2019, o requerente sofreu um acidente enquanto realizava entregas do dia, passando a ficar afastado pelo período de 30 dias e recebendo benefício previdenciário do INSS. 
Vale citar ainda que, em decorrência da mordida de um cachorro, que foi o que motivou o referido acidente, teve que realizar pagãmente de uma vacina, após isso, logo que voltou ao trabalho foi dispensado, recebendo as verbas rescisórias.
IV.DA ALIMENTAÇÃO
A empresa Ré era fornecedora da alimentação do Autor por todo o contrato de trabalho, por conta disso, configura-se parcela de natureza salarial, com base no art. 457, §2º da CLT.
Requer então a integração dessa parcela à sua remuneração para todos os fins legais, com o consequente pagamento dos seus reflexos no adicional noturno, horas extras, D.S.R, aviso prévio, trezenos, férias + 1/3, FGTS e indenização de 40%.
V.DAS GORJETAS
Sabe-se que a média de gorjetas mensais era de R$ 260,00, não sendo adicionadas em seu contracheque nem na CTPS, conforme documentação anexada aos autos.
Resta claro então, que o autor faz jus a correção da sua CTPS, conforme arts. 29, §1º, e 457 da CLT, devendo conter o valor médio de gorjetas e também a integração dessa parcela à sua remuneração para todos os fins legais, com o consequente pagamento dos seus reflexos no adicional noturno, horas extras, D.S.R, aviso prévio, trezenos, férias + 1/3, FGTS e indenização de 40%.
VI. DA INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL E MATERIAL
Além do dano físico que sofreu em decorrência do acidente, foi gravemente lesionado em virtude do ataque que sofreu dos cachorros do cliente para o qual realizava entrega naquele momento; tem-se também o prejuízo financeiro, já que teve que arcar com o pagamento da vacina antirrábica, no valor de R$ 30,00.
Não se tem dúvida que a violação moral ocorreu, baseando-se no art. 223, c da CLT, sendo passível de indenização, como versa o art. 223, e da CLT e arts. 186 e 927 do CC, bem como a restituição dos valores gastos pelo autor com medicação, com fulcro no art. 223, f da CLT.
VII.DAS HORAS EXTRAS
Em virtude da jornada de trabalho do Requerente, sendo de 6 dias na semana, das 18:00 às 3:30, possuindo intervalo de 40 minutos para realizar refeição e descanso, com uma folga semanal, fica evidente que as regras estabelecidas no art. 7º, XIII da CF e art. 58 da CLT, foram extrapoladas, sendo devido ao autos o pagamento de horas extras com adicional de 50%, por todo período em que trabalhou.
Requer então a integração dessa parcela à sua remuneração para todos os fins legais, com o consequente pagamento dos seus reflexos no adicional noturno, horas extras, D.S.R, aviso prévio, trezenos, férias + 1/3, FGTS e indenização de 40%.
VIII. DO ADICIONAL NOTURNO
Conforme documentação comprobatória juntada aos autos, não houve em nenhum momento pagamento de adicional noturno, mesmo o autor realizando suas funções das 18:00 às 3:30. 
Fundamentando-se no art. 73 da CLT, requer o pagamento do acional noturno de 20% sobre as horas trabalhadas a partir das 22:00, bem como a reintegração ao salário para todos os fins legais, com o consequente pagamento dos seus reflexos no adicional noturno, horas extras, D.S.R, aviso prévio, trezenos, férias + 1/3, FGTS e indenização de 40%.
IX.DO INTERVALO
Verifica-se irregularidade ao analisar a questão do intervalo concedido ao Reclamante, já que só tinha direito a 40 minutos diárias de intervalo para realizar refeições, porém, levando em conta sua jornada, na realidade seria de direito seu intervalo de 1 hora, como consta no caput do art. 71 da CLT.
Sendo assim, requer o pagamento dos 20 minutos diários, por todo o período de tempo trabalhado, com acréscimo de 50%, a título de indenização, tendo como base o art. 71, §4º da CLT.
XI. DO PEDIDO DE DEVOLUÇÃO DO DESCONTO DA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL
Como comprovada com a documentação acostada aos autos, o autor teve descontado de seu salário, no mês de Março de 2019, o valor de R$ 31,80 a título de contribuição sindical, ocorre que tal desconto não foi autorizado pelo Requerente.Com fulcro no art. 578 da CLT, é possível a contribuição, desde que prévia e expressamente autorizada pelo empregado, o que não foi o caso, portanto, requer a devolução do valor descontado a título de contribuição sindical.
XII. DO ADICIONAL DE PERICULOSIDADE 
O autor foi contratado para exercer a função de motoboy, realizando entregas de pizzas, atividade realizada por motocicleta, que caracteriza condição de periculosidade, conforme art. 193, §4º da CLT.
Portanto, fica claro que é devido ao requerente o adicional de 30% sobre o salário, como versa o art. 193, §1º, e além disso, tendo em vista a habitualidade, requer a sua integração na remuneração, conforme Súmula 191, I, do TST e Súmula 132, I do TST, bem como o consequente pagamento dos seus reflexos no adicional noturno, horas extras, D.S.R, aviso prévio, trezenos, férias + 1/3, FGTS e indenização de 40%.
XIII.DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
O Demandante encontra-se amparado por advogado partículas, devendo ser fixados os honorários de sucumbência, com fulcro no art. 791, A da CLT , fixando os honorários na observância do §2º, art. 71, A da CLT.
XIV.DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS
Diante o exposto, o reclamante requer o reconhecimento dos fatos, assim como a condenação da reclamada em:
a) Que seja declarada nula a dispensa sem justa causa do autor, com a imediata reintegração à suas funções, ou pagamento de indenização pelo tempo de estabilidade, no valor de R$ X;
b) Indenização por dano material e moral, no valor de R$ X;
c) Do pagamento de horas extras a 50% da hora normal, a partir da oitava hora da jornada, ou da quadragésima quarta hora semanas, bem como em razão da habitualidade, reintegração ao salário para todos os fins legais, com o consequente pagamento dos seus reflexos no adicional noturno, horas extras, D.S.R, aviso prévio, trezenos, férias + 1/3, FGTS e indenização de 40%, no valor de R$ X;
d)Do pagamento de adicional noturno, com acréscimo de 20% sobre a hora diurna, bem como, em razão da habitualidade, reintegração ao salário para todos os fins legais, com o consequente pagamento dos seus reflexos no adicional noturno, horas extras, D.S.R, aviso prévio, trezenos, férias + 1/3, FGTS e indenização de 40%, no valor de R$ X;
e)Do pagamento do adicional de periculosidade de 30%, bem como, em razão da habitualidade, reintegração ao salário para todos os fins legais, com o consequente pagamento dos seus reflexos no adicional noturno, horas extras, D.S.R, aviso prévio, trezenos, férias + 1/3, FGTS e indenização de 40%, no valor de R$ X;
f)Do pagamento de indenização em relação ao intervalo intrajornada suprimido, no valor de R$ X;
g)Da integração salarial das gorjetas, com a devida anotação em carteira e aplicação dos reflexos nas férias e 13º salário, no valor de R$ X;
h)Da devolução do valor descontado a título de contribuição sindical, não permitido pelo autor, no valor de R$ X;
i)Da concessão da justiça gratuita;
j)Dos honorários advocatícios de sucumbências, fixados em 15% sobre o valor da liquidação de sentença;
k) Requer a notificação da Reclamada, para que apresente defesa até audiência, caso queira, sob efeitos de revelia.
Requer que o presente feito seja julgado totalmente procedente, condenando a Reclamada na forma dos pedidos acima.
Protesta provar por todos os meios de prova em direito admitidos, especialmente testemunhal, documental, superveniente, pericial e depoimento pessoal da Reclamada, sob pena de confissão.
Dá-se à causa o valor de R$ X.
Nesses termos,
pede deferimento.
Parauapebas, 12 de Abril de 2021.
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Rafaela Porto Costa da Silva 
OAB nº xxx.xxx
4. Exercício de prática jurídica. (contestação)
A sociedade empresária Tecelagem Fio de Ouro S.A. procura você, como advogado(a),afirmando que Joana da Silva, que foi empregada da Tecelagem de 10/05/2008 a 29/09/2018, ajuizou reclamação trabalhista em face da sociedade empresária, em 15/10/2018, com pedido certo, determinado e com indicação de seu valor. O processo tramita na 80ª Vara do Trabalho de Cuiabá, sob o número 1000/2018.
Joana requereu da ex-empregadora o pagamento de indenização por dano moral, alegando ser vítima de doença profissional, já que o mobiliário da empresa, segundo diz, não respeitava as normas de ergonomia. Disse, ainda, que a empresa fornecia plano odontológico gratuitamente, requerendo, então, a sua integração, para todos os fins, como salário utilidade. Afirma que, nos últimos dois anos, a sociedade empresária fornecia, a todos os empregados, uma cesta básica mensal, suprimida a partir de 1º de agosto de 2018, violando direito adquirido, pelo que requer o seu pagamento nos meses de agosto e setembro de 2018. Relata que, no ano de 2018, permanecia, duas vezes na semana, por mais uma hora na sede da sociedade empresária para participar de um culto ecumênico, caracterizando tempo à disposição do empregador, que deve ser remunerado como hora extra, o que requereu.
Joana afirma que foi coagida moralmente a pedir demissão, pois, se não o fizesse, a sociedade empresária alegaria dispensa por justa causa, apesar de ela nada ter feito de errado. Assim, requer a anulação do pedido de demissão e o pagamento dos direitos como sendo uma dispensa sem justa causa. Ela reclama que foi contratada como cozinheira, mas que era obrigada, desde o início do contrato, após preparar os alimentos, a colocá-los em uma bandeja e levar a refeição para os 5 empregados do setor. Esse procedimento caracterizaria acúmulo funcional com a atividade de garçom, pelo que ela requer o pagamento de um plus salarial de 30% sobre o valor do seu salário. Por fim, formulou um pedido de adicional de periculosidade, mas não o fundamentou na causa de pedir. Joana juntou, com a petição inicial, os laudos de ressonância magnética da coluna vertebral, com o diagnóstico de doença degenerativa, e a cópia do cartão do plano odontológico, que lhe foi entregue pela empresa na admissão. Juntou, ainda, a cópia da convenção coletiva, que vigorou de julho de 2016 a julho de 2018, na qual consta a obrigação de os empregadores fornecerem uma cesta básica aos seus colaboradores a cada mês, e, como não foi entabulada nova convenção desde então, advoga que a anterior prorrogou-se automaticamente. Por fim, juntou a circular da empresa que informava a todos os empregados que eles poderiam participar de um culto na empresa, que ocorreria todos os dias ao fim do expediente.
A ex-empregadora entregou a você o pedido de demissão escrito de próprio punho pela autora e o documento com a quitação dos direitos da ruptura considerando um pedido de demissão.
Diante da situação, elabore a peça processual adequada à defesa dos interesses de seu cliente.
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz do Trabalho da 80ª Vara do Trabalho de Cuiabá - MT.
Processo: N° X.
SOCIEDADE EMPRESÁRIA TECELAGEM FIO DE OURO S.A, devidamente qualificada nos autos da ação trabalhista descrita acima, vem respeitosamente à Vossa Excelência, por seu advogado infra-assinado, com procuração anexa e endereço profissional no qual recebe intimações e demais comunicações processuais à Rua X, tempestivamente, com fulcro no art. 847 da CLT c/c art. 300 do CPC, apresentar
CONTESTAÇÃO
 
às alegações formuladas por JOANA DA SILVA, já qualificada nos autos da Reclamação Trabalhista, pelas relevantes razões de fato e de direito que passa a expor:
DA SÍNTESE DA PETIÇÃO INICIAL
Joana, ajuizou ação buscando pagamento de indenização por dano moral, declarando ter sido vítima de doença profissional, de acordo com a mesma, em razão do mobiliário da empresa não respeitar normas de ergonomia. Além disso, declarou que era fornecido pela empresa plano de maneira gratuita, requerendo sua integração, para todos os fins legais, como salário utilidade. Relata, ter sido fornecido pela empresa aos funcionários, cestas básicas mensais, durantes os últimos 2 anos, sendo suprimidas a partir do dia 1º de Agosto de 2018, violando assim direito adquirido, requerendo então seu pagamentorelativos aos meses de Agosto e Setembro de 2018. Relata que, durante o ano de 2018, permanecia no trabalho por uma hora a mais por dois dias na semana, para comparecer a culto ecumênico, acreditando caracterizar tempo à disposição de seu empregador, requerendo que fosse pago como hora extra.
Bem como, alegou ter sido coagida moralmente a pedir demissão, e que se não o fizesse, a Sociedade a dispensaria por justa causa, mesmo sem ter feito faltas. Por esse motivo, requereu a anulação do pedido de demissão e que lhe fossem pagos direitos como de uma dispensa sem justa causa. Relata que, apesar de no contrato constar sua função como cozinheira, ela era obrigada, após preparar os alimentos, a colocá-los em bandejas e carregar a refeição aos 5 empregador do setor, restando caracterizado o acúmulo de função, razão pela qual requer pagamento de plus salarial de 30%, sobre o valor de seu salário.
Ao fim, requer adicional de periculosidade, porém tal pedido restou sem fundamento na causa de pedir. Juntou aos autos, sua petição inicial, laudos de ressonância magnética da coluna vertebral, bem como o diagnóstico de doença degenerativa, o cartão do referido plano odontológico fornecido pela empresa, a cópia de convenção coletiva (tendo vigorado de 2016 a 2018) que versa sobre a obrigação da empresa no fornecimento de cesta básica aos funcionários mensalmente, alegando ter sido prorrogada automaticamente já que não foi feita nova convenção. Por fim, juntou um circular da empresa, que continha informativo que todos os funcionários poderiam fazer parte de culto na empresa, sendo esse sempre todos os dias, ao final do expediente. 
PRELIMINARES
INÉPCIA – ARTS. 330, 1º, I e 485, I do CPC
Houve a falta de fundamentação na causa de pedir referente ao adicional de periculosidade, sendo assim, com fulcro no art. 330, 1º, I do CPC, fica clara a inépcia. 
Requer então, que o pedido seja julgado extinto sem resolução de mérito, com base nos arts. 485, I e 330, I e §1º do CPC.
PREJUDICIAL DE MÉRITO
PRESCRIÇÃO – ARTS. 7º, XXIX da CF/88; 11, caput da CLT E Súmula 308, I do TST
Joana foi contratada no dia 10 de Maio de 2008, e seu pedido de demissão ocorreu em 29 de Setembro de 2018, tendo ajuizado a presente demanda no dia 15 de Outubro de 2018. Nota-se que ocorreu a prescrição parcial, levando em conta os 5 anos retroativos. Ou seja, ocorreu a prescrição referente ao período anterior ao dia 15 de Outubro de 2013, com fulcro nos arts. 7º, XXIX da CF/88; 11 da CLT e Súmula 308, I do TST. 
Em razão disso, requer a extinção dos pedidos referentes ao período anterior ao dia 15 de Outubro de 2013.
DOS DESCONTOS DO PLANO DE SAÚDE – ART. 458, §2º, IV e §5º da CLT
A Reclamante alegou que o plano odontológico fornecido pela empresa seria salário utilidade, ocorre que tal fato mostra-se equivocado, tendo em vista a vedação legal contida no art. 458, § 2º, inciso IV e § 5º, da CLT, que versa exatamente sobre plano odontológico não caracterizar salário utilidade. 
Desta maneira, querer a improcedência do pedido.
DA INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL – ART. 20, § 1º, a da Lei nº 8.213/91
Além disso, relatou em sua inicial ter sofrido de doença profissional, motivada pelo desacordo da mobília da Sociedade com as normas de ergonomia, tendo juntado aos autos laudos de doença degenerativa, não possuindo qualquer tipo de relação com o relatado e nem se encaixando em doença do trabalho, com base no art. 20, § 1º, alínea a, da Lei nº 8.213/91.
Requer então, a improcedência do pedido de dano moral por doença do trabalho.
DA CESTA BÁSICA MENSAL - ART. 614, § 3º, da CLT
Alega ter recebido durante os dois últimos anos de contrato cesta básica mensal fornecida pelo empregador, e que tal fornecimento foi suprimido tendo violado direito adquirido. Apresentou na documentação junta aos autos, convenção coletiva, que vigorou no período de Julho de 2016 a Julho de 2018, que versava sobre a obrigação do fornecimento de cesta básico para os funcionários. Ocorre que após o fim do prazo de sua vigência, não teve nova convenção sobre o tema, findo o benefício. Não há o que se falar em prorrogação automática, tal fato não existe, o art. 614, §3º da CLT, estabelece o prazo de 2 anos e veda a ultratividade.
Desta forma, requer a improcedência do pedido de pagamento de cestas básicas não concedidas.
DO TEMPO À DISPOSIÇÃO – ART. 4º, § 2º, inciso I, da CLT
Afirma que no ano de 2018, por dois dias na semana, ficava uma hora a mais na empresa para fazer parte de culto, fundamentando assim seu pedido de horas extras. Ocorre que, o envolvimento voluntário de funcionário em práticas religiosas dentro da empresa não caracteriza tempo à disposição do empregador, como demonstra o art. 4º, §2º, I da CLT, e como a mesma cita em sua inicial, no informativo ficava claro que era facultativa a participação.
Desta maneira, requer a improcedência do pedido de horas extras.
DO ACÚMULO FUNCIONAL – ART. 456, PARÁGRAFO ÚNICO da CLT
Resta claro que Joana não fará jus ao acúmulo funcional, mesmo relatando que contratada para cozinhar, também servia os funcionários. Tendo em vista que, com base no art. 614, §3º da CLT, a função de servir é compatível com a função original de cozinhar.
Desta maneira, requerer o indeferimento do acúmulo funcional.
DA COAÇÃO NO PEDIDO DE DEMISSÃO – ART. 818, inciso I, da CLT e do Art. 373, inciso I, do CPC/15
Alegou ter sofrido coação moral para que pedisse demissão, porém tal fato não restou provado. Sendo assim, com base no art. . 818, inciso I, da CLT e do Art. 373, inciso I, do CPC/15, o ônus da prova ficará a cargo de Joana.
Desta maneira, requerer o indeferimento da coação no pedido de demissão.
REQUERIMENTOS FINAIS
Por todo o exposto, requer a produção de todos os meios de provas em direito admitidos, em especial o depoimento pessoal da Reclamante, sob efeitos de confissão.
Requer o acolhimento da preliminar de incompetência absoluta, da inépcia, da prejudicial de mérito e, no mérito, a improcedência dos pedidos formulados pela autora, bem como sua condenação em custas processuais e honorários advocatícios, na forma do art. 791-A da CLT.
Nesses termos,
pede deferimento.
Mato Grosso, 21 de Abril de 2021.
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Rafaela Porto Costa da Silva 
OAB nº xxx.xxx
5. Exercício de prática jurídica. (contestação)
Em 30 de abril de 2019, Hamilton ajuizou reclamação trabalhista em face da sociedade empresária Loteria Alfa Ltda., distribuída para a 50ª Vara de João Pessoa, sob o número 1234. Hamilton afirma que trabalhou na empresa de 13 de janeiro de 2010 a 25 de março de 2019, quando foi dispensado sem justa causa. Afirma, ainda, que trabalhava de 2ª a 6ª feira, das 7h às 14h, com intervalo de uma hora para refeição. 
Ele relata que sempre foi cumpridor de suas tarefas e prestativo para com os prepostos da empresa, e que, duas semanas após receber o aviso prévio, decidiu inscrever-se numa chapa como candidato a presidente do sindicato dos empregados em lotéricas, para lutar por melhorias para a sua categoria. Hamilton afirma que, além de processar os jogos feitos pelos clientes, também realizava atividade bancária referente a saques de até R$ 100,00 e o pagamento de contas de serviços públicos (água, luz, gás e telefone), bem como de boletos bancários de até R$ 200,00. 
Ele confirma que, dentre os clientes do empregador, estava uma companhia de energia elétrica da cidade, daí porque, uma vez por semana, tinha que ir até essa empresa para pegar, de uma só vez, as apostas de todos os seus empregados, o que fidelizava esses clientes; contudo, nesse dia, ele permanecia em área de risco (subestação de energia) por 10 minutos. Hamilton relata que, durante o período em que trabalhou na Loteria Alfa, faltou algumas vezes ao serviço e que teve essas faltas descontadas; diz, ainda que substituiu o gerente da loteria, quando este se afastou por auxílio-doença, pelo período de três meses, mas que não teve qualquer alteração de salário. 
Ele afirma que existe o benefício de ticket-alimentação, previsto em acordo coletivo assinadopela sociedade empresária Beta Ltda., mas que jamais recebeu esse benefício durante todo o contrato. O empregado em questão informa que adquiriu empréstimo bancário, consignado em folha de pagamento, e que por três meses, quando houve sensível diminuição do movimento em razão da crise econômica, realizou serviço do seu próprio domicílio (home office), conferindo as planilhas de jogos, mas que não recebeu vale-transporte; ainda informa que não trabalhava nos feriados e que recebia vale-cultura do empregador no valor de R$ 30,00 mensais. 
Na reclamação trabalhista, Hamilton requer adicional de periculosidade, vantagens previstas na norma coletiva dos bancários, reintegração ao emprego, horas extras, horas de sobreaviso, ticket previsto na norma coletiva, vale-transporte pelo período em que trabalhou em home office e integração do vale-cultura ao seu salário. 
Foram juntados os contracheques, cópia da CTPS, comprovante de residência, acordo coletivo assinado pela sociedade empresária Loteria Beta Ltda. e norma coletiva dos bancários de 2010 a 2019. 
Contratado(a) pela sociedade empresária Loteria Alfa Ltda., você deve apresentar a peça judicial adequada aos interesses da ré.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DA 50ª VARA DO TRABALHO DE JOÃO PESSOA – PB
Reclamação Trabalhista n. X
LOTERIA ALFA LTDA, devidamente qualificada nos autos da ação trabalhista descrita acima, vem respeitosamente à Vossa Excelência, por seu advogado infra-assinado, com procuração anexa e endereço profissional no qual recebe intimações e demais comunicações processuais à Rua X, tempestivamente, com fulcro no art. 847 da CLT c/c art. 336 do CPC, apresentar
CONTESTAÇÃO
 
às alegações formuladas por HAMILTON, já qualificada nos autos da Reclamação Trabalhista, pelas relevantes razões de fato e de direito que passa a expor:
DA SÍNTESE DA PETIÇÃO INICIAL
DA INÉPCIA DO PEDIDO DE HORAS DE SOBREAVISO
A autora em sua petição inicial requereu as horas de sobreaviso, ocorre que não fundamentou seu pedido ou a causa de pedir em que estaria baseado o seu pedido. Sendo assim, como determina o art. 330, §1º, I do CPC, será inepta a petição quando lhe faltar pedido.
Dessa forma, requer que seja julgado extinto o pedido sem resolução do mérito, com fulcro nos arts. 485, I e 330, I do CPC.
PREJUDICIAL DE MÉRITO
DA PRESCRIÇÃO QUINQUENAL
O Reclamante foi contratado no dia 13 de Janeiro de 2010, tendo ajuizado a presente demanda no dia 30 de Abril de 2017. Nota-se que ocorreu a prescrição parcial, levando em conta os 5 anos retroativos. Ou seja, ocorreu a prescrição referente ao período anterior ao dia 30 de Abril de 2012, com fulcro nos arts. 7º, XXIX da CF/88; 11 da CLT e Súmula 308, I do TST. 
Em razão disso, requer a extinção dos pedidos referentes ao período anterior ao dia 30 de Abril de 2012.
DO ADICIONAL DE PERICULOSIDADE
Alega fazer jus ao direito de pagamento de adicional de periculosidade, declarando que permanecia por 10 minutos em área de risco, sendo a subestação de energia. Ocorre que, com base na Súmula 364, I do TST, este não será o caso de pagamento de adicional, visto que como versa a referida súmula, nos casos de o contato ser eventual, ou que mesmo que seja habitual, seja por um tempo reduzido, não fará jus ao pagamento do adicional de periculosidade.
Desta maneira, requer a improcedência do pedido de adicional de periculosidade.
DA ATIVIDADE BANCÁRIA
Relata ainda que realizava atividade bancária, sendo saques de até R$ 100,00 e pagamento de contas de serviços públicos e de boletos bancários até R$ 200,00. Em razão disso, em sua petição inicial, requereu as vantagens previstas na norma coletiva dos bancários.
Ocorre que, com base no art. 511 da CLT, o autor não fará jus aos benefícios da categoria dos bancários, pois o seu empregador não explora atividade bancária, mas sim de loteria, razão pela qual requer a improcedências do pedido de vantagens previstas na norma coletiva dos bancários.
DA REINTEGRAÇÃO AO EMPREGO
Requer ainda sua reintegração às funções, baseando-se no fato de que após duas semanas a partir do dia em que recebeu o aviso prévio, tornou-se candidato a presidente do sindicato dos empregados em lotéricas, sendo assim acredita possuir estabilidade.
Tal pedido não deve prosperar já que, como versa a Súmula 369, V do TST, a candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o período de aviso prévio, mesmo que não indenizado ainda, não fornecerá estabilidade, não sendo aplicada a regra do art. 543, §3º da Consolidação das Leis do Trabalho.
Dessa maneira, requer a improcedência do pedido de reintegração à sua função.
DAS HORAS EXTRAS 
Postula o recebimento de horas extras, mesmo com sua jornada de trabalho tendo funcionado da seguinte maneira, de segunda a sexta feira das 7:00 às 14:00, com 1 hora de intervalo para refeição e descanso. Resta claro que tal jornada está enquadrada e respeitando os limites dispostos no art. 7º, XIII da CF e art. 58 da CLT.
Dessa maneira, requer a improcedência do pedido de horas extras.
DO BENEFÍCIO DE TICKET-ALIMENTAÇÃO
Relata em sua inicial nunca ter recebido ticket-alimentação, que o mesmo estaria previsto em acordo coletivo. Porém o documento que dizia ser comprobatório de tal benefício juntado aos autos, na verdade contém assinatura de sociedade diversa, sendo “BETA LTDA”. Portanto, não há o que falar de não cumprimento de acordo coletivo, com base no art. 611, §1º da CLT. 
Dessa maneira, requer a improcedência do pedido do benefício de ticket-alimentação.
DO VALE-TRANSPORTE 
Não deve prosperar o pedido de vale-transporte pelo período em que realizou sua função na modalidade “home office”, tendo em vista que ao trabalhar de casa, não teve nenhum tipo de gasto com locomoção, com base no art. 1º da Lei 7.418/85 e art. 2º do Decreto nº 95.247/87.
Dessa maneira, requer a improcedência do pedido de vale-transporte no período em que trabalho na modalidade “home office”.
DA INTEGRAÇÃO AO SALÁRIO DO VALE-CULTURA RECEBIDO
Trata-se de mais um pedido que não deve prosperar, tendo em vista que que a integração do vale-cultura ao salário é indevida, conforme disposto no art. 458, §2º, VIII da CLT.
Dessa maneira, requer a improcedência do pedido de integração do vale-cultura ao salário.
DOS PEDIDOS
Pelo exposto, requer a Reclamada que Vossa Excelência se digne a:
a) Reconhecer a inépcia apontada em sede de preliminares, extinguindo o pedido sem resolução de mérito;							 
b) Reconhecer a prescrição quinquenal que atinge todas as pretensões anteriores a cinco anos, contados retroativamente a partir do ajuizamento desta demanda;			 
c) No mérito, julgar improcedentes os pedidos, pelas razões expostas, deferindo a produção de todas as provas em direito admitidas, especialmente documental, pericial e testemunhal.
Nesses termos,
pede deferimento.
João Pessoa, 20 de Maio de 2021.
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Rafaela Porto Costa da Silva 
OAB nº xxx.xxx
6. Exercício de prática jurídica. (recurso ordinário)
A sociedade empresária Ômega procura você, exibindo sentença prolatada em reclamação trabalhista movida por Fabiano que tramita perante a 100ª Vara do Trabalho de Maceió/AL.
Nela, o magistrado, em síntese, rejeitou preliminar suscitada pela empresa e determinou o recolhimento do INSS relativo ao período trabalhado mês a mês, para fins de aposentadoria, já que restou comprovado que a empresa descontava a cota previdenciária, mas não a repassava ao INSS; rejeitou preliminar suscitada e desconsiderou que a empresa havia feito um acordo em outro processo movido pelo mesmo empregado, homologado em juízo, no qual pagou o prêmio de assiduidade, condenando-a novamente ao pagamento dessa parcela; rejeitou preliminar suscitada pela empresa e desconsiderou que em relação às diárias postuladas, o autor tinha, comprovadamente, outra ação em curso com o mesmo tema, que se encontrava em grau de recurso; extinguiu o feito sem resolução do mérito em relação a um pedido de devolução de desconto,porque não havia causa de pedir; não acolheu a prescrição parcial porque ela foi suscitada pelo advogado em razões finais, afirmando o magistrado que deveria sê-lo apenas na contestação, tendo ocorrido preclusão; deferiu a reintegração do ex-empregado, Fabiano, porque ele foi eleito presidente da Associação de Leitura dos empregados da empresa, entidade criada pelos próprios empregados, sendo que a dispensa ocorreu em dezembro de 2016, no decorrer do mandato do reclamante; indeferiu o pedido de vale-transporte, porque o reclamante se deslocava para o trabalho e dele retornava a pé; deferiu indenização por dano moral, porque, pelo confessado atraso no pagamento dos salários dos últimos 3 meses do contrato de trabalho, o empregado teve seu nome inscrito em cadastro restritivo de crédito, conforme certidão do Serasa juntada pelo reclamante demonstrando a inserção do nome do empregado no rol de maus pagadores em novembro de 2015; deferiu a entrega de uma carta de referência para facilitar o autor na obtenção de nova colocação, caso, no futuro, ele viesse a querer se empregar em outro lugar; indeferiu a integração da alimentação concedida ao empregado, porque a empresa aderira ao Programa de Alimentação do Trabalhador durante todo o contrato de trabalho; deferiu o pagamento da participação nos lucros prevista na convenção coletiva da categoria, nos anos de 2012 e 2013, pois confessadamente não havia sido paga; indeferiu o pedido de anuênio, porque não havia previsão legal nem no instrumento da categoria do autor; deferiu o pagamento da diferença de férias, porque o empregado não fruiu 30 dias úteis no ano de 2016, como garante a Lei. 
A sociedade empresária apresenta a ficha de registro de empregados do reclamante, na qual se verifica que ele havia trabalhado de 08/07/2007 a 20/10/2017, sendo que, nos anos de 2012 a 2014, permaneceu afastado em benefício previdenciário de auxílio-doença comum (código B-31); a ficha financeira mostra que o empregado ganhava 2 salários mínimos mensais e exercia a função de auxiliar de manutenção de equipamentos, fazendo eventuais viagens para verificação de equipamentos em filiais da empresa. 
Diante disso, como advogado(a) da ré, redija a peça prático-profissional pertinente ao caso para a defesa dos interesses do seu cliente em juízo, ciente de que a ação foi ajuizada em 30/10/2017 e que, na sentença, não havia vício ou falha estrutural que comprometesse sua integridade.
EXMO(A). SR(A). DR(A) JUÍZ(A) FEDERAL DA 100ª VARA DO TRABALHO DE MACEIÓ-AL.
Processo nº X
A SOCIEDADE EMPRESÁRIA ÔMEGA, já devidamente qualificada nos autos do processo, vem por meio de seu advogado, com procuração em anexo e escritório profissional na Rua X, onde recebe intimações e notificações, vem respeitosamente perante Vossa Excelência tempestivamente nos termos do art.895, inciso I, da CLT, interpor 
RECURSO ORDINÁRIO
tendo em vista o inconformismo com a sentença que julgou procedente os pedidos da reclamatória trabalhista movida por FABIANO, já qualificado.
Uma vez que estando todos os requisitos de admissibilidade intrínsecos e extrínsecos do recurso, incluindo o preparo e a juntada do comprovante do pagamento de custas judiciais, bem como do depósito recursal; requer o conhecimento do presente recurso.
Requer a intimação do reclamante para que apresente suas contrarrazões, após requer que seja recebido e remetido o presente recurso para julgamento no Egrégio Tribunal Regional do Trabalho.
			RAZÕES DO RECURSO ORDINÁRIO
Recorrente: Sociedade Empresária Ômega
Recorrido: Fabiano
Origem: 100° Vara do Trabalho de Maceió/AL
Processo nº X
Colenda Turma
Eminentes desembargadores
Em que pese o respeito pelo juízo a quo, a sentença merecer ser formada em razão de error in adjudicando e error in procedendo contidos na mesma, observamos:
DA PRELIMINAR DE MÉRITO
Mesmo restando provado em audiência de instrução e julgamento que a Sociedade descontava a cota da previdência social, mas não fazia o repasse para o INSS, entretanto o juízo não julgou de maneira correta, já que a sentença não tem objetivo condenatório, em razão disso a justiça do trabalho não tem competência para determinar o recolhimento da cota previdenciária, com fulcro no art. 114 da CF/88, Súmula 53 do STF, Súmula 368, I do TST e art. 876, parágrafo único da CLT.
Requer a reforma da sentença para que seja julgado a improcedência deste pedido.
DA PRESCRIÇAO PARCIAL
Mesmo o juízo tendo julgado como improcedente a prescrição parcial, com fundamentação na preclusão, por ter sido apresenta nas razões finais e não na contestação. A referida decisão não está correta, com base na Súmula 153 do TST e o art. 193 do CCB, em que a prescrição poderá ser suscitada em razões finais já que o processo encontra-se na instância ordinária. 
Dessa maneira, requer que a sentença seja reformada, para que a prescrição parcial seja julgada procedente, relativa aos pedidos anteriores a data do ajuizamento da reclamação trabalhista movida no dia 30 de Outubro de 2017.
DO MÉRITO
Reintegração
O juiz decidiu pela procedência da reintegração do recorrido às suas funções, baseando sua decisão na eleição deste para o cargo de presidente da Associação de Leitura pelos empregados da empresa. O que não foi julgado corretamente, visto que a estabilidade provisória no emprego é indevida, já que o reclamante não foi eleito dirigente sindical nos moldes do art. 543, §3º da CLT e art. 8º, VIII da CF/88
Requer a improcedência deste pedido.
Dano moral
Apesar de decisão julgando procedente o pedido de pagamento de indenização por dano moral, com fundamento na inscrição do nome em cadastro restritivo de crédito em 2015, em virtude do não pagamento dos salários condizentes aos três últimos meses de contrato, que terminou em 2017. Tal decisão resta equivocada, já que não há indenização do dano moral, porque para a inscrição do nome do recorrido no Serasa ocorreu antes do vigência da inadimplência do pagamento dos três meses de salários atrasados.
Requer a improcedência do pedido de dano moral.
Carta de referência
A decisão do juízo pela procedência da carta de referência em favor do recorrido, baseando seu parecer na garantia para obtenção de novo emprego. Ocorre que, a referida decisão não poderia ter sido deliberada, tendo em vista que a carta de referência é indevida, não estando prevista em lei, como versa o art. 5º, II da CF/88.
Requer a improcedência do pedido de carta de referência.
Participação nos lucros
A decisão do juízo pela procedência do pagamento da participação nos lucros em favor do recorrido, baseando seu parecer no não pagamento pela Sociedade nos anos de 2012 e 2013. Ocorre que, a referida decisão não poderia ter sido deliberada, já que nos anos de 2012 e 2013 o contrato de trabalho do reclamante encontrava-se suspensivo, em razão de benefício de auxílio-doença acidentário fornecido pelo INSS, com fulcro no art. 476 da CLT, art. 1º da Lei nº 10.101/00 e na Súmula 451 do TST.
Requer a improcedência do pedido de pagamento da participação nos lucros.
Das férias
A decisão do magistrado pela procedência do pagamento de férias ao reclamante, baseando seu parecer na não utilização dos trinta dias úteis do ano de 2016. Ocorre que tal pagamento é indevido, já que as férias são contadas em dias corridos, como demonstra o art. 130, I da CLT.
Requer a improcedência do pedido de pagamento de férias.
REQUERIMENTOS FINAIS
Ante o exposto, REQUER:
Que o presente recurso seja conhecido. 
Requer também o acolhimento da prejudicial, das preliminares e provimento do mérito com a total reforma do julgado conforme fundamentação. 
Requer ainda, a condenação do recorrido ao pagamento dos honorários advocatícios à razão de 15%, conforme estabelece o art. 791-A, da CLT. 
Dá-se, à causa, o valor de R$ X.
Nesses termos,
pede deferimento.
Maceió, 9 de Junho de 2021.
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Rafaela Porto Costa da Silva 
OAB nº xxx.xxx

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