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Trabalho_de_geografia_cowspiracy

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Paulo 
 Introdução/Main Idea
 A indústria alimentar foi alvo de grandes transformações ao longo dos tempos. A necessidade de satisfazer todos os desejos do Homem cresce cada vez mais e ganha importância a cada dia que passa, porém é acompanhada de uma, cada vez maior, caução com o meio ambiente.
O Mundo despertou para o problema ambiental quando percebeu que dificilmente as suas gerações futuras sobreviveriam com o dantesco impacte assassino causado maioritariamente pelo comportamento Humano.
 Dentro deste assunto existem várias vertentes e o nosso grupo decidiu abordar os impactes ambientais causados por toda a industria alimentar abrangendo a agropecuária que encaramos como uma referência indispensável.
1º slide
(referência ao cowspiracy com possível vídeo. Em principio este texto é so para conextualizar o video e não aparece no prezi.) → Dedicamos este primeiro slide do nosso trabalho a uma outra referência indispensável, desta vez à obra de Kip Andersen e Keegan Kuhn. 
 O documentário Cowspiracy fez estemecer toda a mentalidade e a forma de encarar a natureza e todos os seus envolventes. Os media consideraram-no como a obra mais importante para inspirar o Homem a salvar o planeta e ,de facto, é assumidamente polémica e poderosa a mensagem que nos é transmitida. Cowspiracy veio abalar o mundo com dados assumidamente assustadores e com “revelações” que minorizam toda a política de esforços para diminuir a nossa pegada ambiental . Alguns destes dados estão presentes no nosso trabalho visto serem retirados de estudos ,presumidamente, credíveis .
 (Não está no prezi e vai servir de intro à agropecuária) → A agropecuária, consiste no conjunto de atividades primárias, diretamente associada ao cultivo de plantas (agricultura) e à criação de animais (pecuária) para o consumo humano ou para o fornecimento de matérias-primas. Praticada há milhares de anos, pela espécie humana, esta actividade desempenha um papel essencial na sobrevivência do homem, visto que é através dela que obtemos alimento e outros bens de primeira necessidade. No entanto, com o alargar do conhecimento dá-se o surgimento de novas noções sendo possível dizer que o conceito da agropecuária poderá ser posto em causa num futuro não muito longíquo devido ao descontrolo da sua vertente ambiental uma vez que esta actividade apresenta dados (criação excessiva de vacas → libertação gigantesca de (gás) metano) catastróficos que ameçm seriamente a sustentabilidade do nosso paneta.
(Chico)
Factos:
- Mais de 60 bilhões de animais são mortos a cada ano em matadouros no mundo (isso sem contabilizar o abate doméstico, o abate clandestino e o de animais marinhos).
 - Mais da metade da água potável do mundo é destinada à pecuária (produção de carne, leite, ovos, lã, couro, etc.). Enquanto isso, uma em cada cinco pessoas residentes em países em desenvolvimento —cerca de 1,1 bilhão de pessoas— não tem acesso a água potável.
 - A produção animal consome até 10 vezes mais água do que o usado pela agricultura.
 - Até 50% das terras do planeta são usadas ou foram degradadas pelo uso da criação de animais. Ao menos 30% da superfície terrestre do planeta é ocupada pela pecuária e até 70% da superfície agrícola pertence à criação de animais 
  - Cerca da metade da produção mundial de grãos é destinada à pecuária. A média de grãos destinados ao gado nos países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico –que conta com países como Estados Unidos, Austrália, Alemanha, Itália, etc- é de 70% da produção. 
 - Cerca de 80% da produção mundial de soja, 70% da produção mundial de milho e 70% da produção mundial de aveia são destinadas ao consumo animal.
- 20 vegetarianos podem ser alimentados com a quantidade de terra necessária para alimentar uma única pessoa consumindo uma dieta à base de carne.
Apenas a quantidade de comida consumida pelo gado mundial atualmente alimentaria mais de 9 bilhões de pessoas. Sabendo-se que a população humana mundial é de 7 bilhões de pessoas, a quantidade de alimentos destinados ao gado hoje seria suficiente para alimentar toda a população humana do globo e ainda haveria sobra de alimento. Poderíamos nutrir hoje uma população só prevista para 2050.
- Enquanto a produção de 1 kg de trigo exige 132 litros de água e a produção de 1 kg de arroz consome 2.500 litros de água, para a produção de 1 kg de carne são gastos em média 17.000 litros de água.
- A produção animal é a principal causa de poluição de rios e lagos. Os dejetos suínos, por exemplo, tem um potencial poluidor 250 vezes maior que o esgoto doméstico. 
Impacto Ambiental: Solução?
Apenas um terço da população mundial vive em países desenvolvidos, mas consome cerca de 85% do total de recursos produzidos no mundo. Em relação à produção de alimento, há evidências da necessidade de melhorar a eficácia do sistema como um todo. Além disso, criar gado requer o uso intensivo de vastas quantidades de terra, a qual é, muitas vezes destituída de sua capacidade produtiva. No mundo, aproximadamente 50% das terras agricultáveis são destinadas a pastagens para o gado. O consumo de proteínas de origem animal é fundamental para o bom funcionamento do organismo do homem, porém destaca-se que é possível ingerir este tipo de proteína, de animais mais eficientes na conversão de proteína vegetal em animal. Calcula-se que o consumo anual de alimentos no mundo é de 375 milhões de toneladas e a maior parte deles provém de vegetais. Considerando que 10% são consumidos in natura e que 10% são folhas e talos que são jogados fora, tem-se, assim, um desperdício de quase 4 milhões de toneladas de alimentos. A busca pelo desenvolvimento sustentável representa um dos maiores desafios para a humanidade. O modelo de desenvolvimento tem evoluído da agricultura de subsistência para exploração agroindustrial intensa, com aplicação de tecnologias modernas e ocupação desordenada do ambiente, colocando em risco a biodiversidade. A questão da produção de alimentos frente à pressão ambiental não é de fácil resolução. Porém, com o uso de tecnologias adequadas e melhora nos processos de produção, transporte e armazenamento de alimentos é possível reduzir a pressão ambiental e melhorar a qualidade de vida das populações.
É necessário então ter mais atenção ao processo de produção alimentar mas também é preciso ter atenção aos desperdícios alimentares, pois ao deitarmos alimentos ao lixo não estamos a fazer melhor daqueles que produzem mais não olhando para os efeitos no ambiente mas apenas preocupados com os custos da produção.
TIAGO
 Quando falamos em sustentabilidade, pensamos em ações como não poluir, preservar áreas naturais, reciclar lixo, economizar água etc. Mas e raramente nos lembramos que uma das nossas atividades mais básicas cria impactos negativos no meio ambiente: o ato da alimentação.
 Com o passar dos séculos o homem foi criando novas formas de trabalhar o solo e com o aumento das populações concentradas nas cidades aumentou também a produção de alimentos. Quando chegou a era industrial intensificou-se a aglomeração de pessoas nas áreas urbanas colocando fim a ligação direta que o ser humano tinha com a natureza para a obtenção de alimentos. O resultado disto é uma agricultura transformada em indústria que passou a utilizar métodos artificiais, tais como fertilizantes, pesticidas químicos, irrigação, manipulação genética etc…
 Se por um lado tudo isto é considerado positivo porque se diz que é desenvolvimento e modernização, por outro lado trás riscos à conservação do meio ambiente e à saúde do homem.
 Esta modernização trás principalmente problemas para o meio ambiente, como por exemplo os fertilizantes industriais que contêm altas concentrações de nitrogênio, este nitrogênio pode acumular-se no solo e ser transformado por processos químicos em nitrato, este nitrato para além de poder ser maligno para o homem (provocar cancro) também pode contaminar o solo, ou pode ser conduzido para os lençóis subterrâneos, contaminando a água.
 Outro problema que a utilizaçãode químicos trás é o desequilíbrio ecológico, isto causado pelo homem pois aplicam esses químicos para o produto final ser mais lucrativo. Este produto é um organismo geneticamente modificado (OGMs). De todos os objetivos da manipulação genética também está o de criar plantas mais resistentes a pragas. Já são comercializados em vários países, entre eles o Brasil por exemplo, e ainda existem muitas controvérsias em relação aos prós e contras da manipulação genética para a saúde das pessoas e os impactos que estas manipulações podem causar no meio ambiente.
 Também existem problemas causados pela prática de monocultura regada por fertilizantes químicos. E de entre os principais problemas, está o aparecimento de pragas, doenças e ervas daninhas que são combatidas com inseticidas, herbicidas e fungicidas, ou seja mais substâncias químicas para o solo, podendo causar problemas ao meio ambiente e a saúde do consumidor.
 Uma questão que também está a acontecer na agricultura moderna é a “erosão genética” isto é a interferência do homem nas variedades tradicionais com a manipulação genética das plantas e dos animais pode criar uma ameaça para a diversidade genética que é a principal responsável pela capacidade de resistência, imunidade e sobrevivência das espécies.
 Por fim a erosão dos solos, além de destruir a capacidade produtiva, levou para os rios, estuários, lagos e mares grandes quantidades de fertilizantes, o que faz com que se de a proliferação de algas que ao se decomporem consomem o oxigênio da água e causam a alteração total dos ciclos bióticos relacionados com as plantas e animais aquáticos. As águas subterrâneas também estão contaminadas por fertilizantes.
 Posto isto, os impactos ambientais e sociais da agricultura industrial e do uso de fertilizantes químicos na produção de alimentos são muito negativos para os espaços naturais e a saúde humana, afetando a fauna, a flora e os recursos hídricos.
No Fim falar do estudo?
Estudo feito Pelo Jornal “Público” 1-9-2014
Os gases de efeito de estufa provenientes da produção de alimentos podem vir a aumentar mais de 80% se o consumo de carne e lacticínios continuar a subir como até agora. O alerta é feito por um estudo das universidades britânicas de Cambridge e de Aberdeen, publicado na revista Nature Climate Change, segundo o qual a produção de alimentos por si só pode atingir ou levar mesmo ao aumento dos níveis previstos para o total de emissões de gases de efeito de estufa dentro de 35 anos. A garantia de alimentos para toda a população mundial em 2050 pode também estar em causa.
O risco de alterações climáticas dramáticas e que se torne impossível alimentar a população mundial devido ao consumo crescente de determinados alimentos são os principais alertas do estudo. No trabalho, uma equipa de investigadores analisou dados sobre o uso do solo, aptidão agrícola das terras e de biomassa agrícola para criar um modelo que compara diferentes cenários para 2050, incluindo manter as actuais tendências de práticas agrícolas.
Com o aumento da população e a tendência crescente de optar por uma dieta mais ocidentalizada centrada no consumo de carne, torna-se impossível que os rendimentos da agricultura respondam às necessidades de alimentos dos 9600 milhões de pessoas que se prevê virem a ser a população mundial dentro de três décadas. Para responder a este problema, a solução é aumentar as áreas de cultivo.
Mas o estudo sublinha que esse caminho vai levar a que o ambiente pague um “preço elevado”. “A desflorestação vai aumentar as emissões de carbono, bem como a perda de biodiversidade, e a subida da produção de gado levar a maiores níveis de metano”, aponta o documento, segundo uma nota publicada nesta segunda-feira pelas universidades de Cambridge e de Aberdeen.
Os investigadores das duas universidades recomendam que se adoptem “dietas mais saudáveis e equilibradas”. Por exemplo, que se consumam apenas duas porções de carne vermelha e cinco ovos por semana, bem como uma pequena quantidade de lacticínios por dia.
“Este não é um argumento vegetariano radical, é um argumento sobre consumir carne em quantidades sensíveis como parte de uma dieta saudável, equilibrada”, defende o professor Keith Richards da Universidade de Cambridge, que colaborou no trabalho.
O também professor Pete Smith, um dos investigadores da Universidade de Aberdeen que elaboraram o estudo, adverte que, a “menos que façamos algumas mudanças sérias nas tendências de consumo de alimentos, teremos que descarbonizar por completo os sectores da energia e da indústria para respeitar as metas de emissões que evitam alterações climáticas perigosas”. Para Pete Smith, “isso é praticamente impossível”. “Temos que repensar o que comemos”, propõe.
Bojana Bajzelj, da equipa de investigação do Departamento de Engenharia de Cambridge, sustenta uma solução semelhante. "Reduzir o desperdício de alimentos e moderar o consumo de carne em dietas mais equilibradas, são as opções ‘sem arrependimento’ essenciais”.
Bajzelj afirma que “existem leis básicas da biofísica que não podemos evitar”.  "A eficiência média de gado para converter ração vegetal em carne é inferior a 3%, e enquanto comemos mais carne, mais área de cultivo é criada para a produção de alimentos para os animais que fornecem carne aos seres humanos”. A investigadora conclui que com o crescente consumo de carne a “conversão de plantas em alimento torna-se cada vez menos eficiente, conduzindo à expansão agrícola e libertando mais gases de efeito de estufa”. “As práticas agrícolas não estão necessariamente em falha aqui - mas a nossa escolha de alimentos está”, frisa.
Com base nos dados recolhidos pelo estudo, dentro de 35 anos a área cultivada terá aumentado em 42% e o uso de fertilizantes crescido 45% em relação aos níveis de 2009. Mais de um décimo das florestas tropicais do mundo vai desaparecer nas próximas décadas. A crescente desflorestação, uso de fertilizantes e as emissões de gases metano proveniente das fezes e libertação de gases intestinais do gado são “susceptíveis de levar ao aumento dos gases de efeito de estufa resultantes da produção de alimentos em quase 80%”.
Benny 
Os Problemas Que o Gás Metano Traz Para o Ambiente
Dos vários problemas já falados este não deixa de ser um dos mais importantes e dos mais perigosos para o ambiente, o gás Metano. O gás metano pode ser produzido através de diferentes processos naturais tais como: a decomposição de lixo orgânico, a digestão de animais herbívoros, metabolismo de certos tipos de baterias, os vulcões ou até com a extração de combustíveis minerais (principalmente do petróleo).
Um dos piores defeitos do Metano é que ele participa para a destruição da camada de ozono, contribuindo desta forma para o aquecimento global. Números elevados deste gaz no ar pode também ter efeitos nos seres humanos tais como a asfixia, paragem cardíaca, inconsciência e problemas no sistema nervoso central. Centremos-nos então na principal fonte produtiva de metano. Parecendo que não a exploração animal é responsável por mais de 18% dos gases do efeito de estufa, sendo ainda mais do que a soma produzida por todos os meios de transporte que destes apenas provem 13% dos gases constituintes do efeito estufa. O metano e mais destrutivo 60 vezes mais do que o CO2. Sabendo que uma quinta com pelos menos 2500 vacas produz a mesma quantidade de lixo que uma cidade de 411000 habitantes, podemos ver o impacto que o metano tem no nosso mundo (dados retirados do documentário “Cowspiricy”).
“Dependendo da alimentação e do tamanho do animal, uma vaca adulta poderá produzir 1200 litros de gases por dia, dos quais 250 a 300 são metano”
Mas não só de negativo nos traz o metano... Sendo também um Biogás, ou seja um gás que e produzido pela quebra biológica da matéria orgânica, desta forma pode ser usado como fonte de energia. Ricardo Bualo, um investigador cientifico, exemplifica o que se pode fazer com os cerca de 300 litros de metano libertados todos os dias pelas vacas: “Podem ser utilizados para pôr a funcionar, duranteum dia, um frigorífico de 100 litros de capacidade, a uma temperatura entre os dois e os seis graus.”

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