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temas para treinar36 Desafios Para a Inclusão da Pessoa Autista. TEXTO I Nunca se falou tanto sobre inclusão no ambiente corporativo, e naturalmente o assunto também se estende para a discussão sobre neurodiversidade. Há alguns anos, falar sobre autismo no mercado de trabalho ainda poderia ser encarado como um tabu. Já que a falta de informação e também o preconceito poderia levar os empregadores a acreditar que um autista não tem a mesma capacidade de realizar tarefas sob pressão. Ou então, que seria impossível para eles criar relacionamentos favoráveis às atividades das empresas. Mas, assim como a tecnologia evoluiu, as formas de organização dentro das corporações fez surgir novas possibilidades. Hoje, um autista ter uma carreira já é uma realidade e muitas empresas vem se conscientizando, para então incentivar e absorver o melhor que esses profissionais podem oferecer. A inclusão de um autista no mercado de trabalho é garantida pela mesma lei que determina a participação mínima para portadores de qualquer deficiência. Foi a Lei 12.764, de 2012 – também conhecida como Lei Berenice Piana – que abriu as portas para o reconhecimento do Autismo dentro do rol das demais deficiências. Desde então, o autismo tem sido muito mais discutido e diagnosticado no país. TEXTO II TEXTO III O mês de abril é o mês de conscientização do autismo e reforça a importância da inclusão de forma justa e igualitária de crianças e adultos diagnosticados com o Transtorno do Espectro Autista. Segundo a OMS, uma a cada seis crianças são autistas no mundo. No Brasil, estima-se que existam em torno de 2 milhões de pessoas com o TEA. O diagnóstico precoce é de extrema importância para a eficiência do tratamento e deve ser feito de preferência na infância. Para isso é necessário que os pais e a sociedade como um todo saibam o que é o autismo e observem as crianças. O Transtorno do Espectro do Autismo é caracterizado por alterações no desenvolvimento, déficit na comunicação, interação social e comportamental de crianças e adultos. De acordo com a Associação Brasileira de Autismo (ABRA), algumas das suas principais características são a dificuldade de estabelecer relações sociais, de consolidar interações e de se comunicar com pessoas que não são do seu círculo familiar. Além disso, alguns sinais que podem ser observados são: a falta de contato visual; a repetição de frases ou palavras que ouviram de outras pessoas ou mesmo da TV e o hiperfoco, ou seja, interesse profundo e restrito a um ou alguns assuntos específicos. A campanha “Abril Azul” tem o papel de conscientizar a população, destacando que não há espaço para preconceitos. Em 2020 e 2021, o tema da mobilização está sendo “Respeito para todo o espectro”, com hashtag #RESPECTRO nas redes sociais. A cor azul faz referência não só aos meninos, que são os mais diagnosticados com o TEA, mas também à calma e à tranquilidade que a cor transmite para as pessoas com autismo, principalmente em situações de sobrecarga sensorial. EIXO SOCIEDADEEIXO SOCIEDADE A Reprodução da Desigualdade Racial e De Gênero No Sistema Prisional Brasileiro. TEXTO I Segundo o INFOPEN (2018) a população carcerária feminina atingiu 42.355 custodiadas e os motivos pelos quais as mulheres são levadas à prisão variam de acordo com cada mulher, existem dados demográficos comuns, porém, estes não representam a realidade de cada mulher. Diante desse célere crescimento do aprisionamento feminino, pouco se discute e pouco se faz diante a particularidade dessa vivência cotidiana protagonizada por mulheres que transgrediram as leis da sociedade. A partir da literatura bibliográfica percebeu-se o sistema carcerário como uma problemática a ser discutida, pois este se forma a partir de uma estratégia de controle e de punição, onde o objetivo é de deixar os indivíduos dóceis e úteis à sociedade, tirando o máximo de tempo e força de vontade a fim de alterar seus comportamentos (MINZON, DANNER, BARRETO, 2017). O recorte de gênero se faz importante neste aspecto uma vez que as mulheres vivenciam uma invisibilidade social que se potencializam dentro do espaço prisional, resultando no seu sofrimento psíquico. TEXTO II Em 2019, o Instituto Terra, Trabalho e Cidadania (ITTC) lançou o relatório ‘Mulheres em Prisão: enfrentando a (in)visibilidade das mulheres submetidas à justiça criminal’, que revelou a seletividade do sistema carcerário brasileiro. De acordo com os dados, 68% das mulheres no sistema prisional brasileiro são negras, 57% são solteiras, 50% têm apenas o ensino fundamental e 50% têm entre 18 e 29 anos. O estudo acompanhou cerca de 200 mulheres em audiências de custódia, no período de dezembro de 2017 a abril de 2018, e foram constatadas as seguintes porcentagens de crimes indicados como originários de prisões em flagrante: 39,44% por furto; 35,68% por tráfico de drogas; 10,33% por roubo; 6,10% por estelionato; 5,16% por receptação; 4,69% por corrupção de menor; 2,35% por associação criminosa; e 13,61% por tipos penais diversos. Segundo dados da 2ª edição do Infopen Mulheres, em junho de 2016 havia 42.355 mulheres no sistema prisional brasileiro. Em números absolutos, apenas EUA (211.870), China (107.131) e Rússia (48.478) têm mais mulheres encarceradas que o Brasil. Outro dado que chama atenção é que entre 2000 e 2016 houve um aumento de 455% na população carcerária feminina no Brasil.O cenário apresentado pelo relatório evidencia os resultados das falhas da sociedade no combate às desigualdades em um país com a 4ª maior população feminina encarcerada. TEXTO III O dia da Consciência Negra é celebrado em 20 de Novembro. A ocasião é dedicada à reflexão sobre a situação do negro na sociedade brasileira. A data foi escolhida por coincidir com o dia atribuído à morte de Zumbi dos Palmares, em 1695. Zumbi foi um dos maiores líderes negros do Brasil e lutou pela libertação do povo negro contra o sistema escravista. O racismo é uma chaga social no Brasil. Mesmo após mais de um século de abolição da escravatura, a população negra permanece, majoritariamente, submetida às piores condições de vida. A relação de exclusão com base na produção social da noção de raça está presente em todas as esferas da vida - nos ambientes de trabalho, nas universidades e nos hábitos cotidianos. Embora correspondam a 52% da população brasileira, (segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE), os negros são as vítimas em 75% dos casos de morte em ações policiais; pretos e pardos correspondem a 64% dos desempregados e 66% dos subutilizados; e a chance de um jovem negro ser vítima de homicídio no Brasil é 2,5 vezes maior do que a de um jovem branco. Os números são estarrecedores e escancaram como o racismo atinge diretamente a vida da população negra. Essa cadeia de desigualdade também caracteriza o sistema carcerário no país. Dados do 14º Anuário Brasileiro de Segurança Pública apontam que, historicamente, a população prisional do país segue um perfil muito semelhante ao das vítimas de homicídios. Em geral, ela é composta de homens jovens, negros e com baixa escolaridade. Apenas em 2019, para citar um exemplo mais recente, os homens representaram 95,1% do total da população encarcerada, enquanto as mulheres 4,9%. No que se refere ao gênero, portanto, existe uma sobrerrepresentação masculina na população prisional. Acrescenta-se a esse cenário o fato de grande parte dos encarcerados se encontrarem em situação de prisão provisória. Modificações No Comportamento da Sociedade. TEXTO I Hoje é até difícil lembrar de um tempo em que as pessoas puxavam fumo com certa naturalidade dentro de aviões ou restaurantes. Ou em que se podia dirigir um carro sem usar cinto de segurança e não temer nem pela vida nem pela multa gorda que poderia estar a caminho. Após um ano inteiro de pandemia, até mesmo conseguir ver o rosto descoberto de outras pessoas nas ruas parece coisa de um passado distante. Mas fato é que todos esses comportamentos já foram considerados absolutamente normais e socialmente aceitos. A realidade em que vivemosatualmente, portanto, só pôde ser construída devido a mudanças de hábito coletivas, que foram alcançadas gradualmente. Em muitos casos, graças a legislações severas, fiscalização constante e a uma intensa revisão de paradigmas. Disponível em: Disponível em: https://gamarevista.uol.com.br/semana/tempo-de-mudanca/como-a-sociedade-muda-seus-habitos-e- comportamentos/ TEXTO II A mudança de comportamento em relação a questões sociais precisa ser matizada. Por um lado, há uma crescente conscientização em relação a problemas da nossa sociedade, como o racismo, o sexismo e a desigualdade econômica. Por outro lado, vemos surgir um grande backlash, um movimento de reação a essa participação e conscientização, que, instigado por grupos conservadores, tenta naturalizar novamente comportamentos racistas, machistas, xenófobos e etnocêntricos. Essa é uma das grandes questões do nosso presente e já afeta a educação e o mercado de trabalho de maneira evidente — afirma a professora e pesquisadora do curso de Cinema e Audiovisual e do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Linguagem da Unisul, Ramayana Lira. Ela acredita que a formação crítica dos profissionais é de extrema importância, pois são eles que oferecerão ao mercado de trabalho novas formas de organização e atuação. No ensino do cinema, por exemplo, já existem iniciativas, projetos de pesquisa e extensão e coletivos com foco em diversidades e acessibilidade. — Não é mais possível pensar na formação de realizadoras e realizadores sem que questões como assédio em sets de filmagem, políticas de casting, acesso e manuseio de equipamentos sejam enfrentadas por docentes e discentes. Sem abrir mão da excelência técnica, a formação de pessoas que vão construir narrativas, sons e imagens de grande alcance social não pode ser conduzida como se a universidade fosse um espaço separado do mundo que a cerca. As fronteiras das instituições de ensino superior têm que ser mais permeáveis e admitir uma troca mais intensa com a sociedade. As demandas, os saberes e os modos de vida de grupos que antes eram, ou hoje ainda são, excluídos dos contextos formais de educação aos poucos transformam o que ensinamos e como ensinamos — explica Ramayana. Disponível em: Disponível em: https://www.nsctotal.com.br/noticias/mudancas-de-comportamento-e-de-pensamento-os-movimentos- sociais-estao-em-pauta TEXTO III Diante das crises mundiais, um grupo de pesquisadores das ciências humanas e sociais divulgou o lançamento de uma iniciativa intitulada “Painel Internacional de Mudanças no Comportamento (IPBC, na sigla em inglês). O objetivo da entidade é ajudar a enfrentar, ao longo do tempo, as crises sociais e ambientes atuais e futuras. Para o professor Eduardo Bessa, membro da diretoria do IPBC e professor de Comportamento Animal da Universidade de Brasília, a pandemia da Covid-19 está incentivamento a sociedade a repensar diversas ações. “Talvez seja o momento de aproveitar para mudar outros tipos de atitude que nos possibilitem um mundo melhor, tanto em termos ambientais quanto sociais”, explica o professor. A ideia do projeto é obter resultados por meio de relatórios com informações recentes e importantes sobre como aplicar novos hábitos no dia a dia e atualizações sobre gatilhos e obstáculos que podem aparecer durante um processo de mudança de comportamento. “Nos relatórios faremos uma síntese do que se sabe sobre o assunto e desenvolveremos estudos para preencher as lacunas sobre o que ainda não se sabe”, esclarece Eduardo Bessa. TEXTO I São Paulo – A fragilidade da indústria brasileira ficou mais exposta com a chegada da pandemia de covid-19 ao país. Em um momento em que se abriu uma disputa mundial por itens que iam desde produtos como álcool em gel e oxigênio até respiradores e insumos para vacinas, o Brasil mostrou o tamanho de sua dependência externa. E os efeitos de um longo processo de desindustrialização. Um dos exemplos que ilustra a situação foi a busca pelos Ingredientes Farmacêuticos Ativos (IFAs). São matérias-primas essenciais para a produção de imunizantes cuja produção hoje se concentra em países como China e Índia. No Brasil, a Bio-Manguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e o Instituto Butantan são as duas únicas instituições que produzem vacinas. Mas, das 17 distribuídas, apenas quatro não dependem da importação de IFAs. De acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Insumos Farmacêuticos, o país só fabrica 5% dos insumos para atender à demanda interna de medicamentos. TEXTO II Entre tantos indicadores econômicos negativos que têm gerado manchetes – desaceleração da economia, pressão inflacionária, aumento do desequilíbrio externo –, o primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff será também lembrado por uma tendência que costuma ser menos mencionada: a intensificação do processo de desindustrialização precoce. É isso o que sugerem os dados do IBGE relativos à participação da indústria no PIB em seu primeiro mandato. No primeiro ano, em 2011, a indústria representava pouco mais de 27,2% do PIB, mesmo patamar da herança deixada por Lula. Nos anos seguintes, a participação despencou, primeiro com mais intensidade e depois à razão de um ponto percentual por ano, atingindo marca inferior a um quarto, o pior resultado das últimas décadas. Em relação às duas administrações anteriores, a de Dilma não se sai bem nesse quesito. Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), apesar das políticas liberais e da abertura do país a importações para ajudar no controle da inflação, pegou e entregou a participação da indústria no PIB na casa dos 26%. Sob Lula, a trajetória não foi diferente: em que pesem as variações ao longo dos mandatos, a participação da indústria em 2003 e 2010 ficou em torno de 27%. Quando se fecha o foco na indústria de transformação, cujos produtos têm maior valor agregado, o cenário é mais desolador. A participação no PIB em 2014, de 10,9%, é bem inferior à metade da registrada em meados da década de 1980, a "década perdida". Só em São Paulo, que concentra a produção dessa indústria, houve perda de 164 mil empregos formais em 2014, retração de 2% no ano, segundo a Fiesp, a federação das indústrias de São Paulo. TEXTO III Os Impactos Econômicos e Sociais da Desindustrialização No Brasil. Medidas para combater o Assédio sexual no ambiente de trabalho. TEXTO I Assédio sexual Agressões físicas ou simbólicas com conotação sexual, que acontecem por intimidação, chantagem e/ou até mesmo à força, podem ser consideradas assédio sexual. A prática se difere do estupro, mas também é considerada crime pelo Código Penal. Nesse caso, os danos são tão ou mais agudos que os provocados pelo assédio moral. “A individualidade psíquica é diretamente atingida”, definiu Leilane Vieira. E o silêncio tende a ser ainda maior. “Por que as pessoas não denunciam? Falta de confiança ou de comunicação, medo de ser ainda mais julgada, dificuldade de provas”, comentou a psicóloga. Https://www.ufg.br/n/101854-como-evitar-o-assedio TEXTO II Casos como o de Paula, infelizmente, não são incomuns. Dados de uma pesquisa feita pela Talenses, consultoria de recrutamento executivo, com 3 215 entrevistados e com exclusividade para VOCÊ S/A, revelam que 34% das mulheres já sofreram algum tipo de assédio sexual no ambiente de trabalho. Entre os homens o número alcança 12%. O índice mais baixo entre os profissionais do sexo masculino tem explicação psicológica. Para alguns deles, denunciar um caso de assédio pode demonstrar fraqueza — ainda mais se a assediadora for mulher. “Há uma tendência de eles racionalizarem esse tipo de situação. Grande parte não se verá como vítima nem se culpará. Vai pensar nas qualidades como homem, no que pode ter feito para despertar o interesse”, diz Pricila Gunutzmann, professora de psicologia na Universidade Anhembi Morumbi e especialista em gestão de pessoas. A cultura machista em alguns ambientes de trabalho também pode contribuir para que as funcionárias tenham de enfrentar mais essa questão. E esse é um problema global. Https://vocesa.abril.com.br/carreira/1-a-cada-5-profissionais-sofreu-assedio-sexual-no-trabalho-veja-relatos/TEXTO III Uma pesquisa conduzida por dois juízes com quase 2 mil mulheres que atuam nas instituições de segurança pública e Forças Armadas revela que 74% delas já sofreram assédio sexual no ambiente de trabalho. O objetivo do estudo é expor a realidade enfrentada pelas profissionais da Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Penal, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Guarda Municipal, Exército, Marinha e Aeronáutica. Os resultados completos da pesquisa serão apresentados neste sábado em uma transmissão on-line. A data foi escolhida por também ser o “Dia Nacional de Luta contra a Violência à Mulher”. Como combater o analfabetismo no Brasil. TEXTO I O que é analfabetismo Analfabeto é qualquer pessoa que não conheça o alfabeto ou que não saiba ler e escrever, e analfabetismo, a condição de quem não conheça o alfabeto ou não saiba ler e escrever, segundo o glossário Ceale da UFMG. A taxa de analfabetismo medida pelo IBGE é o porcentual de pessoas que não sabem ler e escrever pelo menos um bilhete simples, no idioma que conhecem, na população total residente da mesma faixa etária, em determinado espaço geográfico, no ano considerado. O que é analfabetismo funcional Analfabeto funcional é a pessoa que sabe ler e escrever, mas é incapaz de entender ou interpretar um texto que acabou de ler. O termo analfabetismo funcional está relacionado ao uso prático da linguagem pra fins específicos e tarefas cotidianas. Para o IBGE, a taxa de analfabetismo funcional é a porcentagem de pessoas de uma determinada faixa etária que tem escolaridade de até 3 anos de estudo em relação ao total de pessoas na mesma faixa etária. Há uma outra medição, criada pela ONG Ação Educativa, o Índice Nacional de Analfabetismo Funcional (Inaf), feita em parceria com o Ibope. O Inaf 2018 apontou que cerca de 30% dos brasileiros entre 15 e 64 anos são analfabetos funcionais. TEXTO II A taxa de analfabetismo no Brasil passou de 6,8%, em 2018, para 6,6%, em 2019, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua Educação, divulgada hoje (15). Apesar da queda, que representa cerca de 200 mil pessoas, o Brasil tem ainda 11 milhões de analfabetos. São pessoas de 15 anos ou mais que, pelos critérios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), não são capazes de ler e escrever nem ao menos um bilhete simples. “É uma taxa que vem baixando ao longo do tempo”, diz a analista da pesquisa Adriana Beringuy. Em 2016, era 7,2%. “O analfabetismo está mais concentrado entre as pessoas mais velhas, uma vez que os jovens são mais escolarizados e, portanto, vão registrar indicador menor”, acrescenta. Apesar de ter registrado queda, os dados mostram que 18% daqueles com 60 anos ou mais são analfabetos. Em 2018, eram 18,6% e, em 2016, 20,4%. TEXTO III Três estratégias são essenciais para reduzir os índices de analfabetismo, em conjunto com o trabalho dos pedagogos. A primeira delas é a oferta de programas de escolarização voltados à população que não teve oportunidade de frequentar a escola, respeitando as características do educando: idade, gênero, etnia, condição social etc. Além disso, é preciso estimular a participação de quem, por alguma razão, não frequentou a escola. Isso pode ser feito pelo apoio ao educando, como atendimento em casa, nas ruas ou locais de trabalho. A segunda estratégia é uma educação básica de qualidade, universal, gratuita e laica para evitar que os programas de escolarização de jovens e adultos sejam necessários no futuro. Ou seja, é preciso garantir que não haja mais analfabetos. Para que isso aconteça, é preciso que as crianças sejam educadas na idade correta. Isso é extremamente importante porque uma criança que não aprende a ler e a escrever quando deveria pode começar a sentir dificuldades para acompanhar os conteúdos e até abandonar a escola. A terceira estratégia envolve a oferta de condições sociais adequadas para que toda a população possa frequentar a escola. Isso porque não adianta ter uma oferta universal e escolas de qualidade se as crianças não se alimentam direito, precisam trabalhar ou vivem em condições precárias. Medidas para evitar os testes em animais. TEXTO I Uso de animais não traz resultados confiáveis Quem também já criou a sua própria alternativa aos testes em animais foi o pesquisador Renato Ivan de Ávila, vencedor do Prêmio Internacional Lush Prize. Ele estabeleceu um método que avalia se um produto ou substância tem a capacidade de reagir com as proteínas da pele e promover alterações nas células da pele que culminem no desenvolvimento de alergias. “Assim, utilizamos proteínas sintéticas e células humanas cultivadas em laboratório, entre elas queratinócitos, uma das células mais presentes na pele, e células dendríticas que são responsáveis por processar e identificar substâncias alergênicas no organismo”, disse em entrevista à Vegazeta. Ávila avaliou os testes em animais como ultrapassados e reforçou que causam sofrimento desnecessário aos animais. “São modelos que falham, ou seja, não trazem resultados confiáveis. Como dizem pesquisadores de referência na nossa área, o homem não é um camundongo de 70 quilos e, por isso, há diferenças entre o organismo do homem e de outros animais.” TEXTO II No Brasil, oito estados contam com leis que proíbem o uso de animais em determinadas indústrias: Amazonas, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo. Mas esse tipo de legislação causa polêmica, já que existe uma lei federal (a Lei Arouca) que permite esse tipo de experimento — ainda que sob muitas regras. Há quem argumente que uma lei estadual não deveria se sobrepor a uma de âmbito nacional. “As regulações do Concea e a Lei Arouca regem a experimentação animal no país”, afirma Renata Mazaro e Costa, coordenadora do Concea. Um projeto de lei (PL nº 6.602/2013) de autoria do deputado Ricardo Izar pretende mudar essa realidade. A proposta é acabar, em todo o país, com a utilização de cobaias em atividades de ensino, pesquisas e testes laboratoriais de cosméticos. Mas alguns especialistas não acreditam que isso seja viável — ao menos por enquanto. Para Fátima Fandinho, da Fiocruz, os desafios passam pela capacitação de profissionais para usar as novas tecnologias e também por uma adaptação de diversos setores da sociedade. “Não se trata apenas de troca de técnicas, e sim de mudança cultural: é preciso mostrar as alternativas para gestores de saúde pública, pesquisadores e veterinários”, diz Fandinho. Quanto mais as novas tecnologias se disseminarem, melhor. Porém, até que se tornem rotina nos laboratórios, é improvável que testes com bichos deixem de existir completamente. Daí porque o bem-estar animal não pode ser uma preocupação apenas de ativistas: é também questão de ciência. TEXTO III Segundo a diretora técnica do Fórum Nacional de Proteção e Defesa do Animal, Vania Plaza Nunes, alguns dos beagles apresentaram problemas de saúde. "Muitos destes animais desenvolveram quadros tumorais, consequência provavelmente dos testes que foram feitos. Outros animais jovens que saíram das fêmeas prenhas estão felizes vivendo em lares, com carinho com afeto e com amor." Substituindo os animais A pele que sobra nas pálpebras e incomoda, pode deixar outros olhares mais bonitos. Os excessos retirados em cirurgias do Banco de Olhos de Sorocaba, no interior de São Paulo, vão para o laboratório de uma indústria química. E são nestes pedacinhos de pele que os novos ingredientes para comésticos são testados. A bióloga Patrícia da Luz Moreira explica como funciona o processo. "A gente avalia em quanto tempo aquele ingrediente vai trazer uma resposta reduzindo ruga, clareando nossa pele. Então ele é o coração, o coração do desenvolvimento." TEXTO I São Paulo e Rio de Janeiro, e são consideradas uma mudança “irreversível” no mercado, que caminha em direção a um modelo de mobilidade sustentável. “A meu ver, é uma tendência irreversível. Inclusive porque notamos o envolvimento de grandes empresasque geralmente dão o tom do lobby no mercado desenvolvendo seu próprios programas de compartilhamento de veículos”, disse à ANSA Ana Carla Fonseca, diretora da Garimpo Soluções e especialista em cidades criativas e economia criativa. Diante dessa realidade, a sociedade, as autoridades e o mercado enfrentam um desafio para criar regulamentações para esses novos – ou repaginados – meios de transporte. “A grande discussão no momento é o espaço físico. Onde esses veículos são usados, quais acidentes causam, qual o perigo dessas novas modalidades. Elas precisam ter um espaço dedicado somente para elas. A calçada não é o mais adequado. Nas cidades do futuro, a maior disputa será pela área do meio-fio”, afirmou o diretor do programa de Cidades do WRI Brasil, Luis Antonio Lindau. TEXTO II TEXTO III Mas uma ideia que vem sendo crescendo e algumas pessoas estão seguindo é a da carona, e não só para pessoas que você conhece e por acaso moram perto ou fazem trajetos similares. O que ganha força é a carona solidária. Ou seja, em troca da divisão de custos alguém oferece seu veículo para realizar um caminho que seja bom para todos que participem da iniciativa, e assim evitam que outro carro ou mais ocupem um espaço no trânsito. Os fatores positivos para que a carona solidária seja seguida são inúmeros: ela evita o uso de mais carros, colabora com o meio ambiente (pois menos CO2 será emitido), além de propiciar bons momentos de conversa entre pessoas que semanas antes nem se conheciam. Hoje, por conta da internet ficou mais fácil encontrar pessoas para a carona solidária, existem sites e aplicativos especializados para achar quem mora e trabalha em locais próximos. Os desafios da mobilidade urbana. Alcoolismo no Brasil: um problema social ou familiar? TEXTO I Alcoolismo é a dependência do indivíduo ao álcool, considerada doença pela Organização Mundial da Saúde. O uso constante, descontrolado e progressivo de bebidas alcoólicas pode comprometer seriamente o bom funcionamento do organismo, levando a consequências irreversíveis. A pessoa dependente do álcool, além de prejudicar a sua própria vida, acaba afetando a sua família, amigos e colegas de trabalho. O abuso de álcool é diferente do alcoolismo porque não inclui uma vontade incontrolável de beber, perda do controle ou dependência física. E ainda o abuso de álcool tem menos chances de incluir tolerância do que o alcoolismo (a necessidade de aumentar as quantias de álcool para sentir os mesmos efeitos de antes). TEXTO II Consumo de álcool no país começa aos 11 anos O alcoolismo é uma doença grave que atinge 10% da população brasileira. O consumo descontrolado do álcool atinge não só a saúde dos dependentes e a vida de seus familiares, mas se reflete no alto número de acidentes de trânsito e de trabalho e nos casos de violência doméstica e social. Ao contrário de outras drogas que também afetam o sistema nervoso central, como a maconha, o álcool pode ser comercializado e usado livremente, com restrições apenas à venda para menores. A ausência de uma política restritiva à comercialização e à publicidade de bebidas alcoólicas, segundo especialistas, seria responsável pelo alto consumo entre os jovens. Conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS), os brasileiros começam a beber, em média, aos 11 anos. O estudo mostrou ainda que 70% da população já consumiu ou consome algum tipo de bebida alcoólica TEXTO III EIXO SAÚDEEIXO SAÚDE TEXTO I Constituição Federal (Artigos 196 a 200) Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. TEXTO II SAÚDE PÚBLICA X SAÚDE SUPLEMENTAR A saúde no Brasil se divide hoje em pública e suplementar. A saúde pública está estruturada dentro do Sistema Único de Saúde, mais conhecido como SUS, já a saúde suplementar é a saúde privada, que compreende os planos de saúde. Atualmente, 75% dos brasileiros dependem exclusivamente do SUS, o restante da população utiliza a saúde privada. Mesmo que algum cidadão opte por utilizar a saúde privada e adquira um plano de saúde, seja individualmente ou por convênio da empresa em que trabalha, ele não perde o direito de utilizar o SUS. Afinal, um de seus princípios é a universalidade, que significa que todos os brasileiros têm direito aos serviços de saúde. É interessante notar a discrepância dos valores investidos nesses dois casos. Em uma de suas palestras, Drauzio Varella mostra que o SUS investe cerca de R$ 103 bilhões por ano e atende 75% da população brasileira, já a saúde suplementar, que atende apenas 25% dos cidadãos, investe R$ 90,5 bilhões. Isso quer dizer que os gastos por paciente são, em média, três vezes mais altos na saúde suplementar do que na saúde pública. TEXTO III Os 6 maiores desafios que a saúde pública do Brasil vem enfrentando Baixos investimentos. Atualmente, o SUS cobre cerca de 75% da população brasileira. ...1. Doenças alarmantes. ...2. Falta de profissionais na saúde pública. ...3. Superlotação nos hospitais. ...4. Infraestrutura defasada. ...5. Tecnologia de baixa qualidade.6. A importância da reivindicação pela saúde pública no Brasil. TEXTO I O que é telemedicina? O termo telemedicina tem origem na palavra grega ‘tele’, que significa distância. Também é usada para formar as palavras telefone, televisão etc. Assim, a telemedicina abrange toda a prática médica realizada à distância, independente do instrumento utilizado para essa relação. A prática tem origem em Israel e é bastante aplicada nos Estados Unidos, Canadá e países da Europa. Desde seu início, na década de 1950, a telemedicina mudou e avançou muito. Antes, poucos hospitais utilizavam televisões para chegar a pacientes em locais remotos. Mas com o avanço dos meios de comunicação, o contato entre médico e paciente ou entre os profissionais de saúde ficou mais simples e prático: a relação e a troca de informações foi ampliada com o telefone fixo, depois com os celulares, e se tornou ainda mais rápida com a internet. Computadores, tablets e smartphones facilitam as videoconferências e o avanço da Inteligência Artificial (IA) leva conhecimento ao alcance de todos. TEXTO II Assistência médica em lugares distantes. O Brasil é um país de dimensões continentais, com lugares remotos e de difícil acesso, inclusive, para a chegada de profissionais da área médica. Com isso, uma parte da população fica desassistida de maneira parcial e, até mesmo, integralmente. Mas essa realidade tem mudado de maneira considerável com a regulamentação, adoção e implantação da Telemedicina no Brasil. Com isso, a população que está distante dos centros urbanos pode ter acesso a diagnósticos e acompanhamento médico especializado, evitando os grandes deslocamentos e consumo de recursos financeiros que, na maioria das vezes, são escassos. Uma população sadia gera fortes impactos sociais para o sistema de saúde do Brasil, diminuindo os gastos públicos com a redução de procedimentos e internações. Além disso, com o uso da Telemedicina, haverá tendência da elevação da idade média da população. TEXTO III Um ponto negativo, conforme o especialista, é que a relação perde em proximidade, mas os profissionais da saúde terão que levar isso em conta e se capacitar ainda mais. “Não vai ser simplesmente colocar o médico atrás da câmera e dar o mesmo tipo de consulta que ele fazia até então. Agora ele vai ter que estar ciente de que a preocupação do paciente é ainda maior, porque ele tem esse afastamento e a perda de alguns sentidos no canal de comunicação, sem ter a percepção apurada da reação do profissional. O médico terá que ser mais compreensivo. Porém, os ganhos são muito maiores do que as perdas”, completa. Os impactos da telemedicina na saúde brasileira. TEXTO I Muitas vezes o desconhecimento gera um preconceito contra quem apresenta sintomas de transtornos mentais. E o pensamento de que “doença mental é bobagem” podeagravar o quadro de quem tem esse transtorno. Agora você pode estar se perguntando: “tá, mas se é tão difícil de diagnosticar, se é preciso buscar ajuda médica, o que EU tenho a ver com isso?” Pra começar, é muito importante que o assunto “saúde mental” esteja cada vez mais presente nas suas conversas. Se você fala sobre o corpo do verão na academia, por que não falar sobre a “mania”, a “tristeza” ou a “loucura” que alguém pode estar demonstrando? É bem possível de que esses comportamentos sejam na verdade um indicativo de algo mais sério, que demande a atenção de especialistas. Disponível: https://www.holiste.com.br/fala-transtorno-mental-video/ TEXTO II Um dos problemas que merecem atenção são os mitos e verdades que envolvem a saúde mental. Alguns estigmas e preconceitos ainda são muito presentes na realidade de quem enfrenta problemas em relação à saúde mental. Familiares e pacientes são muitas vezes incompreendidos ou até mesmo marginalizados devido à expressão de ideias baseadas em conceitos mal formulados ou não esclarecidos. É preciso compreender que as disfunções orgânicas podem acontecer por diversos motivos e, por isso, as desordens mentais e físicas podem surgir. Logo, os problemas mentais como o transtorno bipolar, tendências depressivas e picos de ansiedade se expressam como um reflexo de fatores internos e externos. Disponível: https://hospitalsantamonica.com.br/a-saude-mental-e-a-importancia-dela-na-vida-das- pessoas/ TEXTO III No Brasil, o 1º Boletim Quadrimestral sobre Benefícios por Incapacidade, da Previdência Social, analisou o período entre 2012 e 2016 e mostrou que as condições mentais e emocionais ocupam a terceira posição como motivo de afastamento no trabalho. Ainda assim, mesmo diante desse cenário e com diversos outros dados e estudos que o comprovam ao redor do mundo, há pouco investimento sobre o tema. A saúde mental enfrenta muitos estigmas nas organizações: empresas não falam sobre isso ou não sabem como tratar o assunto, que é rodeado de preconceitos. Enquanto isso, gerenciar o estresse e promover mais qualidade de vida permanecem como desafios nas organizações, causando reflexos nos custos e na produtividade. A saúde mental e seus impactos na sociedade brasileira. TEXTO I Quando a dor de cabeça chega, logo procuramos um remédio para aliviar o mal-estar, não é mesmo? Pode parecer um gesto simples e sem grandes problemas, mas a automedicação pode desencadear consequências graves para saúde e, portanto, deve ser evitada. → O que é a automedicação? Segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), a automedicação é “a utilização de medicamentos por conta própria ou por indicação de pessoas não habilitadas, para tratamento de doenças cujos sintomas são percebidos pelo usuário, sem a avaliação prévia de um profissional de saúde (médico ou odontólogo).” A automedicação diz respeito, portanto, ao uso de medicamentos sem prescrição de um profissional habilitado. → Consequências da automedicação O uso de medicamentos sem prescrição médica pode causar diversos problemas, sendo um deles a intoxicação. De acordo com a Anvisa, os medicamentos que mais causam intoxicação são os analgésicos, antitérmicos e anti-inflamatórios. A falta de conhecimento a respeito de um medicamento pode também levar ao uso de substâncias que causam alergia. Algumas reações alérgicas podem ser graves e desencadear até mesmo a morte. Além desse problema, o uso de medicamentos por conta própria pode causar uma melhora falsa nos sintomas. Apesar de aliviar os problemas imediatos, o medicamento pode apenas mascarar a doença, causando um agravamento no caso e dificultando um diagnóstico por parte dos profissionais da área. A combinação de medicamentos também é um grave problema. Muitas pessoas não sabem que um remédio pode anular o efeito de outro e acabam fazendo combinações inadequadas que podem ocasionar problemas cada vez maiores. TEXTO II Automedicação é um hábito comum a 77% dos brasileiros A pesquisa foi feita pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF). Quase metade (47%) se automedica pelo menos uma vez por mês, e 25% faz todo dia ou pelo menos uma vez por semana. Quase metade dos brasileiros se automedica pelo menos uma vez por mês e 25% o faz todo dia ou pelo menos uma vez por semana. Esses dados fazem parte de uma pesquisa feita pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF). De acordo com o estudo, a automedicação é um hábito comum a 77% dos brasileiros. As mulheres são as que mais usam medicamentos por conta própria, pelo menos uma vez ao mês – 53%. Familiares, amigos e vizinhos são os principais influenciadores na escolha dos medicamentos usados sem prescrição (25%). TEXTO III O uso contínuo desses medicamentos apresenta riscos maiores do que os analgésicos simples, segundo Hazem Adel Ashmawi, anestesiologista membro da Sociedade Brasileira para Estudo da Dor. O especialista explica que os remédios anti-inflamatórios trazem grande melhora da dor, o que motiva o paciente a continuar recorrendo a eles. A pessoa, no entanto, não identifica o perigo, já que as complicações não aparecem imediatamente. A maioria dos anti-inflamatórios age inibindo a produção de uma enzima responsável pela produção da substância que causa a inflamação e a dor. O problema é que o medicamento também inibe a enzima que controla, entre outras funções, o fluxo sanguíneo dos rins e a produção de muco gástrico. Por isso, o uso indiscriminado de anti-inflamatórios provoca frequentemente úlceras no estômago e lesões renais, afirma o anestesiologista. Outros riscos da automedicação são a interação medicamentosa, que precisa ser avaliada por profissionais, e as alergias, já que vários medicamentos são combinações de princípios ativos e podem esconder em suas fórmulas compostos aos quais o paciente é sensível. Os perigos da automedicação na cultura brasileira. TEXTO I Os desafios no combate a obesidade no Brasil. No Dia Mundial da Obesidade, o Ministério da Saúde alerta para a necessidade da adoção de hábitos saudáveis para evitar o excesso de peso e as doenças desencadeadas pela obesidade. Atualmente, 55,7% da população adulta do país está com excesso de peso e 19,8% está obesa, de acordo com a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), de 2018. A data, antes celebrada em 11 de outubro, passa a ser lembrada no dia 4 de março, a partir deste ano. Dados do Vigitel mostram ainda que 7,7% da população adulta apresenta diabetes e 24,7%, hipertensão – doenças que podem estar relacionadas à obesidade. A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), de 2013, indica que dentre os adultos com diabetes, 75,2% têm excesso de peso e, entre os adultos com hipertensão, 74,4% têm excesso de peso. Por isso, é importante ter hábitos saudáveis de alimentação para manter o peso adequado e doenças que podem ser prevenidas. “A obesidade e as doenças crônicas relacionadas à alimentação são desafios globais e o seu controle e prevenção exigem a implementação de políticas intersetoriais”, ressalta a coordenadora de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Gisele Bortolini. TEXTO II As razões da explosão de obesidade no Brasil Novos padrões alimentares. "Talvez um dos fatores mais preponderantes seja a mudança dos hábitos alimentares que se observa desde os anos 1970. Com pouco tempo para comer, as pessoas deixaram de fazer as refeições em casa e passaram a optar por comidas mais rápidas e mais calóricas". Aumento do trabalho e da renda. Segundo uma pesquisa do instituto Data Popular, a renda da classe média, que representa 56% da população, cresceu 71% entre 2005 e 2015, sendo que a renda dos 25% mais pobres foi a que mais aumentou. Assim, a chamada classe C passou a ter acesso a produtos antes restritos à elite. Além disso, ao se inserir no mercado de trabalho, o brasileiro acaba incorporando hábitos menos saudáveis, como os já citados por Mottin. Genética 'gorda'. A questão genética também cumpre um papel relevante para o aumento da população obesa, segundo o médico CláudioMottin. Segundo ele, o organismo de nossos antepassados não estava adaptado para a fartura e passaram para nós a genética de retenção de calorias. Noites mal dormidas. TEXTO III Os desafios no combate a obesidade no Brasil. TEXTO I Brasil tem mais de 100 mil pessoas em situação de rua, aponta IPEA. Elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), o 'Texto para Discussão Estimativa da População em Situação de Rua no Brasil' aponta que, em 2015, o país tinha 101.854 pessoas em situação de rua. TEXTO II O QUE É A “SITUAÇÃO DE RUA”? Pessoas que passam as noites dormindo nas ruas, sob marquises, em praças, embaixo de viadutos e pontes são consideradas pessoas em situação de rua. Além desses espaços, também são utilizados locais degradados, como prédios e casas abandonados e carcaças de veículos, que têm pouca ou nenhuma higiene. Os “moradores de rua” são um grupo heterogêneo, isto é, pessoas que vêm de diferentes vivências e que estão nessa situação pelas mais variadas razões. Há fatores, porém, que os unem: a falta de uma moradia fixa, de um lugar para dormir temporária ou permanentemente e vínculos familiares que foram interrompidos ou fragilizados. As características acima foram conceituadas em 2005 pelo Ministério do Desenvolvimento Social como os fatores intrínsecos à condição de rua e constam na Política Nacional para a População em Situação de Rua (decreto nº 7.053 de 2009), sobre a qual falaremos mais à frente. Uma Pesquisa Nacional sobre a População em Situação de Rua foi realizada pelo Ministério do Desenvolvimento Social entre os anos de 2007 e 2008 com o objetivo de quantificar e qualificar todos esses fatores. Quanto aos motivos que levam as pessoas a morar nas ruas, os maiores são: alcoolismo e/ou uso de drogas (35,5%), perda de emprego (29,8%) e conflitos familiares (29,1%). Das pessoas entrevistadas, 71,3% citaram ao menos um dos três motivos e muitas vezes os relatos citam motivos que se correlacionam dentro da perda de emprego, uso de drogas e conflitos familiares. TEXTO III Um conjunto de entidades e de movimentos sociais enviou, nesta terça-feira (26) uma denúncia sobre o cenário de violência enfrentado pelas pessoas em situação de rua no Brasil. O documento foi construído por seis entidades - entre elas o Movimento Nacional da População em Situação de Rua e a Terra de Direitos – e foi enviado para relatores especiais da ONU de Moradia Adequada, de Defensores de Direitos Humanos, e de Extrema Pobreza e Direitos Humanos, e ao Alto Comissariado de Direitos Humanos. A denúncia já havia sido entregue, em português, no último dia 19, durante atividade em Genebra (Suíça). A denúncia aponta para o aumento dos casos de violação de direitos humanos desse grupo, e indica a necessidade de criação de políticas públicas voltadas às pessoas que enfrentam esse tipo de vulnerabilidade social e econômica. Segundo dados do Centro Nacional de Defesa de Direitos Humanos da População em Situação de Rua e Catadores de Material Reciclável (CNDDH), apenas entre março e agosto de 2017 foram registradas 419 denúncias de violência e 69 assassinatos de pessoas em situação de rua no país. Além desse número, foram registradas outras 25 mortes apenas em São Paulo, que resultaram da negligência e omissão do poder público – foram ao menos 10 pessoas mortas pela exposição ao frio. A população em situação de rua no Brasil. TEXTO I Por que doar? Doar órgãos é um ato de amor e solidariedade. O transplante pode salvar vidas, no caso de órgãos vitais como o coração, ou devolver a qualidade de vida, quando o órgão transplantado não é vital, como os rins. Além disso, estrutura a saúde física e psicológica de toda a família envolvida com o paciente transplantado. O que é um doador vivo e o que ele pode doar? Um doador vivo é qualquer pessoa juridicamente capaz, atendidos os preceitos legais quanto à doação intervivos, que tenha sido submetido à rigorosa investigação clínica, laboratorial e de imagem, e esteja em condições satisfatórias de saúde, possibilitando que a doação seja realizada dentro de um limite de risco aceitável. Pela lei, parentes até o quarto grau e cônjuges podem ser doadores em vida. Não parentes, somente com autorização judicial. O doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, parte do pulmão ou parte da medula óssea. O que é um doador falecido e o que ele pode doar? Existem dois tipos de doadores falecidos: Doador Falecido após Morte Cerebral: Paciente cuja morte cerebral foi constatada segundo critérios definidos pela legislação do país e que não tenha sofrido parada cardiorrespiratória. O doador falecido nesta condição pode doar coração, pulmões, fígado, pâncreas, intestino, rins, córnea, vasos, pele, ossos e tendões. Portanto, um único doador pode salvar inúmeras vidas. A retirada dos órgãos é realizada em centro cirúrgico, como qualquer outra cirurgia. Doador com Parada Cardiorrespiratória: Doador cuja morte foi constatada por critérios cardiorrespiratórios (coração parado). O doador nesta condição pode doar apenas tecidos para transplante (córnea, vasos, pele, ossos e tendões). TEXTO II O Ministério da Saúde lançou, hoje (27), data em que se celebra o Dia Nacional de Doação de Órgãos, a Campanha Nacional de Incentivo à Doação de Órgãos, que este ano tem como slogan A Vida Continua. Doe Órgãos. Converse com sua família. O lançamento ocorreu no Hospital do Rim e Hipertensão, em São Paulo, hospital que mais faz transplantes de rim em todo o mundo. Segundo o ministro da Saúde interino, João Gabbardo, a campanha pretende “sensibilizar as famílias para que elas autorizem o transplante quando o seu familiar estiver em morte encefálica”, única condição autorizada no país para transplante de órgãos pós-morte. Dados do Ministério informam que mais de 40% das famílias se negam a doar os órgãos de pessoas que tiveram morte encefálica. TEXTO III Doação de órgãos no Brasil: um ato de solidariedade. Debate Sobre a Qualidade Do Ensino Superior a Distância No Brasil. TEXTO I Não se pode negar que a evolução da qualidade dos produtos e serviços brasileiros tem melhorado de forma bem visível. Na educação, percebe-se a mesma evolução, tanto nas instituições públicas quanto nas instituições privadas. Na educação a distância, ao longo da sua história, é mais perceptível ainda as melhorias, isso graças às TIC[4], que tem evoluído de forma exponencial. Os números da EaD no Brasil falam por si. Conforme Guimarães (2019), em 2007, mais de 2 milhões de brasileiros fizeram algum curso a distância; já em 2014, os cursos de EaD somaram 3.868.706 de matrículas. Para um atendimento de boa qualidade aos alunos dos cursos de Educação a Distância é preciso ter uma boa estrutura de ensino, somada a uma boa articulação entre recursos materiais e intangíveis, conjuntamente a uma equipe competente de professores, coordenadores e tutores, no polo matriz e nos polos presenciais dos interiores do estado, de forma a garantir a qualidade conforme indicam os Referenciais de Qualidade da EaD, estabelecido pelo MEC em 2007. TEXTO II Somente depois da LDB de 1996 o Brasil implantou efetivamente cursos superiores a distância. Passamos de uma fase mais experimental – aprendendo e testando alguns modelos diferentes – à fase atual de consolidação e de maior regulação por parte do Ministério da Educação. Os modelos predominantes são os de teleaula, videoaula e WEB, com maior ou menor apoio local. Temos instituições particulares e públicas atuando na graduação e pós-graduação. As públicas se articulam na Universidade Aberta do Brasil (UAB) – uma articulação entre universidades estaduais, federais e institutos federais de educação, ciência e tecnologia (Ifets), com centenas de cursos superiores a distância de licenciatura, bacharelado, tecnológicos, especialização e extensão. A legislação atual no Brasil privilegia o modelo semipresencial, com acompanhamento dos alunos perto de onde moram (em polos) e mostra desconfiança pelo modelo de acompanhamento on-line, principalmente em cursos de graduação. A educação adistância está se transformando de uma modalidade complementar ou especial para situações específicas em referência importante para uma mudança profunda do ensino superior como um todo. O ensino superior utilizará cada vez mais metodologias semipresenciais, flexibilizando a necessidade de presença física, reorganizando os espaços e tempos de ensino e aprendizagem. TEXTO III EIXO EDUCAÇÃOEIXO EDUCAÇÃO TEXTO I "A escola, lugar tão relevante de socialização e construção dos significados, ensina que negros são descendentes de escravos, não de pessoas comuns que foram escravizadas, sequestradas da sua terra natal", afirma Mello. "Eles são sempre representados de forma humilhante, a partir de estereótipos de feiura, rudeza, ignorância, primitivismo e agressividade." Para Sherol dos Santos, mestre em História e professora da rede estadual do Rio Grande do Sul, trata- se de uma descrição que afasta não só o interesse pela cultura negra, mas cria uma rejeição. "Que tipo de identificação você, uma criança, vai querer criar com um povo retratado dessa maneira?", diz Sherol, especialista em escravidão e territórios quilombolas. É na escola que a criança irá experimentar a igualdade e aprender a lidar com a diversidade, contribuindo para a passagem do espaço privado para o coletivo. Uma visão eurocêntrica da história do Brasil, no entanto, cria uma tensão racial entre os alunos, que tendem a se aproximar da cultura ou do fenótipo europeu, desprezando as suas raízes africanas. Para especialistas, é fundamental que os educadores mostrem que todas as raças presentes no Brasil têm e tiveram importâncias iguais na formação da nossa história. "Se o aluno entender o processo histórico que desencadeou a desigualdade entre negros e brancos, ele não vai reforçar o preconceito", diz Mônica do Amaral, professora do Diversitas - Núcleo de Estudos das Diversidades, das Intolerâncias e dos Conflitos da Universidade de São Paulo (USP). "É preciso explicar aos alunos brancos que seus privilégios têm uma origem histórica, que nada tem a ver com competência, capacidade intelectual superior. Mas com condições desiguais de acesso aos bens culturais e materiais". TEXTO II R7: E a imagem do negro no ensino? Priscila Dias: Já como é feita a construção da imagem do negro no ensino, está pautada em uma currículo extremamente limitador do papel do negro na sociedade brasileira e no papel da África no mundo. Quando falamos do currículo de História especificamente, nós temos um século XVI, quando os africanos vão aparecer na História já como escravos. E em 1888, libertam-se os escravos africanos e deixam de existir na História. Ou seja, o negro vai entrar na História como escravo e vai sair da História quando se torna liberto. A gente tem a Primeira Guerra Mundial, quando a História não fala de um continente negro, de soldados negros africanos. Temos a Segunda Guerra Mundial, a Guerra Fria, a Ditadura Militar, temos a Redemocratização e o negro sumiu pós 1888 da História do Brasil. A construção de alguém naturalmente escravo, de uma passividade, de uma África invadida, submissa, subnutrida, a gente não tem conhecido do reino do Mali, por exemplo. A iconografia do negro na História do Brasil é essa, de escravos passivos e subalternos, a África como uma coisa só e é justamente nisso que precisamos readequar essa compreensão do negro. Porque dizer para um aluno que ele é descendente de escravos gera um sentimento que é totalmente diferente de eu dizer para um aluno, que ele foi descendente de reis e rainhas que foram escravizados. Essa construção do negro como passivo, faz com que o aluno negro tenha muita vergonha de si, muito vergonha da sua cor, do seu fenótipo...Muito comum ouvir dizer: o negro é racista! E, sim, somos criados odiando a textura do cabelo, o contorno do nariz, a espessura dos lábios... TEXTO III A rotina de ir à escola virou motivo de constrangimento para um aluno que estava se iniciando no candomblé. Aos 12 anos, o estudante da quarta série do ensino fundamental Escola Municipal Francisco Campos, no Grajaú, na Zona Norte do Rio, foi barrado pela diretora da instituição por usar bermudas brancas e guias por baixo do uniforme, segundo a família. A denúncia foi publicada nesta terça-feira (2) pelo jornal "O Dia". Desigualdade Racial na Educação Brasileira. TEXTO I A educação é o mais importante instrumento transformador da sociedade, uma vez que ela muda o homem para melhor. E o ser humano mudado passa a ser o agente transformador da sociedade. Não há dúvidas de que a educação, em qualquer nível, representa o fundamento da evolução humana e o futuro das gerações. Mas para que ela se desenvolva sob a perspectiva da transformação social, é preciso que todos os participantes do processo ensino-aprendizagem estejam conscientes de que uma mudança significativa não pode conviver com a perpetuação do que já existe. É óbvio que os educadores não podem esquecer que a escola tem também o dever de transmitir instruções e orientações para que os jovens possam se inserir em um mundo de tecnologias cada vez mais avançadas, uma vez que a adequada qualificação é um elemento básico para a inserção no mercado de trabalho, para conquista de posição social e de empoderamento. Mas não pode e nem deve limitar-se a este papel. TEXTO II De que forma a educação ajuda você a mudar o Brasil? A educação é uma ferramenta transformadora, tanto na esfera individual quanto em relação às mudanças que o indivíduo pode promover em sociedade. Em termos de crescimento pessoal, não há dúvidas de quanto a aquisição de conhecimento é capaz de modificar as nossas vidas. Se todos os brasileiros tivessem acesso à educação de qualidade, desde o ensino básico até o superior, certamente teríamos um cenário muito diferente do que temos hoje, considerando aspectos da sociedade como condições econômicas, violência, cultura, política, exploração do meio ambiente e tantos outros problemas que assolam nosso país. A pessoa que recebe uma boa educação: Aumenta suas chances de conquistar um futuro promissor, conseguir boas colocações no mercado de trabalho e vencer os obstáculos socioeconômicos; Amplia suas habilidades de expressão e de comunicação; Consegue se socializar com mais facilidade; Desenvolve senso crítico e capacidade de refletir e analisar situações sob diversos ângulos; Não se deixa manipular facilmente por influências intelectuais, culturais e políticas; Reconhece seus direitos e deveres; Obtém entendimento mais claro e participação mais construtiva em relação ao cenário social e político; Compreende o mundo com amplitude de visão. TEXTO III A educação como instrumento transformador da sociedade. TEXTO I O sistema educacional brasileiro passou por grandes mudanças nos últimos anos e tem conseguido cada vez mais respeitar a diversidade, garantindo a convivência e a aprendizagem de todos os alunos. As práticas educacionais desenvolvidas nesse período e que promovem a inclusão na escola regular dos alunos com deficiência (física, intelectual, visual, auditiva e múltipla), com transtorno global do desenvolvimento e com altas habilidades, revelam a mudança de paradigma incorporada pelas equipes pedagógicas. Essas ações evidenciam os esforços dos educadores em ensinar a turma toda e representam um conjunto valioso de experiências. A educação especial como modalidade de ensino ainda está se difundindo no contexto escolar. Para que se torne efetiva, precisarão dispor de redes de apoio que complementem o trabalho do professor. Atualmente, as redes de apoio existentes são compostas pelo Atendimento Educacional Especializado (AEE) e pelos profissionais da educação especial (intérprete, professor de Braille, etc.) da saúde e da família. TEXTO II História – o início da inclusão Historicamente, a humanidade não tinha um bom posicionamento quanto à inclusão. No começo dos tempos, pessoas com deficiência eram altamente marginalizadas e excluídas. Com o desenvolvimento da sociedade, isso começou a mudar. No Brasil, especificamente falando, foi a partir da metadedo século XIX que isso tomou força, principalmente diante da perspectiva de ações no âmbito privado. Famílias nobres, por exemplo, buscavam caminhos de acessibilidade para seus filhos, especialmente na questão da educação. Até a década de 1950, entretanto, isso não tinha mudado muito. Até esse momento, praticamente não se falava em educação especial, o que foi se transformando aos poucos. Na década de 1970, algumas escolas passaram a aceitar alunos com deficiência. Essa abertura inicial motivou o desenvolvimento desse conceito, de modo que a consciência sobre o tema se tornasse ampla. A partir daí, surgiram novos dispositivos legais, como leis e portarias, tratando da acessibilidade, inclusive do ponto de vista educacional. Em 1994, surgiu a Declaração de Salamanca, que firmou de vez os direitos quanto à educação especial e as principais exigências nesse sentido. Nas últimas décadas, a sociedade tem reconhecido cada vez mais a importância de criar ambientes participativos, altamente inclusivos e com uma grande diversidade. TEXTO III Caminhos para uma educação inclusiva de qualidade no Brasil. TEXTO I Ensino excludente e desigualdade Do total de alunos matriculados nos cursos presenciais ofertados por instituições de ensino superior em 2018, 55% e 48,8% são brancos, nas entidades privadas e públicas, respectivamente – enquanto o de pessoas que se declaravam de cor preta estavam em 11% nas públicas, e em 7,9% nas privadas. O percentual de pardos passou de 27%, em 2010, para 34% nas privadas; e de 27,6% para 36,9% nas públicas. “Infelizmente o ensino superior brasileiro é excludente e, apesar das políticas de cotas terem funcionado para minimizar o problema, a questão do acesso às populações da raça/cor preta e parda ainda está longe de ser resolvida”, avalia o diretor executivo do Semesp, Rodrigo Capelato, ao informar que apenas 14,7% dos jovens entre 18 e 24 anos que se autodeclaram pretos e 11,7% dos que se autodeclaram pardos estão matriculados em uma graduação. A desigualdade social do país fica diretamente retratada no estudo. A classe E corresponde a 44,9% da população brasileira com idade entre 18 e 24 anos. No entanto, corresponde a apenas 24,7% das pessoas da mesma faixa etária matriculada no ensino superior. Já as classes A, B e C – que segundo o levantamento correspondem respectivamente a 0,4%, 2,8% e 24% da população brasileira com essa faixa etária – ocupam 1,3% e 8,1% e 38% das matrículas, respectivamente. O estudo aponta que quanto maior a classe social, maior a condição de cursar o ensino superior: 61,9% dos jovens de 18 a 24 anos da classe A (que possuem renda domiciliar de mais de oito salários- mínimos) frequentam o ensino superior, enquanto que apenas 10,5% dos jovens da classe E (com renda domiciliar de até meio salário-mínimo) acessam uma graduação. Três a cada quatro alunos de 18 a 24 anos da classe C que frequentam o ensino superior estão matriculados em uma instituição de ensino superior privada. TEXTO II As chamadas cotas raciais não podem ser consideradas iniciativas recentes. Nos Estados Unidos, por exemplo, desde 1960 já existiam ações afirmativas como essa para amenizar a desigualdade socioeconômica entre negros e brancos. No Brasil as primeiras ações para superar essas diferenças datam do início dos anos 2000, quando a Universidade de Brasília resolveu adotar o sistema de cotas em seu processo seletivo. O número de ações afirmativas entre instituições de ensino superior brasileiras aumentou consideravelmente nos anos seguintes. Em agosto de 2012 foi aprovada a Lei n° 12.711 (A Lei das Cotas) que mudou a forma como as vagas de cada curso são disponibilizadas. O texto sancionado prevê que metade das vagas em algumas instituições sejam reservadas as estudantes vindos de escolas públicas. TEXTO III Na escola privada, 3,7% disseram não ter internet em casa. Os estudantes do 3º ano do ensino médio, chamados de concluintes, compõem o público cuja preparação para o Enem foi mais afetada pelo fechamento de escolas por causa do coronavírus, em março. Entre pobres e ricos, o abismo é ainda maior. Ao dividir os concluintes no Enem em quatro faixas de renda, 51% do quartil mais pobre não tem internet. Na outra ponta, o acesso atinge 96%. Os desafios do ingresso no ensino superior brasileiro. TEXTO I O uso das tecnologias na educação Pensar sobre as tecnologias na educação não é reinventar a roda. É refletir sobre nossas práticas pedagógicas, que, com o apoio de determinados instrumentos, podem facilitar e aprimorar o processo de ensino-aprendizagem. Em razão disso, a educomunicação Site externo pode servir como uma prática de quebrar os paradigmas no processo de ensino-aprendizagem, utilizando a tecnologia para colocar os estudantes como sujeitos importantes na elaboração da aula. Talvez seja palpável pensar a participação de todos e todas de uma forma diferente, trazendo as pautas preferidas dos estudantes para a discussão e ajudando a construir os conteúdos trabalhados em aula: um exercício democrático e extremamente educomunicativo. Os recursos tecnológicos disponíveis são meios abundantes para que o professor crie estratégias pedagógicas ao trabalhar o conteúdo, seja na construção de narrativas ou mesmo em apresentações. Vamos refletir sobre algumas das diferentes tecnologias que estão presentes no contexto escolar e as suas finalidades para facilitar o ensino de todas e todos os estudantes. TEXTO II Apesar de ser cada vez mais frequente a presença de smartphones e computadores nas escolas, o uso da tecnologia na educação brasileira ainda não é tão eficiente como poderia ser. Para Chao Lung Wen, professor da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), “precisamos acompanhar as inovações e melhorar as capacitações dos professores. Não há mais o que discutir sobre o uso de tecnologia na educação. Estamos atrasados sobre como usá-la de modo eficiente". Lung Wen participou de conferência no dia 22 de novembro, no IEA, sobre tecnologia e educação a distância na educação básica. TEXTO III Cinco horas ou mais na escola todo dia, grade curricular engessada, provas em papel, apostilas, quadro negro, carteiras enfileiradas. Isso até funciona, mas não é de hoje que essa educação é questionada. Existem muitas iniciativas, dentro e fora do Brasil, que trabalham para traçar outros caminhos, mas nunca foi tão urgente aposentar, pelo menos em parte, velhos modelos. O que vivemos agora, com aulas presenciais suspensas e distanciamento social provocado pelo coronavírus, é uma excepcionalidade. Não quer dizer que todas as escolas passarão por uma mudança profunda de método. Mas, fica uma lição: muitas tarefas escolares podem, sim, ser resolvidas online. "Já faz tempo que o modelo de um professor transmitindo conteúdos que podem ser acessados em apenas um clique perdeu o sentido", diz Lilian Bacich, cofundadora da Tríade educacional, coordenadora de pós-graduação em metodologias ativas no Instituto Singularidades e especialista no "Movimento pela Base", que articula iniciativas pela melhora da qualidade e equidade da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). O uso da tecnologia para a educação no Brasil. TEXTO I TEXTO II Sem internet, evasão escolar nas aldeias de Dourados pode passar de 40% O ensino a distância é um desafio na Reserva Indígena de Dourados. Sem internet e acesso a computadores, os alunos recebem atividades em uma espécie de cartilha impressa, que eles precisam buscar na escola, levar para a casa, desenvolver os exercícios e devolver para a correção. Nas turmas da pedagoga Micheli Alves Machado, uma minoria conseguiu terminar o ciclo. “Em alguns casos eles não buscaram a atividade, em outro não devolveram e em outra situação, não conseguiram fazer os exercícios sozinhos. Em uma das minhas turmas que tem 35 alunos, apenas seis entregaram”, destacou, observando que a comunidade estima que se nada for feito haverá evasão escolar em mais de 40% pós pandemia. Por causa da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2), escolas suspenderam as aulas presenciais e passaram a buscarformas alternativas de manter o processo de ensino-aprendizagem durante a quarentena: usam principalmente aplicativos e plataformas on-line. A estratégia adotada, no entanto, escancara a desigualdade e as dificuldades enfrentadas pelos estudantes e professores de colégios públicos – acesso limitado à internet, falta de computadores e de espaço em casa, problemas sociais, sobrecarga de trabalho docente e baixa escolaridade dos familiares. TEXTO III A evasão escolar em questão no Brasil. Mazelas Geradas Pelo Descarte Excessivo De Lixo No Brasil. TEXTO I Historicamente, o homem sempre gerou resíduos. Com a escala de crescimento populacional no mundo ultrapassamos a marca dos sete bilhões de pessoas. Esse dado não teria tanto impacto ao meio ambiente não fosse pela forma como estamos consumindo. Após a Revolução Industrial a sociedade planetária foi impulsionada a consumir muito, com consequente descarte de tudo que se é adquirido. A indústria explora recursos naturais, põe na linha de produção e abastece o mercado altamente voraz por consumo. Segundo Profa. Msc. Luciana Rodrigues de Morais e Silva, coordenadora do Programa de Meio Ambiente Tiradentes Conduta Consciente, na antiguidade o que nossos ancestrais consumiam produtos que tinham origem 100% natural e por isso não havia o acúmulo de lixo, sendo biodegradável todo o material descartado. “Hoje, entramos numa onda insana de adquirir produtos “inhos”, como suquinhos, biscoitinhos, danoninhos, com muita embalagem. O que leva uma indústria alimentícia a produzir 25 gramas de suco em uma caixinha que vem embalada num plástico acompanhada de um canudo que também está embalado num plástico?”, questiona. Diante desse cenário o momento pede sensatez, revisão de costumes, pressão dos consumidores sobre a indústria, enquanto eles continuarem produzindo lixo plástico (embalagens), sem nenhuma ética ambiental, estaremos enxugando gelo no quesito sensibilização e consciência ambiental. O lixo é hoje, e vem sendo há muitas décadas, um problema global. TEXTO II TEXTO III De acordo com levantamentos realizados pelo instituto brasileiro de Geografia e estatística (IBGE: Censo 2010), o Brasil produz cerca de 241.614 mil toneladas de resíduos domiciliares diariamente, e a composição média deste montante é distribuída das seguintes formas: 55% de matéria orgânica, 25% de papel, 4% de metal, 3% de vidro, 3% de plástico e 10% de outros (mistura). Muitos desses resíduos, associados à falta de educação ambiental e o consumismo excessivo, são descartados em lugares públicos, às margens de rios e córregos, em encostas e em terrenos baldios ocasionando, inundações, doenças, infestação de animais peçonhentos, contaminação das águas e contaminação do solo e subsolo. EIXO MEIO AMBIENTEEIXO MEIO AMBIENTE TEXTO I O uso das tecnologias na educação Pensar sobre as tecnologias na educação não é reinventar a roda. É refletir sobre nossas práticas pedagógicas, que, com o apoio de determinados instrumentos, podem facilitar e aprimorar o processo de ensino-aprendizagem. Em razão disso, a educomunicação Site externo pode servir como uma prática de quebrar os paradigmas no processo de ensino-aprendizagem, utilizando a tecnologia para colocar os estudantes como sujeitos importantes na elaboração da aula. Talvez seja palpável pensar a participação de todos e todas de uma forma diferente, trazendo as pautas preferidas dos estudantes para a discussão e ajudando a construir os conteúdos trabalhados em aula: um exercício democrático e extremamente educomunicativo. Os recursos tecnológicos disponíveis são meios abundantes para que o professor crie estratégias pedagógicas ao trabalhar o conteúdo, seja na construção de narrativas ou mesmo em apresentações. Vamos refletir sobre algumas das diferentes tecnologias que estão presentes no contexto escolar e as suas finalidades para facilitar o ensino de todas e todos os estudantes. TEXTO II Apesar de ser cada vez mais frequente a presença de smartphones e computadores nas escolas, o uso da tecnologia na educação brasileira ainda não é tão eficiente como poderia ser. Para Chao Lung Wen, professor da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), “precisamos acompanhar as inovações e melhorar as capacitações dos professores. Não há mais o que discutir sobre o uso de tecnologia na educação. Estamos atrasados sobre como usá-la de modo eficiente". Lung Wen participou de conferência no dia 22 de novembro, no IEA, sobre tecnologia e educação a distância na educação básica. TEXTO III Cinco horas ou mais na escola todo dia, grade curricular engessada, provas em papel, apostilas, quadro negro, carteiras enfileiradas. Isso até funciona, mas não é de hoje que essa educação é questionada. Existem muitas iniciativas, dentro e fora do Brasil, que trabalham para traçar outros caminhos, mas nunca foi tão urgente aposentar, pelo menos em parte, velhos modelos. O que vivemos agora, com aulas presenciais suspensas e distanciamento social provocado pelo coronavírus, é uma excepcionalidade. Não quer dizer que todas as escolas passarão por uma mudança profunda de método. Mas, fica uma lição: muitas tarefas escolares podem, sim, ser resolvidas online. "Já faz tempo que o modelo de um professor transmitindo conteúdos que podem ser acessados em apenas um clique perdeu o sentido", diz Lilian Bacich, cofundadora da Tríade educacional, coordenadora de pós-graduação em metodologias ativas no Instituto Singularidades e especialista no "Movimento pela Base", que articula iniciativas pela melhora da qualidade e equidade da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). A importância econômica das florestas no Brasil. TEXTO I As queimadas correspondem a uma das técnicas agrícolas mais primitivas da história do homem. No Brasil há registros da utilização das queimadas desde o período colonial, quando já era usada para retirada da cobertura vegetal original antes do plantio e ou formação de pastagem. Por ser uma técnica rápida e barata, ainda é muito utilizada no meio rural. Além do custo e rapidez, a queimada é considerada por alguns agricultores como uma ferramenta de fertilização do solo. Uma vez que as cinzas que restam após a passagem do fogo, seriam uma espécie de adubo natural. No entanto, este modo de limpar o terreno, na atualidade é alvo de críticas por parte de ambientalistas e técnicos. TEXTO II Área queimada por bioma em 2019: Pantanal - 20.835 km² (Alta de 573% em comparação a 2018) Pampa - 1.398 km² (Alta de 127% em comparação a 2018) Caatinga - 55.536 km² (Alta de 118% em comparação a 2018) Cerrado - 148.648 km² (Alta de 74% em comparação a 2018) Amazônia - 72.501 km² (Alta de 68% em comparação a 2018) Mata Atlântica - 19.471 km² (alta de 46% em comparação a 2018) TEXTO III As queimadas e a preservação do meio ambiente. TEXTO I O Brasil, segundo dados do Banco Mundial, é o 4o maior produtor de lixo plástico no mundo, com 11,3 milhões de toneladas, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, China e Índia. Desse total, mais de 10,3 milhões de toneladas foram coletadas (91%), mas apenas 145 mil toneladas (1,28%) são efetivamente recicladas, ou seja, reprocessadas na cadeia de produção como produto secundário. Esse é um dos menores índices da pesquisa e bem abaixo da média global de reciclagem plástica, que é de 9%. Mesmo parcialmente passando por usinas de reciclagem, há perdas na separação de tipos de plásticos (por motivos como estarem contaminados, serem multicamadas ou de baixo valor). No final, o destino de 7,7 milhões de toneladas de plástico são os aterros sanitários. E outros 2,4 milhões de toneladas de plástico são descartados de forma irregular, sem qualquer tipo de tratamento, em lixões a céu aberto. TEXTO II TEXTO III Cristal propõe 5 medidas por parte do governo que ajudariam a melhorar esse cenário: 1. Lei que proíba os plásticos descartáveis, por corresponderem cerca de 40% de todo plástico já produzido. 2. Incentivos fiscais para o desenvolvimento e a pesquisa de plásticos que não sejam provenientes de petróleo, mas sim compostáveis e biodegradáveis.3. Melhorar os sistemas de coleta e reciclagem nas cidades. 4. Criar/incentivar sistemas de compostagem nas cidades. 5. Proibir a produção do que não é reciclável/compostável. Impactos do lixo plástico no meio ambiente no Brasil. TEXTO I O Brasil lançou diariamente no solo, córregos, rios e mar 5.622 piscinas olímpicas de esgoto não tratado, segundo dados referentes a 2017 e divulgados nesta terça-feira (23) pelo Instituto Trata Brasil. O lançamento de esgoto sem tratamento é apontado pela Agência Nacional de Águas (ANA) como a principal forma de poluição de água no país. É por isso que a situação em Alagoas é tão grave: 83,1% da população do estado não tem coleta de esgoto e só 20% do que é coletado é tratado, de acordo com o relatório de 2019 do Sistema Nacional de Informação Sanitária (SNIS). TEXTO II O lançamento de substâncias físicas e químicas na água é potencialmente prejudicial para a vida aquática de animais e plantas. A água potável é adequada para o consumo pois não contém microrganismos nocivos, não é prejudicial à saúde e exibe três características básicas: incolor, insípida e inodora. Quando as condições químicas da água são alteradas ela não é adequada para o consumo e pode resultar em doenças para as pessoas. As principais doenças associadas ao consumo de água contaminada são as infecções gastrointestinais, disenteria, leptospirose, cólera e hepatite. Outra consequência é que o excesso de matéria orgânica proveniente dos esgotos ocasiona o processo de eutrofização. TEXTO III Uma forma de minimizar esse problema é através dos serviços de saneamento ambiental, que incluem a coleta e o tratamento de lixo e de esgoto (antes de lançá-lo nos rios e mares, diminuindo as substâncias tóxicas e patogênicas presentes na água). Porém, a ausência desse serviço é muito grande em vários países. No Brasil, por exemplo, mais da metade do esgoto é lançado em rios, lagos e no mar sem passar por um tratamento adequado. Além de evitar ou, no mínimo, diminuir a emissão de agentes poluentes, é necessário preservar e proteger os mananciais existentes. Poluição da água: causas e consequências. TEXTO I Combate aos incêndios criminosos A Fiocruz, em estudo coordenado pelo Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (Icict), mapeou o impacto das queimadas para a saúde infantil na região amazônica. A pesquisa concluiu que, nas áreas mais afetadas pelo fogo, o número de crianças internadas com problemas respiratórios dobrou. Foram cerca de 2,5 mil internações a mais, por mês, em maio e junho de 2019, em aproximadamente 100 municípios da Amazônia Legal, em especial nos estados do Pará, Rondônia, Maranhão e Mato Grosso – o que acarretou custo excedente de R$ 1,5 milhão ao Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com pesquisas, viver em uma cidade próxima aos focos de incêndio aumenta em 36% o risco de se internar por problemas respiratórios. TEXTO II "Vimos desmatamentos de tamanho muito grande: 1 mil,1.400 mil, 3 mil hectares desmatados e a gente viu também muito fogo - tanto fogo na floresta sendo usado para desmatar essa floresta, como o uso do fogo para preparar o solo. Então, foi derrubada a floresta, foi deixada para secar no sol e depois eles fizeram com o que a gente chama de 'leiras', que são amontoados de árvores mortas, secas e foi tocado o fogo", relatou Rômulo Batista, porta-voz do Greenpeace Brasil. O Greenpeace sobrevoou uma região considerada crítica por causa do grande número de focos de calor. A medição é feita pelos sistemas Deter e Prodes, usados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais para fiscalização e controle do desmatamento no país. Das dez cidades que mais queimam hoje no Brasil, seis estão em Mato Grosso. O número de queimadas no estado é o maior em 13 anos. TEXTO III Um patrimônio natural do Brasil agoniza em meio a uma onda devastadora de incêndios. Quem vai salvar o Pantanal? As chamas já consumiram 20% da vegetação. Animais em desespero tentam escapar do fogo, que se espalha com rapidez no clima seco. A região enfrenta a maior estiagem dos últimos 50 anos, consequência do aquecimento global. Mas, a exemplo do que acontece na Amazônia, as queimadas no Pantanal podem ser resultado principalmente da intervenção humana. É o que uma investigação da Polícia Federal busca descobrir e o Fantástico teve acesso com exclusividade às informações do inquérito. Com a ajuda de imagens de satélite, os agentes identificaram o início de alguns focos de incêndios. A principal suspeita é de que, nos casos investigados, a ação tenha sido criminosa. Combate aos incêndios criminosos. TEXTO I Uma verdadeira caixa d’água no coração do Brasil. É assim que o cerrado é visto por especialistas ligados aos recursos hídricos do país. Considerado um berço das águas, o bioma da região central brasileira possui grande importância estratégica para o abastecimento e manutenção de uma rica biodiversidade. Com grandes reservas subterrâneas de água doce, o cerrado faz conexões ao norte, com a Amazônia; ao nordeste, com a Caatinga; a sudoeste, com o Pantanal; e a sudeste, com a Mata Atlântica, o que faz com que haja importantes relações ecológicas entre ele e os biomas vizinhos. De acordo com o Museu do Cerrado, iniciativa da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (FA/UnB), o cerrado possui 19.864 nascentes, 23,6% de todas as nascentes brasileiras, além de três grandes aquíferos: Guarani, Bambuí e Urucuia. Mas, a riqueza hídrica requer mais cuidados: uma vez que distribui água por todo o país, a escassez na região afeta o Brasil. Na última reportagem da série especial sobre o cerrado, especialistas advertem quanto às ameaças nascentes e rios da região. TEXTO II A economia brasileira é extremamente dependente de seus recursos hídricos e da biota aquática. Cerca de 65% da energia no país é gerada por meio de usinas hidrelétricas e a agricultura, que contribui com 25% do PIB nacional, consome aproximadamente 750 mil litros de água por segundo, sem considerar o abastecimento humano e o uso da água pela indústria. O estudo aponta que a distribuição e a demanda são muito desiguais no país pelos mais diferentes aspectos, tais como ocorrência de secas, inundações, ameaças à biodiversidade, aplicação de instrumentos políticos, além do monitoramento da qualidade e quantidade das águas superficiais e subterrâneas. TEXTO III Caminhos para o combate a crise hídrica brasileira. TEXTO I Não é inesperado o que aconteceu em Mariana. Primeiro, pelos alertas dados pelo Ministério Público de Minas Gerais e por especialistas; segundo, porque a mineração é uma atividade altamente agressiva e de elevado risco ambiental. A Vale está fazendo furos e deixando rejeitos em Minas Gerais há 70 anos. Não pode, diante de um desastre dessa proporção, soltar uma nota lacônica como se não fosse sua obrigação agir imediatamente. A atividade mineradora no mundo inteiro tem uma série de procedimentos já consolidados ao longo do tempo para prevenir e mitigar desastre. Neste caso, se vê, a cada novo passo da investigação, que as empresas foram displicentes na prevenção e não demonstraram ter um plano de ação preparado para o caso de desastre. Prevenção e mitigação de danos é o mínimo que se pode exigir de empresa que lida com atividade de alto risco. TEXTO II TEXTO III No dia 5 de novembro de 2015, a cidade histórica de Mariana, que fez parte da Estrada Real criada ainda no século XVII, foi o cenário principal do maior desastre ambiental da História do Brasil, de acordo com o Ibama. Por volta das 16h, a barragem de Fundão, da mineradora Samarco, se rompeu, provocando o vazamento de 62 milhões de metros cúbicos de lama de rejeitos de minério, matando 19 pessoas (entre moradores e funcionários da empresa), destruindo centenas de imóveis e deixando milhares de pessoas desabrigadas. O vazamento, considerado o maior de todos os tempos em volume de material despejado por barragens de rejeitos de mineração - como informou reportagem do GLOBO em 17 de novembro daquele ano - provocou também a poluição do Rio Doce e danos