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1 ALGETEC – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO CEP: 40260-215 Fone: 71 3272-3504 E-mail: contato@algetec.com.br | Site: www.algetec.com.br LABORATÓRIO DE FÍSICA OSCILAÇÕES OSCILAÇÕES As vezes não temos a noção, mas ao acionarmos a ignição de um veículo, desencadeamos uma série de processos. Dentre eles, podemos exemplificar a oscilação dos pistões dentro dos cilindros, executando uma MHS (Movimento Harmônico Simples) quando em regime estacionário que é transmitido pelas bielas ao virabrequim na forma de MCU (Movimento Circular Uniforme). O exemplo que acabamos de descrever é apenas um, dentre muitos que podemos encontrar no nosso cotidiano e na natureza acerca das oscilações mecânicas. Esse estudo é de tremenda importância, pois além da sua grande aplicabilidade, serve de modelo matemático para compreensão de alguns Circuitos Elétricos e do estudo da estrutura da matéria através da Mecânica Quântica. 1. MOVIMENTOS PERIÓDICOS E OSCILATÓRIOS mailto:contato@algetec.com.br 2 ALGETEC – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO CEP: 40260-215 Fone: 71 3272-3504 E-mail: contato@algetec.com.br | Site: www.algetec.com.br LABORATÓRIO DE FÍSICA OSCILAÇÕES Embora haja uma similaridade e, em alguns casos, até uma complementaridade, podemos dizer que movimentos periódicos e oscilatórios são conceitualmente diferentes. Um movimento é dito PERIÓDICO quando ele se repete para um intervalo de tempo específico denominado período. Já o movimento OSCILATÓRIO acontece quando observamos de maneira sistemática e regular, uma inversão no sentido desse movimento. 2. MOVIMENTO HARMÔNICO SIMPLES Como vimos no mapa conceitual da figura anterior, um movimento é considerado harmônico simples quando ele é, simultaneamente, oscilatório e periódico. Para chegarmos a tais condições, podemos estabelecer que nesse tipo de movimento a energia mecânica deve se conservar. Na prática, um movimento com essas características não existe, pois por menores que sejam, as forças que promovem dissipação de energia, existem. Ainda assim, podemos enquadrar algumas aplicações práticas como um MHS genuíno. São os casos dos pêndulos simples e dos sistemas massa-mola. mailto:contato@algetec.com.br 3 ALGETEC – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO CEP: 40260-215 Fone: 71 3272-3504 E-mail: contato@algetec.com.br | Site: www.algetec.com.br LABORATÓRIO DE FÍSICA OSCILAÇÕES 2.1. SISTEMA MASSA-MOLA Abaixo, temos uma figura que exemplifica o diagrama de forças e as equações dinâmicas de um sistema massa-mola posto a oscilar entre as posições 𝑋𝑚𝑖𝑛 = −𝑋0 e 𝑋𝑚á𝑥 = +𝑋0 em torno do ponto 𝑋 = 0 (posição de equilíbrio do sistema). No estágio de mola comprimida, aceleração e força são máximas em sua intensidade (módulo), mas diz-se mínimas por considerar que estão no sentido oposto ao que se arbitrou como positivo. Como resultado da aplicação da 2ª Lei de Newton ao sistema, encontramos uma equação diferencial, cuja solução nos permite determinar a função da posição da mola no decorrer do tempo: 𝑋(𝑡) = 𝑋0cos(𝜔𝑡 + 𝜃0), Onde,𝑋0 é a deformação inicial sofrida pela mola (amplitude máxima do MHS), ω é a frequência angular e 𝜃0 é a fase inicial. Derivando a equação da posição em função do tempo, podemos encontrar a função horária da velocidade, dada por: 𝑣(𝑡) = −𝜔𝑋0sen(𝜔𝑡 + 𝜃0) mailto:contato@algetec.com.br 4 ALGETEC – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO CEP: 40260-215 Fone: 71 3272-3504 E-mail: contato@algetec.com.br | Site: www.algetec.com.br LABORATÓRIO DE FÍSICA OSCILAÇÕES Derivando mais uma vez a equação da posição, encontramos, por fim, a equação da aceleração em função do tempo: 𝑎(𝑡) = −𝜔²𝑋0cos(𝜔𝑡 + 𝜃0) 𝑜𝑢 𝑎(𝑡) = −𝜔²𝑋(𝑡) Teremos ainda que a frequência angular será: 𝜔 = √ 𝑘 𝑚 Onde, k é a constante elástica ou rigidez elástica da mola e m é a massa do corpo pendurado nela. Já para o período, podemos estabelecer que: 𝑇 = 2𝜋 𝜔 Substituindo pela equação da frequência angular: 𝑇 = 2𝜋√ 𝑚 𝑘 3. OSCILAÇÕES AMORTECIDAS Como dissemos anteriormente, em termos práticos, não existem sistemas físicos isentos de forças dissipativas. Quando dizemos que uma oscilação é harmônica simples, o que fazemos é tornar o efeito dessas forças aproximadamente desprezível. No entanto, existem situações em que esse tipo de aproximação não é possível. É o caso das oscilações amortecidas, onde devemos acrescentar ao nosso diagrama de forças e equações dinâmicas, um termo correspondente a essa força dissipativa (proporcional à velocidade). Sendo assim, nossa equação diferencial assumirá a seguinte forma: mailto:contato@algetec.com.br 5 ALGETEC – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO CEP: 40260-215 Fone: 71 3272-3504 E-mail: contato@algetec.com.br | Site: www.algetec.com.br LABORATÓRIO DE FÍSICA OSCILAÇÕES 𝑚 𝑑²𝑋 𝑑𝑡² + 𝑏 𝑑𝑋 𝑑𝑡 + 𝑘𝑋 = 0, Ainda podemos arrumar a equação de modo que ela assuma a seguinte forma: 𝑑²𝑋 𝑑𝑡² + 𝛾 𝑑𝑋 𝑑𝑡 +𝜔0 2𝑋 = 0, Onde, 𝛾 = 𝑏 𝑚 é o fator de amortecimento e 𝜔0 = √ 𝑘 𝑚 é a frequência angular inicial. Por se tratar de uma Equação Diferencial Ordinária de Grau 2, a solução proposta para ela é do tipo exponencial e nesse caso específico, estará vinculada à três condições que estabelecerão três regimes possíveis para esse amortecimento: subamortecido, superamortecido e criticamente amortecido. Em termos práticos, as oscilações amortecidas podem ser aplicadas e observadas nos regimes de oscilação de amortecedores de portas ou veículos. Uma observação puramente analítica das curvas da posição em função do tempo nos permite distinguir os três regimes de oscilação, como é possível verificarmos na imagem a seguir: mailto:contato@algetec.com.br 6 ALGETEC – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO CEP: 40260-215 Fone: 71 3272-3504 E-mail: contato@algetec.com.br | Site: www.algetec.com.br LABORATÓRIO DE FÍSICA OSCILAÇÕES A interpretação gráfica nos leva a perceber os diferentes comportamentos de cada tipo de oscilação amortecida, sendo: Oscilações subamortecidas: O movimento oscilatório perdura consideravelmente em torno do ponto de equilíbrio (y=0), com sucessivas diminuições de amplitude. Amortecimento crítico: O movimento de retorno para a posição de equilíbrio é brusco, sem oscilar em torno dessa posição. Oscilações superamortecidas: É observado um movimento bastante lento de retorno da mola da posição em que se encontrava tensionada até a posição de equilíbrio. Nesta explanação teórica, apresentamos de maneira suscinta, os principais aspectos das oscilações inerentes ao presente experimento. Um aprofundamento nessas teorias, bem como soluções de equações diferenciais, pode ser visto nos diversos livros texto existentes na literatura desta disciplina. Não mencionamos também as oscilações forçadas, em virtude das mesmas não se fazerem presentes na prática experimental. mailto:contato@algetec.com.br
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