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ABRIL AZUL - AUTISMO

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ABRIL AZUL - CONSCIENTIZAÇÃO DO AUTISMO.
★ Intro:
No mês de abril é realizada a campanha abril azul com objetivo de conscientizar a população mundial Sobre o
transtorno do espectro autista (TEA): Nome técnico oficial para designar o autismo, essa condição de saúde
caracterizada pelo déficit nas áreas de comunicação social e comportamento. Ela se manifesta em diferentes
graus em cada indivíduo. Comumente, aparece na infância e tende a persistir na adolescência e na idade
adulta. Na maioria dos casos, se manifesta nos primeiros 5 anos de vida, segundo o Ministério da Saúde
Entendendo mais:
Ainda não se sabe ao certo quais as causas para o distúrbio, acredita-se, na maioria dos casos seja de
origem genética onde alguns genes seriam responsáveis por essa condição. Mas os pesquisadores ainda
buscam respostas mais claras sobre esta correlação. Porém é fato que famílias com um filho autista têm mais
chances de ter outro filho com o TEA.
A ciência trabalha ainda com causas ambientais como: complicações no parto, ou uso de medicamentos pela
mãe durante a gestação.
Até criou-se um mito que determinadas vacinas como a de sarampo, caxumba e rubéola seriam responsáveis
pelo autismo. No entanto, não há nenhuma pesquisa que comprove isso e as famílias devem continuar
vacinando seus filhos, para não criar um problema de saúde pública.
Sobre o ABRIL AZUL:
O Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, estabelecido pelas Nações Unidas em 2007, visa
aumentar a compreensão do transtorno do espectro do autismo (TEA), abordando os desafios
enfrentados por pessoas autistas em diferentes setores, como saúde, educação e emprego.
É essencial oferecer apoio personalizado a indivíduos autistas, suas famílias e cuidadores,
permitindo que superem obstáculos, explorem interesses e desenvolvam habilidades.
→ A "Cor", tema de 2024, busca combater o estereótipo de que pessoas autistas levam vidas
restritas e sem dinamismo, promovendo a valorização das diferenças e a inclusão.
→ A fita com peças de quebra-cabeça coloridas, símbolo universal de conscientização sobre o
autismo, representa a diversidade de pessoas e famílias afetadas pelo TEA, enquanto as cores
vibrantes expressam esperança em relação aos tratamentos e à inclusão social.
O Abril Azul também tem como objetivo pressionar os governos para a implementação de mais
políticas públicas voltadas para pessoas autistas, como acesso a terapias, serviços de saúde, apoio
familiar, inclusão escolar e no mercado de trabalho, além de incentivar pesquisas científicas para
obter mais respostas sobre o autismo. A campanha destaca que o autismo não é uma doença, mas
sim uma condição especial, enfatizando a importância da compreensão, inclusão e apoio às
pessoas autistas.
Sinais:
(Hora de propagar o conhecimento a favor do bem - intuito não é diagnosticar e sim identificar um possível
autista afim de oferecer um determinado conforto a essa pessoa que requer uma atenção especial.)
É importante deixar claro para a sociedade quais sintomas do autismo, que podem variar de indivíduo para
indivíduo. Os sinais do autismo incluem dificuldade na comunicação e interação social, movimentos
repetitivos e seletividade alimentar ou dificuldades para dormir. Além disso, pode haver sensibilidade a
ambientes barulhentos e movimentados, dificuldade em responder quando chamado, agitação e preferência
por ficar sozinho.
Diagnósticos e acompanhamento:
O diagnóstico do transtorno do espectro autista não é feito por um exame específico, mas sim através de
relatos ao médico, especialmente desafiador em crianças pequenas. Embora não haja cura, terapias como
fonoaudiologia e terapia ocupacional podem ajudar na rotina diária e independência gradual. Em casos
graves, medicações podem ser prescritas por neurologistas ou psiquiatras para controlar comportamentos
agressivos.
★ AS ESTRATÉGIAS DE PROMOÇÃO A SAÚDE BUCAL EM PACIENTES TEA
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) apresenta desafios específicos na saúde bucal, como dificuldades na
higiene, maior incidência de cárie e sensibilidades sensoriais devido a dificuldades de coordenação motora,
sensibilidades sensoriais e comportamentos repetitivos. Como resultado, eles podem apresentar altos índices
de placa dental, o que aumenta o risco de cárie dentária e doença periodontal.
Falaremos sobre a importância de estratégias personalizadas de promoção da saúde bucal para pacientes
com TEA com o objetivo de melhorar a saúde bucal e o bem-estar geral desses pacientes, respeitando suas
necessidades e habilidades individuais. Aqui estão algumas delas:
● Qualificação de Profissionais de Odontologia: Os profissionais de odontologia estão sendo
cada vez mais capacitados e qualificados para fornecer atendimento odontológico adequado
a pacientes autistas. Isso inclui o desenvolvimento de habilidades de comunicação eficaz,
manejo de comportamento e adaptações no ambiente clínico para atender às necessidades
específicas desses pacientes.
● Ênfase na Prevenção e Promoção de Saúde: Trabalhar na prevenção e promoção de saúde
bucal é fundamental para pacientes autistas. Isso inclui a orientação em higiene bucal para
garantir que esses pacientes mantenham uma boa saúde bucal e evitem complicações que
possam surgir devido à falta de cuidados adequados.Prevenção de Problemas Dentários
Complicados: Ao oferecer orientação em higiene bucal e promover hábitos saudáveis, os
profissionais de odontologia podem ajudar a prevenir problemas dentários complicados em
pacientes autistas. Isso pode incluir cáries, doenças gengivais e outros problemas que podem
ser mais difíceis de tratar em pacientes com dificuldades de comunicação ou
comportamento.
● Manejo de Comportamento: O manejo de comportamento é uma parte crucial do atendimento
odontológico a pacientes autistas, especialmente diante de desafios comportamentais que podem
surgir durante o tratamento. Técnicas de dessensibilização, como exposição gradual a estímulos
aversivos, podem ajudar a reduzir a ansiedade do paciente e aumentar a tolerância ao tratamento
odontológico. O reforço positivo, como elogios e recompensas, pode incentivar a cooperação e o
comportamento adequado durante o procedimento. O controle de estímulos, como o uso de óculos de
proteção para reduzir a estimulação visual, também pode ajudar a criar um ambiente mais tranquilo e
controlado.
● Adaptações no Ambiente Clínico: Adaptar o ambiente clínico é fundamental para torná-lo mais
acolhedor e acessível para pacientes autistas. Isso pode incluir ajustes na iluminação, como o uso de
luzes mais suaves ou a redução do brilho, para minimizar sensibilidades sensoriais. A redução de
ruídos e a criação de espaços de espera tranquilos podem ajudar a reduzir a ansiedade do paciente.
Além disso, fornecer opções de estímulo tátil, como almofadas ponderadas ou cobertores, pode
oferecer uma sensação de segurança e conforto durante o tratamento.
● Planejamento e Execução do Tratamento: O planejamento e a execução do tratamento
odontológico em pacientes autistas requerem uma abordagem individualizada e sensível às
necessidades específicas de cada paciente. Isso pode envolver a criação de um ambiente seguro e
familiar, permitindo ao paciente tempo suficiente para se acostumar com o ambiente e os
procedimentos. O uso de técnicas de dessensibilização gradual pode ajudar a aumentar a tolerância
ao tratamento ao longo do tempo. Além disso, é importante considerar as preferências individuais do
paciente e adaptar o plano de tratamento conforme necessário para garantir uma experiência positiva
e eficaz.
● Colaboração Interdisciplinar: A colaboração interdisciplinar entre profissionais de odontologia,
terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e outros profissionais de saúde é fundamental para fornecer
um atendimento abrangente e integrado a pacientes autistas. Isso pode envolver a troca de
informações e experiências, o desenvolvimento de planos de tratamento coordenados e a
implementação de estratégias de apoio consistentes em diferentes ambientes de cuidados de saúde.
Trabalhar em equipepode ajudar a garantir que as necessidades complexas dos pacientes autistas
sejam atendidas de forma eficaz e holística.
● Comunicação Eficaz: Estratégias de comunicação eficazes são essenciais para garantir que os
pacientes autistas compreendam as instruções e se sintam confortáveis durante o tratamento
odontológico. Isso pode incluir o uso de linguagem simples e direta, evitando jargões técnicos e
explicando os procedimentos de forma clara e concisa. O uso de comunicação visual, como cartões de
comunicação ou pictogramas, pode ajudar a reforçar as instruções verbais. Além disso, é importante
permitir tempo suficiente para que o paciente processe as informações e oferecer opções de
comunicação alternativas, como escrever ou desenhar.
Já entendemos que o autista muitas vezes enxerga a realidade de uma outra maneira, por isso é
importantes citar também as Estratégias para facilitar a comunicação entre o dentista e pacientes
com Transtorno do Espectro Autista (TEA) durante o atendimento odontológico, bem como para
promover a higiene bucal adequada:
● Confiança do profissional: É essencial que o dentista estabeleça confiança com o paciente
autista, criando um ambiente seguro e acolhedor. Isso pode ser alcançado por meio de uma
abordagem empática, demonstrando interesse pelo bem-estar do paciente e dedicando tempo
para construir uma relação positiva.
● Linguagem Clara e Conhecimento Específico: O dentista deve utilizar uma linguagem clara e
simples ao se comunicar com o paciente autista, evitando jargões técnicos e fornecendo
explicações detalhadas de forma acessível. Além disso, é importante que o dentista
demonstre conhecimento específico sobre o TEA e suas necessidades associadas.
● Dedicação e Paciência: Paciência e dedicação são fundamentais ao lidar com pacientes
autistas. O dentista deve estar disposto a adaptar suas abordagens de comunicação e
tratamento conforme necessário, respeitando o ritmo e as necessidades individuais do
paciente.
● Uso de Modelos e Estratégias Lúdicas: Utilizar outras crianças como modelos para
demonstrar técnicas de higiene bucal pode ser uma estratégia eficaz para pacientes com TEA.
Além disso, estratégias lúdicas, como o uso de personagens familiares e elogios, podem
tornar a experiência mais agradável e envolvente para o paciente.
● Vídeos e Músicas Demonstrativas: Vídeos e músicas que demonstram as técnicas de
escovação podem ser recursos úteis para pacientes autistas, especialmente se forem
gravados no mesmo ambiente em que o paciente faz a escovação. Isso pode ajudar a
familiarizar o paciente com os procedimentos e tornar a experiência mais previsível e
confortável.
O autismo não está limitado à infância e pode continuar a afetar indivíduos durante toda a vida.
Portanto, as considerações sobre o autismo devem se estender além da infância, especialmente
quando se trata de fornecer cuidados odontológicos a adultos autistas. A comunicação, as
habilidades de compreensão e outras características autistas devem ser levadas em conta ao
fornecer cuidados odontológicos a adultos com TEA.
Se o paciente autista for um adulto, muitos dos princípios mencionados ainda se aplicam, embora
possa haver algumas considerações adicionais a serem feitas devido às diferenças no
desenvolvimento e na capacidade de comunicação. Aqui estão algumas considerações específicas
para o atendimento odontológico a adultos autistas:
➢ Comunicação Clara e Adaptada: Assim como com crianças, é importante que a comunicação
com adultos autistas seja clara, simples e adaptada às suas necessidades individuais. Isso
pode incluir o uso de linguagem direta e fácil de entender, evitar jargões técnicos e oferecer
explicações detalhadas sobre os procedimentos odontológicos.
➢ Respeito ao Espaço Pessoal e Sensibilidades Sensoriais:Muitos adultos autistas têm
sensibilidades sensoriais e podem ter dificuldade em lidar com estímulos táteis, visuais ou
auditivos intensos. É importante respeitar o espaço pessoal do paciente e estar atento a
possíveis gatilhos sensoriais que possam causar desconforto durante o tratamento
odontológico.
➢ Estabelecimento de Rotinas e Previsibilidade: Para adultos autistas, estabelecer rotinas
claras e previsíveis pode ajudar a reduzir a ansiedade e facilitar a comunicação e a
cooperação durante o tratamento odontológico. É útil informar ao paciente sobre o que
esperar durante a consulta e seguir uma sequência consistente de procedimentos.
➢ Adaptações no Ambiente Clínico: Assim como com crianças, fazer adaptações no ambiente
clínico pode ajudar a tornar a experiência odontológica mais confortável para adultos autistas.
Isso pode incluir ajustes na iluminação e na temperatura, redução de ruídos e o fornecimento
de opções de estímulo tátil, como cobertores ponderados.
➢ Respeito pela Autonomia e Dignidade: É importante respeitar a autonomia e a dignidade dos
adultos autistas durante o tratamento odontológico. Isso pode incluir permitir que o paciente
tome decisões sobre seu próprio cuidado bucal sempre que possível e respeitar suas
preferências e limitações individuais.
➢ Colaboração com Cuidadores e Familiares: Em alguns casos, adultos autistas podem precisar
de apoio adicional de cuidadores ou familiares durante o tratamento odontológico. É
importante colaborar com esses indivíduos para garantir que o paciente receba o suporte
necessário e que suas necessidades sejam adequadamente atendidas.
Em resumo, ao fornecer atendimento odontológico a adultos autistas, é essencial adotar uma
abordagem sensível, adaptada e centrada no paciente, levando em consideração suas necessidades
individuais e respeitando sua autonomia e dignidade. A comunicação clara, o estabelecimento de
rotinas previsíveis e o fornecimento de um ambiente acolhedor são fundamentais para garantir uma
experiência positiva e eficaz no consultório odontológico.
Conclusão:
A campanha Abril Azul é essencial para conscientizar sobre o autismo e promover a inclusão.
Identificar sinais precoces do TEA é crucial para garantir intervenções adequadas. Além disso,
estratégias de saúde bucal adaptadas são fundamentais para o bem-estar dos pacientes autistas.
Ao trabalhar em conjunto, podemos construir uma sociedade mais inclusiva e acolhedora para todos,
independentemente de suas condições.

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