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Apresentação Seminário 2 - LIB SINDICAL

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U N I V E R S I D A D E D E
S Ã O P A U L O - U S P 
Desafios do
sindicalismo para
além da relação de
emprego
Uma análise da legislação brasileira
ÍNDICE DE
REFERÊNCIA
ESTRUTURA DA
APRESENTAÇÃO
Introdução
Textos de apoio 
Entrevista com trabalhador
Conclusões
DIRETRIZES PARA A REESTRUTURAÇÃO SINDICAL
EM UM MUNDO DO TRABALHO EM
TRANSFORMAÇÃO (Clemente Ganz Lúcio)
Diretrizes gerais para se desenvolver uma ampla reestruturação
sindical
Recuperar o histórico protagonismo da classe trabalhadora
Resposta às mudanças: novas tecnologias, precariedade,
desemprego e flexibilização do trabalho, além do enfraquecimento
sindical e ataques aos sindicatos
Respostas organizativas e inovadoras para a proteção social e o
fortalecimento das negociações coletivas
23 diretrizes para uma reforma sindical. Dentre as principais, podemos
destacar:
Autonomia frente ao Estado (para trabalhadores e empregadores
regularem a estrutura sindical e o sistema de negociação coletiva)
Reestruturação orientada para a liberdade de organização que fortaleça os
sindicatos (maior representatividade, agregação, etc.)
Representatividade observando a razão entre o número de sócios
efetivamente contribuintes e ativos em relação ao total de trabalhadores
ativos, mensurada periodicamente;
Estabelecimento de uma taxa de representatividade mínima para a
representação;
Criação de um ente nacional de regulação da estrutura sindical com
representação bipartite (trabalhadores e empregadores), com
prerrogativas de: aferir representatividade, editar normas e instituir
câmaras de solução de conflitos
Direito de negociação coletiva para servidores públicos...
a.
b.
c.
d.
e.
f.
Diretrizes para uma revitalização sindical (mudança na
estruturação do sistema sindical brasileiro):
Renovação dos Quadros;
Criar um movimento sindical;
Representar a todos - agenda múltipla, bandeiras unitárias
Local de Moradia: presença territorial sindical nos bairros tendo
em vista a residência dos trabalhadores - alcançar as periferias;
Comunicação: alcançar os trabalhadores e promover um diálogo
mais próximo - redes sociais!
Um Acordo Sindical: pacto de todos os sindicatos - parcerias tendo
como fundamento os interesses dos trabalhadores. 
a.
b.
c.
d.
e.
Desafio do sindicalismo: construir uma agenda
de esperança a partir do trabalho (José Dari
Krein)
Dificuldades em se estabelecer estratégias de ação e organização.
Colocar a centralidade do trabalho na agenda da sociedade - agenda para superar
problemas estruturais.
A ação coletiva pode constituir novas formas de organização que consigam
representar a atuais classes trabalhadoras.
Mudança de contexto:
alternativa aos desempregados e aos trabalhadores que estão em condição
irregular;
Inserido a isso, um contexto de discriminação de gênero e raça;
tendência: queda do número de empregados nas categorias mais tradicionais;
Há uma imensa massa desempregada e uma prevalência de ocupações
precárias;
Para a maioria das pessoas, o trabalho representa só uma obrigação e
subsistência, e não uma realização pessoal.
a.
b.
c.
d.
e.
Desafios futuros - nova agenda:
Sindicatos perderam capacidade de ampliar sua representação e
sua força social se fragilizou;
Questão central: qual o papel que o movimento sindical tem na
luta pela melhoria das condições de trabalho? 
Mais do que representar sua categoria, os sindicatos devem
convencer a sociedade da centralidade do trabalho, apresentar
alternativas à precarização e às mudanças tecnológicas. 
Construir uma agenda ousada e esperançosa, para atrair mais
trabalhadoras e trabalhadores, promover a justiça social. 
a.
b.
c.
d.
Desafios estruturais à organização sindical no
Brasil e perspectivas para o futuro 
organização e representação
de TRABALHADORES EM
DIFERENTES CONDIÇÕES
regulação estatal da relação
entre CAPITAL e TRABALHO
Desafios sindicais para organização e representação
dos trabalhadores
Reforma trabalhista de 2017
Terceirização ilimitada
Expansão do teletrabalho
Trabalho por plataforma
Regulação estatal da relação entre capital e trabalho
Legislação trabalhista
CLT
Legislação sindical
art. 8/CF
art. 511/CLT
 
 IGUALDADE DE DIREITOS PARA AS MOTORISTAS E OS MOTORISTAS
UBERIZADOS: do discurso ideológico à compreensão da realidade
baseada em pesquisa científica
O estudo produzido por Ana Carolina Paes
aponta que a principal estratégia das
empresas nesse ramo é deslocar o centro do
debate para a discussão acerca de
as motoristas e os motoristas “quererem ou
não” o vínculo de emprego,
O estudo da autora entrevistou quase
a totalidade das organizações
sindicais de motoristas
plataformizados no Brasil. 
 a percepção pelo campo da pesquisa
sobre esse aspecto é reveladora e
segue a seguir:
 
PONTO 1: O MEDO COMO IMPULSIONADOR DA SUPOSTA “REJEIÇÃO” AO VÍNCULO
EMPREGATÍCIO
Caso ocorra a reivindicação
de direitos, a Uber " vai
embora" 
 Transitam entre ocupações
formais e informais, "se
virando" e fazendo bicos para
se sustentarem.
A maioria desses
trabahadores compõem sua
trajetória pela instabilidade e
pela ausência de uma
identidade profissional
definida.
 Raramente contam com uma
rede de proteção e segurança
socialmente instituída via
mundo do trabalho.
PONTO 2: A PRÁTICA DE CONDUTAS ANTISSINDICAIS PELAS EMPRESAS-
PLATAFORMAS
naturalização da vulnerabilidade
incutir o medo, a ponto dos
próprios trabalhadores negarem
a possibilidade de romper com o
processo
 característica de
vulnerabilização
casos de lideranças bloqueadas
do acesso no aplicativo e sendo
aliciadas e cooptadas pelas
empresas, inclusive com
promessa de remuneração, para
se afastarem da luta sindical
ativa.
restrição às reinvindicações às
pautas mais palatáveis.
PONTO 3 : A DESQUALIFICAÇÃO DA COMPREENSÃO JURÍDICA DO ENQUADRAMENTO COMO
EMPREGADO NA ECONOMIA DE SERVIÇOS
Grande parte das reclamações gira em torno apenas
sobre os bloqueios por motivos arbitrários ou sem
explicação
Os trabalhadores acreditam que houver a rigidez da
carteira assinada vão ganhar menos ou terão que
trabalhar apenas para uma plataforma 
Afirmam que não querem a rigidez dos horários da Clt 
Medo de ganhar apenas o salário-mínimo,
PONTO 4 : O INDIVÍDUO E O MOVIMENTO SINDICAL
Os sindicatos lutam em sentido oposto aos direitos dos trabalhadores: 
 
“Hoje tão buscando o vínculo empregatício no mundointeiro, não é nem só
no Brasil, porque o Reino Unido éum dos maiores exemplos. 
 
E a gente luta justamente aocontrário, não luta pelo vínculo empregatício,
porque agente entende que ele pode matar a profissão no Brasil. A gente
sabe que, no nosso país, os impostos são absurdos e onúmero de motoristas
que existe hoje já são milhões, isso tornaria inviável para as plataformas
pagarem. Hoje estamoscom a média de 37% de imposto em cima de cada
trabalhador [...] a gente não pode matar as plataformas porque se a gente
mata as plataformas não tem a geração de renda e aí o que é que esses
desempregados vão fazer”
 
(Entrevistada 11, BA, 19.08.2021).
PONTO 5 : TRABALHADORAS E TRABALHADORES SÃO IMPEDIDOS DO DIREITO DE ACESSO A TER
DIREITOS
os slogans propagandeados pelas empresas-plataformas quanto à “liberdade e autonomia”,
de “seja seu próprio chefe” “trabalhe quando quiser”. constrói essa relação de poder, qual os
sujeitos dominados e explorados passam a defender a manutençãodas condições de
dominação e exploração.
O trabalhador absorve o discurso do empregador e se propõe a lutar por trabalho,sem
direito de ter direito ao trabalho, 
evidenciando a urgência da intervenção do Estado para garantia de um patamar civilizatório
mínimo.
ENTREVISTA COM
TRABALHADOR DAMIÃO 
Trabalha a cerca de 6 meses com o aplicativo
 
1) O que o senhor acha sobre a renda mínima nas plataformas? 
 
Damião: Acho que seria muito bom para todos porque tem meses que é muito fraco e se a gente não trabalhar acaba
ficando sem renda. Mês de férias, final de ano eu senti um pouco 
 
2) A plataforma usa um certo jogo de palavras ao dizer que o trabalhadordos aplicativos é empreendedor de si mesmo,
o senhor concorda? 
 
Damião: Concordo um pouco porque é bom ter seu próprio horário, não ficar preso com aquele horário fixo das
empresas, mas também solto demais vira bagunça. Tem que ter muita disciplina, viu. Não é fácil não. 
 
3) Ao contrário do que diz as plataformas, alguns trabalhadores dizem que quem trabalha na Uber não tem patrão, mas
também não tem direito a nada, o senhor concorda? 
 
Concordo e discordo, viu Camila. A gente tem liberdade para trabalhar a hora que quiser e fazer o quanto quiser por dia
que a Uber não interfere, mas quando o carro quebra ou temos alguma “bucha”, não tem ninguém pra pedir ajuda
também. Claro que você pode sim tirar umas férias, mas tem que se programar. Não vai ser igual em uma empresa que
o Rh já trás prontinho suas coisas. Trabalhando por aplicativo é você por você mesmo nos seus planejamentos,
entendeu? 
 
4) O que senhor acha que poderia melhorar nessa relação entre vocês, trabalhadores, e a plataforma? 
 
Olha, acho que poderia ser mais humanizado, sabe? A gente quando precisa não fala com ninguém humano é tudo robô,
tudo máquina que te atende. Seria legal se tivesse uma pessoa mesmo de verdade pra atender quando a gente
precisasse. Uma central com humanos sei lá. Poderia melhorar isso aí na minha opinião. 
 
MUITO OBRIGADO!
ALEX, CAMILA E YURI

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