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DNA PÓS-GRADUAÇÃO
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO DE 
ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL
PROF. MS JORGE LUIZ DA SILVA CUNHA
ELEMENTOS HISTÓRICOS DA ASSISTÊNCIA EM SAÚDE MENTAL NO BRASIL
▪ O termo desinstitucionalização significa deslocar o centro da atenção da instituição para a
comunidade, distrito, território.
▪ Este termo tem sua origem no movimento italiano de reforma psiquiátrica.
▪ Amarante (1986), traça três formulações importantes de desinstitucionalização, a saber:
▪ A)- A desinstitucionalização como desospitalização;
▪ B)- A desinstitucionalização como desassistência;
▪ C)- A desinstitucionalização como desconstrução;
ELEMENTOS HISTÓRICOS DA ASSISTÊNCIA EM SAÚDE MENTAL NO BRASIL
▪ A)- A desinstitucionalização como desospitalização
▪ Nesta categoria os objetivos administrativos (redução dos custos da assistência para os cofres
públicos) e menos para uma real transformação da natureza da assistência.
▪ Aqui o hospital psiquiátrico não é questionado.
▪ O processo de trabalho não sofre qualquer questionamento e consequentemente não é
introduzido nenhum instrumento de intervenção inovador que proporcione uma mudança
efetiva no quadro dos internos.
ELEMENTOS HISTÓRICOS DA ASSISTÊNCIA EM SAÚDE MENTAL NO BRASIL
▪ B)- A desinstitucionalização como desassistência
▪ A falta de uma articulação intersetorial efetiva e a estagnação no processo de trabalho produz,
em alguns setores, uma distorção no que vem a ser o processo e desinstitucionalização,
levando-os a compreende-lo como desospitalização ou, ainda, como desassistência – o
abandono dos doentes à própria sorte.
▪ Estão incluídos aqui determinados segmentos conservadores, resistentes a qualquer ideia
sobre direitos de grupos minoritários.
▪ Há, ainda, um grupo que tem interesses econômicos em jogo e opõe-se à
desinstitucionalização em virtude dos interesses constituídos.
ELEMENTOS HISTÓRICOS DA ASSISTÊNCIA EM SAÚDE MENTAL NO BRASIL
▪ C)- A desinstitucionalização como desconstrução
▪ Esta tendência está caracterizada pela crítica epistemológica ao saber médico-científico
constituinte da psiquiatria. Uma visão conservadora que está centrada no indivíduo e não na
doença que o acomete.
▪ É nesta tendência que o movimento pela reforma psiquiátrica brasileira se inspira e constrói
um arcabouço teórico e metodológico que visa promover mudanças sensíveis no modelo
hegemônico assistencial em saúde mental.
▪ E este movimento, por sua vez, identifica-se com a trajetória de desinstitucionalização prático-
teórica desenvolvida por Franco Basaglia, na Italia.
ELEMENTOS HISTÓRICOS DA ASSISTÊNCIA EM SAÚDE MENTAL NO BRASIL
▪ Cinco anos depois é realizada a 2ª Conferência Nacional de Saúde Mental (1992), onde foram
trabalhados três temas estruturantes.
▪ A)- Rede de atenção em saúde mental;
▪ B)- Transformação e cumprimento das leis;
▪ C)- Direito à atenção e direito à cidadania.
ELEMENTOS HISTÓRICOS DA ASSISTÊNCIA EM SAÚDE MENTAL NO BRASIL
▪ A 3ª Conferência Nacional de Saúde Mental (2001) teve como tema: “Cuidar, sim. Excluir, não. –
Efetivando a Reforma Psiquiátrica brasileira com acesso, qualidade, humanização e controle
social”.
▪ Destacaram-se as seguintes dimensões:
▪ A)- Financiamento;
▪ B)- Recursos Humanos;
▪ C)- Controle Social;
▪ D)- Acessibilidade;
▪ E)- Direitos e Cidadania.
ELEMENTOS HISTÓRICOS DA ASSISTÊNCIA EM SAÚDE MENTAL NO BRASIL
▪ Dentro deste cenário temos:
▪ A Reforma Psiquiátrica que traz a proposta de reestruturação dos serviços assistenciais em
saúde mental.
▪ Construção de uma rede de serviços substitutivos e estratégias territoriais e comunitárias
marcadas pelo vínculo solidário, sendo inclusiva e libertária.
▪ A reestruturação baseava-se na implantação de um processo amplo de desinstitucionalização.
DNA PÓS-GRADUAÇÃO
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO DE 
ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL
PROF. MS JORGE LUIZ DA SILVA CUNHA
ELEMENTOS HISTÓRICOS DA ASSISTÊNCIA EM SAÚDE MENTAL NO BRASIL
▪ Considera-se...
▪ O respeito aos direitos humanos, garantindo a autonomia e a liberdade das pessoas;
▪ Promoção da equidade, reconhecendo os determinantes sociais da saúde;
▪ Combate aos estigmas e preconceitos;
▪ Garantia do acesso e da qualidade dos serviços, ofertando cuidado integral e assistência
multiprofissional, sob a lógica interdisciplinar;
▪ Atenção humanizada e centrada nas necessidades das pessoas;
▪ Diversificação das estratégias de cuidado;
ELEMENTOS HISTÓRICOS DA ASSISTÊNCIA EM SAÚDE MENTAL NO BRASIL
▪ Desenvolvimento de atividades no território, que favorecia a inclusão social com vistas à
promoção de autonomia e ao exercício da cidadania;
▪ Desenvolvimento de estratégias de Redução de Danos;
▪ Participação dos usuários e de seus familiares no controle social;
▪ Organização dos serviços em rede de atenção à saúde, com estabelecimento de ações
intersetoriais para garantir a integralidade do cuidado;
▪ Promoção de estratégias de educação permanente;
▪ Desenvolvimento da lógica do cuidado para pessoas com transtornos mentais e com
necessidades decorrentes do uso de álcool, crack e outras drogas, tendo como eixo central a
construção do projeto terapêutico singular.
ELEMENTOS HISTÓRICOS DA ASSISTÊNCIA EM SAÚDE MENTAL NO BRASIL
▪ Lei Nº 10.216, de 6 de abril de 2001 – Política Nacional de Saúde Mental
▪ Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e
redireciona o modelo assistencial em saúde mental.
▪ Artigo 3º - É responsabilidade do Estado o desenvolvimento da política de saúde mental, a
assistência e a promoção de ações de saúde aos portadores de transtornos mentais, com a
devida participação da sociedade e da família, a qual será prestada em estabelecimento de
saúde mental, assim entendidas as instituições ou unidades que ofereçam assistência em
saúde aos portadores de transtornos mentais.
▪ Os serviços residenciais terapêuticos, que podem abrigar até oito pacientes, tornaram-se
recurso importante para a desinstitucionalização de pacientes de longa permanência.
ELEMENTOS HISTÓRICOS DA ASSISTÊNCIA EM SAÚDE MENTAL NO BRASIL
▪ Uma estratégia especialmente inovadora para a desinstitucionalização foi o programa “Volta
Para Casa”, criado por meio de uma lei nacional aprovada pelo Congresso Nacional em 2003.
▪ Portaria Nº 3.088, de 23 de dezembro de 2011
▪ Institui a rede de Atenção Psicossocial para pessoas com sofrimento ou transtorno mental,
incluindo aquelas com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no
âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
▪ Artigo 7º - O ponto de atenção da Rede de Atenção Psicossocial na atenção psicossocial
especializada é o Centro de Atenção Psicossocial.
ELEMENTOS HISTÓRICOS DA ASSISTÊNCIA EM SAÚDE MENTAL NO BRASIL
▪ § 1º O Centro de Atenção Psicossocial de que trata o caput deste artigo é constituído por
equipe multiprofissional que atua sob a ótica interdisciplinar e realiza atendimento às pessoas
com transtornos mentais graves e persistentes e às pessoas com necessidades decorrentes do
uso de crack, álcool e outras drogas, em sua área territorial, em regime de tratamento
intensivo, semi-intensivo, e não intensivo.
▪ § 2º As atividades no Centro de Atenção Psicossocial são realizadas prioritariamente em
espaços coletivos (grupos, assembleias de usuários, reunião diária de equipe), de forma
articulada com os outros pontos de atenção da rede de saúde e das demais redes.
▪ § 3º O cuidado, no âmbito do Centro de Atenção Psicossocial, é desenvolvido por intermédio
do Projeto terapêutico Individual, envolvendo em sua construção a equipe, o usuário e sua
família, e a ordenação do cuidado estará sob a responsabilidade do Centro de Atenção
Psicossocial ou da Atenção Básica, garantindo permanente processo de cogestão e
acompanhamento longitudinal do caso
§ 4º Os Centros de Atenção Psicossocial estão organizados nas seguintes modalidades:
ELEMENTOS HISTÓRICOS DA ASSISTÊNCIA EM SAÚDE MENTAL NO BRASIL
MODALIDADE PÚBLICO MUNICÍPIOS
CAPS I
Atende pessoas comtranstornos mentais graves e persistentes e
também com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras
drogas de todas as faixas etárias.
Indicado para Municípios com
população acima de vinte mil
habitantes
CAPS II
Atende pessoas com transtornos mentais graves e persistentes,
podendo também atender pessoas com necessidades decorrentes do
uso de crack, álcool e outras drogas, conforme a organização da rede de
saúde local
Indicado para Municípios com
população acima de setenta
mil habitantes.
CAPS III
Atende pessoas com transtornos mentais graves e persistentes.
Proporciona serviços de atenção contínua, com funcionamento vinte e
quatro horas, incluindo feriados e finais de semana, ofertando
retaguarda clínica e acolhimento noturno a outros serviços de saúde
mental, inclusive CAPS Ad.
Indicado para Municípios ou
regiões com população acima
de duzentos mil habitantes
MODALIDADE PÚBLICO MUNICÍPIOS
CAPS AD
Atende adultos ou crianças e adolescentes, considerando as
normativas do Estatuto da Criança e do Adolescente, com
necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas.
Serviço de saúde mental aberto e de caráter comunitário.
Indicado para Municípios ou
regiões com população acima
de setenta mil habitantes.
CAPS AD III
Adultos ou crianças e adolescentes, considerando as normativas do
Estatuto da Criança e do Adolescente, com necessidades de cuidados
clínicos contínuos. Serviço com no máximo doze leitos para
observação e monitoramento, de funcionamento 24 horas, incluindo
feriados e finais de semana.
indicado para Municípios ou
regiões com população acima
de duzentos mil habitantes
CAPS i
Crianças e adolescentes com transtornos mentais graves e
persistentes e os que fazem uso de crack, álcool e outras drogas.
Aberto e de caráter comunitário
Indicado para municípios ou
regiões com população acima
de cento e cinquenta mil
habitantes.
ELEMENTOS HISTÓRICOS DA ASSISTÊNCIA EM SAÚDE MENTAL NO BRASIL
§ 4º Os Centros de Atenção Psicossocial estão organizados nas seguintes modalidades:
Referências
▪ BRASIL. Lei 10.216/2001. Disponível em https://hpm.org.br/wp-content/uploads/2014/09/lei-no10.216-de-6-de-abril-de-
2001.pdf.
▪ BRASIL. Portaria Nº 3.588. Disponível em: 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt3588_22_12_2017.html. 
▪ BASTOS, O. Primórdios da Psiquiatria no Brasil. Rev. De psiquiatria RS. 2007. 29(2): 154-5.
▪ CARVALHO, M. B. (Org.). Psiquiatria para Enfermagem. São Paulo: Rideel, 2012.
▪ CARVALHO, a. c. Associação Brasileira de Enfermagem: documentário. 1926-1976. Brasília (DF): ABEn, 1976.
▪ DIAS. M. T. G. História e reflexão sobre as políticas de saúde mental no Brasil e no Rio Grande do Sul. Estudos e 
Pesquisas em Psicologia Rio de Janeiro v. 12 n. 3 p. 1024-1045 2012.
▪ Machado, a. l., colvero, l. a. unidades de internação psiquiátrica em hospital geral: espaços de cuidados e a atuação 
da equipe de enfermagem. Rev. Latino-Americana de Enfermagem. 2003. 11(5): 672-7.
Referências
▪ medeiros, T. Uma história da psiquiatria no Brasil. In: RUSSO, J. A. , DUARTE, L. F. D., SELIGMANN-SILVA, E. 
Duzentos anos de psiquiatria. RIO DE Janeiro: Relume Dumará. Ed. UFRJ, 1993. 
▪ MELO, C. C. M. Divisão social do trabalho e enfermagem. São Paulo: Cortez. 1986.
▪ MENEZES, da SILVA R., da SILVA Jr. O. C. As reformas da assistência psiquiátrica e a primeira escola de 
enfermagem do Brasil (1890-1921). Enfermagem Global, 2006; 9:1-13.
▪ MIRANDA-SÁ, Jr. L. S. Breve histórico da psiquiatria no Brasil: do período colonial a atualidade. Rev. Brasileira 
de Enfermagem. 1996. 19:77-86.
▪ PEREIRA, M. A., LABATE, R. C., FARIAS, F. L. R. Refletindo a evolução histórica da enfermagem psiquiátrica. 
Acta Paulista de Enfermagem. 1998. 11 (3): 52-9. 
▪ XAVIER, J. C. História da psiquiatria de urgência. In: CORDEIRO, D. C., BALDAÇARA, L. Emergências 
psiquiátricas. São Paulo: Roca. 2007.
MUITO OBRIGADO!!!

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