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Reforma psiquiátrica no Brasil, Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e a Política de Atenção Integral aos usuários de álcool e outras drogas 1. Reforma psiquiátrica no Brasil Em 1978, com o Movimento dos Trabalhadores em Saúde Mental no Brasil, iniciaram as críticas desse modelo assistencial, que se configurou como um local de exclusão social, aniquilando as subjetividades e os direitos humanos e gerando situações de violência (BRASIL, 2005; FACUNDES et al. 2010). Esse movimento denunciou a violência dos manicômios, a mercantilização da loucura e a hegemonia da assistência privada, iniciando a Reforma Psiquiátrica no Brasil (BRASIL, 2005). Contemporânea à Reforma Sanitária, a Reforma Psiquiátrica no Brasil objetivou a transição de um modelo de assistência psiquiátrica, centrado no hospital, para um modelo de atenção com base territorial comunitária, contribuindo para o progressivo deslocamento do centro de cuidado para fora do ambiente hospitalar, em direção à comunidade (BRASIL, 2004). A reforma psiquiátrica propôs a mudança no modelo assistencial pautada na construção de uma rede de atenção psicossocial, com base comunitária, capaz de garantir a resolutividade e a promoção de autonomia e cidadania aos indivíduos com transtornos mentais (FACUNDES et al. 2010). A proclamação da Constituição, em 1988, criou o Sistema Único de Saúde (SUS), que contemplou, em suas diretrizes, os princípios da reforma psiquiátrica, incorporando o processo de desinstitucionalização e a garantia dos direitos dos doentes mentais (BRASIL, 2009; FACUNDES et al. 2010). A partir do ano de 1992, os movimentos sociais conseguiram aprovar as primeiras leis que determinaram a progressiva substituição dos leitos psiquiátricos por uma rede integrada de atenção à saúde mental. Passaram a vigorar no país as primeiras normas federais que regulamentaram a implantação de serviços de atenção diária e que fiscalizaram e classificaram os hospitais psiquiátricos (BRASIL, 2005). Em 2001, foi sancionada no país a Lei Federal Nº 10.216, que dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e o redirecionamento da assistência em saúde mental, direcionando para serviços comunitários (BRASIL, 2005). É a partir desse período que a Reforma Psiquiátrica consolida-se como política oficial do governo federal, sendo reconhecida como Política Nacional de Saúde Mental no Brasil. Amparada na Lei Nº 10.216/2001, a Política Nacional de Saúde Mental visa a consolidar um modelo de atenção à saúde mental aberto no território, com base comunitária, propondo a criação de redes de serviços locais, extra-hospitalares, como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), os Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT), os Centros de Convivência e Cultura e os leitos de atenção integral (BRASIL, 2009; FACUNDES et al. 2010). Linhas específicas de financiamento para os serviços abertos e substitutivos aos hospitais psiquiátricos foram criadas pelo Ministério da Saúde, assim como novos meios para a fiscalização, gestão e redução dos leitos psiquiátricos no Brasil. 2. Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) Como já discutido anteriormente, no final da década de 1970, iniciou-se a Reforma Psiquiátrica no Brasil, concomitantemente ao movimento sanitário. Esse processo objetivou a transição de um modelo de assistência psiquiátrica centrado no hospital para um modelo de atenção com base territorial comunitária, contribuindo para o progressivo deslocamento do centro de cuidado para fora do ambiente hospitalar, em direção à comunidade (BRASIL, 2004). Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) têm valor estratégico para a Reforma Psiquiátrica Brasileira, pois possibilitam a organização de uma rede substitutiva ao Hospital Psiquiátrico no país. A expansão da rede CAPS foi fundamental para as mudanças na assistência às pessoas com transtorno mental, o que contribui para a redução do número de leitos psiquiátricos, promovendo a desinstitucionalização do atendimento psiquiátrico no Brasil (BRASIL, 2005). Os CAPS estão direcionados à atenção integral ao indivíduo com transtorno mental, desenvolvendo atividades de promoção do trabalho e do lazer, de fortalecimento de laços familiares e sociais, além do estímulo à prática dos direitos civis (CHAMMA et al. 2008). Portanto, esses centros visam ao desenvolvimento de projetos de vida, de produção social, e à promoção da qualidade de vida dos indivíduos com transtornos mentais (SOUZA, 2006). O primeiro CAPS surgiu no Brasil em 1987, na cidade de São Paulo. Esse centro demonstrou efetivamente a possibilidade da construção de uma rede de cuidados substitutiva ao hospital psiquiátrico, com repercussão nacional (BRASIL, 2005). A proclamação da Constituição, em 1988, criou o Sistema Único de Saúde (SUS), que tem como diretrizes os princípios da reforma psiquiátrica, incorporando o processo de desinstitucionalização e a garantia dos direitos dos doentes mentais (BRASIL, 2009; FACUNDES et al. 2010). Em 2001, foi sancionada no Brasil a Lei Federal Nº 10.216, que dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e o redirecionamento da assistência em saúde mental para serviços comunitários (BRASIL, 2005). É a partir desse período que a Reforma Psiquiátrica no país consolida-se como política oficial do governo federal, nomeada de Política Nacional de Saúde Mental no Brasil. Amparada na Lei Nº 10.216 (2001), essa política visa a consolidar um modelo de atenção à saúde mental, com base comunitária, que propõe a criação de redes de serviços locais, extra-hospitalares, como os CAPS, os Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT), os Centros de Convivência e Cultura e os leitos de atenção integral (BRASIL, 2009; FACUNDES et al. 2010). Como consequência, houve o estímulo à expansão e à implantação do CAPS no país, que, por meio da Portaria Nº 336/GM, de 2002 (BRASIL, 2002), passou a receber direcionamento financeiro específico do Ministério da Saúde. A Portaria estabeleceu algumas regras básicas de funcionamento dos CAPS, delineando as modalidades de serviços: CAPS I, II e III, definidos por ordem crescente de porte/complexidade e abrangência populacional (BRASIL, 2002). De acordo com o Ministério da Saúde (2002), os CAPS constituem-se de serviço ambulatorial de atenção diária, com objetivo de realizar o acompanhamento clínico e a reinserção social dos seus usuários, priorizando o atendimento de pessoas com transtornos mentais graves e persistentes em sua área territorial. São considerados também como serviços estratégicos na organização da entrada dos indivíduos com transtornos mentais no SUS. Conforme disposto na Portaria Nº 336/GM, os CAPS são unidades que devem dar suporte, discutir e intervir conjuntamente, supervisionar e capacitar as unidades de atenção básica e da Estratégia da Saúde da Família no atendimento às suas necessidades e propiciar a corresponsabilização dos casos existentes, aumentando a capacidade resolutiva de problemas de saúde mental pelas equipes locais (BRASIL, 2002). São funções dos CAPS: prestar atendimento clínico em regime de atenção diária, evitando as internações hospitalares; promover a inserção social dos indivíduos com transtornos mentais por meio de ações intersetoriais; regular a porta de entrada da rede de assistência à saúde mental na sua área de atuação (território) e dar suporte à atenção à saúde mental na rede básica de saúde (BRASIL, 2005). Chamma et al. (2008) acrescentam que, nos CAPS, são desenvolvidas atividades de promoção do trabalho e do lazer, e de fortalecimento de laços familiares e sociais, além do estímulo à prática dos direitos civis dos indivíduos com transtornos mentais. De acordo com o Ministério da Saúde (2005), a expansão da rede CAPS foi fundamental para as mudanças na assistência às pessoas com transtorno mental. Nos últimos anos, constatou- se importante ampliação da rede CAPS (visualizado no gráfico apresentado na questão), contribuindo substancialmente para a desinstitucionalização do atendimentopsiquiátrico no país. No entanto, muitos desafios dessa política ainda serão enfrentados, como a acessibilidade, a qualidade de atendimento e a formação de recursos humanos capazes de superar o paradigma tutelar da loucura e do louco e o estigma social dos indivíduos com transtornos mentais, baseado no preconceito/rejeição em relação à loucura, à inclusão social e à superação do modelo hospitalocêntrico. Para melhor esclarecimento sobre os aspectos legais que envolvem os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), sugere-se a leitura da Portaria Nº 336/GM, de 2002. O texto está disponível na íntegra em: <http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/Portaria GM 336-002.pdf>. 3. Política de Atenção Integral a Usuários de Álcool e outras Drogas O uso abusivo de álcool e de drogas é considerado, pelo Ministério da Saúde do Brasil, grave problema de saúde pública. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que cerca de 10% das populações dos centros urbanos no mundo consomem substâncias psicoativas de modo abusivo, independentemente da idade, do sexo, do nível de instrução e do poder aquisitivo (BRASIL, 2004). A Reforma Psiquiátrica ratificou a necessidade de garantir aos usuários dos serviços de saúde mental, o que inclui os indivíduos que sofrem de transtornos decorrentes do consumo abusivo e/ou dependência de álcool e drogas, o direito à assistência à saúde de acordo com os princípios e diretrizes do SUS. Com a intenção de subsidiar a construção coletiva para o enfrentamento desse quadro, o Ministério da Saúde implantou a Política de Atenção Integral ao Uso de Álcool e outras Drogas. De acordo com essa política, a assistência à saúde desses usuários deve ser oferecida em todos os níveis de atenção, preferencialmente em serviços extra-hospitalares, como o CAPS para álcool e drogas (CAPS ad) (BRASIL, 2004). O CAPS ad constitui uma estratégia assistencial que contempla, em seus projetos terapêuticos, a oferta de atendimento ambulatorial diário e individualizado ao usuário nas modalidades intensiva, semi-intensiva e não intensiva (BRASIL, 2004). A assistência prestada ao usuário do CAPS ad inclui as seguintes atividades (BRASIL, 2002): · atendimento individual medicamentoso, psicoterápico e de orientação; · atendimento em grupos, como psicoterapia, grupo operativo e atividades de suporte social; · atendimento em oficinas terapêuticas; · visitas e atendimentos domiciliares; · atendimento à família; · atividades comunitárias para integração do dependente químico na comunidade e sua inserção familiar e social; · alimentação dos usuários que permanecem na instituição; · atendimento de desintoxicação. De modo geral, o CAPS ad objetiva promover a reabilitação psicossocial e a reinserção social dos usuários e a prevenção do uso abusivo de álcool e outras drogas, constituindo uma importante estratégia de atenção à saúde das pessoas nessas condições. Indicações bibliográficas · BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. DAPE. Coordenação Geral de Saúde Mental. Reforma psiquiátrica e política de saúde mental no Brasil. Documento apresentado à Conferência Regional de Reforma dos Serviços de Saúde Mental: 15 anos depois de Caracas. OPAS. Brasília (DF): Ministério da Saúde, 2005. Disponível em <http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/relatorio_15_anos_caracas.pdf>. Acesso em 13 jun. 2016. · BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Saúde Mental. Brasília (DF): Ministério da Saúde, 2009. Disponível em <http://portal.saude.gov.br/portal/saude/area.cfm? id_area=925>. Acesso em 31 ago. 2011. · BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Saúde mental no SUS: os centros de atenção psicossocial. Brasília (DF): Ministério da Saúde, 2004. Disponível em <http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/manual_caps.pdf>. Acesso em 13 jun. 2016. · CHAMMA, R. C.; STEFANELLI, M. C.; ARANTES, E. C.; FUKUDA, I. M. K. Serviços de atendimento em saúde mental e psiquiatria. In: STEFANELLI, M. C.; FUKUDA, I. M. K.; ARANTES, E. C. (org.) Enfermagem psiquiátrica: em suas dimensões assistenciais. Barueri (SP): Manole, 2008. · FACUNDES, V. L. D.; BASTOS, O.; VASCONCELOS, M. G. L.; LIMA FILHO, I. A. Atenção à saúde mental em Pernambuco: perspectiva histórica e atual. Neurobiologia, 2010. http://portal.saude.gov.br/portal/ Exercício 1: Em 1978, com o Movimento dos Trabalhadores em Saúde Mental no Brasil, iniciaram as críticas desse modelo assistencial, que se configurou como um local de exclusão social, aniquilando as subjetividades e os direitos humanos e gerando situações de violência (BRASIL, 2005; FACUNDES et al. 2010). Sobre esse movimento e sobre a reforma psiquiátrica no Brasil, leia as afirmativas abaixo e depois assinale a alternativa correta: I o Movimento dos Trabalhadores em Saúde Mental no Brasil denunciou a violência dos manicômios, a mercantilização da loucura e a hegemonia da assistência privada, iniciando a Reforma Psiquiátrica no Brasil II Contemporânea à Reforma Sanitária, a Reforma Psiquiátrica no Brasil objetivou a transição de um modelo de assistência psiquiátrica, centrado no hospital, para um modelo de atenção com base territorial comunitária, contribuindo para o progressivo deslocamento do centro de cuidado para fora do ambiente hospitalar, em direção à comunidade. III A reforma psiquiátrica propôs a mudança no modelo assistencial pautada na construção de uma rede de atenção psicossocial, com base comunitária, capaz de garantir a resolutividade e a promoção de autonomia e cidadania aos indivíduos com transtornos mentais. A) I, II B) Todas estão corretas C) II, III D) I, III E) II O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B) Comentários: B) Exercício 2: A proclamação da Constituição, em 1988, criou o Sistema Único de Saúde (SUS), que contemplou, em suas diretrizes, os princípios da reforma psiquiátrica, incorporando o processo de desinstitucionalização e a garantia dos direitos dos doentes mentais (BRASIL, 2009; FACUNDES et al. 2010). Sobre a história da reforma psiquiátrica no Brasil, leia as afirmativas abaixo e depois assinale a alternativa correta: I A partir do ano de 1992, os movimentos sociais conseguiram aprovar as primeiras leis que determinaram a progressiva substituição dos leitos psiquiátricos por uma rede integrada de atenção à saúde mental. II A partir do ano de 1992, passaram a vigorar no país as primeiras normas federais que regulamentaram a implantação de serviços de atenção diária e que fiscalizaram e classificaram os hospitais psiquiátricos. III Em 2001, foi sancionada no país a Lei Federal Nº 10.216, que dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e o redirecionamento da assistência em saúde mental, direcionando para serviços comunitários. A) I, II B) II, III C) III D) I, II, III E) I, III O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D) Comentários: D) Exercício 3: A Reforma Psiquiátrica consolida-se como política oficial do governo federal, sendo reconhecida como Política Nacional de Saúde Mental no Brasil. Amparada na Lei Nº 10.216/2001, a Política Nacional de Saúde Mental visa, exceto: A) Consolidar um modelo de atenção à saúde mental aberto no território, com base comunitária. B) Propor e incentivar a criação de redes de serviços locais e extra-hospitalares. C) Os hospitais psiquiátricos são incentivados para atendimento à todos os pacientes com comprometimento na saúde mental, principalmente crianças e idosos. D) Manter serviços e locais para atendimento à saúde mental: Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), os Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT), os Centros de Convivência e Cultura e os leitos de atenção integral. E) Atender ao usuário com transtornos da Saúde Mental, utilizando a multidisciplinaridade profissional capacitada. O alunorespondeu e acertou. Alternativa(C) Comentários: A) E) D) C) Exercício 4: No final da década de 1970, iniciou-se a Reforma Psiquiátrica no Brasil, concomitantemente ao movimento sanitário. Esse processo objetivou: A) a transição de um modelo de assistência psiquiátrica centrado no hospital para um modelo de atenção com base territorial comunitária, contribuindo para o progressivo deslocamento do centro de cuidado para fora do ambiente hospitalar, em direção à comunidade B) a transição de um modelo de assistência psiquiátrica descentralizado do hospital com base territorial comunitária, para um centrado em hospitais, contribuindo para o progressivo deslocamento do centro de cuidado para fora do ambiente hospitalar, em direção à comunidade C) a transição de um modelo de assistência psiquiátrica centrado no hospital para um modelo de atenção com base territorial comunitária, contribuindo para o progressivo deslocamento da comunidade em direção ao ambiente hospitalar. D) a transição de um modelo de assistência psiquiátrica descentralizado do hospital com base territorial comunitária, contribuindo para o progressivo deslocamento da comunidade em direção ao ambiente hospitalar. E) a transição de um modelo de assistência psiquiátrica sem características específicas, organizando-se e encaminhando o paciente com saúde mental comprometida para serviços privados, preferencialmente, porém com base territorial comunitária. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A) Comentários: A) Exercício 5: A expansão da rede de Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) foi fundamental para as mudanças na assistência às pessoas com transtorno mental, o que contribui para a redução do número de leitos psiquiátricos, promovendo a desinstitucionalização do atendimento psiquiátrico no Brasil. (Brasil, 2012).De acordo com o tema Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), e analisando a relação proposta entre as duas asserções abaixo, assinale a opção correta: Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) têm valor estratégico para a Reforma Psiquiátrica Brasileira PORQUE Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) possibilitam a organização de uma rede substitutiva ao Hospital Psiquiátrico no país. A) As duas asserções são proposições verdadeiras e a segunda não é uma justificativa correta da primeira. B) As duas asserções são proposições verdadeiras e a segunda é uma justificativa correta da primeira. C) A primeira asserção é uma proposição verdadeira e a segunda é uma proposição falsa. D) A primeira asserção é uma proposição falsa e a segunda é uma proposição verdadeira. E) As duas asserções são proposições falsas. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B) Comentários: B)
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