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Lesões por Esforço Repetitivo

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LER/DORT
Profª Deisiane Moreira Barreto Anziliero
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LER/DORT
• Lesões por Esforço Repetitivo ou 
Distúrbios Osteomusculares 
Relacionados ao Trabalho (DORT)
Comprometem hoje muitos trabalhadores, 
sendo as doenças mais incidentes.
• Ministério da Saúde (Saúde Brasil), que 
utilizou dados entre 2007 e 2016, em 
que 67.599 casos de LER/DORT foram 
notificados.
O estudo apontou que os casos foram mais recorrentes 
em trabalhadores do sexo feminino (51,7%) entre 40 e 
49 anos.
• Nesse período, o total de registros cresceu 
184%, passando de 3.212 casos em 2007 para 
9.122 em 2016, sinalizando um alerta em 
relação à saúde dos trabalhadores.
• Segundo o Ministério da Saúde, em 2018 mais 
de 67 mil casos foram relatados.
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LER X DORT
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➢ Muitas vezes, o trabalhador sente desconforto e dor, porém sem uma lesão tecidual aparente, ou 
verificável, podendo estar relacionado com causas mecânicas, como posturas inadequadas no 
posto de trabalho, ou microalterações articulares que, muitas vezes, não são percebidas em 
exames de imagens tradicionais.
➢ Nesses casos, a denominação distúrbio acaba sendo mais adequada que lesão
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LER X DORT
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➢ O termo esforço repetitivo também pode ser dispensado, pois muitas lesões ou distúrbios apresentados pelo 
trabalhador podem não estar relacionados com movimentos ou esforço repetitivo, e sim com manutenção de 
posturas inadequadas, como ocorre no trabalho em pé ou sentado com pouca movimentação, ou seja, não se trata 
de esforço repetitivo, e sim da ausência de movimentos e sobrecargas estáticas.
➢ Concluímos que o termo DORT parece ser mais adequado quando falamos de doenças ocupacionais, principalmente 
por ser mais abrangente. Já o acrônimo LER pode ser empregado para qualquer lesão relacionada a esforço 
repetitivo, como tendinites, bursites, tenossinovites, entre outras, podendo se desenvolver em qualquer ambiente, 
seja laboral ou não, como nas academias, no esporte e nas tarefas domésticas.
Lesões por Esforço Repetitivo ou Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT)
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LER X DORT
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A Portaria nº 1.339/99 do Ministério da Saúde apresenta uma lista de Lesões por Esforços Repetitivos (LER) ou Distúrbios 
Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) que podem ser exemplificados pelas tendinites, tenossinovites e 
bursites, tendo como principais causas:
•Movimentos repetitivos.
•Hábitos posturais inadequados.
•Postura inadequada no local de trabalho.
•Metas inadequadas de produção.
•Falta de comunicação e de sinalização pelo trabalhador ao surgir os sintomas iniciais.
•Falta de medidas adequadas em benefício da saúde do trabalhador, como ginástica laboral, avaliações ergonômicas 
e investimento em uma equipe multidisciplinar habilitada para atuar na prevenção.
Lesões por Esforço Repetitivo ou Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT)
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LER/DORT
➢ As lesões aparecem mais em membros superiores e coluna vertebral:
➢ Possuem como características:
Fadiga neuromuscular
• Dor
• Formigamento
• Dormência 
• Choque
• Sensação de peso.
• Comprometem a capacidade do trabalhador de realizar os movimentos exigidos pelas 
atividades de trabalho (ALMEIDA; LIMA, 2014)
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Algumas doenças que constam no rol 
de doenças relacionadas ao trabalho do 
Ministério da Saúde e que podem ser 
enquadradas como LER/DORT. O capítulo 
XVIII da publicação Doenças relacionadas ao 
trabalho (BRASIL, 2001) descreve cada uma 
das entidades nosológicas de forma mais 
detalhada.
• Bursite da mão.
• Bursite do olécrano.
• Bursite do ombro.
• Capsulite adesiva do ombro (ombro 
congelado, periartrite do ombro).
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•Cervicalgia.
•Dor ciática.
•Dedo em gatilho.
• Dorsalgia.
•Epicondilite lateral (cotovelo do tenista).
•Epicondilite medial.
•Fibromatose da fáscia palmar: contratura ou 
moléstia de Dupuytren.
•Síndrome cervicobraquial.
•Síndrome do manguito rotador ou síndrome do 
supra espinhoso.
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•Sinovite crepitante crônica da mão e do punho.
•Sinovites e tenossinovites.
•Tendinite bicipital.
•Tendinite calcificante do ombro.
•Tenossinovite do estiloide radial (De Quervain).
•Transtorno não especificado dos tecidos moles relacionados com o uso, o uso 
excessivo e a pressão.
•Transtornos dos tecidos moles relacionados com o uso, o uso excessivo e a 
pressão, de origem ocupacional.
•Outros transtornos especificados dos tecidos moles não classificados em outra 
parte (inclui mialgia).
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LER/DORT
• Esses distúrbios 
osteomusculares incluem uma 
variedade de condições 
inflamatórias e degenerativas 
que afetam os músculos, 
tendões, ligamentos, 
articulações, nervos 
periféricos, etc. (PUNNET; 
WEGMAN, 2004). 
• Apresentam etiologia 
multifatorial que envolve 
fatores físicos, 
organizacionais e 
psicossociais (BR ASIL, 
2015).
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LER/DORT
• As LER/DORT são, por definição, um fenômeno relacionado ao 
trabalho. São danos decorrentes da utilização excessiva, imposta 
ao sistema musculoesquelético, e da falta de tempo para 
recuperação. Caracterizam-se pela ocorrência de vários sintomas, 
concomitantes ou não, de aparecimento insidioso, geralmente nos 
membros superiores, tais como dor, parestesia (alteração da 
informação sensitiva, como formigamento.), sensação de peso e 
fadiga. Abrangem quadros clínicos do sistema musculoesquelético 
adquiridos pelo trabalhador submetido a determinadas condições 
de trabalho.
• (BRASIL, 2006, p. 5)
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• “Alguns patrões e mesmo colegas de serviço, 
ignorantes quanto ao assunto, ainda a chamam 
de “LERdeza”, atribuindo-a a uma suposta 
preguiça do trabalhador, já que as lesões não 
são aparentes.”
• “É um termo pejorativo cada vez menos usado, 
mas ainda em voga dentro de empresas mal 
estruturadas, que visam apenas ao lucro e não 
pensam na importância da capacidade 
intelectual e da saúde física de seus 
funcionários”. (Médico Luiz Fernando Macatti, 
coordenador de saúde ocupacional do Ciesp 
(Centro das Indústrias do Estado de São 
Paulo)
Fonte: LUIZ SUGIMOTO, L.E.R. deza?, Jornal da Unicamp, 2001,Disponível em< 
https://www.unicamp.br/unicamp_hoje/ju/jun2001/unihoje_ju163pag08.html>“ Acesso em:01, Ago 
2023.
https://www.unicamp.br/unicamp_hoje/ju/jun2001/unihoje_ju163pag08.html
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➢Segundo Almeida e Barbosa-
Branco (2011), as LER/DORT 
estiveram entre as principais causas 
de benefícios concedidos pelo 
Instituto Nacional do Seguro Social 
– INSS.
➢ O aumento considerável do número 
de trabalhadores afastados por 
LER/DORT tem constrangido a 
sociedade brasileira a lidar com esse 
problema, visto que a importância 
de suas manifestações é considerada 
um problema de saúde pública 
(SILVA; CAMAROTTO, 2016)
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A DORT pode prejudicar a 
produtividade laboral, a participação 
na força de trabalho, além de 
comprometer o financeiro e a 
posição alcançada pelo trabalhador, 
o que, muitas vezes, faz o 
indivíduo suportar a dor até 
situações extremas movido pelo 
receio de substituição e perdas 
salariais.
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➢O retorno ao trabalho deve ser 
gradual e de acordo com a norma de 
regulamentação NR-17, que traz as 
orientações ergonômicas referentes 
à organização do trabalho. 
➢O acompanhamento do trabalhador 
deve ser realizado com uma equipe 
multidisciplinar com enfoques tanto 
na saúde mental quanto na física, 
pois uma potencializa a outra, e não 
é incomum as doenças físicas 
gerarem quadros de depressão pelo 
trabalhador sentir-se incapaz no 
trabalho e no dia a dia da sua vida.
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Um dos fatores de grande dificuldade na recuperação do 
trabalhador é encontrar centros com integralidade do 
cuidado e com foco na saúde do trabalhador.
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PREVENÇÃO LER/DORT
Prevenir LER e DORT é responsabilidadeda empresa e do trabalhador. 
➢ Princípios básicos de prevenção:
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Adequação do mobiliário do posto de trabalho.
Redução da necessidade de uso da força e do 
número de repetições.
Pausas e exercícios preparatórios, 
compensatórios ou de relaxamento.
Mobilidade e possibilidade de mudanças de 
posturas para facilitar o retorno venoso.
Definição de metas adequadas de produção. Manutenção de boas relações interpessoais.
Definição e clareza pela empresa sobre o que é 
esperado de cada um, com adequada divisão de 
tarefas.
Programas de incentivo à qualidade de vida e à 
prática regular de atividades físicas.
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Emissão da Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT)
• Todos os casos com suspeita diagnóstica de LER/DORT devem ser objeto de 
emissão de CAT pelo empregador, com o devido preenchimento do Atestado 
Médico. Quando ocorre uma avaliação por perito do Instituto Nacional de 
Seguridade Social (INSS), é necessário estabelecer a existência de nexo causal 
entre o quadro clínico e o trabalho. 
• Isso permitirá o enquadramento da lesão ou do distúrbio como um caso de 
DORT, garantindo direitos previdenciários para o trabalhador, caso haja 
necessidade de afastamento do trabalho por prazo superior a 15 dias.
• Portaria nº 1.339/1999 MINISTÉRIO DA SAÚDE
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NORMA TÉCNICA SOBRE LER OU DORT (INSS)
•
NORMA TÉCNICA SOBRE LER OU DORT (INSS)
• Instrução Normativa DIRETORIA COLEGIADA DO INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL –
• INSS nº 98 de 05.12.2003
• Norma Técnica sobre Lesões por Esforços Repetitivos ou Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao 
Trabalho, constante do anexo, a qual possui duas seções:
• Seção I - Atualização clínica: Lesões por Esforços Repetitivos ou Distúrbios Osteomusculares Relacionados 
ao Trabalho.
• Seção II - Norma Técnica de Avaliação da Incapacidade Laborativa.
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ETIOLOGIA
• A etiologia dos casos de LER/DORT é multifatorial. 
• Diferentemente de uma intoxicação por metal pesado, cuja 
etiologia é claramente identificada, nos casos de LER/DORT é 
importante analisar os vários fatores de risco envolvidos direta ou 
indiretamente.
• Os fatores de risco interagem e devem ser sempre analisados de 
maneira integrada, envolvendo aspectos biomecânicos, cognitivos, 
sensoriais, afetivos e de organização do trabalho.
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Na caracterização da exposição aos fatores “físicos” de risco não organizacionais, quatro elementos se destacam: 
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FATORES DE RISCO LER/DORT
• Os grupos de fatores de risco das LER/Dort podem ser 
relacionados com (KUORINKA e FORCIER 1995):
• a. Desorganização do posto de trabalho e posturas inadequadas
• Embora as dimensões do posto de trabalho não causem distúrbios 
músculo-esqueléticos por si, elas podem forçar o trabalhador a 
adotar posturas, a suportar certas cargas e a se comportar de forma 
a causar ou agravar afecções músculo-esqueléticas.
• Ex.: 
• mouse com fio curto demais, obrigando o trabalhador a manter o 
tronco para frente sem encosto e o membro superior estendido; 
• reflexos no monitor atrapalham a visão, o que obriga o trabalhador a 
permanecer em determinada postura do corpo e da cabeça para 
vencer essa dificuldade
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FATORES DE RISCO LER/DORT
➢ b. Exposição a vibrações. 
• As exposições a vibrações de corpo inteiro, ou do membro superior, 
podem causar efeitos vasculares, musculares e neurológicos.
• c. Exposição ao frio.
• A exposição ao frio pode ter efeito direto sobre o tecido exposto e 
indireto pelo uso de equipamentos de proteção individual contra 
baixas temperaturas (ex. luvas). 
➢ d. Exposição a ruído elevado. 
• Entre outros efeitos, a exposição a ruído elevado pode produzir 
mudanças de comportamento.
➢ e. A pressão mecânica localizada. 
• A pressão mecânica provocada pelo contato físico de cantos retos 
ou pontiagudos de objetos, ferramentas e móveis com tecidos moles 
de segmentos anatômicos e trajetos nervosos provocando 
compressões de estruturas moles do sistema músculoesquelético. 
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FATORES DE RISCO LER/DORT ➢ f) As posturas: as posturas que podem causar 
afecções musculoesqueléticas possuem três 
características, que podem estar presentes 
simultaneamente: 
• • posturas extremas, que podem forçar os limites da 
amplitude das articulações. Ex.: ativação muscular 
para manter certas posturas (ZIPP et al., 1983) e 
postura de pronação do antebraço (MARKISON, 
1990);
• • a força da gravidade, que impõe aumento de carga 
sobre os músculos e outros tecidos. Ex.: ativação 
muscular do ombro (HAGBERG, 1981a, 1981b; 
JONSSON, 1982)
• posturas que modificam a geometria 
musculoesquelética e podem gerar estresse sobre 
tendões, músculos e outros tecidos e/ou reduzir a 
tolerância dos tecidos. Ex.: desvio do trajeto de um 
tendão por contato do punho (TICHAUER, 1966; 
ARMSTRONG; CHAFFIN, 1978; KEIR; WELLS, 1992); 
diminuição da perfusão tecidual quando o membro 
superior direito está acima da altura do coração 
(HOLLING; VEREL, 1957); efeito dos movimentos de 
flexão e extensão e dos movimentos de pronação e 
supinação do cotovelo (TICHAUER, 1996); 
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FATORES DE RISCO LER/DORT
g) A carga mecânica musculoesquelética: a carga musculoesquelética pode ser entendida como a carga mecânica 
exercida sobre seus tecidos e inclui:
➢ (1) a tensão (ex.: tensão do bíceps); 
➢ (2) a pressão (ex.: pressão sobre o canal do carpo); 
➢ (3) a fricção (ex.: fricção de um tendão sobre a sua bainha);
➢ (4) a irritação (ex.: irritação de um nervo). 
➢ ENTRE OS FATORES QUE INFLUENCIAM A CARGA MUSCULOESQUELÉTICA, ENCONTRAMOS: 
A força, 
a repetitividade, 
a duração da carga, 
o tipo de preensão, 
a postura e o método de trabalho; 
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FATORES DE RISCO LER/DORT
➢ h) A carga estática: 
Está presente quando um membro é mantido numa posição que vai contra a gravidade. Nesses 
casos, a atividade muscular não pode se reverter a zero (esforço estático). Alguns aspectos servem 
para caracterizar a presença de posturas estáticas: a fixação postural observada, as tensões 
ligadas ao trabalho, sua organização e seu conteúdo;
➢ i) A invariabilidade da tarefa: 
Implica monotonia fisiológica e/ ou psicológica. Assim, a carga mecânica fica restrita a um ou a 
poucos segmentos corpóreos, amplificando o risco potencial; 
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FATORES DE RISCO LER/DORT
➢ j) As exigências cognitivas:
 Podem ter um papel no surgimento das lesões e dos distúrbios, seja causando um aumento da 
tensão muscular, seja causando uma reação mais generalizada de estresse;
➢ k) Os fatores organizacionais e psicossociais ligados ao trabalho: 
São as percepções subjetivas que o trabalhador tem dos fatores de organização do trabalho. 
Ex.: considerações relativas à carreira, à carga, ao ritmo de trabalho e ao ambiente social e técnico 
do trabalho. A “percepção“ psicológica que o indivíduo tem das exigências do trabalho é o 
resultado das características físicas da carga, da personalidade do indivíduo, das experiências 
anteriores e da situação social do trabalho.
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Fatores de risco posturais citados em literatura para os ombros:
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Fatores de risco Resultados encontrados 
nos estudos
Referências
Abdução de mais de 60º 
ou flexão por mais de 
1h/dia
Dor aguda em ombro e 
pescoço.
Bjelle, Hagberg e 
Michaelson (1981).
Flexão de menos de 15º e 
abdução de 10º do braço 
para trabalho contínuo 
com baixa carga.
Aumento de afastamentos 
do trabalho por problemas 
do sistema 
muculoesquelético.
Aaras, Westgaard e 
Stranden (1988).
Abdução maior que 30º Fadiga rápida em abduções 
maiores
Chaffin (1973).
Abdução maior que 45º. Fadiga rápida a 90º. Herberts, Kadefords e 
Broman (1980).
Abdução maior que 100º. Síndrome da hiperabdução 
com compressão de vasos 
sanguíneos.Beyer e Wright (1951).
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Fatores de risco posturais citados em literatura para os ombros:
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Fatores de risco posturais citados para mãos e punhos
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Fatores de risco Resultados encontrados na 
literatura
Referências
Flexão dos punhos. Síndrome do túnel do 
carpo. Exposição por mais 
de 20 a 40 horas/semana
De Krom et al. (1990).
Flexão dos punhos. Aumento da pressão sobre 
o nervo mediano. 
Smith, Sonstegard e 
Anderson (1977).
Flexão dos punhos. Aumento da ativação dos 
músculos flexores dos 
dedos para agarramento.
Moore, Wells e Ranney 
(1991).
Flexão dos punhos. Compressão no nervo 
mediano pelos tendões 
flexores.
Armstrong e Chaffin (1978) 
Moore, Wells e Ranney 
(1991).
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Fatores de risco posturais citados para mãos e punhos
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AVALIAÇÃO E PREVENÇÃO
Para a avaliação e prevenção adequada dos distúrbios musculoesqueléticos relacionados ao trabalho, é preciso 
considerar:
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AVALIAÇÃO E PREVENÇÃO
IDENTIFICAÇÃO DA DOR
Nociceptiva (processo inflamatório local), neuropática (acometimento do sistema nervoso) ou 
nociplástica (alterações cerebrais da percepção da dor). Nesse quesito, é de suma importância o trabalho 
multidisciplinar entre médico, fisioterapeuta, psicólogo, educador físico, entre outros.
ESTRUTURAS E ÁREAS MAIS AFETADAS
Nos DORTs, as estruturas e áreas mais afetadas são os tendões, músculos e as articulações, 
principalmente dos membros superiores, ombros e pescoço, seja por causa da utilização e sobrecarga 
excessiva, seja por manutenção de posturas inadequadas, resultando em dor, fadiga, desconforto, 
imprecisão no movimento, consequente redução da produtividade e aumento do risco de acidentes.
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ANAMNESE
Na anamnese, é importante considerar:
•A história das queixas atuais.
•A utilização de equipamentos e processos do trabalho.
•O comportamento e os hábitos relevantes, como pausas e postura no posto de 
trabalho.
•Os antecedentes individuais, como fraturas e doenças anteriores.
•Os antecedentes familiares.
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Prevenir LER e DORT é responsabilidade da empresa e do 
trabalhador.
Princípios básicos de prevenção:
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MEDIDAS PREVENTIVAS
Utilização de pausas
O trabalhador não deve ficar por muito tempo realizando a mesma tarefa, sendo 
necessário intercalar posturas e/ou atividades para interromper a repetição de 
movimento. O ideal é realizar pausas curtas durante o expediente e alongar os 
músculos mais solicitados na função.
E como já abordamos, também é igualmente importante que o fisioterapeuta promova 
ações de educação em saúde aos trabalhadores, bem como a realização de 
ginástica laboral, a orientação sobre a importância do hábito de pausas regulares 
durante o período do expediente, a utilização adequada dos movimentos corporais, e 
maior atenção para aquele trabalhador que cumpre horas extras, que tem maior 
sobrecarga mental, ou que já sofreu afastamento do trabalho por DORT, e sempre 
priorizar a adaptação dos mobiliários no posto de trabalho.
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MEDIDAS PREVENTIVAS
• A prevenção é a melhor atuação nas doenças ocupacionais, sendo esse o maior enfoque que o fisioterapeuta 
deve ter. 
• Porém, se já estiver instalado o distúrbio ou a lesão, o fisioterapeuta passará a atuar no tratamento, podendo 
inclusive existir postos de atendimento dentro da própria empresa para os casos menos graves, o que evita a 
necessidade de afastamento do colaborador e facilita a procura por ajuda e tratamento.
• Por outro lado, permite para o fisioterapeuta um atendimento mais personalizado, com conhecimento da atividade 
exercida e do posto de trabalho, podendo ser um atendimento muito mais abrangente e eficaz.
Atenção!
Os casos mais graves de DORT são geralmente tratados fora da empresa, pois, frequentemente, o 
trabalhador está licenciado para tratamento, recebendo atendimento de uma equipe interdisciplinar como 
médico, fisioterapeuta e psicólogo.
O tratamento desses trabalhadores não deve considerar apenas aspectos clínicos e deve incluir também a 
preparação e a orientação para o retorno ao trabalho, abordando a melhor forma de execução das tarefas, de 
posturas adequadas, de exercícios compensatórios e pausas.
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MEDIDAS PREVENTIVAS
Durante as intervenções, especialmente, nos DORT, seja no consultório localizado 
na empresa, em clínicas de fisioterapia ou espaços especializados em saúde do 
trabalhador, os exercícios empregados são os habitualmente utilizados em 
cinesioterapia, como:
1.Técnicas de auto alongamento, estimulando o domínio do movimento pelo 
paciente.
2.Fortalecimento muscular.
3.Mobilização articular passiva.
4.Reeducação postural.
5.Exercícios respiratórios.
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MEDIDAS PREVENTIVAS
A cinesioterapia pode ainda ser associada ao emprego de eletrotermofototerapia, que é um 
excelente recurso para redução da dor e do quadro inflamatório.
Podemos destacar ainda a atuação da Fisioterapia nas dermatoses ocupacionais, 
complicações respiratórias e dos demais sistemas que podem ser acometidos, contando com 
o conhecimento de cada especialidade.
Lembrando ainda que a Fisioterapia pode contribuir na saúde do trabalhador por meio de 
centros especializados promovidos pelo SUS, como o Centro de Referência em Saúde do 
Trabalhador (CEREST), fazendo parte de uma equipe multidisciplinar e interdisciplinar.
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MEDIDAS PREVENTIVAS
A cinesioterapia pode ainda ser associada ao emprego de eletrotermofototerapia, que é um 
excelente recurso para redução da dor e do quadro inflamatório.
Podemos destacar ainda a atuação da Fisioterapia nas dermatoses ocupacionais, 
complicações respiratórias e dos demais sistemas que podem ser acometidos, contando com 
o conhecimento de cada especialidade.
Lembrando ainda que a Fisioterapia pode contribuir na saúde do trabalhador por meio de 
centros especializados promovidos pelo SUS, como o Centro de Referência em Saúde do 
Trabalhador (CEREST), fazendo parte de uma equipe multidisciplinar e interdisciplinar.
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MEDIDAS PREVENTIVAS
Quick Massage
É um termo em inglês que significa “massagem rápida”. Trata-se de uma massagem 
de curta duração na qual o paciente é posicionado sentado em uma cadeira 
específica, e o fisioterapeuta realiza movimentos inspirados em técnicas orientais 
para proporcionar o relaxamento. Possui duração média de 10 a 15 minutos, 
podendo ser uma excelente aliada para o bem-estar do colaborador.
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MEDIDAS PREVENTIVAS
GINÁSTICA LABORAL
Técnicas mais utilizadas 
• Exercícios de alongamento (dinâmico, estático, ativo, passivo, isométrico);
 • Resistência muscular localizada; 
•Automassagem e massagem em duplas; 
• Atividades lúdicas e jogos cooperativos.
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MEDIDAS PREVENTIVAS
GINÁSTICA LABORAL
Técnicas mais utilizadas 
• Exercícios de alongamento (dinâmico, estático, ativo, passivo, isométrico);
 • Resistência muscular localizada; 
•Automassagem e massagem em duplas; 
• Atividades lúdicas e jogos cooperativos.
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	Slide 1: LER/DORT
	Slide 2: LER/DORT
	Slide 3: LER X DORT
	Slide 4: LER X DORT
	Slide 5: LER X DORT
	Slide 6: LER/DORT
	Slide 7
	Slide 8
	Slide 9: LER/DORT
	Slide 10: LER/DORT
	Slide 11
	Slide 12
	Slide 13
	Slide 14
	Slide 15: PREVENÇÃO LER/DORT
	Slide 16: Emissão da Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT) 
	Slide 17: NORMA TÉCNICA SOBRE LER OU DORT (INSS) 
	Slide 18: ETIOLOGIA
	Slide 19
	Slide 20: FATORES DE RISCO LER/DORT
	Slide 21: FATORES DE RISCO LER/DORT
	Slide 22: FATORES DE RISCO LER/DORT
	Slide 23: FATORES DE RISCO LER/DORT
	Slide 24: FATORES DE RISCO LER/DORT
	Slide 25: FATORES DE RISCO LER/DORT
	Slide 26: Fatores de risco posturais citados em literatura para os ombros:
	Slide 27: Fatores de risco posturais citados em literatura para os ombros:Slide 28: Fatores de risco posturais citados para mãos e punhos
	Slide 29: Fatores de risco posturais citados para mãos e punhos
	Slide 30: AVALIAÇÃO E PREVENÇÃO
	Slide 31: AVALIAÇÃO E PREVENÇÃO
	Slide 32: ANAMNESE
	Slide 33: Prevenir LER e DORT é responsabilidade da empresa e do trabalhador.
	Slide 34: MEDIDAS PREVENTIVAS
	Slide 35: MEDIDAS PREVENTIVAS
	Slide 36: MEDIDAS PREVENTIVAS
	Slide 37: MEDIDAS PREVENTIVAS
	Slide 38: MEDIDAS PREVENTIVAS
	Slide 39: MEDIDAS PREVENTIVAS
	Slide 40: MEDIDAS PREVENTIVAS
	Slide 41: MEDIDAS PREVENTIVAS
	Slide 42

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