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Versão Condensada DIREITO CONSTITUCIONAL Teoria geral dos direitos fundamentais 2 A L F A C O N Sumário Teoria geral dos direitos fundamentais ������������������������������������������������������������������������3 1� Características dos direitos fundamentais������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 3 Teoria geral dos direitos fundamentais 3 A L F A C O N Teoria geral dos direitos fundamentais 1. Características dos direitos fundamentais a) Universalidade Os direitos fundamentais conferem titularidade de gozo às pessoas somente por ostentarem a condição humana, não obstante sexo, raça, cor, religião, etnia ou outra condição. A universalidade surge no pós-Segunda Guerra Mundial, contrapondo-se à ideia de superioridade de raças proveniente do nazismo. A Declaração Universal de Direitos Humanos, ou Declaração de Paris, dispõe que basta a condição humana para a titularidade de direitos – “todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos”. Art� 5º� Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à proprie- dade, nos termos seguintes. Obs�: Pela característica da universalidade e da prevalência dos direitos humanos como objetivo do Brasil nas relações internacionais (art. 3°, II da CF), o art. 5°, caput, demanda uma interpretação extensiva para abarcar toda e qualquer pessoa, independentemente de ser estrangeiro, residente ou não residente. b) Essencialidade São direitos essenciais à existência do ser humano. No que se refere ao plano formal, estão previstos no topo do sistema normativo de cada país – Constituição Federal e plano material. Refere-se aos direitos mais importantes para o convívio social, valores supremos do ser humano e prevalência da dignidade humana. c) Relatividade/limitabilidade Por relatividade, entende-se que não há direito absoluto. No caso concreto, os direitos estão sujeitos a ponderação e sopesamento entre eles, sendo que um prevalecerá sobre o outro em situações específicas diante de critérios de razoabilidade e proporcionalidade. O direito à vida, um dos mais importantes bem jurídicos da sociedade, não é absoluto. Falamos de relativização, por exemplo, no caso previsto constitucionalmente de guerra declarada e também no instituto penal da legitima defesa. Tal característica é conhecida como princípio da convivência das liberdades públicas. d) Historicidade Os direitos fundamentais são históricos, construídos ao longo do tempo, num movimento pendular de avanços e retro- cessos. Os direitos se acumulam e se fortalecem com o decorrer dos anos. e) Indivisibilidade Os direitos fundamentais são incindíveis entre si e, por consequência, não é possível proteger alguns direitos e esquecer outros. Não adiantaria garantir os direitos de 1º geração, as liberdades públicas, sem efetivar direitos sociais (art.6º CF). Portanto, são interdependentes. Teoria geral dos direitos fundamentais 4 A L F A C O N f) Imprescritibilidade Os direitos não se perdem pelo decurso do tempo. g) Inalienabilidade Os direitos não podem ser objetos de contrato. Direitos fundamentais não podem ser transferidos ou cedidos (onerosa ou gratuitamente) a outrem, sendo, portanto, indisponíveis e inegociáveis. No entanto, o exercício de direitos pode ser facultativo, sujeito à negociação. h) Irrenunciabilidade/indisponibilidade A irrenunciabilidade significa que nem o consentimento do titular pode validar a violação de seus direitos. i) Inexauribilidade Não constituem um rol taxativo de direitos. Há sempre a possibilidade de expansão em razão do surgimento de novas demandas sociais. O art. 5º, §2º, da Constituição Federal estabelece uma cláusula de abertura material de direitos e garantias expressos na Constituição. O STF já reconheceu o direito à busca da felicidade, sendo um direito fundamental implícito. A doutrina também reco- nhece o direito ao esquecimento, como um desdobramento do direito à privacidade e que também não tem previsão constitucional. j) Vedação ao retrocesso Também chamados de efeito cliquet, princípio da proibição da evolução reacionária ou entrincheiramento. Significa que a proteção conquistada na concretização dos direitos não pode ser suprimida por nosso legislador. É vedado que os Estados diminuam ou amesquinhem a proteção já conferida aos direitos fundamentais. Teoria geral dos direitos fundamentais 1. Características dos direitos fundamentais
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