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Complexo do Ombro - Articulação Escapulotorácica

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Articulação Escapulotorácica
 A articulação escapulotorácica (ET) não é uma articulação verdadeira em si, mas um ponto de
contato entre a superfície anterior da escápula e a parede posterolateral do tórax.
Figura 9: articulação escapulotorácica.
 As duas superfícies não fazem contato direto; em vez disso elas são separadas por músculos
(serrátil anterior, eretor da espinha e subescapular) e por uma grande bolsa subescapular. As
superfícies relativamente espessas e úmidas desses músculos parecem reduzir o
cisalhamento dentro da articulação durante o movimento.
 Na posição anatômica, a escápula está geralmente entre a segunda e sétima costelas, com a
borda medial localizada aproximadamente a 5 - 6 cm lateralmente à coluna vertebral.
Figura 1: posição da escápula em relação ao tórax.
 Embora altamente variável, a posição da escápula é de aproximadamente 10º de inclinação
anterior, 5º a 10º de rotação para cima, e aproximadamente 35º de rotação interna.
Cinemática da Articulação ET
 Os movimentos que ocorrem entre a escápula e o tórax são o resultado da cooperação entre
a articulação AC e EC.
 A restrição de movimento em cada articulação pode limitar significativamente o movimento na
escápula e, no fim das contas, em todo o complexo do ombro.
 Elevação Escapular:
 A escápula desliza superiormente sobre o tórax em relação à sua posição de repouso.
 Para ocorrer esse movimento, deve haver também elevação da clavícula na articulação
EC.
 A leve rotação para baixo da escápula na articulação AC permite que a escápula
permaneça em posição quase vertical durante esse movimento.
 Ajuste adicionais na articulação AC ajudam a manter a escápula nivelada com a
curvatura do tórax levemente modificada.
 Depressão Escapular:
 A escápula desliza para baixo no tórax em relação à sua posição de repouso. Durante
este movimento, ocorre também a depressão da clavícula na articulação EC.
 A importância do movimento de depressão da escápula está na estabilização da
escápula e na elevação do corpo durante a sustentação de peso com os membros
superiores, como nos movimentos de ginástica em barras paralelas, na marcha com
muletas ou em transferências de cadeiras de rodas.
Figura 2: movimento de elevação escapular.
 Protração Escapular (Abdução):
 A extremidade lateral da clavícula e a escápula se movem anteriormente em torno da
caixa torácica, de modo que a borda medial da escápula se afaste da linha média de 13
- 15 cm.
 Na função normal, o movimento da escápula adiante ocorre na articulação EC e o ajuste
para manter a escápula sobre o tórax ocorre na articulação AC.
 As articulações AC e EC também compensam uma a outra se o movimento de uma
delas restringir o montante da protração escapular no tórax; assim, o alcance à frente é
afetado o mínimo possível.
 Retração Escapular (Adução):
 Na retração escapular, a extremidade lateral da clavícula e a escápula se movem
posteriormente, de modo que a borda medial da escápula se aproxima da coluna
vertebral.
 É frequentemente realizada no contexto de puxar um objeto em direção ao corpo, subir
em uma corda ou colocar o braço em uma manga de casaco.
Figura 3: protração da escápula.
Figura 4: retração escapular.
 Rotação Superior da Escápula:
 É um movimento escapular em que a cavidade glenóide se move de modo a ficar
voltada para cima, e o ângulo inferior da escápula desliza lateral e anteriormente no
tórax.
 Amplitude máxima de rotação superior ocorre com a flexão total do ombro.
 A rotação superior completa da escápula ocorre por meio da soma da elevação
clavicular na articulação EC com a rotação escapular para cima na articulação AC.
 A escápula pode rodar para cima no plano frontal conforme na abdução verdadeira, mas
mais frequentemente segue um caminho próximo ao seu próprio plano escapular.
 Rotação Inferior da Escápula:
 A rotação inferior determina o retorno à posição anatômica em repouso, com a
aproximação do ângulo inferior da escápula da linha média; a cavidade glenóide se
move de modo a ficar voltada para baixo.
 A rotação inferior da escápula ocorre conforme o braço retorna ao lado do corpo a partir
de uma posição elevada, atingindo o máximo de amplitude quando a mão é colocada na
coluna lombar ou quando o ombro está em extensão máxima.
 Neste movimento a clavícula deprime na articulação EC e a escápula roda inferiormente
na articulação AC.
Figura 5: rotação superior e inferior da escápula.
 Inclinação Anterior da Escápula:
 Ocorre quando a borda superior da escápula inclina-se para frente, de modo que o
ângulo inferior da escápula se afasta do tórax.
 A inclinação anterior da escápula ocorre quando o úmero é posicionado atrás das costas
com a mão afastada da mesma
 Inclinação Posterior da Escápula:
 Ocorre quando a borda superior da escápula retorna a posição de repouso, se
afastando do tórax, de modo que o ângulo inferior da escápula se aproxime do tórax.
 A escápula pode-se inclinar posteriormente quando o úmero é elevado durante a flexão
e abdução do ombro.
Figura 6: inclinações anterior e posterior escápula.

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