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RACISMO ESTRUTURAL

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RACISMO ESTRUTURAL: UM ENTRAVE NO ACESSO AOS SERVIÇOS DE SAÚDE PELA POPULAÇÃO NEGRA NO BRASIL
Ednei dos Santos Barbosa¹ Deise Mota Batista²
¹ Graduando do Bacharelado Interdisciplinar em Saúde, primeiro ciclo de medicina,
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), edneibsrbosa@aluno.ufrb.edu.br
² Graduada em Enfermagem pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP) e graduanda do Bacharelado Interdisciplinar em Saúde, primeiro ciclo de medicina, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), deisemota@aluno.ufrb.edu.br.
RESUMO
O racismo estrutural perpassa as vivências de pessoas negras na sociedade brasileira e tem sido um fator determinante no acesso à saúde dessa população que ao longo da história foi marginalizada e excluída dos espaços de poder. O objetivo desse estudo é demonstrar a importância da ampliação do debate e da produção de saberes sobre a saúde da população negra no Brasil. Pois, apesar da existência da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN), ela é pouco conhecida e isso dificulta o exercício de alguns profissionais para atender as demandas dessa comunidade, o que proporciona, no Brasil, a perpetuação de graves fatores discriminatórios que são classificados como determinantes sociais de saúde (DSS). Exemplificando, em São Paulo, a população negra urbana apresentou 60% mais chance de morrer por COVID-19 do que a população branca. Nesse viés, falar sobre o racismo estrutural é tocar em uma DSS que subdivide a população e os privilegiam consoante a sua raça/etnia, haja vista que essa barreira torna o acesso desigual: ela deve ser vista como uma mazela a ser superada, pois, a sua presença precariza as condições de saúde e de bem-estar desses indivíduos. Além disso, é fundamental uma ótica interseccional para que sejam abordados em conjunto todos os fatores que se relacionam e fundamentam esse entrave. Portanto, é inegável que são construídos estereotípicos racistas em torno das populações negras e indígenas que acarretam sérios impactos, tornando essa população vulnerável e o seu acesso aos mecanismos de promoção de saúde precarizado. 
Palavras-chave: Racismo estrutural; Saúde da População Negra; COVID-19.
RACISMO ESTRUTURAL: UM ENTRAVE NO ACESSO AOS 
SERVIÇOS DE SAÚDE PELA POPULAÇÃO NEGRA NO BRASIL
 
 
Ednei dos Santos Barbosa
¹ 
Deise 
Mota Batista²
 
 
¹ 
Graduando do Bacharelado Interdisciplinar em Saúde
,
 
primeiro ciclo de medicina,
 
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)
,
 
e
dneibsrbosa@aluno.ufrb.edu.br
 
² 
Gradua
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a
 
em Enfermagem
 
pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
 
(
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e 
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do Bacharelado Interdisciplinar em Saúde
,
 
primeiro ciclo de 
medicina,
 
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)
,
 
deisemota@aluno.ufrb.edu.br
.
 
 
RESUMO
 
O
 
racismo estrutural perpassa as vivências de pessoas negras na sociedade 
b
rasileira e 
tem sido um fator determinante 
no acesso 
à s
aúde
 
dessa 
população que
 
ao longo da 
história foi marginalizada e excluída dos espaços de poder
. 
O objetivo 
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o 
é 
demonstrar a importância da ampliação do debate e da produção de saberes sobre a saúde 
da população negra no Brasil. Pois, a
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Política N
acional de Saúde 
Integral da População Negra (PNSIPN)
, 
ela é pouco conhecida e isso dificulta o exercício 
de alguns profissionais 
para atender as demandas dessa comunidade, 
o 
que 
proporciona,
 
no 
Brasil
,
 
a 
perpetuação
 
de 
graves
 
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ão classificados
 
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o
 
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(DSS)
.
 
Exemplificando
,
 
e
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, 
a população negra 
urbana apresentou 60% mais
 
chance de morrer por COVID
-
19 do que a população branca
. 
Nesse viés
, falar sobre o racismo estrutural é tocar em
 
uma DSS 
que subdivide a 
população e os privilegiam consoante a sua raça/etnia, haja vista que essa barreira torna 
o acesso desigual
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ela
 
deve ser vista como uma mazela
 
a ser superada
, pois, a sua presença 
precariza as condições de saúde e
 
de
 
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-
estar desses indivíduos. 
Além disso
, é 
fundamental uma ótica 
interseccional para
 
que sejam abordados 
em conjunto 
todos os 
fatores que se relacionam e fundamentam esse entrave. Portanto, é inegável qu
e são 
construídos
 
estereotípicos racistas em torno das populações negras e indígenas
 
que
 
acarretam
 
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essa população vulnerável e o 
seu 
acesso 
aos 
mecanismos de promoção de
 
saúde 
precarizado
.
 
 
 
RACISMO ESTRUTURAL: UM ENTRAVE NO ACESSO AOS 
SERVIÇOS DE SAÚDE PELA POPULAÇÃO NEGRA NO BRASIL 
 
Ednei dos Santos Barbosa¹ Deise Mota Batista² 
 
¹ Graduando do Bacharelado Interdisciplinar em Saúde, primeiro ciclo de medicina, 
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), edneibsrbosa@aluno.ufrb.edu.br 
² Graduada em Enfermagem pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP) 
e graduanda do Bacharelado Interdisciplinar em Saúde, primeiro ciclo de medicina, 
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), deisemota@aluno.ufrb.edu.br. 
 
RESUMO 
O racismo estrutural perpassa as vivências de pessoas negras na sociedade brasileira e 
tem sido um fator determinante no acesso à saúde dessa população que ao longo da 
história foi marginalizada e excluída dos espaços de poder. O objetivo desse estudo é 
demonstrar a importância da ampliação do debate e da produção de saberes sobre a saúde 
da população negra no Brasil. Pois, apesar da existência da Política Nacional de Saúde 
Integral da População Negra (PNSIPN), ela é pouco conhecida e isso dificulta o exercício 
de alguns profissionais para atender as demandas dessa comunidade, o que proporciona, 
no Brasil, a perpetuação de graves fatores discriminatórios que são classificados como 
determinantes sociais de saúde (DSS). Exemplificando, em São Paulo, a população negra 
urbana apresentou 60% mais chance de morrer por COVID-19 do que a população branca. 
Nesse viés, falar sobre o racismo estrutural é tocar em uma DSS que subdivide a 
população e os privilegiam consoante a sua raça/etnia, haja vista que essa barreira torna 
o acesso desigual: ela deve ser vista como uma mazela a ser superada, pois, a sua presença 
precariza as condições de saúde e de bem-estar desses indivíduos. Além disso, é 
fundamental uma ótica interseccional para que sejam abordados em conjunto todos os 
fatores que se relacionam e fundamentam esse entrave. Portanto, é inegável que são 
construídos estereotípicos racistas em torno das populações negras e indígenas que 
acarretam sérios impactos, tornando essa população vulnerável e o seu acesso aos 
mecanismos de promoção de saúde precarizado.

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