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Manual de Pesquisa em Ciências

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MANUAL DE PESQUISA
E INFORMAÇÃO
Ciências da Natureza, Matemática
e suas Tecnologias
• Biologia • Física • Química • Matemática
Alessandra Bosquilha
Gláucia Elaine Bosquilha
2ª edição
MANUAL DE PESQUISA
E INFORMAÇÃO
Ciências da Natureza, Matemática
e suas Tecnologias
• Biologia • Física • Química • Matemática
EXPEDIENTE
Editor Responsável Italo Amadio
Editora Assistente Katia F. Amadio
Assistente Editorial Edna Emiko Nomura
Autoria Alessandra Bosquilha / Gláucia
Elaine Bosquilha
Revisão Alessandra Biral / Angela Silos /
Sandra Garcia Cortes /
Thelma Guimarães
Diagramação Villa das Artes
Projeto Gráfico Jairo Souza
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Bosquilha, Alessandra
Manual de pesquisa e informação : ciências da natureza, matemática e suas
tecnologias / Alessandra Bosquilha, Gláucia Elaine Bosquilha. – 2. ed. – São Paulo :
Rideel, 2004.
Conteúdo : Biologia – Física – Química – Matemática
ISBN 85-339-0836-9
1. Biologia – Estudo e ensino 2. Enciclopédias e dicionários 3. Física – Estudo e
ensino 4. Matemática – Estudo e ensino 5. Pesquisa educacional 6. Química – Estudo e
ensino I. Bosquilha. Gláucia Elaine. II. Título III. Título : Ciência da natureza, matemática
e suas tecnologias.
04-1655 CDD-370.72
Av. Casa Verde, 455 – Casa Verde
Cep 02519-000 – São Paulo – SP
www.rideel.com.br
e-mail: sac@rideel.com.br
© Copyright – todos os direitos reservados à:
Proibida qualquer reprodução, seja mecânica ou eletrônica,
total ou parcial, sem a permissão expressa do editor.
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Índices para catálogo sistemático:
1. Pesquisa educacional 370.72
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Biologia
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A
Ácido úrico
Eliminado pelos insetos, répteis (lagartos e cobras) e aves.
Pouco tóxico e insolúvel em água, o ácido úrico permite a ovi-
paridade, possibilitando a vida dentro de um ovo; isso graças
à sua insolubilidade em água. É eliminado junto com as fezes,
na forma de uma pasta concentrada. Os animais que eliminam
ácido úrico são denominados uricotélicos.
Adaptação
Ajustamento, individual ou de caráter evolutivo, de seres vivos
ao ambiente.
Adrenalina
Hormônio segregado pelas glândulas supra-renais. Mantém o
vigor dos vasos sangüíneos e do coração.
Água
A substância mais abundante nos seres vivos. Integra de 75 a
90% dos tecidos animais e até 98% dos vegetais. Sua presença
é essencial em todos os processos vitais.
AIDS
Síndrome da imunodeficiência adquirida. Doença provocada
por um vírus (HIV), que ataca o sistema de defesa (imunitário)
do organismo humano. A queda na imunidade permite que se
instalem diversos agentes infecciosos comuns, levando à morte.
Alantóide
Anexo embrionário que se forma a partir do tubo digestivo,
funcionando como depósito de excretas nitrogenadas. É mais
desenvolvido nas aves e nos répteis. Permite também as trocas
respiratórias, através da casca do ovo.
Albinismo
Ausência de pigmento em órgão ou planta, normalmente
pigmentados.
Alécitos
Óvulos com pouco vitelo, localizado no núcleo. São comuns
nos répteis e nos mamíferos.
Alelos múltiplos
Conjunto de três ou mais alelos presentes em uma população.
Algas
Vegetais de estrutura muito simples, de forma variada, provi-
dos de clorofila. Vivem nas águas, doces ou salgadas, em solo
úmido e às vezes sobre a casca das árvores. São talófitas, ou
seja, constituídas por um corpo primordial denominado talo,
que desempenha as funções nutritivas e reprodutoras. Sua
reprodução é, às vezes, assexuada, por divisão ou esporulação;
outras vezes, é sexuada, por conjugação; as duas formas coexis-
tem freqüentemente na mesma espécie. Dividem-se em
cianofíceas ou algas azuis; clorofíceas ou algas verdes; feofíceas
ou algas pardas; rodofíceas ou algas vermelhas e diatomáceas,
que são pardacentas. As algas constituem a principal vegetação
aquática, mormente dos mares, e são a base da alimentação da
fauna aquática. Liberam grande quantidade de oxigênio na
água, que serve à respiração dos seres aquáticos.
Amarelão
Doença parasitária causada por vermes nematelmintos
(Necator americanus e Aneylostoma duodenale). As formas
adultas do verme vivem fixas às paredes do intestino delgado,
alimentando-se de sangue do hospedeiro e causando anemia.
Ameba
Protozoário muito rudimentar, cujo tamanho oscila entre 40 a
100 micra. É constituído por uma massa protoplásmica, pos-
sui núcleo, porém não é dotado de membrana. Perto do núcleo
fica o chamado vacúolo pulsátil, com movimentos de contração
que lembram as pulsações do coração. A forma da ameba varia
de um momento para outro, devido ao fato de emitir prolon-
gamentos (pseudópodos) para deslocar-se e alimentar-se. Sua
reprodução é feita por divisão direta. Há espécies que vivem nas
águas e nos intestinos do homem, produzindo neste a chamada
disenteria amebiana.
Amebíase
Doença causada pelo protozoário Entomoeba histolytica. O
contágio ocorre por meio de alimentos e água contaminados
com os cistos eliminados pelas fezes de pessoas enfermas. Os
sintomas da doença são cólicas e disenteria; nos casos mais
graves, pode chegar ao fígado e ao cérebro. Para evitar a doen-
ça, deve-se ter uma rede de esgoto, controle e tratamento da
água (ferver ou filtrar), além de cuidados com a higiene pessoal
e a higiene com os alimentos, principalmente legumes, frutas
e verduras.
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1 - A ingestão de água 
ou alimentos (frutas e 
verduras) contaminados 
pode introduzir cistos de 
amebas no tubo 
digestivo humano.
2 - Quatro amebas jovens
3 - Trofozoíto com hemácias sendo 
digeridas
4 - Eliminados com as fezes, os 
cistos atingem a água de consumo e 
diversos alimentos utilizados pelo 
homem, contaminando-os.
Âmnio
Anexo embrionário conhecido também como bolsa-d’água,
possui o formato de um saco membranoso, cheio de líquido.
Tem por função proteger o embrião contra choques externos;
o âmnio está presente nos répteis, nas aves e nos mamíferos.
Amônia
Eliminada praticamente por todos os invertebrados e pelos
peixes ósseos, possui grande toxidade, mas é altamente solúvel
em água. Os seres que eliminam amônia são denominados
aminiotélicos.
Anáfase
Fase da divisão celular que se caracteriza pela separação dos
cromossomos para pólos opostos da célula.
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Anatomia
Ciência que tem por objeto conhecer a estrutura, a situação e as
relações entre as diferentes partes dos corpos animais e vegetais.
Anelídeos
Grupo de vermes de corpo longo, de forma cilíndrica, geral-
mente segmentados em anéis, de onde provêm seu nome. A
maioria tem cerdas implantadas em sua parte externa, que lhes
servem para locomoção. Compreendem três classes princi-
pais: os poliquetas, que possuem muitas cerdas e são encontra-
dos principalmente ao longo das praias; os oligoquetas, as
minhocas, com poucas cerdas; e os hirudíneos, os sanguessu-
gas, também denominados discóforos, porque possuem duas
ventosas, uma ao redor da boca e a outra na extremidade pos-
terior do corpo.
Anfíbios
Vertebrados cujo desenvolvimento e a primeira fase da vida se
dão na água, enquanto no estado adulto se adaptam à vida ter-
restre. Na primeira parte da vida, respiram por meio de
brânquias e posteriormente se formam os pulmões, atrofiando-
se as brânquias em algumas espécies e em outras não. Cons-
tituem uma classe intermediária entre os peixes e os répteis e
são também denominados batráquios.
Angiospermas
Plantas cujas flores apresentam óvulos em cavidade fechada
(ovário), que se transformam em fruto e semente.
Animais
São seres capazes de efetuar movimentos, com corpo de forma
constante e órgãos em sua maioria internos. Necessitam de
substâncias orgânicas complexascomo alimento, obtidas pela
ingestão de plantas e de outros animais. Os animais podem ser
divididos em dois grandes grupos: o dos protozoários, que
engloba todos os animais formados por uma só célula ou por
várias iguais, ou seja, sem a presença de tecidos (amebas,
infusórios etc.), e o dos metazoários, constituído por animais
pluricelulares, com tecidos diferenciados (esponjas, minho-
cas, aranhas, caranguejos, aves, cavalo, homem etc.)
Anomalia
Qualquer desvio em relação ao padrão normal de um órgão.
Antibiótico
Substância orgânica capaz de inibir a proliferação de bactérias.
Ex.: a penicilina é um exemplo de antibiótico.
Anticorpos
Substâncias que favorecem a imunidade orgânica, aceleran-
do a ação de certos agentes antagônicos aos que produzem
enfermidades.
Antígeno
Qualquer substância ou partícula que, introduzida no corpo,
provoca uma reação de defesa (imunitária), com produção de
anticorpos.
Antitoxinas
Anticorpos encarregados de neutralizar a ação das toxinas. São
encontradas no soro sanguíneo.
Antropóides ou antropomor fos
Nome que se dá aos mamíferos, monodelfos, primatas e símios
que apresentam forma semelhante à do homem. Não têm cauda
e andam com as duas extremidades posteriores do corpo, em-
bora mantenham uma posição um tanto oblíqua e se apoiem, às
vezes, nos membros anteriores. Seu cérebro é volumoso e apre-
senta algumas circunvoluções. Ex.: o gorila, o orangotango, o
gibão e o chimpanzé.
Antropologia
Ciência que estuda o homem, considerado física e moralmente.
Aorta
Vaso sanguíneo arterial que nasce na base do ventrículo esquerdo.
Aparelho
Reunião de órgãos diferentes, por sua origem e constituição, que
concorrem para o desempenho de uma determinada função.
Arco reflexo
Reflexos são atos de ação involuntária que resultam do estímu-
lo que um órgão sofre. Os reflexos medulares ocorrem sem a’
participação dos órgãos superiores, pois a resposta é elabora-
da na própria medula. Arco reflexo é o conjunto de neurônios
necessários à execução de um ato reflexo. O arco reflexo é um
dos reflexos mais simples, pois é constituído por um número
reduzido de neurônios (sensitivos, de associação e motor).
Um exemplo de arco reflexo é o patelar, que consiste na ime-
diata extensão da perna quando se bate com um martelo de
borracha no músculo quadríceps. Esse ato é constituído por
dois neurônios: um aferente e outro eferente motor. A pancada
no tendão estimula os receptores tácteis, originando o impulso
e provocando a extensão da perna. Tais reflexos são chamados
de medulares.
Artérias
São os vasos sanguíneos que saem dos ventrículos do coração.
São constituídas por três camadas, predominando em sua com-
posição fibras elásticas (se a artéria é grossa) e fibras muscu-
lares (se é delgada). As principais artérias são a pulmonar, que
sai do coração transportando sangue venoso e vai aos pulmões;
e a aorta, que é o maior tronco arterial. Essa sai do coração e
distribui sangue oxigenado ao corpo, originando as artérias
coronárias, o tronco braquiocefálico, a subclávia direita, as
artérias umeral, radial e cubital, as subclávia direita e esquerda,
a carótida etc.
Articulações
Dá-se o nome de articulação ao conjunto de partes pelas quais
os ossos se unem entre si. São três seus tipos: móveis, suturas
ou sinartroses; semimóveis ou anfiartroses; móveis ou
diartroses.
Artrópodes
São animais pluricelulares que possuem patas e apêndices
articulados. Têm o corpo revestido pela quitina e formado por
anéis ou segmentos também articulados. Os segmentos podem
fundir-se, dando origem a regiões distintas: a cabeça, onde
estão, geralmente, os órgãos dos sentidos; o tórax, cujos apên-
dices servem de ordinário para a locomoção; e o abdome,
freqüentemente sem apêndices ou dotado de apêndices que
servem às funções de reprodução. Em muitos casos, a cabeça
e o tórax se juntam e formam uma só peça, denominada cefa-
lotórax. Nesses animais, dá-se o fenômeno conhecido pelo
nome de muda, que consiste na mudança periódica do revesti-
mento quitinoso, a fim de possibilitar o crescimento do ani-
mal. No grupo dos artrópodes, estão os crustáceos (camarão,
caranguejo etc.); os onicóforos (representados pelo gênero
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Peripatus, que seria o vínculo entre os anelídeos e os
artrópodes); os miriápodes (centopéia); os aracnídeos (ara-
nhas); e os insetos (formigas, borboletas etc.). O número de
espécies de artrópodes é de cerca de 400.000, ou seja, mais que
as de todos os tipos reunidos.
Astigmatismo
A curvatura defeituosa da córnea direciona os raios luminosos
de maneira desigual, fazendo com que as imagens refletidas
fiquem fora de foco. A correção dessa dificuldade pode ser feita
com lentes luminosas.
Atmosfera
Camada de gases que envolve os Planetas.
Audição
Essa função de relação surgiu a partir dos vertebrados. O ór-
gão da audição é o ouvido. Em sua grande maioria, os inver-
tebrados não possuem o sentido da audição. Alguns apresen-
tam órgãos mais relacionados ao equilíbrio do que à audição,
e esses órgãos podem estar localizados no abdome, no tórax ou
nas patas. Alguns insetos produzem sons esfregando as patas
contra as asas.
Aves
Entre as classes zoológicas, a das aves é a mais homogênea. São
vertebrados aéreos, ovíparos, com respiração pulmonar e cujo
corpo é coberto de penas. Seus membros anteriores, ou asas,
são adaptados ao vôo, e os posteriores, ou patas, à locomoção
sobre a terra ou a água. As penas são geralmente renovadas
todos os anos, fenômeno a que se dá o nome de muda. A tem-
peratura das aves é bastante superior à dos outros animais
(cerca de 44 graus centígrados). O esqueleto apresenta a parti-
cularidade de que os ossos são ocos, o que diminui o peso
específico do animal, facilitando o vôo. O crânio das aves é
formado de ossos delgados, terminando em sua parte anterior
por um bico, que toma diversas formas, segundo o meio de
vida e a alimentação de cada espécie. O esqueleto dos membros,
embora seja igual pelo número e disposição dos ossos, varia
notavelmente de uma espécie a outra, segundo o modo de vida
do animal. Assim as aves que vivem sobre as árvores (pássaros)
apresentam patas de dedos longos e finos; as corredoras (aves-
truz), patas fortes; as de rapina (águia), patas de unhas fortes,
em forma de garra; e finalmente as nadadoras (pato, marreco
etc.) apresentam patas providas de membranas interdigitais. A
maioria das aves constrói ninhos para aí depositar seus ovos e
incubá-los. Umas põem um só ovo (como os pingüins), ou-
tras dois, três ou mais. São classificadas em muitas ordens, a
saber: palmípedes (que têm as patas adaptadas à natação, como
os cisnes, gansos etc.); pernaltas (de patas longas, como a
garça e a seriema); galináceos; pombos; trepadoras;
preensoras; rapaces (aves de rapina) e corredoras.
B
Bactéria
Organismo unicelular, sem núcleo diferenciado, que vive iso-
lado ou em colônias e pertence ao Reino Monera.
Bacteriologia
Ciência que estuda as bactérias.
Barbosa Rodrigues, João
Naturalista brasileiro (1824-1909), nascido em Minas Gerais.
Foi o primeiro diretor do Jardim Botânico do Rio de Janeiro
após a Proclamação da República. Realizou numerosas excursões
botânicas na região amazônica, tendo descoberto uma grande
quantidade de espécies de palmáceas e orquidáceas.
Bentham, George
Botânico inglês (1800-1884), co-autor da grande obra
denominada Genera Plantarum. Classificou numerosas plan-
tas da flora brasileira.
Bernard, Claude
Eminente fisiólogo francês (1813-1878), considerado um dos
mais ilustres representantes da ciência experimental do século
XIX. Foi o descobridor do papel do pâncreas na digestão das
matérias graxas e demonstrou a função glicógena do fígado.
Realizou, ainda, interessantes estudos sobre a irrigação san-
guínea e o sistema nervoso.
Biogênese
Teoria que admite que os seres vivos somente se originam pela
reproduçãode outros seres.
Biologia
Ciência que estuda a vida em todas as suas manifestações.
Compreende a botânica, a zoologia, a anatomia e a fisiologia,
vegetal e animal, e a Antropologia. Embora sejam constituídos
pela mesma matéria que os seres sem vida (carbono, oxigênio,
hidrogênio e outras substâncias simples), os seres vivos apre-
sentam características que os distinguem destes últimos. A
matéria viva tem uma composição química instável, pois muda
continuamente e é muito complexa. Os seres vivos obtêm do
meio substâncias diversas das que os constituem e as transfor-
mam e assimilam, crescendo, nutrindo-se, reproduzindo-se e
morrendo. O elemento básico que constitui os seres vivos é a
célula.
Bioma
Comunidade clímax adaptada a uma determinada região.
Biometria
Estudo estatístico das dimensões dos seres vivos e de seus
órgãos.
Bioquímica
Ciência que estuda os fenômenos químicos nos seres vivos.
Biosfera
Camada superficial da Terra na qual é produzida a vida. Nela,
a vida não se acha distribuída regularmente, mas se concentra
em regiões favoráveis à sua existência e perpetuação.
Boca
Cavidade destinada a ingerir os alimentos, na qual ocorre a
mastigação e insalivação. Na boca estão localizados os dentes,
a língua e as glândulas salivares, órgãos que auxiliam no pro-
cesso de digestão dos alimentos.
Botânica
Ciência que estuda os vegetais, desde a estrutura ou morfologia
das plantas, sua fisiologia e evolução, até suas utilidades e
nocividade. A palavra botânica é derivada da língua grega e sig-
nificava originariamente forragem, erva. A despeito do significa-
do restrito, o vocábulo foi consagrado para designar a ciência
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que se ocupa do conhecimento das plantas. Nas primeiras fases
de seu desenvolvimento, muito antes da Era Cristã, a botânica se
ocupava apenas do que se referia às plantas medicinais e ali-
mentícias. Pouco a pouco, transformou-se na grande ciência do
reino vegetal, desenvolvendo-se e subdividindo-se em outras
ciências afins, como a bacteriologia (estudo especializado das
bactérias), a fitopatologia (estudo das enfermidades das plantas),
a silvicultura (estudo especializado das florestas), a horticultura
(estudo das plantas hortícolas e ornamentais) e a agronomia
(que se ocupa do estudo e exploração das plantas úteis).
Brasil, Vital
Ilustre cientista brasileiro (1865-1950). Nascido em Minas
Gerais. Dedicou sua vida à pesquisa científica, tendo sido des-
cobridor do soro antiofídico.
Brown, Robert
Botânico inglês (1773-1858). Descobriu o movimento
oscilatório das partículas infinitamente pequenas nos líquidos,
o qual recebeu o nome de movimento browniano.
Buf fon, Conde de
George Louis Leclerc (1707-1788). Naturalista francês, sob
cuja direção foi escrita e publicada uma grande obra sobre
História Natural, composta de 44 volumes.
Bulbo
Órgão do sistema nervoso central, está localizado acima da
medula espinhal. Exerce as funções de condutor de impulsos
nervosos, comanda o ritmo cardiorrespiratório e certos atos
reflexos, como deglutição, sucção, mastigação, vômito, tosse,
secreção lacrimal e piscar dos olhos.
c
Caloria
Unidade de calor gerada nos organismos pela ingestão dos
alimentos.
Camada de ozônio
Camada que envolve a Terra há aproximadamente 400 milhões
de anos. Sua formação se deve ao processo de fotossíntese re-
alizado pelas microscópicas algas azuis, que produziram oxi-
gênio para formar uma camada de 15 a 50 quilômetros na
estratosfera, composta por um gás especial, o ozônio, capaz de
impedir a passagem dos raios ultravioleta, que, em excesso,
podem ser prejudiciais à vida.
Caminho do sangue
O sangue chega ao coração vindo de todas as partes do orga-
nismo pelas veias cavas superiores e inferiores e desemboca no
átrio direito. Passa para o ventrículo direito pela válvula
tricúspide. Com a contração dos ventrículos (sístole), o san-
gue sai pela artéria pulmonar, indo até os pulmões, onde ocor-
re a hematose; volta ao coração pelas veias pulmonares (em
número de quatro), que desembocam no átrio esquerdo, e sai
pela artéria aorta, sendo distribuído para todo o organismo.
Canal deferente
Órgão do sistema reprodutor masculino. Parte dos epidídimos,
onde tem um calibre maior, e passa pelas virilhas. Em seguida
atravessa a cavidade abdominal, contorna a base da bexiga e
sofre uma dilatação denominada ampola, na qual recebe o lí-
quido seminal fabricado pela vesícula seminal. Em seguida
atravessa a próstata, recebendo o líquido prostático, e vai eli-
minar o esperma ou sêmen (conjunto dos espermatozóides e
dos líquidos seminal e prostático) pela uretra.
Capilares
Vasos de calibre fino e permeáveis.
Caracteres
Particularidades morfológicas, fisiológicas ou psíquicas que
servem para distinguir alguns seres dos outros, ainda que da
mesma espécie.
Caracteres adquiridos
Assim são chamados os caracteres que não são herdados. São
os que provêm das condições do meio em que os seres se desen-
volvem, como as mutilações, as modificações patológicas, os
efeitos das enfermidades parasitárias e infecciosas, a ação da
luz, a temperatura, a umidade e outros agentes naturais, além
dos efeitos da própria atividade ou inatividade dos indivíduos
ou seus órgãos, hábitos e vícios de ordem psíquica.
Carnívoros
Ordem da classe dos mamíferos, formada por animais de cabe-
ça forte, cérebro volumoso e com numerosas circunvoluções;
maxilares curtos, grande desenvolvimento das arcadas zigo-
máticas; dentes incisivos pequenos, caninos muito desenvol-
vidos e fortes, numerosos molares (pré-molares, carniceiros
e grandes molares); membros robustos; dedos com garras
não-retráteis.
Caxumba
Doença de origem virótica. Apresenta como sintomas febre e
inchaço das glândulas salivares. É transmitida pelo contato
com a saliva de pessoas contaminadas. Para prevenir a doença
deve-se tomar a vacina e colocar os doentes em quarentena.
Não há tratamento específico para a caxumba, entretanto, para
evitar complicações, é utilizada a penicilina.
Célula
O elemento fundamental de todos os seres vivos. É um orga-
nismo, o mais simples, constituído por uma massa de matéria
viva ou protoplasma, que contém uma parte mais densa ou
núcleo, granulações e inclusões, leucitos sólidos ou líquidos,
vacúolos ou hidroleucitos, e envolvido por uma membrana,
que nos vegetais é sempre constituída pela celulose.
membrana plasmática espaço intercelular
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Biologia
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Célula-mãe
Célula que, por divisão, dá origem a outras ou a um tecido.
Centríolos
São organelas encontradas em células animais e nas de alguns
vegetais inferiores. São capazes de autoduplicação. Duplicam-se
durante a divisão celular e migram para os pólos da célula,
orientando o processo de divisão.
Centro celular
Nome dado ao conjunto formado por um par de centríolos.
Centrolécito
Óvulo com vitelo envolvendo o núcleo, ou seja, mais no centro
da célula. A zona periférica do citoplasma não contém vitelo. É
comum nos insetos.
Centrômero
Região do cromossomo que se liga às fibras do fuso acromático
nas divisões celulares.
Cerebelo
Órgão do sistema nervoso central, está situado abaixo do cére-
bro e atrás da ponte. É o órgão que regula o equilíbrio corpo-
ral. Está conectado a receptores periféricos localizados no
ouvido interno e que enviam mensagens aos centros de contro-
le do equilíbrio localizados no cerebelo. Além disso, recebe
informações sobre articulações, músculos e visão.
Cérebro
É o local onde nossas sensações, nossas funções motoras são
controladas. É o centro da memória e do intelecto. Cerca de
80% dos neurônios do encéfalo estão localizados nele. O
cerébro está separadoem dois hemisférios, unidos por uma
região denominada corpo caloso. Cada hemisfério é dividido
em quatro regiões denominadas lobos: o frontal, o parietal, o
temporal e o occipital.
forma sólida, como neve ou granizo, voltando novamente a
água à terra. No ciclo longo, participam os seres vivos. As
plantas absorvem água do solo, que é fundamental para a rea-
lização da fotossíntese. Posteriormente a água é liberada pelos
processos da respiração e transpiração das plantas. Em função
desses processos, as florestas tropicais densas estão sempre
úmidas, contribuindo para a manutenção do clima da Terra.
Chagas, Carlos Ribeiro Justiniano
Cientista brasileiro (1879-1934). Erradicou a malária da cidade
de Santos. Em 1909, concluiu as pesquisas para debelar a
tripanossomíase, conhecida como doença de Chagas. Em 1918,
chefiou a campanha contra a gripe espanhola no Rio de Janeiro.
Ciclo da água
A água é o composto inorgânico mais abundante, tanto na
constituição dos seres vivos como no ambiente. O ciclo da água
pode ser dividido em curto e longo. No ciclo curto as águas
contidas nos mares, rios, lagos e a que se encontra misturada
com o solo são aquecidas pelo calor do sol, evaporam-se do
ambiente e se condensam em forma de nuvens na atmosfera,
devido ao resfriamento em maiores altitudes. Depois, ocorre a
precipitação na forma líquida, como chuva ou neblina, ou na
Ciclo do carbono
O carbono é um elemento disponível na atmosfera. Os seres
fotossintetizantes o retiram dela pelo processo da fotossíntese.
O carbono é encontrado sob duas formas: na forma de CO2
(dióxido de carbono), existente no ar na água, e na composição
das moléculas dos seres vivos e nos depósitos de combustíveis
fósseis, como o carvão e o petróleo. Pelo processo da
fotossíntese, o CO2 é fixado e transformado em matéria orgâ-
nica pelos produtores. Os consumidores adquirem carbono
ingerindo a matéria orgânica. Tanto os animais como os vege-
tais perdem carbono pela respiração. O carbono que fica retido
na biomassa retorna à terra pelos excrementos e cadáveres dos
animais e restos dos vegetais, que serão decompostos em ele-
mentos químicos pela ação dos decompositores. O ser huma-
no interfere no ciclo do carbono na medida em que remove
cobertura vegetal, por derrubada ou queimada de florestas, e
polui os mares, com derramamento de petróleo, impedindo
que a luz penetre na água e, em conseqüência, a realização da
fotossíntese pelos vegetais aquáticos, o que desequilibra toda
a cadeia alimentar do ambiente.
Ciclo do nitrogênio
Por fazer parte das moléculas dos ácidos nucléicos, das proteí-
nas, da clorofila e de alguns outros compostos, o nitrogênio
(N2) é de fundamental importância para a vida na Terra. O
nitrogênio é encontrado forma N2 (gás nitrogênio) e represen-
ta 78% de todo o ar atmosférico. São raros os seres vivos que
aproveitam o nitrogênio diretamente da atmosfera. Alguns
microrganismos, conhecidos como fixadores de nitrogênio,
possuem a capacidade de fixar o nitrogênio em suas moléculas
orgânicas.
Assimilação
pelos herbívoros
Bactérias
denitrificantes
Decompositores
Bactérias fixadoras
de N2 no solo
Excreção
Nitrosomonas
Nitrificação
DenitrificaçãoFixação do
nitrogênio
atmosférico
Nitrobacter
Bactérias fixadoras
de N2 nos nódulos de
raízes de leguminosas
NH3 (amônia)
NO3 (nitrato)
NO2 (nitrito)
N2 atmosférico
Absorção
de NH3 por
algums
plantas
Morte e
decomposição
Absorção
pelas
raízes
–
–
CÓRTEX MOTOR
Controla os músculos
voluntár ios
1 – LOBO FRONTAL
2 – LOBO PARIETAL
3 – LOBO TEMPORAL
4 – LOBO OCCIPITAL
5 – BULBO
CÓRTEX
PRÉ-MOTOR
Controla os
movimentos
inconscientes,
como o balanço
dos braços
quando você
anda
ÁREA
PRÉ-
FRONTAL
É a área
encar regada
das
at iv idades
intelectuais
ÁREA DE
BROCA
Fica no lado
esquerdo do
cérebro e
controla os
músculos da
fala
CEREBELO
Cuida do
equilíbrio do
corpo. Sem
ele, você teria
de se
concentrar em
cada passo
CENTRO VISUAL
Na parte de trás do
cérebro, é a área
responsável pela
recepção e
interpretação dos
estímulos visuais
CENTRO
AUDITIVO
CAMPO DO
OLHO FRONTAL
CÓRTEX
SOMATO-SENSORIAL
Recebe e analisa os
impulsos enviados pelos
órgãos dos sentidos
espalhados pelo corpo
inteiro
ÁREA MOTORA
SUPLEMENTAR
1 2
3
4
5
Ciclo da água
Evapotranspiração
Resp i ração
Transp i ração
Gutação
C h u v a
Evaporação
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Suplemento de Pesquisa e Informação
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Ciclo do oxigênio
O oxigênio surgiu na Terra pela ação da fotossíntese, e cerca de
21% da atmosfera terrestre são constituídos de oxigênio (O2)
livre. O oxigênio pode ser encontrado também dissolvido na
água, mas em percentual menor. O oxigênio é utilizado nas
atividades respiratórias dos os animais e vegetais. É um gás
comburente, ou seja, alimenta as combustões. Forma a camada
de ozônio (O3), que protege a Terra contra a ação dos raios
ultravioleta. Pela ação dos seres fotossintetizantes, principal-
mente o fitoplâncton, o oxigênio volta à atmosfera.
Citologia
Ciência que trata do estudo das células.
Citoplasma
Protoplasma celular, excluído o núcleo.
Clone
Conjunto de indivíduos descendentes de outros, pela multipli-
cação assexuada. Produto obtido da clonagem.
Clorofila
Pigmento verde das plantas. É encontrada nos cloroplastos.
Absorve energia solar, possuindo efeitos espectrais de
catalisador na fotossíntese dos hidratos de carbono.
Código genético
Sistema de informação em que determinada seqüência de bases
nitrogenadas tem um significado específico; a informação co-
dificada em cada trinca de bases no DNA é transcrita para o
RNA e, posteriormente, traduzida na seqüência de aminoácidos
na proteína.
Coluna vertebral
Pertencente ao esqueleto axial, é formada por ossos articulados
denominados vértebras. Na espécie humana, há 33 vértebras,
cada uma apresentando as seguintes partes: o corpo, os arcos e
as apófises (prolongamentos vertebrais). Como as vértebras se
dispõem umas sobre as outras, o conjunto de arcos neurais for-
ma o canal vertebral, em cujo interior está a medula espinhal.
As costelas formam a caixa torácica, em um total de são 12 pares.
Na parte posterior, prendem-se as apófises da coluna vertebral.
Na parte anterior do tronco, os dez primeiros pares presos ao
esterno e os dois últimos livres são as costelas flutuantes.
Ciclos biogeoquímicos
A vida na Terra se desenvolve por constante reciclagem de
nutrientes. Os mesmos elementos químicos circulam nas ca-
deias biogeoquímicas e estão presentes ora nos seres vivos, ora
no meio externo. Nos ciclos biogeoquímicos, os seres
decompositores – bactérias e fungos –, desempenham um pa-
pel primordial. Com a morte do organismo, a matéria é de-
composta por eles, e os elementos químicos resultantes são
novamente colocados à disposição do ambiente e de outros
seres vivos. Na biosfera, ocorrem vários ciclos biogeo-
químicos, como o ciclo da água, do carbono, do nitrogênio
etc.
Circulação humana
A circulação humana pode ser definida como fechada, dupla e
completa, semelhante ao que ocorre em todos os mamíferos.
Consumidor
Ser vivo que depende de outros seres vivos para obter seu ali-
mento. O mesmo que heterótrofo.
Ciclo do oxigênio
R
ai
os
 
ul
tra
vi
ol
et
as
O3 (ozônio)O2 atmosférico
Combustão
R
e
sp
i r
a
çã
o
F
ot
os
sí
nt
es
e
A lgas
R
esp i ração
O2 + metais = óxido metálico
Coluna vertebral
Vista anterior Vista lateral esq.
Coluna
cervical
Co luna
torácica
Coluna
lombar
C ó c c i x
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Biologia
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Coração
É um órgão musculoso e oco, situado no tórax, entre os pul-
mões, voltado para o lado esquerdo. A musculatura dotada de
movimentos é o miocárdio. O miocárdio é revestidoexterna-
mente por uma membrana serosa – o pericárdio –, e interna-
mente pela membrana serosa endocárdio. O coração apresenta
quatro cavidades: duas aurículas ou átrios e dois ventrículos.
A aurícula direita comunica-se com o ventrículo direito pela
válvula tricúspide, e a aurícula esquerda comunica-se com o
ventrículo esquerdo por meio da válvula mitral.
Córtex cerebral
A superfície mais externa do cérebro recebe o nome de córtex
cerebral e é formada pelo corpo dos neurônios, o que dá à
região uma cor acinzentada. As fibras (axônios e dentritos) dos
neurônios, que saem e chegam ao córtex cerebral, estão situa-
das mais internamente e constituem a substância branca, em
função da mielina que envolve os axônios.
Crânio
Caixa óssea ou cartilaginosa pertencente ao esqueleto axial.
Tem a função de proteger principalmente os órgãos dos sen-
tidos e o encéfalo. O crânio compreende o neurocrânio, que
protege o encéfalo, e o esplancnocrânio, que constitui a face.
Cromossomos
Filamentos de DNA, RNA e proteínas compostos por um con-
junto de genes.
Cromossomos homólogos
São cromossomos que formam pares, sendo idênticos na for-
ma e tamanho. Encontrados nas células diplóides, são com-
postos por genes que determinam os mesmos caracteres.
Crustáceos
Grande classe do ramo dos artrópodes, constituída quase
exclusivamente por animais aquáticos que respiram por
brânquias. Seu tegumento é duro, formado por quitina
impregnada de sais calcários. Geralmente o corpo é dividido
em três regiões, em cada umas das quais estão diferentes ór-
gãos e apêndices. Ex.: lagosta, camarão etc.
Cuvier, Georges
Naturalista francês (1769-1832). Criador da anatomia com-
parada e da paleontologia. Sua grande obra, O reino animal,
foi publicada em 1819.
Cordão umbilical
Anexo embrionário exclusivo dos mamíferos. Permite a comu-
nicação entre a placenta e o embrião.
Córion
Anexo embrionário que, consiste em uma membrana que se
encontra justaposta à casca do ovo, nos répteis e nas aves, e
reveste a parede uterina nos mamíferos. Tem por função envol-
ver e proteger o embrião.
D
Daltonismo
Incapacidade de distinguir certas cores do espectro visível.
Alguns tipos de daltonismo têm base genética ou hereditária,
herança essa ligada ao cromossomo sexual X.
Darwin, Charles
Naturalista e fisiologista inglês (1809-1882). Defensor da
teoria evolucionista e fundador da teoria da seleção natural.
Jovem ainda, realizou uma viagem ao redor do mundo, que
durou cinco anos, tendo passado pelo Brasil, onde se demo-
rou algum tempo. Sua obra fundamental é A origem das es-
pécies por meio da seleção natural. Além dessa, publicou
muitas obras, entre as quais está a polêmica A origem do
homem.
De Candolle, Augustin Pyramus
Botânico suíço (1778-1841). Um dos criadores da geografia
botânica. Deixou vasta obra, salientando-se a denominada
Prodromus, em numerosos volumes, nos quais estão descritas
milhares de espécies botânicas.
Dengue
Doença infecciosa de origem virótica, transmitida pela picada
de dois mosquitos: a fêmea do Aedes aegypti e a fêmea do Aedes.
O mosquito Aedes aegypti é o mais comum no Brasil e apresen-
ta as seguintes características: porte pequeno, cor escura, nor-
malmente vive em regiões urbanas e se reproduz em água pa-
rada, como lagos e lagoas, ou dentro de pneus, garrafas e vasos,
onde a água fica depositada. servindo de criadouro para o
mosquito. A doença se caracteriza pelos seguintes sintomas:
febre súbita, dores musculares intensas, dores nas articula-
ções, cefaléia, náuseas, vômitos, falta de apetite, diarréia,
fotofobia (aversão à luz), lacrimação e manchas vermelhas pelo
corpo. Os sintomas da dengue geralmente se manifestam após
dias, período em que o vírus permanece incubado. Existem
dois tipos de dengue: a clássica ou comum (cujos sintomas
estão acima) e a hemorrágica. Além dos sintomas da dengue
clássica, a variante hemorrágica também pode apresentar qua-
dro de hemorragias digestivas, distúrbios do processo de co-
agulação do sangue, aumento do tamanho do fígado e altera-
ções da pressão arterial, podendo levar à morte quando não
tratada adequadamente. A medida profilática mais eficaz é o
extermínio do agente vetor, que é o mosquito. Para tanto,
devem ser eliminados locais onde o Aedes aegypti se repro-
duz, adotando atitudes como: tampar caixas-d´água, não dei-
xar vasilhames com água parada, usar telas protetoras nas
janelas, usar inseticidas, desinfetantes etc.
artéria
pulmonar
Coração humano: aspecto internoveia cava superior
artéria aorta
artéria
troncopulmonar
átrio direito
válvula
Tr icúsp ide
veia cava inferior
ventrículo direito
miocárdio
endocárd io
ventrículo
esquerdo
válvula mitral
átrio esquerdo
veias pulmonares
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Dentes
Auxiliam na trituração e mastigação dos alimentos. Um dente
é formado de três partes: coroa, colo e raiz, e por algumas
camadas: a mais externa é o esmalte, em seguida, a dentina, e
mais interna é a polpa. Na polpa existe uma arteríola, uma
vênula e um nervo. A raiz é revestida pelo cemento, que é um
tecido ósseo.
Diplóide
Núcleo celular que possui 2n cromossomos.
Divisão binária ou cissiparidade ou bipartição
Reprodução assexuada, comum nos seres unicelulares. A célu-
la é o próprio organismo; divide-se em duas partes iguais, que
passam a ser novos organismos. A grande maioria das bacté-
rias, protozoários e algas unicelulares se reproduz assexuada-
mente por divisão binária.
Divisão celular
Processo pelo qual uma célula se divide em duas outras. É por
esse processo que células procariontes e eucariontes se repro-
duzem. A mitose das células eucariontes é um tipo de divisão
celular.
Divisão múltipla
É o processo de reprodução assexuada em que um organismo
se divide em várias partes, e cada uma delas se desenvolve em
um novo indivíduo. Esse processo pode ocorrer em organis-
mos unicelulares ou pluricelulares. A divisão múltipla pode
ser subdividida em: esporulação – a reprodução ocorre pela
liberação de esporos e, quando esses encontram condições fa-
voráveis a sua germinação, desenvolvem-se em novos organis-
mos; esporos são células haplóides, independentes, que ger-
minam sem ser fecundados; estrobilização – consiste em uma
fragmentação transversal que ocorre em animais pluricelulares,
como os celenterados ou cnidários, nos quais o pólipo – forma
fixa do animal – se estrobiliza e cada parte que se destaca forma
um novo ser; brotamento ou geniparidade – consiste no apare-
cimento de brotos ou gêmulas na superfície do corpo de alguns
organismos, que podem ou não se destacar do corpo parental;
quando se mantêm ligados, constituem uma colônia e, quando
se destacam, dão origem a indivíduos independentes; tal pro-
cesso é comum em poríferos; regeneração – consiste em rege-
nerar partes perdidas do corpo, ou a partir de partes do corpo
formar um novo indivíduo; é comum nas planárias e equino-
dermos; partenogênese – consiste no desenvolvimento embrio-
nário do óvulo sem que ocorra fecundação; os indivíduos re-
sultantes são haplóides; nas abelhas, os ovos fecundados
originam sempre fêmeas, e os não-fecundados originam sem-
pre machos, conhecidos como zangões; portanto, todos os
machos entre as abelhas são partenogenéticos.
DNA (ácido desoxirribonucléico)
Ácido nucléico constituído por um açúcar de cinco carbonos
(desoxirribose), fosfatos e pelas bases nitrogenadas adenina,
guanina, citosina e timina. A molécula de DNA é filamentosa,
de cadeia dupla, em arranjo helicoidal (dupla hélice). No DNA
as informações hereditárias estão escritas em código.
Doença de Chagas
Foi descoberta por Carlos Chagas, pesquisador brasileiro,
uma doença causada pelo protozoário flagelado Trypanosoma
cruzi. Essa doença é transmitida pelo Triatoma infestaus, co-
nhecido como barbeiro ou chupança. O contágio do barbeiro
ocorre daseguinte maneira: o protozoário vive normalmente
no organismo de animais silvestres, como tatus, tamanduás,
gambás, raposas, macacos, morcegos e outros. O barbeiro, ao
sugar o sangue desses animais, adquire o protozoário e se
transforma em um transmissor da doença de Chagas. Esse
inseto possui hábitos noturnos e vive em frestas de parede,
chiqueiros ou paióis. À noite deixa seus esconderijos e vai
Diencéfalo
Órgão do sistema nervoso central, é constituído pelo tálamo e
hipotálamo. O hipotálamo contém centros de controle da tem-
peratura corporal, do apetite, da sede, do sono e de algumas
emoções. Está ligado à hipófise, principal glândula endócrina,
situada na base do cérebro, a qual controla o sistema hormonal.
O tálamo recebe as informações sensoriais e as redireciona às
áreas específicas do cérebro.
Digestão humana
O sistema digestório é formado por um longo tubo, que se
estende da boca ao ânus. Entre a boca e o ânus, podem ser
encontrados os seguintes órgãos intermediários: faringe,
esôfago, estômago e intestinos (delgado e grosso). Também
fazem parte do sistema digestório, as glândulas anexas, produ-
toras de secreções que são lançadas no tubo digestivo, auxili-
ando no processo da digestão. São elas: as glândulas salivares,
o fígado e o pâncreas.
Os constituintes de um dente humano
c o r o a
r a i z
esmalte
dentina
cavidade da polpa
gengiva
cemento
nervos e vasos
sanguíneos
Sistema digestório humano
b o c a
glândulas
sal ivares
traquéia
esôfago
fígado
vesícula
biliar
intestino
delgado
duodeno
jejuno
íleo
c e c o
apêndice â n u s re to
có lon
descendente
có lon
ascendente
có lon
t ransversa l
intestino
g r o s s o
pâncreas
estômago
faringe
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sugar o sangue das pessoas enquanto dormem. Ao sugar o
sangue, o inseto elimina fezes contaminadas de tripanossomas.
A vítima normalmente coça o local, favorecendo a entrada do
protozoário pelo orifício da picada. Alcançando a corrente
sanguínea, o protozoário Trypanosoma cruzi instala-se princi-
palmente em órgãos musculosos como o coração, provocando
taquicardia e dilatação do órgão (megalocardia), atacando tam-
E
Ecologia
Estudo dos seres vivos e suas relações com o meio ambiente.
Ecossistema
Sistema formado pelas comunidades biológicas em interação
com os fatores do meio.
Efeito estufa
Aquecimento anormal da superfície terrestre provocado pelo au-
mento da concentração de certos gases na atmosfera (gás carbô-
nico e metano), o que altera o equilíbrio termodinâmico do Planeta.
Elementos biogenéticos
São os elementos químicos que formam parte dos seres vivos.
Os oito elementos químicos estão sempre presentes na matéria
viva: hidrogênio, carbono, nitrogênio, oxigênio, magnésio,
fósforo, enxofre e potássio. Os seis elementos químicos a se-
guir estão freqüentemente presentes: sódio, silício, cloro, cál-
cio, manganês e ferro; e os seguintes só excepcionalmente são
encontrados nos seres vivos: alumínio, cobre, bromo,
estrôncio e iodo.
Embriogênese
Desenvolvimento embrionário. O embrião pode desenvolver-
se fora do organismo maduro – comum nos ovíparos (insetos,
répteis e aves) – ou dentro do organismo materno – comum
nos vivíparos (mamíferos). As divisões iniciais do zigoto são
denominadas clivagem, e as células resultantes, blastômeros. As
mitoses nos blastômeros sucedem com rapidez, dando origem
a uma massa multicelular compacta, que lembra uma amora.
Nessa fase, o embrião é chamado de mórula. Nesse momento,
nos ovos cuja quantidade de vitelo é pouca, como é o caso do
óvulo humano, as clivagens ou divisões separam o ovo total-
mente. Nos ovos com grande quantidade de vitelo, as clivagens
só ocorrem na região do núcleo, denominada cicatrícula. Po-
demos falar, então, que nesse segundo caso a clivagem pode ser
parcial ou incompleta. Em seguida, na fase de blástula, as cé-
lulas se afastam e formam uma cavidade interna cheia de líqui-
do. A partir desse momento, o conjunto passa a chamar-se
blástula e a cavidade, blastocela. Em seguida, na fase de
gástrula, ocorrem inúmeras diferenciações no conjunto de
células; camadas de células se formam e se diferenciam, dando
origem à gástrula, no processo de gastrulação. Nesse período,
formam-se os primeiros tecidos embrionários, que nada mais
são que camadas de células. A camada mais externa recebe o
nome de ectoderme. A partir da ectoderme, formam-se a
epiderme (camada externa da pele) e o sistema nervoso. A ca-
mada mais interna é a endoderme, que envolve a cavidade do
éntero (que substitui a blastocele e origina o intestino primi-
tivo). Comunica-se com o exterior por uma abertura denomi-
nada blastóporo. Na fase de gástrula, alguns animais desenvol-
vem apenas dois folhetos germinativos, que são a ectoderme e
a endoderme (denominam-se animais diblásticos); outros de-
senvolvem três folhetos germinativos, que são a ectoderme, a
mesoderme e a endoderme (animais triblásticos). A partir da
mesoderme, formam-se o sistema de locomoção (ossos e mús-
culos), o sistema circulatório e o sistema excretor. A meso-
derme pode separar-se e desenvolver duas camadas, que pas-
sam a delimitar uma cavidade – o celoma. Mas há animais
triblásticos nos quais a mesoderme não apresenta celoma, ou
seja, a mesoderme não se separa – são denominados animais
acelomados. Outros apresentam um falso celoma, ou seja, a
mesoderme delimita apenas um lado da cavidade; são os
pseudocelomas. Nos animais com celoma verdadeiros, os
1 - Os tripanossomos se 
multiplicam assexuadamente 
no intestino do percevejo, 
cuja porção final fica repleta 
das chamadas formas 
infectantes. Os barbeiros 
possuem hábitos noturnos. À 
noite, saem de suas tocas à 
procura de alimento. 
Encontram pessoas 
dormindo e picam, de 
preferência, a pele delicada 
2 - Ao picarem, defecam e libertam as formas infectantes dos parasitas. A 
picada não dói: os insetos possuem na saliva uma substância anestesiante. 
Passado o efeito do anestésico, a pessoa se coça e introduz os 
tripanossomos que estavam nas fezes do barbeiro no local da picada. 
Portanto, a transmissão dos parasitas não ocorre pela picada.
3 - Uma vez na pele, os 
tripanossomos invadem 
células do tecido conjuntivo 
e assumem a forma esférica, 
intracelular. Multiplicam-se 
ativamente e após alguns 
dias arrebentam as células e 
se libertam no sangue, agora 
com a forma alongada.
4 - Pela corrente sanguínea 
espalham-se e atingem 
outros órgãos, entre eles o 
6 - Pessoas 
contaminadas, ao serem 
picadas por barbeiros, 
dão continuidade ao ciclo 
5 - No tecido cardíaco, assumem novamente a 
forma esférica, proliferam, formam ninhos cheios 
de parasitas e destroem inúmeras células 
cardíacas, a principal conseqüência lamentável 
bém a musculatura do esôfago e dos intestinos. Para evitar a
doença, deve-se combater o barbeiro, substituir casas de pau-
a-pique e de madeira por construções de alvenaria, restringir
o contato com animais silvestres contaminados e não ingerir
carne crua, além de evitar transfusões de sangue de procedência
desconhecida. Mães portadoras podem transmitir a doença ao
filho pela placenta.
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Suplemento de Pesquisa e Informação
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celomados, a cavidade celomática é delimitada pela mesoderme.
No final da fase de gástrula, com o início da formação do tubo
nervoso dorsal e da notocorda, a ectoderme é dobrada e as
bordas superiores se soldam, originando um tubo denomi-
nado neural. Abaixo do tubo neural, forma-se um cordão
longitudinal, denominado notocorda, que serve de eixo de
sustentação para o embrião. Completam o sistema nervoso o
tubo nervoso e a notocorda, definindo-o, osquais dão início
formação dos órgãos e sistemas. Ocorre nessa fase o desen-
volvimento da mesoderme, que passa a ocupar todos os espa-
ços entre a endoderme e a ectoderme e se divide em partes
denominadas somitos. A partir dos somitos, são formadas as
vértebras (ossos da coluna), a musculatura esquelética (mús-
culos que se ligam aos ossos) e a derme (camada inferior à
epiderme).
Encéfalo
Na superfície do cérebro, encontram-se sulcos que se dilatam
em giros também chamados de córtex cerebral. O encéfalo é a
região mais desenvolvida do cérebro, onde se processa e arma-
zena a maior parte das informações. Entre os animais, o ho-
mem é o que apresenta o maior cérebro em relação ao tamanho
do corpo.
Epitélio glandular ou de secreção
Formado por células especializadas na produção de secre-
ções, excretadas através das glândulas exócrinas ou de secre-
ção externa, ou das glândulas endócrinas. As primeiras apre-
sentam ductos por onde secretam substâncias para fora do
organismo – como as glândulas sudoríparas e lacrimais – ou
para o interior de um órgão oco – como as glândulas saliva-
res e digestivas. Já as glândulas indócrinas não possuem
ductos e lançam suas secreções diretamente no sangue. Por
isso, suas secreções são chamadas hormônios. Exemplos:
hipófise, tireóide, gônadas etc. As glândulas anfícrinas ou
mistas tanto apresentam ductos excretores como produzem
hormônios, atuando como glândulas endócrinas e exócrinas
ao mesmo tempo. O exemplo mais comum é o pâncreas, que,
em sua ação exócrina, produz suco pancreático, o qual lança
no duodeno (porção inicial dos intestinos); sua ação
endócrina, por sua vez, produz os hormônios glucagon e
insulina, que são lançados diretamente no sangue, onde con-
trolam a taxa de açúcar.
Esôfago
Canal musculoso, com movimentos peristálticos involuntários,
controlados pelo sistema nervoso autônomo. O esôfago atra-
vessa o tórax, ligando a faringe ao estômago. Suas fortes con-
trações peristálticas empurram o alimento em direção ao estô-
mago. A entrada do alimento nesse órgão é controlada pela
válvula cárdia.
Espécie
Conjunto de indivíduos semelhantes, potencialmente capazes
de se cruzar, produzindo descendência fértil. Toda classifica-
ção em botânica tem base na noção de espécie.
Espermatogênese
Formação do gameta masculino – o espermatozóide, uma
célula minúscula, altamente especializada, com formato
hidrodinâmico, cujas características constituem adaptações
que facilitam sua locomoção em meio líquido. A cabeça –
parte volumosa da célula – é formada pelo núcleo, o qual se
encontra envolvido por uma fina camada de citoplasma. Na
parte anterior da cabeça, há uma bolsa cheia de enzimas di-
gestivas, originada do complexo de Golgi e denominada
acrossomo, cuja função é perfurar o óvulo no momento da
fecundação. Após a parte intermediária, existe o flagelo, cujos
movimentos permitem a locomoção dos espermatozóides até
o óvulo (gameta feminino). Sua formação compreende qua-
tro fases: Fase germinativa ou de multiplicação: células
germinativas, diplóides, precursoras dos espermatozóides,
dividem-se por mitose, originando as espermatogônias, que
são células diplóides. No sexo masculino, a fase de multipli-
cação pode ocorrer durante toda a vida do indivíduo; Fase de
crescimento: é uma fase rápida, em que as espermatogônias se
tornam maiores, passando a denominar-se espermatócitos I,
ou de primeira ordem, ou simplesmente cito I. Até essa fase
de crescimento, as células são diplóides; Fase de maturação:
os espermatócitos de primeira ordem passam por meiose,
originando quatro células haplóides, que podem apresentar
caracteres diferentes devido à ocorrência de crossingover e
permutas gênicas no início da divisão I da meiose. Na pri-
meira divisão meiótica, cada espermatócito de primeira or-
dem origina dois espermatócitos de segunda ordem – ou
citos II –, que já, são células haplóides. Na segunda divisão
Entomologia
Estudo e classificação dos insetos.
Epidemia
Surto de doença que se espalha rapidamente, atingindo grande
número de indivíduos de uma população.
Epidídimos
Órgãos do sistema reprodutor masculino. Partem dos túbulos
seminíferos e têm um calibre maior. Sua função é armazenar
temporariamente os espermatozóides.
Epitélio de revestimento ou protetor
Apresenta células justapostas, praticamente desprovidas de
substâncias intersticiais (intercelulares) e de formas diversas
(cilíndricas, cúbicas, achatadas), adaptando-se melhor às fun-
ções que desempenham. Os epitélios de revestimento são clas-
sificados em: epitélio simples, quando apresenta uma única
camada de células, e epitélio estratificado, quando apresenta
duas ou mais camadas. As células que compõem o epitélio de
revestimento não são alimentadas pelo sangue, pois ele é des-
provido de vasos sanguíneos; o transporte de substâncias se dá
por osmose com as células vizinhas. As principais funções do
epitélio de revestimento são: proteção – protege o corpo contra
atritos, desidratação, substâncias tóxicas presentes no meio
ambiente e entrada de microrganismos (bactérias, vírus); ab-
sorção – mucosa interna dos intestinos; e transporte – de gases
nos alvéolos pulmonares.
O encéfalo e a medula formam o sistema nervoso central humano
céreb ro
cerebelo
ponte
bu lbo
medula
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da meiose, cada espermatócito II origina duas células
haplóides, denominadas espermátides; fase de diferenciação
ou espermiogênese: cada espermátide sofre grandes transfor-
mações, dando origem aos espermatozóides.
a ação desse hormônio, as células da região fúndica passam a
produzir o suco gástrico, que contém ácido clorídrico e
pepsinogênio. O ácido clorídrico apresenta o pH ácido (por
volta de 2), e, em meio ácido, o pepsinogênio é transformado
em pepsina (enzima ativa). A pepsina atua sobre as moléculas
de proteína, decompondo-as em moléculas menores, mas de
natureza protéica – as proteoses e peptonas. No estômago,
também são encontradas as enzimas mucina e remina ou lab-
fermento, que coagula o leite. Após permanecer no estômago
algumas horas, o alimento ganha o aspecto de uma massa pas-
tosa denominada quimo. Através do esfíncter pilórico, o quimo
chega ao duodeno.
Faringe
Órgão em forma de canal, comum ao aparelho respiratório. O
alimento deglutido é jogado na faringe, que se contrai volun-
tariamente, empurrando o alimento para o esôfago.
Febre amarela
Doença de origem virótica, apresenta como sintomas inflama-
ção do fígado, icterícia, vômitos sanguíneos e nefrite. A trans-
missão é feita pela picada do mosquito Aedes aegypti contamina-
do. Para prevenir a doença, deve-se tomar a vacina e exterminar
o mosquito transmissor.
Fenocópias
Existem determinados indivíduos que apresentam caracterís-
ticas fenotípicas não-hereditárias, que são produzidas por
influência do meio ambiente, imitando um mutante. Como
exemplo, temos o nanismo hipofisário, provocado por fun-
ção deficiente da glândula hipófise, que simula o nanismo
acondroplásico, determinado por genes dominantes e
transmissíveis aos descendentes.
Fenótipo
É a aparência de um indivíduo (vegetal ou animal) de determi-
nada espécie. Resulta da interação entre o genótipo e o meio
ambiente.
Fisiologia
Estudo da atividade do corpo vivo, do modo pelo qual cada
órgão exerce uma função particular, e todos, em conjunto,
operam harmoniosamente (fisiologia vegetal e fisiologia
animal).
Anatomia externa do estômago
ramo do nervo
v a g o
esôfago
fibras
muscu la res
c i r cu la res
f ibras
muscu la res
longitudinais
f ibras
muscu la res
oblíquas
pi loro
duodeno
pequena
curvatura
grande
curvatura
corpo do
estômago
fundo
gástr ico
ângulo do cárdia
bexiga urináriac o r p o s
c a v e r n o s o s
uretra
pên is
glande
epidídimo testículo
escroto
ducto
deferente
â n u s
vesícula
seminal
ducto
ejaculatório
próstata
Esqueleto apendicularConstituído pela cintura escapular e os membros anteriores, e
pela cintura pélvica com os membros inferiores. A cintura
escapular (ombro) é formada pelos ossos clavícula, escápula e
corocóide. A cintura pélvica (bacia) é formada pelos ossos íleo,
ísquio e púbis. Nos vertebrados, os membros anteriores divi-
dem-se em braço, antebraço e mão. No braço existe um único
osso – o úmero; no antebraço – dois ossos – o rádio e o ulna
(cúbito). Na mão estão o carpo, o metacarpo e as falanges. Os
membros inferiores dividem-se em coxa, perna e pé. Na coxa,
há um único osso – o fêmur; na perna, dois ossos – a tíbia e a
fíbula (perônio); e, no pé, o tarso, o metatarso e as falanges.
Esqueleto axial
É composto pelo crânio, pela coluna vertebral, pelas costelas e
pelo esterno.
Estômago
Órgão resultante da dilatação do tubo digestivo, situado na
cavidade abdominal. Sua porção inicial recebe o nome de cárdia;
apresenta na sua parte superior uma pequena curvatura e na
parte inferior uma grande curvatura. Sua parte mais dilatada
recebe o nome de região fúndica. Em sua porção final, ocorre
um estreitamento, que recebe o nome de esfíncter pilórico, o
qual faz divisa com o duodeno, início do intestino delgado.
Chegando ao estômago, o alimento estimula a produção do
hormônio gastrina pelas células da mucosa do estômago. Sob
Eucarionte
Tipo celular que apresenta sistemas membranosos e organelas
no citoplasma nesse meio, a carioteca está presente.
Evolucionismo
Teoria criada por Lamarck que supõe que as espécies se trans-
formam umas em outras.
Expiração
É a saída do ar dos pulmões, o processo inverso ao da aspira-
ção. Nele, o diafragma e os músculos intercostais relaxam.
Diminui o espaço da caixa torácica, aumenta a pressão no in-
terior dos pulmões e o ar é expelido.
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Fitoplâncton
Conjunto de seres fotossintetizantes que compõem o plâncton.
São os principais produtores do bioma aquático.
Flagelados
Protozoários providos de longos e finos prolongamentos
protoplasmáticos, chamados flagelos, que servem para a loco-
moção. Podem ser animais ou vegetais.
Flagelos
Formações celulares que servem à locomoção dos seres
unicelulares.
Flora Brasiliensis
Notável obra sobre botânica, organizada pelo naturalista ale-
mão Martius, com a colaboração de 65 botânicos de diversos
países, inclusive alguns brasileiros. É uma das maiores, se
não a maior obra, no gênero, com 40 volumes no formato in-
fólio que descrevem cerca de 200 famílias botânicas represen-
tadas na flora brasileira e 22.767 espécies vegetais (sendo
5.689 novas e 19.629 brasileiras), das quais 6.246 aparecem
em ótimas estampas.
Fósseis
São restos de origem orgânica mais ou menos petrificados,
achados nas camadas da Terra correspondentes a épocas ge-
ológicas anteriores à atual.
Função
Trabalho fisiológico que um aparelho ou sistema realiza.
Fungo
Vegetal inferior, sem clorofila. Ex.: cogumelo.
Gametogênese
Processo de formação de gametas.
Gene
Segmento de molécula de DNA, responsável pela determina-
ção de características hereditárias, que está presente em todas
as células de um organismo.
Gênero
Reunião de espécies que apresentam caracteres comuns (carac-
teres genéricos), menos gerais que aqueles que servem para
determinar as espécies.
Genes alelos
Genes que ocupam o mesmo lugar em cromossomos homó-
logos. Atuam sobre as mesmas características, podendo ou não
determinar o mesmo aspecto. Ex.: um mesmo animal pode
possuir uma alelo que determine a cor castanha do olho, e o
outro alelo, a cor azul.
Genética
Ramo da Biologia que estuda as questões ligadas à hereditarie-
dade e às leis que a governa.
Genoma
Lote completo de genes característico da espécie. Uma célula
haplóide possui um genoma, enquanto uma diplóide possui
dois.
Genótipo
Patrimônio genético de um indivíduo presente em suas célu-
las e transmitido de uma geração a outra. Não podemos ver
o genótipo de um indivíduo, mas esse pode ser deduzido por
meio de cruzamento, teste ou análise dos parentais e descen-
dentes.
Gestação
Tempo que decorre entre o momento da fecundação até o nas-
cimento do novo ser.
Glândula de Cowper ou glândulas bulbouretrais
Órgão do sistema reprodutor masculino que, sob estímulos
sexuais, produz um muco de consistência lubrificadora, com a
finalidade de auxiliar no ato sexual.
Glândulas endócrinas
São aquelas desprovidas de canais excretores; por isso, lançam
diretamente no sangue os hormônios produzidos. Determina-
da quantidade de hormônio no sangue pode estimular ou ini-
bir as atividades do órgão-alvo. Essa regulação endócrina
ocorre por meio de um mecanismo conhecido como realimen-
tação ou feedback, que pode ser negativo ou positivo. Exemplo
de feedback (retroalimentação) negativo: a adeno-hipófise
produz e libera o hormônio foliculoestimulante, que, por meio
do sangue, chega até os ovários, atuando sobre eles. Sob a ação
do hormônio foliculoestimulante, um folículo de Graaf inicia
seu processo de amadurecimento para produzir o óvulo. Du-
rante o amadurecimento, o folículo produz o hormônio
estradiol (hormônio sexual feminino). Quanto mais hormônio
foliculoestimulante vier da adeno-hipófise, mais estradiol é
produzido pelo folículo. Assim, a taxa de estradiol sobe muito
no sangue, até chegar a um nível em que, ao passar pela hipófise,
bloqueia a produção do hormônio foliculoestimulante. Está aí
um feedback negativo, pois, com a parada da produção do
hormônio foliculoestimulante, cessa também a produção de
estradiol. Exemplos de feedback positivo: a glândula adeno-
hipófise produz hormônio tireotrofina, que estimula a glându-
la tireóide a produzir o hormônio tiroxina. Aumentando o
hormônio tiroxina no sangue, a produção do hormônio
tireotrofina se reduz, fato que provoca a inibição da tireóide.
Quando o nível de tiroxina no sangue se torna baixo, a adeno-
hipófise volta a secretar tireotrofina, e o mecanismo recomeça.
Glândulas salivares
São três pares de glândulas: as parótidas, as maxilares e as
sublinguais. Sob o estímulo do aroma e do sabor dos alimen-
tos, as glândulas salivares produzem a saliva, que apresenta em
sua composição a enzima ptialina ou amilase salivar, a qual,
por sua vez, atua sobre o amido, iniciando sua digestão e trans-
formando-o em maltose. A saliva lubrifica e dilui os alimentos,
facilitando sua mastigação, gustação e deglutição.
Grande circulação ou circulação sistêmica
É a que se estabelece entre o coração e todos os tecidos do
corpo. Sua função básica é distribuir oxigênio e nutrientes para
todas as células vivas.
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Gripe
Doença de origem virótica. Seus sintomas são calafrios, febre
alta, dores de cabeça, garganta e musculares, vermelhidão da
face e olhos brilhantes. É transmitida diretamente por
gotículas expelidas por doentes e indiretamente por meio de
objetos contaminados. A vacina é ineficiente, pois o vírus é
mutante. O doente deve evitar a exposição à friagem. O pró-
prio organismo combate a enfermidade com eficiência, po-
rém podem ser usados antitérmicos e ácido acetilsalicílico
para aliviar os sintomas.
H
Hábitat
Local habitado por uma espécie.
Haplóide
Núcleo celular que possui n cromossomos.
Harvey, William
Médico e fisiologista inglês (1578-1657). Descreveu o meca-
nismo da circulação do sangue.
Hepatite
Doença de origem virótica. Apresenta os seguintes sintomas:
infecção aguda, febre, inapetência, náuseas, vômitos, mal-estar
e dores abdominais. É transmitida pelo contágio direto com
gotículas de muco e saliva, transfusão de sangue, injeção de
soro ou plasma proveniente de pessoas infectadas e seringase
agulhas contaminadas. Deve-se evitar o contato com pessoas
infectadas e esterilizar seringas e agulhas.
Heterolécitos
Óvulos com muito vitelo, o qual está mais concentrado e em
maior quantidade entre o pólo vegetativo e o pólo que contém
o núcleo. É comum nos peixes e anfíbios.
Hipófise ou pituitária
Glândula localizada na base do cérebro. Apresenta duas re-
giões distintas: a neuro-hipófise ou hipófise posterior, e uma
porção anterior à adeno-hipófise. Sabe-se hoje que ela está
sob o controle do hipotálamo (parte do sistema nervoso cen-
tral). A neuro-hipófise armazena hormônios fabricados pelo
hipotálamo.
Homeostase
Equilíbrio dinâmico entre os sistemas de um organismo, que
permite regular o estado físico do protoplasma celular, o pH
e a concentração osmótica, evitando que se desequilibre em
relação às variações do meio. Um dos principais mecanismos
da homeostase é a osmorregulação.
Homozigoto
Um indivíduo é homozigoto para um determinado caráter
quando possui os dois genes iguais, ou seja, um mesmo alelo
em dose dupla. O homozigoto produz apenas um tipo de
gameta, seja ele dominante, seja recessivo.
Hormônio adrenocorticotrófico (ACTH)
Hormônio produzido pela adeno-hipófise ou lobo anterior da
hipófise. Atua na região cortical das supra-renais, estimulando
a produção dos hormônios cortisona e aldosterona.
Hormônio antidiurético (ADH)
Hormônio fabricado no hipotálamo e armazenado pela
neuro-hipófise. Atua nos túbulos renais, promovendo a
reabsorção da água. Sua deficiência provoca o diabetes in-
sípido. O ADH é conhecido também como vasopressina.
Hormônio de crescimento ou somatotrópico
(STH ou GH)
Hormônio produzido pela adeno-hipófise ou lobo ante-
rior da hipófise. Tem como funções estimular o cresci-
mento da criança e do jovem, aumentando o número de
mitoses e da síntese de proteínas. Sua deficiência na crian-
ça provoca o nanismo. Quando é produzido em excesso,
provoca o gigantismo. Se esse problema surge na fase
adulta, provoca a acromegalia (crescimento das extremi-
dades, como mãos e pés).
Hormônio foliculoestimulante (FSH)
Hormônio produzido pela adeno-hipófise ou lobo anterior
da hipófise. Atua nos ovários, estimulando o desenvolvimen-
to dos folículos ovarianos, no interior dos quais ocorre a
maturação dos óvulos. No homem, estimula a produção dos
espermatozóides.
Hormônio luteinizante (LH)
Hormônio produzido pela adeno-hipófise ou lobo anterior da
hipófise. Atua no rompimento do folículo ovariano, o que re-
sulta na liberação do óvulo. Ocorrendo a ruptura, o folículo
transforma-se em corpo lúteo ou corpo amarelo. No homem,
atua nos testículos, estimulando a síntese de testosterona
(hormônio sexual masculino).
Hormônio melanotiófico (MSH)
Hormônio produzido pela adeno-hipófise ou lobo anterior da
hipófise. Relaciona-se com a pele em anfíbios e répteis. Nos
seres humanos e outros mamíferos, ocorre também o MSH,
mas sua atuação no organismo é desconhecida.
Hormônios
São substâncias químicas produzidas por glândulas endócrinas
ou por células isoladas e são lançadas no sangue em dois
locais distantes, estimulando ou inibindo as funções de cer-
tos órgãos-alvo.
Humboldt, Alexander von
Cientista alemão (1769-1859). Seus estudos abordaram vários
setores do conhecimento humano. Fez várias viagens de explo-
ração, nas quais, entre outras coisas, estudou as formas e ca-
racterísticas das plantas em relação ao meio em que se desen-
volvem, dando os primeiros passos para a criação da geografia
botânica.
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também a ação do suco entérico, produzido pelas células da
parede do intestino, e se transforma no quilo, que apresenta o
pH alcalino por volta de 8.
Intestino grosso
Parte do alimento não-absorvido no intestino delgado passa
para o ceco, porção inicial do intestino grosso que atravessa a
válvula ileicecal. Uma grande quantidade de água acompanha
os resíduos alimentares. A região do ceco, em sua parte infe-
rior, tem o apêndice e, em sua porção superior, o cólon ascen-
dente; em seguida, o cólon transversal, o cólon descendente e
o reto. Na região do ceco, os resíduos alimentares constituem
o bolo fecal, que, devido aos pigmentos biliares, apresenta cor
marrom. Grande parte do volume de água que acompanha o
bolo fecal é reabsorvida ao longo do intestino grosso.
Isolécitos ou oligolécitos
Óvulos com pouco vitelo, distribuído uniformemente por toda
a célula. É comum nos equinodermos (invertebrados mari-
nhos) e nos cefalocordados (como o anfioxo).
Inspiração
É a entrada de ar nos pulmões. Para que ocorra, o diafragma,
músculo que separa o tórax do abdome, se contrai e abaixa.
Os músculos intercostais se contraem e elevam as costelas,
aumentando o volume da caixa torácica e diminuindo a pres-
são no interior dos pulmões, que se dilatam ocupando todo
o espaço.
Intestino delgado
Chegando ao duodeno – porção inicial do intestino delgado
–, o quimo apresenta uma certa acidez, o que provoca uma
reação nas paredes do duodeno, o qual passa a produzir dois
hormônios: a secretina e a colecistocinina, que, por sua vez,
são lançados na corrente sanguínea. A secretina vai atuar no
pâncreas, estimulando-o a produzir o suco pancreático, que
será lançado no duodeno. O hormônio colecistocina vai atuar
sobre a vesícula biliar (bolsa armazenadora de bile, fabricada
pelo fígado), provocando contrações, até que ocorra a libera-
ção da bile, a qual é lançada no duodeno juntamente com o suco
pancreático. Além do suco pancreático e da bile, o quimo sofre
L
Lamarck, Jean Baptiste
Naturalista francês (1741-1829). Criador da famosa teoria
evolucionista, segundo a qual o aperfeiçoamento dos seres vi-
vos é obra de suas próprias atividades vitais, influenciadas por
estímulos externos e internos. As influências externas, do solo,
da umidade, da luz, calor etc., atuam sobre as plantas e os
animais. Nos animais, a essas influências se unem o uso ou
desuso que fazem de seus órgãos, daí a expressão “a função faz
o órgão’’. Com base nisso, Lamarck acreditou encontrar, entre
outros fatos que observou, justificativa para o tamanho desme-
surado do pescoço das girafas no fato de terem sido obrigadas
a esticá-lo, ao longo de gerações, para alcançar os frutos e
folhas das árvores.
Lavoisier, Antoine Laurent de
Químico francês (1743-1794). Devem-se a ele a nomenclatura
química, o conhecimento da composição do ar, a descoberta do
papel do oxigênio nas combustões e na respiração dos animais
e a formulação da lei de conservação da matéria. Na física,
efetuou as primeiras medições calorimétricas. Participou da
comissão encarregada de estabelecer o sistema métrico.
Leite
Produto de secreção das glândulas mamárias, que possuem as
fêmeas dos mamíferos. Por conter hidratos de carbono,
albuminóides, graxas, sais e vitaminas em proporções adequa-
das, constitui o mais completo alimento natural para os seres
em formação.
Lineu, Carl von
Naturalista sueco (1707-1778). Autor do primeiro sistema
natural de classificação botânica e considerado um dos mais
importantes botânicos.
Língua
É um órgão musculoso. Em sua superfície apresenta corpús-
culos táteis e quimiorreceptores. A língua participa da
deglutição dos alimentos, contribui para a articulação das pa-
lavras e é o órgão-sede do paladar.
Lund, Peter Wilhelm
Naturalista dinamarquês (1801-1880). Residiu por mui-
tos anos no Brasil, tendo estudado a paleontologia da
região calcária do centro de Minas Gerais e descoberto
restos fósseis do homem primitivo na zona da Lagoa San-
ta. Contribuiu grandemente para que o Brasil se tornasse
conhecido nos meios científicos europeus e proporcio-
nou a vinda ao País de naturalistas notáveis, como
Warming e Reinhardt.
M
Malária
Conhecida também como maleita, impaludismo, febre terçã
benigna ou febre quartã. O agente causador da doença é o
protozoário dos gêneros Plasmodiumvivox, Plasmodium
malariae, Plasmodium falciparum e Plasmodium ovale. O
contágio se dá pela picada da fêmea do mosquito Anopheles,
ou mosquito-prego; antes de sugar o sangue, o mosquito
injeta saliva, que contém uma substância anticoagulante. O
parasita penetra na circulação sanguínea juntamente com a
saliva. Segue-se um período de incubação, de aproximada-
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mente dez dias, durante o qual o Plasmodium permanece nas
células do fígado. Posteriormente retorna à circulação san-
guínea e penetra nas hemácias (glóbulos vermelhos). Nesse
local, divide-se assexuadamente, originando esporos. As
hemácias rompem-se, liberando esporos que irão contami-
nar novas hemácias. Por reproduzir-se assexuadamente no
homem, esse se torna hospedeiro intermediário do
plasmódio, e sua reprodução sexuada ocorre no mosquito
Anopheles, que é o hospedeiro definitivo. Os sintomas da
malária são anemia, enfraquecimento, lesões no fígado e
ciclos de febres, que variam dependendo da espécie do plas-
módio. O Plasmodium vivox causa a febre terçã benigna e
acessos febris a cada três dias. O Plasmodium falciparum
causa a terçã maligna e acessos febris com períodos irregu-
lares de 36 a 48 horas. O Plasmodium malariae causa a
febre quartã e acessos febris, com ciclos de 72 horas ou a
cada quatro dias. O Plasmodium ovale causa acessos febris,
com ciclos de 48 horas; os sintomas são leves, e a infecção,
de modo geral, termina após 15 dias. A doença é prevenida
com o extermínio do mosquito transmissor pela utilização
de telas nas janelas para impedir sua entrada e pela elimina-
ção de águas paradas (vasos, pneus etc.), que servem de
criadouros para a larva do inseto, pois ele se desenvolve em
meio aquático.
1 - No homem: por ocasião da 
picada do pernilongo, formas 
infectantes do parasita, conhecidas 
como esporozoítos, abandonam as 
glândulas salivares do inseto e 
invadem o organismo humano.
2 - Dirigem-se, pelo 
sangue, às células do 
fígado, onde se 
multiplicam.
3 - A seguir, abandonam o fígado 
e se espalham pelo sangue, 
invadindo glóbulos vermelhos.
4 - Em cada glóbulo vermelho, 
consomem a hemoglobina, sendo então 
chamados de trofozoítos. Por um 
processo de reprodução assexuada 
múltipla (conhecido como esquizogonia) 
cada trofozoíto dá origem a cerca de 36 
células-filhas chamadas de merozoítos.
5 - Esses merozoítos 
provocam a ruptura do 
glóbulo vermelho, ficam 
livres no sangue e invadem 
novos glóbulos vermelhos. 
Nova reprodução múltipla 
ocorre e o ciclo se repete.
6 - Após alguns ciclos de esquizogonia 
nas hemácias humanas, certos 
merozoítos transformam-se em células 
sexuais, os gametócitos; porém, não 
formam gametas no organismo humano.
7 - No pernilongo: sugadas por 
um Anopheles fêmea, hemácias 
contendo gametócitos chegam 
ao tubo digestivo do inseto. Os 
gametócitos femininos 
(macrogametócitos) crescem e 
se transformam em 
megagametas. Cada gametócito 
masculino (microgametócito) 
divide-se e origina de 6 a 8 
microgametas, com forma de 
8 - As fecundações ocorrem no tubo 
digestivo do inseto, caracterizando-o, 
assim, como hospedeiro definitivo do 
ciclo vital do plasmódio.
9 - Os zigotos formados penetram na parede 
intestinal e se encistam. Dentro de cada cisto 
ocorre uma reprodução múltipla (a 
esporogonia), com formação de milhares de 
10 - Os esporozoítos arrebentam a 
parede do cisto e migram em direção às 
glândulas salivares do inseto. Ali 
permanecem até que o inseto os 
introduza, através de uma picada, no 
corpo de outra pessoa para, assim, 
darem continuidade ao ciclo sexual no 
mosquito é de 7 a 19 dias, após os quais 
o pernilongo é capaz de inocular 
Malpighi, Marcello
Célebre naturalista italiano (1628-1694). Dedicou-se especi-
almente à anatomia microscópica animal e vegetal.
Medula espinhal
É uma haste cilíndrica que percorre o interior do canal
raquidiano. É condutora de impulsos nervosos e sede dos atos
reflexos. Internamente apresenta o corpo dos neurônios, dan-
do a essa região uma cor acinzentada, e externamente ficam os
axônios mielinizados, constituindo a substância branca.
Meio
Conjunto de fatores de ordem exterior, sob cuja influência se
desenvolvem os seres vivos, desde o momento da fecundação.
São o ar, o alimento, a temperatura, a luz, o gênero de vida e
demais circunstâncias e condições, impostas por agentes exter-
nos, que os seres se vêem obrigados a suportar.
Meiose
Processo de divisão celular pelo qual uma célula diplóide ori-
gina células haplóides. É um processo que reduz o número
cromossômico à metade. Ocorre nas células reprodutoras e
resulta nos gametas.
Mendel, Gregor Johann
Religioso e botânico austríaco (1822-1884). Professor de ciên-
cias naturais, que realizou experimentos com sementes de er-
vilhas, a respeito da transmissão de caracteres hereditários,
estabelecendo as “leis de Mendel’’, básicas para a genética.
Mendelismo
Doutrina da origem das espécies baseada nas “leis de
Mendel’’, que admitem a produção de espécies novas por
hibridação.
Menopausa
Processo que marca o fim da capacidade reprodutiva nas
mulheres.
Menstruação
Processo de descamação do endométrio, acompanhada de
sangramento.
Metabolismo
Conjunto de fenômenos que ocorrem no processo da nutri-
ção, desde o ato da ingestão do alimento até a excreção dos
produtos de desassimilação.
Metazoários
Um dos dois grandes sub-reinos em que se divide o reino
animal. Ao contrário do sub-reino os protozoários, é cons-
tituído de animais formados por numerosas células diferen-
ciadas, todas oriundas da célula-ovo. Os metazoários agru-
pam-se em dois grandes ramos: fitozoários, que têm simetria
radiada, e artiozoários, com simetria bilateral.
Micróbio
Ser unicelular e microscópico. Há espécies inócuas e outras
patogênicas, mas vulgar e geralmente o nome micróbio é dado
às patogênicas.
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Suplemento de Pesquisa e Informação
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Miopia
Ocorre quando o globo ocular é mais longo que o normal. Em
conseqüência, a imagem é focalizada antes da retina.O míope
tem dificuldades para enxergar ao longe. A correção pode ser
feita com lentes divergentes. A hipermetropia é o inverso da
miopia.
Mitose
Processo pelo qual uma célula eucarionte (nucleada) origina,
em uma seqüência ordenada de etapas, duas células
cromossômica e geneticamente idênticas.
Músculos
Os músculos são formados por células geralmente alongadas,
que apresentam em seu interior a proteína fibrila, responsável
pelas contrações musculares. Os movimentos do corpo de-
N
vem-se às contrações dos músculos. A partir dos cnidários e
nos demais invertebrados, devido à ausência de um esqueleto
ósseo, os músculos são os únicos responsáveis pelos movi-
mentos do ser e apresentam uma musculatura lisa e estriada.
Nos vertebrados, há três tipos de músculos: liso, estriado
esquelético e estriado cardíaco. Musculatura lisa: de contração
involuntária, é encontrada nas paredes de órgãos ocos (estô-
mago, intestinos, vasos sanguíneos, entre outros). Musculatu-
ra estriada esquelética: prende-se ao esqueleto, tem contrações
voluntárias e rápidas. Musculatura estriada cardíaca: forma o
miocárdio (musculatura intermediária e mais desenvolvida do
coração) e é responsável pelos batimentos cardíacos. Apresen-
ta discos intercalares que facilitam a passagem de estímulos de
uma célula à outra.
Nematelmintos
Classe do ramo dos vermes, de corpo longo e cilíndrico, sem
segmentos, que carecem de apêndices locomotores, cílios
vibráteis e vasos sanguíneos. Seu revestimento externo é cons-
tituído de uma cutícula quitinosa. São na maior parte parasitas
de vertebrados e invertebrados.

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