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MANUAL DE PESQUISA E INFORMAÇÃO Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias • Biologia • Física • Química • Matemática Alessandra Bosquilha Gláucia Elaine Bosquilha 2ª edição MANUAL DE PESQUISA E INFORMAÇÃO Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias • Biologia • Física • Química • Matemática EXPEDIENTE Editor Responsável Italo Amadio Editora Assistente Katia F. Amadio Assistente Editorial Edna Emiko Nomura Autoria Alessandra Bosquilha / Gláucia Elaine Bosquilha Revisão Alessandra Biral / Angela Silos / Sandra Garcia Cortes / Thelma Guimarães Diagramação Villa das Artes Projeto Gráfico Jairo Souza Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Bosquilha, Alessandra Manual de pesquisa e informação : ciências da natureza, matemática e suas tecnologias / Alessandra Bosquilha, Gláucia Elaine Bosquilha. – 2. ed. – São Paulo : Rideel, 2004. Conteúdo : Biologia – Física – Química – Matemática ISBN 85-339-0836-9 1. Biologia – Estudo e ensino 2. Enciclopédias e dicionários 3. Física – Estudo e ensino 4. Matemática – Estudo e ensino 5. Pesquisa educacional 6. Química – Estudo e ensino I. Bosquilha. Gláucia Elaine. II. Título III. Título : Ciência da natureza, matemática e suas tecnologias. 04-1655 CDD-370.72 Av. Casa Verde, 455 – Casa Verde Cep 02519-000 – São Paulo – SP www.rideel.com.br e-mail: sac@rideel.com.br © Copyright – todos os direitos reservados à: Proibida qualquer reprodução, seja mecânica ou eletrônica, total ou parcial, sem a permissão expressa do editor. 3 5 7 9 8 6 4 0 8 0 6 Índices para catálogo sistemático: 1. Pesquisa educacional 370.72 9 Biologia ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ A Ácido úrico Eliminado pelos insetos, répteis (lagartos e cobras) e aves. Pouco tóxico e insolúvel em água, o ácido úrico permite a ovi- paridade, possibilitando a vida dentro de um ovo; isso graças à sua insolubilidade em água. É eliminado junto com as fezes, na forma de uma pasta concentrada. Os animais que eliminam ácido úrico são denominados uricotélicos. Adaptação Ajustamento, individual ou de caráter evolutivo, de seres vivos ao ambiente. Adrenalina Hormônio segregado pelas glândulas supra-renais. Mantém o vigor dos vasos sangüíneos e do coração. Água A substância mais abundante nos seres vivos. Integra de 75 a 90% dos tecidos animais e até 98% dos vegetais. Sua presença é essencial em todos os processos vitais. AIDS Síndrome da imunodeficiência adquirida. Doença provocada por um vírus (HIV), que ataca o sistema de defesa (imunitário) do organismo humano. A queda na imunidade permite que se instalem diversos agentes infecciosos comuns, levando à morte. Alantóide Anexo embrionário que se forma a partir do tubo digestivo, funcionando como depósito de excretas nitrogenadas. É mais desenvolvido nas aves e nos répteis. Permite também as trocas respiratórias, através da casca do ovo. Albinismo Ausência de pigmento em órgão ou planta, normalmente pigmentados. Alécitos Óvulos com pouco vitelo, localizado no núcleo. São comuns nos répteis e nos mamíferos. Alelos múltiplos Conjunto de três ou mais alelos presentes em uma população. Algas Vegetais de estrutura muito simples, de forma variada, provi- dos de clorofila. Vivem nas águas, doces ou salgadas, em solo úmido e às vezes sobre a casca das árvores. São talófitas, ou seja, constituídas por um corpo primordial denominado talo, que desempenha as funções nutritivas e reprodutoras. Sua reprodução é, às vezes, assexuada, por divisão ou esporulação; outras vezes, é sexuada, por conjugação; as duas formas coexis- tem freqüentemente na mesma espécie. Dividem-se em cianofíceas ou algas azuis; clorofíceas ou algas verdes; feofíceas ou algas pardas; rodofíceas ou algas vermelhas e diatomáceas, que são pardacentas. As algas constituem a principal vegetação aquática, mormente dos mares, e são a base da alimentação da fauna aquática. Liberam grande quantidade de oxigênio na água, que serve à respiração dos seres aquáticos. Amarelão Doença parasitária causada por vermes nematelmintos (Necator americanus e Aneylostoma duodenale). As formas adultas do verme vivem fixas às paredes do intestino delgado, alimentando-se de sangue do hospedeiro e causando anemia. Ameba Protozoário muito rudimentar, cujo tamanho oscila entre 40 a 100 micra. É constituído por uma massa protoplásmica, pos- sui núcleo, porém não é dotado de membrana. Perto do núcleo fica o chamado vacúolo pulsátil, com movimentos de contração que lembram as pulsações do coração. A forma da ameba varia de um momento para outro, devido ao fato de emitir prolon- gamentos (pseudópodos) para deslocar-se e alimentar-se. Sua reprodução é feita por divisão direta. Há espécies que vivem nas águas e nos intestinos do homem, produzindo neste a chamada disenteria amebiana. Amebíase Doença causada pelo protozoário Entomoeba histolytica. O contágio ocorre por meio de alimentos e água contaminados com os cistos eliminados pelas fezes de pessoas enfermas. Os sintomas da doença são cólicas e disenteria; nos casos mais graves, pode chegar ao fígado e ao cérebro. Para evitar a doen- ça, deve-se ter uma rede de esgoto, controle e tratamento da água (ferver ou filtrar), além de cuidados com a higiene pessoal e a higiene com os alimentos, principalmente legumes, frutas e verduras. 099.eps 1 - A ingestão de água ou alimentos (frutas e verduras) contaminados pode introduzir cistos de amebas no tubo digestivo humano. 2 - Quatro amebas jovens 3 - Trofozoíto com hemácias sendo digeridas 4 - Eliminados com as fezes, os cistos atingem a água de consumo e diversos alimentos utilizados pelo homem, contaminando-os. Âmnio Anexo embrionário conhecido também como bolsa-d’água, possui o formato de um saco membranoso, cheio de líquido. Tem por função proteger o embrião contra choques externos; o âmnio está presente nos répteis, nas aves e nos mamíferos. Amônia Eliminada praticamente por todos os invertebrados e pelos peixes ósseos, possui grande toxidade, mas é altamente solúvel em água. Os seres que eliminam amônia são denominados aminiotélicos. Anáfase Fase da divisão celular que se caracteriza pela separação dos cromossomos para pólos opostos da célula. mega dicionario Biologia.p65 29/01/02, 20:419 10 Suplemento de Pesquisa e Informação ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Anatomia Ciência que tem por objeto conhecer a estrutura, a situação e as relações entre as diferentes partes dos corpos animais e vegetais. Anelídeos Grupo de vermes de corpo longo, de forma cilíndrica, geral- mente segmentados em anéis, de onde provêm seu nome. A maioria tem cerdas implantadas em sua parte externa, que lhes servem para locomoção. Compreendem três classes princi- pais: os poliquetas, que possuem muitas cerdas e são encontra- dos principalmente ao longo das praias; os oligoquetas, as minhocas, com poucas cerdas; e os hirudíneos, os sanguessu- gas, também denominados discóforos, porque possuem duas ventosas, uma ao redor da boca e a outra na extremidade pos- terior do corpo. Anfíbios Vertebrados cujo desenvolvimento e a primeira fase da vida se dão na água, enquanto no estado adulto se adaptam à vida ter- restre. Na primeira parte da vida, respiram por meio de brânquias e posteriormente se formam os pulmões, atrofiando- se as brânquias em algumas espécies e em outras não. Cons- tituem uma classe intermediária entre os peixes e os répteis e são também denominados batráquios. Angiospermas Plantas cujas flores apresentam óvulos em cavidade fechada (ovário), que se transformam em fruto e semente. Animais São seres capazes de efetuar movimentos, com corpo de forma constante e órgãos em sua maioria internos. Necessitam de substâncias orgânicas complexascomo alimento, obtidas pela ingestão de plantas e de outros animais. Os animais podem ser divididos em dois grandes grupos: o dos protozoários, que engloba todos os animais formados por uma só célula ou por várias iguais, ou seja, sem a presença de tecidos (amebas, infusórios etc.), e o dos metazoários, constituído por animais pluricelulares, com tecidos diferenciados (esponjas, minho- cas, aranhas, caranguejos, aves, cavalo, homem etc.) Anomalia Qualquer desvio em relação ao padrão normal de um órgão. Antibiótico Substância orgânica capaz de inibir a proliferação de bactérias. Ex.: a penicilina é um exemplo de antibiótico. Anticorpos Substâncias que favorecem a imunidade orgânica, aceleran- do a ação de certos agentes antagônicos aos que produzem enfermidades. Antígeno Qualquer substância ou partícula que, introduzida no corpo, provoca uma reação de defesa (imunitária), com produção de anticorpos. Antitoxinas Anticorpos encarregados de neutralizar a ação das toxinas. São encontradas no soro sanguíneo. Antropóides ou antropomor fos Nome que se dá aos mamíferos, monodelfos, primatas e símios que apresentam forma semelhante à do homem. Não têm cauda e andam com as duas extremidades posteriores do corpo, em- bora mantenham uma posição um tanto oblíqua e se apoiem, às vezes, nos membros anteriores. Seu cérebro é volumoso e apre- senta algumas circunvoluções. Ex.: o gorila, o orangotango, o gibão e o chimpanzé. Antropologia Ciência que estuda o homem, considerado física e moralmente. Aorta Vaso sanguíneo arterial que nasce na base do ventrículo esquerdo. Aparelho Reunião de órgãos diferentes, por sua origem e constituição, que concorrem para o desempenho de uma determinada função. Arco reflexo Reflexos são atos de ação involuntária que resultam do estímu- lo que um órgão sofre. Os reflexos medulares ocorrem sem a’ participação dos órgãos superiores, pois a resposta é elabora- da na própria medula. Arco reflexo é o conjunto de neurônios necessários à execução de um ato reflexo. O arco reflexo é um dos reflexos mais simples, pois é constituído por um número reduzido de neurônios (sensitivos, de associação e motor). Um exemplo de arco reflexo é o patelar, que consiste na ime- diata extensão da perna quando se bate com um martelo de borracha no músculo quadríceps. Esse ato é constituído por dois neurônios: um aferente e outro eferente motor. A pancada no tendão estimula os receptores tácteis, originando o impulso e provocando a extensão da perna. Tais reflexos são chamados de medulares. Artérias São os vasos sanguíneos que saem dos ventrículos do coração. São constituídas por três camadas, predominando em sua com- posição fibras elásticas (se a artéria é grossa) e fibras muscu- lares (se é delgada). As principais artérias são a pulmonar, que sai do coração transportando sangue venoso e vai aos pulmões; e a aorta, que é o maior tronco arterial. Essa sai do coração e distribui sangue oxigenado ao corpo, originando as artérias coronárias, o tronco braquiocefálico, a subclávia direita, as artérias umeral, radial e cubital, as subclávia direita e esquerda, a carótida etc. Articulações Dá-se o nome de articulação ao conjunto de partes pelas quais os ossos se unem entre si. São três seus tipos: móveis, suturas ou sinartroses; semimóveis ou anfiartroses; móveis ou diartroses. Artrópodes São animais pluricelulares que possuem patas e apêndices articulados. Têm o corpo revestido pela quitina e formado por anéis ou segmentos também articulados. Os segmentos podem fundir-se, dando origem a regiões distintas: a cabeça, onde estão, geralmente, os órgãos dos sentidos; o tórax, cujos apên- dices servem de ordinário para a locomoção; e o abdome, freqüentemente sem apêndices ou dotado de apêndices que servem às funções de reprodução. Em muitos casos, a cabeça e o tórax se juntam e formam uma só peça, denominada cefa- lotórax. Nesses animais, dá-se o fenômeno conhecido pelo nome de muda, que consiste na mudança periódica do revesti- mento quitinoso, a fim de possibilitar o crescimento do ani- mal. No grupo dos artrópodes, estão os crustáceos (camarão, caranguejo etc.); os onicóforos (representados pelo gênero mega dicionario Biologia.p65 29/01/02, 20:4110 11 Biologia ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Peripatus, que seria o vínculo entre os anelídeos e os artrópodes); os miriápodes (centopéia); os aracnídeos (ara- nhas); e os insetos (formigas, borboletas etc.). O número de espécies de artrópodes é de cerca de 400.000, ou seja, mais que as de todos os tipos reunidos. Astigmatismo A curvatura defeituosa da córnea direciona os raios luminosos de maneira desigual, fazendo com que as imagens refletidas fiquem fora de foco. A correção dessa dificuldade pode ser feita com lentes luminosas. Atmosfera Camada de gases que envolve os Planetas. Audição Essa função de relação surgiu a partir dos vertebrados. O ór- gão da audição é o ouvido. Em sua grande maioria, os inver- tebrados não possuem o sentido da audição. Alguns apresen- tam órgãos mais relacionados ao equilíbrio do que à audição, e esses órgãos podem estar localizados no abdome, no tórax ou nas patas. Alguns insetos produzem sons esfregando as patas contra as asas. Aves Entre as classes zoológicas, a das aves é a mais homogênea. São vertebrados aéreos, ovíparos, com respiração pulmonar e cujo corpo é coberto de penas. Seus membros anteriores, ou asas, são adaptados ao vôo, e os posteriores, ou patas, à locomoção sobre a terra ou a água. As penas são geralmente renovadas todos os anos, fenômeno a que se dá o nome de muda. A tem- peratura das aves é bastante superior à dos outros animais (cerca de 44 graus centígrados). O esqueleto apresenta a parti- cularidade de que os ossos são ocos, o que diminui o peso específico do animal, facilitando o vôo. O crânio das aves é formado de ossos delgados, terminando em sua parte anterior por um bico, que toma diversas formas, segundo o meio de vida e a alimentação de cada espécie. O esqueleto dos membros, embora seja igual pelo número e disposição dos ossos, varia notavelmente de uma espécie a outra, segundo o modo de vida do animal. Assim as aves que vivem sobre as árvores (pássaros) apresentam patas de dedos longos e finos; as corredoras (aves- truz), patas fortes; as de rapina (águia), patas de unhas fortes, em forma de garra; e finalmente as nadadoras (pato, marreco etc.) apresentam patas providas de membranas interdigitais. A maioria das aves constrói ninhos para aí depositar seus ovos e incubá-los. Umas põem um só ovo (como os pingüins), ou- tras dois, três ou mais. São classificadas em muitas ordens, a saber: palmípedes (que têm as patas adaptadas à natação, como os cisnes, gansos etc.); pernaltas (de patas longas, como a garça e a seriema); galináceos; pombos; trepadoras; preensoras; rapaces (aves de rapina) e corredoras. B Bactéria Organismo unicelular, sem núcleo diferenciado, que vive iso- lado ou em colônias e pertence ao Reino Monera. Bacteriologia Ciência que estuda as bactérias. Barbosa Rodrigues, João Naturalista brasileiro (1824-1909), nascido em Minas Gerais. Foi o primeiro diretor do Jardim Botânico do Rio de Janeiro após a Proclamação da República. Realizou numerosas excursões botânicas na região amazônica, tendo descoberto uma grande quantidade de espécies de palmáceas e orquidáceas. Bentham, George Botânico inglês (1800-1884), co-autor da grande obra denominada Genera Plantarum. Classificou numerosas plan- tas da flora brasileira. Bernard, Claude Eminente fisiólogo francês (1813-1878), considerado um dos mais ilustres representantes da ciência experimental do século XIX. Foi o descobridor do papel do pâncreas na digestão das matérias graxas e demonstrou a função glicógena do fígado. Realizou, ainda, interessantes estudos sobre a irrigação san- guínea e o sistema nervoso. Biogênese Teoria que admite que os seres vivos somente se originam pela reproduçãode outros seres. Biologia Ciência que estuda a vida em todas as suas manifestações. Compreende a botânica, a zoologia, a anatomia e a fisiologia, vegetal e animal, e a Antropologia. Embora sejam constituídos pela mesma matéria que os seres sem vida (carbono, oxigênio, hidrogênio e outras substâncias simples), os seres vivos apre- sentam características que os distinguem destes últimos. A matéria viva tem uma composição química instável, pois muda continuamente e é muito complexa. Os seres vivos obtêm do meio substâncias diversas das que os constituem e as transfor- mam e assimilam, crescendo, nutrindo-se, reproduzindo-se e morrendo. O elemento básico que constitui os seres vivos é a célula. Bioma Comunidade clímax adaptada a uma determinada região. Biometria Estudo estatístico das dimensões dos seres vivos e de seus órgãos. Bioquímica Ciência que estuda os fenômenos químicos nos seres vivos. Biosfera Camada superficial da Terra na qual é produzida a vida. Nela, a vida não se acha distribuída regularmente, mas se concentra em regiões favoráveis à sua existência e perpetuação. Boca Cavidade destinada a ingerir os alimentos, na qual ocorre a mastigação e insalivação. Na boca estão localizados os dentes, a língua e as glândulas salivares, órgãos que auxiliam no pro- cesso de digestão dos alimentos. Botânica Ciência que estuda os vegetais, desde a estrutura ou morfologia das plantas, sua fisiologia e evolução, até suas utilidades e nocividade. A palavra botânica é derivada da língua grega e sig- nificava originariamente forragem, erva. A despeito do significa- do restrito, o vocábulo foi consagrado para designar a ciência mega dicionario Biologia.p65 29/01/02, 20:4111 12 Suplemento de Pesquisa e Informação ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ que se ocupa do conhecimento das plantas. Nas primeiras fases de seu desenvolvimento, muito antes da Era Cristã, a botânica se ocupava apenas do que se referia às plantas medicinais e ali- mentícias. Pouco a pouco, transformou-se na grande ciência do reino vegetal, desenvolvendo-se e subdividindo-se em outras ciências afins, como a bacteriologia (estudo especializado das bactérias), a fitopatologia (estudo das enfermidades das plantas), a silvicultura (estudo especializado das florestas), a horticultura (estudo das plantas hortícolas e ornamentais) e a agronomia (que se ocupa do estudo e exploração das plantas úteis). Brasil, Vital Ilustre cientista brasileiro (1865-1950). Nascido em Minas Gerais. Dedicou sua vida à pesquisa científica, tendo sido des- cobridor do soro antiofídico. Brown, Robert Botânico inglês (1773-1858). Descobriu o movimento oscilatório das partículas infinitamente pequenas nos líquidos, o qual recebeu o nome de movimento browniano. Buf fon, Conde de George Louis Leclerc (1707-1788). Naturalista francês, sob cuja direção foi escrita e publicada uma grande obra sobre História Natural, composta de 44 volumes. Bulbo Órgão do sistema nervoso central, está localizado acima da medula espinhal. Exerce as funções de condutor de impulsos nervosos, comanda o ritmo cardiorrespiratório e certos atos reflexos, como deglutição, sucção, mastigação, vômito, tosse, secreção lacrimal e piscar dos olhos. c Caloria Unidade de calor gerada nos organismos pela ingestão dos alimentos. Camada de ozônio Camada que envolve a Terra há aproximadamente 400 milhões de anos. Sua formação se deve ao processo de fotossíntese re- alizado pelas microscópicas algas azuis, que produziram oxi- gênio para formar uma camada de 15 a 50 quilômetros na estratosfera, composta por um gás especial, o ozônio, capaz de impedir a passagem dos raios ultravioleta, que, em excesso, podem ser prejudiciais à vida. Caminho do sangue O sangue chega ao coração vindo de todas as partes do orga- nismo pelas veias cavas superiores e inferiores e desemboca no átrio direito. Passa para o ventrículo direito pela válvula tricúspide. Com a contração dos ventrículos (sístole), o san- gue sai pela artéria pulmonar, indo até os pulmões, onde ocor- re a hematose; volta ao coração pelas veias pulmonares (em número de quatro), que desembocam no átrio esquerdo, e sai pela artéria aorta, sendo distribuído para todo o organismo. Canal deferente Órgão do sistema reprodutor masculino. Parte dos epidídimos, onde tem um calibre maior, e passa pelas virilhas. Em seguida atravessa a cavidade abdominal, contorna a base da bexiga e sofre uma dilatação denominada ampola, na qual recebe o lí- quido seminal fabricado pela vesícula seminal. Em seguida atravessa a próstata, recebendo o líquido prostático, e vai eli- minar o esperma ou sêmen (conjunto dos espermatozóides e dos líquidos seminal e prostático) pela uretra. Capilares Vasos de calibre fino e permeáveis. Caracteres Particularidades morfológicas, fisiológicas ou psíquicas que servem para distinguir alguns seres dos outros, ainda que da mesma espécie. Caracteres adquiridos Assim são chamados os caracteres que não são herdados. São os que provêm das condições do meio em que os seres se desen- volvem, como as mutilações, as modificações patológicas, os efeitos das enfermidades parasitárias e infecciosas, a ação da luz, a temperatura, a umidade e outros agentes naturais, além dos efeitos da própria atividade ou inatividade dos indivíduos ou seus órgãos, hábitos e vícios de ordem psíquica. Carnívoros Ordem da classe dos mamíferos, formada por animais de cabe- ça forte, cérebro volumoso e com numerosas circunvoluções; maxilares curtos, grande desenvolvimento das arcadas zigo- máticas; dentes incisivos pequenos, caninos muito desenvol- vidos e fortes, numerosos molares (pré-molares, carniceiros e grandes molares); membros robustos; dedos com garras não-retráteis. Caxumba Doença de origem virótica. Apresenta como sintomas febre e inchaço das glândulas salivares. É transmitida pelo contato com a saliva de pessoas contaminadas. Para prevenir a doença deve-se tomar a vacina e colocar os doentes em quarentena. Não há tratamento específico para a caxumba, entretanto, para evitar complicações, é utilizada a penicilina. Célula O elemento fundamental de todos os seres vivos. É um orga- nismo, o mais simples, constituído por uma massa de matéria viva ou protoplasma, que contém uma parte mais densa ou núcleo, granulações e inclusões, leucitos sólidos ou líquidos, vacúolos ou hidroleucitos, e envolvido por uma membrana, que nos vegetais é sempre constituída pela celulose. membrana plasmática espaço intercelular mega dicionario Biologia.p65 29/01/02, 20:4112 13 Biologia ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Célula-mãe Célula que, por divisão, dá origem a outras ou a um tecido. Centríolos São organelas encontradas em células animais e nas de alguns vegetais inferiores. São capazes de autoduplicação. Duplicam-se durante a divisão celular e migram para os pólos da célula, orientando o processo de divisão. Centro celular Nome dado ao conjunto formado por um par de centríolos. Centrolécito Óvulo com vitelo envolvendo o núcleo, ou seja, mais no centro da célula. A zona periférica do citoplasma não contém vitelo. É comum nos insetos. Centrômero Região do cromossomo que se liga às fibras do fuso acromático nas divisões celulares. Cerebelo Órgão do sistema nervoso central, está situado abaixo do cére- bro e atrás da ponte. É o órgão que regula o equilíbrio corpo- ral. Está conectado a receptores periféricos localizados no ouvido interno e que enviam mensagens aos centros de contro- le do equilíbrio localizados no cerebelo. Além disso, recebe informações sobre articulações, músculos e visão. Cérebro É o local onde nossas sensações, nossas funções motoras são controladas. É o centro da memória e do intelecto. Cerca de 80% dos neurônios do encéfalo estão localizados nele. O cerébro está separadoem dois hemisférios, unidos por uma região denominada corpo caloso. Cada hemisfério é dividido em quatro regiões denominadas lobos: o frontal, o parietal, o temporal e o occipital. forma sólida, como neve ou granizo, voltando novamente a água à terra. No ciclo longo, participam os seres vivos. As plantas absorvem água do solo, que é fundamental para a rea- lização da fotossíntese. Posteriormente a água é liberada pelos processos da respiração e transpiração das plantas. Em função desses processos, as florestas tropicais densas estão sempre úmidas, contribuindo para a manutenção do clima da Terra. Chagas, Carlos Ribeiro Justiniano Cientista brasileiro (1879-1934). Erradicou a malária da cidade de Santos. Em 1909, concluiu as pesquisas para debelar a tripanossomíase, conhecida como doença de Chagas. Em 1918, chefiou a campanha contra a gripe espanhola no Rio de Janeiro. Ciclo da água A água é o composto inorgânico mais abundante, tanto na constituição dos seres vivos como no ambiente. O ciclo da água pode ser dividido em curto e longo. No ciclo curto as águas contidas nos mares, rios, lagos e a que se encontra misturada com o solo são aquecidas pelo calor do sol, evaporam-se do ambiente e se condensam em forma de nuvens na atmosfera, devido ao resfriamento em maiores altitudes. Depois, ocorre a precipitação na forma líquida, como chuva ou neblina, ou na Ciclo do carbono O carbono é um elemento disponível na atmosfera. Os seres fotossintetizantes o retiram dela pelo processo da fotossíntese. O carbono é encontrado sob duas formas: na forma de CO2 (dióxido de carbono), existente no ar na água, e na composição das moléculas dos seres vivos e nos depósitos de combustíveis fósseis, como o carvão e o petróleo. Pelo processo da fotossíntese, o CO2 é fixado e transformado em matéria orgâ- nica pelos produtores. Os consumidores adquirem carbono ingerindo a matéria orgânica. Tanto os animais como os vege- tais perdem carbono pela respiração. O carbono que fica retido na biomassa retorna à terra pelos excrementos e cadáveres dos animais e restos dos vegetais, que serão decompostos em ele- mentos químicos pela ação dos decompositores. O ser huma- no interfere no ciclo do carbono na medida em que remove cobertura vegetal, por derrubada ou queimada de florestas, e polui os mares, com derramamento de petróleo, impedindo que a luz penetre na água e, em conseqüência, a realização da fotossíntese pelos vegetais aquáticos, o que desequilibra toda a cadeia alimentar do ambiente. Ciclo do nitrogênio Por fazer parte das moléculas dos ácidos nucléicos, das proteí- nas, da clorofila e de alguns outros compostos, o nitrogênio (N2) é de fundamental importância para a vida na Terra. O nitrogênio é encontrado forma N2 (gás nitrogênio) e represen- ta 78% de todo o ar atmosférico. São raros os seres vivos que aproveitam o nitrogênio diretamente da atmosfera. Alguns microrganismos, conhecidos como fixadores de nitrogênio, possuem a capacidade de fixar o nitrogênio em suas moléculas orgânicas. Assimilação pelos herbívoros Bactérias denitrificantes Decompositores Bactérias fixadoras de N2 no solo Excreção Nitrosomonas Nitrificação DenitrificaçãoFixação do nitrogênio atmosférico Nitrobacter Bactérias fixadoras de N2 nos nódulos de raízes de leguminosas NH3 (amônia) NO3 (nitrato) NO2 (nitrito) N2 atmosférico Absorção de NH3 por algums plantas Morte e decomposição Absorção pelas raízes – – CÓRTEX MOTOR Controla os músculos voluntár ios 1 – LOBO FRONTAL 2 – LOBO PARIETAL 3 – LOBO TEMPORAL 4 – LOBO OCCIPITAL 5 – BULBO CÓRTEX PRÉ-MOTOR Controla os movimentos inconscientes, como o balanço dos braços quando você anda ÁREA PRÉ- FRONTAL É a área encar regada das at iv idades intelectuais ÁREA DE BROCA Fica no lado esquerdo do cérebro e controla os músculos da fala CEREBELO Cuida do equilíbrio do corpo. Sem ele, você teria de se concentrar em cada passo CENTRO VISUAL Na parte de trás do cérebro, é a área responsável pela recepção e interpretação dos estímulos visuais CENTRO AUDITIVO CAMPO DO OLHO FRONTAL CÓRTEX SOMATO-SENSORIAL Recebe e analisa os impulsos enviados pelos órgãos dos sentidos espalhados pelo corpo inteiro ÁREA MOTORA SUPLEMENTAR 1 2 3 4 5 Ciclo da água Evapotranspiração Resp i ração Transp i ração Gutação C h u v a Evaporação mega dicionario Biologia.p65 29/01/02, 20:4113 14 Suplemento de Pesquisa e Informação ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Ciclo do oxigênio O oxigênio surgiu na Terra pela ação da fotossíntese, e cerca de 21% da atmosfera terrestre são constituídos de oxigênio (O2) livre. O oxigênio pode ser encontrado também dissolvido na água, mas em percentual menor. O oxigênio é utilizado nas atividades respiratórias dos os animais e vegetais. É um gás comburente, ou seja, alimenta as combustões. Forma a camada de ozônio (O3), que protege a Terra contra a ação dos raios ultravioleta. Pela ação dos seres fotossintetizantes, principal- mente o fitoplâncton, o oxigênio volta à atmosfera. Citologia Ciência que trata do estudo das células. Citoplasma Protoplasma celular, excluído o núcleo. Clone Conjunto de indivíduos descendentes de outros, pela multipli- cação assexuada. Produto obtido da clonagem. Clorofila Pigmento verde das plantas. É encontrada nos cloroplastos. Absorve energia solar, possuindo efeitos espectrais de catalisador na fotossíntese dos hidratos de carbono. Código genético Sistema de informação em que determinada seqüência de bases nitrogenadas tem um significado específico; a informação co- dificada em cada trinca de bases no DNA é transcrita para o RNA e, posteriormente, traduzida na seqüência de aminoácidos na proteína. Coluna vertebral Pertencente ao esqueleto axial, é formada por ossos articulados denominados vértebras. Na espécie humana, há 33 vértebras, cada uma apresentando as seguintes partes: o corpo, os arcos e as apófises (prolongamentos vertebrais). Como as vértebras se dispõem umas sobre as outras, o conjunto de arcos neurais for- ma o canal vertebral, em cujo interior está a medula espinhal. As costelas formam a caixa torácica, em um total de são 12 pares. Na parte posterior, prendem-se as apófises da coluna vertebral. Na parte anterior do tronco, os dez primeiros pares presos ao esterno e os dois últimos livres são as costelas flutuantes. Ciclos biogeoquímicos A vida na Terra se desenvolve por constante reciclagem de nutrientes. Os mesmos elementos químicos circulam nas ca- deias biogeoquímicas e estão presentes ora nos seres vivos, ora no meio externo. Nos ciclos biogeoquímicos, os seres decompositores – bactérias e fungos –, desempenham um pa- pel primordial. Com a morte do organismo, a matéria é de- composta por eles, e os elementos químicos resultantes são novamente colocados à disposição do ambiente e de outros seres vivos. Na biosfera, ocorrem vários ciclos biogeo- químicos, como o ciclo da água, do carbono, do nitrogênio etc. Circulação humana A circulação humana pode ser definida como fechada, dupla e completa, semelhante ao que ocorre em todos os mamíferos. Consumidor Ser vivo que depende de outros seres vivos para obter seu ali- mento. O mesmo que heterótrofo. Ciclo do oxigênio R ai os ul tra vi ol et as O3 (ozônio)O2 atmosférico Combustão R e sp i r a çã o F ot os sí nt es e A lgas R esp i ração O2 + metais = óxido metálico Coluna vertebral Vista anterior Vista lateral esq. Coluna cervical Co luna torácica Coluna lombar C ó c c i x mega dicionario Biologia.p65 29/01/02, 20:4214 15 Biologia ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Coração É um órgão musculoso e oco, situado no tórax, entre os pul- mões, voltado para o lado esquerdo. A musculatura dotada de movimentos é o miocárdio. O miocárdio é revestidoexterna- mente por uma membrana serosa – o pericárdio –, e interna- mente pela membrana serosa endocárdio. O coração apresenta quatro cavidades: duas aurículas ou átrios e dois ventrículos. A aurícula direita comunica-se com o ventrículo direito pela válvula tricúspide, e a aurícula esquerda comunica-se com o ventrículo esquerdo por meio da válvula mitral. Córtex cerebral A superfície mais externa do cérebro recebe o nome de córtex cerebral e é formada pelo corpo dos neurônios, o que dá à região uma cor acinzentada. As fibras (axônios e dentritos) dos neurônios, que saem e chegam ao córtex cerebral, estão situa- das mais internamente e constituem a substância branca, em função da mielina que envolve os axônios. Crânio Caixa óssea ou cartilaginosa pertencente ao esqueleto axial. Tem a função de proteger principalmente os órgãos dos sen- tidos e o encéfalo. O crânio compreende o neurocrânio, que protege o encéfalo, e o esplancnocrânio, que constitui a face. Cromossomos Filamentos de DNA, RNA e proteínas compostos por um con- junto de genes. Cromossomos homólogos São cromossomos que formam pares, sendo idênticos na for- ma e tamanho. Encontrados nas células diplóides, são com- postos por genes que determinam os mesmos caracteres. Crustáceos Grande classe do ramo dos artrópodes, constituída quase exclusivamente por animais aquáticos que respiram por brânquias. Seu tegumento é duro, formado por quitina impregnada de sais calcários. Geralmente o corpo é dividido em três regiões, em cada umas das quais estão diferentes ór- gãos e apêndices. Ex.: lagosta, camarão etc. Cuvier, Georges Naturalista francês (1769-1832). Criador da anatomia com- parada e da paleontologia. Sua grande obra, O reino animal, foi publicada em 1819. Cordão umbilical Anexo embrionário exclusivo dos mamíferos. Permite a comu- nicação entre a placenta e o embrião. Córion Anexo embrionário que, consiste em uma membrana que se encontra justaposta à casca do ovo, nos répteis e nas aves, e reveste a parede uterina nos mamíferos. Tem por função envol- ver e proteger o embrião. D Daltonismo Incapacidade de distinguir certas cores do espectro visível. Alguns tipos de daltonismo têm base genética ou hereditária, herança essa ligada ao cromossomo sexual X. Darwin, Charles Naturalista e fisiologista inglês (1809-1882). Defensor da teoria evolucionista e fundador da teoria da seleção natural. Jovem ainda, realizou uma viagem ao redor do mundo, que durou cinco anos, tendo passado pelo Brasil, onde se demo- rou algum tempo. Sua obra fundamental é A origem das es- pécies por meio da seleção natural. Além dessa, publicou muitas obras, entre as quais está a polêmica A origem do homem. De Candolle, Augustin Pyramus Botânico suíço (1778-1841). Um dos criadores da geografia botânica. Deixou vasta obra, salientando-se a denominada Prodromus, em numerosos volumes, nos quais estão descritas milhares de espécies botânicas. Dengue Doença infecciosa de origem virótica, transmitida pela picada de dois mosquitos: a fêmea do Aedes aegypti e a fêmea do Aedes. O mosquito Aedes aegypti é o mais comum no Brasil e apresen- ta as seguintes características: porte pequeno, cor escura, nor- malmente vive em regiões urbanas e se reproduz em água pa- rada, como lagos e lagoas, ou dentro de pneus, garrafas e vasos, onde a água fica depositada. servindo de criadouro para o mosquito. A doença se caracteriza pelos seguintes sintomas: febre súbita, dores musculares intensas, dores nas articula- ções, cefaléia, náuseas, vômitos, falta de apetite, diarréia, fotofobia (aversão à luz), lacrimação e manchas vermelhas pelo corpo. Os sintomas da dengue geralmente se manifestam após dias, período em que o vírus permanece incubado. Existem dois tipos de dengue: a clássica ou comum (cujos sintomas estão acima) e a hemorrágica. Além dos sintomas da dengue clássica, a variante hemorrágica também pode apresentar qua- dro de hemorragias digestivas, distúrbios do processo de co- agulação do sangue, aumento do tamanho do fígado e altera- ções da pressão arterial, podendo levar à morte quando não tratada adequadamente. A medida profilática mais eficaz é o extermínio do agente vetor, que é o mosquito. Para tanto, devem ser eliminados locais onde o Aedes aegypti se repro- duz, adotando atitudes como: tampar caixas-d´água, não dei- xar vasilhames com água parada, usar telas protetoras nas janelas, usar inseticidas, desinfetantes etc. artéria pulmonar Coração humano: aspecto internoveia cava superior artéria aorta artéria troncopulmonar átrio direito válvula Tr icúsp ide veia cava inferior ventrículo direito miocárdio endocárd io ventrículo esquerdo válvula mitral átrio esquerdo veias pulmonares mega dicionario Biologia.p65 29/01/02, 20:4215 16 Suplemento de Pesquisa e Informação ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Dentes Auxiliam na trituração e mastigação dos alimentos. Um dente é formado de três partes: coroa, colo e raiz, e por algumas camadas: a mais externa é o esmalte, em seguida, a dentina, e mais interna é a polpa. Na polpa existe uma arteríola, uma vênula e um nervo. A raiz é revestida pelo cemento, que é um tecido ósseo. Diplóide Núcleo celular que possui 2n cromossomos. Divisão binária ou cissiparidade ou bipartição Reprodução assexuada, comum nos seres unicelulares. A célu- la é o próprio organismo; divide-se em duas partes iguais, que passam a ser novos organismos. A grande maioria das bacté- rias, protozoários e algas unicelulares se reproduz assexuada- mente por divisão binária. Divisão celular Processo pelo qual uma célula se divide em duas outras. É por esse processo que células procariontes e eucariontes se repro- duzem. A mitose das células eucariontes é um tipo de divisão celular. Divisão múltipla É o processo de reprodução assexuada em que um organismo se divide em várias partes, e cada uma delas se desenvolve em um novo indivíduo. Esse processo pode ocorrer em organis- mos unicelulares ou pluricelulares. A divisão múltipla pode ser subdividida em: esporulação – a reprodução ocorre pela liberação de esporos e, quando esses encontram condições fa- voráveis a sua germinação, desenvolvem-se em novos organis- mos; esporos são células haplóides, independentes, que ger- minam sem ser fecundados; estrobilização – consiste em uma fragmentação transversal que ocorre em animais pluricelulares, como os celenterados ou cnidários, nos quais o pólipo – forma fixa do animal – se estrobiliza e cada parte que se destaca forma um novo ser; brotamento ou geniparidade – consiste no apare- cimento de brotos ou gêmulas na superfície do corpo de alguns organismos, que podem ou não se destacar do corpo parental; quando se mantêm ligados, constituem uma colônia e, quando se destacam, dão origem a indivíduos independentes; tal pro- cesso é comum em poríferos; regeneração – consiste em rege- nerar partes perdidas do corpo, ou a partir de partes do corpo formar um novo indivíduo; é comum nas planárias e equino- dermos; partenogênese – consiste no desenvolvimento embrio- nário do óvulo sem que ocorra fecundação; os indivíduos re- sultantes são haplóides; nas abelhas, os ovos fecundados originam sempre fêmeas, e os não-fecundados originam sem- pre machos, conhecidos como zangões; portanto, todos os machos entre as abelhas são partenogenéticos. DNA (ácido desoxirribonucléico) Ácido nucléico constituído por um açúcar de cinco carbonos (desoxirribose), fosfatos e pelas bases nitrogenadas adenina, guanina, citosina e timina. A molécula de DNA é filamentosa, de cadeia dupla, em arranjo helicoidal (dupla hélice). No DNA as informações hereditárias estão escritas em código. Doença de Chagas Foi descoberta por Carlos Chagas, pesquisador brasileiro, uma doença causada pelo protozoário flagelado Trypanosoma cruzi. Essa doença é transmitida pelo Triatoma infestaus, co- nhecido como barbeiro ou chupança. O contágio do barbeiro ocorre daseguinte maneira: o protozoário vive normalmente no organismo de animais silvestres, como tatus, tamanduás, gambás, raposas, macacos, morcegos e outros. O barbeiro, ao sugar o sangue desses animais, adquire o protozoário e se transforma em um transmissor da doença de Chagas. Esse inseto possui hábitos noturnos e vive em frestas de parede, chiqueiros ou paióis. À noite deixa seus esconderijos e vai Diencéfalo Órgão do sistema nervoso central, é constituído pelo tálamo e hipotálamo. O hipotálamo contém centros de controle da tem- peratura corporal, do apetite, da sede, do sono e de algumas emoções. Está ligado à hipófise, principal glândula endócrina, situada na base do cérebro, a qual controla o sistema hormonal. O tálamo recebe as informações sensoriais e as redireciona às áreas específicas do cérebro. Digestão humana O sistema digestório é formado por um longo tubo, que se estende da boca ao ânus. Entre a boca e o ânus, podem ser encontrados os seguintes órgãos intermediários: faringe, esôfago, estômago e intestinos (delgado e grosso). Também fazem parte do sistema digestório, as glândulas anexas, produ- toras de secreções que são lançadas no tubo digestivo, auxili- ando no processo da digestão. São elas: as glândulas salivares, o fígado e o pâncreas. Os constituintes de um dente humano c o r o a r a i z esmalte dentina cavidade da polpa gengiva cemento nervos e vasos sanguíneos Sistema digestório humano b o c a glândulas sal ivares traquéia esôfago fígado vesícula biliar intestino delgado duodeno jejuno íleo c e c o apêndice â n u s re to có lon descendente có lon ascendente có lon t ransversa l intestino g r o s s o pâncreas estômago faringe mega dicionario Biologia.p65 29/01/02, 20:4216 17 Biologia ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ sugar o sangue das pessoas enquanto dormem. Ao sugar o sangue, o inseto elimina fezes contaminadas de tripanossomas. A vítima normalmente coça o local, favorecendo a entrada do protozoário pelo orifício da picada. Alcançando a corrente sanguínea, o protozoário Trypanosoma cruzi instala-se princi- palmente em órgãos musculosos como o coração, provocando taquicardia e dilatação do órgão (megalocardia), atacando tam- E Ecologia Estudo dos seres vivos e suas relações com o meio ambiente. Ecossistema Sistema formado pelas comunidades biológicas em interação com os fatores do meio. Efeito estufa Aquecimento anormal da superfície terrestre provocado pelo au- mento da concentração de certos gases na atmosfera (gás carbô- nico e metano), o que altera o equilíbrio termodinâmico do Planeta. Elementos biogenéticos São os elementos químicos que formam parte dos seres vivos. Os oito elementos químicos estão sempre presentes na matéria viva: hidrogênio, carbono, nitrogênio, oxigênio, magnésio, fósforo, enxofre e potássio. Os seis elementos químicos a se- guir estão freqüentemente presentes: sódio, silício, cloro, cál- cio, manganês e ferro; e os seguintes só excepcionalmente são encontrados nos seres vivos: alumínio, cobre, bromo, estrôncio e iodo. Embriogênese Desenvolvimento embrionário. O embrião pode desenvolver- se fora do organismo maduro – comum nos ovíparos (insetos, répteis e aves) – ou dentro do organismo materno – comum nos vivíparos (mamíferos). As divisões iniciais do zigoto são denominadas clivagem, e as células resultantes, blastômeros. As mitoses nos blastômeros sucedem com rapidez, dando origem a uma massa multicelular compacta, que lembra uma amora. Nessa fase, o embrião é chamado de mórula. Nesse momento, nos ovos cuja quantidade de vitelo é pouca, como é o caso do óvulo humano, as clivagens ou divisões separam o ovo total- mente. Nos ovos com grande quantidade de vitelo, as clivagens só ocorrem na região do núcleo, denominada cicatrícula. Po- demos falar, então, que nesse segundo caso a clivagem pode ser parcial ou incompleta. Em seguida, na fase de blástula, as cé- lulas se afastam e formam uma cavidade interna cheia de líqui- do. A partir desse momento, o conjunto passa a chamar-se blástula e a cavidade, blastocela. Em seguida, na fase de gástrula, ocorrem inúmeras diferenciações no conjunto de células; camadas de células se formam e se diferenciam, dando origem à gástrula, no processo de gastrulação. Nesse período, formam-se os primeiros tecidos embrionários, que nada mais são que camadas de células. A camada mais externa recebe o nome de ectoderme. A partir da ectoderme, formam-se a epiderme (camada externa da pele) e o sistema nervoso. A ca- mada mais interna é a endoderme, que envolve a cavidade do éntero (que substitui a blastocele e origina o intestino primi- tivo). Comunica-se com o exterior por uma abertura denomi- nada blastóporo. Na fase de gástrula, alguns animais desenvol- vem apenas dois folhetos germinativos, que são a ectoderme e a endoderme (denominam-se animais diblásticos); outros de- senvolvem três folhetos germinativos, que são a ectoderme, a mesoderme e a endoderme (animais triblásticos). A partir da mesoderme, formam-se o sistema de locomoção (ossos e mús- culos), o sistema circulatório e o sistema excretor. A meso- derme pode separar-se e desenvolver duas camadas, que pas- sam a delimitar uma cavidade – o celoma. Mas há animais triblásticos nos quais a mesoderme não apresenta celoma, ou seja, a mesoderme não se separa – são denominados animais acelomados. Outros apresentam um falso celoma, ou seja, a mesoderme delimita apenas um lado da cavidade; são os pseudocelomas. Nos animais com celoma verdadeiros, os 1 - Os tripanossomos se multiplicam assexuadamente no intestino do percevejo, cuja porção final fica repleta das chamadas formas infectantes. Os barbeiros possuem hábitos noturnos. À noite, saem de suas tocas à procura de alimento. Encontram pessoas dormindo e picam, de preferência, a pele delicada 2 - Ao picarem, defecam e libertam as formas infectantes dos parasitas. A picada não dói: os insetos possuem na saliva uma substância anestesiante. Passado o efeito do anestésico, a pessoa se coça e introduz os tripanossomos que estavam nas fezes do barbeiro no local da picada. Portanto, a transmissão dos parasitas não ocorre pela picada. 3 - Uma vez na pele, os tripanossomos invadem células do tecido conjuntivo e assumem a forma esférica, intracelular. Multiplicam-se ativamente e após alguns dias arrebentam as células e se libertam no sangue, agora com a forma alongada. 4 - Pela corrente sanguínea espalham-se e atingem outros órgãos, entre eles o 6 - Pessoas contaminadas, ao serem picadas por barbeiros, dão continuidade ao ciclo 5 - No tecido cardíaco, assumem novamente a forma esférica, proliferam, formam ninhos cheios de parasitas e destroem inúmeras células cardíacas, a principal conseqüência lamentável bém a musculatura do esôfago e dos intestinos. Para evitar a doença, deve-se combater o barbeiro, substituir casas de pau- a-pique e de madeira por construções de alvenaria, restringir o contato com animais silvestres contaminados e não ingerir carne crua, além de evitar transfusões de sangue de procedência desconhecida. Mães portadoras podem transmitir a doença ao filho pela placenta. mega dicionario Biologia.p65 29/01/02, 20:4217 18 Suplemento de Pesquisa e Informação ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ celomados, a cavidade celomática é delimitada pela mesoderme. No final da fase de gástrula, com o início da formação do tubo nervoso dorsal e da notocorda, a ectoderme é dobrada e as bordas superiores se soldam, originando um tubo denomi- nado neural. Abaixo do tubo neural, forma-se um cordão longitudinal, denominado notocorda, que serve de eixo de sustentação para o embrião. Completam o sistema nervoso o tubo nervoso e a notocorda, definindo-o, osquais dão início formação dos órgãos e sistemas. Ocorre nessa fase o desen- volvimento da mesoderme, que passa a ocupar todos os espa- ços entre a endoderme e a ectoderme e se divide em partes denominadas somitos. A partir dos somitos, são formadas as vértebras (ossos da coluna), a musculatura esquelética (mús- culos que se ligam aos ossos) e a derme (camada inferior à epiderme). Encéfalo Na superfície do cérebro, encontram-se sulcos que se dilatam em giros também chamados de córtex cerebral. O encéfalo é a região mais desenvolvida do cérebro, onde se processa e arma- zena a maior parte das informações. Entre os animais, o ho- mem é o que apresenta o maior cérebro em relação ao tamanho do corpo. Epitélio glandular ou de secreção Formado por células especializadas na produção de secre- ções, excretadas através das glândulas exócrinas ou de secre- ção externa, ou das glândulas endócrinas. As primeiras apre- sentam ductos por onde secretam substâncias para fora do organismo – como as glândulas sudoríparas e lacrimais – ou para o interior de um órgão oco – como as glândulas saliva- res e digestivas. Já as glândulas indócrinas não possuem ductos e lançam suas secreções diretamente no sangue. Por isso, suas secreções são chamadas hormônios. Exemplos: hipófise, tireóide, gônadas etc. As glândulas anfícrinas ou mistas tanto apresentam ductos excretores como produzem hormônios, atuando como glândulas endócrinas e exócrinas ao mesmo tempo. O exemplo mais comum é o pâncreas, que, em sua ação exócrina, produz suco pancreático, o qual lança no duodeno (porção inicial dos intestinos); sua ação endócrina, por sua vez, produz os hormônios glucagon e insulina, que são lançados diretamente no sangue, onde con- trolam a taxa de açúcar. Esôfago Canal musculoso, com movimentos peristálticos involuntários, controlados pelo sistema nervoso autônomo. O esôfago atra- vessa o tórax, ligando a faringe ao estômago. Suas fortes con- trações peristálticas empurram o alimento em direção ao estô- mago. A entrada do alimento nesse órgão é controlada pela válvula cárdia. Espécie Conjunto de indivíduos semelhantes, potencialmente capazes de se cruzar, produzindo descendência fértil. Toda classifica- ção em botânica tem base na noção de espécie. Espermatogênese Formação do gameta masculino – o espermatozóide, uma célula minúscula, altamente especializada, com formato hidrodinâmico, cujas características constituem adaptações que facilitam sua locomoção em meio líquido. A cabeça – parte volumosa da célula – é formada pelo núcleo, o qual se encontra envolvido por uma fina camada de citoplasma. Na parte anterior da cabeça, há uma bolsa cheia de enzimas di- gestivas, originada do complexo de Golgi e denominada acrossomo, cuja função é perfurar o óvulo no momento da fecundação. Após a parte intermediária, existe o flagelo, cujos movimentos permitem a locomoção dos espermatozóides até o óvulo (gameta feminino). Sua formação compreende qua- tro fases: Fase germinativa ou de multiplicação: células germinativas, diplóides, precursoras dos espermatozóides, dividem-se por mitose, originando as espermatogônias, que são células diplóides. No sexo masculino, a fase de multipli- cação pode ocorrer durante toda a vida do indivíduo; Fase de crescimento: é uma fase rápida, em que as espermatogônias se tornam maiores, passando a denominar-se espermatócitos I, ou de primeira ordem, ou simplesmente cito I. Até essa fase de crescimento, as células são diplóides; Fase de maturação: os espermatócitos de primeira ordem passam por meiose, originando quatro células haplóides, que podem apresentar caracteres diferentes devido à ocorrência de crossingover e permutas gênicas no início da divisão I da meiose. Na pri- meira divisão meiótica, cada espermatócito de primeira or- dem origina dois espermatócitos de segunda ordem – ou citos II –, que já, são células haplóides. Na segunda divisão Entomologia Estudo e classificação dos insetos. Epidemia Surto de doença que se espalha rapidamente, atingindo grande número de indivíduos de uma população. Epidídimos Órgãos do sistema reprodutor masculino. Partem dos túbulos seminíferos e têm um calibre maior. Sua função é armazenar temporariamente os espermatozóides. Epitélio de revestimento ou protetor Apresenta células justapostas, praticamente desprovidas de substâncias intersticiais (intercelulares) e de formas diversas (cilíndricas, cúbicas, achatadas), adaptando-se melhor às fun- ções que desempenham. Os epitélios de revestimento são clas- sificados em: epitélio simples, quando apresenta uma única camada de células, e epitélio estratificado, quando apresenta duas ou mais camadas. As células que compõem o epitélio de revestimento não são alimentadas pelo sangue, pois ele é des- provido de vasos sanguíneos; o transporte de substâncias se dá por osmose com as células vizinhas. As principais funções do epitélio de revestimento são: proteção – protege o corpo contra atritos, desidratação, substâncias tóxicas presentes no meio ambiente e entrada de microrganismos (bactérias, vírus); ab- sorção – mucosa interna dos intestinos; e transporte – de gases nos alvéolos pulmonares. O encéfalo e a medula formam o sistema nervoso central humano céreb ro cerebelo ponte bu lbo medula mega dicionario Biologia.p65 29/01/02, 20:4218 19 Biologia ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ da meiose, cada espermatócito II origina duas células haplóides, denominadas espermátides; fase de diferenciação ou espermiogênese: cada espermátide sofre grandes transfor- mações, dando origem aos espermatozóides. a ação desse hormônio, as células da região fúndica passam a produzir o suco gástrico, que contém ácido clorídrico e pepsinogênio. O ácido clorídrico apresenta o pH ácido (por volta de 2), e, em meio ácido, o pepsinogênio é transformado em pepsina (enzima ativa). A pepsina atua sobre as moléculas de proteína, decompondo-as em moléculas menores, mas de natureza protéica – as proteoses e peptonas. No estômago, também são encontradas as enzimas mucina e remina ou lab- fermento, que coagula o leite. Após permanecer no estômago algumas horas, o alimento ganha o aspecto de uma massa pas- tosa denominada quimo. Através do esfíncter pilórico, o quimo chega ao duodeno. Faringe Órgão em forma de canal, comum ao aparelho respiratório. O alimento deglutido é jogado na faringe, que se contrai volun- tariamente, empurrando o alimento para o esôfago. Febre amarela Doença de origem virótica, apresenta como sintomas inflama- ção do fígado, icterícia, vômitos sanguíneos e nefrite. A trans- missão é feita pela picada do mosquito Aedes aegypti contamina- do. Para prevenir a doença, deve-se tomar a vacina e exterminar o mosquito transmissor. Fenocópias Existem determinados indivíduos que apresentam caracterís- ticas fenotípicas não-hereditárias, que são produzidas por influência do meio ambiente, imitando um mutante. Como exemplo, temos o nanismo hipofisário, provocado por fun- ção deficiente da glândula hipófise, que simula o nanismo acondroplásico, determinado por genes dominantes e transmissíveis aos descendentes. Fenótipo É a aparência de um indivíduo (vegetal ou animal) de determi- nada espécie. Resulta da interação entre o genótipo e o meio ambiente. Fisiologia Estudo da atividade do corpo vivo, do modo pelo qual cada órgão exerce uma função particular, e todos, em conjunto, operam harmoniosamente (fisiologia vegetal e fisiologia animal). Anatomia externa do estômago ramo do nervo v a g o esôfago fibras muscu la res c i r cu la res f ibras muscu la res longitudinais f ibras muscu la res oblíquas pi loro duodeno pequena curvatura grande curvatura corpo do estômago fundo gástr ico ângulo do cárdia bexiga urináriac o r p o s c a v e r n o s o s uretra pên is glande epidídimo testículo escroto ducto deferente â n u s vesícula seminal ducto ejaculatório próstata Esqueleto apendicularConstituído pela cintura escapular e os membros anteriores, e pela cintura pélvica com os membros inferiores. A cintura escapular (ombro) é formada pelos ossos clavícula, escápula e corocóide. A cintura pélvica (bacia) é formada pelos ossos íleo, ísquio e púbis. Nos vertebrados, os membros anteriores divi- dem-se em braço, antebraço e mão. No braço existe um único osso – o úmero; no antebraço – dois ossos – o rádio e o ulna (cúbito). Na mão estão o carpo, o metacarpo e as falanges. Os membros inferiores dividem-se em coxa, perna e pé. Na coxa, há um único osso – o fêmur; na perna, dois ossos – a tíbia e a fíbula (perônio); e, no pé, o tarso, o metatarso e as falanges. Esqueleto axial É composto pelo crânio, pela coluna vertebral, pelas costelas e pelo esterno. Estômago Órgão resultante da dilatação do tubo digestivo, situado na cavidade abdominal. Sua porção inicial recebe o nome de cárdia; apresenta na sua parte superior uma pequena curvatura e na parte inferior uma grande curvatura. Sua parte mais dilatada recebe o nome de região fúndica. Em sua porção final, ocorre um estreitamento, que recebe o nome de esfíncter pilórico, o qual faz divisa com o duodeno, início do intestino delgado. Chegando ao estômago, o alimento estimula a produção do hormônio gastrina pelas células da mucosa do estômago. Sob Eucarionte Tipo celular que apresenta sistemas membranosos e organelas no citoplasma nesse meio, a carioteca está presente. Evolucionismo Teoria criada por Lamarck que supõe que as espécies se trans- formam umas em outras. Expiração É a saída do ar dos pulmões, o processo inverso ao da aspira- ção. Nele, o diafragma e os músculos intercostais relaxam. Diminui o espaço da caixa torácica, aumenta a pressão no in- terior dos pulmões e o ar é expelido. F mega dicionario Biologia.p65 29/01/02, 20:4219 20 Suplemento de Pesquisa e Informação ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Fitoplâncton Conjunto de seres fotossintetizantes que compõem o plâncton. São os principais produtores do bioma aquático. Flagelados Protozoários providos de longos e finos prolongamentos protoplasmáticos, chamados flagelos, que servem para a loco- moção. Podem ser animais ou vegetais. Flagelos Formações celulares que servem à locomoção dos seres unicelulares. Flora Brasiliensis Notável obra sobre botânica, organizada pelo naturalista ale- mão Martius, com a colaboração de 65 botânicos de diversos países, inclusive alguns brasileiros. É uma das maiores, se não a maior obra, no gênero, com 40 volumes no formato in- fólio que descrevem cerca de 200 famílias botânicas represen- tadas na flora brasileira e 22.767 espécies vegetais (sendo 5.689 novas e 19.629 brasileiras), das quais 6.246 aparecem em ótimas estampas. Fósseis São restos de origem orgânica mais ou menos petrificados, achados nas camadas da Terra correspondentes a épocas ge- ológicas anteriores à atual. Função Trabalho fisiológico que um aparelho ou sistema realiza. Fungo Vegetal inferior, sem clorofila. Ex.: cogumelo. Gametogênese Processo de formação de gametas. Gene Segmento de molécula de DNA, responsável pela determina- ção de características hereditárias, que está presente em todas as células de um organismo. Gênero Reunião de espécies que apresentam caracteres comuns (carac- teres genéricos), menos gerais que aqueles que servem para determinar as espécies. Genes alelos Genes que ocupam o mesmo lugar em cromossomos homó- logos. Atuam sobre as mesmas características, podendo ou não determinar o mesmo aspecto. Ex.: um mesmo animal pode possuir uma alelo que determine a cor castanha do olho, e o outro alelo, a cor azul. Genética Ramo da Biologia que estuda as questões ligadas à hereditarie- dade e às leis que a governa. Genoma Lote completo de genes característico da espécie. Uma célula haplóide possui um genoma, enquanto uma diplóide possui dois. Genótipo Patrimônio genético de um indivíduo presente em suas célu- las e transmitido de uma geração a outra. Não podemos ver o genótipo de um indivíduo, mas esse pode ser deduzido por meio de cruzamento, teste ou análise dos parentais e descen- dentes. Gestação Tempo que decorre entre o momento da fecundação até o nas- cimento do novo ser. Glândula de Cowper ou glândulas bulbouretrais Órgão do sistema reprodutor masculino que, sob estímulos sexuais, produz um muco de consistência lubrificadora, com a finalidade de auxiliar no ato sexual. Glândulas endócrinas São aquelas desprovidas de canais excretores; por isso, lançam diretamente no sangue os hormônios produzidos. Determina- da quantidade de hormônio no sangue pode estimular ou ini- bir as atividades do órgão-alvo. Essa regulação endócrina ocorre por meio de um mecanismo conhecido como realimen- tação ou feedback, que pode ser negativo ou positivo. Exemplo de feedback (retroalimentação) negativo: a adeno-hipófise produz e libera o hormônio foliculoestimulante, que, por meio do sangue, chega até os ovários, atuando sobre eles. Sob a ação do hormônio foliculoestimulante, um folículo de Graaf inicia seu processo de amadurecimento para produzir o óvulo. Du- rante o amadurecimento, o folículo produz o hormônio estradiol (hormônio sexual feminino). Quanto mais hormônio foliculoestimulante vier da adeno-hipófise, mais estradiol é produzido pelo folículo. Assim, a taxa de estradiol sobe muito no sangue, até chegar a um nível em que, ao passar pela hipófise, bloqueia a produção do hormônio foliculoestimulante. Está aí um feedback negativo, pois, com a parada da produção do hormônio foliculoestimulante, cessa também a produção de estradiol. Exemplos de feedback positivo: a glândula adeno- hipófise produz hormônio tireotrofina, que estimula a glându- la tireóide a produzir o hormônio tiroxina. Aumentando o hormônio tiroxina no sangue, a produção do hormônio tireotrofina se reduz, fato que provoca a inibição da tireóide. Quando o nível de tiroxina no sangue se torna baixo, a adeno- hipófise volta a secretar tireotrofina, e o mecanismo recomeça. Glândulas salivares São três pares de glândulas: as parótidas, as maxilares e as sublinguais. Sob o estímulo do aroma e do sabor dos alimen- tos, as glândulas salivares produzem a saliva, que apresenta em sua composição a enzima ptialina ou amilase salivar, a qual, por sua vez, atua sobre o amido, iniciando sua digestão e trans- formando-o em maltose. A saliva lubrifica e dilui os alimentos, facilitando sua mastigação, gustação e deglutição. Grande circulação ou circulação sistêmica É a que se estabelece entre o coração e todos os tecidos do corpo. Sua função básica é distribuir oxigênio e nutrientes para todas as células vivas. G mega dicionario Biologia.p65 29/01/02, 20:4220 21 Biologia ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Gripe Doença de origem virótica. Seus sintomas são calafrios, febre alta, dores de cabeça, garganta e musculares, vermelhidão da face e olhos brilhantes. É transmitida diretamente por gotículas expelidas por doentes e indiretamente por meio de objetos contaminados. A vacina é ineficiente, pois o vírus é mutante. O doente deve evitar a exposição à friagem. O pró- prio organismo combate a enfermidade com eficiência, po- rém podem ser usados antitérmicos e ácido acetilsalicílico para aliviar os sintomas. H Hábitat Local habitado por uma espécie. Haplóide Núcleo celular que possui n cromossomos. Harvey, William Médico e fisiologista inglês (1578-1657). Descreveu o meca- nismo da circulação do sangue. Hepatite Doença de origem virótica. Apresenta os seguintes sintomas: infecção aguda, febre, inapetência, náuseas, vômitos, mal-estar e dores abdominais. É transmitida pelo contágio direto com gotículas de muco e saliva, transfusão de sangue, injeção de soro ou plasma proveniente de pessoas infectadas e seringase agulhas contaminadas. Deve-se evitar o contato com pessoas infectadas e esterilizar seringas e agulhas. Heterolécitos Óvulos com muito vitelo, o qual está mais concentrado e em maior quantidade entre o pólo vegetativo e o pólo que contém o núcleo. É comum nos peixes e anfíbios. Hipófise ou pituitária Glândula localizada na base do cérebro. Apresenta duas re- giões distintas: a neuro-hipófise ou hipófise posterior, e uma porção anterior à adeno-hipófise. Sabe-se hoje que ela está sob o controle do hipotálamo (parte do sistema nervoso cen- tral). A neuro-hipófise armazena hormônios fabricados pelo hipotálamo. Homeostase Equilíbrio dinâmico entre os sistemas de um organismo, que permite regular o estado físico do protoplasma celular, o pH e a concentração osmótica, evitando que se desequilibre em relação às variações do meio. Um dos principais mecanismos da homeostase é a osmorregulação. Homozigoto Um indivíduo é homozigoto para um determinado caráter quando possui os dois genes iguais, ou seja, um mesmo alelo em dose dupla. O homozigoto produz apenas um tipo de gameta, seja ele dominante, seja recessivo. Hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) Hormônio produzido pela adeno-hipófise ou lobo anterior da hipófise. Atua na região cortical das supra-renais, estimulando a produção dos hormônios cortisona e aldosterona. Hormônio antidiurético (ADH) Hormônio fabricado no hipotálamo e armazenado pela neuro-hipófise. Atua nos túbulos renais, promovendo a reabsorção da água. Sua deficiência provoca o diabetes in- sípido. O ADH é conhecido também como vasopressina. Hormônio de crescimento ou somatotrópico (STH ou GH) Hormônio produzido pela adeno-hipófise ou lobo ante- rior da hipófise. Tem como funções estimular o cresci- mento da criança e do jovem, aumentando o número de mitoses e da síntese de proteínas. Sua deficiência na crian- ça provoca o nanismo. Quando é produzido em excesso, provoca o gigantismo. Se esse problema surge na fase adulta, provoca a acromegalia (crescimento das extremi- dades, como mãos e pés). Hormônio foliculoestimulante (FSH) Hormônio produzido pela adeno-hipófise ou lobo anterior da hipófise. Atua nos ovários, estimulando o desenvolvimen- to dos folículos ovarianos, no interior dos quais ocorre a maturação dos óvulos. No homem, estimula a produção dos espermatozóides. Hormônio luteinizante (LH) Hormônio produzido pela adeno-hipófise ou lobo anterior da hipófise. Atua no rompimento do folículo ovariano, o que re- sulta na liberação do óvulo. Ocorrendo a ruptura, o folículo transforma-se em corpo lúteo ou corpo amarelo. No homem, atua nos testículos, estimulando a síntese de testosterona (hormônio sexual masculino). Hormônio melanotiófico (MSH) Hormônio produzido pela adeno-hipófise ou lobo anterior da hipófise. Relaciona-se com a pele em anfíbios e répteis. Nos seres humanos e outros mamíferos, ocorre também o MSH, mas sua atuação no organismo é desconhecida. Hormônios São substâncias químicas produzidas por glândulas endócrinas ou por células isoladas e são lançadas no sangue em dois locais distantes, estimulando ou inibindo as funções de cer- tos órgãos-alvo. Humboldt, Alexander von Cientista alemão (1769-1859). Seus estudos abordaram vários setores do conhecimento humano. Fez várias viagens de explo- ração, nas quais, entre outras coisas, estudou as formas e ca- racterísticas das plantas em relação ao meio em que se desen- volvem, dando os primeiros passos para a criação da geografia botânica. mega dicionario Biologia.p65 29/01/02, 20:4221 22 Suplemento de Pesquisa e Informação ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ I também a ação do suco entérico, produzido pelas células da parede do intestino, e se transforma no quilo, que apresenta o pH alcalino por volta de 8. Intestino grosso Parte do alimento não-absorvido no intestino delgado passa para o ceco, porção inicial do intestino grosso que atravessa a válvula ileicecal. Uma grande quantidade de água acompanha os resíduos alimentares. A região do ceco, em sua parte infe- rior, tem o apêndice e, em sua porção superior, o cólon ascen- dente; em seguida, o cólon transversal, o cólon descendente e o reto. Na região do ceco, os resíduos alimentares constituem o bolo fecal, que, devido aos pigmentos biliares, apresenta cor marrom. Grande parte do volume de água que acompanha o bolo fecal é reabsorvida ao longo do intestino grosso. Isolécitos ou oligolécitos Óvulos com pouco vitelo, distribuído uniformemente por toda a célula. É comum nos equinodermos (invertebrados mari- nhos) e nos cefalocordados (como o anfioxo). Inspiração É a entrada de ar nos pulmões. Para que ocorra, o diafragma, músculo que separa o tórax do abdome, se contrai e abaixa. Os músculos intercostais se contraem e elevam as costelas, aumentando o volume da caixa torácica e diminuindo a pres- são no interior dos pulmões, que se dilatam ocupando todo o espaço. Intestino delgado Chegando ao duodeno – porção inicial do intestino delgado –, o quimo apresenta uma certa acidez, o que provoca uma reação nas paredes do duodeno, o qual passa a produzir dois hormônios: a secretina e a colecistocinina, que, por sua vez, são lançados na corrente sanguínea. A secretina vai atuar no pâncreas, estimulando-o a produzir o suco pancreático, que será lançado no duodeno. O hormônio colecistocina vai atuar sobre a vesícula biliar (bolsa armazenadora de bile, fabricada pelo fígado), provocando contrações, até que ocorra a libera- ção da bile, a qual é lançada no duodeno juntamente com o suco pancreático. Além do suco pancreático e da bile, o quimo sofre L Lamarck, Jean Baptiste Naturalista francês (1741-1829). Criador da famosa teoria evolucionista, segundo a qual o aperfeiçoamento dos seres vi- vos é obra de suas próprias atividades vitais, influenciadas por estímulos externos e internos. As influências externas, do solo, da umidade, da luz, calor etc., atuam sobre as plantas e os animais. Nos animais, a essas influências se unem o uso ou desuso que fazem de seus órgãos, daí a expressão “a função faz o órgão’’. Com base nisso, Lamarck acreditou encontrar, entre outros fatos que observou, justificativa para o tamanho desme- surado do pescoço das girafas no fato de terem sido obrigadas a esticá-lo, ao longo de gerações, para alcançar os frutos e folhas das árvores. Lavoisier, Antoine Laurent de Químico francês (1743-1794). Devem-se a ele a nomenclatura química, o conhecimento da composição do ar, a descoberta do papel do oxigênio nas combustões e na respiração dos animais e a formulação da lei de conservação da matéria. Na física, efetuou as primeiras medições calorimétricas. Participou da comissão encarregada de estabelecer o sistema métrico. Leite Produto de secreção das glândulas mamárias, que possuem as fêmeas dos mamíferos. Por conter hidratos de carbono, albuminóides, graxas, sais e vitaminas em proporções adequa- das, constitui o mais completo alimento natural para os seres em formação. Lineu, Carl von Naturalista sueco (1707-1778). Autor do primeiro sistema natural de classificação botânica e considerado um dos mais importantes botânicos. Língua É um órgão musculoso. Em sua superfície apresenta corpús- culos táteis e quimiorreceptores. A língua participa da deglutição dos alimentos, contribui para a articulação das pa- lavras e é o órgão-sede do paladar. Lund, Peter Wilhelm Naturalista dinamarquês (1801-1880). Residiu por mui- tos anos no Brasil, tendo estudado a paleontologia da região calcária do centro de Minas Gerais e descoberto restos fósseis do homem primitivo na zona da Lagoa San- ta. Contribuiu grandemente para que o Brasil se tornasse conhecido nos meios científicos europeus e proporcio- nou a vinda ao País de naturalistas notáveis, como Warming e Reinhardt. M Malária Conhecida também como maleita, impaludismo, febre terçã benigna ou febre quartã. O agente causador da doença é o protozoário dos gêneros Plasmodiumvivox, Plasmodium malariae, Plasmodium falciparum e Plasmodium ovale. O contágio se dá pela picada da fêmea do mosquito Anopheles, ou mosquito-prego; antes de sugar o sangue, o mosquito injeta saliva, que contém uma substância anticoagulante. O parasita penetra na circulação sanguínea juntamente com a saliva. Segue-se um período de incubação, de aproximada- mega dicionario Biologia.p65 29/01/02, 20:4222 23 Biologia ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ mente dez dias, durante o qual o Plasmodium permanece nas células do fígado. Posteriormente retorna à circulação san- guínea e penetra nas hemácias (glóbulos vermelhos). Nesse local, divide-se assexuadamente, originando esporos. As hemácias rompem-se, liberando esporos que irão contami- nar novas hemácias. Por reproduzir-se assexuadamente no homem, esse se torna hospedeiro intermediário do plasmódio, e sua reprodução sexuada ocorre no mosquito Anopheles, que é o hospedeiro definitivo. Os sintomas da malária são anemia, enfraquecimento, lesões no fígado e ciclos de febres, que variam dependendo da espécie do plas- módio. O Plasmodium vivox causa a febre terçã benigna e acessos febris a cada três dias. O Plasmodium falciparum causa a terçã maligna e acessos febris com períodos irregu- lares de 36 a 48 horas. O Plasmodium malariae causa a febre quartã e acessos febris, com ciclos de 72 horas ou a cada quatro dias. O Plasmodium ovale causa acessos febris, com ciclos de 48 horas; os sintomas são leves, e a infecção, de modo geral, termina após 15 dias. A doença é prevenida com o extermínio do mosquito transmissor pela utilização de telas nas janelas para impedir sua entrada e pela elimina- ção de águas paradas (vasos, pneus etc.), que servem de criadouros para a larva do inseto, pois ele se desenvolve em meio aquático. 1 - No homem: por ocasião da picada do pernilongo, formas infectantes do parasita, conhecidas como esporozoítos, abandonam as glândulas salivares do inseto e invadem o organismo humano. 2 - Dirigem-se, pelo sangue, às células do fígado, onde se multiplicam. 3 - A seguir, abandonam o fígado e se espalham pelo sangue, invadindo glóbulos vermelhos. 4 - Em cada glóbulo vermelho, consomem a hemoglobina, sendo então chamados de trofozoítos. Por um processo de reprodução assexuada múltipla (conhecido como esquizogonia) cada trofozoíto dá origem a cerca de 36 células-filhas chamadas de merozoítos. 5 - Esses merozoítos provocam a ruptura do glóbulo vermelho, ficam livres no sangue e invadem novos glóbulos vermelhos. Nova reprodução múltipla ocorre e o ciclo se repete. 6 - Após alguns ciclos de esquizogonia nas hemácias humanas, certos merozoítos transformam-se em células sexuais, os gametócitos; porém, não formam gametas no organismo humano. 7 - No pernilongo: sugadas por um Anopheles fêmea, hemácias contendo gametócitos chegam ao tubo digestivo do inseto. Os gametócitos femininos (macrogametócitos) crescem e se transformam em megagametas. Cada gametócito masculino (microgametócito) divide-se e origina de 6 a 8 microgametas, com forma de 8 - As fecundações ocorrem no tubo digestivo do inseto, caracterizando-o, assim, como hospedeiro definitivo do ciclo vital do plasmódio. 9 - Os zigotos formados penetram na parede intestinal e se encistam. Dentro de cada cisto ocorre uma reprodução múltipla (a esporogonia), com formação de milhares de 10 - Os esporozoítos arrebentam a parede do cisto e migram em direção às glândulas salivares do inseto. Ali permanecem até que o inseto os introduza, através de uma picada, no corpo de outra pessoa para, assim, darem continuidade ao ciclo sexual no mosquito é de 7 a 19 dias, após os quais o pernilongo é capaz de inocular Malpighi, Marcello Célebre naturalista italiano (1628-1694). Dedicou-se especi- almente à anatomia microscópica animal e vegetal. Medula espinhal É uma haste cilíndrica que percorre o interior do canal raquidiano. É condutora de impulsos nervosos e sede dos atos reflexos. Internamente apresenta o corpo dos neurônios, dan- do a essa região uma cor acinzentada, e externamente ficam os axônios mielinizados, constituindo a substância branca. Meio Conjunto de fatores de ordem exterior, sob cuja influência se desenvolvem os seres vivos, desde o momento da fecundação. São o ar, o alimento, a temperatura, a luz, o gênero de vida e demais circunstâncias e condições, impostas por agentes exter- nos, que os seres se vêem obrigados a suportar. Meiose Processo de divisão celular pelo qual uma célula diplóide ori- gina células haplóides. É um processo que reduz o número cromossômico à metade. Ocorre nas células reprodutoras e resulta nos gametas. Mendel, Gregor Johann Religioso e botânico austríaco (1822-1884). Professor de ciên- cias naturais, que realizou experimentos com sementes de er- vilhas, a respeito da transmissão de caracteres hereditários, estabelecendo as “leis de Mendel’’, básicas para a genética. Mendelismo Doutrina da origem das espécies baseada nas “leis de Mendel’’, que admitem a produção de espécies novas por hibridação. Menopausa Processo que marca o fim da capacidade reprodutiva nas mulheres. Menstruação Processo de descamação do endométrio, acompanhada de sangramento. Metabolismo Conjunto de fenômenos que ocorrem no processo da nutri- ção, desde o ato da ingestão do alimento até a excreção dos produtos de desassimilação. Metazoários Um dos dois grandes sub-reinos em que se divide o reino animal. Ao contrário do sub-reino os protozoários, é cons- tituído de animais formados por numerosas células diferen- ciadas, todas oriundas da célula-ovo. Os metazoários agru- pam-se em dois grandes ramos: fitozoários, que têm simetria radiada, e artiozoários, com simetria bilateral. Micróbio Ser unicelular e microscópico. Há espécies inócuas e outras patogênicas, mas vulgar e geralmente o nome micróbio é dado às patogênicas. mega dicionario Biologia.p65 29/01/02, 20:4223 24 Suplemento de Pesquisa e Informação ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Miopia Ocorre quando o globo ocular é mais longo que o normal. Em conseqüência, a imagem é focalizada antes da retina.O míope tem dificuldades para enxergar ao longe. A correção pode ser feita com lentes divergentes. A hipermetropia é o inverso da miopia. Mitose Processo pelo qual uma célula eucarionte (nucleada) origina, em uma seqüência ordenada de etapas, duas células cromossômica e geneticamente idênticas. Músculos Os músculos são formados por células geralmente alongadas, que apresentam em seu interior a proteína fibrila, responsável pelas contrações musculares. Os movimentos do corpo de- N vem-se às contrações dos músculos. A partir dos cnidários e nos demais invertebrados, devido à ausência de um esqueleto ósseo, os músculos são os únicos responsáveis pelos movi- mentos do ser e apresentam uma musculatura lisa e estriada. Nos vertebrados, há três tipos de músculos: liso, estriado esquelético e estriado cardíaco. Musculatura lisa: de contração involuntária, é encontrada nas paredes de órgãos ocos (estô- mago, intestinos, vasos sanguíneos, entre outros). Musculatu- ra estriada esquelética: prende-se ao esqueleto, tem contrações voluntárias e rápidas. Musculatura estriada cardíaca: forma o miocárdio (musculatura intermediária e mais desenvolvida do coração) e é responsável pelos batimentos cardíacos. Apresen- ta discos intercalares que facilitam a passagem de estímulos de uma célula à outra. Nematelmintos Classe do ramo dos vermes, de corpo longo e cilíndrico, sem segmentos, que carecem de apêndices locomotores, cílios vibráteis e vasos sanguíneos. Seu revestimento externo é cons- tituído de uma cutícula quitinosa. São na maior parte parasitas de vertebrados e invertebrados.