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CASO NELSON GONÇALVES 1º. Passo: Compreensão do Problema: 1. Qual o nomen iuris do crime? Tráfico de drogas. 2. Onde o crime está previsto? Artigo 33, “caput” da lei 11.343/06. 3. Qual a previsão abstrata de pena? Pena - 5 a 15 anos de reclusão. 4. Qual a natureza da ação penal? Pública incondicionada. 5. Qual o fundamento da natureza da ação penal? Artigo 100 do CP. 6. Qual o rito procedimental? Procedimento ordinário. 7. Qual o fundamento do rito procedimental? Artigo 394, §1º., inciso I do CPP. 8. Qual o momento processual? Momento 02 9. Quem é o cliente? Nelson Gonçalves. 10. Qual a situação prisional? Em liberdade. 11. Qual o fundamento da prisão? Está em liberdade provisória. 2º. Passo: Identificação da Peça: 1. Qual a peça ou quais as peças cabíveis ao caso? Alegações finais na forma de memoriais. 2. Qual o fundamento da peça ou das peças escolhidas? Artigo 403, § 3º, do CPP. 3º. Passo: Endereçamento: 1. Para quem será(ão) endereçada(s) a peça ou as peças? Para o Juízo da Vara Criminal de Presidente Prudente. 4º. Passo: Teses de Defesa: 1. Construa 08 (oito) propostas de teses de defesa em favor do seu cliente? (Importante: para cada proposta de tese deverão ser respondidas 03 questões: Como é classificada a tese? Qual a razão da tese? Qual o fundamento da tese?) 1ª Tese – MÉRITO: Deve-se pleitear, a absolvição do acusado por inexigibilidade de conduta diversa. Nelson é uma pessoa idosa, que foi ameaçado de morte e de ter sua família expulsa de seu lar, não seria possível exigir outra conduta do acusado. Art. 22 do CP e art. 386, inciso VI, do CPP. 2ª Tese – MÉRITO: Caso o juiz entenda que Nelson agiu com culpa, deve-se aplicar a pena base em seu mínimo legal, conforme enunciado 444 da Súmula de jurisprudência do STJ, a existência de inquéritos policiais ou ações penais em curso não são suficientes para fundamentar circunstâncias judiciais do Art. 59 do Código Penal como desfavoráveis. 3ª Tese – MÉRITO: Deve-se alegar a atenuante da coação irresistível, já que o crime somente foi praticado por exigência de Zé Pequeno, conforme Art. 65, inciso III, c, do CP. 4ª Tese – SUBSIDIÁRIA: Deve-se alegar que que o réu é maior de 70 anos na data da sentença, e faz jus ao reconhecimento da atenuante prevista no Art. 65, inciso I, do CP. 5ª Tese – SUBSIDIÁRIA: Deve-se alegar que Nelson é primário, de bons antecedentes, e que não consta em seu desfavor qualquer indício de envolvimento com organização criminosa ou dedicação às atividades criminosas, sendo cabível a aplicação da redução de pena previsto no Art. 33, § 4º, da Lei nº 11.343. 6ª Tese – SUBSIDIÁRIA: Deve-se em último caso pedir que seja reconhecida a existência do tráfico privilegiado do Art. 33, § 4º, da Lei nº 11.343/06, sendo cabível o a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos. 7ª Tese – SUBSIDIÁRIA: Em relação ao regime carcerário, em que pese o art. 2º, §1º, da Lei n. 8.072/90 prever a fixação do regime inicial fechado aos condenados por crimes hediondos ou equiparados, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a inconstitucionalidade desse dispositivo por violação do princípio da individualização da pena, previsto no art. 5º, XLVI, da CF/88, sendo cabível, portanto, a fixação do regime inicial aberto de cumprimento da reprimenda legal. 8ª Tese – SUBSIDIÁRIA: Deve-se pedir a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos. Isso porque, uma vez sendo reconhecido o tráfico privilegiado, com a diminuição da pena no patamar máximo, a pena definitiva não ultrapassará quatro anos. Lembrando que a vedação constante no art. 33, §4º, da Lei n. 11.343/2006, não mais subsiste.
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