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AUDITORIA EM ENFERMAGEM 
 
 
 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de 
empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de 
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como 
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a 
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua 
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, 
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o 
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
3 
 
 
 
 
Sumário 
 
Unidade 1: Auditoria em Enfermagem .................................................................... 6 
Seção 1.1: Introdução ................................................................................. 6 
Seção 1.2: Convergência entre processo administrativo, qualidade e 
auditoria .................................................................................................................. 7 
Seção 1.3: Auditoria .................................................................................... 9 
Seção 1.4: Auditoria em Enfermagem ..................................................... 14 
Seção 1.5: Aspectos éticos e legais da auditoria em Enfermagem ...... 16 
Seção 1.6: Auditoria na assistência diária de Enfermagem .................. 18 
Unidade 2: O processo de auditoria em Enfermagem ......................................... 21 
Seção 2.1: O processo de Enfermagem .................................................. 21 
Seção 2.2: Momento de planejamento (inicial) ....................................... 23 
Seção 2.3: Fase de preparação da auditoria ........................................... 23 
Seção 2.4: Fase de detalhamento do planejamento ............................... 25 
Seção 2.5: Avaliação processual ............................................................. 25 
Seção 2.6: Momento de implementação ................................................. 26 
Seção 2.7 Execução da auditoria ............................................................. 26 
Seção 2.8: Resultado da auditoria ........................................................... 27 
Unidade 3: Ainda acerca dos processo de auditoria em Enfermagem .............. 29 
Seção 3.1: Momento de investigação ...................................................... 29 
Seção 3.2: Explicação dos problemas .................................................... 30 
Seção 3.3: Momento de diagnóstico ....................................................... 31 
Seção 3.4: Momento de planejamento (processual) .............................. 32 
Seção 3.5: Momento de avaliação ........................................................... 33 
Seção 3.6: Auditoria de acompanhamento ............................................. 34 
4 
 
 
CONCLUSÃO ........................................................................................................... 42 
Referências .............................................................................................................. 43 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
VÍDEOS DE APOIO 
Com o intuito de contribuir mais um pouco para a apreensão do seu 
conhecimento acadêmico, de forma didática e também prática, alguns links de vídeos 
serão disponibilizados no decorrer desta apostila. Assim, antes de iniciar a leitura 
deste material didático, será necessário acessar e assisti-los. 
Para tanto, tenha toda sua atenção voltada para esse momento e, se sentir 
necessidade, retome a leitura ou mesmo assista novamente ao vídeo. 
 
 Vídeo 1: Auditoria em Enfermagem 
Disponível em:< https://www.youtube.com/watch?v=X67bb3Dp-pU> 
Sinopse: no vídeo a professora Fernanda Coelho aborda sobre os aspectos 
pertinentes sobre auditoria em enfermagem, como por exemplo os tipos de auditoria. 
 
 Vídeo 2: A importância das anotações de enfermagem para a 
auditoria 
Disponível em:< https://www.youtube.com/watch?v=1JTzjlNZbHA> 
Sinopse: no vídeo do canal Unimed Paranavaí, as enfermeiras Juliana Senteio e 
Amanda Vitória, abordam sobre auditoria, anotações de enfermagem, e como essas 
anotações são importantes para o processo de auditoria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=X67bb3Dp-pU
https://www.youtube.com/watch?v=1JTzjlNZbHA
6 
 
 
 
 
Unidade 1: Auditoria em Enfermagem 
 
Seção 1.1: Introdução 
A preocupação com a qualidade integra a história humana, realizando uma 
parcela de sua evolução, sendo relacionada ao progresso econômico, político e 
cultural de cada período de tempo. A área da saúde não manteve-se indiferente a este 
processo, sendo que o conceito de garantia de qualidade em saúde, diz respeito à 
construção de métodos para a avaliação da qualidade e implementação de normas e 
padrões de conduta clínica. 
A palavra auditoria provém do latim audire que significa ouvir. Entretanto, o 
termo pode ser explicado de forma melhor pelo vocábulo da língua inglesa audit, que 
possui como significado examinar, corrigir e certificar. Desse modo, esta fundamenta-
se na avaliação sistemática e formal de uma atividade para verificar se ela está sendo 
realizada conforme os objetivos. Diz respeito a uma área da contabilidade utilizada 
por diversas profissões, incluindo a enfermagem, em razão da globalização e da 
necessidade das empresas de somarem o trabalho do auditor de enfermagem ao 
auditor médico, considerando sua função generalista. Reconhecendo ser a auditoria 
em enfermagem uma atividade valiosa para subsidiar uma constante melhoria da 
qualidade das ações de enfermagem, é importante que esta seja sistematizada de 
forma a acolher as características da profissão. 
Em serviços de saúde, a auditoria caracteriza-se como notável ferramenta para 
transformação dos processos de trabalho que vêm ocorrendo em hospitais e planos 
de saúde, estes que procuram se remodelar para preservarem a qualidade do cuidado 
realizado assegurarem uma posição competitiva no mercado de trabalho. Nesse 
cenário, a auditoria em enfermagem pode ser conceituada como uma avaliação 
sistemática da qualidade da assistência de enfermagem, vista por meio dos registros 
de enfermagem no prontuário do paciente e as próprias condições deste. 
7 
 
 
Os principais objetivos da realização de auditoria em enfermagem são, a 
identificação das áreas insatisfatórios dos serviços de enfermagem, oferecendo 
informações concretas para que decisões sejam tomadas sobre o remanejamento e 
aumento de pessoal, propiciando desta forma, a melhoria da assistência. Com o foco 
no cuidado de qualidade e no aumento da competitividade entre organizações 
prestadoras de serviços de saúde, cada vez mais aparecem chances para o 
enfermeiro trabalhar nesta área. 
 
Seção 1.2: Convergência entre processo administrativo, qualidade e 
auditoria 
No decorrer da evolução histórica da enfermagem, foi necessário que os 
profissionais respondessem às mudanças tecnológicas e às forças sociais. As 
responsabilidades administrativas estão evoluindo em resposta às demandas 
institucionais, mercadológicas e assistenciais, sendo o papel do enfermeiro decisivo 
para a assistência efetiva e com qualidade. É necessário que os profissionais de 
Enfermagem adotem uma postura que valorize as funções administrativas,tendo em 
conta a administração como a forma de utilizar os inúmeros recursos organizacionais, 
para atingir intuitos e alcançar alto desempenho. 
CHIAVENATO (2000) afirma que 
A tarefa da administração é interpretar os objetivos propostos pela empresa 
e transformá-los em ação empresarial por meio de planejamento, 
organização, direção e controle de todos os esforços realizados em todas as 
áreas e em todos os níveis da empresa, a fim de atingir tais objetivos. Assim, 
a administração é o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar o uso 
dos recursos organizacionais para alcançar determinados objetivos de 
maneira eficiente e eficaz. CHIAVENATO (2000, p. 3) 
O processo administrativo, dessa forma, é a execução sequencial das funções 
administrativas: planejar, organizar, dirigir e controlar. O autor supracitado ainda 
salienta que estas funções estão profundamente unidas entre si, sendo 
interdependentes e interagentes. 
Para MAXIMIANO (2004), a função controle é o processo de gerar e utilizar 
informações para tomar decisões sobre a execução de atividades e sobre objetivos. 
8 
 
 
Este autor sustenta que o processo de controle, da mesma forma que outros 
processos administrativos, é constituído de outros processos, lecionando: 
O processo de buscar informações sobre o desempenho é também chamado 
de monitoramento ou acompanhamento. O processo de comparar e tirar 
conclusões sobre o desempenho é também chamado de avaliação 
(MAXIMIANO, 2004, p. 360). 
CHIAVENATO (2000) ressaltou ainda que o processo de controle é realizado, 
de forma inicial, por meio do estabelecimento de padrões de desempenho, seguido 
da mensuração do desempenho a ser controlado, comparação do desempenho atual 
com o padrão, e a tomada de ação corretiva para ajustar o desempenho atual ao 
padrão desejado. Já MARQUIS; HUSTON (2005) defenderam que, apesar do controle 
normalmente ser abordado como última parte do processo administrativo, e este 
sendo cíclico, assim como o processo de Enfermagem, não constitui-se um fim em si 
mesmo, sendo implementado através de todas as fases da administração. 
Na área da saúde, principalmente em Enfermagem, a avaliação é empregada 
como ferramenta para determinação da dimensão dos intuitos atingidos, ficando 
implícita a mensuração da qualidade dos serviços prestados aos pacientes. Desse 
modo, a auditoria em Enfermagem, retrata a função de controle dentro do processo 
administrativo. 
Entende-se que a determinação da qualidade faz com que a assistência de 
Enfermagem prestada aos pacientes atenda padrões plausíveis. Para SIMÕES; 
JÚNIOR (2004), essa preocupação teve início há muitos anos, no decorrer do tempo, 
todas as atividades de prestação de serviços de saúde estão empenhados de modo 
direto com a qualidade de resultados e, por outro lado, tem-se notado um crescente 
aparecimento de novas tecnologias, que se superam em períodos cada vez menores, 
tornando os custos dos serviços cada vez maiores. 
Não pode-se pensar em qualidade na área de enfermagem sem lembrar dos 
trabalhos de Florence Nightingale, enfermeira inglesa que implantou o primeiro 
modelo de melhoria contínua da qualidade em saúde no ano de 1854, no decorrer da 
Guerra da Criméia, em que tendo como base dados estatísticos e gráficos, as taxas 
de mortalidade reduziram de 42,7% para 2,2%, em um período de somente 6 meses. 
Este feito só foi alcançado por meio da implantação de padrões sanitários firmes e de 
um revolucionamento no atendimento e cuidados de enfermagem determinados. 
9 
 
 
 
Seção 1.3: Auditoria 
Apesar de fatos históricos, evidenciarem a origem da auditoria como da área 
contábil, desde a antiga Suméria, a história da auditoria se perdeu no tempo, sendo 
desconhecido o nome do primeiro auditor. Inicialmente limitada à verificação de 
registros contábeis, tencionando analisar se estes eram corretos, com o decorrer do 
tempo, a auditoria expandiu seu campo de ação, estabelecendo-se a partir disso uma 
confusão terminológica, “julgando-se que seja ela o mesmo que perícia, revisão ou 
exame de escrita simplesmente” (SÁ, 2000). 
CHIAVENATO (2003), alega que a auditoria é um sistema de revisão e controle, 
que visa informar a administração em relação à eficiência e eficácia dos programas 
em progresso, admitindo como intuitos a indicação das falhas e dos problemas, 
apontando sugestões e soluções, possuindo desse modo um caráter altamente 
educacional. 
O Ministério da Saúde trabalha com o conceito de que a auditoria consiste: 
O exame sistemático e independente dos fatos obtidos através da 
observação, medição, ensaio ou outras técnicas apropriadas, de uma 
atividade, elemento ou sistema, para verificar a adequação aos requisitos 
preconizados pelas leis e normas vigentes e determinar se as ações de 
saúde, e seus resultados estão de acordo com as disposições planejadas. 
(BRASIL, 2001, p. 9) 
 
Em termos gerais, a auditoria possui como maior intuito, a garantia à cúpula 
administrativa de informações pertinentes ao exercício de um controle efetivo 
referente a organização ou sistema, contribuindo assim para o planejamento e 
replanejamento das ações e para o aperfeiçoamento do sistema. (BRASIL, 2001) 
MARQUIS; HUSTON (2005) destacam que as auditorias constituem os 
instrumentos para mensuração de controle de qualidade, operando sobre o registro, 
o processo, a estrutura, o ambiente ou a contabilidade para julgar o desempenho. As 
auditorias mais utilizadas em controle de qualidade são derivadas do modelo de 
Donabedian, implantado no ano de 1994, servindo para medir a qualidade e 
compreendendo auditorias de resultados, de processos e de estrutura. 
10 
 
 
De acordo com DONABEDIAN (1994), o conceito de estrutura engloba: grau 
de qualificação dos recursos humanos, área física adequada, recursos financeiros 
disponíveis, equipamentos em número e distribuição adequados. A estrutura é 
importante na qualidade da atenção, devido aumentar ou diminuir a possibilidade de 
boa atuação do profissional. O autor considera a avaliação da estrutura da maior 
importância no planejamento, no desenho e na implementação dos programas. 
Julgando o processo como as atividades que envolvem os profissionais e seus 
clientes, baseados em padrões reputados. É sobre essas relações que se alcançam 
os resultados dos serviços fornecidos. Desse modo, é de onde se retiram as bases 
para a valoração da qualidade. Entre outros fatores, no processo aparecem os 
aspectos éticos e da relação profissional/ equipe de trabalho/cliente. De certo modo, 
tudo o que é relacionado ao atendimento das necessidades dos clientes, diretamente 
e no momento em que ele está ocorrendo, pode ser considerado como processo. A 
análise pode ser sob a perspectiva técnica e administrativa. Já o resultado expressa 
o produto final do serviço prestado, levando em consideração a satisfação de padrões 
e de expectativas da clientela. 
As auditorias podem ser caracterizadas conforme os seus métodos e 
classificações, estas sendo explicitadas abaixo: 
Auditoria prospectiva, ou auditoria prévia: julga os procedimentos anteriormente à 
sua realização, possui caráter preventivo, buscando reconhecer eventos de alarme 
para evitar problemas. Procura apontar a forma como as atuais intervenções afetarão 
o desempenho futuro. 
Auditoria operacional, ou concorrente: executada enquanto o cliente recebe o 
serviço, envolvendo o alcance e a avaliação de evidências sobre a eficiência e eficácia 
das atividades operacionais de uma instituição, comparando-as com os intuitos 
definidos, contemplando também recomendações para aperfeiçoamento 
JUND (2002) acrescenta que a auditoria operacional é conhecida também 
como auditoria dos 3 Es (Economia, Eficiência e Eficácia). Para efeito de 
compreensão dessa nomenclatura, é pertinente o entendimento sobre: 
Economicidade: é o grau em que uma organização, programa, processo, 
projeto, operação, atividade, função ou sistemaminimiza o custo de recursos 
humanos, financeiros e materiais, adquiridos ou utilizados, tendo em conta a 
11 
 
 
quantidade e qualidade apropriada, ou seja, é a prática por parte da gerência 
das virtudes de poupança e boa economia doméstica (gastando menos) 
(JUND, 2002, p. 94). 
Eficiência: é a relação entre os produtos, bens e serviços produzidos ou 
outros resultados atingidos por uma unidade ou entidade econômica, tendo 
em conta a quantidade e qualidade apropriada e os recursos utilizados para 
produzi-los ou atingi-los; menor custo, maior velocidade, melhor qualidade 
(JUND, 2002, p. 94). 
Eficácia: é o grau que uma organização, programa, processo, projeto, 
operação, atividade, função ou sistema atinge os objetivos da política, as 
metas operativas estabelecidas e outros resultados e feitos previstos (JUND, 
2002, p. 94). 
 
Auditoria retrospectiva: executada após o cliente receber os serviços, 
acompanhando os fatos após a sucessão dos fenômenos, isto é, consiste na análise 
da relação entre os critérios determinados e os dados verificados na revisão dos 
registros após a saída do cliente. 
No que se refere à classificação, SÁ (2000) leciona que as classes de auditoria 
diversificam conforme o tratamento que se dá ao objeto de auditoria. Essa variação 
procede de distintas demandas, sendo capaz de alterar os processos como derivação 
de um mesmo método, sendo mais aplicáveis à classificação, conforme a forma de 
intervenção, ao tempo, à natureza e ao limite. Conforme o autor quanto à forma de 
intervenção, a auditoria classifica-se em interna e externa, sendo estas explicitadas a 
seguir. 
Auditoria interna: a avaliação é realizada por profissionais da própria instituição, 
constituindo um serviço, uma seção ou um departamento, sendo capaz de interferir 
em todos os setores de modo autônomo, isto é, sem subordinação às linhas de 
autoridade que venham prejudicar as suas possibilidades de indagação. 
Auditoria externa: realizada por elementos que não compõem o quadro de pessoal 
da instituição, como por exemplo, profissionais liberais e associações de profissionais 
liberais. 
Em relação ao tempo da auditoria, esta é classificada da seguinte forma: 
Auditoria contínua ou permanente ou de acompanhamento: realizada sem 
interrupção, em períodos mensais ou no máximo trimestrais. As diversas avaliações 
12 
 
 
possuem o caráter de continuidade – iniciada a partir da anterior e direcionando à 
posterior. Com ela, é prestada uma permanente assistência ao cliente, fazendo 
cobertura integral quanto ao tempo de execução, isto é, durante todo o exercício ou 
todo um período determinado. 
Auditoria periódica ou temporária: realizada somente em períodos pré-
estabelecidos, normalmente semestrais ou anuais, sendo quinqUenais em últimos 
casos. Não possuindo características de continuidade quanto aos pontos de partida 
das verificações, observa apenas isoladamente determinados períodos. 
Referente à sua natureza, a classificação pode ser: 
Auditoria normal: executada com objetivos regulares de comprovação, sem 
finalidades isoladas ou específicas, abrangendo a gestão administrativa sem 
particularização de fatos de qualquer natureza. 
Auditoria especial ou específica: executada para alcance de resultados e 
conclusões referentes a fatos particulares da gestão ou da atividade de um elemento 
certo, visando a um objeto específico. 
Quanto ao limite, a auditoria pode ser total atingindo todo o patrimônio, não 
deixando de objetivar sequer um componente, isto é, engloba todos os setores, 
programas, processos, projetos, operações, além dos os produtos, bens e serviços 
produzidos pela instituição. Na auditoria parcial, a avaliação situa- se em 
determinados pontos, podendo ser um setor, um serviço, entre outros. 
O’HANLON (2006) destaca que a auditoria, ao longo do tempo, deve executar 
uma alteração de paradigma em termos de abordagem, em que a ênfase da auditoria 
deve estar na verdadeira melhoria contínua, devendo os auditores gastar menos 
tempo verificando como as coisas são realizadas e mais tempo buscando 
compreender por que elas são feitas e como elas são integradas com outros 
processos. 
Seja qual for o foco e abordagem a serem empregados na auditoria, a sua 
operacionalização deve abranger o planejamento da auditoria, a execução da 
auditoria, o resultado da auditoria e a auditoria de acompanhamento. O planejamento 
representa a determinação dos objetivos da auditoria, definindo a linha de atuação e 
13 
 
 
determinando os recursos necessários à execução da auditoria e do alcance desses 
objetivos, além do detalhamento do programa de auditoria, incluindo a determinação 
de como, quando e a quem os resultados da auditoria serão comunicados. Na 
execução da auditoria acontece a coleta, análise, interpretação e documentação de 
informações suficientes para fundamentar os resultados da auditoria, esse processo 
deve obedecer aos seguintes momentos: reunião de abertura, auditoria e avaliação 
propriamente dita e reunião de fechamento. Já o resultado da auditoria é comunicado 
por meio de relatório objetivo, claro, conciso, construtivo e oportuno, que declare as 
finalidades, o âmbito e resultado da auditoria, trazendo o parecer do auditor, este que 
pode conter recomendações para melhorias potenciais, dar conhecimento de 
desempenho satisfatório e de providências corretivas tomadas. 
A auditoria de acompanhamento (ou reauditoria) destina-se a confirmar a 
efetividade das ações corretivas e/ou saneadoras implementadas. Sendo que, sem 
estas ações, a auditoria perde considerável parcela de sua efetividade, uma vez que 
o real ganho encontra-se na alteração que as ações corretivas e saneadoras geram. 
É necessário salientar que o processo de auditoria só deve ser finalizado quando, na 
auditoria de acompanhamento, a ação tiver sido tomada de forma eficaz. Além disto, 
é válido destacar que o intuito da auditoria de acompanhamento é analisar a eficácia 
da tomada das ações corretivas acordadas, sendo necessário para isso um novo ciclo 
de auditorias. 
Figura 1: O ciclo PDCA 
 
14 
 
 
MARTINS; CERQUEIRA (1996) e CAMACHO (1998), todo este processo pode 
ser visualizado como um PDCA, sendo um ciclo de atividades contínuas, utilizado 
cada vez que há um desejo de implantar um processo ou atividade, ou preservar um 
padrão definido, ou melhorar um produto ou serviço, ou solucionar um problema. O 
PDCA, conforme esses autores, compreende quatro etapas representadas da 
seguinte maneira: 
P deriva de Plan – planejar, consistindo em definir metas e métodos de trabalho para 
alcançar essas metas, o que corresponde a preparar e planejar a auditoria; 
D deriva do inglês Do – fazer, onde são executadas as medidas propostas pelo 
planejamento, o que corresponde a conduzir a auditoria e relatar constatações; 
C de Check – checar, que é verificar a efetividade das medidas citadas em D, o que 
corresponde a fazer uma análise crítica do resultado da auditoria; 
A de Action – ação, onde são realizadas ações corretivas, correspondendo, na 
auditoria, a agir corretivamente e preventivamente no sistema auditado. 
Seção 1.4: Auditoria em Enfermagem 
POSSARI (2005) define que a auditoria em Enfermagem é a análise crítica e 
sistemática da qualidade da assistência de Enfermagem prestada aos pacientes, 
acontecendo o confronto do atendimento realizado com os padrões de atendimento, 
em conjunto com o uso de recursos anteriormente definidos e o impulso para 
alterações no padrão atual quando necessário. Dessa forma, procura-se oferecer 
informações que propiciem a criação de novos programas de Enfermagem e melhoria 
dos já existentes, dados para aperfeiçoamento da qualidade assistencial e seus 
registros, alcançando subsídios para a elaboração de programas de desenvolvimento 
de recursos humanos em Enfermagem. 
As auditorias utilizadas no serviço de Enfermagem incluem avaliações de 
resultado, deprocesso e de estrutura. O resultado diz respeito a uma alteração do 
status na saúde do paciente que possa ser atribuída à prestação de algum cuidado 
de saúde. As auditorias de processos buscam a qualidade do processo de 
Enfermagem, voltadas para o atendimento das expectativas dos clientes. Já a 
auditoria de estrutura, monitora o local em que é realizada a assistência de 
15 
 
 
enfermagem, incluindo a aplicação de recursos, o ambiente de atendimento, e todos 
elementos existentes antes da interação entre o paciente e o profissional de 
enfermagem, como, por exemplo, o tempo de espera em setores de atendimento de 
emergência, o dimensionamento de pessoal, os equipamentos de transporte interno 
de paciente, entre outros. Pressupõe-se existir uma relação entre o cuidado 
qualificado e a estrutura adequada. 
O método de auditoria prospectiva, sob o foco da função assistencial, não 
incide de forma direta na assistência de Enfermagem, ocorrendo geralmente sobre 
procedimentos médicos. Entretanto sob o enfoque da função administrativa do 
enfermeiro, a auditoria prospectiva admite o papel de auditoria de gestão, 
representando a avaliação e emissão de opinião referente aos processos ou 
resultados realizados na produção de serviços no horizonte temporal presente/futuro. 
Na auditoria de gestão, os aspectos a serem controlados passam por um 
processo de mudança ou de criação para vigorar no futuro, isto é, novas perspectivas, 
tecnologias e formas de operacionalização são estudados e definidos no presente 
para serem praticados futuramente. Desse modo, a auditoria torna-se um momento 
dinâmico de mudanças e transformações, em que as bases administrativas, técnicas 
e operacionais estão sendo reestruturadas e reformatadas com modificações nos 
modelos assistenciais e administrativos, sejam eles formais ou informais. Ademais, 
compreende-se que esta possui como essencial diretriz a continuidade operacional, 
representando também assim, uma continuidade e complemento da auditoria 
operacional. 
Já a auditoria operacional, é realizada durante o atendimento hospitalar ou 
ambulatorial de um paciente, estando voltada para uma reavaliação dos cuidados 
realizados, dentro de um esquema preventivo de resultados finais de menor 
qualidade. Pode ser executada por meio do exame do paciente, confrontando as 
demandas de assistência com a prescrição, bem como com a realização de 
entrevistas com o paciente, os familiares, o funcionário da equipe de enfermagem, 
entre outros. 
POSSARI (2005) destaca que a auditoria retrospectiva, é executada após a alta 
hospitalar, ou realização da assistência ambulatorial, através dos registros em 
16 
 
 
prontuário, contribuindo para a melhoria da assistência de forma global e futura, em 
função de não ir diretamente aos fatos, e sim aos elementos que o evidenciam. 
A auditoria operacional e a retrospectiva retratam a avaliação e difusão de 
opinião referentes aos processos ou resultados realizados na produção de serviços 
no passado e no presente. Nestas, a formatação do ponto de controle e as 
recomendações quanto a sua operacionalização atacam causas e consequências do 
não cumprimento dos modelos assistenciais e administrativos já estabelecidos. 
 
Seção 1.5: Aspectos éticos e legais da auditoria em Enfermagem 
A auditoria em Enfermagem é respaldada por uma extensa legislação, esta 
compreendendo também seus diversos ramos de atuação, provendo os diversos 
órgãos, governamentais e não-governamentais, para torná-los aptos a respaldar, 
progressivamente mais, as atividades elaboradas pela Enfermagem. É necessário 
salientar o respaldo da Lei do Exercício Profissional de Enfermagem, a Resolução 
específica para auditoria emitida pelo Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) e, 
consequentemente, o próprio Código de Ética de Enfermagem. 
A Lei no 7.498 de 25 de junho de 1986, dispõe acerca da Regulamentação do 
Exercício da Enfermagem e dá outras providências, e é regulamentada pelo Decreto 
94.406/87, do COFEN em seu Artigo 8, inciso I, alínea d) versa que o Enfermeiro 
exerce todas as atividades de Enfermagem, cabendo-lhe: privativamente a 
consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre matéria de Enfermagem. 
Segundo o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (COFEN, 2017), 
no Capítulo II – dos deveres, encontram-se dados pertinentes à auditoria em 
Enfermagem, apesar de não fornecer mais especificações, como descrito em seu 
Artigo 47: “Art. 47 Posicionar-se contra, e denunciar aos órgãos competentes, ações 
e procedimentos de membros da equipe de saúde, quando houver risco de danos 
decorrentes de imperícia, negligência e imprudência ao paciente, visando a proteção 
da pessoa, família e coletividade..” Desse modo, a auditoria em Enfermagem é uma 
ferramenta crucial para resguardar o paciente por contribuir na melhora da qualidade 
da assistência. 
17 
 
 
POSSARI (2005) destaca que a Resolução do COFEN nº 266/2001 dispõe 
sobre as atividades do enfermeiro auditor em saúde, podendo destacar: 
I. É da competência privativa do Enfermeiro Auditor no exercício de suas 
atividades: organizar, dirigir, planejar, coordenar e avaliar, prestar consultoria, 
auditoria e emissão de parecer sobre os serviços de Auditoria de 
Enfermagem. 
II. Quanto integrante de equipe de Auditoria em Saúde: 
f) Atuar na elaboração de contratos e adendos que dizem respeito à 
assistência de enfermagem e de competência do mesmo; 
g) Atuar em bancas examinadoras, em matérias específicas de enfermagem, 
nos concursos para provimentos de cargo ou contratação de Enfermeiro ou 
pessoal técnico de enfermagem, em especial Enfermeiro Auditor, bem como 
de provas e títulos de especialização de auditoria e enfermagem, devendo 
possuir o título de especialização em auditoria de enfermagem; 
k) O Enfermeiro Auditor, em sua função, deverá identificar-se fazendo constar 
o número de registro no COREN sem, contudo, interferir nos registros do 
prontuário do paciente; 
m) O Enfermeiro Auditor tem autonomia em exercer suas atividades sem 
depender de prévia autorização por parte de outro membro auditor, 
Enfermeiro, ou multiprofissional; 
n) O Enfermeiro Auditor para desempenhar corretamente seu papel, tem 
direito de acessar os contratos e adendos pertinentes à Instituição a ser 
auditada; 
p) O Enfermeiro Auditor, no cumprimento de sua função tem o direito de 
visitar/entrevistar o paciente, com o objetivo de constatar a satisfação do 
mesmo com serviço de enfermagem prestado, bem como a qualidade. Se 
necessário acompanhar os procedimentos prestados no sentido de dirimir 
quaisquer dúvidas que possam interferir no seu relatório. 
III. Considerando a interface do serviço de enfermagem com os diversos 
serviços, fica livre a conferência da qualidade dos mesmos no sentido de 
coibir o prejuízo relativo à assistência de enfermagem, devendo o Enfermeiro 
Auditor registrar em relatório tal fato, e sinalizar aos seus pares auditores, 
pertinentes a área específica, descaracterizando a sua omissão. 
IV. O Enfermeiro Auditor, no exercício de sua função, tem o direito de solicitar 
esclarecimento sobre fato que interfira na clareza e objetividade dos registros, 
com fim de se coibir interpretação equivocada que possa gerar glosas/ 
desconformidades, infundadas. 
VII. Sob o Prisma ético: 
a) O Enfermeiro Auditor, no exercício de sua função, deve fazê-lo com 
clareza, lisura, sempre fundamentado em princípios constitucional, legal, 
técnico e ético; 
b) O Enfermeiro Auditor como educador, deverá participar da interação 
interdisciplinar e multiprofissional, contribuindo para o bom entendimento e 
desenvolvimento da auditoria de enfermagem, e auditoria em geral, contudo, 
sem delegar ou repassar o que é privativo do Enfermeiro Auditor. COFEN 
(2001) 
 
 
18 
 
 
Seção 1.6: Auditoria na assistência diária de Enfermagem 
Com caráter elucidativo, apontaremos como a auditoria está integrada ao 
Processo de Enfermagem,e, dessa forma, consolidada como um instrumento do 
cuidar.Com isso, traz-se a concepção de KURCGANT afirma que: 
O trabalho de Enfermagem não produz bens a serem estocados e 
comercializados, e sim serviços que são consumidos no ato de sua produção, 
isto é, no momento da assistência. Nessa concepção o trabalho constitui um 
processo. KURCGANT (p. 1, 2005) 
KURCGANT ainda destaca que a Enfermagem se insere de fato como um 
trabalho demarcado pelas influências históricas, sociais, econômicas e políticas. 
Pautado no contexto histórico, o enfermeiro adotou como forma de gerenciar o 
trabalho os princípios da Escola Científica e Clássica da Administração. Com isso, na 
sua trajetória profissional, ele tem desempenhado o papel de controlador do serviço 
dos demais elementos da equipe de Enfermagem, centrando o trabalho 
predominantemente em atividades administrativas burocráticas, distanciando-se da 
sua principal atividade, que é o gerenciamento do cuidado (FERNANDES et al, 2003). 
Nota-se que o enfermeiro é essencial para a concreta assistência e com 
qualidade prestada ao paciente, salientando a demanda do relato por escrito dos 
cuidados prestados. A documentação das atividades de Enfermagem é uma condição 
prévia para a assistência com qualidade, sendo indispensável que o registro da 
informação se apresente de forma clara e organizada. O Processo de Enfermagem 
contribui para a autonomia do enfermeiro e para uma Enfermagem baseada em 
princípios científicos, concedendo recursos para a implantação de sistemas de 
informação englobando as ações de Enfermagem. 
FULY; FREIRE; ALMEIDA. (2003) destacam que a demanda pela implantação 
desses sistemas atualmente é bastante reconhecida, uma vez que eles propiciam uma 
melhor qualidade na atenção ao paciente, a avaliação da qualidade de serviços e o 
intercâmbio de informações intra e interinstitucional. Quando comparadas a fase de 
avaliação do Processo de Enfermagem com a auditoria, nota-se que as suas 
classificações, de certa forma, são bem similares, entendendo estrutura, processo e 
resultados de forma muito igualitária. 
19 
 
 
A elaboração de um comparativo, destacado na figura 2, tendo como base os 
estudos de KURCGANT (2005) e MARQUIS; HUSTON (2005), demonstra que a 
definição das expressões estrutura, processo e resultados, no que refere-se à 
avaliação, enquanto intrínseco ao processo de cuidar, e à auditoria, são 
verdadeiramente similares. 
Figura 2: Congruências entre avaliação e auditoria 
 
Os conhecimentos técnicos, métodos, e outros, geralmente utilizados em 
auditoria, ao serem empregados no Processo de Enfermagem (PE) na etapa de 
avaliação, julga a sua aplicação na prática cotidiana da Enfermagem. O intuito do 
processo de auditoria é a avaliação, da eficácia da assistência que o paciente recebe, 
a integridade e exatidão da demonstração desse cuidado no prontuário. É 
fundamental a avaliação dos instrumentos de registros de Enfermagem para que 
ocorra a auditoria da assistência de Enfermagem. KURCGANT (2005), destaca que é 
difícil não correlacionar a avaliação dos serviços de saúde com qualidade, até porque 
a mesma compreende que o conceito de qualidade está embutido no de avaliação. 
Desse modo, é fundamental a estruturação de modelos teóricos para 
sistematização das ações de auditoria como parcela constituinte do PE, constatando 
e examinando os agentes atuais que influem sobre o perfil do envolvimento dos 
profissionais na realização de sua prática de trabalho, entendendo que a natureza 
operativa da auditoria direcionada à prática cotidiana do enfermeiro pode enfocar o 
20 
 
 
momento de avaliação deste processo como contribuir para a execução de auditoria 
cotidiana da qualidade da assistência de Enfermagem, isto é, orientando os 
enfermeiros na execução de elementos da auditoria na sua prática profissional diária, 
favorecendo uma prática assistencial interligada com a gerência, e vice-versa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
 
Unidade 2: O processo de auditoria em Enfermagem 
Seção 2.1: O processo de Enfermagem 
O processo de enfermagem é caracterizado pelo inter-relacionamento e 
dinamismo de suas fases ou passos, sendo cinco passos em sua totalidade. O 
processo de acordo com a Resolução COFEN 358/2009, deve ser realizada em todos 
ambientes de prestação de serviços de saúde, sejam públicos ou privados. 
 
Figura 3: Etapas do Processo de Enfermagem 
 
Em relação as fases do processo de enfermagem, segue abaixo, trecho 
extraído da Resolução COFEN 358/2009: 
I- Coleta de dados de Enfermagem/Histórico de Enfermagem – 
processo deliberado, sistemático e contínuo, realizado com o auxílio de 
métodos e técnicas variadas, que tem por finalidade a obtenção de 
informações sobre a pessoa, família ou coletividade humana e sobre suas 
respostas em um dado momento do processo saúde e doença. 
II – Diagnóstico de Enfermagem – processo de interpretação e 
agrupamento dos dados coletados na primeira etapa, que culmina com a 
tomada de decisão sobre os conceitos diagnósticos de enfermagem que 
representam, com mais exatidão, as respostas da pessoa, família ou 
coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença; e 
que constituem a base para a seleção das ações ou intervenções com as 
quais se objetiva alcançar os resultados esperados. 
III – Planejamento de Enfermagem – determinação dos resultados 
que se espera alcançar; e das ações ou intervenções de enfermagem que 
serão realizadas face às respostas da pessoa, família ou coletividade 
humana em um dado momento do processo saúde e doença, identificadas 
na etapa de Diagnóstico de Enfermagem. 
IV – Implementação – realização das ações ou intervenções 
determinadas na etapa de Planejamento de Enfermagem. 
V – Avaliação de Enfermagem – processo deliberado, sistemático e 
contínuo de verificação de mudanças nas respostas da pessoa, família ou 
22 
 
 
coletividade humana em um dado momento do processo saúde doença, para 
determinar se as ações ou intervenções de enfermagem alcançaram o 
resultado esperado; e de verificação da necessidade de mudanças ou 
adaptações nas etapas do Processo de Enfermagem. COFEN (2009) 
 
Em relação às questões normativas, cabe ao enfermeiro de nível superior 
privativamente a elaboração do diagnóstico de enfermagem, assim como a liderança 
na execução e avaliação do Processo de Enfermagem. Ao profissional de nível técnico 
e auxiliar são destinadas apenas a execução de tarefas delegadas pelo enfermeiro 
sob sua supervisão. Dadas as características já citadas do processo de enfermagem 
é possível corrigir erros em qualquer uma das fases e também a previsão simultânea 
de todas as fases, assim é que ao fazermos o diagnóstico e mesmo na própria coleta 
de dados já teremos uma ideia do prognósti, somente por razões didáticas e de 
sistematização estas fases são separadas. 
O processo de enfermagem introduziu termos como assistência e cuidado de 
enfermagem. Para muitos profissionais são sinônimos, porém, de modo geral a 
assistência de enfermagem diz respeito a aplicação, pelo enfermeiro, do processo de 
enfermagem para prestar o conjunto de cuidados e medidas que visam atender as 
necessidades básicas do paciente. Já o cuidado de enfermagem é a ação planejada, 
deliberativa ou automática da do profissional por meio de sua observação crítica, 
podendo implicar em várias atividades, como por exemplo, a higiene oral, avaliação 
da capacidade de autocuidado, condições da cavidade bucal, explicação de 
procedimentos ao paciente, etc. 
Os instrumentos básicos indispensáveis para a assistência de enfermagem são 
as habilidades, conhecimentos e atitudes indispensáveis para a execução de uma 
atividade. Estes possuindo o mesmo valor: comunicação, observação, aplicação de 
princípios científicos, utilização dos recursos da comunidade, e entre outros. 
O diagnóstico de enfermagem pode ser considerado o eixo norteadorda 
sistematização. Diz respeito ao estado de saúde/doença com um julgamento clínico 
sobre respostas potenciais do paciente, da família ou comunidade, aos problemas de 
saúde, proporcionando embasamento para elaborar as intervenções de enfermagem 
de forma a alcançar resultados pelos quais o enfermeiro é responsável, o que facilita 
o cuidado da enfermagem. 
Para melhor implementação da SAE é orientado o uso de uma teoria de 
enfermagem, com intuito de descrever, explicar, diagnosticar e/ou prescrever cuidado 
de enfermagem, sustentando a qualidade da assistência. Desta forma, a teoria de 
23 
 
 
enfermagem aponta versões de uma realidade e oferece elementos para soluções 
dos problemas relacionados ao fazer profissional. 
Para implementação da SAE em instituições de saúde se faz necessário o 
desenvolvimento de instrumentos para a coleta de dados/ anamnese, contemplando 
o exame físico, a elaboração do diagnóstico de enfermagem e a prescrição de 
enfermagem, bem como avaliação dos resultados. Por exemplo, a elaboração de um 
instrumento para a aplicação da SAE em hospitais deve contemplar todas as fases do 
processo de enfermagem baseado na Teoria das Necessidades Humanas Básicas de 
Wanda de Aguiar Horta, onde a assistência de enfermagem seria sistematizada, 
documentada e assim, arquivada no prontuário do paciente, garantindo dessa forma 
respaldo legal para o profissional e instituição de saúde. 
 
Seção 2.2: Momento de planejamento (inicial) 
Ponto de partida do processo de auditoria, o planejamento inicial, é situado na 
terceira etapa do Processo de Enfermagem, possuindo como produto final o Plano de 
Auditoria. Suas tarefas são estruturadas em duas fases, sendo uma de preparação da 
auditoria e outra de detalhamento do planejamento. A fase de preparação engloba a 
nomeação da equipe de auditoria e seu coordenador, a definição do escopo da 
auditoria, a elaboração dos intuitos da auditoria, a identificação dos documentos de 
referência, a elaboração da agenda de auditoria, e a realização de uma pré-auditoria. 
Já na fase de detalhamento do planejamento é realizada a descrição da auditoria e o 
estabelecimento das ferramentas de coleta de dados. 
 
Seção 2.3: Fase de preparação da auditoria 
Inicia-se através da nomeação da equipe de auditoria e seu coordenador. Em 
instituições que não possuem um serviço de auditoria interna, o Diretor do 
Departamento de Enfermagem designa os enfermeiros com apropriada capacitação 
técnica e capacidade para executar o papel de auditor, com intuito de formar uma 
comissão que deverá assumir a função de auditoria das atividades da equipe de 
Enfermagem. Para a escolha do coordenador da equipe, é necessário seguir as 
recomendações do Departamento Nacional de Auditoria (BRASIL, 2001), que sugere 
24 
 
 
a observação da capacidade e habilidade técnica, a legitimidade diante do grupo, 
facilidade de comunicação, a habilidade de contornar conflitos, se não há conflitos de 
interesse com a instituição que será auditada e a postura ética. 
Após nomeação da equipe, esta deve dar seguimento ao planejamento com o 
estabelecimento do escopo da auditoria. Este vocábulo é utilizado para dterminar o 
composto de produtos, processos, normas, documentos, contratos, locais, 
departamentos e o pessoal que está sob auditoria (O’HANLON, 2006). É necessário 
que o conteúdo da auditoria seja dividido em partes administráveis e seja mapeado, 
por meio da utilização de fluxogramas, para assimilar os elementos chaves envolvidos 
nas atividades a serem auditadas. 
Após a formação do escopo, e de sua devida compreensão, torna-se mais fácil 
a tarefa de estabelecer os intuitos da auditoria, procurando responder “o que” será 
auditado e “para que” será executada a auditoria, e como, por exemplo: “Auditar a 
assistência de Enfermagem na unidade de clínica médica para verificar a implantação 
da sistematização da assistência de Enfermagem, visando qualificar o seu 
cumprimento”. Logo depois, é realizado o levantamento dos documentos de 
referência, englobando: roteiros, relatórios, normas, padrões assistenciais, instruções, 
legislação aplicável, resultado das últimas auditorias realizadas, referências 
bibliográficas, entre outros. 
Nessa etapa de planejamento, a produção da agenda da auditoria é oportuna, 
cabendo ao coordenador da auditoria, após consenso com a equipe, encaminhas à 
organização que será auditada. Essa agenda condiz com a proposta de programação 
para o gerenciamento da auditoria in loco, podendo ser aprovada ou alterada de 
acordo com as demandas de quem está sendo auditado, não comprometendo o intuito 
da auditoria. O enfermeiro auditor pode levar em conta o modelo de agenda sugerido 
por MARTINS; CERQUEIRA (1996), incluindo: as datas da auditoria e a distribuição 
das atividades de cada auditor da equipe pelos horários de cada data indicada (áreas 
ou requisitos a serem auditados; paralisações para refeições; reunião de abertura e 
fechamento da auditoria e trabalhos internos da equipe auditora). 
Antes de concluir esta etapa, é preciso executar uma pré-auditoria, a qual 
admite um caráter mais informal, podendo ser realizada por meio do exame breve dos 
25 
 
 
documentos de referência e outros dados referentes ao que/quem será auditado e da 
cumprimento de uma visita de pré-auditoria (BRASIL, 2001), concedendo uma 
perspectiva panorâmica prévia, que servirá de subsídio para equipe auditora na 
descrição do planejamento. É relevante analisar, por exemplo, se existem padrões 
não-condizentes com a realidade local que sejam capazes de restringir, ou até mesmo 
tornar inútil, todo o processo de auditoria formal. 
 
Seção 2.4: Fase de detalhamento do planejamento 
Após a realização da fase anterior, na qual são obtidas informações, é possível 
dar ínicio ao detalhamento do planejamento da auditoria, por meio da caracterização 
da auditoria, conforme a situação que está sendo vivenciada, englobando a definição 
do objeto de auditoria, se de estrutura, processos ou resultados, do tipo de auditoria, 
se esta é prospectiva, operacional ou retrospectiva, e da classificação da auditoria, 
em interna ou externa, contínua ou periódica, normal ou específica, total ou parcial. 
O detalhamento é completado através da definição das técnicas e instrumentos 
de coleta de dados. Os instrumentos são ferramentas científicas de coleta de dados 
utilizadas na auditoria, em que, conforme os intuitos da auditoria, emprega-se uma 
extensa variedade de procedimentos e instrumentos de coleta de dados utilizados em 
pesquisas quantitativas e qualitativas. Entre as técnicas mais usadas, encontram-se 
a entrevista, a observação, o grupo-focal, o questionário, as anotações de campo, a 
análise de conteúdo, as listas de verificação, entre outras. É plausível o planejamento 
do cruzamento de dados coletados em distintas técnicas, podendo ser denominado 
como triangulação de dados, termo encontrado em diversas referências de 
metodologia científica. 
 
Seção 2.5: Avaliação processual 
Antes da realização da implementação, a equipe de auditoria deve executar 
uma avaliação sucinta, revisando o plano de auditoria, observando se o mesmo se 
encontra completo, conciso e realista. Caso seja preciso, medidas corretivas devem 
26 
 
 
ser instituidas para evitar falhas e prejuízo das atividades no decurso das etapas 
seguintes do processo de auditoria. 
 
Seção 2.6: Momento de implementação 
Nessa etapa, a atividade crucial é a concretização do plano de auditoria, por 
meio da execução da auditoria, da comunicação do seu resultado e da realização da 
auditoria de acompanhamento. Nesse momento é realizado: 
1) A coleta de dados, didaticamente apontada como momento de 
investigação; 
2) A identificação de problemas com os seus respectivos diagnósticos de 
Enfermagem, momento de diagnóstico; 
3) A definição das ações corretivas/ prescrição de Enfermagem, novamente 
indopara o momento de planejamento; 
4) A execução das atividades próprias do seu momento. 
 
Seção 2.7 Execução da auditoria 
Essa etapa se inicia na reunião de abertura, bastante objetiva e breve , entre a 
equipe auditora e os responsáveis técnicos pelos auditados , possuindo como 
principal objetivo o estabelecimento de um clima de boa comunicação e cooperação 
entre as partes, diminuindo as resistências naturais. Nessa reunião é apresentada a 
equipe de auditoria, é entregue o Ofício de Apresentação, do Comunicado de Auditoria 
(podendo ser enviado previamente para que o material solicitado seja providenciado 
com antecedência), exposição do escopo e objetivos da auditoria, é solicitado o 
espaço físico para a equipe de auditores, bem como solicitar/confirmar quem será o 
profissional de contato (acompanhante da auditoria) para esclarecimento e 
disponibilização do que se fizer necessário no decorrer dos trabalhos. 
Em auditorias internas não é necessária tamanha formalidade, uma vez que 
nessa situação o auditor lida com indivíduos conhecidos, e desse modo, há pequena 
probabilidade de aparecimento de situações mais difíceis. 
27 
 
 
Logo após é iniciada a coleta de dados, que diz respeito a fase de investigação, 
seguidamente inicia-se o momento de diagnóstico, no qual são identificados os 
problemas e redigidas as declarações diagnósticas. Novamente é realizado o 
deslocamento para o momento de planejamento, este compreendido como 
planejamento processual, atingindo as prescrições de Enfermagem, que representam 
o estabelecimento de ações corretivas. 
Após realização das atividades específicas de outras etapas do processo de 
auditoria em Enfermagem, o enfermeiro auditor resgata as atividades pertinentes ao 
período de implementação, através da execução da reunião de fechamento. Esta é 
formada pelos mesmos integrantes da reunião de abertura e outros que também 
possuam responsabilidade e autoridade pela tomada de ações corretivas. Nela, os 
enfermeiros auditores dão conhecimento e esclarecimento dos resultados corriqueiros 
da auditoria, indicando as deformidades que demandam ações corretivas, assim como 
esclarecem aos auditados que a auditoria realizad constitui-se de uma amostragem, 
isto é, podendo haver outras deformidades que não puderam ser verificadas. 
 
Seção 2.8: Resultado da auditoria 
Nesta etapa a equipe de auditoria expressa a conclusão de seu trabalho por 
meio da elaboração do relatório de auditoria, no qual o auditor comunica aos 
responsáveis técnicos dos serviços auditados, como por exemplo, o diretor de 
Enfermagem, o trabalho que foi executado, sua abrangência, os fatos significativos 
verificados, as conclusões e as recomendações necessárias. Sendo aconselhável que 
este relatório inclua os seguintes dados: 
 Escopo e objetivo da auditoria; 
 Identificação da equipe de auditores; 
 Data da auditoria; 
 Detalhes do plano de auditoria; 
 Documentos relacionados e/ou auditados; 
 Descrição das distorções (não-conformidades) encontradas; 
28 
 
 
 Julgamento das distorções com relação ao padrão, sob a forma de parecer 
final (excelente, muito bom, bom, regular ou insuficiente). 
Os assuntos precisam ser indicados em um seqüência lógica, de acordo com 
os intuitos da auditoria, de maneira correta, com linguagem perfeita, sem erros ou 
rasuras que venham a atrapalhar o entendimento. Os resultados da auditoria em 
Enfermagem, podem ser apresentados através de gráficos estatísticos, fluxogramas 
e outros., possibilitando um melhor confronto entre os padrões ideais e os valores 
obtidos. Caso aplicável e necessário, o relatório deve possuir a indicação dos prazos 
que devem ser cumpridos para a realização das ações corretivas, estas que são 
elaboradas no momento de planejamento processual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
 
Unidade 3: Ainda acerca dos processo de auditoria em 
Enfermagem 
 
Seção 3.1: Momento de investigação 
No momento de investigação as atividades são voltadas para coleta de 
informações e evidências, para reconhecimento e esclarecimento dos problemas. É 
iniciada através da concepção de uma lista de problemas, possibilitando em 
sequência, a identificação do macroproblema (problema nuclear) e associação de 
suas causas e conseqüências (microproblemas). 
As informações podem ser alcançadas por meio do uso de técnicas e 
instrumentos desenvolvidos no planejamento inicial, como por exemplo, a entrevista,: 
a observação, o grupo- focal, os questionários, as anotações de campo, a análise de 
conteúdo dos diversos documentos de referência, as listas de verificação, entre 
outros. Independentemente da técnica de coleta de dados, a procura por evidências 
para a auditoria necessira ser bem objetiva, buscando responder: “o quê?”, “quando?”, 
“onde?”, “quem?”, “por quê?” e, em entrevistas e observações, “mostre-me como”, 
“mostre-me onde”, “mostre-me o que é e quando é”, “mostre-me onde isto está 
registrado”. 
A observação executada pelo auditor é realizada pelas anotações de campo. 
O enfermeiro auditor expõe por escrito, todas as manifestações verbaisou não verbais 
dos auditados, relata as circunstâncias verificadas nos trabalhos de auditoria e registra 
as reflexões sobre a situação constatada. 
As entrevistas, estruturadas ou não, podem ser retratadas pelas conversas 
informais entre auditores e auditados, não limitando a dimensão da informação que 
será levantada, podendo a complementar por meio de outras técnicas. Já o grupo 
focal é uma técnica de pesquisa qualitativa, que pode ser empregada na auditoria em 
Enfermagem, onde é usado um grupo de discussão informal contendo no máximo de 
12 pessoas, possuindo como engloba] o alcance de informações profundas, 
 
30 
 
 
Seção 3.2: Explicação dos problemas 
A explicação dos problemas é imprescindível para a redação das declarações 
diagnósticas. Pode ser usado o fluxograma situacional de MATUS (1993), no qual as 
causas são apontadas e distinguidas entre fluxos, acumulações ou regras. A árvore 
de problemas, é outra ferramenta que pode ser utilizada, tratando-se de uma 
simplificação do fluxograma situacional. Do mesmo modo que o fluxograma 
situacional, é possível identificar nós críticos nesse método. Além disso, podem ser 
desenhadas também árvores de problemas separadas para cada um dos problemas 
apresentados. 
PENA (2004) destaca que não é obrigatório que todos os auditores participem 
da sua construção, no entanto esta precisa ser partilhada e corroborada, visando que 
a considerem como apropriada à realidade encontrada. Não é recomendável também 
que esta seja realizada por somente um indivíduo, a partilha e discussão de pontos 
de vista garantem as relações de causalidade entre os problemas. 
Para a auditoria de processos é aconselhado o mapeamento de processos por 
meio da utilização de fluxogramas, para que o enfermeiro auditor mapeie a série de 
atividades executadas dentro de um processo, sejam assistenciais, administrativos ou 
educativos. Quando existir a demanda de pequenos processos serem mapeados, ou 
processos executados em somente uma unidade organizacional, recomenda-se o uso 
de Fluxograma de Rotina. Já ao haver necessidade de descrição de processos 
complexos, que englobem vasta quantidade de funções, ações, unidades 
organizacionais e decisões, é inidicado utilizar o Fluxograma Global ou de Colunas. 
Ao término dessa etapa, a equipe de auditoria executa a avaliação processual, 
revisando os dados coletados, procurando detectar se estes são coerentes, se 
permitem o reconhecimento dos problemas e a redação das declarações 
diagnósticas. Caso contrário, os auditores devem reiniciar o processo de coleta de 
dados para solucionar as falhas e alcançar um nível que possibilite prosseguir com 
segurança aos momentos seguintes do processo de auditoria. 
 
 
31 
 
 
Seção 3.3: Momento de diagnóstico 
O momento de diagnósticono processo de auditoria em Enfermagem possui 
como principal intuito a elaboração dos diagnósticos administrativos de Enfermagem. 
Suas atividades iniciam-se através da identificação dos tipos problemas, se são 
diagnósticos de Enfermagem ou problemas colaborativos, e dos estados dos 
problemas, se reais, potenciais ou possíveis, em seguida, são realizadas as 
declarações diagnósticas. 
Mesmo em situações que o enfermeiro auditor conduz um processo de 
auditoria da qualidade da assistência, os diagnósticos de Enfermagem serão 
administrativos, em razão de ser compreendido que ações corretivas, como a melhora 
da qualidade de recursos materiais, englobam a função administrativa do profissional. 
Os diagnósticos de Enfermagem referem-se aos problemas que a equipe de 
Enfermagem é capaz de enfrentar sem necessidade de intervenção de outras 
categorias profissionais. Os problemas colaborativos, por outro lado, retratam aqueles 
que demandam a cooperação de outros profissionais de saúde. 
Os problemas reais são determinados quando, na explicação do problema, se 
fazem presentes as causas e conseqüências. Ao serem levantadas as causas, caso 
não apresentem conseqüências, os problemas são definidos como potenciais. 
Enquanto os problemas possíveis são definidos quando as causas e as 
consequências não são certas, sendo as ações direcionadas para agrupar dados que 
possam ser transformados em reais ou possíveis, ou eliminar o problema. 
Na auditoria em Enfermagem, as declarações diagnósticas retratam uma série 
de não-conformidades que demandam o cumprimento de ações corretivas, que 
ajustem ou melhorem a situação problema. Antes do prosseguimento para próxima 
etapa do processo de auditoria em Enfermagem, a equipe de auditoria executa a 
avaliação processual, na qual são revisadas todas as declarações diagnósticas, 
procurando detectar se estas foram redigidas de forma precisa. Caso necessário, são 
realizadas correções que garantam o avanço nos momentos seguintes da auditoria, 
permitindo a solicitação das ações corretivas. 
 
32 
 
 
Seção 3.4: Momento de planejamento (processual) 
Possuindo as declarações diagnósticas, a equipe de auditores, ao prosseguir 
o processo de auditoria, depara-se novamente com uma etapa de planejamento, 
possuindo um caráter sequencial (processual), admitindo funções distintas do 
planejamento inicial. É necessário destacar que o planejamento processual integra o 
momento de implementação do processo de auditoria em Enfermagem. 
O momento de planejamento processual possui maior importância ao ser 
visualizado sob a perspectiva da auditoria de gestão (prospectiva), como recurso para 
promoção de alteração nos pontos que serão controlados. Desse modo, essa etapa 
propicia a ocorrência de transformações das situações do presente para serem 
desfrutadas no futuro, onde a auditoria constitui “uma abordagem poderosa para a 
melhoria contínua” (O’HANLON, 2006, p. 133) dentro do serviço de Enfermagem. 
Assim, a auditoria, principalmente interna, torna-se dinâmica por meio do papel dos 
auditores enquanto sujeitos facilitadores do processo de mudança. 
Suas atividades iniciam-se através do estabelecimento das prioridades para as 
ações corretivas, logo após é definida a situação objetiva, ou seja as metas e os 
resultados esperados, finalizando com a elaboração das ações corretivas. Há diversos 
meios capazes de ser adotados para a estagbelecimento de ações corretivas 
preferenciais, estas necessitando ser definidas pela equipe de auditoria de maneira 
consensual, aprovadas pelos auditados, de acordo com a capacidade de aplicação 
das ações corretivas. 
Caso seja utilizado o fluxograma situacional para favorecimento da explicação 
dos problemas, este é capaz de ser base para se priorizar ações corretivas por meio 
do reconhecimento dos nós críticos, priorizando os que ao serem transformados em 
meta ou objetivo, de forma decrescente, promovem modificação de maior número de 
causas. Se a árvore de problemas tiver sido usada, além dos nós críticos, é possível 
ser estabelecido como critério de priorização a hierarquia de causa-efeito concebida 
nessa árvore, ocasionando uma hierarquia de objetivos, isto é, as causas terminais 
necessitam ser priorizadas, uma vez que pode-se esperar um impacto em cadeia na 
resolução dos restantes microproblemas (PENA, 2004). 
33 
 
 
A formulação de resultados esperados, trata do estabelecimento da situação 
futura desejada para reduzir ou eliminar os problemas atuais. Sua definição 
representa a formulação de uma imagem-objetivo por meio do confronto desta com a 
situação inicial, isto é, a imagem-objetivo indica uma situação oposta não-
conformidades na situação problema. 
Após a formulação dos objetivos, são confeccionadas as ações pertinentes 
para sua conquista. No processo de auditoria em Enfermagem, as ações podem ser 
denominadas corretivas, correspondendo as prescrições de Enfermagem. É preciso 
salientar que a ação corretiva é um ganho real no processo de auditoria, sem ela, o 
processo de auditoria torna-se um exercício burocrático, não adicionando valor e 
desperdiçando recursos” (O’HANLON, 2006). 
Para cada objetivo específico, devem ser traçadas as ações necessárias para 
se alcançar os resultados esperados, isto é, é determinada uma ou mais prescrições 
para cada objetivo específico. As prescrições necessitam ser redigidas de maneira 
sucinta, empregando verbos que expressem uma proposta de intervenção 
(ARTMANN, 2000). Após a elaboração e documentação das prescrições, o auditor 
deve retomar as atividades específicas à etapa de implementação com a realização 
da reunião de fechamento. 
 
Seção 3.5: Momento de avaliação 
Esta etapa pode ser indicada como a estimativa das modificações das não-
conformidades da aplicação efetiva das ações corretivas. No Processo de 
Enfermagem, esta acontece em todo seu devcorrer, apesar de didaticamente, sert 
indicada como a última fase do processo (PAUL; REEVES, 2000). 
No Processo de Auditoria em Enfermagem, ao ser realizada durante o 
processo, é denominada avaliação processual (ou sequencial), enquanto no último 
momento do processo, é apontada como avaliação final. Essa avaliação final é 
operacionalizada por meio da auditoria de acompanhamento. 
34 
 
 
Seção 3.6: Auditoria de acompanhamento 
Após definidos os prazos e as ações corretivas que serão tomadas, são 
programadas as auditorias de acompanhamento, estas possuindo como intuito a 
observação do cumprimento das ações corretivas, dentro dos prazos determinados. 
Em caso de não realização da ação corretiva em prazo estabelecido, ou que essa não 
tenha sido eficaz, o enfermeiro auditor necessita realizar uma nova solicitação de ação 
corretiva não concluída, a referenciando no relatório de origem e à solicitação anterior. 
Determinadas questões, sugeridas por PAUL; REEVES (2000), foram 
adaptadas significativas para utilização na auditoria de acompanhamento: 
 Foram alcançadas as metas/objetivos/resultados esperados? 
 Houve modificações identificáveis? 
 Em caso afirmativo, por quê? 
 Em caso negativo, por que não? 
 Os resultados das ações de Enfermagem foram previstos? 
Essas questões auxiliam os enfermeiros auditores a indicar quais problemas 
foram solucionados e quais precisam ser investigados e planejados novamente. Cabe 
ao enfermeiro auditor a compreensão que a auditoria de acompanhamento é somente 
uma verificação do cumprimento, da eficácia e da sustentabilidade da ação corretiva. 
Dessa forma, não devem ser procuradas novas não-conformidades, mas, caso se 
encontre diante de um problema sério, uma não-conformidade deve ser relatada, o 
que tende a ocasionar uma nova auditoria completa ou, simplesmente, ser solicitada 
ação corretiva pertinente. 
 
 
 
 
 
 
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TEXTO DE APOIO 
 
 
 
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4041 
 
 
 
 
 
 
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Conclusão 
O principal intuito das instituições de saúde é a assistência de melhor 
qualidade possível, com efetividade, eficiência, equidade, aceitabilidade, 
acessibilidade e adequabilidade. Visando assegurar isto, atualmente, a maior parcela 
das grandes empresas preocupam-se em utilizar a auditoria, de maneira contínua 
em suas organizações, uma vez que os clientes mostra-se cada vez mais 
convictos de seus direitos. 
O serviço de auditoria sempre encontrou-se relacionado ao controle 
administrativo-financeiro das instituições. A auditoria de enfermagem presume a 
avaliação e revisão detalhada de registros clínicos indicados por profissionais 
qualificados para constatação da qualidade da assistência, sendo, desse 
modo, uma atividade emprenhada à eficácia de serviços, que utiliza como 
instrumentos o controle e análise de registros. 
Para realização da auditoria de enfermagem, é necessário que sejam 
reconhecidas as transformações econômicas, políticas e tecnológicas que as 
instituições de saúde estão passando de forma geral. Os profissionais devem ser 
comprometidos com o desenvolvimento de pessoas como forma de fortalecer os 
objetivos das organizações. 
 
 
 
 
 
 
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