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GABRIELLI ALVES XAVIER - DRE: 118182825 ANA KAROLINA LOPES RAMOS - DRE: 119141929 DETERMINAÇÃO DE UMMÉTODO ESPECTROFOTOMÉTRICO PARA QUANTIFICAÇÃO DE FERRO EMPREGANDO DIFERENTES AGENTES COMPLEXANTES Relatório apresentado ao Professor Fernando Armani, para a avaliação na disciplina “Análise Instrumental III” do curso de Química no período letivo 2023.1, da Universidade Federal do Rio de Janeiro - Campus Macaé Macaé - RJ 2023 INTRODUÇÃO A espectrofotometria ultravioleta e visível é um dos métodos analíticos quantitativos mais utilizados nas determinações analíticas. Por ser um equipamento relativamente barato, é comumente utilizado na indústria petroquímica, farmacêutica, cosmética, alimentícia e diversas outras áreas. É um método que mede a capacidade de absorção da radiação eletromagnética (ultravioleta e visível) por uma determinada espécie química. A radiação eletromagnética é emitida a partir de uma fonte, passa por um filtro seletor de comprimento de onda, e em seguida, passa pela amostra do sistema que está sendo analisada. Parte da radiação é absorvida pela espécie química presente na cubeta A radiação eletromagnética incidente chega no detector, onde é convertido em sinais elétricos, e em seguida, é processada pelo software que transforma esses sinais em espectros. (SKOOG et al., 2009) Figura 1 - Funcionamento do espectrômetro UV-Vis O software calcula a transmitância a partir dos valores de intensidade de radiação transmitida e incidente, através da fórmula: T = I/I0 A letra “T” representa a transmitância, “I” representa a intensidade de radiação incidente e “Io” representa a intensidade de radiação transmitida. A absorbância é o logaritmo negativo da transmitância e também é representada pela Lei de Lambert-Beer, conforme as fórmulas abaixo: A = − log T = εbC A letra grega “ε” representa a absortividade molar, “b” representa a distância que a radiação passa pela amostra na cubeta (Figura 1) e “C” representa a concentração da espécie química a ser analisada. O elemento Ferro é um metal branco prateado, tenaz e dúctil. O metal comercial raramente é puro. Formam-se dois tipos de sais muito importantes: os sais de Ferro (II) e os sais de Ferro (III). As soluções de Ferro (II) são facilmente oxidadas a soluções de Ferro (III) na presença de meio alcalino ou até mesmo na presença do ar atmosférico. Quando o Ferro (II) reage com o o-fenantrolina, no meio ligeiramente ácido, há a formação do íon complexo [Fe(C18H8N2)3]+2, com coloração vermelha (VOGEL, 2000). O Ferro (III) reage com o íon tiocianato no meio ligeiramente ácido, formando uma série de complexos, tais como: [Fe(SCN)]+2, [Fe(SCN)2]+, [Fe(SCN)4]-, [Fe(SCN)5]-2e [Fe(SCN)6]- 3, com coloração vermelha. O Ferro (III) reage com o íon salicilato, no meio ligeiramente ácido, formando o complexo [C6H4(OH)COO]3Fe, com coloração vermelho-violeta (VOGEL, 2000). OBJETIVO Determinar o melhor sistema de complexação do íon Ferro para a quantificação pelo método espectrofotométrico. MATERIAIS ● 15 Provetas de 10 mL; ● 2 Cubetas; ● 2 Micropipeta monocanal de 100μL e 1000μL – Olen; ● Ponteiras; ● 2 Bécher de 150 mL; ● 2 Bécher de 100 mL; ● 1 Pisseta; ● Espectrofotômetro UV-Vis Shimadzu modelo UV-2600; ● Fitas de pH; REAGENTES ● Água destilada; ● Solução de acetato de sódio 2,0 mol.L-1; ● Solução de ácido clorídrico 6 mol.L-1; ● Solução de ácido clorídrico 0,1 mol.L--1; ● Solução de hidróxido de sódio 2,0 mol.L-1; ● Solução de Ferro (III) em estoque; ● Solução de 1,10-fenantrolina 0,3% (m/v); ● Solução de cloridrato de hidroxilamina 10% (m/v); PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Sistema Fe(III) 1,10-Fenantrolina - Espectro de absorção Inicialmente, foi realizado a preparação da solução a ser lida no espectro,com isso, foi adicionado em uma proveta de 10 mL: 400μL da solução estoque de ferro (III) 1,0x10-3 mol.L-1, 100μL da solução de cloridrato de hidroxilamina 10% (m/v). As respectivas provetas foram agitadas para reduzir o Fe(III) para Fe(II) logo após, adicionou-se e 200 μL de acetato de sódio 2,0 mol.L-1; e 200 μL da solução de 1,10-fenantrolina 0,3% (m/v), o mesmo foi avolumado até 10 mL com água destilada e homogeneizado. Uma fração da solução foi transferida para uma cubeta e em outra cubeta foi adicionado água destilada (branco), ambas inseridas no espectrofotômetro UV-Vis, sendo a cubeta da amostra inserida na parte dianteira e o branco no posterior do espectrofotômetro. Após a determinação do comprimento de onda no qual a amostra apresenta maior absorbância a partir do espectro de absorção, esta foi analisada neste comprimento de onda em intervalos regulares de 30 minutos por um período de 2 horas, anotando-se o valor da absorbância em cada intervalo e reservando a amostra em um local no qual não haja a exposição a luz. - Efeito do volume de complexante Para a avaliação do efeito do volume do complexante em relação a absorbância da amostra, no caso da 1,10-fenantrolina, foram preparadas as seguintes soluções: foram separadas seis provetas graduadas de 10 mL, onde foram adicionados 400μL da solução estoque de ferro (III), 100μL de solução de cloridrato de hidroxilamina, realizando a mesmo procedimento de preparação descrito anteriormente e 200 μL de acetato de sódio a todos eles. Feito isso, nas respectivas provetas devidamente identificadas, foram acrescentados diferentes volumes respectivamente, 30μL, 60μL, 100μL, 150μL, 200μL e 300μL. O volume das vidrarias foi completado com água destilada. As soluções foram analisadas no mesmo comprimento de onda utilizado no procedimento anterior, onde foi anotado a absorbância para cada amostra. - Efeito do pH do meio complexante Para a etapa de efeito do pH do meio complexante, foram separadas cinco provetas de 10 mL para serem preparadas as soluções. Adicionou-se 400μL da solução estoque de ferro (III), 100μL de solução de cloridrato de hidroxilamina, realizando o mesmo procedimento de preparação descrito no primeiro preparo para reduzir o Fe(III) para Fe(II) e 200μL de solução de 1,10-fenantrolina em cada uma das quatro provetas. As provetas foram identificadas e na primeira foi adicionado 50μL de solução de ácido clorídrico 6,0 mol.L-1. Na segunda proveta foi adicionado 50μL da solução de ácido clorídrico 0,1 mol.L-1. Na terceira proveta foi adicionado 200μL da solução de acetato de sódio 2,0 mol.L-1. Na quarta proveta foi adicionado 100μL da solução de hidróxido de sódio 2,0 mol.L-1. Na quinta proveta foi adicionado 100μL de água destilada. As provetas foram avolumadas com água destilada e, com auxílio da fita de pH, seus respectivos pH foram medidos. Feito isso, as soluções foram analisadas no espectro num comprimento de onda utilizado no decorrer da prática e os resultados foram anotados. Sistema Fe(III)-tiocianato - Espectro de absorção Inicialmente, foram adicionados a uma proveta volumétrica de 10mL: 600μL da solução estoque de ferro (III) 1,0x10-3mol.L-1 e 400μL do complexante tiocianato. O mesmo foi avolumado até 5mL com água destilada e homogeneizada. A solução foi transferida para uma cubeta e inserida no espectrofotômetro UV-Vis. Após a determinação do comprimento de onda, onde a amostra apresenta maior absorbância a partir do espectro de absorção, esta foi analisada neste comprimento de onda em intervalos de 30 minutos por um período de 2 horas, anotando-se o valor da absorbância em cada intervalo e reservando a amostra em um local no qual não haja a exposição a luz. - Efeito do volume de complexante Para a avaliação do efeito do volume do complexante em relação a absorbância da amostra, foram preparadas as seguintes soluções: foram separadas seis provetas graduadas de 10 mL onde foram adicionados 600μL de solução de ferro (III), e acrescentados volumes diferentes de tiocianato de amônio 0,30 mol.L-1, 100μL, 200μL, 400μL, 800μL, 1600μL e 3200μL. O volume das provetas foi avolumado até 5mL com água destilada. As soluções foram analisadas no mesmo comprimento de onda utilizadono procedimento anterior, onde foi anotado a absorbância para cada amostra. - Efeito do pH do meio complexante Para a etapa de efeito do pH do meio complexante, foram preparadas as seguintes soluções: em provetas graduadas de 10mL, foram adicionados 600μL de solução de ferro (III) e 400μL de solução em cada uma das cinco provetas. As provetas foram identificadas e na primeira foi adicionado 50μL de solução de ácido clorídrico 6,0 mol.L-1. Na segunda proveta foi adicionado 50μL da solução de ácido clorídrico 0,1 mol.L-1. Na quarta proveta foi adicionado 20μL da solução de hidróxido de sódio 2,0 mol.L-1. Na quinta proveta foi adicionado 100μL da solução de hidróxido de sódio 2,0 mol.L-1. As provetas foram avolumadas até 5mL com água destilada e, com auxílio da fita de pH, seus respectivos pH foram medidos. Feito isso, as soluções foram analisadas no espectro num comprimento de onda utilizado no decorrer da prática e os resultados foram anotados. RESULTADOS E DISCUSSÕES Sistema Fe (III) 1,10-Fenantrolina Os resultados do comprimento de onda de máxima absorbância do complexo de ferro [Fe(o-phen)3]2+ formado a partir da reação entre ferro (II) e o complexante 1,10-fenantrolina foi 510,5 nm. A tabela 1 apresenta os dados obtidos para estudo do tempo de reação. Tabela 1: Dados obtidos para o estudo do tempo de reação Tempo ( min.) Absorbância em 510,5 nm 0 0,182 30 0,183 60 0,184 90 0,184 120 0,184 Fonte: Planilha elaborada pelos autores com base nas medições realizadas na prática (2023) Os dados de absorbância obtidos ao longo do tempo de estudo permitem entender que o complexo foi estável no intervalo estudado. A variação de absorbância neste intervalo foi de apenas 0,001. Isso indica que a concentração do complexo se manteve praticamente constante. Em seguida, para a análise com relação a variação do volume de complexante segue a tabela 2 com os respectivos dados. Tabela 2: Dados obtidos para o estudo do volume do complexante Volume de Complexante (μL) Absorbância em 510,5 nm 30 0,156 60 0,111 100 0,076 150 0,089 200 0,139 300 0,106 Fonte: Planilha elaborada pelos autores com base nas medições realizadas na prática (2023) Dependendo do tempo de reação da redução entre ferro (III) 1,0x10-3 mol.L-1 e cloridrato de hidroxilamina 10% (m/v), as soluções devem ser devidamente homogeneizadas para reduzir o Fe(III) para Fe(II). Ocorreram grandes alterações nas absorvâncias medidas para os diferentes volumes de complexante. A maior variação de absorbância no intervalo medido foi de 0,080 entre o maior e o menor valor encontrados. Segue a reação de formação do complexo: 4 Fe3+(𝑎𝑞)+ 2 NH₂OH(𝑎𝑞)→ 4 Fe2+(𝑎𝑞)+ N₂O + H₂O(l) + 4 H+ Para preparar a solução desejada, foram utilizados 400 µL da solução estoque de Fe (III). Como a concentração desta solução era de 1,0x10-3mol. L-1, o número de mols de Fe3+ é 4,0 x 10-7, conforme os cálculos abaixo: 1,0 x 10-3mol — 1 L X — 400 x 10-6L X = 4,0 x 10-7mol Com os Dados obtidos da tabela 2 foi construído um gráfico para melhor verificação da variação de absorbância em relação ao volume do complexante. Gráfico: Dados obtidos para o estudo do volume do complexante Fonte: Planilha elaborada pelos autores com base nas medições realizadas na prática (2023) Com isso, a grande variação de absorbância das medidas pode ser atribuída ao pequeno volume de complexante adicionado, que não foi suficiente para complexar todo o ferro(II) disponível. A tabela 3 apresenta os dados obtidos pela variação do pH do meio complexante. Tabela 3: Dados obtidos para o estudo do pH pH pH Absorbância em 510,5 nm 1 1,0 0,133 2 4,0 0,148 3 5,0 0,118 4 11,0 0,081 5 4,0 0,154 Fonte: Planilha elaborada pelos autores com base nas medições realizadas na prática (2023) Na faixa entre 1,0 e 4,0, a absorvência se manteve razoavelmente constante, variando entre 0,133 e 0,148. Em pH 5,0, houve um grande decréscimo na absorbância medida. A 1,10-fenantrolina é estável em pH 2 a 9 e sofre variação em pH muito ácido (BANDEMER; SCHAIBLE, 1944). Esta variação não foi observada no experimento realizado e o decréscimo no pH 5,0 foi mais pronunciado do que o esperado. Acredita-se que estas diferenças possam estar relacionadas a interações ocorridas entre o reagente empregado na redução do Ferro (II) a Ferro (III) com o meio. Sistema Fe(III)-tiocianato O comprimento de onda máximo de absorção do complexo de ferro(III) formado pela reação de ferro e tiocianato é de 457 nm. A Tabela 1 lista os dados obtidos do estudo do tempo de reação. Tabela 1: Dados obtidos para o estudo do tempo de reação Tempo ( min.) Absorbância em 457 nm 0 0,113 30 0,115 60 0,126 90 0,116 120 0,116 Fonte: Planilha elaborada pelos autores com base nas medições realizadas na prática (2023) De acordo com, os dados de absorbância obtidos ao longo do tempo, foi possível entender que o complexo foi razoavelmente estável no intervalo estudado. Em seguida, foi estudado o efeito do volume do complexante. Apresentado os dados obtidos na tabela 2. Tabela 2: Dados obtidos para o estudo do volume do complexante Volume de Complexante (μL) Absorbância em 457 nm 100 0,041 200 0,087 400 0,114 800 0,202 1600 0,275 3200 0,319 Fonte: Planilha elaborada pelos autores com base nas medições realizadas na prática (2023) O íon tiocianato forma com o Fe3+ uma série de seis complexos homogêneos mononucleares, sendo dois catiônicos, um neutro e três aniônicos. A reação entre os íons férrico e tiocianato pode ser observada abaixo. 𝐹𝑒3+(𝑎𝑞) + 2𝑆𝐶𝑁 - (𝑎𝑞) ↔ [𝐹𝑒(𝑆𝐶𝑁)2]+(𝑎𝑞) (1) Observando-se a tabela, pode-se observar a variação na absorbância da solução em função do volume de complexante adicionado, devido às diferentes composições que o complexo adquiriu com a variação da concentração de tiocianato. A proporção estequiométrica na reação de formação do complexo entre Fe3+ e SCN- é de 1:2. Sendo assim, em relação à esta proporção, foi possível descobrir o volume de tiocianato necessário para complexar a quantidade de ferro (III), conforme os cálculos abaixo: 1,0 x 10-3 mol Fe3+ — 1 L N— 600 x 10-6L N = 6,0 x 10-7mol Fe3+ De acordo com proporção da reação, são proporcionais 1,2 x 10-6 mol de tiocianato. Como a concentração da solução de tiocianato é 0,30 mol. L-1, então: 0,3 mol SCN - ____ 1 L 1,2 x 10-6mol ____ V V = 4,0 x 10-6L = 4µL Através dos cálculos estequiométricos, desde a primeira adição do complexante já havia tiocianato suficiente para reagir com a quantidade de Fe (III) utilizada, ou seja, a variação do volume não poderia ter efeito na variação da absorbância com o volume de complexante adicionado. Posteriormente, foi estudado o efeito do pH do meio complexante. Apresentado os dados obtidos na tabela 3. Tabela 3: Dados obtidos para o estudo do pH Proveta pH Absorbância em 457 nm 1 1,0 0,224 2 6,0 0,198 3 6,0 0,182 4 9,0 0,022 5 12,0 0,020 Fonte: Planilha elaborada pelos autores com base nas medições realizadas na prática (2023) De acordo com a tabela 3 é possível observar que o complexo não apresenta boa estabilidade quanto à acidez do meio. A absorbância foi decrescente em quase todos os pontos medidos, portanto, uma tendência de diminuição com o aumento do pH nos valores de a partir de 9,0, pode ter ocorrido a hidrólise do ferro, levando à formação de Fe(OH)3. CONCLUSÃO Ao decorrer da aula prática foi avaliado os dados de estabilidade do complexo em relação ao tempo de reação, a partir dos dados obtidos, volume de complexante adicionado e pH do meio, pode-se concluir que o complexo mais estável foi aquele formado pela reação entre Ferro (III) e tiocianato. Isso sugere que o emprego de tiocianato na determinação de Ferro destaca-se dentre os demais métodos mencionados. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA SILVA, R.R. DA BOCCHI, N. E ROCHA FILHO, R.C.; “Introduçao à Química Experimental”; 1ª. Ed., McGraw-Hill Ed., São Paulo, 1990. RODRIGUES, A.R. Especiação de ferro em tomates utilizando um analisador automáticoFBA e imagens digitais. Orientador: Prof. Dr. Ricardo Alexandre Cavalcanti de Lima. 2018. 85 p. 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Da literatura, observa-se o aumento da sensibilidade da complexação à medida que [SCN] é maior (IVSIC; TAMHINA, 2003; MARTINS et al., 2005). A estabilidade temporal do complexo – refletida na absorbância – foi obtida (tabela 1) durante todo período considerado na análise, semelhante ao observado no trabalho anterior de Andrade, M. F., et al (2005). 1,10-Fenantrolina O uso de 1,10-fenantrolina na determinação de Ferro não é aplicável para pH básico ou muito ácido – viável, de pH 2 a 9 – (BANDEMER; SCHAIBLE, 1944), devido pouca alteração colorimétrica do meio. Todavia, tal tendência não foi observada neste trabalho, conforme tabela 9, o que pode estar relacionado a interações entre o reagente empregado na redução do Ferro (II) a Ferro (III) com o meio. Ademais, em meio levemente ácido – também admitindo meio neutro –, o complexo formado pelo procedimento é estável por longo período de tempo (SAYWELL; CUNNINGHAM, 1937), de modo que foi observada baixíssima variação na absorbância em pontos espaçado por 30 minutos num total de 120 minutos (tabela 7) no pH igual à aproximadamente 5. Através da tabela 8, demonstra-se que há um mínimo de disponibilidade de agente complexante a partir do qual a absorbância é máxima e de pouca variação, conforme abordagem descrita em trabalho anterior (FORTUNE; MELLON, 1938). 3) Se o complexo [Fe(o-phen)3]2+ estiver consideravelmente dissociado haverá ausência alteração na absorbância do λmax (do complexo), dado que o complexo seria muito escasso no meio, isso seria evidenciado no gráfico e afetaria a elaboração da curva de calibração, pois nessa etapa o comprimento de onda é fixado. 4) Considerando que a análise colorimétrica quantitativa necessita de um reagente específico e de elevada seletividade, capaz de formar um complexo estável durante o tempo e faixa de pH abrangida no experimento, é possível indicar o tiocianato como indicador colorimétrico para determinação de Ferro, dentre os métodos analisados considerando soluções de pH em torno de 7. Isso se justifica por sua maior estabilidade no tempo, maior faixa de absorbância independente do pH – de 2 a 9 – e maior sensibilidade, necessitando de uma amostra mínima de agente complexante para geração de máxima absorbância no λmax (do complexo) – elevando, assim, seu potencial de geração de uma melhor curva de calibração –, além de maior independência da interferência de outros íons comuns (FORTUNE; MELLON, 1938).