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Audiometria: Detecção e Reconhecimento


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E o crosscheck
Fga. Juliana Coutinho da Silva Toniolo 
Mestre em otorrinolaringologia FMUSP
CRFa 2-20493
Audiometria
vocal
LOGOAUDIOMETRIA
TESTE REALIZADO NA AVALIAÇÃO
AUDIOLÓGICA BÁSICA, COM O
PRINCIPAL OBJETIVO DE
Avaliar a habilidade de detecção, limiar de reconhecimento
de fala e reconhecimento de fala em nível supraliminar do
paciente
LOGOAUDIOMETRIA TAMBÉM TEM IMORTANTE PAPEL
NO CROSSCHECK
Conferir os resultados da audiometria tonal 
Auxiliar no topodiagnóstico da lesão
Ajudar nos casos de pacientes de difícil testagem
Informações valiosas para a reabilitação e intervenção
DETECÇÃO X RECONHECIMENTO
Conceitos
importantes:
RECONHECIMENTO X INTENSIDADE
MATERIAL DE FALA
FREQUÊNCIAS DA FALA
GRAVADO X VIVA-VOZ
FREQUÊNCIAS DA FALA
Count the dots audiogram,
Killion & Mueller, 2010
DETECÇÃO X RECONHECIMENTO
Conceitos
importantes:
RECONHECIMENTO X INTENSIDADE
MATERIAL DE FALA
FREQUÊNCIAS DA FALA
APRESENTAÇÃO
DETECÇÃO X RECONHECIMENTO
Detecção
Discriminação
Reconhecimento
Compreensão
DETECÇÃO X RECONHECIMENTO
Conceitos
importantes:
RECONHECIMENTO X INTENSIDADE
MATERIAL DE FALA
FREQUÊNCIAS DA FALA
APRESENTAÇÃO
DETECÇÃO X RECONHECIMENTORECONHECIMENTO X INTENSIDADE
https://entokey.com/speech-audiometry-2/
DETECÇÃO X RECONHECIMENTO
Conceitos
importantes:
RECONHECIMENTO X INTENSIDADE
MATERIAL DE FALA
FREQUÊNCIAS DA FALA
APRESENTAÇÃO
DETECÇÃO X RECONHECIMENTORECONHECIMENTO X INTENSIDADEMATERIAL DE FALA
Nível de facilidade:
Frases > polissílabos > trissílabos > di > mono
Foneticamente balanceado: Apenas 2% de diferença
entre lista balanceada foneticamente e com palavras
aleatórias. Entretanto, o nível de familiaridade com
as palavras é importante 
(Martin et al., 2000; Hood et al., 1980)
DETECÇÃO X RECONHECIMENTO
Conceitos
importantes:
RECONHECIMENTO X INTENSIDADE
MATERIAL DE FALA
FREQUÊNCIAS DA FALA
APRESENTAÇÃO
DETECÇÃO X RECONHECIMENTORECONHECIMENTO X INTENSIDADEAPRESENTAÇÃO
Gravado x Viva voz
A viva-voz é o método mais utilizado na prática
clínica; desvantagens: mais variável entre exames e
examinadores, com influência de articulação, voz,
intensidade, ruído, sotaque, LOF...
Atenção ao VU meter
DETECÇÃO X RECONHECIMENTORECONHECIMENTO X INTENSIDADEAPRESENTAÇÃO
Gravado x Viva voz
A gravação deixa mais padronizado e com maior
controle das características; desvantagem do teste
ficar mais difícil e dificuldade para encontrar
materiais disponíveis para compra
DETECÇÃO X RECONHECIMENTORECONHECIMENTO X INTENSIDADEAPRESENTAÇÃO
Via aérea x Campo livre x Via óssea
O padrão é com fones
Possível fazer em campo livre quando: uso de AASI,
criança não aceita fone... lembrar que a melhor
orelha que responde.
Também é possível fazer por via óssea. Atenção a
distorção.
Testes logoaudiométricos
01
LDF
Limiar de detecção 
de fala
02
LRF
Limiar de
reconhecimento de fala
03
IRF
Índice de
reconhecimento de fala
Testes logoaudiométricos
Menor intensidade na qual o
paciente consegue detectar
presença de fala em 50% das vezes
01
LDF
Limiar de detecção 
de fala
Usada quando o paciente não consegue
reconhecer a fala - não adquiriu linguagem
oral, comprometimento neurológico, perda
severa-profunda...
Mais utilizado a sequência da sílaba
“papapá”. Mas podemos usar o próprio
nome, músicas, sons do ling...
01
LDF
Limiar de detecção 
de fala
Esperamos que coincida com o
melhor limiar de VA entre 250 e 4k Hz
(ASHA, 1988)
01
LDF
Limiar de detecção 
de fala
O paciente deve ser orientado a levantar a mão ou apertar o
botão toda vez que escutar o estímulo;
Cuidado com pistas visuais!
DICA: iniciar na melhor orelha
O mapa para realizar o LDF:
Iniciar o estímulo em nível audível (30-40dB acima da média)
Abaixar de 5 em 5dB
A primeira vez que o paciente não escutar, repetir mais 3 vezes (ao todo, 4x)
Se não escutou 3 ou as 4 vezes, aumentar 5dB
Repetir mais 4 vezes
Até encontrar a intensidade em que o paciente escutar 2x (50% das vezes)
Caso o paciente acerte 25% em uma intensidade e 75% com 5dB a mais,
considere a intensidade de 75%.
O caminho descendente
O mapa para realizar o LDF:
01
LDF
Limiar de detecção 
de fala
02
LRF
Limiar de
reconhecimento de fala
03
IRF
Índice de
reconhecimento de fala
Testes logoaudiométricos
02
LRF
Limiar de
reconhecimento de fala
Menor intensidade na qual o
paciente consegue reconhecer a fala
em 50% das vezes
Principal objetivo é fazer o
crosscheck com os limiares tonais
Utilizaremos palavras trissílabas e polissílabas
para o paciente repetir
Caso o paciente tenha condição de reconhecer
a fala, mas não consegue reproduzir, o teste
pode ser feito por meio de ordens simples,
perguntas ou apontar figuras
02
LRF
Limiar de
reconhecimento de fala
O esperado é que o LRF com palavras
coincida com a média tritonal (500, 1k e
2kHz) ou até 10dB maior; com frases
pode ser pouco melhor
Atenção:
Casos com diferença
de 15dB entre essas
frequências ou perda
em rampa, pode ter o
LRF melhor que a
média - coincidindo
com a média das duas
melhores frequências
ou com o melhor
limiar - as frequências
graves tem muita
influência no LRF
(Katz, 2015)
O paciente deve ser orientado a repetir a palavra que escutou e que as palavras
serão apresentadas cada vez em menor intensidade
Caso precise utilizar ordens simples, perguntas ou figuras, certifique-se de que o
paciente consegue conhece o vocabulário; 
Ordens simples: manda beijo, dá tchau... cadê a barriga, cabelo, bochecha, mão...
Perguntas: qual o nome da sua mãe, quem mora com você...
iniciar pela melhor orelha 
O mapa para realizar o LRF:
O caminho descendente
Iniciar o estímulo em nível audível (30-40dB acima limiar)
Abaixar de 5 em 5dB
A primeira vez que o paciente errar, repetir mais 3 vezes (ao todo, 4x)
Se errou 3 ou 4 vezes, aumentar 5dB
Repetir mais 4 vezes
Até encontrar a intensidade em que o paciente acertar 2x (50% das vezes)
Caso o paciente acerte 25% em uma intensidade e 75% com 5dB a mais,
considere a intensidade de 75%.
O mapa para realizar o LRF:
01
LDF
Limiar de detecção 
de fala
02
LRF
Limiar de
reconhecimento de fala
03
IRF
Índice de
reconhecimento de fala
Testes logoaudiométricos
É a porcentagem da inteligibilidade
de fala do paciente, na intensidade
de melhor desempenho
03
IRF
Índice de
reconhecimento de fala
Intensidade de maior inteligibilidade do
paciente (pode estar entre 20 e 60 dBNS).
Na prática, usamos 40 dBNS, que é
confortável para a maioria dos pacientes. 
Mas é necessário testar.
É utilizado lista de 25 monossílabos (4%
de reconhecimento de fala), para avaliar a
capacidade auditiva, com menos ajuda
semântica; tradicionalmente feito em
contexto aberto
O nível de sensação pode ser acima
do LRF ou acima da média tritonal
Na prática, muitos
centros auditivos
utilizam a lista de
dissílabos só quando
o paciente apresenta
dificuldade em
monossílabo (pior
que 88%)
03
IRF
Índice de
reconhecimento de fala
Como 25 palavras aumenta a variabilidade do teste,
portanto (Momensohn-Santosm e Russo, 2005) alguns
autores sugerem utilizar sempre uma lista de 25 palavras
dissílabas
Guia de Orientação na
Avaliação Audiológica. Conselho de Fonoaudiologia, 2020.
1. Vaucher AV de A, Costa LD, Moraes AB de, Menegotto IH, Costa MJ. Listas de
monossílabos para testes logoaudiométricos: elaboração, validação de conteúdo e
pesquisa de equivalência. CoDAS [Internet]. 2022;34(3):e20210057. Available from:
https://doi.org/10.1590/2317-1782/20212021057
Primeiro certifique-se de que a intensidade está confortável o suficiente para o
paciente; converse com ele e faça mudanças de 5dB até encontrar a intensidade de
máximo conforto (MCL)
O paciente deve ser orientado a repetir a palavra que escutou da forma como
entendeu
Use sempre uma frase introdutória: mantém a atenção; prepara o paciente; chance
de modular voz
O mapa para realizar o IRF:
Inicie com a intensidade de 30-40dB acima do LRF ou média tritonal
Pergunte ao paciente se a sua voz daquela forma está confortável
Ajustea intensidade, se necessário
Após encontrar a intensidade de maior conforto, mantenha o nível
Fale as 25 palavras monossilábicas, sempre com uma frase introdutória
Anote a quantidade de palavras incorretas
O mapa para realizar o IRF:
Índice de rollover: pontuação máxima - pontuação mínima / pontuação
máxima. Se for maior que 0.45: positivo para rollover
Leituras complementares:
Russo ICP, Santos TMM. A prática da audiologia clínica. 4ª ed. São Paulo: Cortez; 1993. Capítulo IV,
Logoaudiometria; p. 73-88.
Menegotto IH, Costa MJ. Avaliação da percepção de fala na avaliação audiológica convencional. In:
Boéchat EM, Menezes PL, Couto CM, Frizzo ACF, Scharlach RC, Anastasio ART, editores. Tratado de
audiologia. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan; 2015. p. 67-75.
Referências bibliográficas
American Speech-Language-Hearing Association. (1988). Determining threshold level for speech
[Guidelines]. Available from www.asha.org/policy.
Russo ICP, Santos TMM. A prática da audiologia clínica. 4ª ed. São Paulo: Cortez; 1993. Capítulo IV,
Logoaudiometria; p. 73-88.
Menegotto IH, Costa MJ. Avaliação da percepção de fala na avaliação audiológica convencional. In:
Boéchat EM, Menezes PL, Couto CM, Frizzo ACF, Scharlach RC, Anastasio ART, editores. Tratado de
audiologia. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan; 2015. p. 67-75.

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