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O Guarani - Literatura

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Livro
O GUARANI
Autor
José de Alencar
Estudante
Pedro Henrique Bárbaro
Professora
Marcia Regina Brandolli Benetti
Bibliografia de José de Alencar
Foi romancista, dramaturgo, jornalista, advogado e politico brasileiro. Foi um dos maiores representantes da corrente literária indianista. Destacou-se na corrente literária com a publicação do romance o “O Guarani”, em de folhetim no diário do Rio de Janeiro, onde alcançou enorme sucesso. 
Seu romance “O Guarani” serviu de inspiração ao musico Carlos Gomes que compôs a opera O guarani. Foi escolhido por Machado de Assis, para patrono da cadeira numero 23 da Academia Brasileira de Letras. 
José de Alencar consolidou o romance brasileiro, ao escrever movido por sentimento de missão patriótica. 
Criando uma literatura nacionalista onde se evidencia uma maneira de sentir e pensar tipicamente brasileiras.
Tão grande foi à preocupação de José de Alencar em relatar a sua terra e seu povo que muitas das paginas dos seus romances relatam mitos, lendas, tradições, festas religiosas, usos e costumes observados especialmente por ele, com a ideia, de cada vez mais abrasileirar seu textos.
José de Alencar nasceu em Mecejana no Ceara, no dia 1° de maio de 1829. Com 10 anos de idade morando no Rio de Janeiro, ingressou no colégio de Instrução Elementar. Com 14 anos vai para São Paulo, onde termina o curso secundário e ingressa na Faculdade de Direito de Largo de São Francisco. Em 1850, conclui o curso de Direito. Ingressou no Correio Mercantil em 1854. Em 1856 passa a ser o redator chefe do Diário do Rio de Janeiro. Em 1858, abandona o jornalismo para ser chefe da Secretaria do Ministro da Justiça, aonde chega à consultoria. 
Nessa mesma época é professor de Direto Mercantil. Foi eleito Deputado pelo Ceara em 1861. Na visita a sua terra natal se encanta pela lenda de “Iracema”, e a transforma em um livro.
Famoso, a ponto de ser chamado de Machado de Assis, como “o chefe da literatura nacional”.
José de Alencar morreu aos 48 anos vitima de tuberculose, em 12 de dezembro de 1877.
 
Enredo
O GUARANI
Em uma fazenda no interior do Rio de Janeiro, morava D. Antônio de Mariz com sua esposa chamada D. Lauriana, o filho D. Diogo e a filha Cecília. Também tinha uma filha bastarda de D. Antônio, chamada Isabel.
Eles moravam em uma casa com arquitetura simples e grosseira. Certo dia resolveram fazer um passeio pelo Rio Paquequer, a onde o índio Peri salvou a Cecília de ser atingida por uma pedra, então o índio se consagrando com a família, permaneceu no lugar a pedido de Cecília, morando em uma cabana. Peri era como um escravo de Cecília vivia fazendo as suas vontades e a protegendo, por que acreditava que Cecília era a Nossa Senhora que tinha baixado dos céus.
Cecília no começo dessa amizade com Peri, não o tratava muito bem, assim o índio começou a chamar a sua senhora de Ceci, que significa magoar, doer, na língua guarani.
Cecília percebeu que o índio só queria seu bem, então falou que ele era para chama-la sempre de Ceci, para que se lembrasse do mau que fez em tratar uma pessoa que só queria seu bem.
Envolta da casa de D. Antônio de Mariz, havia vários aventureiros acampados. Loredano, que os liderava planejava matar toda a família do fidalgo, e capturar Cecília. Mas Peri sempre de olho em tudo, estava desfazendo todos os planos de Loredano.
O cavalheiro Álvaro, que era um capataz de D. Antônio amava Ceci, mas nunca teve seu amor retribuído por ela assim acabou se envolvendo com Isabel.
D. Diogo o filho do fidalgo português, em uma caçada matou acidentalmente uma índia da tribo dos Aimorés, assim a tribo ficou muito brava e querendo a vingança. Então, em um belo dia dois índios aimorés vigiavam Ceci enquanto se banhava. Estavam se preparando para mata-la quando de repente, foram mortos pelas flechadas certeiras do Peri. Uma índia aimoré que viu todo o ocorrido conseguiu fugir do Peri, foi até sua tribo e relatou todos os fatos, isso acabou desencadeando uma guerra entre a família de D. Antônio e os Aimorés.
Os Aimorés estavam tentando invadir a fazenda, que estava em pé de guerra, pois alguns aventureiros estavam revoltados por que Peri matou dois comparsas de Loredano e não foi punido. Assim os aventureiros se dividiram em dois grupos. Um grupo chefiado por D. Antônio e outro por Loredano
Mesmo divididos eles não podiam abandonar a fazenda, pois os Aimorés os matariam , acabaram tendo que se defender do inimigo feroz que tentava se vingar.
Muito mais numerosos, os aimorés estavam ganhando a luta passa a passo. Então Peri resolve fazer um ato heroico de sacrifício, para salvar a sua senhora e toda a sua família. Sabendo que a tribo aimoré é canibal, Peri tomou veneno e foi lutar no acampamento dos aimorés. Assim, após ele morrer em combate, os índios iriam devorar sua carne envenenada e acabariam morrendo. Peri lutou bravamente, matando vários aimorés, e então não tendo mais forças se rendeu. Os aimorés o pegaram e amararam-no em uma árvore. Já estavam fazendo os preparativos para matar o Peri e servi-lo como o bufe principal. Assim quando o líder da tribo dos aimorés levantou sua arma para matar o Peri, Álvaro com sua clavina em meio da floresta disparou um tiro no peito do velho aimoré. Saíram da mata dez homens comandados pelo Álvaro, lutando bravamente como demônios. Eles libertaram o Peri e fugiram para mata, indo a caminho da casa do fidalgo.
Quando chegaram a casa, Ceci estava desesperada ao saber de todo o plano que o índio tramou para salvar sua vida, Peri resolveu tomar um antídoto, e rapidamente correu para a floresta busca-lo.
Em meio disso ouve uma trégua, os aimorés pareciam que tinham abandonado seu campo de guerra. Mas D. Antônio com a sua vasta experiência em batalha sabia que não poderia virar as costas para isso, e dizer que estava tudo bem.
Essa trégua foi feita por que Álvaro e o seu grupo de bravos aventureiros estava lutando contra os aimorés.
Peri voltando da sua busca pelo antídoto, sendo que já estava bem, viu essa peleja, e Álvaro sendo morto. Então em meio da briga, Peri pegou o seu corpo já frio e levou para a casa do fidalgo. Assim todos chocados por essa morte desse fiel defensor da casa, todos entraram em choque, principalmente a Isabel que o amava muito, e acabou se suicidando.
Algum tempo depois, Loredano tramou novamente um plano para matar D. Antônio, mas foi descoberto, então foi preso e condenado a morrer na fogueira por traição.
Os aimorés estavam cercando cada vez mais a fazenda e assim ficou muito perigoso para a família do fidalgo. Peri vendo isso pediu a D. Antônio se ele queria fugir, mas D. Antônio se negou em deixar a sua casa. Então o fidalgo pediu a Peri para que ele virasse cristão, e fugisse com Ceci. Peri aceitou o pedido, assim, os dois jovens fugiram em uma canoa pelo Rio Paquequer, depois de alguns minutos ouve uma grande explosão, e a casa de D. Antônio começou a pegar fogo, pois quando os índios invadiram a residência do fidalgo ele explodiu barris de pólvora matando a todos.
 Após um tempo Ceci, que estava dormindo por que seu pai tinha dado um vinho com algum sonífero, acordou e Peri contou a ela tudo o que tinha ocorrido. Ela ficou muito brava, pois queria morrer ao lado de seu pai, mas depois de se consolar, resolveu viver com Peri no meio da mata.
Eles estavam viajando com a canoa em meio do rio Paquequer quando de repente uma enxurrada causada pela forte chuva que estava caindo nas montanhas, obrigou Peri a encostar a canoa na margem, e por segurança ele pegou Ceci no colo, subiu em uma palmeira, e a água que já havia subido muito amoleceu a terra e Peri com um esforço tremendo arrancou a palmeira do chão assim servindo como uma canoa onde eles se agarraram e foram levados pela água. Então eles sumiram no horizonte.
Foco narrativo
O Guarani apresenta foco narrativo em terceira pessoa, sendo o narrador onisciente.
Personagens
Peri: herói da história, é um índio corajoso e valente.
Ceci (Cecília): filha do nobre D. Antônio Mariz, é uma moça linda, loira e de olhos azuis. 
D. AntônioMariz: fidalgo português 
Isabel: Irma de Ceci.
Dona Lauriana: esposa de D. Antônio Mariz. 
D. Diogo Mariz: filho de D. Antônio Mariz, passa seu tempo em meio a aventuras e caçadas. 
Loredano: ex-frei Ângelo di Lucca, é um italiano.
Álvaro: capataz de D. Antônio Mariz, é apaixonado por Cecília.
Tempo
1604.
Espaço 
Serra dos Órgãos (RJ) / Rio Paquequer / Rio Paraíba.
Conflito
Ouve vários conflitos entre os personagens da história. Um dos principais foi à guerra tramada pelos aimorés e os aventureiros de D. Antônio; Peri também lutou contra vários aimorés. Também teve o conflito entre Loredano e D. Antônio.
Clímax
De repente listras dede fogo atravessaram o ar, e se abateram sobre o edifício; eram as setas inflamadas dos selvagens que anunciavam o começo do ataque durante alguns minutos foi como uma chuva de fogo, uma cascata de chamas que caiu sobre a casa.
Os aventureiros estremeceram; D. Antônio sorriu.
_ É chegado o momento, meus amigos. Temos uma hora de vida; preparei-vos para morrer como cristãos e portugueses. Abri as portas para que possamos ver os céus.
Quando os aventureiros abriram as portas, um vulto resvalou na sombra, e entrou na sala.
Era Peri.
Desfecho
 Eles estavam viajando com a canoa em meio do rio Paquequer quando de repente uma enxurrada causada pela forte chuva que estava caindo nas montanhas, obrigou Peri a encostar a canoa na margem, e por segurança ele pegou Ceci no colo, subiu em uma palmeira, e a água que já havia subido muito amoleceu a terra e Peri com um esforço tremendo arrancou a palmeira do chão assim servindo como uma canoa onde eles se agarraram e foram levados pela água. Então eles sumiram no horizonte.

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