Buscar

Apostila Noções de Direito - 1 Trimestre

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
AULA 01 e 02 - NOÇÕES GERAIS DE DIREITO 
1. O QUE É DIREITO? 
O Direito é um conjunto de normas e princípios que regulam as relações entre as 
pessoas e entre estas e o Estado, visando garantir a justiça, a segurança e a ordem na 
sociedade. Em outras palavras, é o conjunto de regras que estabelece o que é permitido 
e o que é proibido, além de definir os direitos e deveres de cada indivíduo. 
EXEMPLO 
 
 
 
 
 
2. IMPORTÂNCIA DO DIREITO NA SOCIEDADE 
O Direito desempenha um papel fundamental na sociedade por diversas razões: 
Organização e Ordem: O Direito estabelece regras e normas que regulam o 
comportamento das pessoas e das instituições, contribuindo para a organização e a 
manutenção da ordem social. Sem o Direito, haveria uma falta de estrutura e 
previsibilidade nas relações entre os indivíduos, o que poderia levar ao caos e à 
instabilidade. 
Proteção dos Direitos Individuais: O Direito protege os direitos fundamentais dos 
indivíduos, como o direito à vida, à liberdade, à propriedade e à igualdade perante a lei. 
Ele garante que todos sejam tratados de forma justa e igualitária, independentemente de 
sua origem, raça, religião ou classe social. 
Resolução de Conflitos: O Direito oferece mecanismos para a resolução pacífica de 
conflitos entre as pessoas. Por meio dos tribunais e do sistema jurídico, é possível resolver 
disputas e litígios de maneira justa e imparcial, evitando confrontos violentos e 
promovendo a paz social. 
Imagine que você comprou um celular em uma loja e, 
após alguns dias de uso, ele apresenta defeito. O Direito 
prevê que você tem o direito de reclamar e exigir que o 
vendedor conserte o celular, troque por um novo ou 
devolva seu dinheiro. Isso porque existe uma norma que 
protege o consumidor nesse tipo de situação, garantindo 
seus direitos. 
2 
 
Promoção da Justiça Social: O Direito busca promover a justiça social ao garantir o acesso 
igualitário à justiça e aos recursos disponíveis na sociedade. Ele visa reduzir as 
desigualdades e proteger os mais vulneráveis, como crianças, idosos, pessoas com 
deficiência e grupos minoritários. 
Regulação das Atividades Econômicas: O Direito estabelece normas para regular as 
atividades econômicas e comerciais, protegendo os consumidores, promovendo a 
concorrência leal e garantindo o bom funcionamento dos mercados. 
3. DIREITO PÚBLICO E DIREITO PRIVADO: ENTENDENDO AS DIFERENÇAS 
O Direito é dividido em duas grandes áreas: o Direito Público e o Direito Privado. Essas 
áreas se diferenciam principalmente pelos interesses que regulam e pelas partes 
envolvidas nas relações jurídicas. 
3.1 Direito público: 
O Direito Público trata das relações entre o Estado e os cidadãos, bem como das relações 
entre os próprios órgãos estatais. Ele envolve questões que dizem respeito ao interesse 
público, como a administração pública, o controle do poder estatal, o direito 
constitucional, o direito administrativo, o direito penal e o direito tributário. As normas 
do Direito Público têm como objetivo proteger a coletividade e garantir o funcionamento 
adequado do Estado. 
3.2 Direito privado: 
O Direito Privado trata das relações entre os particulares, ou seja, entre pessoas físicas e 
jurídicas que atuam no âmbito privado da sociedade. Ele abrange áreas como o direito 
civil, o direito comercial, o direito do trabalho e o direito das obrigações. As normas do 
Direito Privado têm como objetivo regular as relações de interesse privado, como 
contratos, propriedade, herança, família, entre outros. 
EXEMPLO 
 
 
 
 
Imagine que você está alugando um apartamento. O 
contrato de locação, as regras sobre posse e propriedade 
do imóvel, bem como as obrigações do locatário e do 
locador, estão regidos pelo Direito Privado. Já se você for 
multado por estacionar em local proibido, isso está 
relacionado ao Direito Público, pois envolve uma questão 
de interesse coletivo e a atuação do Estado para fazer 
cumprir as normas de trânsito. 
3 
 
3.3 CONSOLIDANDO O CONHECIMENTO: ÁREAS DO DIREITO PÚBLICO 
O direito constitucional é a área mais importante para qualquer jurista, por ser a base do 
nosso ordenamento jurídico. Direito constitucional é o ramo do direito público dedicado 
a estudar as normas constitucionais, mas para que seja possível uma melhor compreensão, 
é essencial assimilar o conceito de Constituição. 
O direito admnistrativo é a esfera do Direito Público que, mediante regras e princípios 
exclusivos, regulamenta o exercício da função administrativa que é exercida por agentes 
públicos, órgãos públicos, pessoas jurídicas de Direito Público, em outras palavras, pela 
Administração Pública. 
O direito penal tem como objetivo a regulamentação do poder punitivo do Estado. A partir 
do conjunto normativo criado pelo Poder Legislativo, portanto, o Direito Penal regula a 
aplicação de penas frente a crimes, delitos e infrações. 
O direito tributário é um ramo do direito público que tem como propósito regular como 
ocorre a cobrança de tributos pelo Estado das pessoas naturais e jurídicas 
O direito ambiental é um ramo jurídico constituído por um conjunto de leis, normas e 
princípios que visam a proteção do meio ambiente como um todo, a preservação das 
espécies e a qualidade de vida. 
O direito internacional público é o de normas que regula as relações exteriores entre os 
atores que compõem a atual sociedade internacional. 
4. PESSOAS JURÍDICAS 
Pessoas jurídicas são entidades criadas pela lei e reconhecidas como sujeitos de direitos 
e deveres perante a sociedade. Elas podem ser organizações empresariais, como empresas 
e sociedades comerciais, ou entidades sem fins lucrativos, como associações, fundações 
e cooperativas. As pessoas jurídicas possuem personalidade jurídica distinta de seus 
membros ou sócios, o que significa que elas têm patrimônio próprio e podem ser 
responsabilizadas por suas obrigações e dívidas. 
Pessoas jurídicas se subdividem em duas categorias: Pessoas Jurídicas de Direito Público 
e Pessoas Jurídicas de Direito Privado. 
4 
 
4.1 Pessoa jurídica de direito público é aquela criada por lei para atender a interesses 
coletivos e prestar serviços públicos à sociedade. São exemplos de pessoas jurídicas de 
direito público: União, estados, municípios, autarquias, fundações públicas. Elas têm 
finalidades voltadas para o interesse público e estão sujeitas a um regime jurídico 
específico, estabelecido pela Constituição e por leis específicas. Possuem prerrogativas 
especiais, como imunidade tributária em alguns casos, e estão sujeitas ao controle do 
Poder Público. 
4.2 Pessoa jurídica de direito privado: Pessoa jurídica de direito privado é aquela formada 
por particulares para realizar atividades de interesse privado, visando lucro ou não. São 
exemplos de pessoas jurídicas de direito privado: empresas, associações, cooperativas, 
fundações privadas, entre outras. Elas têm finalidades voltadas para o interesse privado, 
como a realização de atividades comerciais, culturais, filantrópicas, entre outras. Estão 
sujeitas ao regime jurídico do direito privado, ou seja, às normas do Código Civil e outras 
legislações específicas aplicáveis ao setor privado. Não possuem prerrogativas especiais 
como imunidades tributárias e não estão sujeitas ao controle direto do Poder Público em 
suas atividades, exceto nos casos previstos em lei. 
AULA 03 e 04 - NOÇÕES GERAIS DE DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
1. DIREITO CONSTITUCIONAL: ENTENDENDO O BÁSICO 
O Direito Constitucional é uma área do direito que se dedica ao estudo e interpretação da 
Constituição de um país. A Constituição é o documento fundamental que estabelece as 
bases da organização do Estado, os direitos e deveres dos cidadãos e as garantias 
fundamentais. Em outras palavras, o Direito Constitucional trata das normas e princípios 
que regem a estrutura do Estado, a organização dos poderes, as relações entre Estado e 
cidadãos, e osdireitos fundamentais assegurados a todos. 
 
 
 
2. 
Exemplo: Se você quer entender se uma lei é válida ou não, você 
precisa verificar se ela está de acordo com o que está escrito na 
Constituição. Se uma lei vai contra os direitos fundamentais dos 
cidadãos garantidos na Constituição, ela pode ser considerada 
inconstitucional e, portanto, inválida. 
5 
 
2. REVOLUÇÃO FRANCESA: INICIO DA CONCEPÇÃO DE CONSTITUIÇÃO 
A Revolução Francesa, que ocorreu entre 1789 e 1799, foi um dos eventos mais marcantes 
da história moderna e teve um papel fundamental na criação do conceito moderno de 
constituição. Antes da Revolução, a França estava sob um regime absolutista, onde o 
poder estava concentrado nas mãos do rei e da nobreza, e os direitos individuais dos 
cidadãos eram frequentemente ignorados. Durante a Revolução Francesa, o povo francês 
se revoltou contra o sistema opressivo e desigual, clamando por liberdade, igualdade e 
fraternidade. A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, proclamada em 1789, 
foi uma das primeiras manifestações desses ideais e influenciou profundamente a 
concepção moderna de constituição. A Declaração estabeleceu os direitos fundamentais 
dos cidadãos franceses, como a liberdade de expressão, a igualdade perante a lei e o 
direito à propriedade. Além disso, ela enfatizou a importância da separação dos poderes, 
inspirando a criação de constituições que limitassem o poder do governo e protegessem 
os direitos individuais dos cidadãos. 
3. CONSTITUIÇÃO FEDERAL: A LEI MÁXIMA DO PAÍS 
 A palavra "constituição" tem origem latina, derivada do termo 
"constituere", que significa "estabelecer" ou "organizar". O conceito de 
constituição remonta à antiguidade, mas seu significado moderno está 
ligado à Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão, 
influenciada pela Revolução Francesa do século XVIII. A Constituição 
Federal, também conhecida simplesmente como Constituição, é a lei máxima do país. É 
a base fundamental da organização política de um país, estabelecendo os princípios 
básicos de organização do Estado e os direitos fundamentais dos cidadãos. Ela serve como 
um instrumento para impor limites ao poder estatal, garantindo que os governantes 
respeitem os direitos individuais e coletivos dos cidadãos. 
 
Ela define as regras do jogo, os limites do poder do governo e os direitos inalienáveis dos 
indivíduos. 
 
 
Exemplo: Imagine a Constituição como um "contrato social" entre os cidadãos e o Estado. 
Ela define as regras do jogo, os limites do poder do governo e os direitos inalienáveis dos 
indivíduos. 
6 
 
 
4. CONSTITUIÇÕES NO BRASIL: 
Constituição Imperial de 1824: Foi outorgada por Dom Pedro I em 1824, após a 
independência do Brasil de Portugal. Estabeleceu o regime monárquico constitucional no 
Brasil, com poderes moderados ao imperador e uma estrutura de governo centralizada. 
Garantiu direitos como liberdade de imprensa, de religião e de expressão, mas também 
perpetuou práticas como a escravidão e a falta de direitos políticos para a maior parte da 
população. 
Constituição de 1891: Foi promulgada após a Proclamação da República em 1889, que 
depôs o imperador Dom Pedro II e instituiu a forma republicana de governo no Brasil. 
Estabeleceu um sistema republicano presidencialista, com separação dos poderes 
Executivo, Legislativo e Judiciário. Introduziu importantes avanços, como o direito ao 
voto universal masculino, a liberdade religiosa e a abolição da escravidão. 
Constituição de 1934: Foi promulgada durante o governo de Getúlio Vargas, após a 
Revolução de 1930, que encerrou a República Velha. Estabeleceu o voto secreto e 
obrigatório para maiores de 21 anos, tanto para homens quanto para mulheres, pela 
primeira vez na história do Brasil. Incluiu importantes avanços sociais, como a jornada 
de trabalho de oito horas e a criação da Justiça do Trabalho. 
Constituição de 1937 (Polaca): Conhecida como a Constituição Polaca, foi outorgada por 
Getúlio Vargas durante o Estado Novo, período de autoritarismo e centralização do poder. 
Concentrou poderes nas mãos do presidente, suspendeu as liberdades individuais e 
políticas e instaurou uma ditadura no país. Foi revogada após o fim do Estado Novo, em 
1945. 
Constituição de 1946: Foi promulgada após a queda do Estado Novo e o fim da ditadura 
de Vargas, durante a redemocratização do país. Restabeleceu a democracia no Brasil, com 
eleições livres e direitos civis garantidos. Manteve o sistema presidencialista e a 
separação dos poderes, estabelecendo um regime político mais democrático. 
Constituição de 1967 (Emendada em 1969): Foi promulgada durante o regime militar, 
após o golpe de Estado de 1964, que depôs o presidente João Goulart. Concentrou poderes 
7 
 
no Executivo, limitou os direitos políticos e individuais e restringiu a liberdade de 
expressão. Foi emendada em 1969, consolidando o regime autoritário e instaurando o 
período mais duro da ditadura militar no Brasil. 
Constituição de 1988 (Constituição Cidadã): Foi promulgada após o fim da ditadura 
militar e marcou o processo de redemocratização do Brasil. Estabeleceu um amplo 
conjunto de direitos e garantias individuais e coletivas, consolidando os princípios 
democráticos e o Estado de direito. Introduziu importantes avanços sociais, como a 
criação do Sistema Único de Saúde (SUS) e a garantia de direitos trabalhistas. 
6. DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS: 
Direitos Fundamentais: São Direitos básicos que visam proporcionar uma existência 
digna e justa, inerentes a todas as pessoas, reconhecidos e protegidos pela ordem jurídica 
de um país ou por tratados internacionais de direitos humanos. São direitos que todas as 
pessoas possuem simplesmente por serem seres humanos, independentemente de 
qualquer fator. 
Garantias Fundamentais: São instrumentos que asseguram a garantia dos Direitos 
Fundamentais. Podem incluir procedimentos judiciais, instituições de controle, como o 
Poder Judiciário e o Ministério Público, e limitações ao poder estatal para proteger os 
direitos individuais. Servem para garantir que os direitos fundamentais sejam respeitados 
e protegidos pelo Estado e por terceiros. 
5.1 CARACTERISTÍCAS DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS 
Historicidade: Significa que os direitos fundamentais não são fixos no tempo, mas 
evoluem ao longo da história da humanidade. Novos direitos podem ser reconhecidos e 
antigos direitos podem ser reinterpretados à medida que a sociedade avança. 
Universalidade: Indica que os direitos fundamentais são aplicáveis a todas as pessoas, 
sem exceção. Não importa onde você esteja no mundo ou quem você seja, você tem esses 
direitos. 
8 
 
Limitabilidade: Isso significa que os direitos fundamentais não são absolutos. Eles podem 
ser limitados em certas situações, como quando entram em conflito com outros direitos 
ou interesses legítimos, como a segurança pública. 
Concorrência: Refere-se ao fato de que, em alguns casos, diferentes direitos fundamentais 
podem entrar em conflito uns com os outros. 
Imprescritíveis: Significa que os direitos fundamentais não podem ser perdidos pelo não 
exercício ou pela passagem do tempo. 
Inalienáveis: Indica que os direitos fundamentais não podem ser transferidos ou vendidos. 
Eles são inerentes à pessoa e não podem ser cedidos a outras pessoas ou entidades. 
6. DIREITOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS 
6.1 Direitos Individuais: Definição: São os direitos atribuídos a cada indivíduo em razão 
de sua própria condição humana, como a dignidade, a liberdade e a igualdade perante a 
lei. 
6.1.1 Características: São inerentes à pessoa, ou seja, pertencem a cada indivíduo 
independentemente de qualquer condição específica. Podem ser exercidos de forma 
independente e não dependem da participação ou consentimento de outros indivíduos ou 
grupos. São direitos que visam proteger a autonomia, a integridade e a liberdade do 
indivíduo, como o direito à vida, àliberdade de expressão, à liberdade de religião, entre 
outros. 
Exemplos de Direitos Individuais: 
• Direito à vida e à integridade física. 
• Liberdade de expressão, de pensamento e de religião. 
• Direito à privacidade. 
• Direito à igualdade perante a lei. 
• Direito à propriedade. 
9 
 
6.2 Direitos Coletivos: São os direitos atribuídos a grupos de pessoas que compartilham 
interesses comuns ou identidades particulares, como minorias étnicas, culturais, religiosas 
ou linguísticas. 
6.2.1 Características: 
São direitos que dizem respeito a interesses e necessidades compartilhadas por um grupo 
de indivíduos. O exercício desses direitos muitas vezes requer ações coletivas e a 
organização dos membros do grupo para alcançar seus objetivos. Podem envolver 
demandas por reconhecimento, proteção e promoção dos interesses e identidades do 
grupo. 
Exemplos de Direitos Coletivos: 
• Direito à Educação 
• Direito à Saúde 
• Direitos das minorias étnicas, culturais ou religiosas. 
• Direitos dos povos indígenas sobre suas terras e recursos naturais. 
• Direitos sindicais e trabalhistas. 
 
 
 
 
 
AULA 05 e 06 - NOÇÕES GERAIS DE DIREITO CONSTITUCIONAL 
1. A REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, FORMA E SISTEMA DE GOVERNO 
1.1 Estrutura federativa 
ATENÇÃO! É importante ressaltar que 
direitos individuais e coletivos não são 
mutuamente exclusivos e, muitas vezes, 
estão interconectados. Além disso, sua 
proteção e promoção são fundamentais 
para garantir uma sociedade justa, 
democrática e inclusiva. 
. 
10 
 
O Brasil é uma República Federativa, o que significa que é formado por uma união de 
entidades políticas autônomas, como estados, municípios e o Distrito Federal. Essas 
entidades têm sua própria organização política e administrativa, com poderes e 
competências definidos pela Constituição Federal. 
Entidades federativas: 
União: Representa o conjunto de todos os estados, municípios e o Distrito Federal. É 
responsável por questões de interesse nacional, como defesa, relações exteriores, 
segurança pública, entre outras. 
Estados: São entidades autônomas que possuem governo próprio, constituído por um 
governador e uma assembleia legislativa. Têm competências para legislar sobre assuntos 
de interesse regional, como educação, saúde, segurança, transporte, entre outros. 
Municípios: São entidades político-administrativas que possuem governo próprio, 
liderado por um prefeito e uma câmara de vereadores. Têm competências para legislar 
sobre assuntos de interesse local, como urbanismo, transporte municipal, saneamento 
básico, entre outros. 
Distrito Federal: É uma unidade federativa singular, pois possui características de estado 
e de município ao mesmo tempo. Possui governo próprio, chefiado por um governador e 
uma câmara legislativa, e também é sede dos poderes federais. 
 
11 
 
2. OS TRÊS PODERES 
 
Poder Executivo: O Poder Executivo é responsável por executar e administrar as leis do 
país. Ele é chefiado pelo presidente da República, que é eleito pelo voto popular. O 
presidente é auxiliado por ministros e secretários em diversas áreas, como saúde, 
educação, segurança e economia. Suas principais funções incluem a elaboração e 
execução de políticas públicas, administração dos recursos do Estado, representação do 
país em questões internacionais e a garantia da ordem e segurança interna. 
Poder Legislativo: O Poder Legislativo é responsável por criar as leis do país. Ele é 
exercido pelo Congresso Nacional, que é bicameral, ou seja, composto por duas casas: a 
Câmara dos Deputados e o Senado Federal. A Câmara dos Deputados representa o povo 
e é composta por deputados federais eleitos por voto popular. O Senado Federal 
representa os estados e é composto por senadores também eleitos pelo voto popular. 
Suas principais funções incluem a elaboração, discussão e votação de projetos de lei, a 
fiscalização das ações do Poder Executivo e a representação dos interesses da população. 
Poder Judiciário: O Poder Judiciário é responsável por interpretar e aplicar as leis do país. 
Ele é exercido pelos tribunais e juízes em todas as instâncias do sistema judiciário. Os 
tribunais superiores, como o Supremo Tribunal Federal (STF), o Superior Tribunal de 
Justiça (STJ) e o Tribunal Superior do Trabalho (TST), têm a função de garantir a 
uniformidade da interpretação das leis em todo o país. Suas principais funções incluem 
12 
 
julgar os conflitos de interesses entre os cidadãos e entre estes e o Estado, garantir os 
direitos fundamentais dos cidadãos, e assegurar o cumprimento das leis e da Constituição. 
EXEMPLO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imagine que o governo propõe uma nova lei para melhorar a educação no país. 
O projeto de lei é discutido e votado no Congresso Nacional, onde os deputados 
e senadores representantes do povo expressam suas opiniões e votam a favor ou 
contra a proposta. Se aprovada, a lei é então sancionada pelo presidente da 
República e passa a vigorar. Se houver dúvidas sobre a interpretação ou 
aplicação da lei, os cidadãos podem recorrer ao Poder Judiciário, que irá 
analisar e decidir sobre a questão de acordo com as leis e a Constituição.

Continue navegando